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Como a música está intrínseca ao ser humano, isso porque o nosso cérebro tem uma
região específica para compreensão musical e pode se afirmar inclusive pelo próprio Mozart
que escreveu peças musicais depois que ficou surdo, não acho correta a frase do Charles
Burney onde proclamou no 1º vol. Da sua História Geral da Música publicada em Londres em
1776 que a música é “desnecessário à nossa existência”, vendo lógica em Rousseau e alguns
outros que afirmava que o homem “devia imitar um canto falado primitivo que se presumia
ser a sua linguagem natural”.
O século XVIII foi uma era cosmopolita, por isso tendo seu desenvolvimento em duas
ideias fundamentais: a crença na eficácia do conhecimento experimental aplicado e a crença
no valor dos sentimentos naturais, comuns a todos os homens. Além disso, as luzes foram
ainda humanitárias, pois tinham anseio pela fraternidade humana universal. Esses ideais
humanitários difundiram rapidamente pela Europa ao longo do século XVIII e contou com Reis
(Frederico, o Grande) até poetas (Goethe) e compositores (Mozart, Beethoven).
O termo galant foi muito usado nas músicas dessa época por dar ênfase as
características do estilo clássico, assim como o termo Empfindsamkeit que significa
“sentimentalismo” ou “sensibilidade”, significando uma paixão melancólica e requintada que
caracteriza, em particular, certos andamentos lentos e recitativos obbligato.
Nesse período existem vários nomes bastante importantes para época que geralmente
não são citados quando se fala desse período como o Sammartini, o Wilhelm Friedemann
Bach, Johann Stamitz que foram compositores chaves e cruciais tanto no movimento clássico,
como nas transições entre os períodos