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COMO CRIAR

ATIVIDADES
RECREATIVAS

Cleber Mena Leão Junior


Cleber Mena Leão Junior

COMO CRIAR
ATIVIDADES
RECREATIVAS
PASSO A PASSO

Maringá, 2019
Copyright©2019 por
Editora Clube dos Recreadores
________________________________________________

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP)

Leão Junior

Como Criar Atividades Recreativas: passo a passo / Cleber


Mena Leão Junior – 1. ed. – Maringá, PR: Editora Clube
dos Recreadores, 2019. [recurso eletrônicos]

Número ISBN: 978-85-54259-02-0


Tipo de Suporte: E-book
Formato Ebook: PDF

1. Planejamento 2. Organização 3. Execução 4. Atividades


5. Recreação
________________________________________________

É proibida a reprodução total ou parcial deste livro por


quaisquer meios – eletrônicos, mecânicos, fotocópias,
fotográficos, etc. – sem a devida permissão do autor, a não
ser em citações breves, com indicação de fonte
bibliográfica. Os infratores serão processados na forma da
lei.

Este livro está de acordo com as mudanças propostas pelo


novo acordo Ortográfico, que entrou em vigor em 2009.

________________________________________________

Revisão:
Tatyanne Roiek Lazier-Leão

Capa, Projeto Gráfico e Editoração:


Cleber Mena Leão Junior / Editora Clube dos Recreadores

Distribuição Gratuita
editora@clubedosrecreadores.com

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UTILIZE ESSE LIVRO COMO
FONTE PARA O SEU TCC,
ARTIGO DE GRADUAÇÃO OU
PÓS-GRADUAÇÃO

COMO CITAR

LEÃO JUNIOR, Cleber Mena. Como criar atividades recreativas:


passo a passo. Editora Clube dos Recreadores: Maringá, 2019.
AGRADECIMENTOS
Agradeço em primeiro lugar a Deus por ter me
proporcionado todas as experiências e
sabedoria que tenho hoje, “porque Dele e por
Ele, e para Ele, são todas as coisas”
(Romanos 11:36).

Além dos Recreadores (e seguidores do Clube


dos Recreadores), educadores e professores
e afins, que estão insatisfeitos com o seu
conhecimento e decidiram ampliar suas
habilidades, competências e o seu processo
criativo se comprometendo a ler e aplicar os
conhecimentos transcritos nessa obra.

Por último, e não menos importante, a minha


linda recreadora e amada esposa Tatyanne
Roiek Lazier-Leão e a minha cliente mais fiel,
minha filha amada Daniela Lazier Leão.

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PREFÁCIO

POR TATYANNE LAZIER


Quando o Cleber me falou sobre esse prefácio, comentei que
seria melhor escolher uma pessoa de renome ou com uma
produção mais significativa na área. Porém sua resposta foi bem
convincente: “ninguém poderá falar melhor sobre mim e minha
relação com a recreação do que tu Taty”.

Conheci o Cleber no meu último ano da Graduação em


Educação Física (Bacharelado). Ele lecionava aulas para a minha
turma. Você pode pensar: "ele era seu professor?” Sim!! Como ele
diz eu fui o seu primeiro e último caso com uma aluna. Que bom
para mim!!

Não demorou para perceber que ele era uma pessoa


dedicada, e um ótimo professor, instigava que fizéssemos pesquisa
e nós dedicássemos! Logo na sua apresentação fiquei sabendo do
seu envolvimento com a recreação.

Um apaixonado, foi isso que eu descobri! Por mim??


Também! Mas a recreação é um amor antigo. Você pode não
acreditar nas incontáveis vezes que ele ouviu que a recreação não
dava dinheiro, ou então que o recreador não tinha dinheiro para
pagar cursos, especializações, investir em sua formação pessoal.
Mas mesmo assim ele insistiu, buscou seu espaço no meio, e por
muitas vezes fez além do que qualquer um faria.

Também não foram poucas as vezes que o Cleber atendeu


recreadores nas suas necessidades, ajudando além da carga
horária de curso, além das horas normais, além da sua obrigação, e

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algumas vezes, sem cobrar nada, simplesmente pelo prazer de
saber que estava contribuindo para a área!

Sempre querendo inovar, querendo trazer para a recreação


tendências de mercado para esse público específico. Pensando nas
necessidades do recreador ele inovou, lançou, recriou!

Hoje ele dedica horas da sua semana para o canal do Clube


dos Recreadores, bem como está sempre buscando atualizações
para poder auxiliar no trabalho dos Recreadores, artigos, livros,
escrevendo conteúdo no Blog, ele está sempre lendo e buscando...

Por isso este material é tão rico, inovador, e essencial para o


trabalho do recreador, nele você encontrará anos de experiência,
pesquisas, leituras, cursos, atualizações.

Tenham não só uma ótima leitura, mas uma ótima aplicação


prática após essa leitura!

Mestre Tatyanne Roiek Lazier-Leão


Fundadora do Clube dos Recreadores. Mestre em Educação Física
(UEM). Especialista em Educação: Métodos e Técnicas de Ensino
(UTFPR). Graduada em Licenciatura e Bacharelado em Educação
Física (UNIGUAÇU). Graduada em Pedagogia (FAPAN). Formada
em Ballet Clássico pelo Centro de Danças de Porto União da
Vitória. Primeiro Lugar no Prêmio TOP FIEP BRASIL na categoria
de Melhor Site na área de Educação Física (2014/2015/2016/2017).

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SUMÁRIO
Sobre o Autor.............................................................................. 11

Introdução: como criar atividades recreativas............................. 19

PLANEJAMENTO 24
Público Alvo................................................................................ 17
Tempo......................................................................................... 26
Espaço........................................................................................ 43

ORGANIZAÇÃO 47
Materiais...................................................................................... 50
Quantidade.................................................................................. 54
Investimento................................................................................ 57

EXECUÇÃO 58
Objetivo....................................................................................... 60
Desenvolvimento......................................................................... 36
Segurança................................................................................... 67

A Empresa Clube dos Recreadores............................................ 78


Envie sua Atividade..................................................................... 82
Depoimentos............................................................................... 84
Experiência................................................................................. 89
Referências................................................................................. 90

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SOBRE O AUTOR

ME. CLEBER
JUNIOR
Fala galera, eu sou o Cleber Junior do Clube dos
Recreadores... e não sei se você sabe, mas nasci em Uruguaiana,
cidade do interior do Rio Grande do Sul. Fica aproximadamente à
631 km da capital, Porto Alegre.

Minha primeira graduação é em Educação Física (CREF


015556-G/PR atuação plena Licenciatura e Bacharel) e o
interessante é que no ensino médio – ao qual me formei no ano de
2002 – eu fugia das aulas de Educação Física. Apresentava um
atestado para não participar das aulas, pois trabalhava de Office
Boy na empresa do meu tio. Acredita?

Durante os anos finais do meu ensino médio, trabalhei como


garçom no Empório do Chopp – uma lancheria – no centro da
cidade que aos finais de semana vivia lotada de pessoas. Após a
formatura do ensino médio, meu objetivo era apenas trabalhar.
Falei: “mãe, não quero estudar esse primeiro semestre não, quero
ficar só trabalhando”.

Bom, o motivo para contar essa história, é que minha ideia


mudou, fui influenciado a prestar vestibular para o curso de Direito
na PUCRS – Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul,
Campus II, Uruguaiana – ao qual prestei e não passei.

Logo pensei que poderia, talvez, prestar vestibular para o


curso de Fisioterapia.

Mas, nesse meio tempo, descobri que na URCAMP –


Universidade da Região da Campanha – em Alegrete (que fica à

12
143 km da minha cidade) havia o curso de Educação Física. Nesse
momento, decidi o que realmente gostaria de fazer. Prestei o
vestibular de inverno e ingressei no segundo semestre de 2003. Na
época eu era Faixa Preta de Taekwondo e não seria nada mal ser
Faixa Preta de Taekwondo e formado em Educação Física, isso
certamente me colocaria a frente dos concorrentes.

No final de 2003, a PUCRS lança o curso de Educação Física


em minha cidade. Não pensei duas vezes, prestei o vestibular e
passei. Em março de 2004 já estava cursando Educação Física na
PUCRS, em minha cidade.

Como eu já havia cursado a disciplina de Recreação em 2003


na URCAMP, no ano seguinte, em 2004 ao me matricular acabei
eliminando essa, e outras disciplinas, porém comparecia nos dias
de aula, ao qual, acabei auxiliando o professor durante as suas
aulas.

Costumo dizer que nesse exato


momento o gosto de aprender e ensinar
a Recreação floresceu em meu coração.

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Foi neste momento que abortei o sonho inicial de unir o
Taekwondo e a Educação Física para consumir apaixonadamente a
Recreação.

Neste livro, não vou apenas apresentar o passo a passo para


você criar atividades recreativas, mas vou relacionar com meu case
de sucesso para comprovar que realmente pode dar certo!

Durante os 4 anos da minha graduação em Educação Física,


participei do Núcleo de Estudos em Lazer e Recreação
(NUPELARE) do Departamento de Educação Física da PUCRS.
Nesse período eu pude vivenciar as mais diferentes áreas de
atuação da recreação. Além de ministrar cursos de Recreação na
Semana Acadêmica da minha instituição: Atividades Recreativas
para Populações Especiais (2005), Recriando a Recreação (2006) e
Recreação Aquática (2007).

Sou grato ao professor Dr. Marcio Alessandro Cossio Baez


(professor da disciplina de Recreação; Responsável pelo Núcleo de
Estudos em Lazer e Recreação; Responsável pelas minhas
monitorias na disciplina de Recreação; Responsável pela minha
indicação em ministrar curso na semana acadêmica de Educação
Física; Meu orientador de Trabalho de Conclusão de Curso (TCC);
e que em 2013 prefaciou o meu primeiro livro “Manual de Jogos e
Brincadeiras: atividades recreativas para dentro e fora da escola”.
Ele viu em mim um potencial a ser desenvolvido e lapidado para a
Recreação.

14
Apresentação do TCC em
Educação Física no ano de
2008. Único aluno da primeira
turma que abordou o assunto:
Recreação.

O título do meu TCC foi


“Atividades Recreativas em
Pacientes Hospitalizados” que
gerou alguns artigos científicos
durante esses anos.

Atualmente sou casado, desde 2014, com a Mestre em


Educação Física Tatyanne Roiek Lazier-Leão e Pai, desde 2016, da
Daniela Lazier Leão, divido minhas funções familiares com a de
Palestrante com experiência Internacional. Desde 2004 atuo com
Recreação realizando treinamentos focado no desenvolvimento e
formação de pessoas, tendo impactado a vida de milhares de
pessoas nesses últimos anos.

Atualmente sou presidente da ABRE – Associação Brasileira


de Recreadores – instituição sem fins lucrativos que "busca a
valorização do Recreador" e Membro da Confraria dos Profissionais
do Lazer do Paraná – que uni profissionais e docentes de Lazer e
Recreação do estado do Paraná.

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Mestre em Ensino pela Universidade Estadual do Paraná
(UNESPAR). Especialista em Educação: Métodos e Técnicas de
Ensino pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR).
Especialista em Educação Física Escolar pela Pontifícia
Universidade Católica do Paraná (PUCPR). Graduado em
Educação Física Licenciatura Plena pela Pontifícia Universidade
Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e Graduado em Pedagogia
pela Faculdade de Paraíso do Norte (FAPAN).

Juntamente com Tatyanne sou fundador do Clube dos


Recreadores dividi-se em dois segmentos: 1) EMPRESA - é onde
prestamos serviços de forma profissional na área da recreação para
os clientes que desejam nos contratar, como por exemplo, festa de
aniversário, colônia de férias, acampamentos, festa em empresa,
eventos, cursos e eventos. 2) SOU RECREADOR - é onde
produzimos formação e informação gratuita para os recreadores do
Brasil, como por exemplo, textos, vídeos, blog, artigos, atividades
recreativas, grupo de estudo, e-book, dicas de pós-graduação,
eventos e congressos.

Dentre algumas das minhas


conquistas profissionais, recebi
o Prêmio Destaque Pioneiros do
Lazer na categoria Recreação
concedido pelo SEL – Seminário
de Estudos do Lazer em 2018.

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Prêmio TOP FIEP BRASIL na “Categoria Melhor Site ” (1º
lugar em 2014 e 2017) e na “Categoria Melhor Profissional de
Educação Física” (1º lugar em 2015) concedido pela Fédération
Internationale d'Education Physique (FIEP).

Atualmente sou docente de Graduação e docente de Pós-


Graduação em Recreação e Lazer. Autor de livros, textos e
centenas de artigos de relevância nacional e internacional.
Atualmente resido em Maringá, no Estado do Paraná.

Contar uma história é uma arte. Resumi 34 anos de vida em


quase 5 páginas. Certamente muita alegria e muita tristeza eu
acabei não escrevendo. Destaquei pontos que achei mais
relevantes. Caso um dia tenha interesse. Converse comigo e peça
para te contar minha história completa!

17
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prof.cleberjunior@hotmail.com
COMO CRIAR
ATIVIDADES
RECREATIVAS
introdução
Neste livro eu vou lhe ensinar como eu crio minhas atividades
recreativas. Porém, o termo “criar” não significa apenas partir do
“zero”. Podemos adaptar, alterar, unir, misturar, modificar, e além
disso, podemos sim, criar uma atividade do “zero”.

Acompanhe o processo que me fez chegar até aqui. O ano


era 2004, ganhei meu primeiro computador de mesa da marca “LG”.

Era meu primeiro ano na faculdade de Educação Física, ao


qual tive o desejo de cursar ser Faixa Preta de Taekwondo e querer
trilhar carreira nas artes marciais, mas logo no primeiro semestre...

a disciplina de Recreação e Lazer


chamou tanto a minha atenção que
nunca mais a deixei.

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Naquela época não haviam tantos recursos como livros e sites
como agora. Sem contar que o acesso não era simples e facilitado.
Pelos menos para mim, um jovem de 20 anos com seu primeiro
computador que conectava a internet discada (conexão dial-up) que
enquanto estivesse ligada, a linha telefônica era utilizada para
transmitir o sinal e, por isso, ficava ocupada. Ou seja, meus pais
casa ficavam impossibilitados de usar o telefone para fazer ou
receber ligações em casa. Por exemplo, se a pessoa ficasse
conectada durante todo o final de semana, também ficava
incomunicável. Sim, isso existiu!

Sem contar que ao navegar pela internet utilizando a linha


telefônica, cada minuto de uso era cobrado pelo provedor do
serviço, o que podia gerar altas contas de telefone. Por questões de
economia, era comum eu conectar após a meia noite, pois a partir
desse horário até às seis horas da manhã pagava-se apenas um
pulso, que custava, na época, aproximadamente R$ 0,14 centavos.

O que você pode perceber é que eu ficava acordado as noites


para estudar na internet, além disso, trabalhava e/ou fazia estágio
pela manhã e na parte da tarde cursava a faculdade. Corrido igual é
para muitos hoje em dia, talvez isso aconteça em sua vida agora!

Então, o que eu acabei fazendo na época?


Aprendi as atividades desenvolvidas pelos professores
durante o curso; busquei livros impressos com atividades na
biblioteca; participei de cursos de atualização em recreação;
participei de grupo de estudos na faculdade; e por fim, fui para a
prática e apliquei tudo o que aprendi.

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No decorrer dos anos fui desenvolvendo
e aprimorando as atividades no trabalho
com recreação, por vezes adaptei
algumas questões da atividade e/ou
transformei em uma nova atividade.

Não sei se você já percebeu durante seu percurso de leitura e


aplicação das atividades, mas há atividades muito boas e que
funcionam de uma forma sensacional com determinado público,
mas quando aplicadas para outro público, ela acaba sendo um
estrago.

Um dia, quando entendi que pessoas


(que são o nosso público alvo) são
diferentes e que seus aspectos
cognitivos, afetivos e motores
funcionam de maneira diferente em cada
fase da vida, o planejamento das minhas
atividades nunca mais foi o mesmo.

Eu já tinha um grande acervo de atividades e razoável


conhecimento sobre o ser humano. Logo, precisei sistematizar um
passo a passo a fim de desenvolver o processo criativo de
atividades recreativas.

Diante dessa necessidade, empreguei muito estudo, além de,


muita vivência em leitura, cursos de formação e atualização e
posteriormente na aplicação prática das atividades, e então,
cheguei a três (3) categorias para criar atividades recreativas,
subdivididas em nove (9) passos conforme o (Quadro 1):

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Quadro 1 – Categorias para Criar Atividades Recreativas:

PLANEJAMENTO ORGANIZAÇÃO EXECUÇÃO


1º Passo: Público 4º Passo: Materiais 7º Passo: Objetivo

2º Passo: Tempo 5º Passo: Quantidade 8º Passo: Desenvolvimento

3º Passo: Espaço 6º Passo: Investimento 9º Passo: Segurança

Na sequência explicarei detalhadamente o que é cada uma


das 3 categorias e os procedimentos para cada um dos 9 passos.
Acompanhe a leitura!

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PLANEJAMENTO
Passo a Passo Categoria Planejamento
Planejar é determinar com
antecedência o que será colocado
em prática e a maneira de como será
realizado, a fim de, alcançar o
resultado esperado no futuro.

Embora o futuro exato não possa ser predito e fatores


incontroláveis podem interferir nos planos mais bem formulados, a
menos que haja planejamento, os eventos serão deixados
totalmente ao sabor do acaso. Planejamento é um processo
intelectual exigente; requer determinação consciente das
alternativas de ação e a fundamentação de decisões em
finalidades, conhecimentos e estimativas cuidadosas (KOONTZ;
O’DONNELL, 1980).

O planejamento consiste em uma importante tarefa de gestão


e administração do recreador ou de uma equipe de recreação, que
está relacionada com a preparação, organização e estruturação de
um determinado objetivo. No seu caso leitor, pense nesse conceito
aplicado ao “planejamento de atividades recreativas”.

O recreador que utiliza o planejamento como uma ferramenta


para desenvolver suas atividades recreativas demonstra um
interesse em prever e organizar ações e processos que vão
acontecer no futuro, aumentando a sua racionalidade e eficácia.
Não simplesmente copiar uma atividade de alguém ou de algum
livro. Lógico que essa ação (Ctrl + C e Ctrl + V) não está totalmente
inadequada quando se está começando e não temos nenhum
acervo de atividades.

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O conceito de planejamento de atividades recreativas consiste
no ato de criar e planejar “antecipadamente” uma ação,
desenvolvendo assim, estratégias programadas para atingir
determinado objetivo. Funciona como uma forma de identificar um
alvo específico, com a intenção de organizar e aplicar as melhores
maneiras para atingi-lo.

Por fim, o planejamento de atividades


recreativas nada mais é do que criar
estratégias para organizá-las e aplicá-
las, a fim de, atingir um “objetivo”, que
em nosso segmento o fim é o “prazer” e
a “alegria”.

Na categoria planejamento vou abordar os 3 primeiros passo


para iniciar a construção de uma atividade: público alvo, tempo e
espaço.

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PÚBLICO ALVO

1 passo
Antes de iniciarmos qualquer planejamento para criação de
atividades recreativas é imprescindível saber quem é nosso público,
e ainda, conhecer as necessidades desse público.

O público alvo nada mais é do que o


motor primário para a realização das
atividades, ele é composto pelos
participantes que usufruirão do nosso
trabalho, ou seja, participaram de
nossas atividades.

O público alvo pode ser dividido entre, crianças, adolescentes,


jovens, adultos, idosos, populações especiais. Podendo ser misto,
por exemplo, participantes adultos e crianças em conjunto (como
atividade para pais e filhos). Também pode ser segmentado, só
homens ou só mulheres, como por exemplo, em uma empresa de
lingerie que só trabalha com mulheres.

Este público pode estar em diferentes segmentos de atuação


da recreação, como por exemplo: Festa de Aniversário, Colônia de
Férias, Acampamentos, Acantonamentos, Eventos, Empresas,
Escolas, Hotéis, Igrejas, Meios de Transporte, Embarcações,
Condomínios, Clubes entre outros.

O foco aqui não são as áreas de atuação, mas sim, o público


alvo. Precisamos entender os aspectos cognitivos, afetivos e
motores de cada fase da vida. Em meu livro “Manual de Jogos e
Brincadeiras: atividades recreativas para dentro e fora da escola”
em sua 2ª edição em 2018 publicado pela Editora Wak eu abordo

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detalhadamente os aspectos cognitivos, afetivos e motores de cada
fase da vida.

Mas para que você tenha um entendimento sobre o público


alvo, segue algumas informações para lhe auxiliar, lembrando que
as atividades apresentadas – no tópico “atividades adequadas” –
são passíveis de realização, desde que respeitadas as condições
de cada indivíduo e adaptadas as suas necessidades para
realização.

________________________CRIANÇAS DE 0 A 2 ANOS
Características: descoberta do tato, movimento, formas, texturas,
sons. Começa a engatinhar e andar, melhoria da coordenação
motora com movimentos exploratórios de abrir, fechar, empilhar,
encaixar, puxar, empurrar, comunicação.

Atividades adequadas: brincadeiras referentes à educação


sensório-motora (sentir/executar), exploração motora, canto, brincar
de esconder e achar, brinquedos de encaixar, puxar, empurrar,
abrir, fechar, reproduzir sons, móbiles de berço coloridos e que se
movimentam.

________________________CRIANÇAS DE 2 A 4 ANOS
Características: continuam as características anteriores: fantasia e
invenção, criatividade.

Atividades adequadas: brincadeiras sem regras ou com poucas


regras e que sejam bem simples. Realizar imitações conhecidas,
formas básicas de movimentos. Gostam de representar e de ser

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estimuladas. Proporcionar situações que desenvolvam os sentidos
como: tato, visão e audição.

________________________CRIANÇAS DE 4 A 6 ANOS
Características: começa a aceitar regras e compreendê-las,
apresenta maior atenção e concentração, interesse por números,
letras, palavras e seus significados, o grupo começa a ter
importância.

Atividades adequadas: trabalhar qualidades em que a criança


possa explorar, ou seja, manipulação de massinha, trepar, saltar,
atividades que tentem somar as atividades físicas. Brincadeiras com
ou sem regras, atividades de muita movimentação.

________________________CRIANÇAS DE 6 A 8 ANOS
Características: boa discriminação visual e auditiva, atenção e
memória, aceitam regras, convive bem com o grupo, começa definir
seus próprios interesses, despertar da competitividade.

Atividades adequadas: nesta fase a criança tem muita energia.


Brincadeiras, pequenos jogos, atividades em equipes, desafios e
estafetas, jogos pré-desportivos.

________________________CRIANÇAS DE 8 A 10 ANOS
Características: capacidade de reflexão (entende as
consequências de atos), memória bem desenvolvida, raciocínio
concreto e abstrato, o grupo é cada vez mais importante. Fase de
competição entre as meninas e os meninos.

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Atividades adequadas: brincadeiras, pequenos jogos, atividades
em grupos, atividade de ação, atividade que envolva raciocínio,
desafios, início das experiências, jogos pré-esportivas.

______________________CRIANÇAS DE 10 A 12 ANOS
Características: excesso da disputa, separação dos sexos,
meninas pré-púberes, meninos ainda infantis, necessidade de
aceitação no grupo, necessidade de cooperação entre os sexos,
isolam-se em grupos fechados “panelinhas”.

Atividades adequadas: menor interesse pelas brincadeiras, maior


interesse por pequenos e grandes jogos com regras adaptadas,
integração social, jogos pré-esportivos e participação em
campeonatos.

________________________________ADOLESCENTES
Características: revalorização do sexo oposto, supervalorização da
competição, falta de percepção dos limites sociais, necessidade de
autoafirmação, conflitos de personalidade, fase de muita vergonha e
rebeldia.

Atividades adequadas: desvalorização das brincadeiras, gosto por


pequenos jogos em grande escala, grandes jogos, atividades que
demonstrem habilidades, jogos pré-esportivos e esporte completo
com regras. Utilizar-se de brincadeiras nas quais o grupo inteiro
possa participar e procurar não responder com violência às suas
atitudes. Gostam de atividades de aventura, vertigem, fantasia e
competição.

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______________________________________________JOVENS
Características: grande identificação com o sexo oposto, grande
diferença de habilidades e força entre os sexos, aceitação e
discussão das diferenças de habilidades entre os sexos,
apresentam um pouco de necessidade de autoafirmação, desprezo
pelas atividades físicas, valorização por atitudes culturais e sociais.

Atividades adequadas: esporte propriamente dito, gincanas com


múltiplas dificuldades, grandes jogos, valorização por atividades
juntos a natureza.

_______________________________________ADULTOS
Características: revalorização da atividade física, valorização da
atividade lúdica, aceitação do sexo oposto nas atividades,
supervalorização da estética, a atividade lúdica não serve somente
para a prática de atividade física, e sim para lazer, dificuldade de se
expor, dificuldade para se organizar, aceita a derrota e a vitória
mais facilmente, prefere atividades lúdicas em grupos.

Atividades adequadas: esportes, atividades em grupo, gincanas,


jogos de salão, desafios culturais, modismos, cinema, teatro,
shows, dança, festas, reuniões em grupos para bate-papo,
atividades culturais, passeios e viagens em grupo.

________________________________TERCEIRA IDADE
Características: necessidade de integração social necessita e
valoriza a atividade em grupo, necessidade de atividade física,
necessidade de atividade lúdica, valoriza a atividade cultural, não

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sente dificuldade de se expor, valoriza mais a participação que o
resultado, aceita a derrota com naturalidade.

Atividades adequadas: esportes e brincadeiras com adaptação à


regra para facilitar de acordo com sua faixa etária, supervalorização
de atividades recreativas com o grupo, atividades artesanais e
manuais, passeios junto à natureza, viagens, turismo em geral.

Observação: obviamente não devemos nos esquecer das


restrições físicas próprias dessa faixa etária, uma regra geral é
usarmos bom senso em tudo aquilo que nos propomos a fazer.

_________________________POPULAÇÕES ESPECIAIS

No entanto, no grupo populações especiais há diferentes tipos


de necessidade, como por exemplo, física, auditiva, intelectual,
visual, múltipla, transtorno do espectro autista e como eu não
abordo essa temática no “Manual de Jogos e Brincadeiras”,
apresento aqui, algumas reflexões teórico-práticas.

No início da minha caminhada com recreação, minha ideia


sempre foi vivenciar todas as áreas possíveis para realmente saber
em qual eu me adaptaria melhor. Diante disso, trabalhei 6 meses
com recreação para pessoas com necessidades especiais em uma
instituição privada. Confesso que foi uma experiência maravilhosa e
desafiadora.

Nesse período de estudo e aprendizado aprendi que não é


conveniente falar em "atividades recreativas para a pessoa com

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deficiência", não apenas porque existem diferentes tipos de
deficiência e diversos níveis de envolvimento, mas porque as
pessoas são diferentes! É preferível falar em "atividades de
recreação que incluam pessoas com deficiência", ou seja, que
permitam a sua efetiva participação, pois as atividades de
recreação também são as mesmas, pois o que muda são as
condições nas quais essas atividades chegam até o participante
com deficiência (MUNSTER, 2010).

O que deve variar são as estratégias e a metodologia de


ensino voltadas às necessidades de cada indivíduo, sendo
necessárias algumas adaptações que tornem possível a inclusão e
o efetivo envolvimento da pessoa com deficiência nas atividades
propostas (MUNSTER, 2010).

Por exemplo, se o recreador deseja propor uma atividade de


voleibol e entre os participantes existe um cadeirante, e que
aparentemente, o impede de realizar essa atividade. O que fazer?
Deve-se utilizar estratégias de apoio para tornar essa atividade
acessível a ele também. Nesse caso, o participante não consegue
ficar em pé com os demais, logo basta convidar todos para
sentarem no chão, baixar a rede de vôlei, pegar uma bola mais leve
e o jogo se desenvolve.

Não existe uma "bula" para a indicação ou prescrição das


atividades recreativas para pessoas com essa ou aquela
deficiência. O que temos é um processo contínuo de descobertas,
por meio de tentativas e aprimoramento, de qual será a melhor
forma de orientação para a atividade, quais serão as adaptações

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necessárias com relação ao material e/ou espaço físico, ou se a
mudança de regras, de alguma forma, pode colaborar no sentido de
garantir o envolvimento desse participante nas atividades de
recreação. Estas são algumas etapas do processo de adaptação de
atividades de recreação às necessidades e interesses da pessoa
com deficiência (MUNSTER, 2010).

35
TEMPO

2 passo
Saber o tempo disponível para realizar uma atividade é
extremamente importante, pois esse “tempo” é o que direcionará
todo o nosso trabalho com recreação.

O tempo das atividades podem variar de minutos até um mês


de atividades (ou mais) e dependendo do público, as atividades
aplicadas não podem ser repetidas. Se você trabalha com
recreação em um “Espaço Kids” em um shopping onde o público é
rotativo, tudo bem, as atividade podem se repetir. Porém, se você
trabalha com recreação em uma “Colônia de Férias” em que
durante a semana o público alvo é o mesmo, certamente repetir as
atividades não é uma escolha sábia. A menos é claro que seja um
pedido dos participantes, do contratante ou que a Colônia de Férias
funcione em forma de circuito, onde o recreador sempre faz a
mesma atividade para uma parte do grupo, enquanto os demais
realizam outra atividade.

Para se ter uma ideia, apresento apenas alguns (dentre


vários) tipos de duração de programas com atividades recreativas:

- Atividade rápida, de aproximadamente 5 minutos, em Eventos


Empresariais.
- Atividades de 15 minutos entre intervalos de Competições
Esportivas;
- Atividades para 2h como Apresentações em Empresas;
- Atividades para 4h de em Festas de Aniversário;
- Atividades para 1 dia de programação para Clubes;
- Atividades para 1 semana de programação para Colônia de
Férias;

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- Atividades para 1 mês de programação em Acampamentos,
Hotéis.

Reafirmo, isso apenas para citar alguns, pois ainda temos


vários outros períodos de tempo disponíveis para se desenvolver
atividades recreativas e várias outras áreas de atuação com
recreação.

Nesse contexto o “tempo” é diferente de


“duração”. Podemos aqui chamar de
“tempo total” e “tempo de duração”.

O “tempo total” trata-se da quantidade de minutos, horas, dias


que temos para realizar nossas atividades, como por exemplo,
apenas 2h para realizar atividades recreativas em uma empresa.

Já o “tempo de duração” está diretamente ligada ao tempo de


duração de uma atividade em específico, como por exemplo, 4
atividades de 30 minutos cada, que compreendem um total de 2h
de atividades em uma empresa (do exemplo acima).

O “tempo total” para realização das atividades é de fácil


controle, pois independente das intercorrências, este período não
muda, tendo prazo de inicio e término. Por exemplo, as atividades
realizadas no hotel, onde os hóspedes recebem um cronograma, e
os recreadores têm horário para início e término das atividades.

Porém, na maior parte das situações não temos como


controlar o “tempo de duração” de cada atividade proposta. Por
que? Porquê tais atividades podem durar mais ou menos tempo do

38
que o proposto. Voltando ao exemplo do hotel, se os recreadores
vão realizar uma oficina de “slime”, pode ocorrer que algumas
crianças não terminem no prazo estipulado, ou que outras terminem
muito antes, ou então que um caça ao tesouro finalize antes do
horário previsto, ou que as equipes precisem de “uma mão”, para
conseguirem desvendar o mistério e a brincadeira termine no tempo
estipulado.

Não estou dizendo que é uma regra, pois há atividades que


terminam no tempo certo. Mas, diante das experiências nesses
anos de recreação, apresento alguns pontos que podem fazer com
que as atividades tenham a sua duração alterada.

Antes de mais nada, se faz necessário


compreendermos que o fator “tempo de
duração” está diretamente relacionado
com a “quantidade de participantes”.

Às vezes nos deparamos com um número reduzido de


participantes. Seja por meio de uma divisão de grupos ou em uma
festa de aniversário. No segundo caso é algo que não cabe a nós
uma previsão, pois podemos chegar em uma festa de aniversário
que era para ter 30 participantes e apenas 5 comparecerem.

Se você já passou por isso, assim como eu, você sabe do que
estou falando. Na hora bate um desespero, pois você já havia
preparado várias atividades para um total de 30 participantes, e
agora tem apenas 5 – e agora, o que eu faço você se pergunta
olhando em sua mochila de materiais –. Em poucos segundos você
coloca sua criatividade para funcionar e criar uma nova

39
programação de atividades. Para que isso não ocorra tenha sempre
“cartas nas mangas”.

Veja bem, uma relação de “tempo de duração” das atividades


deve ser levada em consideração. Se tivermos 30 participantes e
realizarmos uma brincadeiras que cada participantes demore 30
segundos para falar algo. Essa atividade durará no mínimo 15
minutos. Se tivermos apenas 5 participantes, a mesma atividade,
durará 2 minutos e 30 segundos. Um outro exemplo seria um pega-
pega com 30 participantes que durará mais tempo do que um pega-
pega com 5 participantes. Pois eles vão cansar muito mais rápido e
o envolvimento da atividade será menor.

Isso significa que quanto menor o público, mais atividades


devem ser aplicadas, ou então as atividades programadas podem
ser mais complexas. Lógico, se você perceber que tem uma
atividade que eles estão amando participar, pode estender a
duração dela, desde que esteja dentro do seu “tempo total”. Afinal,
o propósito é que eles tenham prazer e alegria em participar das
atividades proporcionadas pelo recreador.

Diante disso, é extremamente válido, além te montarmos as


atividades tendo em vista a quantidade real de participantes,
montarmos também um “Plano C” que ao longo do meu trabalho
com recreação fui elaborando para suprir essa necessidade. O
“Plano C” nada mais é do que elaborar, antecipadamente,
atividades, caso, compareçam menos participantes do que o
previsto. Esse plano são “cartas nas mangas”, ou seja, atividades

40
que podem ser aplicadas a qualquer grupo, sem a utilização de
recursos pré-programados.

Outros pontos que podem fazer com que o “tempo de


duração” da atividade altere:

- Desinteresse dos participantes pela atividade poderá reduzir


a duração da atividade. Certifique-se que os participantes não
tiveram uma experiência ruim com essa atividade. Por exemplo:
“não gostamos dessa atividade porquê da última vez que brincamos
nossa amiga caiu e quebrou o braço”.

- O cansaço em participar poderá reduzir a duração da


atividade. Verifique se a brincadeira proposta for de correr ou de
grande movimentação, talvez eles estejam cansados ou queiram
brincar com atividades mais calmas, ou, vice e versa.

- Não entendimento das regras poderá prolongar a duração da


atividade. Gastar muito tempo tentando explicar as regras, o não
entendimento das regras causará dificuldade em continuar a
atividade, isso fará com que durante a atividade haja pausas para
explicar as regras.

- Algum tipo de incidente interno ou externo poderá prolongar


a duração da atividade. Seja um desentendimento entre os
participantes, alguma queda, parada ou até mesmo algo externo,
como pais, responsáveis chamando determinados participantes
para ir embora, faz com que a atividade pare.

41
Essa são algumas situações que podem ocorrer durante o
desenvolvimento de uma atividade.

42
ESPAÇO

3 passo
Após o conhecimento do nosso público alvo, entendido a
diferença entre o “tempo total” e o “tempo de duração” das
atividades e termos desenvolvido o “Plano C”, agora nosso missão
é verificar qual espaço temos disponível para a realização das
atividades.

Esse passo é mais fácil, porém muitos


negligenciam por ser fácil e acabam não
desenvolvendo o total potencial na
criação de uma atividade.

Diante disso, preste bastante atenção e coloque em prática os


critérios de identificação que apresento na sequência:

Tamanho: pequeno, médio e grande.

Características: ao ar livre ou coberto.

Tipo: praia, campo, empresa, quadra, sala, salão entre outros.

Recursos: mesa, cadeira, tabela de basquete entre outros.

O “tamanho” do local é proporcional a quantidade de


participantes. Um salão de 10m² pode ser pequeno para 500
participantes, mas automaticamente grande para 10 participantes.
Para que você entenda, Cury (2018) explica que o cálculo funciona
assim: em um (1) m² é possível acomodar de 3 a 9 pessoas em pé,
sendo que 3 é o número para que haja um deslocamento tranquilo,
sem esbarrões. Já com 6 pessoas por m², a mobilidade do público
fica um pouco comprometida. Quando esse número sobe para 9

44
pessoas por m², a mobilidade fica complicada, são empurrões o
tempo todo. De acordo com o seu evento, pode haver pessoas
sentadas, onde se recomenda 2 cadeiras por metro quadrado, para
que haja uma circulação tranquila durante as atividades.

No entanto, caso estejamos com muitos participantes em um


espaço reduzido, pensar em atividades de corrida não é muito
inteligente. O foco seria atividades como o qual é a música, imagem
e ação, quem sou eu entre outras atividades que não haja muito
deslocamento.

A partir do espaço que temos, podemos pensar no tipo de


atividades que podemos realizar. Se o “tamanho” do espaço for
pequeno, o salão de festas de um condomínio, um grande jogo
como pique-bandeira não será desenvolvido em sua totalidade. Ou
seja, em espaços reduzidos, os grandes jogos não são possíveis de
serem executados em sua plenitude (salvo adaptações). O contrário
ocorre, em grandes espaços, pequenos jogos podem ser
executados sem nenhum problema.

Já do que se refere a “característica” do local: ao ar livre ou


coberto, uma dica extremamente importante e viável é ter sempre,
eu disse sempre, em mãos o “Plano B”, que nada mais é do que
uma “alternativa” para situações não previstas, como por exemplo,
atividades para os dias de chuva. Ao montarmos uma programação
para determinado evento de característica do local ser ao ar livre,
certamente temos que montar também, uma outra programação
caso chova, esfrie ou algum tipo de ação que foge ao nosso

45
controle. Caso não tivermos um Plano B com atividades
alternativas, poderemos acabar em apuros.

Outro ponto a se observar, de maneira fácil, é o “tipo” do


espaço que temos: se as atividades serão desenvolvidas em um
espaço de paia, campo aberto ou campo de futebol, se será em
uma sala ou salão de conferência de uma empresa. O ideal é
desenvolver atividades de acordo com o tipo do espaço. Se
estivermos em um hotel de luxo, não vamos ficar com nosso público
em uma sala pequena realizando atividades, pois certamente eles
vão querer brincar em um espaço maior e muito mais bonito.
Porém, se for no horário em que o sol esteja muito forte, vale optar
por ficar em um salão com ar condicionado ou em um espaço
externo com sombra.

Outra questão sobre espaços é a utilização dos “recursos”


que o espaço já oferece, caso o espaço seja uma quadra
poliesportiva, poderemos utilizar as linhas de demarcação, traves
do futebol, tabela do basquete. Caso seja em um pequeno espaço,
e haja cadeiras, podemos realizar atividades que possam utilizar as
cadeiras.

46
ORGANIZAÇÃO
Passo a Passo Categoria Organização
Organização todos devemos ter, para tudo que fizermos
temos que ter organização. Porém, não é exatamente esse tipo de
organização que quero abordar nessa segunda categoria.

A categoria organização se refere aos aspectos necessários


para continuar o processo de criação de atividades recreativas. São
os recursos necessários para uma determinada atividade, muitas
vezes você pode pensar que uma atividade sem materiais não
necessite de organização, como por exemplo um pega-pega, porém
a organização mental é sempre necessária, visto que o recreador
deve certificar-se que domina realmente aquela atividades e todas
as regras que a envolvem.

Além disso, você verá que a experiência será algo


fundamental para a aplicação de uma atividade, pois determinados
jogos e brincadeiras precisam ter regras “adicionais” (que serão
abordadas no oitavo passo).

Mas como então um recreador “novato”


poderá realizar uma atividade?

Neste caso a organização mental é imprescindível. Veja,


sempre antes de minhas palestras, cursos, aulas me imagino
aplicando o conteúdo, como vou iniciar, o que falar. Na aplicação
das atividades recreativas não é diferente, logo faça esse exercício:
imagine-se aplicando a atividade, falando todas as regras, e o
público alvo realizando as atividades, assim poderá prever
intercorrências, e nada te “pegará” de surpresa.

48
Esta categoria diz respeito a pensarmos em quais materiais
precisamos para continuar a criação dessa atividades, além da
quantidade de materiais que serão necessários, e por fim, quanto
custará financeiramente.

49
MATERIAIS

4
passo
Antes de falar como procedo com as questões referente aos
materiais, costumo dizer que há uma bifurcação na criação das
atividades: 1) a criação a partir dos materiais e 2) a criação sem
materiais. A primeira diz respeito há termos algum objeto em nossa
posse e a partir dele pensarmos em algo, como por exemplo, se o
recreador tiver em sua disposição uma bola, várias atividades vêm
em sua mente: alerta, caçador, batata quente e diante disso
algumas variações e adaptações.

Caso a atividade que você esteja desenvolvendo não haja


necessidade da utilização de materiais, a título de exemplificação, o
“morto vivo” – que tem como utilização apenas o corpo do
participante para brincar – você pode ir diretamente para a terceira
categoria: execução. Pela lógica, se não precisará de materiais, não
há necessidade de verificar os materiais, a quantidade necessária,
e tão pouco, quanto vai investir financeiramente para a aquisição
dos mesmos.

Eu costumo realizar boa parte das minhas atividades


recreativas sem a utilização de materiais, inclusive sou um dos
autores do livro “Recreação e Jogos: atividades para a prática diária
do recreador” publicado em 2018 pela Editora Clube dos
Recreadores e meu capítulo diz respeito as atividades recreativas
sem materiais.

Porém, se você estiver pensando em


utilizar alguns materiais, você precisa
ler os três passos dessa categoria para
não errar mais nesse quesito.

51
Não posso afirmar que uma atividade recreativa com a
utilização de materiais é mais prazerosa, mais chamativa ou mais
aceita pelos participantes do que uma atividade realizada sem
materiais, pois precisaria de uma pesquisa científica para
comprovar, porém eu acredito que ambas as formas, se for muito
bem apresentada pelo recreador motivará positivamente o
participantes para realizar tal atividade.

Agora apresento dicas de materiais que são extremamente


viáveis para você ter em seu “Kit de Materiais”. Tais materiais são
os que eu sempre levo caso seja necessário:

- Corda
- Cone
- Bola de Borracha, de Futebol, de Voleibol
- Fitas de TNT
- Coletes
- Tampa de garrafa PET
- Bola de Gude
- Elástico
- Cartas
- Canetas
- Folha A4
- Balões

Com esses materiais acima, você poderá criar e realizar “uma


infinidade” de atividades recreativas. O ideal é levar sempre
materiais extras e de preferência que sejam reutilizáveis, pois você

52
compra apenas uma vez e poderá utilizá-los para – quase – todo o
sempre.

Balão sempre é uma boa carta na manga. Mas tem pais que
não gostam que utilizem balões com seus filhos. Falo isso pois uma
vez ao apresentarmos o formulário ao qual obtemos informações
sobre nossos serviços, o responsável relatou não querer a
utilização de balões pelos recreadores, justificando que a família
havia passado por um incidente com um parente querido, ao qual o
motivo foi, asfixia ocasionada por balão. Além disso, ele é finito.

53
QUANTIDADE

5 passo
Essa questão é simples, mas temos que
tomar um cuidado para não deixarmos
nenhum participante sem receber
determinado material.

Um exemplo são crianças por volta dos 3 anos de idade. Elas


estão na fase do desenvolvimento humano chamado de
egocentrismo, que nada mais é do que o comportamento voltado
somente para si ou tudo que lhe diz respeito ou ainda, a
incapacidade de diferenciar-se dos outros. É quando a criança fala
que tudo é dela e dificilmente empresta algo para outra pessoa.

Enquanto eu escrevo esse livro, minha filha está com 2 anos e


10 meses e ela está nessa fase. Se você for aplicar atividades para
esse público alvo, saiba que o interessante, para que não haja
problemas, seria disponibilizar a mesma quantidade de materiais
para cada criança, e se possível, na mesma cor.

Se seu público já passou dessa fase do egocentrismo, isso


não será mais um problema para você, porém podem haver outros
problemas, como por exemplo, se for realizar um aniversário com a
temática futebol. Nessa festa todos os convidados são da escolinha
de futebol do aniversariante. Logo, você terá que levar uma bola de
futebol de qualidade, bem como cartões de futebol oficiais, para se
aproximar da temática da festa. Foi o que eu fiz quando nos
contrataram para tal evento, comprei uma bola de futebol da Nike,
uma bomba de encher, um jogo de cartões e um apito, todos
materiais oficiais.

55
INVESTIMENTO

6 passo
Investimento diz respeito ao quanto
você vai investir financeiramente nos
materiais para a realização das
atividades.

Caso você for realizar algumas oficinas como: gira-gira, slime,


fantoche, dedoche, big bolha, pó colorido, escultura em balões,
pintura de rosto, entre outras, sempre haverá a necessidade de um
investimento com base na quantidade de pessoas que vão
participar.

Faça um orçamento, compre o material


da melhor qualidade e agregue ao valor
final de seu trabalho. Pois trabalhar com
material de qualidade mostra o cuidado
que você tem com seus clientes.

Outra alternativa, para que você não invista dinheiro em


materiais, é o que sempre utilizamos em grandes evento: basta
solicitar que o contratante compre todos os materiais que serão
utilizados pelos recreadores (nunca esqueça de levar alguns em
seu Kit de Materiais, pois pode haver um imprevisto e o contratante
esquecer de comprar). O ideal é ter materiais que sobrem e não
faltem.

57
EXECUÇÃO
Passo a Passo Categoria Execução
Essa última categoria trata especificamente do
desenvolvimento prático da atividade. Aqui, desenvolveremos o
objetivo com base nos conhecimentos sobre o público alvo; em
desenvolvimento apresentarei uma estrutura que utilizo na criação e
execução de minhas atividades, e por fim, e não menos importante,
mas diria, fundamental, o quesito: segurança.

59
OBJETIVO

7 passo
Esse passo não tratará do objetivo da atividade em si
(integração, equilíbrio, cooperação, atenção, coordenação, entre
outros) mas sim, do enfoque de forma geral das atividades
recreativas.

Para que possamos entender esse passo, tomo como base os


Enfoques da Recreação abordados por Pablo Alberto Waichman
(2004), que são os seguintes: Recreacionismo, Animação
Sociocultural e Recreação Educação.

O “Recreacionismo” é em geral, o uso do tempo liberado de


obrigações de forma prazerosa e saudável. Ele tem por costume
considerar a recreação como uma somatória de atividades que têm
seu lugar no fim de cada dia, de cada semana ou período. Tais
ações teriam como único fim a diversão, constituindo-se numa
forma de compensação da fadiga e do tédio produzido pelas tarefas
cotidianas (WAICHMAN, 2004, p. 26-27).

A “Animação Sociocultural”, em princípio, diferentemente do


recreacionismo, que se preocupa fundamentalmente com as
atividades, na animação sociocultural se encontra a análise das
trocas sociais e culturais e de como o indivíduo ou o grupo vão
tomando posição. Tende para uma mudança de atitudes das
pessoas no seu modo de participar em modificações da sociedade,
tornando essa ação consciente (WAICHMAN, 2004, p. 27-28).

A “Recreação Educativa” refere-se a um modelo pedagógico,


a uma teoria da educação à qual corresponderá um modelo
didático. A recreação educativa se refere à pedagogia, ao motivo e

61
à finalidade de cada uma das ações; possui lugar fora do âmbito da
escolaridade e é, de alguma maneira, seu complemento. Assim
como o recreacionismo nascia e se desenvolvia em volta da
educação física e a animação a partir dos sociólogos estudiosos do
ócio, a recreação educativa é propiciada por parte de educadores
participantes do modelo formal (a escola) como do não-formal
(essencialmente de colônias de férias e clubes infantis), que partem
da concepção de educação permanente e do exercício da liberdade
no tempo: a recreação como modelo de formação do ser humano -
atuando de forma suplementar ante a incapacidade do sistema
formal para fazê-lo (WAICHMAN, 2004, p. 29-30).

Eu consigo permear entre os 3 enfoques. Além disso,


dependendo do propósito da atividade eu utilizo determinado
enfoque.

Porém, o que tem que ficar claro é que,


indiferente do enfoque que você for
propor em sua atividade o fim dela
sempre será proporcionar o prazer e a
alegria aos participantes.

Ou seja, se no final da atividade você percebeu essas


características nos participantes, sabe que independente do
enfoque utilizado – Recreacionismo, Animação Sociocultural ou
Recreação Educativa – você cumpriu o objetivo primário:
prazer/alegria.

62
DESENVOLVIMENTO

8 passo
Esse é o momento onde construímos o modelo descrito da
atividade que adaptamos, alteramos, unimos, misturamos,
modificamos ou criamos do “zero”. Na sequência descrevo a forma
que eu utilizo.

NOME DA ATIVIDADE_____________________________
Neste campo você escreverá o nome da sua atividade.

FAIXA ETÁRIA___________________________________
Neste campo você descreverá quem é o seu público alvo,
além de, complementar por meio de um intervalo de idades.
Exemplo: público alvo: crianças de 8 a 10 anos; Adolescentes de 14
a 15 anos ou Jovens de 20 a 25 anos.

Um ponto importante é entendermos que as atividades podem


ser aplicadas a todas as faixas etárias (variando o grau de
complexidade), lembrando que não são os participantes que se
adaptam às atividades e sim as atividades que se adaptam aos
participantes, sendo este um papel de quem as aplica (LEÃO
JUNIOR, 2018) ou seja, é papel do recreador.

FORMAÇÃO_____________________________________
Neste campo você descreverá a forma como os participantes
desenvolveram a atividade. Exemplo: espalhados pelo local
proposto (pega-pega). Sentados em círculo (batata quente). Um ao

64
lado do outro. Um atrás do outro. Duplas de mãos dadas. Trios. Em
grupos de 5 pessoas e em círculo. Para termos uma ideia de como
será a formação recorrente da atividade.

MATERIAIS_____________________________________
Neste campo você descreverá a lista, com a respectiva
quantidade dos materiais que serão utilizados. Caso você não for
utilizar, descreva: não há.

OBJETIVO______________________________________
Neste campo você descreverá o objetivo que você pretende
alcançar com a atividade. Essa informação ficará a seu critério,
pode ser o objetivo primário: prazer e alegria (conforme o passo 7º)
ou algum tipo de habilidade motora, afetiva ou cognitiva que você
pretende explorar.

DESENVOLVIMENTO_____________________________
Neste campo você descreverá o “início, meio e fim” da
atividade de forma que haja uma “progressão pedagógica” que é
explicar do simples ao complexo.

Apresentará de forma clara as regras da atividade e se caso


houver, apresentará as variações que essa atividade possa
contemplar. Caso não houver variações, descreva: não há.

65
Ainda sobre as regras, quando pincelei sobre “regras
adicionais” em organização eu queria apresentar como introduzo
minhas regras na aplicação de uma atividade recreativa:

Dependendo da atividade eu não informo todas as regras logo


no início por dois motivos: primeiro – o fato de haver muitas
informações fará com que os participantes possa esquecer de
algumas regras; e segundo – pode ser que uma regra informada
nunca venha acontecer, por exemplo, eu não preciso informar que
em um pega-pega não pode empurrar o colega (pois é uma regra
condicional para a brincadeira acontecer).

Mas, para determinado grupo, aos quais os participantes


possam ser mais agressivos, é necessário que essa regra seja
informada no início e seja extremamente enfatizada.

Logo, o que precisa ficar claro é que dependendo do grupo


que estou aplicando a atividade é necessário incluir regras que em
outro grupo não existirá.

Por fim, ao final da realização da atividade o recreador que


aplicou a atividade precisa realizar uma feedback (autoanálise) para
saber se a atividade foi compreendida pelos participantes e
desenvolvida em sua plenitude.

INFORMAÇÕES ADICIONAIS_______________________
Neste campo você descreverá as informações adicionais que
julgar necessárias para o bom andamento da atividade.

66
SEGURANÇA

9 passo
Eu trabalho com recreação desde o início de 2004 e a partir
do ano de 2012 tenho minha empresa – Clube dos Recreadores –
juntamente com minha esposa Tatyanne Roiek Lazier-Leão. Umas
das questões que mais invisto tempo na criação de uma atividade
nesses anos de trabalho com recreação é a: segurança.

Eu sei que as pessoas são diferentes, que tem preocupações


diferentes e investem tempo em ações diferente. Mas quando o
assunto é segurança, indiferente das habilidades e competências
do recreador, todos, eu disse todos, deveriam investir tempo em
segurança.

Eu sou do tipo que pensa em tudo que pode dar errado antes
de dar errado. Diante disso, sempre me preparo para o pior. Ou
seja, eu simplesmente analiso as atividades que vamos realizar,
onde elas serão realizadas, quantas crianças participarão e quantos
recreadores compõem a equipe e demais questões essenciais.
Diante dessas questões posso me prevenir de algo que possa
ocorrer. Por isso, esse é o último passo.

Eu sou uma pessoa observadora, detalhista e perfeccionista.


Logo, isso me leva a pensar em possíveis problemas. E pensar no
problema nada mais é do pensar em prevenção de acidentes que
possam ocorrer no futuro. Diante disso, apresento alguns cuidados
que você pode ter a fim de prevenir acidentes:

1. Não realize atividades com grande risco de acidente ou que


prejudique o bem-estar físico dos participantes, como por exemplo,
futebol em dias de chuva, brincar na água com chuva, atividades de

68
alta intensidade após o almoço, atividades intensas ao ar livre
debaixo do sol escaldante do verão entre outras.

Já passamos por situações em que o contratante gostaria que


aplicássemos atividades que afetariam esse nível de segurança, por
exemplo, um contratante queria apenas dois recreadores para um
grupo de 70 crianças que brincariam na água, isso foi inviável, a
faixa etária variava de 03 a 12 anos. Essa atividade era impossível
de ocorrer sem apresentar riscos. Ao final fechamos o pacote de
atividades com 6 recreadores, para que dividíssemos em grupos
menores de crianças, e assim, com maior segurança.

Em outra ocasião fomos contratados para um festa de


encerramento de empresa, em um espaço muito pequeno, e que as
atividades deveriam ser realizadas fora do espaço, porém choveu, e
não foi possível atender ao desejo do contratante, mas não
podíamos colocar cerca de 50 crianças brincando na chuva, por
isso utilizamos do plano B, ao final o cliente entendeu e nos
parabenizou pelo a excelência do cuidado e pelo trabalho.

Tudo deve ser explicado para o seu


cliente, muitas vezes ele não saberá dos
prós e contras do que ele deseja, nosso
papel é explicar, e manter sempre os
padrões de segurança.

2. Outro cuidado é ter os conhecimentos técnicos, as


habilidades e os equipamentos corretos para a utilização dos
mesmos em determinadas atividades. Por exemplo, se a atividade
proposta for a vivência com skate e você tem os conhecimentos

69
técnicos, as habilidades mas não tem o equipamento correto:
capacete. Então não faça a atividade.

Quando trabalhamos com recreação aquática em piscinas ou


na praia o nosso cuidado é sempre dobrado. Elaboramos nossa
equipe com mais recreadores e que alguns fiquem dentro e outros
fora da água (sempre com o uniforme da empresa para fácil
identificação). Para ambos os casos, damos preferência para os
recreadores que saibam nadar. Além disso, orientamos que eles
utilizem protetor solar e boné.

3. Outro cuidado nosso é, sempre que possível, aumentar o


número de recreadores para que haja um cuidado maior com os
participantes.

Nunca trabalhamos com apenas um recreador, mesmo que


haja apenas 5 participantes. Nosso número mínimo são 2
recreadores para até 25 participantes.

Porém, quando a idade dos participantes fica entre 3 a 6 anos


o número de recreadores aumenta para mais 1 ou ele dobra para 4.
E em casos especiais, quando há alguém com alguma necessidade
especial, disponibilizamos um recreador para acompanhar,
especificamente, esse participante.

Por questões técnicas nós trabalhamos com equipe mista.


Quando se tem 2 recreadores: um é menino e a outra é menina.
Quando se tem 4 recreadores: dois são meninos e duas são
meninas.

70
Porém, quando o contratante solicitar que todos os
recreadores sejam meninos ou todas sejam meninas, não há
problema algum, desde que essa solicitação não vá de encontro
com o que acreditamos ser imprescindível para o desenvolvimento
de um trabalho de excelência. Para exemplificar, ao realizar um dia
de princesa ou Mini SPA só para meninas o cliente pode solicitar
apenas recreadoras para a realização das atividades.

Lógico que esses cuidados não se


findam aqui, ainda é preciso também
pensar em cuidados com o bem estar e
segurança do recreador. No que diz
respeito a sua vestimenta/uniforme,
protetor solar, repelente contra insetos,
boné para proteção contra o sol.

Por fim, apresento informações sobre o Kit de Primeiros


Socorros. Uma informação importante é que até finalizar a escrita
desse texto, nós do Clube dos Recreadores, nunca utilizamos o
nosso Kit de Primeiros Socorros (mas não é por isso que vamos
deixar de apresentá-lo). Para ser mais preciso, utilizamos apenas
três vezes: primeiro para emprestar uma tesoura para a mãe de
uma crianças; segundo para emprestar um band-aid; e terceiro para
trocar o curativo de uma criança que já veio com machucado de
casa.

Logicamente que o interessante do Kit de Primeiros Socorros


não é a sua utilização. O nosso marketing não é a quantidade de
vezes que precisamos utilizar ele, mas sim, apresentar ele como

71
algo que nunca utilizamos, a não ser para emprestar algo para
alguém.

Porém o nosso maior marketing é quando chegamos ou nos


despedimos do evento. Sempre deixamos a caixa de primeiro
socorros aos olhos das pessoas (e não dentro de uma mochila).
Levamos ela do lado onde ficam os convidados (para que eles
possam ver que temos). Consciente ou inconscientemente o
contratante ou os participantes pensam: “se acontecer algo, eu sei
onde busco ajuda, os recreadores tem os recursos, mas espero que
nada aconteça”.

O Kit de Primeiro Socorros deve conter materiais que sirvam


para diversas situações, levando em consideração o custo-benefício
e o conhecimento técnico de quem vai utilizá-los. Ele deve ser
mantido sempre em local de fácil acesso e estar bem sinalizado. É
importante lembrar que não adianta montar um Kit com materiais ou
equipamentos que não se saiba utilizá-los. Em nosso caso, estamos
apenas com materiais básicos para o primeiro contato caso algo
ocorra.

Sendo assim, um Kit de Primeiros Socorros deve conter – não


é regra, mas uma indicação – os seguintes itens:

• Soro fisiológico;
• Álcool em Gel;
• Algodão;
• Ataduras elásticas, de crepom e de gaze;
• Bandagem;

72
• Bolsa de água quente;
• Bolsa para compressa de gelo;
• Compressas limpas;
• Esparadrapo tipo micropore;
• Gaze estéril;
• Cotonetes;
• Lanterna;
• Lenços normal e umedecido;
• Luvas descartáveis;
• Pinça;
• Solução antisséptica;
• Termômetro;
• Tesoura;
• Repelente;
• Protetor Solar;
• Band-aid.

Além disso, temos que estar cientes que não podemos


oferecer remédios (pois não somos médicos). Uma exceção é o Kit
de Primeiros Socorros para acampamentos que contém analgésico,
antitérmico, creme de cortisona e pomada com antibióticos, desde
que, o pronto socorro mais próximo esteja há vários quilômetros de
distância.

Nossa função como recreador é prestar os primeiros socorros


caso algo aconteça. Caso não tenha preparo ou não se sinta
preparado para prestar os primeiros socorros, procure por ajuda o
mais rápido possível, passando todas as informações necessárias
para que o atendimento à vítima aconteça em tempo hábil conforme

73
afirma a professora Luciana Pereira de Moraes, do curso Primeiros
socorros – nas escolas, nas empresas e em residências (TEIXEIRA,
2018).

Para isso, é importante ter os números dos telefones de


serviços (abaixo) registrados em fichas em um local de fácil acesso,
e também, na agenda do seu celular. Conforme aponta o site
Primeiro Socorros Info (2018) são eles:

193 – Corpo de Bombeiros_________________________


Em casos de emergências, incêndios de acidentes domésticos, de
trânsito, resgate de vítimas em que não é possível realizar os
primeiros socorros, encarregados de realizar o transporte da(s)
vítima(s) a uma unidade de saúde especializada de acordo com o
caso específico.

190 – Polícia Militar_______________________________


Responsável por fazer atendimentos prévios, no caso de ser o
primeiro serviço especializado a chegar ao local, manter a ordem do
fluxo de trânsito e de pessoas (curiosos), apurar circunstâncias do
acidente e em eventualidades realizar o transporte de vítimas.

192 – SAMU_____________________________________
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) é um serviço
específico de atendimentos de urgência, criado por uma portaria do
Ministério da Saúde, e gerido pela Secretaria de Saúde de cada

74
estado ou município. Realiza um serviço de atendimento às vítimas
de acidentes e estados clínicos que necessitam de
acompanhamento, realizando um atendimento prévio no próprio
local ou dentro de ambulâncias, enquanto a(s) vítima(s) são
transportadas para um hospital ou unidade de saúde mais
próximos.

191 – Polícia Rodoviária Federal____________________


Em casos de acidentes em rodovias mais isoladas de grandes
centros, é recomendável acionar o serviço da Polícia Rodoviária
Federal (PRF), pois é a instituição que provavelmente estará mais
próxima da ocorrência, uma vez que é a polícia responsável por
zelar do bom fluxo em rodovias nacionais.

199 – Defesa Civil________________________________


É o órgão nacional responsável por organizar prevenções de
acidentes e desastres naturais ou de grandes proporções e
trabalhos de resposta a esses acontecimentos, como medidas de
remoção de famílias em áreas potencialmente de risco de
desmoronamentos, deslizamentos e alagamentos.

0800-722-6001 – Disque Intoxicação_________________


É um serviço criado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(ANVISA), com o objetivo de esclarecer pessoas e profissionais de

75
saúde quanto às ocorrências envolvendo intoxicações dos mais
diversos tipos.

Hospitais da sua Cidade___________________________


Seja particular, público ou universitário.

Plano de Saúde__________________________________
Verifique se os participantes tem algum plano de saúde, anote o
número e qual é o plano.

Número de Contato_______________________________
Anote o telefone (residencial e celular) dos pais/responsáveis e de
no mínimo mais outros 2 contatos (familiares, vizinhos) de alguém
de confiança da família para ligar como segunda opção.

Fugindo um pouco da função pessoa física (recreador) e


ampliando para a pessoa jurídica (empresa), no final do ano de
2018, para ser mais preciso, dia 4 de Outubro de 2018 foi aprovada
na Câmara pela iniciativa do Deputado Federal Ricardo Izar o
Projeto de Lei da Câmara (PLC) Lei nº 13.722/18 que institui a
obrigatoriedade dos estabelecimentos de ensino das redes pública
e privada voltados à educação infantil e à educação básica e os
estabelecimentos de recreação infantil capacitarem profissionais do
seu corpo docente ou funcional em noções básicas de primeiros
socorros e a possuir kits de primeiros socorros (SENADO

76
FEDERAL, 2019). Ou seja, os locais que os recreadores trabalham
que se encaixem nos estabelecimentos que contemplam a lei
13.722/18 terão capacitação obrigatória no que diz respeito aos
primeiros socorros.

Todo o cuidado é pouco quando


estamos lidando com a vida de pessoas,
mesmo que seja em uma brincadeira.

Cuidar faz parte do trabalho do recreador. Pois a plenitude do


planejamento, organização e execução de uma atividade,
cronograma semanal, mensal, semestral ou anual está diretamente
ligado com a segurança. As pessoas querem se divertir, porém,
sempre com segurança.

77
A EMPRESA

CLUBE DOS
RECREADORES
O Clube dos Recreadores nasceu em 2012 com a finalidade
de oficializar um sonho da época da faculdade, referente a elaborar,
organizar, orientar e executar serviços nos diferentes segmentos do
lazer, recreação e entretenimento para os diferentes nichos do
mercado.

A empresa tem como base buscar qualidade na realização


dos serviços prestados, contando com Profissionais Especializados
que realizam atualizações e qualificações profissionais de
excelência, oferecidas pelo Clube dos Recreadores e/ou instituições
parceiras de formação específica.

www.clubedosrecreadores.com

Uma outra abordagem do Clube dos Recreadores é ser um


canal de formação e informação aos Recreadores de diferentes
áreas de formação. Ao pensarmos nesse campo de atuação
multiprofissional, disponibilizamos o “SOU RECREADOR”, onde é
possível encontrar diversas informações que visam colaborar com o
direcionamento para uma melhor formação dos Recreadores no
Brasil.

www.clubedosrecreadores.com.br

Em 2014 iniciamos com publicações em nosso canal no


youtube chamado Sou Recreador, onde a proposta foi publicar
diversas informações referente a área da Recreação. Hoje estamos

79
com dezenas de vídeos e milhares de visualizações. Tendo em
vista que o público alvo do canal é extremamente específico,
estamos tremendamente felizes com a repercussão que estamos
atingindo.

www.youtube.com/clubedosrecreadores

Em 2016, levando em consideração que diversos recreadores


solicitavam camisetas e moletons iguais ao do nosso uniforme,
desenvolvemos uma marca de vestuário chamada SouRecreador®.
A partir desse momento, criamos uma Loja Virtual para os
recreadores. Em nossa loja oferecemos, além de vestuário,
materiais pedagógicos para recreadores e educadores. Com a
criação e lançamento da nossa loja virtual e da marca para
recreadores fomos os pioneiros nesse segmento no Brasil.

www.sourecreador.com.br

Em 2017, mais uma vez, fomos pioneiros em outra área,


lançamos no mercado a Editora do Clube dos Recreadores Editora
especializada em publicações no segmento da Recreação. Para
recreadores, professores da educação básica ou superior.
Contamos com um conselho editorial internacional capacitado tanto
na teórica como na prática.

www.clubedosrecreadores.com.br/editora

80
Ainda em 2017 estruturamos um Grupo de Estudos em
Recreação, cujo objetivo é desenvolver pesquisa para publicar em
grandes eventos da área, além de troca de conhecimento/vivência
em atividades práticas.

www.clubedosrecreadores.com.br/grupo-de-estudos

Em 2018 o Clube dos Recreadores mais uma vez foi pioneiro


no que diz respeito ao auxílio aos Recreadores do Brasil. Pela
nossa abrangência em nível nacional, recebemos solicitações de
trabalho de vários estados do Brasil. Certamente não conseguimos
atender a todos. Diante disso, resolvemos criar o Portal para o
Recreador de Sucesso. Nosso objetivo é estabelecer um "banco de
cadastro de recreadores" auxiliando assim, na divulgação dos
serviços e aproximando os recreadores dos contratantes.

www.clubedosrecreadores.com.br/recreadores

Além de tudo isso, ainda temos conteúdos como: Atividades


Recreativas, Blog, Agenda, Novidades, Instituições, Congressos,
Pós-Graduações e Pesquisa Online. Certamente não pararemos
por aqui! Em breve teremos novidades... Siga-me os bons nas
redes sociais para ficar por dentro de tudo.

#sourecreador
#sourecreadordesucesso

81
ENVIE SUA

ATIVIDADE
O intuído desse livro é para que você recreador, desenvolva
habilidades e competências para criar atividades recreativas. No
entanto, assim que aprender utilizando esse passo a passo, você
poderá organizar uma programação de 4h, 1 dia, 1 semana, 1 mês
de atividades simplesmente reproduzindo o passo a passo e
fracionando os horários disponíveis.

E se você chegou até aqui, certamente está comprometido


com a criação de atividades recreativas! Eu não sei você, mas eu
acredito em você! Tanto que acredito que tenho um convite
especial:

Envie um e-mail para


sourecreador@clubedosrecreadores.com
com a(s) sua(s) atividade(s) recreativa(s) após a leitura e utilização
desse passo a passo. Vamos publicar as melhores em nosso site!
Aguardo ansiosamente a sua contribuição!

83
ALGUNS DE TANTOS OUTROS

DEPOIMENTOS

Tatiane Kühl

"Há três anos atrás iniciei minhas atividades como recreadora


infantil, primeiramente pelo convite de trabalho em uma área
KIDS em uma hamburgueria. Procurando por orientações
sobre como é o perfil de um recreador e a forma certa de
trabalhar - com a ausência de materiais impressos nas livrarias
sobre o assunto - investiguei na internet e felizmente encontrei
o site e seguidamente o canal no youtube do Clube dos
Recreadores, e foi onde tudo começou a dar certo!".

Proprietária e Recreadora da A Turma da Tati


São José, Santa Catarina

84
Adriano José Pacheco

"A área de recreação escassa de bons profissionais, pois


muitos não sabem definir o que é a Recreação. Mas fazendo o
curso do Cleber só confirmou a capacidade profissional e de
conhecimento que esse professor tem para passar para todos
que desejam ser um Recreador de Sucesso. Pude ter o
privilégio de aprender com uma pessoa fantástica e que
devemos dar muito valor pois ele realmente transmite a todos
como ser um Recreador de Sucesso. Poderia escrever muitas
coisas pois, você honra a nossa profissão!"

Técnico de Recreação SESC


Jacarezinho, Paraná, Brasil

85
Guilherme Afonso de Oliveira Barbosa

"Foi uma experiência sobrenatural. Antes do curso não sabia o


que fazer em relação a minha carreira profissional. O curso me
ajudou a ter uma direção do que me deixa feliz em trabalhar.
Antes do curso eu não trabalhava com nada e depois do curso
eu comecei a trabalhar como monitor, depois auxiliar de
recreador e agora como Recreador graças a Deus. Recomendo
para qualquer um qualquer pessoa que esteja interessada, pois
vai dar sucesso".

Recreador
Maringá, Paraná, Brasil

86
Carolina Barbosa

"Atua há quase 10 anos com recreação em festas, colônias e


acampamentos de férias. Desde o início da minha trajetória
com o brincar sempre tive em mente a importância de estar me
qualificando, estudando e inovando nas minhas atividades
lúdicas. Lembro que conheci o professor Cleber Junior em um
projeto o qual produzi com a rede SESC Pernambuco e ele na
maior simplicidade do mundo falava da importância de estar
sempre buscando aprender. O trabalho dele, bem como os
seus livros chegavam até minha cidade e assim pudemos
trazer ele para o projeto Ciranda do Conhecimento.
Conhecer seus livros, em especial o “Manual de Jogos e
Brincadeiras” me auxiliou ainda mais na minha atuação
diariamente com grandes grupos e na minha trajetória até
aqui".

Recreadora
Recife, Pernambuco, Brasil

87
Renan de Aquino Cruz

"O Mestre Cleber é um cara que tem contribuído muito para o


meu trabalho como recreador. O livro, trouxe uma leitura
agradável sobre pontos fundamentais dentro da recreação de
um modo geral. Uma linguagem didática, de forma clara e
esclarecedora, quisera eu quando comecei ter tido acesso a
um material deste como suporte. Em minha prática, vejo o
quanto cada palavra que o professor descreveu é verdadeira.
O material traz sugestões para a recreação, em diferentes
níveis e formas de acontecer. Fica aqui, o meu muito obrigado
pela oportunidade de compartilhar deste material. Grande
abraço".

Proprietário e Recreador do Tio Renan Recreações


Maringá, Paraná, Brasil

88
E AÍ... COMO FOI A SUA

EXPERIÊNCIA?
Gostou desse e-Book desenvolvido de forma gratuita
e especialmente para você Recreador?

Para que realmente possamos ter uma noção do quanto


estamos sendo úteis, gostaríamos que nos enviasse um
depoimento descrevendo o que tem aprendido com nosso
conteúdo!

Lembre-se: não custa nada

CLIQUE E ESCREVA

É rápido e não custa nada!


;)

89
REFERÊNCIAS

UTILIZADAS
CURY, Cecília. Como escolher corretamente o local para o
seu evento. 2018. Disponível em:
<https://blog.sympla.com.br/como-escolher-corretamente-o-
local-para-seu-evento/>. Acesso em: 14 dez. 2018.

KOONTZ, Harold; O’DONNELL, Cyril. Princípios de


administração. São Paulo: Pioneira. 1980.

LEÃO JUNIOR, Cleber Mena. Manual de jogos e


brincadeiras: atividades recreativas para dentro e fora da
escola. 2º ed. Rio de Janeiro: Editora WAK, 2018.

LEÃO JUNIOR, Cleber Mena. Jogos sem materiais. In:


OLIVEIRA, Carlos Gomes et al. Recreação e jogos: atividades
para a prática diária do recreador. Maringá: Editora Clube dos
Recreadores, 2018. p. 34-44.

PRIMEIROS SOCORROS INFO. Serviços especializados em


primeiros socorros. 2018. Disponível em: <http://primeiros-
socorros.info/servicos-especializados-em-primeiros-
socorros.html>. Acesso em: 14 dez. 2018.

90
TEIXEIRA, Silvana. Primeiros socorros: como agir em
situações de urgência. 2018. Disponível em:
<https://www.cpt.com.br/cursos-
treinamentoprofissional/artigos/primeiros-socorros-como-agir-
em-situacao-de-urgencia>. Acesso em: 14 dez. 2018.

SENADO FEDERAL. 2019. Projeto de Lei da Câmara nº 17,


de 2018: obrigatoriedade de capacitação em primeiros
socorros para educação infantil, educação básica e
estabelecimentos de recreação infantil . Disponível em: <
https://www25.senado.leg.br/web/atividade/materias/-
/materia/132751>. Acesso em: 9 jan. 2019.

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CONFIRA OUTROS LIVROS/E-BOOKS DA EDITORA

CLUBE DOS RECREADORES

RECREAÇÃO E JOGOS: atividades para a


prática diária do recreador

Autores: Me. Carlos Gomes de Oliveira,


Me. Cleber Mena Leão Junior, Esp. Daniele
das Neves Baio, Esp. Paulo Sérgio Armelin,
Dr. Anselmo Alexandre Mendes

1ª Edição 2018
Formato: 14 cm x 21 cm
Páginas: 90

Editora Clube dos Recreadores, Maringá

ISBN: 978-85-54259-01-3

JOGOS E BRINCADEIRAS COM ÁGUA

Autores: Esp. Tiago Rodrigo Alves Nunes e


Me. Cleber Mena Leão Junior

1ª Edição 2018
Formato: e-book
Páginas: 63

Editora Clube dos Recreadores, Maringá

ISBN: 978-85-54259-00-6

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