1) O documento discute as relações entre música e política no período romântico, como as ideias iluministas influenciaram as mudanças na sociedade européia e no status do músico.
2) Apresenta as diferenças entre a estética musical clássica e romântica, como a ênfase no imaginário, fantástico e expressividade no romantismo.
3) Discutem o contexto sócio-histórico do nacionalismo europeu no século XIX e como isso influenciou a música a incorporar elementos folcl
Descrição original:
Anotações das aulas do Curso História da Música II – UNIVESP.
1) O documento discute as relações entre música e política no período romântico, como as ideias iluministas influenciaram as mudanças na sociedade européia e no status do músico.
2) Apresenta as diferenças entre a estética musical clássica e romântica, como a ênfase no imaginário, fantástico e expressividade no romantismo.
3) Discutem o contexto sócio-histórico do nacionalismo europeu no século XIX e como isso influenciou a música a incorporar elementos folcl
1) O documento discute as relações entre música e política no período romântico, como as ideias iluministas influenciaram as mudanças na sociedade européia e no status do músico.
2) Apresenta as diferenças entre a estética musical clássica e romântica, como a ênfase no imaginário, fantástico e expressividade no romantismo.
3) Discutem o contexto sócio-histórico do nacionalismo europeu no século XIX e como isso influenciou a música a incorporar elementos folcl
As ideias iluministas presentes entre os séculos XVIII (1780) e XIX/XX (1914) influenciaram as mudanças ocorridas (expansão econômica e revoluções) na sociedade europeia (nobreza, burguesia) e modificaram o status do músico e da música (para quê e para quem a arte era realizada, quem tinha acesso, quem contratava, etc.). O crescimento das cidades e o aumento da população provocaram mudanças profundas na atividade musical. Quais mudanças?
Após as revoluções, com a queda dos nobres e a perda do poder da igreja/religião, a
diminuição do patrocínio da atividade musical provoca o surgimento do músico (antes empregado) como autônomo. No século XIX, a presença da mulher na música ganha espaço, já que os homens partem para outras atividades profissionais. Mudança dos espaços de apresentações, surgem as salas de concerto, academias e outras organizações para músicos amadores. A arte passa a ser um privilégio também da burguesia (classe média), não mais somente da nobreza. Nascimento do “público” => final do Séc. XVIII; Uso doméstico da música (pianos nas casas, quartetos e quintetos de cordas, transcrições de óperas, danças e canções executadas em concertos e balés para uso doméstico); Impressão de partituras; Com a Revolução Industrial, a manufatura de novos instrumentos; Publicações relacionadas à música nos periódicos (“magazines”); Educação musical: doméstica e em Conservatórios/Colégios de Música;
A Estética Musical do Séc. XIX:
A música é uma arte absoluta. O músico como autônomo, a música no campo das artes e da filosofia, ou como “religião secular”. Início da discussão sobre a beleza, a qualidade e o valor da música. Música para expressar o “indizível”, o que não poderia ser expressado pela palavra (domínio da Literatura, a segunda arte mais importante, ao lado da Música), incorpora a beleza e a verdade. O material da música (som, ritmo) é abstrato. Filósofos que dissertavam sobre a música, a estética: Hegel (música simbólica e romântica), Schelling, Kant, Adorno, Schopenhauer (música como expressão da vontade), Nietzsche. O artista: aquele que é capaz de criar, distante do “homem comum”.
Diferenças entre as Músicas do Classicismo e do Romantismo:
Clássico Romântico A “revolta romântica” não é sucessiva ao classicismo. Clássico e Romântico são dois aspectos do mesmo fenômeno musical, do mesmo período histórico. (BLUME, 1970). -Perfeição -Legendário -Bom acabamento -Provém de romance -Ordenamento -Fantástico, imaginário -Contenção -Coisa abstrata, imaginativa, indefinida -Elegância -Moderno (versus o antigo/Clássico) -Estrutura equilibrada: -Transcendência tônica, subdominante, -Incompletude dominante -Insatisfação -Regularidade métrica -Melancolia -Controle -Temas: amor e morte -Textura homofônica -Fuga da norma: aspectos de dinâmica (sforzando) e do ritmo (síncopes) que desconcertem a regularidade e o ordenamento -Expressividade: importância da pausa para expressão das emoções através da música -Domínio da harmonia (acordes com 7ª, 9ª) -Tonalidades diversas, distantes das mais conhecidas -Texturas diferenciadas Compositores: Haydn, Compositores: Beethoven, Berlioz Mozart
Anotações Aula II – Nacionalismo
Contexto Sócio Histórico, Político e Cultural: Antes do surgimento das nações, com a dominação do Sacro Império Romano Germânico (Séc. IX – XIX d.C.), havia uma ideia unificada de povo, regido por leis greco-romanas, cujas línguas oficiais eram o grego e o latim (à exceção das línguas locais de cada região específica), e a cultura era unificada através da religião (Católica Romana). O Nacionalismo europeu no Século XIX é um fenômeno político e cultural. Ideias presentes e características:
Lealdade a uma nação etnicamente homogênea (o povo);
Soberania nacional, tentativas de independência e libertação; A cultura deve refletir a nação em todos os seus aspectos e produção musical; Criação de uma força para o reconhecimento da identidade nacional (espaço geográfico/terreno, uma língua falada, os mitos e lendas, saudosismo, tradição); Celebração do produto do povo (folclore), orgulho pela história local; Na Literatura, a busca pelas línguas “periféricas” (tcheco, húngaro, russo), enquanto a nobreza falava francês; A tendência da burguesia, que anteriormente era imitar os costumes franceses (a língua, as vestes, a etiqueta), passa a ser valorizar as características locais; Características da Música desse movimento:
Surgimento das danças e músicas folclóricas;
Os Lieds simples, cantados em alemão; Música de câmara (quartetos) e sinfonias incorporavam elementos folclóricos; Valsa vienense: Strauss, Lanner, Weber; Em Budapest (Hungria), criação de: Teatro Nacional (1837), Conservatório (1840), Casa de Ópera (1884); A “música nacional” da Tchecoslováquia: 8 óperas em tcheco de Bedrich Smetana; As danças eslavas de Dvorak; Compositores: Richard Wagner, Giuseppe Verdi, Schubert, Brahms, Liszt, Bartók, Kodaly, Smetana, Dvorak. Anotações Aula III - Ópera na primeira metade do Século XIX
De modo amplo e generalista, a música do século XIX... Nas óperas, a melodia era o elemento de maior importância, era “cantável”. A ópera era um empreendimento para empresários.