Você está na página 1de 22

HISTÓRIA DA

BELEZA
ORGANIZAÇÃO DE UMBERTO ECO
Umberto Eco
• Umberto Eco nasceu em 5 de janeiro de 1932
em Alessandria, no Piemonte , Itália
• Trabalhou como editor de Cultura na televisão,
deu aulas na Universidade de Turim e na
Universidade de Bolonha
• Ganhou popularidade com seu primeiro
romance: “O Nome Da Rosa”
• O reconhecimento se agravou com sua versão
cinematográfica
• O autor apresenta o seguinte conceito de beleza:
“não como um dado absoluto, mas antes como
um juízo inconstante, variável geográfica,
histórica e culturalmente”.
• Séculos XV e XVI
• Contradição na composição de
suas obras: criação a partir de
uma natureza já existente e, ao
mesmo tempo, a partir de uma
subjetividade

em face
Jan Van Eyck,
Virgem do chanceler Rollin,
c. 1435.
Paris, Musèe du Louvre
• Utilização de novas técnicas: perspectiva e o
óleo sobre a tela
• Objetivo de alcançar, de modo mais preciso, a
perfeição
• Reprodução da realidade com precisão, mas
de um ponto de vista subjetivo

Cosmè Tura,
Primavera,
c.1463.
Londres, National
Gallery
• Contexto histórico:
Grandes navegações
• Expansão da liberdade
da criação dos pintores
• A beleza adquiriu um
alto valor simbólico
• A contemplação do
conceito de belo como
suprassensível

Sandro Botticelli,
Alegoria da primavera,
c. 1478
Florença, Galleria
Degli Uffizi
VÊNUS DE URBINO X O NASCIMENTO DE VÊNUS

Ticiano Vecellio, Sandro Botticelli,


Vênus de Urbino, O Nascimento de Vênus,
c.1538. c.1486.
Florença, Galleria Florença, Galleria
degli Uffizi degli Uffizi
• Contexto histórico: Reforma
Protestante
• Transformação radical da
imagem feminina

Johannes Vermeer,
A leiteira,
c.1658-1660.
Amsterdã,
Rijksmuseum
• Contexto histórico: Contrarreforma
• Beleza holandesa: uma beleza sem
significados ocultos, alegre por
existir e mostrar- se de forma
sensual.

Rafael Sanzio,
Retrato de jovem mulher.
A fornarina,
c.1540-1545.
Roma, Galleria
Nazionale d’Arte Antica
• O homem renascentista coloca-se
no centro no mundo
• Retratado de modo que demostre
seu poder e importância social

em face
Piero dela Francesca,
Retrato de Frederico
de Montefeltro,
c. 1465.
Florença, Galleria
degli Uffizi
DOCILIDADE FEMININA X PODER MASCULINO

Andrea Verrocchio,
Monumento
Leonardo da Vinci, a Bartolomeu Colleoni,
Retrato de Cecília Gallerani, c.1479-1488.
c.1485-1490 Veneza, Campo
Cracóvia, Czartoryski museum SS. Giovanni e Paolo
• Contexto histórico: Renascimento
• Desconstrução do conceito de “A
Grande Teoria”
• Adquiriu beleza móvel, dinâmica,
inquieta, informe e surpreendente
conforme expressa no maneirismo
e no barroco

Caravaggio,
Cabeça de Medusa,
c. 1597
Florença, Galleria
degli Uffizi
• Contexto histórico: Maneirismo
• Privilégio as figuras com movimento,
especialmente o “S”
• A calculabilidade deixa de ser critério
de objetividade

Parmigianino,
A Madona do Pescoço Longo,
c. 1532
Florença, Galleria
degli Uffizi
• O maneirismo foi valorizado e compreendido
socialmente
• Não seguiu os ideais de beleza que
propunham a ordem e a proporção mas sim os
subjetivos e indefinidos
• Movimento voltado para a aristocracia, com
uma beleza refinada, culta e cosmopolita

Giuseppe Arcimboldi,
O verão,
c. 1585
Paris, Musèe
du Louvre
• Contexto histórico: Barroco
• A beleza tornou-se cada vez mais
complexa
• O homem descobriu que não ocupa
o centro do universo
• Inexistência de um padrão universal
que segue as leis humanas
• Busca de outras ciências, como a
geometria, a qual teve grande
influência artística para
• Retrata a melancolia decorrente de
sua frustração diante do
heliocentrismo

Peter Paul Rubens,


Vênus e Adônis,
c. 1577-1640.
Nova York,
Metropolitan Museu of Art
• O Barroco é caracterizado por
ser a arte do contraste
• As expressões de beleza usam
da desproporcionalidade
• Combina-se a imaginação exata
com efeitos surpreendentes

Van dick,
A coroação de Cristo,
c. 1620
Madrid,
Museo del Prado
Francesco Borromini, Guarino Guarini,
interior da cúpula interior da cúpula
de Sant’Ivo na Sapienza, da capela
Roma, do Santo Sudário,
1642-1662 no Domo de Turim,
1666-1681
• O ideal de beleza
presente no Barroco
ultrapassa o bem e
o mal
• O belo pode retratar
o feio assim como o
falso pode retratar o
correto

Pietro da Cortona,
Triunfo
da divina providência,
c. 1633-1639
Roma, Palazzo Barberini
• Capacidade de exprimir a variedade de particularidades
do corpo da mulher, mesmo a partir de aspectos que
podem parecer completamente insignificantes

Correggio,
Io,
c. 1530.
Viena,
Kunsthistorisches
Museum
Papel da mulher na arte

Judith Leyster,
Serenata Frans Hals,
c.1629 The Lute Player,
Rijksmuseum c.1623-1624,
Amsterdam, Paris, Musèe du
Netherlands Louvre
Nudez
Representação da mulher como dona de casa
“Os livros não são feitos para que alguém acredite neles, mas para serem submetidos à
investigação. Quando consideramos um livro, não devemos perguntar o que diz, mas o
que significa.” – ECO, Umberto.

Você também pode gostar