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BÉLA BARTÓK E TRADIÇÃO

EUROPEIA
O Nacionalismo no séc. XX

 Os compositores do séc. XX empregaram mais elementos folclóricos e


tradicionais autênticos na música nacional que os do séc.. XIX;

 As principais escolas nacionais forma: França, Rússia, Inglaterra, Alemanha,


Espanha, Escandinávia e leste europeu.

 Béla Bartók compilou canções e danças tradicionais da sua terra natal


incorporando elementos próprios nas obras:

 A sua música apresenta novas escalas e ideias rítmicas através do


emprego de uma linguagem harmónica politonal, assente no marco das
formas clássicas,
Aspetos inovadores
Diferenças importantes no nacionalismo do séc. XX prendem-se com:

 O espírito cientifico,
 Valorização das melodias antigas,
 Separação das melodias convencionais
 Progresso da invenção da fotografia
 Os novos estudiosos (musicólogos) do folclore empregavam - o
gravador;
 Gravação como forma de preservação da canção;
Escolas nacionais:
 Les Six – desenvolveram esforços no sentido criar um estilo objetivo que
conjugava a comicidade com o neoclassicismo, a par de novos
conceitos de harmonia;

 A escola russa: produz, no períodos do pós-romantismo compositores de


renome internacional:

Prokofiev (1873-1943) - Variações sobre um tema de Paganini;

Alexander Scriabin (1872-1915) – artista visionário de subtil lirismo


com inovação de harmonias.
 Escola inglesa: Destaque para Edward Elgar e Frederik Delius. Escola
moderna inglesa: Ralph Williams (1872-1958) e Benjamin Britten (1913-
1976).

 Escola Alemã: Paul Hindemith (1895-1963) compositor que abandonou


Alemanha co a subida ao poder do III Reich, vivendo nos EUA.

 Nacionalismo húngaro: Bartok e Kodály recolheram a canção tradicional.

 Rep Checa: Léos Janácek (1854- 1928) - ópera Jenufa;

 Espanha: Manuel de Falla (1876-1946) – Ballet O Chapéu de 3 bicos;

 Finlandia: Jean Sibelius (1865-1957) – poema sinfónico – Finlandia.


Béla Bartók (1881-1945)
 Recolheu a canção tradicional húngara;

 Conciliou a recolha com a linguagem musical europeia, de cunho


pessoal;

 Intenção de escapar à denominação cultural musical alemã;

 Deu conta da grandiosidade do povo cigano (zíngaros), e da


verdadeira raiz da musica nos camponeses; Recolha com Kodály.

 Exílio, EUA anos 40 (Nova York). Inadaptação doença


A sua música

A melodia e
O ritmo
harmonia

A forma A orquestração
A melodia e harmonia
 Harmonia axial: sistema harmónico que estende aplicação de tons relativos.

 Por volta dos 30 anos de idade, desenvolveu um método de composição


musical que integrava todos os elementos da música:

acordes, escalas, estrutura, duração, etc

 com um único princípio matemático: o princípio da seção áurea.

 O sistema harmónico axial, que expande o uso de tons relativos, amplia


as possibilidades de sonoridade harmónica no uso tonal
Trata-se de uma divisão do círculo a partir do ciclo das 5ªs em eixos duplos, unidos
pelo I, outro pelo V e IV.

Cada função tem 2 eixos o principal e secundário. Em cada eixo temos 2 extremos
denominados polo e antípoda.

Por exemplo: se se mantiver as funções tradicionais de I-IV-V, uma sucessão de MI-


LÁ-RE-SOL-DO-FÁ pode ser em Bartók: MI-LA-LAb-REb-DO-FA.
 Descobriu que a música da europa de leste se baseava nos modus
antigos, escalas desconhecidas e ritmos assimétricos,

 Com esta descoberta libertação da edificação da tonalidade


enraizada no modo maior e menor;

 Harmonia bastante dissonante, através do usos da politonalidade,


no entanto verdade seja, nunca abandou TOTALMENTE o principio
da tonalidade.
Ritmo

 Inovador no aspeto rítmico: ritmos martelantes, pungentes, com


aspeto primitivo

 Mudança constante de compasso,

 Usos e abuso frequente de síncopas e desenhos repetidos


(ostinato).
Forma

 Modelo de sonata beethoveniana, com estrutura ampla,

 Nos anos intermédios da sua produção oscilou acusou a influência da


música barroca passando de forma progressiva de um pensamento
harmónico ao linear.

 Esta complexa textura ilustra o novo e moderno contraponto


dissonante.
Orquestração

 Novas sonoridades: brilhantismo,


Dança folclórica/música virtuosismo com desenhos de linhas
Expressionismo/neoclassicismo abstrata
melódicas entrelaçadas na
orquestração;
politonal/atonal

 Compositor que evidenciou as


Lírico/dinâmico Primitivo/intelectual novas linhas modernas da escola
pianística – o piano como inst. De
percussão,

Audição: 4ª andamento, Concerto para


orquestra. B.Bartók
Música para cordas, percussão e celesta
 Considerações:
(1937)

 Tratamento erudito de timbres,

Segundo Claude Rostand, “Obra rotulada como o parentesco externo do


serialismo”

Material instrumental: um quinteto de cordas (1 and) e distinto no (2º,3º,4º and.)

Muitos inst de percussão: 2 tambores, pratos, bombos, tam-tam, timbales,


celesta, xilofone, harpa e piano,
 Do 1º ao último andamento alternância entre: L-VIVO-L-VIVO, modulas
estrutura de uma sonata chiesa.

1º andamento 2º andamento
(Andante tranquilo) (allegro)

Melodia quase atonal em


Tema de inspiração
ppp nas violetas, seguida
popular, ligado ao 1º and. -
de uma fuga em torno das
selvagem
dinâmicas cresc. e desc.
Música na União Soviética (Anos 30-40)
 Antes de 1917 – grande peso musical: Igor Stravinsky, Scriabine entre outros…

 1917-30 – ideologia comunista: Lenine “A arte pertence ao povo”.


 Música de expressão e motivação política. Popularização da arte.

 Abertura ao experimentalismo e ao ocidente: fazem-se ouvir obras de Bartók,


Hindemith
 Aparecimento de Associações de músicos:

 Ass. Músicos contemporâneos


 Ass. Russa de Músicos proletários.
Realismo Socialista: como educação e formação de massas
 Arte pictórica:
 Arte figurativa, tradicional e coletiva sem pretensões artísticas
 Representação de um conteúdo social
 Enraizada no povo, temas nacionais.
 Mensagem como instrumento de propaganda.

 Música

 Apesar de ser mais difícil de controlar, deve apostar em géneros que


exploram um texto (cantatas, óperas …)
 Tonalidades claras
 Dá preferência aos géneros herdados (são preferíveis géneros como a
sinfonia, ou o concerto do que fazer experiências)
Prokofiev: Linguagem musical
 Motivos rítmicos marcados, melodias pouco desenvolvidas, um toque de humor/sátira

 Humor, boa disposição, ritmos de marcha, uma música que apela ao lado sensorial.

 Em Paris vai contactar com o modernismo francês. Apanha em plena atividade o


Grupo dos Seis, Satie e Ravel e a música de Debussy já consagrada.

 A sua música, antes de ir para Paris, é marcada por uma tendência neoclássica. Não
temos um compositor que alinha num modernismo experimental.
Obras:
 Semyon Kotko (1940)

 Ópera que mostra o esforço de Prokofiev ao encontro ao realismo socialista.


Baseada num romance que tem por base o texto “Eu sou filho do proletariado”.

 Música para cinema

 Alexander Nevesky (1938) – obra cinematográfica de Eisenstein com música de


Prokofiev. Da música composta para o filme nasce em 1938 a cantata op. 78.

 Ivan o Terrível (1942-45)


Shostakovich (1906-1975)
 A sinfonia n.º 2 constituiu o início de uma carreira musical marcada pela sua “ligação”
ao regime sempre que era “necessário”.- Rev. Outubro

 A ópera Nariz apresenta-se como crítica ao surrealismo.

 uma nova ópera, intitulada Lady Macbeth do Distrito de Mtzensk, que permaneceu
censurada juntamente com a sinfonia n.º 4.

 A sua consagração enquanto compositor deu-se graças à sinfonia n.º 7 que celebrava
a resistência de Leningrado contra a invasão hitleriana.

 A sinfonia n.º 8 voltou a provocar a condenação das autoridades.

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