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Colectânea de textos Maçónicos

CAVALEIROS DO TEMPLO
http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.pt/

(actualizado em 23/Jan/2017)
CONTENTS

Post #1
NOSSO GRANDE TEMPLO
Post #2
HÁ QUANTO TEMPO NÃO FALO COMIGO ?
Post #3
PREGUIÇA DANADA DE BOA
Post #4
A CULPA É DE QUEM ?
Post #5
A CULTURA NÃO ADORMECE...
Post #6
POR QUE CAMINHO NESTA TERRA?
Post #7
MAÇONARIA: ENTENDA PRIMEIRO E CRITIQUE DEPOIS
Post #8
MAÇONARIA E A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Post #9
AS COLUNAS DE NOSSAS VIDAS
Post #10
O QUEBRA CABEÇA DE G.A.D.U.
Post #11
O MISTÉRIO DO SILÊNCIO
Post #12
QUEM SABE FAZ A HORA ....
Post #13
VIVA SÃO JOÃO !
Post #14
NÃO SEJA MAÇOM
Post #15
O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA
Post #16
ADONHIRAMITA - A HISTÓRIA DE UM RITO
Post #17
OS PEDREIROS - PARTE I
Post #18
FERNANDO PESSOA NOS ELEMENTOS DA MAÇONARIA
Post #19
OS PEDREIROS - PARTE II
Post #20
OS PEDREIROS - PARTE III
Post #21
A GÊNESE DOS RITOS
Post #22
HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA
Post #23
O QUE FIZ DA MINHA VIDA
Post #24
AS ASAS DOS MAÇONS
Post #25
AS MENINAS DE JÓ
Post #26
ALQUIMIA SEM A MAÇONARIA
Post #27
A LUZ DAS ESTRELAS
Post #28
PARATY - UMA VIAGEM NO TEMPO
Post #29
A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo I
Post #30
A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo - II
Post #31
MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo III
Post #32
E DEU-SE A LUZ ...
Post #33
A SABEDORIA DE HIRAM
Post #34
PORQUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES
Post #35
O DIA DE HOJE
Post #36
UM LUGAR ENTRE VÓS
Post #37
PROCURA-SE UM ESCOCÊS
Post #38
O PERGAMINHO DE CHINON
Post #39
A HISTÓRIA DO COMPANHEIRO MAÇOM
Post #40
UM SOLITÁRIO CHAMADO VOLTAIRE
Post #41
A MAÇONARIA NA TERRA SANTA
Post #42
OS INCONFIDENTES - PARTE I
Post #43
OS INCONFIDENTES - PARTE II
Post #44
ORDEM DEMOLAY - OS NOSSOS FUTUROS MESTRES
Post #45
OS INSTRUMENTOS PARA A EVOLUÇÃO DO MAÇOM
Post #46
O QUE É MAÇONARIA ?
Post #47
A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL
Post #48
A MAÇONARIA E SEUS CAMINHOS
Post #49
APRENDENDO SEMPRE
Post #50
A CHAVE DE HIRAM – OS SEGREDOS PERDIDOS DA MAÇONARIA
Post #51
OS PRECEITOS DA RELIGIÃO MUÇULMANA
Post #52
AS LOJAS DE SÃO JOÃO
Post #53
O SURGIMENTO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA
Post #54
AS ORIGENS INICIÁTICAS
Post #55
SERÁ ESTE O TEMPO?
Post #56
PERAÍ VOLTAMOS JÁ JÁ
Post #57
O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE I
Post #58
O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE II
Post #59
O APRENDIZ IMPERFEITO
Post #60
POR DEBAIXO DA ARMADURA
Post #61
A DIGNIDADE HUMANA - UMA VISÃO MAÇÔNICA
Post #62
HERMETISMO E MAÇONARIA
Post #63
A MAÇONARIA E A NATUREZA HUMANA
Post #64
SÃO JOÃO E A TRADIÇÃO MAÇÔNICA
Post #65
O CRESCIMENTO MAÇÔNICO NOS GRAUS FILOSÓFICOS
Post #66
UM MODERNO FRANCÊS
Post #67
POR MISERICÓRDIA, ABRA A PORTA DO SEU CORAÇÃO.
Post #68
O MAÇOM E A SOLIDARIEDADE
Post #69
ÉTICA - DO MODERNO AO PÓS-MODERNO - UM RITO OU UM MITO?!
Post #70
A MAÇONARIA E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA
Post #71
VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNO
Post #72
TESEU E OS CORREDORES DA MAÇONARIA
Post #73
COMO ENCONTRAR DEUS !
Post #74
SER OU ESTAR MAÇOM
Post #75
OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE I
Post #76
OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE II
Post #77
A ROSA CELESTIAL DA MAÇONARIA
Post #78
AS RAIZES DO ANTI-MAÇONISMO
Post #79
O SOL E A LUA
Post #80
OS PASSOS NA ÁRVORE DA VIDA
Post #81
MAÇONARIA E ESPÍRITISMO: O DESENVOLVIMENTO HUMANO
Post #82
MAÇONARIA, FAMÍLIA E A SOCIEDADE
Post #83
A COR PÚRPURA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO
Post #84
RITO BRASILEIRO - MAÇONS ANTIGOS, LIVRES e ACEITOS
Post #85
SALA DE AULA - TURMA PARA TODOS OS GRAUS
Post #86
O TEMPO E OS CALENDÁRIOS
Post #87
A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS
Post #88
O RITO DA FLORESTA
Post #89
BANQUETE RITUALÍSTICO
Post #90
FÉ - ESPERANÇA - CARIDADE
Post #91
REINTEGRAÇÃO DO COMPANHEIRO
Post #92
UM PAPA NA MAÇONARIA
Post #93
ELEVADORES DAS ALMAS
Post #94
MAÇOM - DENTRO E FORA DO TEMPLO
Post #95
O CONCEITO DE GADU
Post #96
LIVRE E DE BONS COSTUMES
Post #97
TRABALHO EM EQUIPE - TOLERÂNCIA É O SEGREDO!
Post #98
RELACIONAMENTO FRATERNO – PERDÃO - RETIDÃO - INVEJA
Post #99
A CRUZ E SEUS SIMBOLISMOS
Post #100
ORDENS DE APERFEIÇOAMENTO MAÇÔNICO
Post #101
O RITO CRÍPTICO
Post #102
O AVENTAL DO APRENDIZ
Post #103
A SAGRADA HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS
Post #104
CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL
Post #105
O QUE SE FALA DA MAÇONARIA
Post #106
O QUE É RITO ?
Post #107
A CATEDRAL E O APRENDIZ
Post #108
EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADE
Post #109
ORAÇÃO AO G.'.A.'.D.'.U
Post #110
O DESPERTAR DOS CHACRAS
Post #111
O HOSPITALEIRO
Post #112
CARGOS & DEVERES EM UMA LOJA
Post #113
IRMÃOS COM TRÊS PONTINHOS
Post #114
O VAIDOSO ARROGANTE
Post #115
O QUE É MAÇONARIA
Post #116
O BEM, O MAL E A LIÇÃO DA PEDRA BRUTA
Post #117
O PASSO LATERAL DA MARCHA DE COMPANHEIRO
Post #118
QUEM É O SUBSTITUTO IMEDIATO DO VENERÁVEL MESTRE?
Post #119
MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS
Post #120
#1

NOSSO GRANDE TEMPLO

Sois membro de uma Irmandade? Como tal, eu tenho sido. Com toda sinceridade, Amado e
reconhecido. Dondes vindes afinal? Meu lar tem nome de um Santo, Do justo é casa ideal É
perfeito o meu recanto. Que trazeis meu caro amigo? A mais perfeita amizade, Aos que se
encontram comigo, Trago paz, prosperidade. Trazeis, também, algo mais? Do dono da minha
casa, Três abraços fraternais Calorosos como brasa. Que se faz em vossa terra? Para o bem,
templo colosso; Para o mal, nós temos guerra; Para o vício, calabouço. Que vindes então fazer?
Sendo pedra embrutecida, Venho estudar, aprender, Progredir, mudar de vida. Que quereis de
nós, varão? Um lugar neste recinto, Pois trago no coração O amor que por vós sinto. Sentai-vos
querido Irmão, Nesta augusta casa nossa E sabeis que esta mansão também é morada vossa
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#2

HÁ QUANTO TEMPO NÃO FALO COMIGO ?

Bom dia pra mim!


O que é... Você acha que não posso me desejar um bom dia?
Claro que posso! Pra você ter uma idéia, eu não falo comigo há muito tempo. O meu louco dia
não permite pensar em mim, quanto mais falar comigo, não sei nem se posso viajar nas minhas idéias
que estão guardadas em meu interior e que nunca falei pra ninguém.
E você acha que deveria falar as minhas idéias? Ta maluco? Aí é que vão rir de mim mesmo.
Negativo, vou fazer o que sempre faço, saio de casa cedo, vou pra batalha, dou um beijo na sua
cunhada e digo ”qualquer coisa me liga...”.
Pior que todo dia é a mesma coisa, o que muda é quando vou para os nossos encontros em nossa
Loja, troco umas idéias de trabalhos com alguns irmãos, falo com outros, mas continuo no silêncio
dentro de mim.
Gozado que toda vez que me encontro entrando no Templo, fazendo aquele famoso ritual e
esperando a ordem de sentar, me pego com o pedido a GADU “me de forças para suportar esta
minha vida”.
Meu amado irmão, não se violente, olhe para a sua volta e veja o queGADU lhe deu até a
presente data. Somos escolhidos e por que somos escolhidos? Porque a liberdade em fazer, em
promover, em modificar a vida e dar um norte mais firme, está em nossas mãos. O Grande Arquiteto
nos presenteou quando nos incumbiu de representá-lo, transformando o difícil em ameno, porém, se o
nosso Grande Mestre nos presenteia com esta missão, unindo a ação de todos os irmãos nesta terra,
para um mundo melhor, mais digno para as nossas famílias e aos nossos próximos, então meu irmão
acho que você deveria falar com você com mais freqüência.
Não dê ouvidos para a sua timidez, o mais difícil você atravessou na sua iniciação.
Fale mais com você, deixe de fazer as coisas na mecânica da vida e reflita um pouco mais no que
você pode oferecer ainda mais para GADU.
Não pegue o seu Venerável Mestre apenas para ensinamentos ritualísticos, lembre a quem ele
representa e troque um pouco mais de idéias com ele e creio que irá ser bom para você em seu
mundo familiar, quanto em seu interior.
Tente acordar este irmão que esta dentro de você e com isto, quem ganhará também com esta
atitude será a nossa Potência, com um irmão mais tranqüilo em sua Loja, promovendo um
crescimento e quem sabe, “pescando uma nova alma” para a nossa MAÇONARIA SYMBÓLICA
NACIONAL BRASILEIRA.
Um Tríplice e Fraternal Abraço a Todos os Meus IIr.’.
Yrapoan Machado
Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26
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#3

PREGUIÇA DANADA DE BOA

Hoje amanheci com uma vontade de escrever, só que não sabia o que escrever, como
começar e principalmente qual seria o tema.
Acreditem meus AAIIr.’. é como se em plena terça-feira fosse domingo, aquele gostoso dia em
que voce bota os pés pro alto, pega o jornal, vai direto para a coluna do Ubaldo Itaparicano roxo e
espera que todos sentem a mesa com voce, com aquela carne assada com batata doce e depois deita
pra ver um bom filme.
Nada disto meus amados, hoje é meio de semana, dia de batalha, olhos abertos, do tipo os de
águia, não permitindo escapar nada e mais abertos quando saimos de nossas vidas profanas e nos
voltamos para pensarmos o que fazer e como fazer para o crescimento de nossas Lojas.
Meus queridos irmãos, a nossa Potência precisa de sugestões e com a corrente de união mais
firme para mudar com qualidade o que é sempre bom, é como se estivessemos olhando para o
amanhã com uma construção mais sólida desde hoje.
Ser Maçom é atingir o topo da consciência espiritual, porém, é saber que somos vigiados por
aquele “Olho” que tudo ve e principalmente sente as nossas ações e serão elas que permitirão a
nossa caminhada no Oriente.
Voce vai dizer, poxa eu tô na Loja toda semana, faço a minha parte e tenho que pensar nela nos
outros dias? Sim meu AIr.’., se olharmos a nossa Loja como o espelho de boas ações, condutas, na
aplicação de respeito em nosso dia á dia, com absoluta certeza teremos que não só pensar, como
também olha-la como o segmento de nossos lares e não podemos esquecer que todos os simbolismos
de nossa Loja, não importando o Rito é a nossa vida e como devemos leva-la.
Somos seres escolhidos e preparados por nossos Veneráveis Mestres e escalas superiores para o
“outro lado”, todos nós aceitamos como voluntários para esta jornada, por tanto meus IIr..’. vamos
arregaçar as mangas, deixar do lado de fora de nossos Templos os nossos cargos profanos, sem
pensar no nome da Potência e sim ter a certeza que ela mesmo sem nome é uma Potência e isto
porque, é feita por homens como nós que acreditam no amanhã.
É... hoje eu realmente amanheci com vontade de escrever e pensar em voce meu irmão é que
me deu vontade de lhe escrever.
Seu obreiro
Yrapoan machado
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/preguica-danada-de-boa.html
#4

A CULPA É DE QUEM ?

No mundo conturbado em que vivemos, estamos sempre tentando transferir as responsabilidades


para outras pessoas, esquecendo que tudo ao nosso redor, é, ou será sempre o que aceitamos.
A família em si, começa a se dizimar entre parentes, se distanciando de vizinhos, amigos e aponta
sempre um terceiro como o verdadeiro culpado de suas ações.
A educação para com os mais velhos, já pegou o ônibus e já está muito longe... Tudo de errado,
foi alguém quem proporcionou, nunca olhamos e além de olhar, aceitamos os nossos erros.
Nós da Família Maçônica, temos como modificar esta trajetória, principalmente os jovens, em
atos positivos, somos homens escolhidos por GADU, justo para poder dar um norte com mais
chances para o futuro.
Como nós podemos mudar ?
Com ações em conjunto, criando para nossa Potência o Capítulo Demoley, iniciando uma
caminhada pela paz, união e respeito e isto não implica de “legalização de Loja” e sim de vontade
expressa de querer pegar a enxada, cavar esta terra, plantar esta semente e o principal, não deixar
crescer sem cuidar, o importante é regar regrando as ações, pois daí sairão os futuros escolhidos
para o fortalecimento da nossa MSNB e com certeza, estaremos contribuindo para o equilíbrio
familiar.
Aos Mestres da nossa MSNB e que vieram de outras Potências, o meu profundo respeito e
admiração, porém, são os senhores responsáveis por esta mudança, aos senhores, cabem não apontar
os erros e sim apontar o terreno para todos nós cavarmos. Somos obreiros, estamos nesta terra para a
“construção”, porém, qual construção? Não seria esta?
Não podemos perder esta chance, olhem os vossos aventais meus amados e reflitam, mas reflitam
diante do espelho, onde somente os senhores possam olhar, encarando a si mesmo e respondam se
não podem mudar, unindo seus aventais ao avental de nosso Sereníssimo para um mundo, pelo
menos, melhor de se viver.
Vamos também criar o slogan “EU ACREDITO NA MSNB”
Seu obreiro
Yrapoan machado

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#5

A CULTURA NÃO ADORMECE...

A simbologia da maçonaria é profunda, mas simples de entender. Significa tudo o que é essa
multisecular Instituição.
Um dos melhores contadores de história do mundo dedica seu novo livro a uma religião secreta
rodeada de polêmicas. O repórter Jorge Pontual conversou com Dan Brown para entender como a
maçonaria atraiu uma lista tão grande de líderes históricos, e por que ainda é acusada de ter um pé no
satanismo.
O mistério da maçonaria é o principal ingrediente do novo sucesso do escritor Dan Brown, "O
Símbolo Perdido". O autor do mega sucesso "O Código Da Vinci", contou ao Fantástico que no
livro anterior ele pergunta o que aconteceria se Jesus não fosse divino, mas apenas um profeta. No
novo romance, a questão é se o ser humano teria poderes divinos, uma idéia que segundo ele vem da
maçonaria.
Toda a trama, cheia de peripécias, perseguições e surpresas, se passa em um domingo à noite em
Washington, a capital americana, uma cidade cheia de símbolos da maçonaria. Alguns são bem
evidentes, como o obelisco, símbolo da divindade, com uma pirâmide, que representa a evolução dos
seres humanos. A influência dos maçons se refletiu na criação da biblioteca do Congresso americano,
hoje a maior do mundo.
Um dos momentos mais emocionantes do livro é quando os heróis entram no salão de leitura da
biblioteca do Congresso americano, descrito como o mais bonito do mundo. Eles estão fugindo de
uma equipe da SWAT e se escondem, entrando por uma porta. A república americana foi criada por
um grupo de maçons, entre eles Benjamin Franklin, John Adams, e o primeiro presidente, George
Washington. Um dos templos da maçonaria na cidade, onde os murais mostram o fundador da nação
com o avental de pedreiro dos maçons, lançando a pedra fundamental do Capitólio, é o prédio do
congresso americano.
Dan Brown lembra que o símbolo mais sagrado da nação, que está nas notas de dólar, é a
pirâmide da maçonaria, encimada por um olho que simboliza a sabedoria. Segundo o escritor, a
pirâmide incompleta, sem o vértice, é um símbolo de que o ser humano, e o país, nunca estão prontos,
sempre podem se aperfeiçoar.
O escritor destaca que, ao contrário do que muitos acreditam, os Estados Unidos não foram
fundados como uma nação cristã. Os fundadores eram maçons que seguiam o deísmo, uma religião
universal que usa os símbolos de todas as crenças, e acredita que todos os homens nascem iguais,
com o direito à liberdade de culto.
Sobre o altar do templo maçom, estão os livros das principais religiões: não só a bíblia cristã,
como a torá dos judeus, o corão dos muçulmanos, e as escrituras de outras tradições. O salão do
templo, na capital americana, é o cenário da cena final do livro de Dan Brown, e certamente será
recriado com muito mais colorido quando o filme for feito.
O templo é exatamente como Dan Brown descreve. No fundo, o trono do grande comandante
soberano da ordem, o altar em torno do qual se realizam os rituais secretos. Mas os maçons negam
que o iniciado tome sangue em uma caveira como Dan Brown conta no livro. Segundo eles, isso é só
imaginação do autor.
Dan Brown diz que na verdade os maçons usam vinho em vez de sangue, mas insiste que a caveira
é usada no ritual da quinta libação, escrito num livro por um dos primeiros presidentes dos Estados
Unidos, John Adams. O templo é a sede do rito escocês da maçonaria, uma corrente fundada nos
Estados Unidos, à qual pertenceram 15 presidentes americanos. O último foi Gerald Ford, nos anos
70.
Os líderes são mestres do grau 33, o máximo a que se pode chegar na maçonaria. Dan Brown
explica que esse é um número místico, a idade de Cristo ao ser crucificado, e o número de vértebras
da nossa coluna vertebral. Muitos, em especial os fundamentalistas cristãos, atacam a maçonaria
como um culto satânico, mas Dan Brown insiste que os símbolos e rituais da maçonaria não são
sinistros nem malignos. Pelo contrário, significam tolerância religiosa e espiritualidade universal.
Para Dan Brown, o importante é que as pessoas procurem entender os símbolos e as crenças dos
outros, e tenham menos preconceitos.
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/daw-brown-e-o-simbolo-da-
maconaria.html
#6

POR QUE CAMINHO NESTA TERRA?

Existem situações em nossas vidas, que surgem e se não observarmos com carinho, elas irão embora
e não iremos ve-las ou senti-las.
Digo sempre que a "vida só tem uma safra e temos a obrigação de ser feliz". Digo isto,
porque G.A.D.U. nos colocou nesta terra para uma finalidade, que é a de praticarmos a ajuda ao
próximo, muitas das vezes não sendo observados, porém, sem esperar agradecimentos.
Hoje, recebi um e-mail do Ir.'. Luiz Carlos - dizendo "Vamos divulgar, quem sabe podemos salvar
uma vida! Exames caros sem custo"., onde atuou como verdadeiro Maçom, não pedindo para si,
porém, apelando para uma causa através deste site
http://www.asiarj.org.br/ambulatorio/especialidades[1]
Voces poderão me perguntar:
- Quem é o Ir.'. Luiz Carlos? Respondo que não sei. .Não o conheço fisicamente, porém, são estas
atitudes que nos revelam a identidade de um irmão.

References

1. ^http://www.asiarj.org.br/ambulatorio/especialidades (www.asiarj.org.br)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/existem-situacoes-em-nossas-
vidas-que.html
#7

MAÇONARIA: ENTENDA PRIMEIRO E CRITIQUE DEPOIS

O que você tem contra os Maçons?


Não, fala aí, bota pra fora o que você tem contra.
Por acaso ele morde, faz xixi no tapete, taca pedra e corre, xinga a sua família quando passa na
porta de sua casa, enfim, o que ele faz para que você tenha tanta bronca dos Maçons?
Eu não posso acreditar que uma pessoa vai a um culto, (qualquer um) fala em Deus a todo
momento, coloca lá a sua contribuição na sacolinha, se dedica com fervor em seus cânticos ao ponto
de chorar sem parar e quando sai deste local, que também é sagrado (respeitemos sempre o
sentimento religioso do próximo), ao se deparar com um Maçom, investe com uma fúria mortal,
transformando-se de um filho do Salvador, para um agressor em potencial.
Interessante é que, chegamos em nosso Templo, sem fazer alarde, colocamos o nosso balandrau,
praticamos os nossos ritos, sem abrir a boca pra falar de ninguém, porém, basta que nos localizem
com um símbolo na lapela ou um anel no dedo que já é o suficiente para nos chamar de filhos de
satanás, ou coisa do genero.
Creio que o fanatismo só caminha para derrota, principalmente a interior, não podemos impor
nenhum sentimento religioso, até porque, a Maçonaria não é religião e para se ter uma idéia, temos
irmãos pertencentes a diversas religiões, porém, com o sentimento único e verdadeiro de irmandade.
Mesmo assim, praticando a igualdade, a fraternidade e a liberdade em todos os momentos,
dedicando toda ajuda que possível ao próximo no silêncio da noite, na certeza de ser atendido em
nossa corrente de união, com tudo isto, somos excluídos por certos grupos religiosos, que
desconhecem o nosso papel na sociedade.
Fazer o que? Seguimos em frente, até porque sabemos que estamos como soldados do nosso
GADU e como tal, não podemos esmorecer.
UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do
Templo nº 26
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/o-que-voce-tem-contra-os-
macons-nao.html
#8

MAÇONARIA E A ORDEM DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

Nos dias de hoje, todos nós conhecemos através de documentários as histórias dos Cavaleiros
Templários, uma das sociedades secretas mais conhecidas do mundo. Eles passaram por inúmeros
países e em todos eles foram deixando a sua marca ao longo da história. Vamos então embarcar em
mais uma viagem pelo mundo da história e ver como eles apareceram e o que deixaram de vestígios
no nosso mundo.
COMO APARECERAM?
A Ordem dos Cavaleiros Templários foi criada em 1118, em Jerusalém, inicialmente por
cavaleiros franceses e com o passar do tempo, é que se tornou pela forma pela qual é conhecida nos
dias que correm, uma instituição de enorme poder político e militar. Inicialmente as suas principais
funções eram apenas andar pelos territórios cristãos que foram conquistados. durante o tempo
seguinte eram beneficiados com doações de Terra na Europa, isto com o objetivo de criar ligações
em todos os países do mundo.

Jerusalém foi tomada pela primeira cruzada, foi criado um reino , onde 9 cavaleiros pediram para
ficar lá para assim poder proteger os peregrinos que iam para lá. Eles cederam e deixaram-nos ficar
lá a viver nos estábulos onde era o antigo Templo de Salomão. Tiveram que fazer um voto de
castidade, onde desde então o seu símbolo passou a ser um cavalo montado por dois cavaleiros. O
Nome da ordem, Os Pobres Cavaleiros de Cristo e do Templo de Salomão ou então Cavaleiros
Templários, surgiu devido ao seu voto de pobreza e fé em Cristo.
Reza a lenda que os primeiros 9 anos de existência dos cavaleiros Templários, eles tinham o
objetivo de fazer escavações na sua principal sede. E foi durante estas tão faladas escavações que
descobriram documentos e alguns tesouros que fizeram com que eles ficassem muitos ricos e
poderosos. De todo o seu reino, o local mais sagrado e purificado era o Templo de Salomão. Para
evitarem que alguém lhes roubasse a sua riqueza, eles enterraram o seu tesouro. Uma das coisas mais
faladas era o Santo Graal. Em relação a isto, há inúmeras teorias. Uma delas é a que o Santo Graal
estaria escondido numa igreja católica em Avalon, actual Glastonbury. Mas a teoria mais certa é que
quem tinha ficado com a tutela do Santo Graal foram os Cavaleiros Templários.
Eles ao longo da história empenharam-se para defender sempre os cristianismo, e como tinham
uma conduta muito correta, os lugares que guardavam eram sempre muito seguros e todos os lugares
protegidos pelos Cavaleiros Templários eram considerados um oásis, uma maravilha do mundo, o
lugar perfeito. Com o passar do tempo e com a confiança que foram transmitindo ás pessoas, grande
parte dos seus estabelecimentos tornaram-se Bancos, onde as pessoas mais poderosas recorriam a
eles. A partir de essa altura, criou-se a lenda de que uma gigantesca fortuna dos Cavaleiros
Templários. Eles eram conhecidos como sendo cavaleiros muito valentes, corajosos, sempre prontos
a defender os seus ideais e todos os seus bens. O Rei Filipe de França, decidiu apoderar-se dos seus
bens devido a ter falta de dinheiro no seu reino. Ao longo dos tempos, foram acusados de heresia
perante a inquisição, e devido a isso, retiram-se para vários sítios, nomeadamente, Escócia,
Inglaterra e Portugal, juntando-se assim a Maçonaria.
Hoje em dia, estão espalhados por todo o mundo, com o objetivo de viver em prol do bem estar e
do moral, , ajudando orfanatos, crianças desamparadas, etc. Não fazem distinção de raça, seja qual
for a sua nacionalidade. Respeitam sempre a lei e as tradições de cada país onde exercem todas as
suas atividades.
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/09/ordem-dos-cavaleiros-
templarios.html
#9

AS COLUNAS DE NOSSAS VIDAS

Em “Reis” e “Crônicas”, a Bíblia Sagrada, nos fala da construção do Templo de Salomão. Este
Templo foi o modelo usado para a elaboração do Templo Maçônico. O Rei Salomão recebera como
herança de seu pai a incumbência de construir um Templo ao Sr. Deus Javé.
Hiram Abi, homem de grande habilidade, talento e inteligência foi o responsável pela grandiosa
obra. Eis o relato em Reis capítulo 7: “Fundiu duas colunas de bronze, cada uma com nove metros de
altura e seis de circunferência. Fez dois capitéis de bronze fundido, cada um com dois metros e meio
de altura, e os colocou no alto das colunas. Para enfeitar os capitéis, fez dois trançados em forma de
corrente, um para cada capitel. Depois fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de cada
trançado, para cobrir os trançados que ficavam no alto das colunas. Fez o mesmo com o segundo
capitel.
Os capitéis, no alto das colunas que estavam no vestíbulo, tinham forma de flor de lis, medindo
dois metros. Além disso esses capitéis, no alto das colunas, no centro que ficava por trás dos
trançados, estavam enfeitados por romãs, colocadas em filas de duzentas ao redor de cada capitel.
Em seguida, Hiram ergueu as colunas diante do vestíbulo do santuário: ergueu a coluna do lado
direito e lhe deu o nome de FIRME; depois levantou a coluna do lado esquerdo e lhe deu o nome de
FORTE. E assim terminou o trabalho das colunas". Hiram executou toda a obra do Templo de
Salomão e repetimos em “Reis 1 e 2, e Crônicas": Esta magnífica construção é descrita
minuciosamente inclusive na maneira de confeccionar todos os utensílios, estes de muita importância
na forma, função e simbolismo para entendimento do porquê da construção deste Templo, apesar de
ser o arquétipo do Templo Maçônico observamos que nem todos os utensílios do Templo de
Salomão, foram transportados para o Templo Maçônico,
Assim vamos nos ater as colunas que são o escopo deste trabalho. Tendo vivido no Egito, livre ou
escravo, o povo hebreu assimilara muito dos costumes, religiosidade e cultura egípcia. Em frente dos
Templos egípcios, sempre eram construídos dois obeliscos: um ao lado do outro como oferenda a
divindade. Na fuga do Egito sob o comando de Moisés uma nuvem durante o dia transformava-se em
fumaça, protegendo o povo em fuga dos soldados do Faraó. A noite a mesma nuvem era uma coluna
de fogo a iluminar o caminho dos fugitivos. Quarenta anos o povo passou no deserto. Quando da
construção de Templo de Jerusalém, as colunas foram concebidas como monumento para lembrança
constante do sofrimento e a demonstrar a necessidade de purificação nos quarenta anos vividos no
deserto, em fuga antes de chegar a terra prometida Canaã. Livre das impurezas adquiridas em terras
estranhas, as duas colunas ali estavam, como a lhes despertar a consciência. A magnitude de Templo
de Salomão, veio através dos séculos, transformá-lo em símbolo da perfeição. A submissão do
homem a um ente reconhecidamente superior, fruto de amor e bondade, fez com que nossos
antepassados, ao buscarem uma referência histórica, para construção de nossas lendas, encontrassem
no Templo de Salomão e em sua construção física uma riqueza incomensurável. Os pedreiros livres,
já vinham desde priscas eras, comunicando verbalmente as histórias da Torre de Babel e do Templo
de Salomão. A tradição estava estabelecida, era necessário dar um formato menos fantástico, mais
real. Já não se tratava de incentivar homens ao trabalho braçal, agora era polir o próprio homem,
como fazer a não ser por seus exemplos, onde todos miravam-se em todos. Os símbolos
transformavam-se em alegorias, pois era necessário mantê-los velados aos que não entendessem a
“Arte”, aos que os interpretassem eram oferecidos maravilhosas lições de moral, verdadeiro
caminho das pedras em direção a perfeição, objetivo principal dos que buscavam conhecer a
verdadeira virtude.
Estando presente, desde o início da Maçonaria Especulativa nos locais adaptados para servirem
como Templo Maçônico, nos adros das Igrejas e nas tabernas para as reuniões das Lojas, no chão
destes locais eram desenhados com carvão, os painéis com toda variedade de símbolos que a Loja
tinha para que acontecesse uma “Sessão Maçônica em Loja". E um dos símbolos que permanece até
hoje nos Templos, são as duas Colunas. Ao final da Sessão, eram apagados os desenhos, na evolução
natural eles passaram a ser feitos em tapetes, desenrolava no inicio da Sessão e enrolava ao final,
quando a. Loja era fechada, Ficando guardado até a próxima Sessão. As várias gravuras antigas
comprovam esta constatação, pois sempre nos deparamos com a presença duas Colunas “B” e “J”.
Corno no inicio da Maçonaria Especulativa esses locais chamados de Templo Maçônico, mesmo sem
terem sido construídos para este fim específico, quando da construção do primeiro Templo Maçônico
em 1776 lá estavam estas Colunas “plantadas no chão”. O Templo Maçônico representa o Universo,
a Loja Maçônica representa o Planeta Terra, dentro deste Universo. No Templo encontram-se as duas
Colunas “B” e “J” com uma simbologia de alta expressão. A Coluna “B” simboliza o solstício de
inverno, isto é o Sol em posição zero grau de Câncer, no dia 2 de Junho, a Coluna “J” simboliza o
solstício de verão, o Sol em posição zero grau de Capricórnio, no dia 21 de Dezembro. Estas
posições acontecem ao sul do Equador, ao norte é exatamente ao inverso, aí está porque o Maçom
quando entre estas duas Colunas encontra-se no único neutro da Loja. Representam também as
Colunas a Vida e a Morte, pois sabemos que esta é a única certeza que o ser humano deve ter, eis
porque entre ambas é a passagem obrigatória para quem quer estar “Em Loja".
Nas Sessões Maçônicas, quando qualquer obreiro estiver circulando não deve em hipótese
nenhuma circular por trás das Colunas, pois as mesmas delimitam Universo e Planeta Terra, Templo
e Loja e quem estiver atrás das Colunas estará dentro do Templo, porém simbolicamente fora da
Loja, exceto o Guarda do Templo.
As Colunas Gêmeas não podem e não devem ficar no Átrio, sua forte representatividade se faz
necessário dentro do Templo; Também não devem ser consideradas como mera decoração, esse
respeito e veneração é em função das mesmas serem um dos raros elos que remanescem em nossos
Templos Maçônicos, herança do primeiro Templo de Jerusalém chamado de Templo de Salomão.
A importância das Colunas no Templo, aumenta quando constatamos que sobre elas convergem as
emanações Cósmicas e Telúricas, unindo naquele minúsculo pedaço do Universo que chamamos
Loja, o nosso mundo, abstrato e concreto, céu e terra, homem e divindade fundidos em um só ser,
onde fluí urna maravilhosa energia positiva, que estimula o Maçom a voltar-se para dentro de si, com
a Luz divina o acompanhando para a construção do seu próprio Templo Íntimo, moradia eterna do
G:.A:.D:.U:.. objetivo de todo obreiro da Sublime Instituição.

Em “Reis” e “Crônicas”, a Bíblia Sagrada, nos fala da construção do Templo de Salomão. Este
Templo foi o modelo usado para a elaboração do Templo Maçônico. O Rei Salomão recebera como
herança de seu pai a incumbência de construir um Templo ao Sr. Deus Javé.
Hiram Abi, homem de grande habilidade, talento e inteligência foi o responsável pela grandiosa
obra. Eis o relato em Reis capítulo 7: “Fundiu duas colunas de bronze, cada uma com nove metros de
altura e seis de circunferência. Fez dois capitéis de bronze fundido, cada um com dois metros e meio
de altura, e os colocou no alto das colunas. Para enfeitar os capitéis, fez dois trançados em forma de
corrente, um para cada capitel. Depois fez as romãs; havia duas fileiras de romãs em torno de cada
trançado, para cobrir os trançados que ficavam no alto das colunas. Fez o mesmo com o segundo
capitel.
Os capitéis, no alto das colunas que estavam no vestíbulo, tinham forma de flor de lis, medindo dois
metros. Além disso esses capitéis, no alto das colunas, no centro que ficava por trás dos trançados,
estavam enfeitados por romãs, colocadas em filas de duzentas ao redor de cada capitel. Em seguida,
Hiram ergueu as colunas diante do vestíbulo do santuário: ergueu a coluna do lado direito e lhe deu o
nome de FIRME; depois levantou a coluna do lado esquerdo e lhe deu o nome de FORTE. E assim
terminou o trabalho das colunas". Hiram executou toda a obra do Templo de Salomão e repetimos em
“Reis 1 e 2, e Crônicas": Esta magnífica construção é descrita minuciosamente inclusive na maneira
de confeccionar todos os utensílios, estes de muita importância na forma, função e simbolismo para
entendimento do porquê da construção deste Templo, apesar de ser o arquétipo do Templo Maçônico
observamos que nem todos os utensílios do Templo de Salomão, foram transportados para o Templo
Maçônico,
Assim vamos nos ater as colunas que são o escopo deste trabalho. Tendo vivido no Egito, livre ou
escravo, o povo hebreu assimilara muito dos costumes, religiosidade e cultura egípcia. Em frente dos
Templos egípcios, sempre eram construídos dois obeliscos: um ao lado do outro como oferenda a
divindade. Na fuga do Egito sob o comando de Moisés uma nuvem durante o dia transformava-se em
fumaça, protegendo o povo em fuga dos soldados do Faraó. A noite a mesma nuvem era uma coluna
de fogo a iluminar o caminho dos fugitivos. Quarenta anos o povo passou no deserto. Quando da
construção de Templo de Jerusalém, as colunas foram concebidas como monumento para lembrança
constante do sofrimento e a demonstrar a necessidade de purificação nos quarenta anos vividos no
deserto, em fuga antes de chegar a terra prometida Canaã. Livre das impurezas adquiridas em terras
estranhas, as duas colunas ali estavam, como a lhes despertar a consciência. A magnitude de Templo
de Salomão, veio através dos séculos, transformá-lo em símbolo da perfeição. A submissão do
homem a um ente reconhecidamente superior, fruto de amor e bondade, fez com que nossos
antepassados, ao buscarem uma referência histórica, para construção de nossas lendas, encontrassem
no Templo de Salomão e em sua construção física uma riqueza incomensurável. Os pedreiros livres,
já vinham desde priscas eras, comunicando verbalmente as histórias da Torre de Babel e do Templo
de Salomão. A tradição estava estabelecida, era necessário dar um formato menos fantástico, mais
real. Já não se tratava de incentivar homens ao trabalho braçal, agora era polir o próprio homem,
como fazer a não ser por seus exemplos, onde todos miravam-se em todos. Os símbolos
transformavam-se em alegorias, pois era necessário mantê-los velados aos que não entendessem a
“Arte”, aos que os interpretassem eram oferecidos maravilhosas lições de moral, verdadeiro
caminho das pedras em direção a perfeição, objetivo principal dos que buscavam conhecer a
verdadeira virtude.
Estando presente, desde o início da Maçonaria Especulativa nos locais adaptados para servirem
como Templo Maçônico, nos adros das Igrejas e nas tabernas para as reuniões das Lojas, no chão
destes locais eram desenhados com carvão, os painéis com toda variedade de símbolos que a Loja
tinha para que acontecesse uma “Sessão Maçônica em Loja". E um dos símbolos que permanece até
hoje nos Templos, são as duas Colunas. Ao final da Sessão, eram apagados os desenhos, na evolução
natural eles passaram a ser feitos em tapetes, desenrolava no inicio da Sessão e enrolava ao final,
quando a. Loja era fechada, Ficando guardado até a próxima Sessão. As várias gravuras antigas
comprovam esta constatação, pois sempre nos deparamos com a presença duas Colunas “B” e “J”.
Corno no inicio da Maçonaria Especulativa esses locais chamados de Templo Maçônico, mesmo sem
terem sido construídos para este fim específico, quando da construção do primeiro Templo Maçônico
em 1776 lá estavam estas Colunas “plantadas no chão”. O Templo Maçônico representa o Universo,
a Loja Maçônica representa o Planeta Terra, dentro deste Universo. No Templo encontram-se as duas
Colunas “B” e “J” com uma simbologia de alta expressão. A Coluna “B” simboliza o solstício de
inverno, isto é o Sol em posição zero grau de Câncer, no dia 2 de Junho, a Coluna “J” simboliza o
solstício de verão, o Sol em posição zero grau de Capricórnio, no dia 21 de Dezembro. Estas
posições acontecem ao sul do Equador, ao norte é exatamente ao inverso, aí está porque o Maçom
quando entre estas duas Colunas encontra-se no único neutro da Loja. Representam também as
Colunas a Vida e a Morte, pois sabemos que esta é a única certeza que o ser humano deve ter, eis
porque entre ambas é a passagem obrigatória para quem quer estar “Em Loja".
Nas Sessões Maçônicas, quando qualquer obreiro estiver circulando não deve em hipótese
nenhuma circular por trás das Colunas, pois as mesmas delimitam Universo e Planeta Terra, Templo
e Loja e quem estiver atrás das Colunas estará dentro do Templo, porém simbolicamente fora da
Loja, exceto o Guarda do Templo.
As Colunas Gêmeas não podem e não devem ficar no Átrio, sua forte representatividade se faz
necessário dentro do Templo; Também não devem ser consideradas como mera decoração, esse
respeito e veneração é em função das mesmas serem um dos raros elos que remanescem em nossos
Templos Maçônicos, herança do primeiro Templo de Jerusalém chamado de Templo de Salomão.
A importância das Colunas no Templo, aumenta quando constatamos que sobre elas convergem as
emanações Cósmicas e Telúricas, unindo naquele minúsculo pedaço do Universo que chamamos
Loja, o nosso mundo, abstrato e concreto, céu e terra, homem e divindade fundidos em um só ser,
onde fluí urna maravilhosa energia positiva, que estimula o Maçom a voltar-se para dentro de si, com
a Luz divina o acompanhando para a construção do seu próprio Templo Íntimo, moradia eterna do
G:.A:.D:.U:.. objetivo de todo obreiro da Sublime Instituição.

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#10

O QUEBRA CABEÇA DE G.A.D.U.

Há séculos o homem tenta desvendar os mistérios entre Criador e criatura. Tudo isto
ocorreu por inúmeras barbaridades daquela época e foi através da astrologia, astronomia e a criação
de múltiplas imagens para os deuses, que originou os diversos caminhos. Não podemos esquecer
que, pela ignorancia dos povos na sua maioria, diria quase que total, não sabiam ler e muito menos
escrever, com isto, as imagens aliadas com as histórias, se uniam para melhor formar o entendimento
daqueles ouvintes e com isto, os contadores destas histórias, juntavam-se para formar outros
encontros, gerando assim seguidores diversos e criando religiões, seitas, etc.

Continuando nesta linha, falamos então de Adão e sua companheira Eva e na expulsão de
ambos do paraíso, acusados de alta desobediência. Neste momento, destacamos a
serpente, elemento da intenção e na tentação do homem e principal causadora da saída do casal na
companhia direta do Criador. A representação desta cena é de vital importância, em minha opinião,
no crescimento e desenvolvimento do cidadão e na escolha de um caminho positivo e desta forma, a
Igreja Católica, aliada na sua crença e baseada nesta ilustração milenar, toca na tecla dos pecados,
das proibições, determinando o que o homem deve ou não fazer para estar em harmonia com a sua
comunidade e Deus. Por outro lado, retornando ao início do nosso texto, citamos os fomentadores,
curandeiros, enfim, convencedores dos segmentos dos mais diversos e eles em inúmeras previsões,
ora em praças com famílias, ora em comunidades, conseguiam convencer os antigos povos, unindo
elementos da natureza, acrescidos de rezas, insensos, banhos de ervas, abstinências e outros mais e
com isto, fazendo-os a caminhar em diferentes crenças, porém, sempre para o encontro com os
DEUSES.
Neste momento, creio que o Quebra Cabeça de GADU se apresentou justo para dar a
liberdade na escolha de qualquer caminho, porém, creio também que, continuamos muitas das vezes
sendo impostos em ter que seguir seitas, religiões ou qualquer que sejam chamadas estas uniões, por
severidade dos pais ou pessoas dominadoras. As mensagens de GADU surgiram aos milhares e estão
aí, se movimentando em velocidade absurda em diversos paises, não dando nem tempo de se pensar
nas respostas deste mundo que chamamos de "mundo invisível" e é tão forte, que nos deixa sem
explicações e nos dando a eterna curiosidade e a provocação da velha pergunta: se existem
realmente, porque não se materializam?
Para nós Maçons, por não praticarmos nenhuma religião em nossos Templos, o único
compromisso que assinamos com DEUS é o de amar o próximo, praticando o bem, sem olhar a
quem, dar sem esperar agradecimento, respeitando a todos, incluindo a sociedade e o Estado em
que se vive.
Insistimos no aprendizado em nossos Templos que, o Maçom por ser escolhido, segue sem
descanso no caminho dentro de si e na reta da harmonia, da concórdia e tendo principalmente, na
certeza da existência deste maravilhoso SER que nos coloca, com muito amor no labirinto desta
Terra, porém, nos aguardando com os nossos merecimentos na linha do Oriente.
UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS
Yrapoan Machado
Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/o-quebra-cabeca-de-gadu.html
#11

O MISTÉRIO DO SILÊNCIO

Você já teve a sensação de estar em uma rua e sem querer se perguntar que já conhece aquele
lugar, mesmo sem nunca ter passado?
Ou olhar para uma pessoa e por mais que lhe apresentem, você ter a certeza que já a conhece e
pior, ter pela pessoa a mesma impressão?
Eu diria que são nossas lembranças de vidas anteriores e que ainda estão escondidas lá nos
fundos da memória, em alguma curva do desconhecido.
Contudo, para os cientistas, esta sensação acende em nosso cérebro por ser uma informação de
nosso antecessor, inserido em um traço de um dos nossos cromossomos e que se instala em nosso
DNA, gerando assim, diversas informações.
Na verdade, o ser humano é uma caixa de surpresa, caminha muitas das vezes em filas indianas,
sem saber o porque está caminhando e em maior parte, sem direção. É como se ele mesmo
perguntasse sem respostas: “Para que lado vou?”
Instaurado o conflito entre a pessoa e seu próprio Eu, quem ganha espaço é o mistério do silêncio
que se mantém intacto, parado como um espectador, observando cada passo, cada ato, cada gesto e
sem ser incomodado.
Nos Templos Maçônicos, o exercício do despertar é constante e os nossos testes não são para que
os olhos vêem e sim o que os corações sentem. Para nós que acreditamos na vida pós morte e
fortalecidos pelos ensinamentos que recebemos, o mistério do silêncio deixa de existir, passando a
ser um companheiro constante em nossas meditações, uma prática para melhor responder ao nosso
próximo, na confiança da nossa tranqüilidade interior.
Para nós, iniciados nas fileiras do Grande Templo, que após acordarmos para uma vida melhor e
em comunhão, principalmente com nós mesmos, este mistério do silêncio passa a ter nome, idade e
tamanho e sem se preocupar com cientistas, materialistas, enfim, com todos aqueles que dormem na
dúvida e acordam sem acreditar, que mesmo vendo uma natureza perfeita e que não saiu de nenhum
cromossomo, com uma diversidade alucinante de bela e sem a composição de nenhum DNA e mesmo
assim, eles os “grandes” em tudo, batem na tecla da dúvida, enviando equipamentos para o espaço
na tentativa de encontrar os fundos da casa de nosso Mestre.
Para nós Maçons, não existe o acaso da rua ou da pessoa que nunca vimos, até porque, temos a
certeza que vimos e tudo isto e o que iremos alcançar com os nossos aprendizados, serão visões mais
amplas para inserirmos em nossas bagagens.
UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do
Templo nº 26
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#12

QUEM SABE FAZ A HORA ....

Meus amados, nosso blog começa a receber informações importantes para a população.
Centro Internacional Sarah de Neurorreabilitação e Neurociências
O HOSPITAL SARAH RIO, em neuroreabilitação Especializado, inaugurado dia nao 01 de
Maio de 2009, Barra da Tijuca, ja estabeleci Cadastrando Parágrafo Atendimento, Novos Pacientes
Adultos e Crianças com patologias Como Na seguintes:
· Paralisia cerebral
· Crianças com Atraso do Desenvolvimento motor
· Sequela de traumatismo craniano
· Sequela de AVC
· sequelas de hipóxia cerebral
· Má-Formação cerebral
· Sequela de traumatismo medular
· Doenças medulares traumáticas Como nao mielites e mielopatias
· Doenças neuromusculares miopatias Como, neuropatías Periféricas hereditárias
e adquiridas, amiotrofia Espinhal
· Doença de Parkinson e Parkinsonismo
· Ataxias
· Doença de Alzeihmer e Demências em Estágio Inicial
· Esclerose Múltipla
· Esclerose lateral amiotrófica em Estágio Inicial
· mielomeningocele
· Espinha Bífida
· Paralisia facial

O Atendimento é Totalmente Gratuito.


O cadastro para Atendimento de Pacientes são feitos exclusivamente pelosTelefones: 21 3543-
7600 21 3543-7600 21 3543-7600 21 3543-7600 e 21 3543-7601 / 2, das 08 Como 17 Horas, de
Segunda a Sexta-Feira .
www.sarah.br/

Endereço:
Embaixador Abelardo Bueno, n º 1500
Barra da Tijuca
22775-040 - Rio de Janeiro - RJ
Contribuição enviada Por Nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/quem-sabe-faz-hora.html
#13

VIVA SÃO JOÃO !

A conquista em 1.291 de São João de Acre, último bastião cristão na Terra Santa, por parte dos
muçulmanos, significou o início do ocaso das ordens militares e mais ainda para o Templo. Reinava
em França Felipe IV, o Belo, conhecido pela história como “o rei de ferro”. Mau administrador e
muito dilapidador, viu nos imensos tesouros templários uma fonte que lhe sustentaria no trono e,
simultaneamente, anulado o poder temporal da Ordem, pensava ver reforçado o seu próprio poder
real. Era a tarefa difícil, porém não impossível, e o caminho lógico era intervir através do papa,
submetido praticamente à coroa francesa, e único superior dos cavaleiros do Templo.
Uma cadeia sem fim de acusações e montagens fraudulentas abateu-se sobre o Templo, e as
pressões sobre o Papa e Reis por parte da corte francesa foram fatigantes. Até que, no dia 14 de
setembro de 1.307, cumpriu-se a ordem real de arrestar e por à disposição da Inquisição os
templários franceses.
Acusaram-lhes de renegar a Cristo, de todo tipo de obscenidades, de sodomia, de idolatria, e
assim se confabulou um processo, que concluiu com a condenação, no átrio da catedral de Paris, do
Grão-Mestre Jacques de Molay e seus cavaleiros. Estes fatos aconteceram em 18 de março de 1.314.
Naquela mesma tarde, o Grão-Mestre e outros trinta e seis cavaleiros da Ordem foram executados
na fogueira. Clemente V, o Papa que não soube opor-se aos desejos reais franceses, morreu um mês
depois que Molay. Oito meses depois, morria Felipe IV, em conseqüência de uma queda de cavalo.
O chanceler francês, Nogaret, que instruiu e auspiciou o processo, teve similar fim. Esquieu de
Froyran, que iniciou na corte aragonesa a cadeia de mentiras que serviu de base ao processo, caiu
apunhalado. Todos os atores do drama templário caíram logo, e de forma pouco habitual, fechando
assim a cortina da Grande Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo.
História Moderna
Depois da suspensão papal da Ordem, por Clemente V, através da Bula Vox in excelso, em 22 de
março de 1312, os membros da Ordem continuam sobrevivendo em diversos países, sob
denominações diferentes, aberta ou secretamente, de acordo com o poder e influência exercidos pela
Igreja ou a simpatia dos soberanos daqueles territórios onde se encontraram. Em alguns Estados,
como Espanha e Portugal, acolheram-se os Antigos Freires Templários em novas Ordens, como a de
Montesa, Santiago (ambas em Espanha) ou a de Cristo (Portugal), ou em países como a Escócia, que
por aquela época estava em guerra com a Inglaterra, a Bula papal nunca foi publicada nem executada.
A suposta sobrevivência secreta da Ordem se produzirá mediante a idéia de que o último Grão-
Mestre, Jacques de Molay, haveria transmitido seus poderes a um Cavaleiro, Jean-Marc Larmènius
(ou o Armênio), o qual teria redigido uma Carta (a chamada Carta de Larmènius), que foi assinada
pelos grão-mestres secretos da Ordem sucessivos no tempo.
Essa eventual preservação em segredo termina quando, em março de 1705, o neto de Luis XIV,
Philippe, Duque de Orleáns (mais tarde Regente do Reino de França) declara suceder a Jacques-
Henry de Durfort como Mestre do Templo, pondo fim à existência "secreta" dos Templários,
convocando em Versalhes, aos 11 de abril, um Capítulo Geral, que adotaria novos Estatutos e no
qual o Duque seria reconhecido como Grão-Mestre.
A Carta de Transmissão de Larmènius, redigida em letra cifrada, seria a prova da sobrevivência
Templária secreta depois de 1314.
Com a posição pública do Duque de Orleans se inicia a restauração moderna da Ordem que
continua até os dias atuais.
A sucessão de Grãos-Mestres (Philippe de Orleans morreria em 1723) é interrompida durante a
Revolução Francesa. Claude-Mathieu Radix de Chevillon, regente durante a Revolução, rechaça
assumir o papel de Grão-Mestre, que recairá sobre o podólogo Francês Bernard-Raymond Fabre-
Palaprat, o último a firmar a Carta de Transmissão usando a letra cifrada, característica da mesma.
Esta restauração é aprovada pelo novo imperador de França, Napoleão Bonaparte, que autoriza a
Palaprat a organizar uma cerimônia solene em 1808, na Igreja de São Paulo e Santo Antônio, em
memória de Jacques de Molay.
A partir de 1804, a Ordem estrutura-se e organiza-se como instituição cavaleiresca, assistencial,
tolerante, tradicional e universal. Entre 1804 e 1808, a Ordem multiplica seus Priorados e Comendas
por todo o império Napoleônico. Restaurados os Bourbons, Luis XVIII põe os Templários sob sua
proteção real, temendo a possível influência política de alguns grupos, opositores da restauração
monárquica. Mais tarde, os Templários franceses apóiam as insurreições de 1830 contra Carlos X,
que pretendia o retorno do absolutismo, assim como as insurreições belgas contra o domínio
holandês dos Orange-Nassau, que concluirá com a independência da Bélgica em 1831.
Em 18 de fevereiro de 1838, morre Fabre-Palaprat. Em 29 de maio desse mesmo ano, a Regência
da Ordem é assumida pelo Conde de Mouton, católico, e o Capítulo Geral nomeia uma nova
Comissão Executiva. Demais disso, aprova-se um novo Estatuto, que "renova a tradição cavaleiresca
e a obediência à Igreja Católica".
Aos 11 de fevereiro de 1841, em Paris, os Templários tomam uma importante decisão: Os
cristãos de qualquer confissão poderão formar parte da Ordem, mesmo que esta continue com sua
religião oficial a católica, apostólica e romana.
Com a lei de 28 de julho de 1848, a Assembléia Constituinte francesa veta a atividade de todas as
Ordens e todas as associações, porém, na mudança do clima político, com o segundo império,
Napoleão III, em 1850, concede reconhecimento aos Templários. Com o decreto de 13 de junho de
1853, o Imperador autoriza-os a portar publicamente a insígnia da Ordem e, em 1857, o regente de
Valleray restaura o uso da cruz patriarcal.
Na França, a Grão-Mestria é assumida em 1892, pelo poeta e escritor decadente Joseph Aimè
Pèladan.
Em 11 de novembro de 1894, mantém em Bruxelas uma Convenção Geral, no curso da qual
decide-se constituir uma Secretaria Internacional Templária. Não participam os Templários ingleses
que, durante este período, aos 24 de janeiro daquele ano, confirmaram como Grão-Mestre Eduardo
VII, Rei da Inglaterra e Imperador das Índias. Porém, a transferência da sede templária na Inglaterra
não agradou à totalidade dos Templários.
Morto Eduardo VII em 1910, substitui-o como Grão-Mestre Guillermo II, Imperador da
Alemanha. Ao final da primeira guerra mundial, Guillermo II renuncia, pelas oportunas razões, o
cargo de Grão-Mestre.

Em 1915, constitui-se um Secretariado Internacional Templário, para a conservação da


solidariedade e relações entre Templários de todo o mundo, com sede na Bélgica, e cinco anos mais
tarde, procede à eleição do Conselho de Regência.
Ao 1º de outubro de 1933, em Louvain, o Grão-Priorado da Bélgica decide a reconstrução do
Magistério da Ordem, em Bruxelas, tomando a regência Theodore Covias.
Em 18 de agosto de 1934, Emile-Isaac Vanderberg substituirá a Covias como Regente e Guardião
da Ordem, dedicando-se à revitalização dos Priorados Templários na Europa.
Em novembro de 1942, por temor à repressão nacional-socialista contra as associações
tradicionais, iniciáticas e cavaleirescas, durante a ocupação da Bélgica, Vanderberg envia os
arquivos do Templo ao Porto, em Portugal, país neutro, aos cuidados do Conde Campelo Pinto Sousa
Fontes, Grão-Prior de Portugal.
Terminado o conflito, Vanderberg solicita inutilmente a restauração dos arquivos a Sousa Fontes,
o qual sustenta que a transmissão dos arquivos foi uma verdadeira e própria transmissão de poderes.
À morte acidental de Vanderberg, Sousa Fontes, “motu próprio”, autonomeia-se Regente. Alguns
Priorados reconhecem sua autoridade, porém muitos outros a recusam.
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido do site Ordem dos Cavaleiro Templários Internacional
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/viva-sao-joao_11.html
#14

NÃO SEJA MAÇOM

Se queres descanso, não seja maçom, pois o trabalho do maçom deve ser contínuo.
Se queres ser beneficiado, não seja maçom, pois o maçom deve primeiro promover benefícios a e
em prol de outros.
Se queres paz, não seja maçom, pois o maçom deve estar em guerra constante contra os vícios.
Se sois egoísta, não seja maçom, pois, para o maçom, compartilhar deve ser um hábito.
Se apenas pensas em ti, não seja maçom, pois pensar apenas em si mesmo é inviável e o maçom
deve pensar e agir para todos.
Se desejas enriquecer, não seja maçom, pois o patrimônio de um maçom não é avaliado pelos
seus bens, mas sim pelas suas atitudes.
Se sois arrogante, nunca seja um maçom, pois a humildade deve ser uma virtude constante,
demonstrada em todos os momentos.
Se sois demasiadamente religioso, não seja maçom, pois o maçom deve ser tolerante em suas
diferenças religiosas.
Se não crês em Deus, esqueça, não há como ser maçom, pois os maçons nada fazem sem antes O
invocarem.
Se gostas das luxúrias que o mundo proporciona, não seja maçom, pois os maçons devem ignorá-
las, vez que são temporárias.
Se simplesmente fazes parte de algo, não seja maçom, pois o maçom não pode só fazer parte, deve
trabalhar para fazer a diferença.
Se queres ser maçom, não tente ser o pior nem o melhor, seja apenas você mesmo.
Se és arrogante, não seja maçom, pois o desprezo está em sintoma de maldade e a maldade é a
principal inimiga do maçom.
Se és omisso, não seja maçom, pois a iniciativa deve ser notável em um maçom.
Se és preconceituoso, não seja maçom, pois a igualdade deve ser um pilar marcante na vida do
maçom.
Mensagem enviada por nosso valoroso Irmão Moacyr Duarte em 20 de agosto, data em que se
comemora o dia do Maçom.
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/nao-seja-macom_14.html
#15

O CAMINHO DE SANTIAGO DE COMPOSTELA

O Caminho de Santiago de Compostela é uma rota secular de peregrinação religiosa, que se estende
por toda a Península Ibérica até a cidade de Santiago de Compostela, localizada no extremo Oeste da
Espanha, onde se encontra o túmulo do apóstolo Tiago.
Tiago foi um pescador que vivia às margens do lago Tiberíades; filho de Zebedeo e Salomé, e
irmão de João O Evangelista. Segundo a tradição, após a dispersão dos apóstolos pelo mundo, Tiago
foi pregar o evangelho na província romana da Galícia, extremo oeste espanhol. De volta a
Jerusalém, o apóstolo foi perseguido, preso e decapitado a mando de Herodes no ano 44. Seus restos
foram lançados para fora das muralhas da cidade. Os discípulos Teodoro e Atanásio recolheram seu
corpo e levaram-no de volta para o Ocidente, aportando na costa espanhola, na cidade de Iria Flavia.
O corpo do apóstolo foi sepultado secretamente num bosque chamado Libredón. Assim, o local
permaneceu oculto durante oito séculos. Uma certa noite, o ermitão Pelayo observou um fenômeno
que ocorria neste bosque: uma chuva de estrelas se derramava sobre um mesmo ponto do Libredón,
proporcionando uma luminosidade intensa. Tomando conhecimento das ocorrências, o bispo de Iria
Flavia, Teodomiro, ordenou que fossem feitas escavações no local. Assim, no dia 25 de Julho de
(provavelmente) 813, foi encontrada uma arca de mármore com os restos do apóstolo Tiago Maior.
A notícia se espalhou rapidamente, e o local passou a ser visitado por andarilhos de toda a
Europa a fim de conhecer o sepulcro do Santo. A quantidade de peregrinos aumentava intensamente a
cada ano. Nobres e camponeses dirigiam-se em caravanas, caminhando ou cavalgando em busca de
bênçãos, cura para as enfermidades, cumprir promessas ou apenas aventuravam-se em terras
distantes.
O rei Afonso II ordenou que no local da descoberta fosse erigida uma capela em honra a São
Tiago, proclamando-o guardião e padroeiro de todo o seu reino. Em pouco tempo, uma cidade foi
erguida em torno daquele bosque, e denominada Compostela. A origem etimológica do nome remete
ao latim: Campus Stellae, ou Campo das Estrelas, e assim a junção final: Compostela.
No ano de 899, Afonso III construiu uma basílica sobre o rústico templo erguido por seu
antecessor. Porém, oitos anos mais tarde, a basílica foi saqueada pelo árabe Almanzor, que
respeitosamente, preservou as relíquias do apóstolo. Em 1075, iniciou-se a construção da atual
catedral, cinco vezes maior que a anterior.
Os Caminhos do Caminho

O Caminho de Santiago possui - em sua maior parte - um aspecto medieval. As catedrais góticas e
românicas, mosteiros e capelas, castelos e aldeias celtas distribuem-se ao longo do percurso.
O apogeu das peregrinações ocorreu nos séculos XII e XIII. As quatro principais rotas tiveram
origem neste período. Mesmo partindo de pontos diferentes, todas entravam na Península Ibérica
através dos Pirineus. A partir de Puente la Reina o trajeto é o mesmo, com exceção de alguns ramais
secundários. As rotas modernas iniciam-se também em cidades como Saint-Jean-Pied-de-Port, na
França.
A partir do século XIV, houve uma sensível redução de peregrinos que se aventuravam pelo
Caminho. Porém, no século XX o Caminho de Santiago foi "ressuscitado" e voltou a ser umas das
principais rotas religiosas da história. Atualmente, é comum encontrar os peregrinos modernos, que
percorrem o Caminho de carro ou bicicleta, ou simplesmente aqueles que visitam a Catedral e o
túmulo do Apóstolo São Tiago.
Geralmente, o viajante carrega consigo uma concha (conhecida também por Vieira) que possui
vários significados. Segundo a lenda, um homem percorria o Caminho a cavalo, quando
repentinamente o animal disparou em direção ao mar. O peregrino evocou Santiago, e uma forte onda
devolveu-o a terra firme. Retomada a consciência, o peregrino percebeu que seu manto estava
repleto de conchas. Assim, a Vieira assumiu um significado de proteção, que também está associada
ao Graal. Simboliza, para o viajante, absorver a sabedoria e a entidade de Cristo como seu Eu
Superior.
Durante todo o percurso, existem albergues instalados em velhas construções medievais,
destinados especialmente a atender os peregrinos. Além de hotéis, pousadas, e os próprios habitantes
que cedem suas casas como abrigo. O peregrino carrega consigo uma credencial, que deve ser
carimbada em igrejas ou no órgão de turismo correspondente ao local. Munido de um mapa, o
viajante também conta com as discretas setas pintadas em rochas, muros e árvores, que funcionam
como um guia constante, e evitam que o aventureiro se perca. Ao concluir o Caminho chegando à
Catedral de Santiago, o peregrino apresenta a credencial e recebe a Compostelana, uma espécie de
certificado de que todo o percurso foi concluído.
No Brasil, a popularização do Caminho deve-se principalmente ao escritor Paulo Coelho, que
lançou o livro O Diário de um Mago. Nesta obra, o autor narra as experiências místicas vivenciadas
em sua peregrinação em 1989. Além de Paulo Coelho, a cantora Baby do Brasil escreveu Peregrina –
Meu Caminho no Caminho, onde também é descrita sua trajetória até Compostela. Mas a literatura
brasileira abriga outros títulos que servem de incentivo e preparação para aqueles que se dispuserem
a caminhar mais de 800 quilômetros até a cidade de Santiago de Compostela, tombada pela
UNESCO como Patrimônio da Humanidade, em 1992.
BIBLIOGRAFIA
Nós da Cavaleiros do Templo XXVI parabenizamos aos editores deste site:
www.spectrumgothic.com.br pelas ilustrações e textos inseridos nas belíssimas obras na internet,
incluindo esta...
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/o-caminho-de-santiago-de-
compostela.html
#16

ADONHIRAMITA - A HISTÓRIA DE UM RITO

É muito difícil saber a autoria e o início do Rito Adonhiramita. O texto abaixo é fruto de pesquisas
na Internet, livros, artigos maçônicos, bem como, a troca de informações com os Irmãos de outras
Lojas, estados e países.
Entre as numerosas controvérsias que resultaram desde meados e quase até o final do século
XVIII pelo continente Europeu, e especialmente na França, entre os estudantes de filosofia maçônica,
que com freqüência resultavam na invenção de novos graus e estabelecimento de novos ritos, estava
a que se referia à pessoa e descrição do arquiteto do templo.
Quem era o arquiteto do templo de Salomão? Foi contestada de diferentes maneiras por distintos
teóricos e cada contestação dava origem a um novo rito.
A teoria geral desde então é a mesma de agora, isto é, que este arquiteto era Hiram Abif, o filho
da viúva de Hur (um homem que trabalhava com cobre), que havia sido enviado ao Rei Salomão por
Hiram, Rei de Tiro como um precioso presente, e ''era um curioso obreiro adivinho, profeta''.
Esta teoria se apoia em textos de escrituras judias que podem dar uma luz sobre a lenda
maçônica. A teoria dos antigos maçons ingleses estava enunciada como historicamente correta na
primeira edição do Livro das Constituições, publicado em 1723, e continua considerando, desde
então, a opinião de todos os maçons ingleses e americanos, e é até agora , a única teoria admitida por
todos os maçons dos países que conhecem a teoria sobre esta matéria. Esta, portanto, é a fé ortodoxa
da Maçonaria.
Só que não foi o que ocorreu na Europa no século passado. A princípio, a controvérsia surgiu,
não relativa ao próprio nome, mas, sim, a sua devida denominação. Todas as partes concordam que o
arquiteto do templo foi Hiram Abif, o filho da viúva, descrito no primeiro Livro de Reis ( VIl, 13-
14), e no segundo Livro de Crônicas ( 11, 13-14), o qual veio de Tiro com os obreiros do templo que
haviam sido enviados pelo Rei Hiram à Salomão.
Uns chamavam- no de Hiram Abif, e os outros admitiam que seu nome original era Adonhiram,
nome este suposto, pela habilidade que havia demonstrado na construção do Templo, e se conferiu o
afixo memorável de Adon, significando Senhor ou Mestre, de cujos nomes originaram Adonhiram (
Adon + Hiram ). Além disso, existiu no Templo um outro Adoniram ( nota-se que se tratavam de dois
homônimos).
O primeiro conhecimento que temos nas escrituras deste Adonhiram está no segundo Livro de
Samuel ( XX, 24 ), onde a forma abreviada de seu nome era Adoram, no caso, '' o cobrador de
impostos''.
Sete anos depois o encontramos exercendo o mesmo ofício na casa de Salomão, como pode ser
visto em Reis IV, 6, Adonhiram, “filho de Abda, o cobrador''. E , por último, sabemos que ocupava o
mesmo posto na casa do Rei Rehoboam, filho e o sucessor de Salomão.
Quarenta e sete anos depois é mencionado no Livro de Samuel ( 1 Reis XII, 18) que ele foi morto
a pedradas, ao fazer a demissão de seu cargo, pelo povo que estava indignado das opressões de seu
rei.
Os estudiosos se viram embaraçados e não tiveram dúvidas de que o cobrador de impostos no
época de Davi, de Salomão e de Rehoboam se tratava da mesma pessoal, pois não há razão para
duvidar; também como havia dito Kitto : “resulta muito inverossímil, não obstante o caso de que duas
pessoas de mesmo nome desempenhasse sucessivamente o mesmo cargo, e não aparece exemplo
algum em que o nome do pai se aplicasse a seu filho.Vimos também que não transcorreram mais do
que quarenta e sete anos entre o primeiro e o último, Adoniram, que foi o cobrador, e sendo este,
também, um longo período de serviço, não é demasiado longo para uma vida, e a pessoa que teve
este cargo, a princípio no reinado de Rehoboam, havia permanecido bastante tempo para se fazer
odiar pelo povo e de tudo isto resulta o mais provável, ou seja, que em ambos os casos tratava- se da
mesma pessoa.
As lendas e tradições da Maçonaria que relacionam este Adoniram com o Templo de Jerusalém,
se deduzem e se apóiam na única passagem do primeiro Livro de Reis ( V, 14 ), onde é cita-se que
Salomão reuniu uma leva de 30.000 obreiros para trabalhar no monte Líbano, sob o comando de
Adoniram, a quem o chamavam de superior.
Os autores dos rituais franceses, que não tinham um bom conhecimento em hebreu, confundiam, às
vezes, importantes personagens de tal maneira que, em ocasiões , não percebiam a diferença entre
Hiram, o Arquiteto, que havia sido enviado da corte do Rei Tiro, e Adoniram, que sempre havia sido
um empregado da corte do Rei Salomão.
Este erro se estendeu ainda mais, e se fez mais fácil por ter sido usado o prefixo Adon, ''Senhor''
ou ''Mestre'', virando então, Adonhiram (Senhor Hiram).
Também no ano de 1744, Luiz Travenol publicou em Paris, sob pseudônimo de Léonard
Gabanon, o documento conhecido mais antigo referindo-se ao mestre arquiteto do Templo sob
denominação de Adonhiram.
Tratava-se de '' CATÉCHISME DES FRANCS MAÇONS OU LE SECRET DES FRANCS
MAÇONS'' ( Catecismo dos Franco-Maçons ou Segredo dos Franco- Maçons), precedé d'une abregé
de l'histoire d'Adoram, etc., et d'une explication des ceremonies Qui s'observent à Ia récéption des
Maitres, etc..
Disse o autor nesta obra: ''Além dos cedros do Líbano, Hiram deu um presente ainda mais valioso
à Salomão, que foi Adonhiram, de sua mesma raça, o filho de uma viúva da tribo de Neftali. Seu pai,
chamado Hur, era um excelente arquiteto e especialista em metais. Salomão, sabedor de suas
virtudes, de seu mérito e de seu talento, o honrou com um posto mais elevado, confiando-lhe a
construção do Templo e a administração dos trabalhadores''.
Pela linguagem deste texto, e a referência no título do livro a Adoram, que sabemos era o nome
do cobrador de impostos de Salomão, é evidente que o autor do catecismo confundiu Hiram Abif,
que veio de Tiro, com Adoniram o filho de Abda, que sempre viveu em Jerusalém; assim é que, com
ignorância imperdóavel da história da escrita e tradição maçônica , supuseram que eram a mesma
pessoa.
Não obstante a este desatino, o catecismo se fez popular entre os maçons daquela época, e é assim
que surgiu o primeiro erro referente a lenda do grau de Mestre.
Por fim, outros ritualistas, vendo a inconsistência em referir as individualidades de Hiram, o
filho da viúva, e de Adoniram, o cobrador de impostos, e a impossibilidade de reconciliar os fatos
discordantes na vida de ambos, resolveu-se cortar a ligação entre eles, retirando do primeiro
qualquer posição maçônica e dando somente ao último o cargo de arquiteto do Templo.
O último era Adoniram, quem empreendia os trabalhos e havia sido colocado na chefia e
administração dos obreiros que preparavam os materiais no Monte Líbano, e refere-se a Hiram, o
filho da viúva, um artesão hábil, especialmente em metais, pois ele sozinho havia feito os trabalhos
para o Templo de acordo com os desejos de Salomão.
Devido a esta influência de opiniões, pretenderam os Adonhiramitas logo sua legitimação. Como
consequência disso, um dos mais proeminentes ritualistas , Louis Guillemain de St Victor, propôs
assim sua teoria: '' Todos estamos de acordo que o grau de Mestre esta fundado no arquiteto do
templo.
Bem como as escrituras afirmam como verdadeiro, conforme o quarto versículo do capitulo V do
Livro de Reis, sendo esta pessoa Adoniram. Josephus e todos os escritores sagrados dizem a mesma
coisa, e , indubitavelmente, se distingue de Hiram de Tiro, o trabalhador de metais. É, pois,
Adoniram a quem devemos honrar.''
Em meados do século XVIII, havia três escolas ritualísticas maçônicas, nas quais seus membros
estavam divididos com relação as opiniões sobre a identidade do arquiteto do templo:
1 ) Os que supunham que fosse Hiram, filho da viúva, a quem o Rei de Tiro enviou ao Rei
Salomão, e quem se designa como Hiram Abif. Esta era uma escola mais popular e original, a qual
deve ter sido ortodoxa.
2 ) Os que acreditavam que este Hiram que veio de Tiro é o arquiteto, mas supunham que, pela
excelência de seu cárater, Salomão Ihe havia conferido o titulo de Adon, “Senhor” ou ''Mestre'' por
isso o chamavam de Adonhiram. Como esta teoria foi por completo desaprovada tanto pela história
das Escrituras como pela tradição Maçônica antiga, a escola que os sustentava não chegou a ser
nunca popular e nem proeminente, e logo, deixou de existir.
3 ) Aqueles que tomaram a Hiram, o filho da viúva, como um subordinado e insignificante, o
esquecendo por completo em suas ritualísticas , e considerando que Adoram, ou Adoniram, ou
Adonhiram, o filho de Abda, o cobrador de impostos e mestre dos obreiros de Salomão no Monte
Líbano, como o verdadeiro arquiteto do templo, ao que se refere a todos os acontecimentos
legendários da Maçonaria do Grau de Mestre.
Esta escola, como resultado da sua ousadia, com a qual, difere da segunda escola, tinha quebrado
todos os compromissos com o partido ortodoxo, assumindo uma teoria totalmente independente no
absoluto, criando por algum tempo uma grande reflexão na Maçonaria.
Muitos discípulos crentes em Hiram Abif deixaram essa crença e adotaram a de Adoniram. Esses,
por sua vez, estenderam essa doutrina, praticaram-na até, quando então, converteram na em um rito
único que o chamaram de Maçonaria Adonhiramita.
Deve-se a Ragon a origem da discussão de quem é a autoria da Compilação Preciosa, o qual
atribui a esta ao Barão de Tschoudy . Ragon fez constar de seu Ritual do Grau de Mestre, publicado
por volta de 1860, uma biografia maçônica ou lista das principais obras em francês que tratavam da
Franco-Maçonaria.
O Barão de Tschoudy ou Cavaleiro de Lussy foi um verdadeiro ritualístico. Foi ele que fundou a
Ordem da Estrela Flamígera e fez parte do Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e
Ocidente, porém não existe evidências , com exceção de Ragon que o considerou como fundador do
Rito Adonhiramita.
Foi Luis Guillemain de St Victor que publicou em Paris em 1781, uma obra intitulada de “Recueil
Préciex de La Maçonnerie Adonhiramite ( Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita ).,
sendo que neste volume continha os primeiros quatros graus e em 1785 , o mesmo publicaria o
segundo volume contendo os demais graus de perfeição. Os quais eram 12 no total :
1) Aprendiz, Aprendiz, Apprentice, Apprente;
2) Companheiro, Compañero, Fellow – Craft, Compagnon;
3) Mestre, Maestro Masón, Master Mason, Maitre;
4 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito, Maestro Perfecto, Perfect Master, Maitre Parfait;
5 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove, Electo de los Nueve, Elect of Nine, Elu des Neuf;
6 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan, Electo de Perignan, Elect of Perignan, Elu des Perignan;
7 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze, Electo de los Quince, Elect of Fifteen, Elu des Quinze;
8 ) Aprenfiz Escocês ou Pequeno Arquiteto, Arquitecto Menor, Minor Architect, Petit Architecte;
9 ) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto, Gran Arquitecto, Scottish Fellow – Craft or Grand
Architect, Compagnon Ecossais ou Grand Architecte;
10) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto, Maestro Escocés, Scottish Master, Maitre
Ecossais;
11) Cavaleiro do Oriente ou da Espada ou da Águia, Caballero del Oriente o de la Espada o del
Águila, Knight of the East or of the Sword or of the Eagle, Chevalier de l’Orient ou de l’Epée ou de
l’Aigle;
12) Cavaleiro Rosa Cruz, Caballero Rosa Cruz, Knight of Rose Croix, Chevalier Rose Croix.
Tanto Thory como Ragon estavam errados ao inserir o décimo terceiro grau que titulava como o
Noaquita ou Cavaleiro Prussiano. Houve um equivoco devido a que Guillemain tinha inserido este
grau no final do segundo volume como simplesmente uma curiosidade maçônica, sua inclusão na
Compilação Preciosa possuía apenas o caráter histórico com a cerimônia de recepção do candidato,
o catecismo e a descrição de seus símbolos e o mesmo disse Ter sido apenas traduzido do alemão
por M. de Beraye. Esse grau não tem nenhuma relação com os outros , e Guillemain declara que o
Rosa Cruz seria o término do rito.
Apesar disso o “O Soberano Conselho dos Imperadores do Oriente e Ocidente “ considerou como
grau maçônico o décimo terceiro, incluindo este também no antigo sistema de 25 graus do R.E.A.C. e
consequentemente levando o Rito Adonhiramita a ter treze graus.
Em 1873 foi realizado o ordenamento da Maçonaria Adonhiramita após a criação do Mui
Poderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o Brasil e, embora não havendo
registros históricos, foi a partir desta época que a denominação tradicional de “Antigo rito dos Doze
Graus” deixou de ser utilizada.
Na Europa, o Rito Adonhiramita foi praticado na França e em Portugual e grandemente difundido
nas colônias francesas, caracterizando-se como o preferido da armada napoleônica. Contudo, foi
paulatinamente abandonado, tanto em território europeu quanto nas colônias a partir da grande
difusão que o Rito Francês atingiu no início do século XIX, ficando a sua prática restrita ao Brasil,
onde se encontra a sua Oficina Chefe, estabelecida pela Constituição durante a Fundação do Grande
Oriente do Brasil de 1839, com a criação do colégio dos Ritos.
Em 1851 foi criado o colégio dos Ritos Azuis e, em 1873 o Grande Capítulo dos Cavaleiros
Noaquitas para o Brasil, através do Decreto n.° 21, de 24 de abril de 1873.
Após a separação da Maçonaria Brasileira, onde os graus simbólicos ficaram sob a jurisdição do
Grande Oriente do Brasil e os Altos Graus jurisdicionados às respectivas Oficinas Chefes dos Ritos,
a 02 de junho de 1973, o Mui Poderoso e Sublime Grande Cápitulo dos Cavaleiros Noaquitas para o
Brasil, decidiu pela transformação do Rito para 33 graus, instituindo os Graus Kadosch.
A partir desta data, o governo das Oficinas Litúrgicas do rito Adonhiramita, antes exercido pelo
Mui Poderoso e Sublime Grande Capítulo, ficou afeto ao Excelso Conselho da Maçonaria
Adonhiramita.
Graus adotados a partir de 1973:
1 ) Aprendiz;
2 ) Companheiro;
3 ) Mestre;
4 ) Mestre Secreto;
5 ) Antigo Maçom ou Mestre Perfeito;
6 ) Preboste e Juiz
7 ) Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove;
8 ) Segundo Eleito ou Eleito de Pérignan;
9 ) Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze;
10) Aprendiz Escocês ou Pequeno Arquiteto;
11) Companheiro Escocês ou Grande Arquiteto;
12) Mestre Escocês ou Grão Mestre Arquiteto;
13) Cavaleiro do Real Arco;
14) Grande Eleito ou Perfeito Sublime Maçom;
15) Cavaleiro do Oriente, ou da Espada, ou da Águia;
16) Príncipe de Jerusalém;
17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente;
18) Cavaleiro Rosa Cruz;
19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês;
20) Venerável Mestre das Lojas Regulares ou Mestre “Ad Vitam”;
21) Cavaleiro Noaquita ou Cavaleiro Prussiano;
22) Cavaleiro do real Machado ou Príncipe do Líbano;
23) Chefe do Tabernáculo;
24) Príncipe do Tabernáculo;
25) Cavaleiro da Serpente de bronze;
26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário;
27) Grande Comendador do templo;
28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto;
29) Cavaleiro de santo André;
30) Cavaleiro Kadosch;
31) Sublime Iniciado e Grande Preceptor;
32) Prelado Congregador e Ouvidor Geral;
33) Patriarca Inspetor Geral
BIBLIOGRAFIA
Esta peça de arquitetura foi extraida do site Brasil Maçom - www.brasilmacom.com.br que
indicamos
para pesquisas em diversos segmentos da Maçonaria.
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/adonhiramita-historia-de-um-
rito.html
#17

OS PEDREIROS - PARTE I

Maçonaria Primitiva
A Maçonaria Primitiva, ou "Pré-Maçonaria", é o período que abrange todo o conhecimento
herdado do passado mais remoto da humanidade até o advento da Maçonaria Operativa. Há quem
buscam nas primeiras civilizações a origem iniciática. Outras buscam no ocultismo, na magia e nas
crendices primitivas a origem do sistema filosófico e doutrinário. Tantas são as controvérsias, que
surgiram variadas correntes dentro da maçonaria. A origem mais aceita, segundo a maioria dos
historiadores, é que a Maçonaria Moderna descende dos antigos construtores de igrejas e catedrais,
corporações formadas sob a influência da Igreja na Idade Média.
É evidente que a falta de documentos e registros dignos de crédito, envolve a maçonaria numa
penumbra histórica, o que faz com que os fantasistas, talvez pensando em engrandecê-la, inventem as
histórias sobre os primórdios de sua existência. Há aqueles que ensinam que ela teve início na
Mesopotâmia, outros confundem os movimentos religiosos do Egito e dos Caldeus como sendo
trabalhos maçônicos. Há escritores que afirmam ser o Templo de Salomão o berço da Maçonaria.
O que existe de verdade é que a Maçonaria adota princípios e conteúdos filosóficos milenares,
que foram adotados por instituições como as "Guildas" (na Inglaterra), Compagnonnage (na França),
Steinmetzen(na Alemanha). O que a Maçonaria fez foi adotar todos aqueles sadios princípios que
eram abraçados por instituições que existiram muito antes da formação de núcleos de trabalho que
passaram à história como o nome de Maçonaria Operativa ou de Ofício.
Maçonaria Operativa
A origem se perde na Idade Média, se considerarmos as suas origens Operativas, ou seja
associação de cortadores de pedras verdadeiros, que tinha como ofício a arte de construção de
castelos, muralhas etc.
Na Idade Média o ofício de pedreiro era uma condição cobiçada para classe do povo. Sendo esta
a única guilda que tinha o direito de ir e vir. E para não perder suas regalias o segredo deveria ser
guardado com bastante zelo.
Após o declínio do Império Romano, os nobres romanos afastaram-se das antigas cidades e
levaram consigo camponeses para proteção mútua para se proteger dos bárbaros. Dando início ao
sistema de produção baseado na contratação servil Nobre-Povo (Feudalismo)
Ao se fixar em novas terras, Os nobres necessitavam de castelos para sua habitação e
fortificações para proteger o feudo. Como a arte de construção não era nobre, deveria advir do povo
e como as atividades agropecuária e de construção não guardavam nenhuma relação, uma nova classe
surgiu: Os construtores, herdeiros das técnicas romanas e gregas de construção civil.
Outras companhias se formaram: artesão, ferreiro, marceneiros, tecelões enfim, toda a
necessidade do feudo era lá produzida. A maioria das guildas limitava-se no entanto às fronteiras do
feudo.
Já as guildas dos pedreiros necessitavam mover-se para a construção das estradas e das novas
fortificações dos Templários. Os demais membros do povo não tinham o direito de ir e vir, direito
este que hoje temos e nos é tão cabal. Os segredos da construção eram guardados com
incomensurável zelo, visto que, se caíssem em domínio público as regalias concedidas à categoria,
cessariam. Também não havia interesse em popularizar a profissão de pedreiro, uma vez que o
sistema feudal exigia a atividade agropecuária dos vassalos.
A Igreja Católica Apostólica Romana encontra neste sistema o ambiente ideal para seu progresso.
Torna-se uma importante, talvez a maior, proprietária feudal, por meio da proliferação dos
mosteiros, que reproduzem a sua estrutura. No interior dos feudos, a igreja detém o poder político,
econômico, cultural e científico da época.
Maçonaria Especulativa
A Maçonaria Especulativa corresponde a segunda fase, que utiliza os moldes de organização dos
maçons operativos juntamente com ingredientes fundamentais como o pensamento iluminista, ruptura
com a Igreja Romana e a reconstrução física da cidade de Londres, berço da maçonaria regular.
Com o passar do tempo as construções tornavam-se mais raras. O feudalismo declinou dando
lugar ao mercantilismo. Com conseqüência o enfraquecimento da igreja romana. Havendo uma
ruptura da unidade cristã advindas da reforma protestante.
Superada a tragédia da peste negra que dizimou a população mundial, particularmente da Europa,
teve início o Iluminismo no século XVIII, que defendia e tinha como princípio a razão, ou seja o
modo de pensar,de ter "luz'.
A Inglaterra surge como o berço da Maçonaria Especulativa regular durante a reconstrução da
cidade após um incêndio de grandes proporções em sua capital Londres em setembro de 1666 que
contou com muitos pedreiros para reconstruir a cidade nos moldes medievais.
Para se manter foram aceitas outras classes de artífices e essas pessoas formaram paulatinamente
agremiações que mantinham os costumes dos pedreiros nas suas reuniões, o que diz respeito ao
reconhecimento dos seus membros por intermédio dos sinais característicos da agremiação.
Essas associações sobreviveram ao tempo. Os segredos das construções não eram mais guardados
a sete chaves, eram estudados publicamente.Todavia, o método de associação era interessante, o
método de reconhecimento da maçonaria operativa era muito útil para o modelo que surgiu
posteriormente. Em vez de erguer edifícios físicos, catedrais ou estradas, o objetivo era outro: erguer
o edifício social ideal.
Judaísmo e Maçonaria
Logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria alemã corria o risco
de desaparecer. Muitos dos princípios éticos maçônicos foram inspirados pelo judaísmo ou melhor
pelo Antigo Testamento. Os ritos e símbolos da maçonaria e outras sociedades secretas recordam: A
reconstrução do Templo de Salomão, a estrela de David, o selo de Salomão, os nomes dos diferentes
graus, como por exemplo: cavalheiro Kadosh ("Kadosh" em hebraico significa santo), Príncipe de
Jerusalém, Príncipe do Líbano, Cavalheiro da Serpente de Airain etc.
A luz é um importante símbolo tanto no judaísmo como na maçonaria
"Pois o preceito é uma lâmpada, e a instrução é uma luz"
Um dos grandes feriados judaicos é o Chanukah, ou seja o Festival das Luzes, comemorando a
vitória do povo de Israel sobre aqueles que tinham feito da prática da religião um crime punível pela
morte ali pelo ano 165 a. E. V. (Os judeus substituem o antes de Cristo e o depois de Cristo pelo
antes e depois da Era Vulgar). A Luz é um dos mais densos símbolos na maçonaria, pois representa
(para os maçons de linha inglesa) o espírito divino, a liberdade religiosa, designando (para os
maçons de linha francesa) a ilustração, o esclarecimento, o que esclarece o espírito, a claridade
intelectual.
A luz, para o maçom, não é a material, mas a do intelecto, da razão, é a meta máxima do iniciado
maçom, que, vindo das trevas do Ocidente, caminha em direção ao Oriente, onde reina o Sol.
Castellani diz que graças a essa busca da Verdade, do Conhecimento e da Razão é que os maçons
autodenominam-se Filhos da Luz; e talvez não tenha sido por acaso que a Maçonaria, em sua forma
atual, a dos Aceitos, nasceu no "Século das Luzes", o século XVIII. de Nordhausende, Alemanha, 4
de Dezembro de 1945 Fileiras de corpos enchem o campo de concentração
Outro símbolo compartilhado é o tão decantado Templo de Salomão. Figura como uma parte
central na religião judaica, não só, por ser o rei Salomão uma das maiores figuras do panteão de
Israel, como o Templo representar o zênite da religião judaica. Na maçonaria, juntou-se a figura de
Salomão, à da construção do Templo, pois os maçons são, simbolicamente, antes de tudo,
construtores, pedreiros, geómetras e arquitetos. Os rituais maçônicos estão prenhes de lendas sobre a
construção do Templo de Salomão. Para os maçons existem três Salomões: o Salomão maçônico, o
bíblico e o histórico.
Outro aspecto comum, têm-se os esforços positivos na maçonaria e no judaísmo para encorajar o
aprendizado. A cultura judaica tem uma larga tradição de impulsionar o maior número de judeus a se
notabilizar pelo conhecimento nas artes, na literatura, na ciência, na tecnologia, nas profissões em
geral. Durante séculos, os judeus têm-se destacado nos diversos campos do conhecimento humano e o
seu empenho em melhorar suas escolas e seus centros de ensino demonstram cabalmente isto. Digno
de notar-se é que as famosas escolas talmúdicas - as yeshivas vem do verbo lashevet, ou seja sentar-
se. Deste modo para aprender é necessário sentar-se nos bancos escolares. Assim, também, na
maçonaria, nota-se uma preocupação constante, cada vez maior, com o desenvolvimento intelectual
dos seus epígonos, no fundo, não só como um meio de melhorar a sua escola de fraternidade e
civismo como também para perpetuar os seus ideais e permanecer como uma das mais ricas
tradições do mundo moderno.
No início de 1934, logo após a ascensão de Adolf Hitler ao poder, ficou claro que a maçonaria
alemã corria o risco de desaparecer. Segundo as estimativas do Museu Alemão da Maçonaria em
Bayreuth, esta literatura constituía o núcleo da investigação maçônica. Uma biblioteca que crescia de
forma exponencial. Em 1930, na Alemanha, a coleção maçônica situar-se-ia nos 200.000 livros. Os
nazistas saquearam, a Grande Loja da Holanda e a Grande Loja da Noruega. Ocorreu o mesmo na
Bélgica e em França.
Os judeus eram então vistos como uma séria ameaça por seu poder econômico, cultura, idéias que
pregavam (Marx, etc.) e pelo fato de não seguirem o Cristianismo. A Maçonaria, liberal e
democrática, pregando a fraternidade entre os homens, assustava aos déspotas e fanáticos religiosos
e políticos de todas as correntes.
Bibliorafia extraida da enciclopédia livre Wikipédia
CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO...
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um.html
#18

FERNANDO PESSOA NOS ELEMENTOS DA MAÇONARIA

A Maçonaria compõe-se de três elementos: o elemento iniciático, pelo qual é secreta; o elemento
fraternal; e o elemento a que chamarei humano – isto é, o que resulta de ela ser composta por
diversas espécies de homens, de diferentes graus de inteligência e cultura, e o que resulta de ela
existir em muitos países, sujeita portanto a diversas circunstâncias de meio e de momento histórico,
perante as quais, de país para país e de época para época reage, quanto à atitude social,
diferentemente.Nos primeiros dois elementos, onde reside essencialmente o espírito maçônico, a
Ordem é a mesma sempre e em todo o mundo. No terceiro, a Maçonaria – como aliás qualquer
instituição humana, secreta ou não – apresenta diferentes aspectos, conforme a mentalidade de
Maçons individuais, e conforme circunstâncias de meio e momento histórico, de que ela não tem
culpa.Neste terceiro ponto de vista, toda a Maçonaria gira, porém, em torno de uma só idéia – a
"tolerância"; isto é, o não impor a alguém dogma nenhum, deixando-o pensar como entender.Por isso
a Maçonaria não tem uma doutrina. Tudo quanto se chama "doutrina maçônica" são opiniões
individuais de Maçons, quer sobre a Ordem em si mesma, quer sobre as suas relações com o mundo
profano. São divertidíssimas: vão desde o panteísmo naturalista de Oswald Wirth até ao misticismo
cristão de Arthur Edward Waite, ambos tentando converter em doutrina o espírito da Ordem. As suas
afirmações, porém, são simplesmente suas; a Maçonaria nada tem com elas. Ora o primeiro erro dos
Anti-maçons consiste em tentar definir o espírito maçônico em geral pelas afirmações de Maçons
particulares, escolhidas ordinariamente com grande má fé.
O segundo erro dos Anti-maçons consiste em não querer ver que a Maçonaria, unida espiritualmente,
está materialmente dividida, como já expliquei. A sua acção social varia de país para país, de
momento histórico para momento histórico, em função das circunstâncias do meio e da época, que
afectam a Maçonaria como afectam toda a gente. A sua acção social varia, dentro do mesmo país, de
Obediência para Obediência, onde houver mais que uma, em virtude de divergências doutrinárias –
as que provocaram a formação dessas Obediências distintas, pois, a haver entre elas acordo em tudo,
estariam unidas. Segue daqui que nenhum ato político ocasional de nenhuma Obediência pode ser
levado à conta da Maçonaria em geral, ou até dessa Obediência particular, pois pode provir, como
em geral provém, de circunstâncias políticas de momento, que a Maçonaria não criou.
Resulta de tudo isto que todas as campanhas anti-maçónicas – baseadas nesta dupla confusão do
particular com o geral e do ocasional com o permanente – estão absolutamente erradas, e que nada
até hoje se provou em desabono da Maçonaria. Por esse critério – o de avaliar uma instituição pelos
seus actos ocasionais porventura infelizes, ou um homem por seus lapsos ou erros ocasionais – que
haveria neste mundo senão abominação? Quer o Sr. José Cabral que se avaliem os papas por
Rodrigo Bórgia, assassino e incestuoso? Quer que se considere a Igreja de Roma perfeitamente
definida em seu íntimo espírito pelas torturas dos Inquisidores (provenientes de um uso profano do
tempo) ou pelos massacres dos albigenses e dos piemonteses? E contudo com muito mais razão se o
poderia fazer, pois essas crueldades foram feitas com ordem ou com consentimento dos papas,
obrigando assim, espiritualmente, a Igreja inteira. Sejamos, ao menos, justos. Se debitamos à
Maçonaria em geral todos aqueles casos particulares, ponhamos-lhe a crédito, em contrapartida, os
benefícios que dela temos recebido em iguais condições. Beijem-lhe os jesuítas as mãos, por lhes ter
sido dado acolhimento e liberdade na Prússia, no século dezoito – quando expulsos de toda a parte,
os repudiava o próprio Papa – pelo Maçom Frederico II. Agradeçamos-lhe a vitória de Waterloo,
pois que Wellinton e Blucher eram ambos Maçons. Sejamos-lhe gratos por ter sido ela quem criou a
base onde veio a assentar a futura vitória dos Aliados – a "Entente Cordiale", obra do Maçon
Eduardo VII. Nem esqueçamos, finalmente, que devemos à Maçonaria a maior obra da literatura
moderna – o "Fausto" do Maçon Goeth.
Acabei de vez. Deixe o Sr. José Cabral a Maçonaria aos Maçons e aos que, embora o não sejam,
viram, ainda que noutro Templo, a mesma Luz. Deixe a Anti-maçonaria àqueles Anti-maçons que são
os legítimos descendentes intelectuais do célebre pregador que descobriu que Herodes e Pilatos
eram Vigilantes de uma Loja de Jerusalém.
Texto enviado por nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira
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da.html
#19

OS PEDREIROS - PARTE II

Catolicismo e Maçonaria
Papa Leão XIII, foi um adversário ferrenho da maçonaria Galileu diante do Santo Ofício,
pintura do século XIX . Gravura a cobre intitulada "Die Inquisition in Portugall"
A Igreja Católica historicamente já se opôs radicalmente à maçonaria, devido aos princípios
supostamente anti-cristãos, libertários e humanistas maçônicos. O primeiro documento católico que
condenava a maçonaria data de 28 de abril de 1738. Trata-se da bula do Papa Clemente XII,
denominada In Eminenti Apostolatus Specula.
Após essa primeira condenação, surgiram mais de 20 outras, sendo que o papa Leão XIII foi um
dos mais ferrenhos opositores dessa sociedade secreta e sua última condenação data de 1902, na
encíclica Annum Ingressi, endereçada a todos os bispos do mundo em que alarmava da necessidade
urgente de combater a maçonaria, opondo radicalmente esta sociedade secreta ao catolicismo.
Apesar disso, há acusações sobre Paulo VI e alguns cardeais da Igreja relacionarem-se a uma
loja. Entretanto, todas as acusações carecem de provas. A condenação da Igreja é forte e não muda
ainda que membros do clero tenham de alguma forma se associado à sociedade secreta.
No Brasil Império, havia clérigos maçons e a tentativa de alguns bispos ultramonta nos de adverti-
los causou um importante conflito conhecido como Questão Religiosa. O principal dos bispos anti-
maçônicos desta época foi Dom Vital, bispo de Olinda. Recebeu forte apoio popular, mas foi preso
pelas autoridades imperiais, notadamente favoráveis à maçonaria. Após ser liberto, foi chamado a
Roma onde foi congratulado pelo papa, SS Pio IX, por sua brava resistência, e foi recebido
paternalmente e com alegria (o Papa, comovido, só o chamava de "Mio Caro Olinda", "Mio Caro
Olinda").
Até 1983, a pena para católicos que se associassem a essa sociedade era de excomunhão. Com a
formulação do novo Código de Direito Canônico que não mais condenava a Maçonaria
explicitamente, muitos pensaram que a Igreja havia aceitado a mesma, no entanto a Congregação para
Doutrina da Fé tratou de esclarecer o mau entendido e afirmar que permanece a pena de excomunhão
para quem se associa a maçonaria.

A perseguição à maçonaria pela Igreja Católica se dá, segundo alguns autores, pela existência do
segredo maçônico, o que demonstrava não existir, por parte do clero, controle sobre o que acontecia
nas lojas, e pelo fato da maçonaria defender a liberdade religiosa, aceitando o ingresso de pessoas
de qualquer religião.
O condenado era muitas vezes responsabilizado por uma "crise da fé", pestes, terremotos, doenças
e miséria social, sendo entregue às autoridades do Estado, para que fosse punido. As penas variavam
desde confisco de bens e perda de liberdade, até a pena de morte, muitas vezes na fogueira, método
que se tornou famoso, embora existissem outras formas de aplicar a pena.Os tribunais da Inquisição
não eram permanentes, sendo instalados quando surgia algum caso de heresia e eram depois
desfeitos. Posteriormente tribunais religiosos e outros métodos judiciários de combate à heresia
seriam utilizados pelas igrejas protestantes (como por exemplo, na Alemanha e Inglaterra). Embora
nos países de maioria protestante também tenha havido perseguições - neste caso contra católicos,
contra reformadores radicais, como os anabatistas, e contra supostos praticantes de bruxaria, os
tribunais se constituíam no marco do poder real ou local, geralmente ad-hoc , e não como uma
instituição específica.
Em muitos casos também queimavam-se em praça pública os livros avaliados pelos inquisidores
como símbolos do pecado: " No fim do auto se lê o da sentença dos livros proibidos e se mandarão
queimar três canastras delles. Maio de 1624".
Neste momento, estamos diante da "apropriação penal" dos discursos, ato que justificou por muito
tempo a destruição de livros e a condenação dos seus autores, editores ou leitores. Como lembrou
Chartier: " A cultura escrita é inseparável dos gestos violentos que a reprimem". Ao enfatizar o
conceito de perseguição enquanto o reverso das proteções, privilégios, recompensas e pensões
concedidas pelos poderes eclesiásticos e pelos príncipes, este autor retoma os cenários da queima
dos livros que, enquanto espetáculo público do castigo, inverte a cena da dedicatória.

Protestantismo e Maçonaria
Massacre de São Bartolomeu.
Catedral luterana em Helsinque, Finlândia. Traços evidentes da arquitetura maçônica
A Maçonaria Especulativa surgiu durante o período da reforma protestante. Notadamente, James
Anderson, o autor da Constituição de Anderson, era um pastor presbiteriano.
Martinho Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma
revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino
Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Báltico e a
Hungria. A resposta da Igreja Católica Romana foi o movimento conhecido como contra-reforma ou
Reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento.
Imediatamente após o início da Reforma Protestante, a Igreja Católica Romana decidiu tomar
medidas para frear o avanço da Reforma. Realizou-se, então, o Concílio de Trento (1545-1563), que
resultou no início da contra-reforma ou Reforma Católica, na qual os Jesuítas tiveram um papel
importante. A Inquisição e a censura exercida pela Igreja Católica foram igualmente determinantes
para evitar que as idéias reformadoras encontrassem divulgação em Portugal, Espanha ou Itália,
países católicos.
O principal acontecimento da contra-reforma foi a Massacre da noite de São Bartolomeu. As
matanças, organizadas pela casa real francesa, começaram em 24 de Agosto de 1572 e duraram
vários meses, inicialmente em Paris e depois em outras cidades francesas, vitimando entre 70.000 e
100.000 protestantes franceses (chamados huguenotes).
Bibliografia extraida da enciclopédia livre Wikipédia

Continua no próximo capítulo...


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#20

OS PEDREIROS - PARTE III

Espiritismo e Maçonaria
“O homem sério e prudente é mais circunspecto; não somente quer ver tudo, mas ver
muito e muitas vezes” Allan Kardec
Hippolyte Léon Denizard Rivail (Lyon, 3 de outubro de 1804 — Paris, 31 de março de 1869)
mais conhecido pelo seu pseudônimo Allan Kardec, teria sido iniciado na Grande Loja Escocesa
Maçônica de Paris. Suas obras teriam, principalmente na parte inicial, introdutória, muitos termos do
jargão maçônico e da doutrina maçônica.
León Hippolyte teve formação acadêmica em matemática e pedagogia, interessando-se mais tarde
pela física, principalmente o magnetismo. Como escritor, dedicou-se a tradução e a elaboração de
obras de cunho educacional. Sob o pseudônimo de Allan Kardec, notabilizou-se como o codificador
do Espiritismo, também denominado de Doutrina Espírita.
Segundo alguns biógrafos, depois de alguns anos de preparatórios, Hippolyte Rivail teria deixado
por algum tempo o castelo de Yverdon para estudar medicina na faculdade de Lyon. Vivia a França o
período da restauração dos Bourbons, e então é agora em sua própria pátria, realista e católica, que
ele se sentiria desambientado. Lyon ofereceu em todos os tempos asilo às idéias liberais e as
doutrinas heterodoxas. Martinismo e Franco-Maçonaria, Carbonarismo e São-Simonismo vicejam
entre suas paredes.
O pseudônimo "Allan Kardec", segundo biografias, foi adotado pelo professor Rivail a fim de
diferenciar a Codificação Espírita dos seus trabalhos pedagógicos anteriores. Segundo algumas
fontes, o pseudônimo foi escolhido pois um espírito revelou-lhe que haviam vivido juntos entre os
druidas, na Gália, e que então o Codificador se chamava "Allan Kardec".
Então León Hippolyte ao assumir o pseudônimo de Allan Kardec e assumir a tarefa de
codificação da doutrina espírita, fez a opção pelos diversos elementos básicos da nova revelação
apresentados pelos espíritos superiores.
Budismo, Hinduísmo e Maçonaria
"O ódio não termina com o ódio, mas com amor" BUDA

Imagem que ilustra Siddhartha Gautama passando suas palavras a seus seguidores, após ter
atingido o Nirvana, à sombra de uma figueira.
A Maçonaria, como escola iniciática, tem muitos pontos de contato com o budismo. Ela, da
mesma maneira, pugna pelos bons costumes, pela fraternidade e pela tolerância, respeitando, todavia,
a liberdade de consciência do homem, a qual não admite a imposição de dogmas. Embora com
algumas ligeiras modificações, as Quatro Nobres Verdades e os Oito Nobres Caminhos estão
presentes em toda a extensão da doutrina maçônica, que ensina, aos iniciados, o desapego às coisas
materiais e efêmeras e a busca da paz espiritual, através das boas obras, da vida regrada, do
procedimento correto e das palavras verdadeiras.
O conceito de Grande Arquiteto do Universo, como o entende a Maçonaria, não existe no budismo,
pois, para este, não existe começo nem fim, criação ou céu, ao contrário do hinduísmo e do
bramanismo (forma mais requintada do hinduísmo), que são as religiões mais antigas da Índia, ambas
originárias da religião védica (baseada nos Vedas, seus livros sagrados). Para o Rig Veda, o texto
máximo do hinduísmo, existia, no começo dos tempos, o mundo submerso na escuridão,
imperceptível, sem poder ser descoberto pelo raciocínio.
O budismo é uma religião e filosofia que engloba um conjunto de crenças, tradições e práticas
baseadas nos ensinamentos atribuídos a Siddhartha Gautama, mais conhecido como Buda
(páli/sânscrito "O Iluminado"). Buda viveu e desenvolveu sua filosofia no nordeste do subcontinente
indiano, entre os séculos IV e VI a. C.. Ele é reconhecido pelos adeptos como um mestre iluminado
que compartilhou suas idéias para ajudar os seres sencientes a alcançar o fim do sofrimento,
alcançando o Nirvana e escapando do que é visto como um ciclo de sofrimento do renascimento.
Alguns mestres budistas, porém, ensinam que o Nirvana é uma percepção, um insight e não um
estado, pois nem todas as escolas do budismo creem em reencarnação.
Para explicar a presença de budistas na Ordem maçônica, já que para ser maçom, é condição
essencial é à crença num Ser Supremo Criador de todos os mundos e para o budista, não existe um
Deus criador. É preciso entender que na realidade o conceito de GADU como entendemos na
Maçonaria não existe no Budismo. Para o qual não há princípio nem fim, ao contrário do hinduísmo e
do bramanismo(forma mais requintada do hinduísmo), que são as mais antigas religiões da Índia e
originárias da religião védica.
Além disso, há, no budismo, um profundo respeito por todas as criaturas vivas, fazendo com que
os adeptos da doutrina considerem como obrigação fundamental dos seres humanos, viverem em paz,
harmonia e fraternidade com seus semelhantes.
Maçonaria e Sociedade
A maçonaria teve influência decisiva em grandes acontecimentos mundiais, tais como a
Revolução Francesa e a Independência dos Estados Unidos. Tem sido relevante, desde a Revolução
Francesa em diante, a participação da Maçonaria em levantes, sedições, revoluções e guerras
separatistas em muitos países da Europa e da América. No Brasil, deixou suas marcas, especialmente
na independência do Brasil do jugo da metrópole portuguesa e, entre outras, a inconfidência mineira
e na denominada "Revolução Farroupilha", no extremo sul do país, tendo legado os símbolos
maçônicos na bandeira do Rio Grande do Sul, estado da Federação brasileira. Vários outros Estados
da Federação possuem símbolos maçônicos nas suas bandeiras, como Minas Gerais, por exemplo.
A Revolução Americana(1767) e Revolução Francesa(1789) despertaram nos povos do mundo
um sentimento de liberdade nunca antes experimentado.
A divulgação dos direitos do homem e da idéia de um governo republicano inspirou a Maçonaria
no Brasil, em particular depois da Revolução Francesa, quando os cidadãos derrubam a monarquia
absolutista secular. As idéias que fermentaram o movimento (século XVIII) havia levedado o espírito
dos colonos americanos, que emigraram para a América em busca de liberdade religiosa e política.
A Maçonaria é caracteristicamente universalista por ser uma sociedade que aceita a afiliação de
todos os cidadãos que se enquadrarem na qualificação "livres e de bons costumes", qualquer que seja
a sua raça, a sua nacionalidade, o seu credo, a sua tendência política ou filosófica, excetuados os
adeptos do comunismo teorético porque seus princípios filosóficos fundamentais negam ao homem o
direito à liberdade individual da autodeterminação.
Potências e Lojas são autônomas somente em sentido administrativo, Grão–Mestres e Mestres das
Lojas não podem jamais se pronunciar em nome da Maçonaria Universal. No entanto se autorizados
por suas Assembléias, podem se pronunciar oficialmente sobre desenvolvimento dos seus trabalhos,
na escolha da forma e do direcionamento de suas atividades sociais e culturais.

Iluminismo

Iluminismo é um conceito que sintetiza diversas tradições filosóficas, sociais, políticas, correntes
intelectuais e atitudes religiosas. Pode-se falar mesmo em diversos micro-iluminismos, diferenciando
especificidades temporais, regionais e de matiz religioso, como nos casos de Iluminismo tardio,
Iluminismo escocês e Iluminismo católico.
O Iluminismo é, para sintetizar, uma atitude geral de pensamento e de ação. Os iluministas
admitiam que os seres humanos estão em condição de tornar este mundo um mundo melhor - mediante
introspecção, livre exercício das capacidades humanas e do engajamento político-social.
Devido a formação intelectual e a autonomia que cada loja tem para pronunciar-se e decidir em
assembléia conforme a deliberação de seus associadas, não podemos falar em influência da
Maçonaria Universal sobre determinado aspecto, mas sim de uma ou grupos de lojas. Como
aconteceu no Brasil quando haviam lojas ou grupos de Lojas a favor da republica e outras lojas ou
grupos de Lojas a favor de reinos constitucionais durante o segundo Império. Essas posições,
aparentemente divergentes atendem às aspirações da liberdade maçônica porque ambos os
mencionados sistemas políticos limitam os poderes de seus governantes máximos, o presidente ou o
rei.
Iluministas se filiaram às Lojas Maçônicas como um lugar seguro e intelectualmente livre e neutro,
apropriado para a discussão de suas idéias, principalmente no século XVIII quando os ideais
libertários ainda sofriam sérias restrições por parte dos governos absolutistas na Europa continental.
e por isso certamente a Maçonaria teria contribuído para a difusão do Iluminismo e que este por sua
vez também possa ter contribuído para a difusão das lojas maçônicas.
O lema, ou o símbolo, "Liberdade, Igualdade, Fraternidade" se constitui de um grupo de palavras
que supostamente exprime as aspirações teóricas do povo maçônico e que, se atingidas, levariam a
um alto grau de aperfeiçoamento de toda a Maçonaria, o que é evidentemente utópico, como a nosso
ver o são todos os lemas. A trilogia seria de origem revolucionaria e que se introduziu na cultura
maçônica através do Imperador Napoleão a partir do início do período Napoleônico.
Principais iluministas maçons

Immanuel Kant (1724 a 1804), filósofo alemão. Fundamentou sistematicamente a filosofia


crítica, tendo realizado investigações também no campo da física teórica e da filosofia moral. um dos
mais conhecidos expoentes do pensamento iluminista, num texto escrito precisamente como resposta
à questão O que é o Iluminismo?, descreveu de maneira lapidar a mencionada atitude:
O Iluminismo representa a saída dos seres humanos de uma tutelagem que estes mesmos se
impuseram a si. Tutelados são aqueles que se encontram incapazes de fazer uso da própria razão
independentemente da direção de outrem. É-se culpado da própria tutelagem quando esta resulta não
de uma deficiência do entendimento mas da falta de resolução e coragem para se fazer uso do
entendimento independentemente da direção de outrem. Sapere aude! Tem coragem para fazer uso da
tua própria razão! esse é o lema do Iluminismo - Immanuel Kant em 1784

Voltaire (1694 a 1778) - foi um escritor, ensaísta, deísta e filósofo iluminista francês,
conhecido pela sua perspicácia e espirituosidade na defesa das liberdades civis, inclusive liberdade
religiosa e livre comércio.

Marquês de Pombal (1699 a 1782) - foi um nobre e estadista português. Foi secretário de Estado
do Reino durante o reinado de D. José I (1750-1777), sendo considerado, ainda hoje, uma das figuras
mais controversas e carismáticas da História Portuguesa.

Montesquieu , senhor de La Brède ou barão de Montesquieu (1689 a 1755) - foi um político,


filósofo e escritor francês. Ficou famoso pela sua Teoria da Separação dos Poderes, atualmente
consagrada em muitas das modernas constituições internacionais.
BIBLIOGRAFIA
Todos os textos para a criação das 03 Peças de Arquitetura denominadas OS PEDREIROS I
, II e III foram extraidas da Wikipédia enciclopédia livre.
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#21

A GÊNESE DOS RITOS

Conceituamos rito como sendo um cerimonial próprio de um culto ou de uma sociedade,


determinado pela autoridade competente; é a ordenação de qualquer cerimônia e, por extensão,
designa culto, religião ou seita. Maçonicamente é a prática de se conferir a Luz Maçônica a um
profano, através de um cerimonial próprio. Em seiscentos anos de Maçonaria documentada, uma
imensidade de ritos surgiram. Mas, de 1356 a 1740, existiu um rito apenas, ou melhor um sistema de
cerimônias e práticas, ainda sem o título de Rito, que normatizava as reuniões maçônicas. Somente a
partir de 1740 é que uma infinidade de ritos varreu o chão maçônico da Europa. Para evitar heresias,
um Rito deve ter conteúdo que consagre algumas exigências bem conhecidas: o símbolo do Grande
Arquiteto do Universo, o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso sobre o altar dos juramentos,
sinais, toques, palavras e a divisão da Maçonaria Simbólica em três graus. Não há nenhum órgão
internacional para reconhecer ritos. Acima do 3º Grau, cada Rito estabelece sua própria doutrina,
hierarquia e cerimonial.
Um rito maçônico, usando simbolismo próprio, é um grande edifício. Deve ter projeto integrado,
dos alicerces ao topo. Cada rito possui detalhes peculiares. A linha maçônica doutrinária, em cada
Rito, deve ser contínua, dos graus simbólicos aos filosóficos. Cada Rito é uma Universidade
doutrinária.
Os Ritos praticados no Brasil

Conforme observamos, existem muitos Ritos Maçônicos praticados em todo o mundo. No Brasil,
especificamente, são praticados seis, alguns deles reconhecidos e praticados internacionalmente e
outros com valor apenas regional. São eles, o Rito Schröeder ou Alemão (pouco praticado no
Brasil), o Rito Moderno ou Francês, o Rito de Emulação ou York (o mais praticado no mundo), o
Rito Adonhiramita, o Rito Brasileiro e o Rito Escocês Antigo e Aceito (o mais praticado no Brasil).

O RITO SCHRÖEDER

Foi criado por Friedrich Ludwig Schröeder que, ao lado de Fessler, foi um dos reformadores da
Maçonaria alemã. De acordo com o prefácio do ritual editado em 1960 pela Loja “ABSALON ZU
DEN DREI NESSELN” (Absalão das Três Urtigas), Schröeder introduziu o rito em sua Loja a 29 de
junho de 1801 e esse rito, desde logo, conquistou numerosas Lojas em toda a Alemanha e em outros
países onde passou a ser praticado, principalmente por maçons de origem alemã. É um rito muito
simples e trabalha, como o de York, apenas na chamada “pura Maçonaria” ou seja, na dos três graus
simbólicos, já que não possui Altos Graus. No Rito Schröeder a expressão “Grande Arquiteto do
Universo” é usada no plural – “Grande Arquiteto dos Universos (G. A.DD.UU.).
O RITO MODERNO
Criado em 1761, foi reconhecido pelo Grande Oriente da França em 1773. A partir de 1786,
quando um projeto de reforma estabeleceu os sete graus do rito – em contraposição ao emaranhado
dos Altos Graus da época -, ele teve grande impulso espalhando-se por toda a França, pela Bélgica,
pelas colônias francesas e pelos países latino-americanos, inclusive pelo Brasil. Já no início do
século XIX, o Grande Oriente do Brasil – primeira Obediência brasileira – foi fundada em 1822,
adotando o Rito Moderno, antes do Rito Escocês que só seria introduzido em 1832. Em 1817 houve a
grande reforma doutrinária que suprimiu a obrigatoriedade da crença em Deus e da imortalidade da
alma, não como uma afirmação do ateísmo, mas por respeito à liberdade religiosa e de consciência,
já que as concepções religiosas de uma pessoa devem ser de foro íntimo, não devendo ser impostas.
O Grande Oriente da França, que acolheu a reforma, queria demonstrar com isso o máximo de
escrúpulos para com os seus filiados, rejeitando toda e qualquer afirmação dogmática. Essa atitude
provocou uma rápida reação da Grande Loja Unida da Inglaterra que rompeu com o Grande Oriente
da França. O caso envolveu não apenas uma questão doutrinária como ainda político-religiosa.

É considerado bastante antigo. A Grande Loja de Londres, durante muito tempo após a sua
fundação, teve uma influência muito limitada, pois a grande maioria das Lojas britânicas continuava a
respeitar as antigas obrigações, permanecendo livres sem aderir ao sistema obediencial. O centro de
resistência à Grande Loja era a antiga Loja de York, de grande tradição operativa e que dava aos
membros da Grande Loja o título de “Modernos”, enquanto eles próprios se autodenominavam
“Antigos”, pelo respeito às antigas leis. O que os Antigos censuravam nos Modernos era a
descristianização dos rituais, a omissão das orações e da comemoração dos dias santos, contrariando
assim os mandamentos da Santa Igreja (Anglicana). O cisma entre os Antigos e Modernos durou até
1813, quando as duas Grandes Lojas fundiram-se formando a Grande Loja Unida da Inglaterra, que
adotava o Rito dos Antigos de York. A Constituição desse Supremo Órgão foi publicada em 1815. O
rito não possui Altos Graus, tendo além dos três simbólicos, uma quarta etapa designada de “Real
Arco”, que é considerada uma extensão do Mestrado. O Rito de York, por ser teísta, está mais ligado
aos países onde os cultos evangélicos predominam, pois o clero desses cultos tem dado à Maçonaria
o apoio e o suporte necessário para a sua evolução e crescimento.
O RITO ADONHIRAMITA

nasceu de uma polêmica entre ritualistas em torno de Hiram Abif, chamado de ADON-HIRAM
(Senhor Hiram) e ADONHIRAM, o preposto das corvéias, depois da construção do Templo de
Jerusalém, de acordo com os textos bíblicos. O rito, depois de uma época de grande difusão, acabou
desaparecendo. Todavia, no Brasil (onde foi o primeiro rito praticado), ele permaneceu, fazendo
com que o país seja hoje o centro do rito, que teve seus graus aumentados de treze para trinta e três.
O Rito Adonhiramita é deísta.
O RITO BRASILEIRO
Teria sido criado em 1878, em Pernambuco, mas tem sua existência legal a partir de 23 de dezembro
de 1914, quando foi publicado o Decreto nº. 500, do então Grão-Mestre do Grande Oriente do
Brasil, Lauro Sodré, fazendo saber que, em sessão do Conselho Geral da Ordem havia sido aprovado
o reconhecimento e incorporação do Rito Brasileiro entre os que compunham o Grande Oriente do
Brasil. Depois o Rito desapareceria, para ressurgir em 1940 e novamente em 1962, praticamente
desaparecer, até que em 1968, o Decreto nº. 2.080, de 19 de março de 1968, do Grão-Mestre Álvaro
Palmeira, renovava os objetivos do Ato nº. 1617 de 3 de agosto de 1940, como o marco inicial da
efetiva implantação do Rito Brasileiro. A partir daí, o rito teve grande crescimento no país. O
RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

Começou a nascer na França, quando Henriqueta de França, viúva de Carlos I, decapitado em


1649, por ordem de Cromwell, aceitou do Rei Luís XIV asilo em Saint-Germain-en-Laye, para lá se
retirando com seus regimentos escoceses e irlandeses e os demais membros da nobreza,
principalmente escocesa, que passaram a trabalhar pela restauração do trono, sob a cobertura das
Lojas, das quais eram membros honorários, o que evitava que os espiões de Cromwell pudessem
tomar conhecimento da conspiração.Consta que Carlos II, ao se preparar para recuperar o trono,
criou um regimento chamado de Guardas Irlandeses, em 1661. Esse regimento possuía uma Loja, cuja
constituição dataria de 25 de março de 1688 e que foi a única Loja do século XVII cujos vestígios
ainda existem, embora os stuartistas católicos devam ter criado outras Lojas. O termo “escocês”, já
a partir daquela época, não designava mais uma nacionalidade, mas o partido dos seguidores dos
Stuarts, escoceses em sua maioria. Assim, após a criação da Grande Loja de Londres, em 1717,
existiam na França dois ramos maçônicos: a Maçonaria escocesa e stuartista, ainda com Lojas livres,
e a inglesa com Lojas ligadas à Grande Loja. A Maçonaria escocesa, mais pujante, resolveu, em
1735, escolher um Grão-Mestre, adotando o regime obediencial, o que levaria à fundação da Grande
Loja da França (Grande Oriente de 1772), embora esta designação só apareça em 1765. O
escocesismo, na realidade, só se concretizou com a introdução daquilo que seria a sua característica
máxima, os Altos Graus, através de uma entidade denominada “Conselhos dos Imperadores do
Oriente e do Ocidente”. Este Conselho criou o Rito de Héredom, com 25 graus, o qual, incorporado
ao escocesismo, deu origem a uma escala de 33 graus, concretizada do primeiro Supremo Conselho
do Rito em todo mundo. O REAA, por ter sido um rito deísta, não foi unanimemente aceito nos países
onde predominavam as Igrejas Evangélicas e vicejou mais nos países latinos onde predomina o
Catolicismo. É necessário explicar que atualmente o caráter deísta do Rito Escocês Antigo e Aceito
misturou-se ao teísmo, sendo que este acabou sendo predominante. O REAA tem o mesmo forte
caráter teísta do Rito de York.

Conclusão: A Unidade na Diversidade


A Maçonaria se caracteriza pela diversidade e sempre admitiu a pluralidade de ritos. O Sistema do
Rito Único, caso existisse, não seria um bom sistema. A Ordem reuniu sistemas diversos formando
uma unidade superior, perfeitamente caracterizada que é a Doutrina Maçônica. A Maçonaria convive
com muitos ritos, uns teístas, outros deístas sem esquecer os agnósticos. Afinal, há muitas maneiras
de se relacionar com Deus. Mas há um detalhe: o maçom não pode ser ateu. Em decorrência deste
ecletismo, as manifestações maçônicas disseminadas no mundo ao longo do tempo, apresentam-se
com grande diversificação, havendo Unidade na Diversidade. É possível que a máxima “E
PLURIBUS UNUM” (A Unidade na Diversidade), inscrita no listel que envolve a parte superior do
Selo dos EUA seja de origem maçônica. Afinal, todos os chamados “pais da pátria” daquele país
foram maçons, a começar por George Washington.
UM VERDADEIRO LEGADO MAÇÔNICO
Referências Bibliográficas: www.freemasons-freemasonry.com/galdeano_ritos.htm
1. CASTELLANI, José. Curso Básico de Liturgia e Ritualística. Londrina, Ed. “A TROLHA”,
1991; 2. FARIA, Fernando de. Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos. “O
SEMEADOR” nº 8 (2ª fase) Jul-Dez 1990 3. OLIVEIRA, Arnaldo Assis de. Escocesismo.
Trabalho para aumento de salário no Ilustre Conselho de Kadosch nº 22, 1992; 4.
“EGRÉGORA” nº. 1/Jul-Ago 1993; nº. 2/ Set-Nov 1993; nº. 3/Dez 93-Fev 1994; nº. 4/Mar-Mai
1994; nº. 5/Jun-Ago 1994.
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/10/genese-dos-ritos.html
#22

HERANÇA EGÍPCIA NA MAÇONARIA

Apenas começamos a conhecer, verdadeiramente, o Egito, a partir de 3200 a.C., não havendo,
entretanto, qualquer solução de continuidade entre o período Neolítico da Pré-História e a fase
histórica, pois o país revela-se, ao mesmo tempo, antigo e contínuo. Antes do V milênio, homens
vindos do Saara, que, rapidamente, se ressecava, foram se estabelecendo em torno do rio Nilo, nesse
verdadeiro oásis, em pleno clima saariano, fértil e cultivável, graças às inundações do rio, regulares
e extraordinariamente ricas em húmus. A própria configuração da região tornava precária uma
unidade territorial e, assim, havia, inicialmente, uma divisão natural entre o Alto Egito, cercado
pelos rebordos dos desertos da Líbia e da Arábia, e o Baixo Egito, formado pelo delta do Nilo, um
largo leque, repleto de charcos, que tornavam, muitas vezes, difícil a circulação.
Após um relativamente curto período proto-histórico, assinalado pela predominância de povos
asiáticos --- civilizações de El-Obeid e Djendet-Nache, da Mesopotâmia --- vindos pelo istmo de
Pelúsio, uma revolução nacional realizou, do sul para o norte, a unificação do Egito, fundindo, em
uma só, as duas coroas: a vermelha, do Baixo Egito, e a branca, do Alto Egito. Iniciou-se, então, a
primeira dinastia do chamado Antigo Império, sendo, a capital do país, situada em Tinis, com o rei
Menés, também chamado de Manu. A partir da III Dinastia, a capital transfere-se para Mênfis, junto
ao Delta do Nilo. Assim, as duas primeiras dinastias foram chamadas de tinitas e as restantes, do
Antigo Império, de menfitas.
É durante os reinado da III, IV e V dinastias --- correspondente, no tempo, ao período acadiano da
Mesopotâmia, que sucedeu ao período do povo sumeriano, o mais antigo povo civilizado do mundo -
-- que se encontra o máximo apogeu do Antigo Império. Na III dinastia, o maior rei foi Djeser,
assessorado por seu ministro Imotep, que, mais tarde, seria divinizado e assimilado a Esculápio, na
época lágida da Grécia arcaica. Na IV dinastia encontramos os construtores de pirâmides: Khufu,
Khafra e Menkhaura, chamados pelos gregos, respectivamente, de Quéops, Quéfren e Miquerinos. A
V dinastia assinala o início da decadência do Antigo Império, já que, nele, encontra-se o início da
teocracia, implantada pelos sacerdotes da cidade de Heliópolis --- nome dado pelos gregos e que
significa "cidade do Sol" --- seguidores fanáticos do deus Rá, que suplanta, politicamente, o deus
Ftá, de Mênfis. A decadência do Antigo Império iria até à X dinastia, por volta de 2250 a.C., quando
há o esfacelamento do Egito e, posteriormente, a supremacia da cidade de Tebas, iniciando-se o
Médio Império, sob a direção dos faraós tebanos, dos quais os maiores foram os da XII dinastia, a
dos Amenemat e dos Senusret.
O fim do Médio Império é assinalado pela invasão dos hicsos, povo de origem semita, o qual
seria responsável pela ida dos hebreus ao Egito. Ao fim do domínio dos hicsos, que foram
suplantados pelos faraós tebanos, inicia-se o Novo Império, cujos principais soberanos foram
Tutmés III, Ramsés II e Amenófis IV. Este último, que reinou de 1370 a1352 a.C., passou à História
como o soberano que ousou quebrar o excessivo poder dos sacerdotes de Amon, tornando-se um
místico do Sol, simbolizado por seu disco (Áton); mudou o seu nome para Aquenáton e mudou a sede
do reino de Tebas para Aquetáton ("horizonte do disco"), conhecida pelo nome de Tel-el-Amarna,
tentando tornar universal a sua religião solar monoteísta. Seu sucessor, contudo, ainda um
menino, pressionado pelo grande poderio do clero egípcio, voltou a Tebas e mudou o seu nome, de
Tutancâmon para Tutancâmon, restaurando o culto de Amon e satisfazendo aso verdadeiros senhores
do Egito.
Posteriormente, o país seria esfacelado pelas grandes invasões de seu território pelos assírios,
persas, macedônios e, finalmente, pelos romanos, quando deixaria de existir como unidade nacional.
Esses rápidos traços históricos mostram uma civilização evoluída, propensa a obras monumentais
--- não só as pirâmides, mas também os templos e monumentos funerários de Tebas, Carnac e do
Vale dos Reis --- mas totalmente dominada pela classe religiosa e pela propensão à magia. Devido a
isso, é discutível a contribuição egípcia no terreno científico e intelectual, embora alguns eruditos de
boa-fé e muitos pseudo cientistas tenham acreditado perceber, na construção das pirâmides, as
provas de conhecimentos geométricos e astronômicos extraordinários. Na realidade, nenhuma
verdadeira ciência poderia ter sido concebida por tais espíritos demasiadamente religiosos e
empíricos, como, de resto, aconteceu com todo o Oriente antigo, permanecendo com os gregos o
galardão de terem chegado à ciência pura, teórica e desinteressada, pela total desvinculação das
práticas de magia e das pressões de uma sociedade teocrática.
Em relação à Maçonaria, autores ocultistas, ou mistificadores, tomam, como base de suas teorias,
a Grande Pirâmide, indo contra a conclusão histórica de que ela seria um monumento funerário e
afirmando que sua finalidade era abrigar membros de ordens Iniciáticas secretas. A Grande
Pirâmide, esse enorme monumento de pedras superpostas, tem, na realidade, muito pouco espaço
vazio, ou seja: a Câmara do Rei, uma sala de 50 metros quadrados ; a Câmara da Rainha, no corpo
da pirâmide e menor do que a do rei ; a Grande Galeria, um corredor de acesso à Câmara do Rei ;
condutos de ventilação e, ainda, uma câmara subterrânea, fora do corpo da pirâmide. Tanto esta
câmara, quanto a, erradamente, chamada Câmara da Rainha, eram locais provisórios, para a
colocação do corpo do faraó, caso ele viesse a falecer antes da construção total do monumento. Na
Câmara do Rei foi encontrado um sarcófago de granito vermelho, sem inscrições e sem tampa ; e suas
paredes também não mostravam nenhuma inscrição, ou desenho. Além das duas câmaras serem
bastante diminutas, em relação ao enorme corpo da pirâmide, foram encontradas, sobre a Câmara do
Rei, cinco salas bastante baixas e com seis metros de largura, que serviriam de amortecedores para
aliviar o teto da Câmara da tremenda pressão exercida por toneladas de pedra e, também, para que,
em caso de algum cataclismo, que despedaçasse a cúpula da pirâmide, as pedras não caíssem no
interior da Câmara. Isso mostra a preocupação com o conteúdo da Câmara do Rei, que só poderia ser
o corpo do grande governante, dado o costume egípcio de proteger bastante os despojos de seus
mortos ilustres, devido à crença na sobrevivência integral, ou seja, de corpo e de espírito.

Todavia, aqueles que querem fazer crer que a Grande Pirâmide era usada para a prática de ritos
iniciáticos (Leadbeater, Paul Brunton e outros), aproveitam-se do fato de o sarcófago da Câmara do
Rei encontrar-se vazio e de não existirem as inscrições encontradas em outros túmulo, para
contrariar e contestar a finalidade fúnebre da construção. Ora, nenhum outro túmulo faraônico, à
exceção do de Tutancâmon, foi encontrado intacto, pois, além dos roubos dos objetos de ouro e
pedras preciosas, os próprios corpos mumificados foram retirados dos sarcófagos. Além disso, o
hábito de encher as câmaras mortuárias com tesouros e objetos de uso pessoal do morto e de
preencher as paredes com inscrições e pinturas, é posterior à IV dinastia do Antigo Império.
Os condutos para ventilação, encontrados nas câmaras, comunicando-as com o exterior, também
serviram de base para os especuladores, para contestar a finalidade fúnebre da construção. "Os
mortos não respiram, logo não precisariam de ar", alegam eles. Teoria de muita má-fé, esta, pois os
operários que trabalharam nas câmaras, durante a construção, necessitavam de ar, já que, sob aqueles
imensos blocos de pedra, o fluido vital era bastante rarefeito. Além disso, esquecem-se, os
mistificadores, de avisar, aos seus leitores, que, quando os homens do califa Al Mamun (filho de
Harun Al Rachid), no ano 820 da era atual, conseguiram entrar na Grande Pirâmide --- ninguém havia
conseguido antes --- encontraram os condutos de ar das câmaras intencionalmente obstruídos por
pequenas pedras ali colocadas e não caídas ocasionalmente, o que demonstra que eles existiam
para os vivos e foram obstruídos quando as câmaras ficaram prontas para a sua finalidade específica.
Também, se lembrarmos que os chamados Mistérios Egípcios eram ritos impregnados de magia,
praticados pelos sacerdotes de Ámon-Rá --- culto sincrético, que substituiu o culto aos diversos
deuses egípcios, um para cada cidade --- e se lembrarmos que a teocracia só dominou o Egito a
partir da V dinastia, enquanto as pirâmides foram construídas durante a IV, fica claro que não se
destinaria, nessa época, o exíguo espaço livre da Grande Pirâmide para os culto dos mistérios.

Em relação à Maçonaria, há autores que defendem sua origem egípcia, dizendo que as práticas
hebraicas, hoje presentes em alguns ritos maçônicos, foram transmitidas aos hebreus por Moisés, que
teria sido iniciado nos Mistérios Egípcios. É provável que Moisés, criado por família nobre, depois
de ter sido achado boiando, dentro de um cesto, no rio, tenha tido contato com a classe sacerdotal,
aprendendo os rudimentos dos ritos mágicos do clero egípcio; todavia, sendo estrangeiro, é pouco
provável que tenha se aprofundado nesses ritos, pois os sacerdotes não permtiriam, como não
permitiram a outros estrangeiros, como Platão, Pitágoras, Apuleio e Heródoto, que só tiveram acesso
à parte mais superficial dos ritos, os Mistérios Menores. Esclareça-se que o próprio nome de Moisés
mostra a sua obscura origem : em egípcio "m´ses", ou "moses", significava filho; assim, ao designar
os nomes, a palavra vinha sempre junta com outra, designando a filiação, como é o caso dos nomes
de diversos faraós, que se apresentavam como filhos de um deus, como, por exemplo, Ramsés, ou
Ramoses (filho de Rá), e Tutmés, ou Tutmoses (filho de Toth); o grande condutor do povo hebreu era
apenas "M´ses" (filho).

São poucas as influências da antiga civilização egípcia na Maçonaria atual foi a partir do século
XVIII que os símbolos alusivos às antigas civilizações forem sendo introduzidos podendo ser
citadas:
1. As colunas do pórtico do templo, que embora baseadas naquelas existentes no templo de
Jerusalém, são egípcias, desproporcionais, e mostrando, estilizadamente, as duas plantas sagradas do
Antigo Egito: folhas de papiro e flores de lótus. São colunas, como as egípcias, sem função de
sustentação, como as colunas gregas, cuja função --- principalmente no caso da coluna dórica --- era
suportar o peso de um entablamento. Nesse ponto, os hebreus imitaram os egípcios, ao colocar, no
pórtico do templo de Jerusalém, colunas livres, sem função de sustentação e erigidas no sentido de
homenagear ancestrais (como é o caso de Boaz e Iachin, ancestrais hebreus).
2. A abóbada estrelada, encontrada em muitos templos maçônicos, tem origem na arte templária
do Antigo Egito. Os templos egípcios representavam a Terra, da qual cresciam as colunas (dezenas e
centenas delas), como gigantescos papiros, em direção ao céu estrelado. Em Luxor ainda existem
templos relativamente bem conservados, onde pode ser vista essa decoração estelar.
3. A lenda de Osíris (o Sol) e de Ísis (a Lua) também deve ser considerada como a precursora
da lenda do artífice Hiram Abi, ensinada no terceiro grau maçônico. De acordo com a lenda egípcia -
-- em rápidas pinceladas --- Osíris, morto por seu irmão Seti, teve o seu corpo encontrado por Ísis,
que o escondeu. Seti, ou Tifão, encontrando corpo, esquartejou-o e o dividiu em quatorze pedaços,
que foram espalhados pelo Egito. O corpo, todavia, foi reconstituído por Ísis e, redivivo, passou a
reinar, tronando-se o deus e o juiz do reino dos mortos, enquanto seu filho Hórus lutava com Seti e o
abatia. Essa lenda, inclusive, não é totalmente egípcia, pois, com pequenas variações, fazia parte do
patrimônio místico de todos os povos da Antigüidade, como um mito solar ; na realidade, Osíris (o
Sol), é morto por Seti (as trevas) no 17º dia do mês egípcio Hator, que marca o início do inverno; e
revive no início do verão.
A obra trata da influência de antigas civilizações para a concretização da doutrina maçônica
e de seu ritualismo.
"A Ciência Maçônica e as Antigas Civilizações"
1a. edição: Editora Resenha Universitária - S. Paulo - 1977 2a. edição: Traço Editora - S. Paulo -
1980. A obra trata da influência de antigas civilizações para a concretização da doutrina maçônica e
de seu ritualismo. José Castellani
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maconaria.html
#23

O QUE FIZ DA MINHA VIDA

Fico muitas das vezes me perguntando o que fiz da minha vida. Onde que o meu caminho se perdeu
ou se foram as pessoas que me levaram a perde-lo.
O que fiz na minha vida nestes anos que passaram, nas noites que me vi em claro, dando bom dia
ao sol, meio que sem graça, no disfarce de uma noite não dormida, na mistura da bebida e da orgia,
que hoje cicatrizam no meu rosto e que percebo em um olhar.
Pensei em ser tantas coisas, médico, advogado, engenheiro, menos rei é claro, mas até um famoso
artista eu pensei em ser, mas nada disso aconteceu.
Não foi por falta de conselhos, mas escutar conselhos de velhos dói nos ouvidos, até porque, no
auge da juventude, ouvir pessoas que não acompanharam, à época o avanço da tecnologia e que
viviam assistindo todas as novelas que os canais colocavam no ar. Eu achava que não sabiam nada
da noite ou da turma, sequer conheciam, como eu, a companhia amorosa que estava ao meu lado e já
queriam dar conselhos.

Eu realmente não sei onde errei comigo nesta vida. Rezei para papai do céu, acendi charuto de
caboclo, gritei Aleluia irmãos, enfim, respeitei todas as religiões dos amigos, se era para fazer um
bem eu ia, não importando aonde fosse, mas com tudo isto, não caminhei no progresso de minha vida.
Já vasculhei toda a minha lembrança, percorri a minha infância, passo à passo, cheguei em meus
pensamentos cumprimentar todos aqueles que hoje, muitos não existem mais, com tudo isto, não
consigo encontrar a ponta desta linha perdida e penso até que se pulei algum tempo, mas também não
é fácil, afinal a minha vida era nas caladas, não dava muito alarde ou quase nada de lugares que
percorri.
O que faço agora na minha vida sem a tão famosa âncora que todos falam; se dou um passo neste
tempo em que me encontro, tremendo só de pensar se irei errar em qualquer nova jornada, neste novo
horizonte a seguir ou se aguardo mais um pouco, o tempo não importa, mas preciso decidir.

Abrindo uma porta neste texto, que muitas das vezes cai como luva para algumas vidas, é que
agradeço em primeiro lugar a GADU por ter me aceito em suas fileiras e nesta terra a quem
convidou a ser Maçom.
Digo isto, porque em nossos encontros, em nossa Loja, o exercício da busca interior é intenso,
nossos irmãos em graus superiores nos testam sem descanso e tudo é muito importante para
colocarmos em prática na vida profana, com nossa família, em nosso trabalho e com nossos amigos.
Fechando a porta e retornando ao nosso texto, se a vida me acusar de nenhuma construção, vou
dizer que esta errada, construi sim, me casei, tive filhos, trabalhei dia e noite, como um bom chefe
de família para não faltar nada dentro de casa, o necessário na vida de qualquer homem.
O que? Se eu estou satisfeito com esta vida? Bem.... satisfeito na realidade, não, mas não da para
voltar, tenho que seguir em frente.
UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS
Yrapoan machado
Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26
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#24

AS ASAS DOS MAÇONS

Existe uma Antiga História, uma Lenda Maçônica, um exemplo de união que devemos observar e
nos exemplificar,
já que somos Maçons, ou... será que não somos Maçons?
O G.'.A.'.D.'.U.'. estava sentado, meditando sob a sombra de um pé de jabuticaba, lentamente o
Senhor do Universo
erguia sua mão e colhia uma e outra fruta, saboreando o fruto de sua criação.
Ao sentir o gosto adocicado de cada uma daquelas frutas fechava os olhos e permitia um sorriso
caridoso, feliz,
ao mesmo tempo em que de olhos abertos mantinha um olhar complacente.
Foi então que, das nuvens, surge um de seus Arcanjos vindo em sua direção:
Diz a lenda que a voz de um Anjo é como o canto de mil baleias.
É como o pranto de todas as crianças do mundo.
É como o sussurro da brisa.

O Arcanjo tinha asas brancas como a neve, imaculadas.


Levemente desce ao lado do G.'.A.'.D.'.U.'. e ajoelhando a seus pés disse..
Senhor, visitei a vossa criação como me pediste. Fui a todos os cantos, estive no Sul, no Norte, no
Oriente e no Ocidente. Vi e fiz parte de todas as coisas. Observei cada uma das suas crianças
humanas.
Notei que em seus corações havia uma Iniciação, eram iniciados Maçons e que, deste a cada um
destes, apenas uma asa.
Senhor.. Não podem voar apenas com uma asa!
O G.'.A.'.D.'.U.'. na brandura de sua benevolência, respondeu pacientemente a seu Anjo:
- Sim.. Eu sei disso. Sei que fiz os Maçons com apenas uma asa.
Intrigado com a resposta, o Anjo queria entender, e voltou a perguntar.
Senhor, mas porque deu aos Maçons apenas uma asa quando são necessário duas asas para se
poder voar.. Para poder ser livres.
Então respondeu o G.'.A.'.D.'.U.'.

- Eles podem voar sim, meu Anjo. Dei aos Maçons apenas uma asa para que eles pudessem voar
mais e melhor. Para poderem se evoluir levemente..
Para voar, meu Arauto, você precisa de suas duas asas: Embora livre, você estará sempre
sozinho, ou ser somente acompanhado.
Como os pássaros que ao mesmo tempo que estão juntos se debandam.
- Mas os Maçons com sua Única asa, necessitarão sempre de dar as mãos e entrelaçarem seus
braços, assim terão suas duas asas. Na verdade,
cada um deles tem um par de asas.

Em cada canto do mundo sempre encontrarão um outro Irmão com uma outra asa, e assim, sempre
estará se completando, sempre sendo um par.
Dei aos Maçons a verdadeira Liberdade e a cada um dei-lhe também, em Igualdade, uma única
asa, para que desta forma, possam sempre viver
em Fraternidade.

Texto enviado por nosso Irmão Gomes da nossa LojaCavaleiros do Templo nº 26


UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#25

AS MENINAS DE JÓ

A Ordem Internacional das Filhas de Jó é uma Instituição Paramaçônica destinada à jovens do


sexo feminino entre 10 e 20 anos (incompletos), visando aperfeiçoamento do Caráter.
Esta Ordem é baseada nos ensinamentos Bíblicos sobre a vida de Jó, sua Paciência perante aos
desafios e provações pelos quais teve de passar.
O nome se refere às três filhas de Jó: Kézia, Jemima e Keren-Happouk, que são citadas na Bíblia
como as "mulheres mais justas de toda a Terra".
Ela está presente em alguns países: Canadá, Austrália, Estados Unidos, Filipinas, e Brasil. A
Ordem está em nosso país desde 1990, foi trazido pelo maçom Alberto Mansur e o Bethel #01 foi
instalado na cidade do Rio de Janeiro é chamado "Mater do Brasil".
As reuniões são fechadas ao público em geral. Para ingresso em um Bethel de Filhas de Jó, é
necessário que a candidata possua conhecimento com um Maçom e tenha menos de vinte (20) anos de
idade. Estas reuniões também são acompanhadas por Maçons.

A Ordem Internacional das Filhas de Jó foi criada no dia 20 de outubro de 1920, na cidade de
Omaha, no Estado de Nebraska, Estados Unidos, pela senhora Ethel T. Wead Mick e possui como
base o capítulo 42, versículo 15 do Livro de Jó: "Em toda a Terra não se encontraram mulheres mais
justas que as filhas de Jó e seu pai lhes deu herança entre seus irmãos".
Foi organizada com o consentimento de J. B. Frademburg, Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica
de Nebraska, Estados Unidos, da Senhora Anna J. Davis, a Grande Mãe da Ordem da Estrela do
Oriente, de Nebraska e James E. Bednar, o Grande Patrono. O primeiro Bethel (que significa "local
sagrado", onde os membros se reúnem) foi instalado no Templo Maçônico de Omaha, Nebraska.
Desde então, os Bethéis se multiplicaram por estes países.
Fundadora
Ethel T. Wead Mick, nasceu no dia 9 de março de 1881, na cidade de Atlantic, Iowa, filha de
William Henry Wead e Elizabeth Delight Hutchinson Wead, a mais nova dos filhos do casal. Sua
mãe, religiosa, lia todas as noites trechos da Bíblia, fazendo sempre referência ao Livro de Jó, e
Ethel alimentava a esperança de que tendo uma filha, esta seria: “Justa como uma Filha de Jó”. Fato
este que influenciou, no futuro, a criação da Ordem.
Estudou Medicina no Creighton Medical College em Omaha, onde conheceu William Henry Mick,
também estudante de Medicina, com o qual se casou em maio de 1904. Deste casamento nasceram
duas filhas, chamadas: Ethel e Ruth.
Entre seus hobbies, a Senhora Mick se dedicava ao canto e à pintura a óleo em porcelana chinesa.
Colaborava em diferentes clubes de amizades e cívicos. Um desses, a Maçonaria, o que culminou
com a criação da Ordem Internacional das Filhas de Jó. Foi Suprema Guardiã da Ordem de 1921 a
1922, no Bethel #01 dos Estados Unidos, que hoje leva o seu nome, Bethel Wead Mick. Vindo à
falecer em 21 de fevereiro de 1957.
Lição de Amor

A Senhora Ethel, recebeu de sua mãe, de religião cristã, lições de literatura e drama encontrados
no Livro de Jó, decidindo assim doar parte do seu tempo e talento, para tornar possível a todas as
moças compartilharem dos privilégios que ela possuía.
Depois de diversos anos de estudos e considerações, com a participação de seu marido, Dr.
William H. Mick, e outros colaboradores, ela fundou a Ordem, em memória à sua mãe, Sra. Elizabeth
D. Wead.
O principal objetivo da OIFJ, é reunir moças para aperfeiçoamento do seu caráter, através do
desenvolvimento moral e espiritual, encontrado nos ensinamentos que destacam reverência a Deus e
às Sagradas Escrituras, lealdade com a bandeira do País e às coisas que ela representa e Amor para
com os pais e familiares.

Membros
O Bethel possui o Conselho Guardião, formado por maçons, suas esposas, mães e pais de Filhas
de Jó, irmãs (maiores de 20 anos) de Filhas de Jó e Membros de Maioridade (são Filhas de Jó que
possuem mais de 20 anos) da Ordem que ajudam as Filhas de Jó na realização de seus trabalhos e
por esse Conselho passam todas as decisões que as moças venham tomar. Tem o dever de apoiar os
membros e participar de todos os eventos e trabalhos ligados à área administrativa, constitucional e
ritualística do Bethel, sem interferir nos mesmos.
Cargos do Bethel
Honorável Rainha* Primeira Princesa* Segunda Princesa* Guia* Dirigente de Cerimônias
Nomeados: * Capelã* Secretária* Tesoureira* Musicista* Bibliotecária* Primeira
Mensageira * Segunda Mensageira* Terceira Mensageira * Quarta Mensageira * Quinta
Mensageira* Primeira Zeladora* Segunda Zeladora * Guarda Interna * Guarda Externa *
Porta Bandeira * Coral
BIBLIOGRAFIA
Obra extraida na Wikipédia Enciclopédia Livre
UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS
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#26

ALQUIMIA SEM A MAÇONARIA

A finalidade principal da Alquimia (do árabe al-kimia) era a transformação de substâncias por
processos químicos e as tentativas de transmutação dos metais. Embora a sua época de apogeu tenha
sido a Idade Média, quando, sob esse nome, ela foi introduzida, no Ocidente, pelos árabes (século
VII), a verdade é que ela foi praticada desde tempos muito antigos, no Egito, na Pérsia, na China, na
Índia e na Grécia arcaica. Os egípcios já a utilizavam, de maneira prática, para curtir couros,
preparar ligas de metais comuns e fabricar corantes e cosméticos; os persas tiveram grande interesse
por esse novo tipo de conhecimento e o espalharam entre os povos conquistados; através dos persas,
ela chegou à Grécia, onde os gregos a incorporaram aos seus conhecimentos teóricos sobre os
mistérios da vida.
É necessário, já de início, que se estabeleça a existência de dois tipos de alquimia: a prática,
precursora da química e estabelecida pelo médico suiço Theophrastus Bombastus von Hohenheim,
mais conhecido como Paracelso (1493-1541), e a alquimia oculta, muito associada à magia. Em
todas as teorias cosmogônicas do mundo antigo, existe a idéia da existência de um elemento
primordial, do qual derivam todos os demais elementos. A mais antiga idéia, relativa a esse
conceito, é aquela que considerava a água como elemento fundamental, associada aos trabalhos do
sábio grego Thales, de Mileto. Na mesma Grécia, entretanto, muitos filósofos defenderam idéias
diferentes. Anaxímenes afirmava que o elemento primordial era o ar, pois ele podia ser condensado,
formando nuvens e chuvas, cujas águas, ao se evaporar, formando, novamente, o ar, deixavam um
resíduo sólido de terra. O mitraísmo persa via a manifestação do poder divino no fogo, crendo,
portanto que esse era o elemento formador de todas as coisas; Heráclito também defendia a teoria do
fogo, afirmando que tudo, no mundo, está em constante transformação e que o elemento que pode
provocar as mais intensas transformações é o fogo, daí a máxima hermética Igne Natura
Renovatur Integra (o fogo renova toda a Natureza). Já Feresides escolheu, como fundamental o
elemento terra, pois, afirmava, ao se queimar um corpo sólido, obtém-se água e ar. E Aristóteles,
finalmente, defendendo uma concepção de Empédocles, afirmava que esses quatro elementos eram
fundamentais e que todos os corpos eram formados por combinações deles.
Dos árabes conquistadores, originou-se um dos maiores alquimistas de todos os tempos: Jabir ibn
Hayyan (721-813), conhecido, na Europa, como Geber. Este aceitava a teoria aristotélica dos quatro
elementos, adicionando, todavia, outros dois elementos essenciais, o mercúrio e o enxofre, os quais
explicavam certas propriedades dos metais; um terceiro elemento, o sal, foi, posteriormente,
incluído, formando, com os outros dois, o trio fundamental (trio prima) de Paracelso e de seus
discípulos, no século XVI.Essencialmente, a alquimia era caracterizada pela busca de duas
substâncias: a pedra filosofal, capaz de transformar os metais inferiores em ouro, e o elixir da longa
vida, capaz de manter os homens eternamente jovens. Para Geber, todos os metais seriam formados
apenas de enxofre e de mercúrio; desses elementos, deveriam ser extraídas as essências, que
transformariam todos os metais "em ouro mais puro do que o das minas". Partindo do princípio de
que todas as substâncias possuem uma única raiz, parecia possível, para os alquimistas, transformar
os corpos, entre os quais os metais, em ouro, o qual, além de ser o princípio concreto da força, que
serve para comprar a glória e a felicidade material, é, também, o símbolo do Sol, da luz, do poder
criativo, da revelação divina.
Teosoficamente, a alquimia trata das forças sutis da natureza e das diversas condições da matéria,
nas quais aquelas forças agem. Quando, dá, aos iniciados, a idéia do mysterium magnum, sob o véu
regularmente artificial da linguagem, para que não represente perigo nas mãos de egoístas, o
alquimista aceita, como primeiro postulado, a existência de um determinado dissolvente universal da
substância homogênea, de onde evoluíram os elementos, ao qual chamam de ouro puro, ou summum
materiae. Este, possuía o poder de lançar fora do corpo humano todos os germes de doença de
renovar a juventude e de prolongar a vida: assim é a Pedra Filosofal (Lapis Philosophorum).
A alquimia é, na realidade, tratada sob três aspectos distintos: o cósmico, o humano e o terrestre;
esses três aspectos eram típicos, sob as três propriedades alquímicas: o mercúrio, o sal e o enxofre,
que são os três princípios da Grande Obra (transformação dos metais inferiores em ouro).No
aspecto terrestre, ou meramente material da alquimia, o objetivo é transmutar os metais grosseiros
em ouro puro, já que é indiscutível que, na natureza, ocorre a transmutação de metais inferiores em
outros, melhorados. Existe, todavia, um aspecto muito mais místico, o ocultista, da alquimia. O
alquimista ocultista despreza o ouro terrestre, material, e dirige todos os seus esforços
na transmutação do quaternário inferior em ternário divino superior ao homem, os quais, quando
se unem, acabam constituindo um só. Os planos da existência humana,espiritual, mental, psíquico e
físico, comparam-se, na alquimia oculta, aos quatro elementos da teoria de Aristóteles (o fogo, o ar,
a terra e a água); cada um deles é capaz de uma tríplice constituição, ou seja: fixa, instável e volátil.

A Grande Obra, para a alquimia oculta, consistia no constante renascer, para que o iniciado
percorresse o caminho do aperfeiçoamento e do conhecimento, até chegar à comunhão com a
divindade, conceito muito parecido com os do hinduísmo e os da doutrina de revelação do mitraísmo
persa. Assim, os metais inferiores simbolizam as paixões humanas e os vícios, que devem ser
combatidos e transformados em ouro do espírito, que é o objetivo da Grande Obra, ou Obra do
Sol, ou Crisopéia, ou Arte Real.
As operações da natureza são, praticamente, as mesmas da alquimia, diferenciando-se somente na
denominação, podendo ser reduzidas a sete principais: calcinação, solução, putrefação, destilação,
sublimação, conjunção e coagulação, ou fixação. É necessário, porém, tomar essas palavras no
sentido filosófico, de acordo com o procedimento da natureza, a qual deve ser bem estudada e
conhecida, antes de ser imitada.
Não se pode negar que a Química moderna deve os seus melhores descobrimentos à alquimia, a
partir de Paracelso, que achava que "apenas os idiotas pensam que a alquimia é o conhecimento de
como obter ouro; o objetivo da alquimia é procurar descobrir novos remédios". Os antigos e
infatigáveis trabalhos alquímicos relativos à transmutação dos metais até ao ouro potável
(conseguida pela Química moderna), originaram inúmeras descobertas, às quais deve, a humanidade.
o seu progresso atual. Muitos dos descobrimentos tidos, exclusivamente, como modernos, já eram
conhecidos pelos magos e alquimistas de tempos bem remotos: os sacerdotes etruscos, adeptos da
magia, conheciam bem a eletricidade e fizeram uso dela para a defesa de cidades; o arquiteto e
alquimista Anselmo de Tralle já conhecia os efeitos do vapor, enquanto o monge alquimista,
Pauselenas, fala, em suas obras, sobre a aplicação da química nas fotografias e afirma que autores
jônicos falam desse mesmo processo, assim como de câmara escura, sensibilidade de placas e
aparelhos ópticos Com a união, na Idade Média, principalmente a partir do século XIII, dos
alquimistas com os cabalistas, hermetistas e adeptos da magia, surgiriam diversas seitas e grupos
secretos, como o dos adeptos e o dos iluminados, os quais, posteriormente, como elementos aceitos,
incorporaram-se às associações de construtores medievais, levando, para a nascente Maçonaria dos
Aceitos (ou "especulativa"), os seus conceitos, idéias e símbolos.

A Maçonaria ainda conserva muitos símbolos dos alquimistas, para armar a sua doutrina moral e
espiritual. Um exemplo é, em muitos ritos, a chamada Câmara de Reflexão, onde o candidato à
iniciação permanece, em meditação, antes da cerimônia; a câmara, que representa o útero (da terra),
do qual o candidato nasce para uma nova vida, representa a "prova da terra", um dos quatro
elementos aristotélicos. Nela, entre diversos símbolos representativos da espiritualidade e do valor
da vida honrada, encontram-se as substâncias necessárias à Grande Obra --- sal, enxofre e mercúrio -
-- para lembrar, ao candidato, que ele deve percorrer o caminho do conhecimento, para chegar ao
aperfeiçoamento espiritual e moral, que é a Grande Obra da vida. Na mesma câmara, uma máxima
alquímica --- representada pelas iniciais de suas palavras, V.I.T.R.I.O.L. --- adverte: Visita Interiore
Terrae Rectificandoque Invenies Ocultum Lapidem (vá ao interior da terra e, seguindo em linha reta,
em profundidade, encontrarás a pedra oculta), a qual, além de uma referência à Pedra Filosofal, é um
convite à procura do "eu interior" de cada um. Alquímicas, também, são as provas simbólicas de
alguns ritos, ligadas aos outros três elementos: ar, fogo e terra.
Esta peça de Arquitetura cujo nome é simplesmente ALQUIMIA, pertence ao escritor que
considero um "Arqueólogo Monstro da Maçonaria
Contemporânea" José Castellani.
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#27

A LUZ DAS ESTRELAS

A Ordem da Estrela do Oriente é uma Organização Paramaçônica e fraternal, onde fazem parte
homens Maçons e mulheres acima dos 18 anos com parentesco maçônico. Não é uma seita, não é uma
religião e nem uma Sociedade Feminista.
Tem como propósito ressaltar valores morais, espirituais, edificar caráter, educar, fazer caridade
e servir ao próximo, através de seus trabalhos ritualísticos e filantrópicos.
Existe entre seus membros um elo fraternal, fazendo-os cada vez mais unidos. Criando
oportunidades de servir ao próximo sempre que for possível.
Um dos grandes objetivos da Ordem é dar suporte à Ordem Internacional do Arco-Íris para
Meninas e a Ordem Internacional das Filhas de Jó, incentivando-as a Liderança, dentro de Valores
Morais.
Falar das mulheres e a Maçonaria, é complexo e sem uma explicação fácil. Tradicionalmente, só
os homens podem ser maçons através da Maçonaria Regular. Muitas das Grandes Lojas, No entanto,
existem muitos corpos maçónicos não-predominantes, que admitem mulheres e homens ou
exclusivamente mulheres. Além disso, existem muitas Ordens femininas associadas com a Maçonaria
regular, como a Ordem das mulheres maçons, a Ordem da Estrela do Oriente, a Ordem de Amaranth,
Santuário Branco de Jerusalém, a Ordem Social de Beauceant, e Filhas do Nilo.
A História
As mulheres foram gradualmente a serem aceites na maçonaria, de forma muito diversa no tempo e
entre países.
A primeira mulher maçom, foi a Sra. Elizabeth Aldworth, que começou na Irlanda em 1732, em
circunstâncias bastante incomuns. Posteriormente, houve mais mulheres em Lojas maçônicas, no
sentido estrito, em França, como foi também o caso de Maria Deraismes em 14 de Janeiro de 1882.
No entanto, em intervalo misto de diferentes níveis de inspiração, surgem também a chamada de
"Loja de Adoção" em França, a "Ordem de Mopse" na Rússia ou o "Estrela do Oriente" nos Estados
Unidos. Hoje em dia, um número crescente de países, incluindo na Europa, as mulheres podem
participar em Lojas maçônicas, sejam elas exclusivamente feminino ou misto.

Maçonaria "Operativa"
Há evidências, embora o fenômeno fosse raro, que algumas mulheres tomassem o controle de
acesso em várias corporações, antes do surgimento da Maçonaria especulativa. Poderia, por
exemplo, incluir as viúvas que casassem com seus maridos. Alguns dos estatutos de idade (idade de
referência) mostra, por exemplo, o comércio do livro de Paris (1268), os estatutos da Guilda dos
Carpinteiros em Norwich (1375), ou dos estatutos das Lojas de York (1693). O Reconhecimento
A Grande Loja Unida de Inglaterra (United Grand Lodge of England - UGLE) e outros
concordantes em que, a tradição regular, não reconhecem formalmente qualquer organismo maçônico
que aceitem mulheres. A Grande Loja Unida de Inglaterra declarou, desde 1998, que as duas
jurisdições Inglesas para mulheres são regulares na prática (Ordem das mulheres maçons e a
Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria), excepto, para a inclusão das mulheres, e indicou
que, embora não formalmente reconhecidos, esses organismos podem ser considerados como parte
da Maçonaria, ao descrever a Maçonaria em geral. Na América do Norte, as mulheres não podem se
tornar maçons regulares por si, mas sim juntar-se ao associado corpos separados, que não são
maçons em seu conteúdo.
A Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria
A história da Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria em particular, não pode ser
descrito sem referência à história do movimento das mulheres na Maçonaria em geral. Nós não
podemos fazer melhor do que a citação de um panfleto publicado em 1988 por Enid Scott, um ex-
assistente Grão-Mestre da Ordem, intitulado "Mulheres na Maçonaria".
"Foi em 1902 que a primeira Loja de Co-maçons foi formada em Londres e que a importação de
França, que logo formaria uma "bola de neve". Mas dentro de alguns anos, alguns de seus membros
tornaram-se apreensivos quanto ao curso a ser tomado pelo Conselho de Administração, em Paris.
Sentiram que suas formas antigas foram postas em causa e colocaram em risco o seu estilo
tradicional, a história repetia-se, pois era um estado semelhante que tinha surgido na Maçonaria
regular em meados do século XVIII. Vários membros demitiram-se da Ordem e formaram-se em uma
sociedade que na qual estava a emergir, a Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria, mas
ainda como uma associação de homens e mulheres. Em 5 de junho de 1908, uma Grande Loja foi
formada com um irmão do reverendo como Grão-Mestre.
Ele foi o primeiro do sexo masculino e apenas Grão-Mestre e continuou no cargo por quatro anos
antes de se aposentar por problemas de saúde. Em seu sucessor, começou a linha contínua de
mulheres grã-mestres. Aproximadamente dez anos mais tarde, decidiram restringir a admissão
somente para as mulheres, mas para permitir que os integrantes do sexo masculino permanecerem.
Dentro de um curto prazo, o título foi mudado para a Ordem das Mulheres Maçons, mas a forma de
endereço como "Irmão" manteve-se, o termo "Irmãs" teria sido interrompido logo após a formação,
em 1908, como foi considerado inconveniente para os membros de uma fraternidade universal de
maçons. É também de notar, algum interesse que a história se repetiu, em que o Arco Real foi objeto
de uma divisão em suas fileiras, um pouco à semelhança do Antigos e Modernos anos antes da União
em 1813.
Um grupo de um dos seus membros, pretendiam incluir o Arco Real no sistema, mas não
conseguiu obter a autorização de sua Grande Loja, o que lhes causou a separação e formaram a
primeira Loja de outra ordem - A Excelentíssima Fraternidade da Antiga Maçonaria , duas Grandes
Lojas que funcionam em paralelo, foi quase um desempenho de "cópia de carbono", mas neste caso, o
tempo de uma União, à semelhança do que ocorreu em 1813, ainda estaria para vir."
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido na Wikipédia - Enciclopedia Livre
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#28

PARATY - UMA VIAGEM NO TEMPO

Dizem que a maçonaria começou no Brasil no final do Século XVIII. Em 1815, é fundada no
Rio de Janeiro a LOJA COMÉRCIO E ARTES, porém em 30 de março de 1818 foram
proibidas as sociedades secretas. Em 1821 a agitação pela independência cria um clima que
possibilita a reativação da Ordem no Rio de Janeiro. Em 1822 as lojas Comércio e Artes, União
e Tranqüilidade e a Esperança de Niterói criam o Grande Oriente no Brasil.
JOSÉ BONIFÁCIO assume a liderança do Grande Oriente, ao compreender a sua importância para a
independência do Brasil. Havia uma grande rivalidade entre José Bonifácio e Gonçalves Ledo e isso
fizeram com que LEDO promovesse a eleição de D. Pedro para Grão-Mestre. Revoltado com a
traição, Bonifácio cria o APOSTOLADO, onde os ANDRADAS eram dominantes. D. Pedro passa a
integrar o APOSTOLADO.
D. Pedro logo depois resolve fechar a Maçonaria e o grupo de LEDO passa a ser perseguido até que
as sociedades secretas entram em recesso, só retornando em 1831 após a abdicação de D. Pedro I,
quando José Bonifácio assume outra vez o Grande Oriente do Brasil.
A MAÇONARIA EM PARATY
Estima-se que a maçonaria tenha surgido em Paraty por volta de 1700, quando os primeiros maçons
teriam chegado à vila fugindo de perseguições do Velho Mundo. Chegando em Paraty, eles acham a
vila um porto seguro, um lugar livre para o desenvolvimento da ordem. Chegando com novas idéias,
são recebidos como "Os Iluminados" e passam a influenciar bastante nos modos e costumes da
povoação. Assim achando terra fértil, os maçons começam a se desenvolver. Suas reuniões eram
realizadas não só em sigilo, como também em lugares diferentes em cada vez que se reuniam. Um dia
em casa de um irmão, no outro na casa de outro, sempre mantendo a preocupação de não serem
descobertos. Com o passar do tempo começam a demarcar a vila com sinais característicos de sua
simbologia. As esquinas recebem os primeiros sinais em forma de cunhais em pedra, que se ligando
uns aos outros formam um triângulo imaginário. Algumas casas receberam os primeiros símbolos
ainda no século XVIII. Neste período é muito provável que as cores predominantes tenham sido o
Branco e o Azul. No século XIX, novos símbolos proliferam por mais construções decorando suas
fachadas. Todos estes sinais tinham por objetivo indicar aos irmãos que chegavam à vila que ali ele
seria bem acolhidos, encontraria abrigo, apoio e seriam alimentados, onde receberia orientação
sobre o novo mundo que o estava recebendo.

Algumas construções apresentam os vãos entre as janelas da seguinte forma: O segundo espaço é o
dobro do primeiro e o terceiro é a soma dos dois anteriores. As plantas feitas em escala 1:33:33 é
outro sinal claro desta influência. Existiu também em Paraty um cargo na administração municipal
chamado de "Fiscal de Quarteirão", que somavam um total de 33 fiscais, sendo que não existiam 33
quarteirões. Então porquê 33 fiscais?
Em Paraty existiu o "Clube dos Luvas Negras", formado por justiceiros da maçonaria, que se
encarregavam de julgar e punir os irmãos que estavam em falta com a ordem e a sociedade. Consta
que se reuniam em locais ermos e escuros, como cemitérios. Em Paraty se reunia na Toca do
Caçununga, um sambaqui que foi cemitério indígena. Silvio Romero, que foi juiz de direito em
Paraty, era membro do clube, sendo possivelmente o líder. Segundo alguns, nos escombros de sua
casa, foram encontrados o avental, a espada e as luvas negras.
A
Loja Maçônica que se chamava "União e Beleza 88", abriu seu templo por volta de 1833/1834,
supostamente no sobrado da Rua Dr. Pereira com Rua Dr. Samuel Costa, mudando-se, com o passar
do tempo, para vários outros lugares. No final do século XIX a Loja de Paraty foi fechada e a
Maçonaria abandonou a cidade, levando seus segredos e documentos, mas deixou suas marcas nas
ruas, fachadas e memória dos moradores. A "Aug\ e Resp\ Loj\ Simb\ União e Beleza nº 88" reabriu
seu templo em 1983, agora ligada a "Grande Loja do Estado do Rio de Janeiro" e tem como
Venerável para o exercício 2002/2003 o Mestre Hilton Mello. À sombra do imaginário, ficamos hoje
tentando remontar o que seria a "Villa" nos séculos XVIII e XIX.

Bibliografia
Texto extraido da wikipédia - Enciclopédia Livre
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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tempo.html
#29

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo I

A História da nossa Independência está intimamente ligada com a Fundação do Grande Oriente do
Brasil, Obediência Mater da Maçonaria Brasileira.
Apesar do farto material documental existente, pouco se publica sobre o papel importante,
decisivo e histórico que a Maçonaria, como Instituição, teve nos fatos que precipitaram a
proclamação da Independência.
Deixar de divulgá-los é ocultar a verdade e conseqüentemente ocorrer no erro da omissão, que
nem a História e nem o tempo perdoam, principalmente para com aqueles nossos Irmãos, brava gente
brasileira, que acreditavam, ou ainda mais, tinham como ideário de vida a Independência da Pátria
tão amada.
O Objetivo principal, sem dúvida nenhuma, da criação do Grande Oriente, foi engajar a
Maçonaria na luta pela Independência Política do Brasil.
Desde sua descoberta em 1500, o Brasil foi uma Colônia Portuguesa, sendo explorada desde
então pela sua Metrópole. Não tinha, portanto, liberdade econômica, liberdade administrativa, e
muito menos liberdade política.
Como a exploração metropolitana era excessiva e os colonos não tinham o direito de protestar,
cresceu o descontentamento dos brasileiros.
Inicia-se então as rebeliões conhecidas pelo nome de Movimentos Nativistas, quando ainda não se
cogitava na separação entre Portugal e Brasil. Estampava-se em nosso País o ideal da liberdade. A
primeira delas foi a Revolta de Beckman em 1684, no Maranhão.
No início do século XVIII, com o desenvolvimento econômico e intelectual da colônia, alguns
grupos pensaram na Independência Política do Brasil, de forma que os brasileiros pudessem decidir
sobre seu próprio destino. Ocorreu, então, a Inconfidência Mineira (1789) que marcou a história pela
têmpera de seus seguidores; depois a Conjuração Baiana (1798) e a Revolução Pernambucana
(1817), todas elas duramente reprimidas pelas autoridades portuguesas. Em todos estes movimentos
a Maçonaria se fez presente através das Lojas Maçônicas e Sociedades Secretas já existentes, de
caráter maçônico tais como: "Cavaleiros das Luz" na Bahia e "Areópago de Itambé" na divisa da
Paraíba e Pernambuco, bem como pelas ações individuais ou de grupos de Maçons.
I – ANTECEDENTES – As Cortes de Lisboa

A 16 de dezembro de 1815, precisamente no dia do aniversário de Dª. Maria I, que estava louca,
foi o Brasil elevado a Reino, através da régia carta de D. João VI, assinada no Palácio do Rio de
Janeiro, e cujos dois principais artigos estabeleceram:
1) “ Que os meus Reinos de “Portugal”, “Algarves” e do “Brasil” formem d´ora em diante um só e
único Reino, debaixo do Título de REINO UNIDO DE PORTUGAL, DO BRASIL E DE
ALVARAVES”;
2) “Que os títulos inerentes à Coroa de Portugal, e de que até agora hei feito uso, se substituam em
todos os Diplomas, Cartas de Lei, Alvarás, Provisões e Atos Públicos pelo novo Título de –
PRÍNCIPE REGENTE DO REINO UNIDO DE PORTUGAL, DO BRASIL E DE ALVARAVES”,
daquém e dalém Mar, em “África de Guiné” e da “Etiópia”, “Pérsia” e “Índia”.
Com efeito, o Brasil prosperava a olhos vistos. Sua grande riqueza natural determinava o célere
progresso, uma ascensão vertiginosa entre as demais nações, contrastando com o notório
estacionamento, senão declínio de Portugal.
Por isso, depois da volta de D. João a Lisboa, ampliou-se a política de reação a tudo quanto se
tinha fundado no Brasil. A permanência de D. Pedro no Rio de Janeiro decepcionou a Assembléia
das Cortes, que esperava o retorno de toda a família real e o conseqüente abandono da terra
brasileira ao Governo das Juntas Provinciais, cuja formação era ruidosamente promovida em Lisboa.
Pressentiam os portugueses que o engrandecimento do Brasil ocasionaria sua inevitável
emancipação política, o que seria de resultados desastrosos para a Metrópole, que tinha nesta
opulenta colônia seu maior sustentáculo econômico. Com essa clara visão do futuro, resolveram as
Cortes empenhar-se em inglória batalha, no sentido de fazer o Brasil regredir, para enfraquecer-lhe o
nacionalismo crescente.
As Cortes eram constituídas de 181 deputados, dos quais 72 apenas do Brasil e destes somente 46
estavam empossados. A disparidade era mais espantosa ao ter-se em conta que a população do
Brasil já era maior que a de Portugal.
Descriteriosamente, porém, na sede do Reino, o total de habitantes do Brasil era considerado com
base num censo realizado em 1800, antes da vinda da família real.
Afinal, em 29 de setembro de 1821, aprovaram-se os Decretos nºs 124 e 125.
O primeiro extinguia os governos provinciais independentes, restabelecendo as juntas provisórias
de governo com “toda a autoridade e jurisdição na parte civil, econômica, administrativa e de
polícia”, ficando subordinados às juntas “todos os magistrados e autoridades civis”. O segundo,
como ponto nevrálgico, determinava o imediato regresso a Portugal do Príncipe D. Pedro.
O historiador português ROCHA MARTINS, em “A independência do Brasil”, sintetiza o fato:
“Era uma situação singular de regresso ao período colonial, uma medida irritante, despótica, só
própria para ferir as suscetibilidades brasileiras”.
Certamente, afigura-se o golpe na unidade do Brasil, com seu esfacelamento em várias províncias.
A reação brasileira foi imediata, a partir de seus deputados em Lisboa, os quais, tendo à frente o
Maçom Cipriano José Barata, lançaram-se em acirrados debates com os representantes portugueses,
que procuravam esmagar pela quantidade os brasileiros. Simultaneamente, aqui, a Maçonaria
inflamava o movimento emancipador, fazendo agigantar-se a consciência nacional e despertar o
anseio já incontido de ver surgir um Brasil livre.
Nos redutos maçônicos, particularmente na Loja “Comércio e Artes”, que se reinstalara em 24 de
junho daquele ano (1821), intensificou-se o trabalho pela organização, no reino ultramarino, de um
governo livre e independente, sob a regência do Príncipe D. Pedro, que por influência dos maçons se
rebelara contra os Decretos 124 e 125.
II –O CLUBE DO -"O FICO"
Naqueles três meses seguintes, tal era o burburinho da nacionalidade que o Intendente-Geral da
Polícia, João Inácio da Cunha, comunicou-se com o Ministro do Reino, por ofício de conteúdo
sigiloso, informando-lhe da impossibilidade de agir com as tropas de que dispunha, pois estavam os
seus integrantes, na maioria, filiados à Maçonaria. E terminava o ofício com o seguinte enunciado:
“... o movimento da Independência é por demasia generalizado pela obra maldita dos maçons
astuciosos, sob a chefia de GONÇALVES LEDO”.
Do Grupo de Gonçalves Ledo, entre outros, faziam parte, destacadamente, o Cônego Januário da
Cunha Barbosa, José Clemente Pereira, Frei Francisco de Santa Teresa Sampaio, José Domingos
Ataíde, o coronel Francisco Maria Gordilho de Barbuda e o Capitão-mor José Joaquim da Rocha.
Núcleo da idéia de emancipação, a Loja “Comércio e Artes”, sob a liderança de Gonçalves Ledo,
trabalhava infatigavelmente. Desponta, no entanto, um ardoroso patriota e maçom, o Capitão-mor
José Joaquim da Rocha, e planeja o empreendimento de que resultou “O FICO”, definitivo ato de
rebeldia de D. Pedro contra as Cortes de Lisboa, que insistiam em seu retorno a Portugal.
Os malsinados decretos das Cortes chegam ao Rio de Janeiro, no dia 9 de dezembro pelo
bergantim de guerra “Infante D. Sebastião”. Precisamente nesse dia, José Joaquim da Rocha funda em
sua casa o “CLUBE DA RESISTÊNCIA”, tendo como companheiros Frei Francisco de Santa Teresa
Sampaio, consagrado orador da época, Antônio Menezes de Vasconcelos Drumonnd, Joaquim José
de Almeida, Luiz Pereira da Nóbrega e Francisco Maria Gordilho de Barbuda. O Clube visava,
precipuamente, projetar com segurança a adesão de D. Pedro ao movimento nacionalista.Para evitar
a vigilância da Polícia, reuniam-se na residência de José Joaquim da Rocha, na Rua da Ajuda, e
muitas vezes na cela de Frei Sampaio, no Convento de Santo Antônio, onde se realizavam
verdadeiras sessões maçônicas.
José Joaquim da Rocha considerou necessária a adoção de três providências para o êxito da
empresa:
1) Consulta Dr. Pedro sobre o movimento e sentir sua receptividade;
2)Convite para a adesão de José Clemente Pereira, então Presidente do Senado da Câmara;
3) Envio de emissários a São Paulo e Minas.Gordilho de Barbuda, que era camareiro de D.
Pedro, foi incumbido de auscultar a opinião do Príncipe. Recebendo a proposta com hesitação, o que
era justo, em fase da grave atitude de rebeldia que ia adotar, não tardou muito a resposta de D.
Pedro, que assim se expressou: “No caso de virem as representações, pedindo-me para não partir,
ficarei”.
Exultante, Barbuda apressou-se em ir à casa de José Joaquim da Rocha para transmitir-lhe a
resposta de D. Pedro. Encontravam-se lá os maçons Vasconcelos de Drumonnd, José Joaquim de
Almeida, Luiz Pereira da Nóbrega e José Mariano de Azevedo Coutinho. Ante as manifestações de
júbilo de todos, José Mariano foi incumbido de solicitar o apoio de José Clemente Pereira

Continua no próximo capítulo....


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brasil.html
#30

A MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo - II

Mas o maçom José Clemente Pereira prestou sua inteira solidariedade ao movimento, sugerindo até
que fixasse a data de 9 de janeiro para a entrega das representações de D.Pedro lhe afirmara que não
hesitaria em ficar, se o pedido se fizesse através das representações do Rio, São Paulo e Minas.
Como era de se esperar, São Paulo e Minas aderiram. José Bonifácio era Vice-Presidente da
Junta de São Paulo e redigiu a enérgica representação daquela Província, na qual advertia D. Pedro:
“Nada menos se pretende do que desunir-nos, enfraquecer-nos e até deixar-nos em mísera orfandade,
arrancando do seio da grande família brasileira, o único pai que nos restava, depois de terem
esbulhado o Brasil, do benéfico fundador deste reino. Se V.A.R. estiver (o que não é crível) pelo
deslumbrado e indecoroso Decreto de 29 de setembro, além de perder para o mundo a dignidade de
homem e de príncipe, tornando-se escravo, de certo, de um pequeno número de desorganizadores,
terá também de responder, perante o céu, do rio de sangue que vai correr pelo Brasil com sua
ausência...”.
Essa manifestação paulista, redigida por José Bonifácio, cegou ao Príncipe no dia 8 de janeiro.
Entrementes, o “Clube da Resistência” e a Loja “Comércio e Artes”, unem-se a pugnar na
elaboração do “Fico”. Acertou-se que a palavra oficial da representação fluminense seria dirigida
por José Clemente Pereira, na qualidade de Presidente do Senado da Câmara e membro da Loja
“Comércio e Artes”.
Ao meio-dia de 9 de janeiro, o Príncipe D. Pedro recebeu os representantes. Em seu longo
discurso, José Clemente Pereira afirmou-lhe: “Senhor, a saída de Vossa Alteza Real dos Estados do
Brasil será o fatal decreto que sanciona a independência deste Reino. Exige, portanto, a salvação da
Pátria que Vossa Alteza suspenda a sua partida, até nova determinação do soberano Congresso”.
Em resposta, proferiu D. Pedro: “Convencido de que a presença de minha pessoa no Brasil,
interessa ao bem de toda a Nação portuguesa e conhecendo que a vontade de algumas províncias
assim o requer, demorarei a minha saída até que as Cortes e meu Augusto pai e Senhor deliberem a
esse respeito, com perfeito conhecimento das circunstância que têm ocorrido”.
Mas suas palavras não foram bem recebida. Pelos militares portugueses, porque refletiam elas o
adiamento de sua partida para Lisboa e, pelos brasileiros, porque nelas não sentiram sua decisão de
ficar.
Solicitada sua presença pelo povo, que prorrompeu em aplausos, D. Pedro assomou a uma das
janelas do Paço e disse-lhes: “Agora só tenho a recomendar-vos união e tranqüilidade”.
Depois que todos se retiraram, verificou D. Pedro que nem aos brasileiros nem aos portugueses
satisfizera. Por interferência de alguns membros do “Clube da Resistência”, que com ele mantinham
estreita ligação, mandou chamar horas depois o Presidente do Senado da Câmara e determinou-lhe
que substituísse a resposta que dera por esta: “Como é para o bem de todos e felicidade geral da
Nação, estou pronto: diga ao Povo que fico”.
No dia 11, o General Jorge Avilez, Comandante da Divisão Auxiliadora, convocou oficiais de
vários corpos de tropa e, entre eles, ficou assentada a volta de D. Pedro para Portugal, como
ordenaram as Cortes. Combinaram, também, que para levantar toda a tropa seria necessário espalhar
a notícia de que aquele General havia sido destituído do comando pelo Príncipe. Assim o fizeram. À
noite, soldados portugueses percorreram as ruas, dirigindo insultos aos brasileiros e provocando
distúrbios. Boatos começaram a circular, alarmando a cidade.
D. Pedro naquele momento estava no Teatro São João, quando chegou a seu conhecimento a
agitação das ruas. Imediatamente, chamou o Brigadeiro Carreti e ordenou-lhe que mantivesse a
ordem. Carreti deixou o teatro,voltando momentos após, para comunicar a D. Pedro que os soldados
já estavam recolhidos. Os patriotas do “Clube da Resistência” colocaram D. Pedro a par de todas as
ocorrências, pois mantinham vários agentes espalhados pela cidade. A peça do teatro terminara,
quando veio informação de que a tropa de Avilez se movimentava para cerca-lo. D. Pedro,
acompanhado dos membros do Clube e de oficiais brasileiros, seguiu para São Cristóvão. Ao chegar
na Quinta de Boa Vista, providenciou a ida da família para Santa Crua.
Em conseqüência de enfermidade adquirida na longa viagem a Santa Cruz, veio a falecer o filho
de D. Pedro, o príncipe João Carlos, de 3 anos.
Decepcionado com o malogro do plano para deter D. Pedro no Teatro, mas nutrindo, ainda, a
idéia de forçá-lo a cumprir as ordens das Cortes, Avilez determinou que a tropa portuguesa tomasse
posição no Morro do Castelo, de onde passaria a dominar toda a cidade. No dia 12 pela manhã,
enquanto a tropa de Avilez se encontrava em atitude ameaçadora, chegaram ao Campo de Santana as
forças de 1ª linha, que ficaram fiéis ao Príncipe, regimentos de milicianos e batalhões patrióticos
organizados pelo “Clube da Resistência”. Por toda a parte os movimentos da reação se
multiplicavam. Arranjaram-se de improviso as armas possíveis do momento: espingardas velhas,
trancas, cacetetes e até cacos de garrafa. Todos queriam combater.
No dia 5 de fevereiro, Avilez foi intimado a deixar o Brasil. Determinou D. Pedro que, se não o
fizesse, perderia o direito ao soldo e à comida. Avilez não embarcou. No dia 9, Dr. Pedro para
bordo da Fragata “União” e mandou dizer-lhe que, se na manhã do dia 10 não começasse a embarcar
sua tropa, iria atacá-lo. Na manhã do dia 10, Avilez iniciou o embarque e, no dia 15, zarpou do Rio
de Janeiro.
Depois do vitorioso episódio do FICO, o “Clube da Resistência”, sob a direção de José Joaquim
da Rocha, foi transformado em “Clube da Independência” e, mais tarde, na Loja “9 de janeiro”.
BIBLIOGRAFIA
Esta obra dividida em capítulos com o nome de A Maçonaria na Independência do Brasil, foi
escrita por Teixeira Pinto, a quem creditamos toda a nossa alegria em poder postar.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#31

MAÇONARIA E A INDEPENDÊNCIA DO BRASIL - Capítulo III

REPERCUSSÃO NAS LOJAS MAÇÔNICAS – A ASEMBLÉIA CONSTITUINTE


Prosseguiu desenvolvendo-se, intensamente, o movimento da emancipação política, sempre com a
iniciativa dos maçons. Mário Melo, em seu livro “A Maçonaria no Brasil”, anota que ninguém era
iniciado nas Lojas Maçônicas sem que fosse conhecida sua opinião sobre a Independência do Brasil
e os candidatos assinavam um termo de compromisso de defendê-la.
No dizer do historiador Assis Cintra, “a independência era fatal, era um fruto maduro
pendente da árvore, prestes a ser colhido. Em todos os recantos fervilhava o ardor patriótico.
Nas Lojas Maçônicas, generais, doutores, juizes, almirantes, funcionários públicos, capitalistas,
fazendeiros, artífices e até padres dos mais ilustres desse tempo, conspiravam” (v. “Na Margem
da História”).
Em abril de 1822. estava D.Pedro tão enfeitiçado pelo Brasil que escreve a Antônio Carlos,
deputado paulista às Cortes de Lisboa, havendo na carta o seguinte trecho: “Eu o conheço como o
mais digno deputado americano; conheça-me a mim como o maior brasileiro, e que pelo Brasil dará
a última gota de sangue”.
Domingos Alves Branco Muniz Barreto em sessão da loja “Comércio e Artes”, propôs que se
desse ao Príncipe um título conferido pelo povo, de “Protetor e Defensor Perpétuo do Brasil”. A
idéia foi aprovada por todos e marcaram a data de 13 de maio, dia do Aniversário de D. João VI. D.
Pedro disse que aceitava o Título, mas sem o “Protetor”, apenas como “Defensor”.
Avançava, desse modo, a evolução política para o 7 de setembro de 1822, tudo temperado e
argamassado nas disposições cada vez mais fortes das Lojas Maçônicas.
Gonçalves Ledo, Januário Barbosa e Clemente Pereira lançam a idéia da convocação de uma
Constituinte e solicitam uma audiência a D. Pedro, por intermédio de seu ministro José Bonifácio.
Inteirado do objetivo da audiência, D. Pedro escreve a D. João VI expressiva carta, mostrando-se
francamente favorável à idéia dos maçons. Diz D. Pedro ao Rei: “É necessário que o Brasil tenha
Cortes suas: esta opinião generaliza-se cada dia mais. O povo desta capital prepara uma
representação que me será entregue para suplicar-me que as convoque, e eu não posso a isso recusar-
me, porque o povo tem razão, é muito constitucional, honra-me sobremaneira e também a Vossa
Majestade, e merece toda sorte de atenções e felicidade. Sem Cortes, o Brasil não pode ser feliz. As
leis feitas tão longe de nós por homens que não são brasileiros e que não conhecem as necessidades
do Brasil, não poderão ser boas. O Brasil é um adolescente que diariamente adquire forças, deve ter
em si tudo quanto é necessário (...), é absurdo retê-lo debaixo da dependência do velho hemisfério”.
Gonçalves Ledo e Januário Barbosa redigiram o projeto e, no dia 3 de junho, publicou-se o
Decreto firmado pelo Príncipe Regente e José Bonifácio, “convocando a Assembléia Geral
Constituinte e Legislativa, composta de deputados das Províncias do Brasil, novamente eleitos na
forma das instruções que em Conselho de acordarem e expedidas com a maior brevidade”.
O IMPERADOR MAÇOM – “INDEPENDÊNCIA OU MORTE”
Era preciso, ainda, fazer maçom o Príncipe D. Pedro. José Bonifácio já lhe falara da Maçonaria,
da ação de Gonçalves Ledo e outros líderes maçônicos. Não seria ele o primeiro Príncipe a conhecer
os preceitos da Ordem. Reis e Imperadores, na Europa, haviam sido maçons. Assim, a 13 de julho de
1822, foi aprovada sua proposta de admissão, endossada por José Bonifácio. A 2 de agosto, D.
Pedro era iniciado na Loja “Comércio e Artes”, “ardendo em curiosidade, a fantasia despertada pelo
mistério de um rito perfumado de magia oriental” – como escreve Pedro Calmon, em “A Vida de D.
Pedro I”.
Recebeu o nome histórico de “Guatimozim”. Mas, por que “Guatimozim” e o que significava isso?
Trata-se do último imperador azteca morto em 1522, conforme conta-nos, parabolicamente, o
historiador Rocha Martins, em sua obra “A Independência do Brasil”: “Era uma vez, nos tempos
recuados de 1697, um imperador azteca, de Anahuac, México... Vieram de longe, de 1522, os
conquistadores e ele, de armas em punho diante do Cortez audaz que lhe queria tesouros. Ele, o filho
do Rei Ahintzot, sucessor do Irmão de Montezuma II, deixara reclinar o seu corpo em brasas,
preferira ser chagado sobre as grelhas rubras, que os soldados conduziam como se fossem
inquisidores; ser martirizado, sofrer as mordeduras do lume nas suas reais carnes antes que dizer aos
bárbaros onde ocultava a opulência, as riquezas e as magnificência do seu império”. “E D. Pedro,
regente, devia meditar muito no simbolismo, na realeza, nos carvões candentes”.
Da iniciação ao Grão-Mestrado, o certo é que o ingresso de D. Pedro na Maçonaria resultou de
sua mais íntima ligação com a causa de independência. Foram os maçons que o proclamaram
Imperador e, em conseqüência, a própria libertação política do Brasil, em sessão de 20 de agosto do
Grande Oriente do Brasil, quando D. Pedro se encontrava em viagem para São Paulo. Na verdade,
como afirmam em uníssono os historiadores, maçônicos e profanos, no 20 de agosto de 1822,
Gonçalves Ledo propôs e se aprovou por unanimidade “que fosse inabalavelmente firmada a
proclamação de nossa independência e da realeza constitucional na pessoa do augusto príncipe”.
Aliás, o próprio Ledo, em vibrante artigo no “Revérbero”, já o concitara antes: “Príncipe! Não
desprezes a Glória de ser o fundador de um novo império”. Em nota à margem do livro “História da
Independência do Brasil”, de Adolfo Varnagem, escreve o Barão do Rio Branco. “No dia 23, em
outra sessão, ainda presidida por Gonçalves Ledo, continuou-se a discussão. Por proposta sua, foram
nomeados os emissários, que deviam ir tratar a aclamação nas diferentes províncias, entre eles,
Januário Barbosa, designado para ir a Minas. João Mendes Viana, para Pernambuco, e José Gordilho
de Barbuda, para a Bahia. Vários maçons ofereceram as somas necessárias para as despesas de
viagem”.
Assim, na tarde de 7 de setembro de 1822, às margens do Ipiranga, D. Pedro limitou-se com seu
gesto a promulgar o que já fora resolvido a 20 de agosto no Grande Oriente do Brasil.
Perguntam-se, entretanto, os escritores da história: Que papéis foram aqueles recebidos por D.
Pedro, de que foram portadores Paulo Bregaro e Antônio Cordeiro? Nenhum documento esclarece
quais os papéis que, “... pouco mais ou menos às 4 e meia da tarde”, D. Pedro recebera das mãos do
Major Cordeiro e do Correio Bregaro. Por que tantos documentos secretos foram divulgados e só
aqueles que impeliam D. Pedro a proferir o brado histórico não se publicaram. Que segredos, que
assuntos tão misteriosos continham eles? Se a própria correspondência confidencial entre D. Pedro e
D. João tornou-se do conhecimento público, o que impediria que outras pessoas se inteirassem dos
papéis entregues a D. Pedro e que, depois, os divulgassem?
Gustavo Barroso, com sagacidade, alvitra que deve ter sido entregue a D. Pedro alguma prancha
do Grande Oriente do Brasil, aconselhando-o a assumir aquela atitude. D. Pedro, indócil e
voluntarioso, atendeu às recomendações da Maçonaria.
Nem quanto ao grito teria ávido originalidade. Segundo Adelino de Figueiredo Lima, em “Nos
Bastidores do Mistério”, “INDEPENDÊNCIA OU MORTE” era a denominação de uma das
“palestras” da sociedade secreta “Nobre Ordem dos Cavaleiros de Santa Cruz”, conhecida por
“Apostolado”. Sabe-se, hoje, que essa sociedade foi fundada por José Bonifácio. D. Pedro era, com
o título de Archonte-Rei, o presidente, sendo José Bonifácio, já então Grão-Mestre da Maçonaria,
seu lugar-tenente. O “Apostolado”, a que também pertenciam outros maçons ilustres, possuía rituais
próprios, liturgia bastante severa e sinais e palavras de reconhecimento, exprimindo motivos
patrióticos, o que evidenciava os fins políticos da sociedade.
A organização se assentava sobre três colunas fundamentais (“Palestras”), que por sua vez
orientavam e dirigiam as pequenas assembléias locais (“Decúrias”). As “Palestras” constituíam três
poderes distintos, correspondendo a primeira (“Independência ou Morte”), à “Alta Venda” do
sistema carbonário; a segunda (“Firmeza e Lealdade”), à Cabana”, e a terceira (“Pátria Redimida”),
ao que a antiga nomenclatura revolucionária européia chamava “Barraca”. José Bonifácio, que
viajou por todos os países onde a “Carbonária” lançara seus tentáculos, deixara-se empolgar pelo
sistema de organização da poderosa sociedade, mas procurou simplifica-la de acordo com a
viabilidade nacionais. Indiscutível, afinal, é que a independência política de nossa terra foi,
certamente, assinalada com o FICO, em 9 de janeiro, declarada pela Maçonaria em 20 de agosto e
consagrada em 7 de setembro, com o brado do Maçom D. Pedro. Disse-o bem Gustavo Barroso, em
sua obra “História Secreta do Brasil”: “A Independência do Brasil foi realizada à sombra da Acácia,
cujas raízes prepararam o terreno para isso”.
Uma dezena de tomos e ainda menos o tempo desta sessão seriam insuficientes para registrar
todos os fatos que vieram a culminar com a emancipação política do Brasil, em 1822. Desse marco
da História, contenta-nos a possibilidade de rememorar, hoje, a breves toques de buril, emocionantes
feitos de uma plêiade de homens admiráveis, maçons como nós, mas intérpretes sagrados dos ideais
da liberdade, magníficos patriotas, como já, infelizmente, não se vêm mais.
BIBLIOGRAFIA
Esta obra dividida em capítulos com o nome de A Maçonaria na Independência do Brasil, foi
escrita por Teixeira Pinto, a quem creditamos toda a nossa alegria em poder postar. UM BEIJO
NO SEU CORAÇÃO
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#32

E DEU-SE A LUZ ...

Escrever o que se passou neste último sábado onde


ocorreu a Iniciação de cinco profanos, seria muito difícil, até porque, o envolvimento de todos os
irmãos, desde o amanhecer deste dia, no lugar marcado que nosso Rito Adonhiramita exige e com os
nossos irmãos de Pé e a Ordem, mesmo na chuva que caia desde as 05:30h da manhã, porém, com a
tranqüilidade e respeito a estes novos iniciados que hoje já estão trilhando na valorosa fileira.
Cito as palavras dos irmãos mais antigos que um já é difícil, imaginem cinco, porém, os trabalhos
iniciaram com o revezamento e apoio de todos os irmãos e Mestres, com muita paz e tranqüilidade.

Acho oportuno citar que ao mesmo tempo em que os trabalhos eram passados com rigor,
ficávamos na torcida para que tudo saísse com a máxima tranquilidade e que eles alcançassem o
objetivo tão esperado.
Graças a GADU, contamos com a presença de nosso Sereníssimo Grão Mestre Luiz Mamari, onde
nós da Cavaleiros do Templo nº 26 tivemos a honra de poder contar com este maestro de nossa
Potência, com sua Luz e Serenidade que lhe é peculiar.
Citamos também as presenças de nossos amados irmãos Suedi Teixeira de Freitas, Mestre
Instalado e Delegado do Grão Mestrado para o estado de São Paulo e ainda os Veneráveis Mestres
Wilson Carvalho da ARLS LEON DENIS e Nuno Sant’anna da ARLS LEONARDO DA VINCI
onde participaram ativamente, em uma verdadeira aula de Maçonaria.

No comando de nossos trabalhos, esteve o nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira, reeleito
para o exercício de 2011, despojando simplicidade e competência em nossa oficina.

Por último, fechando com chave de ouro os irmãos que considero a Tropa de Elite do Rito
Adonhiramita da ARLS RESPLANDESCER DA FENIX Nº 25, desde seu Venerável Mestre Jair
Vilhena, os Mestres Antonio Carlos e Honorelino e este último, considero como o "advogado do
Rito" e prefiro nem mais citar nomes, no receio de falhar com alguns irmãos. Não existem palavras
para estes verdadeiros guerreiros da maçonaria e o sentimento deixado por eles, nos lembravam
naqueles voluntários “Pobres de Deus” no Caminho de Compostela, auxiliando a todos que fazem as
diversas trilhas, com simplicidade, honestidade e acima de tudo, humildade no tratamento com todos,
do mais novo ao mais antigo.
Ao meu ver, onde a violência está sendo praticada em todos os lugares, seja em uma praça, em
uma igreja ou em um restaurante, enfim, por muitos cantos, encontramos ainda e graças a GADU
homens com sentimentos nobres, atuando em nobres causas.
Já ia esquecendo de apresentar os nossos mais novos das fileiras do Grande Arquiteto do
Universo, os irmãos Antonio Bispo, Carlos Coccoli, Daniel Rangel, Marcio Moreira e Marcelo
Manoel. Aos nossos mais novos irmãos, a Família Cavaleiros do Templo nº 26 traduz nas boas
vindas com o sucesso nesta nova etapa em suas vidas.

Olha que situação, o nosso mestre Gomes parecendo dançar a dança da... O momento era de
descontração, com os mais novos membros de nossa ARLS Cavaleiros do Templo n º 26,
esperando que todos possam olhar a vida de agora em diante, contando com seus irmãos, obreiros da
Paz para um mundo melhor.

UM BEIJO NO CORAÇÃO DE TODOS


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ultimo.html
#33

A SABEDORIA DE HIRAM

Meia-noite em ponto! Mais uma jornada na construção do Templo terminara. Cansado por mais
um dia, Mestre Hiram recostou-se sob o frescor do Ébano para o tão merecido descanso. Eis que,
subindo em sua direção, aproxima-se seu Mestre Construtor predileto, que lhe diz:
– Mestre Hiram... Vou lhe contar o que disseram do segundo Mestre Construtor... Hiram com sua
infinita sabedoria responde:
– Calma, meu Mestre predileto; antes de me contares algo que possa ter relevância, já fizeste
passar a informação pelas "Três Peneiras da Sabedoria"?
– Peneiras da Sabedoria??? Não me foram mostradas, respondeu o predileto!
– Sim... Meu Mestre! Só não te ensinei, porque não era chegado o momento; porém, escuta-me
com atenção: tudo quanto te disserem de outrem, passe antes pelas peneiras da sabedoria e na
primeira, que é a da VERDADE, eu te pergunto: tens certeza de que o que te contaram é realmente a
verdade? Meio sem jeito, o Mestre respondeu:
– Bom, não tenho certeza realmente, só sei que me contaram...Hiram continua:
– Então, se não tens certeza, a informação vazou pelos furos da primeira peneira e repousa na
segunda, que é a peneira da BONDADE. E eu te pergunto: é alguma coisa que gostarias que
dissessem de ti?
– De maneira alguma Mestre Hiram... Claro que não!
– Então a tua estória acaba de passar pelos furos da segunda peneira e caiu nas cruzetas da
terceira e última; e te faço a derradeira pergunta: achas mesmo necessário passar adiante essa estória
sobre teu Irmão e Companheiro?
– Realmente Mestre Hiram, pensando com a luz da razão, não há necessidade...
– Então ela acaba de vazar os furos da terceira peneira, perdendo-se na imensa terra. Não sobrou
nada para contar.
– Entendi poderoso Mestre Hiram. Doravante somente boas palavras terão caminho em minha
boca.
– És agora um Mestre completo. Volta a teu povo e constrói teus Templos, pois terminaste teu
aprendizado. Porém, lembra-te sempre: as abelhas, construtoras do Grande Arquiteto do Universo,
nas imundícies dos charcos, buscam apenas flores para suas laboriosas obras, enquanto as nojentas
moscas, buscam em corpos sadios as Chagas e feridas para se manterem vivas.
Texto enviado por nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira

Um beijo no coração de todos


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#34

PORQUE A MAÇONARIA NÃO INICIA MULHERES

Há, basicamente, dois fundamentos


para a Maçonaria não aceitar mulheres como membros: 1º - origem Operativa na Ordem, 2º -
por ser a Maçonaria um rito solar (masculino).
Origem Operativa
A origem da Maçonaria moderna está nas Corporações de Ofício – espécies de sindicatos, na
Idade média. Especificamente, a corporação de pedreiros. A palavra “Maçonaria” em francês,
Maçonnerie”, é derivada do francês “maçon”, pedreiro. Ou, como preferem alguns, no inglês
“Masonry” (Maçonaria) e “mason”, igualmente, pedreiro.
Pode-se inferir que, seus primeiros integrantes operavam, materialmente, em construções, obras -
eram trabalhadores especializados, construtores de Templos, de Igrejas, de Pontes, de Moradias, etc.
os quais, desde a Antigüidade, detinham conhecimentos especiais e constituíam uma espécie de
aristocracia do trabalho. Eram os profissionais mais qualificados da Europa, e mantinham as técnicas
de seu ofício, em segredo. Esta fase da Maçonaria é conhecida como Operativa”, porque seus
membros trabalhavam em construções – eram obreiros. Na Idade média havia dois tipos de
pedreiros: o “rough mason”, pedreiro bruto que trabalhava com a pedra sem extrair-lhe forma ou
polimento, e o “free mason”, pedreiro livre, que detinha o segredo de como polir a pedra bruta.
A Ordem Maçônica, atualmente Maçonaria Especulativa, não inicia mulheres, pois tendo evoluído
da maçonaria Operativa, adotou a antiga regulamentação que previa o seguinte (por entender que, a
mulher não é afeita ao trabalho árduo de pedreiro, ofício original dos primeiros integrantes. As
corporações de pedreiros eram constituídas, exclusivamente, por pessoas do sexo masculino):

“As pessoas admitidas como membros de uma Loja devem ser homens bons e de princípios
virtuosos, nascidos livres, de idade madura, sem vínculos que o privem de pensar livremente, sendo
vedada a admissão de mulheres assim como homens de comportamento duvidoso ou imoral”. Apesar
da Constituição de Anderson (1723), que é o marco inicial da Maçonaria Especulativa, não permitir
a admissão de mulheres, há algumas correntes maçônicas que admitem o fato como sendo um
princípio antigo. No Egito e na Índia, pelas pinturas nas tumbas e pelos manuscritos do Antigo Egito,
a esposa está presente quando o marido, como sacerdote, executa cerimônias. Nas tradições das
sociedades iniciáticas antigas, tanto homens como mulheres de qualquer posição social e cultural,
podiam ser iniciados, e a única exigência era a de que deveriam ser puros e de conduta nobre.
Porém, na Idade Média, (final do século XVI) havia restrições quanto ao ingresso da mulher na
Maçonaria.A Maçonaria, em 1730, na França, criou o movimento da “Maçonaria de Adoção”. A
Maçonaria de adoção foi um fenômeno da última metade do século XVII. Uma Loja de Adoção, era
conduzida por uma Loja Maçônica regular que promovia sessões especiais, no curso das quais as
mulheres eram admitidas em Loja e participavam de rituais quase maçônicos. Tais Lojas foram
particularmente bem sucedidas na França, onde houve uma revitalização da Maçonaria de Adoção
depois da Revolução e que continuou pelo século seguinte. A própria imperatriz Josefina, esposa de
Napoleão Bonaparte, era a Grã-Mestra da Loja de adoção Santa Carolina. Porém, a Maçonaria,
atualmente, conserva a regulamentação - conforme reza a Constituição de Anderson, de não iniciar
mulheres.
Ritos Masculinos e Ritos Femininos
Grupo de primatas, do qual descendemos, provém de um tronco insetívoro. Esse grupo
subdividiu-se: alguns tornaram-se herbívoros e outros carnívoros. Esses carnívoros tiveram que
lançar-se na competição com outros animais terrestres e, tornaram-se melhores caçadores.
Começaram a utilizar instrumentos e aperfeiçoaram as técnicas de caça, com a cooperação social.
Diferentemente dos lobos, os humanóides não se dispersavam após o ataque e, o grupo caçador era
formado por machos. As fêmeas estavam muito ocupadas em cuidar da prole, e não podiam
participar ativamente da perseguição e captura das presas. Assim, o papel de cada sexo tornou-se
diferenciado. Socialmente, os machos aumentaram a necessidade de comunicação e cooperação com
os companheiros, e desenvolveram expressões faciais e vocais - em seus grupos caçadores,
exclusivamente formados por machos.
Com o advento da agricultura e da domesticação de vários animais, os machos foram alijados de
suas funções caçadoras. Essa falta, muito provavelmente, foi compensada pelo trabalho e por
associações masculinas - proporcionando oportunidade para a interação entre machos e para
atividades em grupo. Nessas associações, há um forte sentimento emocional de união masculina. O
mesmo não ocorre com as mulheres. esses grupos, associações, preocupam-se com a união entre
machos, que já existia nos primitivos grupos de caçadores cooperativos - essas entidades exercem
um importante papel na vida de machos adultos, revelando a manutenção de instintos básicos
ancestrais.

Muitas mulheres ressentem-se quando seus maridos saem para compartilhar sua masculinidade
essencial -ou desejam fazer parte dessas associações, o que é um equívoco, porque trata-se apenas
da necessidade moderna da tendência ancestral da espécie para formar grupos de machos caçadores.
É interessante observar, que grande parte desses encontros masculinos, termina com um jantar, um
lanche, etc - o sucedâneo da partilha da comida (caça). Assim, mulheres e homens, geneticamente,
possuem necessidades diferentes. E, criaram-se mistérios masculinos e femininos. Para a mulher a
maternidade, a comunhão com a flora, etc. Para o homem a caça, a guerra, a comunhão com a fauna.
A mulher, a Lua; o homem, o Sol. Porém, para recriar os ciclos da natureza, o princípio feminino e o
masculino juntam-se: diferentes, porém complementares. A Maçonaria reverencia o feminino - seus
Templos, apresentam O Sol e a Lua como símbolos: o positivo e o negativo. O Sol e a Lua são
símbolos herméticos e alquímicos (ouro e prata). O Sol é a vida, o masculino – A Lua, sua
complementaridade, o feminino. A Maçonaria é uma Ordem Solar (masculina), porém, os maçons,
trabalham à noite em suas Lojas, sob a energia feminina, equilibrando os dois pólos. O Sol deve
estar presente na decoração do Templo, no teto, mostrando a Luz que vem do Oriente, com a Lua, que
representa a Mãe Universal que fertiliza todas as coisas. A mulher
é a formadora, a que reúne, rega e ceifa - a natureza do princípio passivo, é reunir e fecundar. As
forças da Lua são magnéticas, opostas e complementares às do Sol, que são elétricas. Atualmente, há
maçonarias mistas, mas não regulares. A Ordem, por ter uma origem muito, muito antiga, respeita a
diversidade entre as energias masculinas e femininas.
Os maçons usam três pontos dispostos em triângulo como símbolo - símbolo solar, símbolo
masculino. Os Três Pontos têm uma origem bem antiga nos objetos celtas do século IX a. C e, muito
antes, nas cerâmicas egípcias e gregas. A tradição grega considerava o triângulo a imagem do céu.
Os três Pontos traduzem a concepção piramidal egípcia. Símbolo sexual masculino completo (pênis
mais testículos). O sexo em função procriativa - procriação: masculino e feminino. A Maçonaria,
mesmo não iniciando mulheres, demonstra um grande respeito à energia feminina.
BIBLIOGRAFIA Martha Follain - Formação em Direito, Neurolingüística, Hipnose,
Regressão. Terapia Floral de Bach e Aromaterapia - para animais e humanos.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#35

O DIA DE HOJE

Hoje é o dia do abraço. Aquele abraço apertado, dedicado e comprometido com o amor fraternal.
Hoje é o dia do fico. Fico com voce, aceito as condições de nossa amizade, aceito em ficar ao seu
lado como o que voce achar que devo fazer, porém, estar ao lado de um verdadeiro amigo, é
compartilhar de um sangue imaginário que nos uni em até a entrada do Oriente. Hoje é o dia da
graça. Dia em que comemoro a graça Divina de mais uma vez nos aproximar, de nos dar a condição
de sorrirmos ou chorarmos, na certeza em que ambos se perpetuarão em nossa história. Hoje é o dia
do quero. Eu quero ficar com a narrativa de nossas vidas, que atravessaram décadas na lembrança de
cada chute, de cada pique, de cada confidências trocadas. Hoje é o dia do ombro. Aquele ombro
amigo, que só um verdadeiro irmão pode dar, sem questionar o que fazer e sim como fazer juntos.
Hoje é o dia da união. Aquela união, que um verdadeiro amigo pode transmitir, em hora de
amargura, que imediatamente é transformada em elo mais forte, justamente para não se romper. Hoje
é dia das palavras. Aquelas que quase não dizendo nada, se entendem e por se conhecerem,
terminam a frase em um olhar.
Hoje é o dia do irmão. Aquele que antes por ser um velho amigo, lhe encontra, te convida e
pegando na sua mão te leva em uma Irmandade quase que infinita, mostrando como é bom ter os tres
pontos da união. Hoje é o dia do aperto de mão. É como se fosse a palavra, sem pensar em nada e
dos valores materiais que um ou outro possam ter. Hoje é o dia da defesa. O dia que não
importando quem ofender um, estará ofendendo o outro, não permitindo que vozes se alterem e lhe
ferem no seu eu. Hoje não pode ser o dia da omissão. Aquele dia em que todos falam o que pensam,
sem ter o amigo para ao lado ficar e também defender. Hoje é o dia de realmente ficar em paz e
pedir a GADU que nos oriente, dando um norte melhor para se viver. Hoje quem sabe, é o dia do
adeus, mas pedir a Deus muita Paz, Amor e Compreensão. Isto tudo é porque O DIA DE HOJE
se transformou na Igualdade com a Fraternidade e misturado ainda mais com a Liberdade, que
dedico em eterno T.F.A. para voce.
UM ETERNO BEIJO NO SEU CORAÇÃO Yrapoan machado
Aprendiz ARLS Cavaleiros do Templo nº 26
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#36

UM LUGAR ENTRE VÓS

A Maçonaria "nada" faz! Quem faz é o obreiro. E se ele assim o desejar. A Maçonaria, com sua
filosofia, doutrina, estrutura, enfim, com seu sistema, apenas apoia o processo de mudança a que cada
um se submete. Ilude-se o cidadão que entra na ordem maçônica aguardando dela a ação de educá-lo;
existe apenas auto educação. Razão de se afirmar que a Maçonaria não é "reformatório". O maçom já
vem pronto, cabe a ele utilizar-se do sistema da Maçonaria para melhorar-se, e isto só é possível
com árduo trabalho. Na busca por novos, se realmente se desejar que a ordem mude no aspecto de
albergar em suas colunas homens de escol, que façam a diferença, deve-se prospectar por aqueles
que já são "maçons" quando profanos. Iniciação é formalidade. Tais homens são imberbes no que diz
respeito aos ritos e a doutrina maçônica; o objetivo é fazer estes homens ainda melhores que já são.
O que atua para mudar tais bons homens para melhor? É a convivência com outros homens de
semelhante característica e determinação. É da convivência, do constante roçar de uns nos outros em
termos intelectuais e é abordando problemas da sociedade que se propicia a possibilidade de
aportarem insight que possam mudar a sociedade pelo desenvolvimento do humanismo. O maçom não
vai mudar os outros homens da sociedade, longe disso, é falácia dizer que o maçom deve voltar para
a sociedade e mudar criaturas brutas e abestalhadas que lá se encontram em resultado de suas lides
materialistas, oportunistas e viciadas. O bom homem que adentra às portas do templo vai melhorar a
si mesmo; e só! Quanto mais personalidades adentrarem nesta sublime instituição por amizade e
politicagem, em detrimento de qualidades que o revelem "maçom" ainda não iniciado, pior fica o
ambiente, corrompem-se relacionamentos, situações surgem onde a tolerância é colocada à prova, a
humildade pede descanso e encontra as vezes a
tirania.
O insight da afirmação a respeito do "nada" que a Maçonaria oferece tem por base a conhecida
resposta de Pitágoras momentos após sua iniciação; ele teria dito: - simplesmente nada encontrei! - E
que depois disso partiu em busca do significado deste "nada". É o que o maçom deve fazer na
Maçonaria, buscar respostas deste "nada". Ao maçom cabe reunir-se com outros maçons que
igualmente buscam escapar por alguns instantes da semana do mundo dos desejos e das ilusões e
desenvolver sabedoria. Isto pode ser um excelente exercício discursivo se remanescer apenas no
plano das idéias, retórica que nada constrói de prático sem o concurso de exemplos e a influência do
grupo social. O homem, criatura social por excelência, carece da convivência, do elogio, da
aprovação, da continua provocação para melhorar-se. O maçom usufrui de convivência, emoção,
amizade, para mudar a si mesmo no processo de auto educação onde atua a doutrina maçônica.
Muitos se afastam das lojas porque os maçons lá recebidos nada encontram para dar respostas ao
"nada" que trazem em si. Encontram "nada" porque a maioria dos que deveriam ser seus iguais,
"nada" portam igualmente e "nada" trocam com ele. Em todo canto encontram-se maçons que com
empáfia falam de simbolismo do alto de suas "cátedras" quando sequer entendem o significado do
compasso e os sucessivos círculos concêntricos que com ele podem ser produzidos; os infinitos
pensamentos. Limitam-se os maçons iniciados a repetir rituais automáticos e muito bem ensaiados
sem lhes determinar o sentido, a doutrina maçônica. Sentem que participam de associação de amigos
que se reúnem para comer macarrão e churrasco, tomar cerveja e verbalizar causos do cotidiano.
Fica pior quando as sessões arrastam-se monótonas e sem gosto, onde fica evidente a perda de
tempo. Como uma sessão sem atividade intelectual pode corroborar para o desenvolvimento do
maçom? Trabalhos são lidos e mal discutidos. Instruções são lidas e não interpretadas passo a passo.
Quando surge expoente entre os aprendizes, sua capacidade de participação é desprezada por
aqueles que se assenhoraram da verdade absoluta e se consideram donos destas; ou desestimulam o
aprendiz com frases de efeito; quando ignoram questionamentos, fazem troça e dizem que ele vai
aprender isto em graus superiores; estes manifestam o "nada" de que são constituídos.
O materialista questiona: - Como nada? Não vê os adornos do templo, ferramentas e estrelas no
teto? O maçom torto apenas vê o esquadro e não imagina que aquele significa retidão de proceder;
talvez o saiba, mas não o coloca em prática em sua vida e logo o esquece. Porque faz assim? Porque
não era "maçom" antes de ser iniciado. Um ponto de entrada na doutrina maçônica é a capacidade de
abstração para converter o simbolismo em raciocínios práticos e os colocar em uso na vida. Para
isto ocorrer com eficiência concorre elevada capacidade espiritual. Não há necessidade de ser
acadêmico! O simbolismo é simples, mas é preciso pensar, trabalhar e entender. Observa-se que os
melhores maçons são em sua maioria pessoas humildes que debatem com ardor idéias novas sem se
ferirem. São aqueles que alimentam seus pensamentos com novas idéias de forma permanente, que
afiam suas espadas, suas línguas, em exercícios de retórica refinada para convencer seus pares de
suas idéias e do que é objeto da sua mais alta aspiração. Que escrevem com denodo e capricho peças
de arquitetura para transmitir com clareza seus pensamentos aos outros. Que permanecem calados
quando percebem que o outro demonstra verdades de outra forma e ótica que a sua Pensar de forma
proativa é raro entre os entorpecidos pela preguiça de estudar, pensar e que balbuciam palavras
desconexas e repetitivas semelhante ao rito. Rito é repetição, pensamento não! E é divertido brincar
com pensamentos! De todas as propostas de iniciação que li em minha loja simbólica, li a maioria
das que remanescem nos arquivos, os maçons iniciados buscam na Maçonaria condição de
aperfeiçoamento. A intenção pode estar velada por motivos estritamente materialistas, encontrar
protetores ou ganhar mais dinheiro, mas no papel registraram em sua maioria que desejam melhorar.
Outros, no andar da carroça, enquanto as abóboras vão se acomodando, despertam em si os mais
elevados sentimentos humanistas. Depois que a curiosidade está alimentada é necessário ingerir
novos alimentos mentais, cada vez mais consistentes, senão desaparece o interesse. Cabeça vazia é
oficina do diabo!
Outra falácia imposta pela errônea interpretação e uso de antigos maçons é o que deve ser
mantido em segredo para o não iniciado. O cidadão bate às portas do templo sem conhecer
rudimentos do que o espera - e isto segue adiante nos graus filosóficos. Alguns aguardam da
realidade maçônica a consecução de ilusões díspares, inadequadas, absurdas. Maçonaria não é
reformatório nem atende às ilusões dos homens nem é remédio para ilusões. É possível criar mais
expectativa por revelar detalhes e comportamentos do maçom, o que é Maçonaria e de como ela
funciona, sem revelar segredo algum. Na Grande Loja do Paraná é usual entregar um livreto ao
pretendente, mas ainda é pouco. Já vivenciei cerimonia de iniciação que mais parece trote
universitário que reflexão da gravidade e sacralidade do ato de morrer para uma condição anterior.
O cidadão é iniciado, mostram-lhe ferramentas e determinam que trabalhe na pedra bruta. Se
trabalhar recebe aumento de salário, se não, recebe também. O que se vê com frequencia são peças
de arquitetura toscas, meras cópias de rituais e textos obtidos na Internet e livros de origem
duvidosa. É feita a leitura, o vigilante pede aumento de salário e pronto! O maçom ascende um grau.
Chega à plenitude da Maçonaria simbólica e nada desenvolveu da doutrina contida nos rituais. Não
aprendeu a pensar e interpretar a doutrina da Maçonaria. A base é a doutrina o rito a ferramenta.
Doutrina exige pensar, rito é repetição mecânica, provocação ao ato de pensar. Os aprendizes não
pensam porque seus pares também não o fazem; não debatem, não analisam, não debulham os
meandros das ideias desenvolvidas ou copiadas pelo irmão. Copiar não é pecado, o erro está em não
pensar e detalhar o que se copiou. E se o oficial resolve endurecer já apontam padrinho e outros
irmãos a demovê-lo de seu intento: - não faça isso, você vai espantar o obreiro. São realidades que
confrontam o novo irmão com o mesmo "nada" que o levou a pedir a luz. É lógico que procure
motivos urgentes para despedir-se.
Qual o motivo dos maçons não oportunizarem o trabalho no campo do pensamento. Preguiça? Ou
seria porque trabalho carrega em si conotação de negação do ócio, de castigo? O maçom operativo
trabalhava de sol-a-sol em atividade que lhe rendia momentos de êxtase e concretização de belezas,
algumas delas constante de arte fútil, mas que rendia prazer. Cada pedreiro preocupava-se com o
detalhe que tinha a seu cargo, a pedra que esculpia; dificilmente olhava a obra inteira, mas sabia que
trabalhava na construção de uma catedral; o pedreiro especulativo olha apenas a sua pedra, ele
mesmo, sem olhar para o resto da sociedade, que é a catedral da qual faz parte. É só olhar para
imagens das catedrais erigidas por aqueles vetustos profissionais para deduzir que a maior parte
daquele árduo trabalho era desnecessária, mas era arte; igualmente o especulativo deve desenvolver
atividade que lhe dê prazer, arte, diversão pelo pensamento. Dizer para um irmão que ele deve
produzir trabalho intelectual reflete nele com conotação de escravidão, tarefa a ser realizada para
satisfazer necessidades fisiológicas ou atender a exploração do sistema. Muitos não vêem a hora de
sair do templo, olham o relógio com freqüência, para dirigirem-se ao bar para "tomar umas e outras"
e "jogar conversa fora". Não poderiam canalizar este "jogar conversa fora" para debates de temas
úteis em direção ao humanismo e assim mesmo desfrutar prazer? O homem de hoje procura prazer
imediato sem ter de investir. Poucos destilam prazer do trabalho. Os objetivos das sessões devem ser
tais que transformem trabalho em momentos de ócio criativo, assim como explicado por Domenico
de Masi e Bertrand Russell. O maçom, o homem de hoje não entende como alguém pode desfrutar
prazer no trabalho. O trabalho em loja deve se converter em diversão; deve ser encarado como um
imenso playground do pensamento para tornar-se agradável e atrair os irmãos reiteradas vezes às
atividades intelectuais.
Defendo a ideia de transformar as reuniões em
encontros prazerosos e ao mesmo tempo edificantes, sem prejudicar o rito. Como descobrir a veia
artística de cada maçom em loja e ao mesmo tempo conduzir as atividades para aprimorar o
humanismo? Temos necessidade de compreender o que existe escondido nos ritos e transformar isto
em atividade prazerosa, algo que resulte em satisfação; atividade criadora assemelhada ao trabalho
dos antigos pedreiros da guildas. Que as sessões não sejam apenas um amontoado desconexo de
palavras e sim prateleira organizada de pensamentos e ideias. Que o "nada" ceda lugar ao desejo de
participar cada vez mais. Que cada sessão fique com aquele gostinho de "quero mais", onde os
próprios debatedores e participantes solicitem prolongamento dos trabalhos com vistas a aumentar o
prazer desfrutado para convivência prazerosa na obra do grande templo da sociedade. Desenvolver o
gérmen de algo inusitado para preencher o "nada" de cada um deve ser a mola mestra das atividades.
Como fazê-lo? É simples, nivele a loja e coloque os irmãos a debater temas onde eles próprios são
as personagens; onde eles possam solucionar a angústia de preencher o vazio do "nada" que portam e
com isto justificar o dom do livre-arbítrio atribuído pelo Grande Arquiteto do Universo as suas
criaturas e com isto dar glória para obra criativa.
BIBLIOGRAFIA
Esta peça de Arquitetura foi editada pelo Ir.'. Charles Evaldo Boller, parabenizando pelo
brilhante trabalho.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#37

PROCURA-SE UM ESCOCÊS

O Rito Escocês Antigo e Aceito ou R.·.E.·.A.·.A.·. é um Rito dentro da Maçonaria, que deriva do
Rito de Heredom e da época da fuga dos Cavaleiros Templários para a Escócia. Ligados ao Antigo
Testamento e à lenda de Hiram (lenda base da Maçonaria simbólica), julga-se que alguns dos ritos
descritos eram praticados por outras ordens secretas existentes em França, como os Martinistas, na
Alemanha, como os Illuminati ou os Rosa-Cruz, e na Escócia, como os Templários (estes refugiados
nesse país depois da sua perseguição nos Grêmios ou Lojas da classe profissional dos Pedreiros
Livres aí existentes).

O rito é composto de três graus simbólicos e trinta filosóficos.


Existe muita controvérsia sobre a influência templária no R.·.E.·.A.·.A.·., mas os mais atuais
estudos, feitos por Nicola Aslan e José Castellani em seus diversos livros, nos dão conta de que o
templarismo não influenciou o R.·.E.·.A.·.A.·. propriamente dito mas sim ao Rito de Perfeição ou de
Heredom, sob a pena de Andrew Ramsay, cavaleiro escocês que protagonizou a criação deste rito
em solo francês, ocasião em que proferiu dois discursos de grande repercussão a respeito do assunto.
O Rito de Perfeição ou de Heredom foi por esse motivo o ponto de partida para o R.·.E.·.A.·.A.·.
mas este sofreu vastas modificações até se ter tornado no que é hoje. Geridos pelas Obediências
Maçônicas, cada um dos três primeiros graus apresenta de forma paulatina ensinamentos básicos
simbólicos aos iniciados maçons no almejado aprimoramento moral e espiritual. Quando os maçons
atingem o 3.º Grau, diz-se que estão em pleno gozo de suas prerrogativas maçônicas, uma vez que
originalmente a Grande Loja Unida da Inglaterra trabalhou sucessivamente com dois (Aprendiz e
Mestre) e depois com três graus que ensinavam a parte da filosofia base da simbólica maçônica. Os
graus referidos como Filosóficos, são graus elevados e em número de trinta, onde a filosofia e a
moral são estudadas simbolicamente, em cada grau, com lendas ou mitos a estes associados. Os graus
elevados Filosóficos são geridos por vários Supremos Conselhos, que têm como objetivo manter a
uniformidade mundial dos rituais e dos métodos utilizados. Existe também o Rito Escocês Retificado,
também chamado de Rito de Willermoz em alusão ao seu idealizador, Jean Baptiste Willemoz, que
tencionava trazer de volta o rito às suas origens templária com fortes ecos no Rito de Perfeição ou de
Heredom, do qual deriva o Rito Escocês Antigo e Aceito.
Graus do Rito Escocês Antigo e Aceito
Simbólicos ou Tradicionais
1) Aprendiz 2) Companheiro 3) Mestre
Lojas da Perfeição ou Filosóficos 4) Mestre Secreto
5) Mestre Perfeito
6) Secretário Íntimo ou Mestre por Curiosidade
7) Preboste e Juiz ou Mestre Irlandês
8) Intendente dos Edifícios ou Mestre em Israel
9) Cavaleiro Eleito dos Nove Mestre Eleito dos Nove
10) Cavaleiro Eleito dos Quinze ou Ilustre Eleito dos Quinze
11) Sublime Cavaleiro dos Doze ou Sublime Cavaleiro Eleito
12) Grão-Mestre Arquiteto
13) Cavaleiro do Real Arco (de Enoch)
14) Grande Eleito da Abóbada Sagrada de Jaime VI ou Grande Escocês da Perfeição ou
Grande Eleito ou Antigo Mestre Perfeito ou Sublime Maçom

Capítulos 15) Cavaleiro do Oriente ou da Espada


16) Príncipe de Jerusalém (Grande Conselheiro)
17) Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18) Cavaleiro ou Soberano Príncipe Rosa-Cruz Areópagos
19) Grande Pontífice ou Sublime Escocês de Jerusalém Celeste 20) Soberano Príncipe
da Maçonaria ou Mestre "ad Vitam" ou Venerável Grão-Mestre de todas as lojas 21)
Cavaleiro Prussiano ou Noaquita 22) Cavaleiro Real Machado ou Príncipe do Líbano 23)
Chefe do Tabernáculo 24) Príncipe do Tabernáculo 25) Cavaleiro da Serpente De Bronze
26) Príncipe da Mercê ou Escocês Trinitário 27)Grande Comendador do Templo ou
Soberano Comendador do Templo de Salomão 28) Cavaleiro do Sol ou Príncipe Adepto
29) Grande Cavaleiro Escocês de Santo André da Escócia ou Patriarca dos Cruzados ou Grão-
Mestre da Luz 30) Grande Inquisidor, Grande Eleito Cavaleiro Kadosh ou Cavaleiro da
Águia Branca e Negra

Administrativos
31) Grande Juiz Comendador ou Grande Inspetor Inquisidor Comendador 32) Sublime
Cavaleiro do Real Segredo ou Soberano Príncipe da Maçonaria 33) Soberano Grande
inspector-geral.
BIBLIOGRAFIA
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#38

O PERGAMINHO DE CHINON

EXTERMÍNIO
Voltando na época de 1.310, mesmo com a comprovação da igreja da inocência dos templários,
seria impossível restabelecer a credibilidade dos cavaleiros, e não faltou insistência do Rei da
França em prosseguir com o extermínio da Ordem. Após diversas manobras do rei francês, o papa
tornou pública a decisão no dia 22 de março de 1.312, que os Templários, embora não condenados,
estavam extintos sob o argumento que a Ordem fora difamada demais para continuar.
A igreja com essa atitude lavava as mãos. De acordo com a prática, uma vez definido o destino de
um réu, a Igreja o entregava às autoridades para que a pena fosse executada. Nesse caso, os
Templários da França, já estavam nas mãos do rei a muito tempo que passou apenas a cumprir seu
desejo.
Os que confessarão novamente as acusações foram submetidos a prisão perpétua, outros menos
importantes ou que nada tinham a confessar foram mandados para mosteiros e lá ficaram pelo resto
da vida. Os líderes, incluindo o grão-mestre, tiveram que esperar até o dia 18 de março de 1.314.
Naquele dia a sentença foi dada, com base nas confissões anteriores, distorcidas pela coroa francesa,
quatro lideres foram condenados a punições cruéis e perpétuas – apodrecer na prisão sem alimentos
até que a morte lenta os libertassem. O Grão-mestre Jacques de Molay e o Mestre da Normandia
Godofredo de Charney, ficaram presos nas masmorras reais durante 7 anos e se recusaram ao
encarceramento perpétuo e gritavam com todas as suas forças a inocência dos templários e sua pura e
sagrada devoção a deus. Foram levados para ilha de Javiaux, pequena ilha no Sena a leste de Notre
Dame, amarrados em estacas, prestes a serem incendiados vivos. A VINGANÇA DO GRÃO-
MESTRE
O único relato ocular registrado, foi de um monge anônimo, que nos diz que ele caminhou para a
morte com tranquilidade e dedicação e ao ser envolvido pelas chamas ele jurou vingança e desafiou
o Rei e o Papa a enfrentá-lo no tribunal de Deus no prazo de um ano e um dia. Curiosamente, em
menos de 5 semanas, em 20 de abril, o Papa Clemente V morreu e naquele mesmo ano no dia 29 de
novembro, decorrente de uma queda de cavalo, o Rei Felipe IV também morreu. Jacques de Molay
estava vingado!
OS TEMPLÁRIOS SOBREVIVENTES E A MAÇONARIA
Fato que diversos países não concordaram com a atitude do Rei da França e não lançaram
campanha para perseguição dos templários. Que se absteve ou prestaram refúgio para os cavaleiros
foram Portugal e Escócia. O Rei de Portugal – Dinis – restituiu a Ordem dos Cavaleiros de Nosso
Senhor Jesus Cristo, que em sua essência eram os templários com outro nome e com outros
interesses, em específico, passaram a servir os interesses da coroa Portuguesa. Em 1.418 foi
nomeado grão-mestre da ordem o príncipe Henrique, que fundou a escola de navegação de Sagres,
quando se deu início as viagens exploratórias. A parte interessante nessa história é as embarcações
portuguesas que levavam em suas velas o símbolo dos templários, a cruz vermelha, sendo, portanto,
inegável relação entre a nova ordem e os cavaleiros da idade média. A rumores que a Escócia
recebeu a ajuda dos cavaleiros templários na batalha de Bannockburn, que lutava pela independência
escocesa. Uma tropa de templários invadiu a Inglaterra em momento decisivo e garantiu a vitória aos
escoceses. Em gratidão, foram protegidos pela Escócia e foram assimilados a uma nova ordem, a dos
maçons.
Fato absolutamente controvertido entre os estudiosos é a da Capela de Rosslyn, que associa a
escócia aos templários e aos maçons. A construção da Capela se deu em 1.456, num lugar de um
antigo templo que dizem se tratar de uma cópia arquitetônica perfeita do Templo de Salomão. O
simbolismo e esculturas da capela são surpreendentes, como pilares retratando a cópia exata da
coluna de Boaz, figuras representando o sementes de milho, e em síntese, um lugar que serviu de
esconderijo para abrigar os segredos da ordem. CONCLUSÃO
Sem dúvida foi uma ordem extraordinária, começaram pobres, lutando por um causa nobre, numa
terra santa, no momento que as três maiores religiões do mundo se voltaram para um único lugar, o
monte do templo. De maneira muito rápida, se tornaram ricos e com forte poderio militar. Não se
sabe exatamente o porque dessa expansão, mas lá, nas ruínas do templo encontraram algo e
concluímos que: em razão das especulações de estudiosos e arqueólogos, forçamos o Vaticano a se
manifestar.
O Código Da Vince de Dan Brawn (2003), não foi o primeiro romance a levantar teorias
contrárias ao vaticano, ele apenas sucedeu dezenas de outros autores. Contudo, após o estouro do
best seller em 2003/2004 forçamos a Igreja a se defender. Com a pueril alegação de não ter
catalogado seus documentos históricos, do dia para noite encontram o pergaminho de Chinon (2004)
– que relata que o Papa Clemente absolveu os templários –, ora é fato que existe muito mistério por
traz dos templários, mas também há outros mistérios sob guarda do Vaticano, só basta lutarmos para
livre investigação da verdade que ela se manifestará.
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido da Wikipédia - Enciclopédia Livre
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#39

A HISTÓRIA DO COMPANHEIRO MAÇOM

Doutrinariamente, o grau de Companheiro é o mais legítimo grau maçônico, por mostrar o obreiro
já totalmente formado e aperfeiçoado, profissionalmente. Historicamente, é o grau mais importante
da Franco-Maçonaria, pois sempre representou o ápice da escalada profissional, nas confrarias de
artesãos ligados à arte de construir, as quais floresceram na Idade Média e viriam a ser conhecidas,
nos tempos mais recentes, sob o rótulo de “Maçonaria Operativa”, ou “Maçonaria de Ofício”. Na
realidade, antes do século XVIII havia apenas dois graus reconhecidos na Franco-Maçonaria:
Aprendiz e Companheiro. Na época anterior ao desenvolvimento da Maçonaria dos Aceitos ou
Especulativa, o Companheiro era um Aprendiz, que havia servido o tempo necessário como tal e
havia sido reconhecido como um oficial, um trabalhador qualificado, autorizado a praticar seu ofício.
Na Idade Média, quando as construções em pedra eram comissionadas pela Igreja, ou pelos grandes
reis, duques ou lords, a Maçonaria operativa era um lucrativo negócio ; ser reconhecido, portanto,
como um Companheiro pelos operários era um passaporte seguro para uma participação no negócio e
para uma renda praticamente garantida. Graças a isso, os mestres da obra eram escolhidos entre os
Companheiros mais experientes e com maior capacidade de liderança ; e só exerciam as funções de
dirigentes dos trabalhos, daí surgindo o Master da Loja, o qual, pelas suas funções e pelo respeito
que merecia de seus obreiros, viria a ser o Worshipful Master - Venerável Mestre - o máximo
dirigente dos trabalhos. O grau de Mestre Maçom só surgiria em 1723 depois da criação, em 1717,
da Primeira Grande Loja, em Londres e só seria implantado a partir de 1738. Por isso, o grau de
Companheiro foi sempre o sustentáculo profissional e doutrinário dos círculos maçônicos, não se
justificando a pouca relevância que alguns maçons dão a ele, considerando-o um simples grau
intermediário. Autores existem, inclusive, que afirmam que na fase de transição da Maçonaria, ele
era o único grau, do qual se destacaram, para baixo, o grau de Aprendiz, e, para cima, o de Mestre.
Na realidade, não pode ser considerado um maçom completo aquele que não conhecer,
profundamente, o grau de Companheiro. A palavra Companheiro é de origem latina.

O seu significado tem provocado controvérsias quanto à sua etimologia, pois alguns autores
sustentam que ela seria derivada da preposição cum = com e do verbo ativo e neutro pango (is,
panxi, actum, angere) = pregar, cravar, plantar, traçar sobre a cera e no sentido figurado escrever,
compor, celebrar, cantar, prometer, contratar, confirmar. Neste caso, especificamente, pango teria o
sentido de contrato, promessa, confirmação, fazendo com que a expressão cum pango que teria dado
origem à palavra Companheiro signifique com contrato, com promessa, envolvendo um solene
compromisso, que teria orientado as atividades das companhias religiosas e profissionais da Idade
Média e do período renascentista. A origem mais aceita, todavia, é outra: o termo Companheiro é
derivado da expressão cum panis, onde cum é a preposição com e panis é o substantivo masculino
pão, o que lhe dá o significado de participantes do mesmo pão. Isso dá a idéia de uma convivência
tão íntima e profunda entre duas ou mais pessoas, aponto destas participarem do mesmo pão, para o
seu nutrimento. Essa origem, evidentemente, deve ser considerada nos idiomas derivados do latim:
compañero (castelhano), compagno (italiano), compagnon (francês), companheiro (português). A
Enciclopédia Larousse, editada em Paris, por exemplo, registra o seguinte, em relação aos vocábulos
compagnon e compagnonnage: Compagnon - n.m. (du lat. cum = avec, et panis = pain) - Celui que
participe à la vie, aux occupations d’un autre: compagnon d’études. Membre d’une association
de compagnonnage. Ouvrier. Ouvrier qui travaille pour un entrepreneur (par opos a patron).
Compagnonnage - n.m. - Association entre ouvriers d’une même profession à des fins
d’instruction professionelle et d’assistence mutuelle. Temps pendant lequel l’ouvrier sorti
d’apprentissage travaillait comme compagnon chez son patron. Qualité de compagnon.
Ou seja:Companheiro - substantivo masculino (do latim cum = com, e panis = pão) - Aquele
que participa, constantemente, das ocupações do outro: condiscípulo, companheiro de estudos.
Membro de uma associação de companheirismo. Operário que trabalha para um empreiteiro.
Companheirismo - substantivo masculino - Associação de trabalhadores de uma mesma profissão,
para fins de aperfeiçoamento profissional e de assistência mútua. Tempo durante o qual o operário
saído do aprendizado trabalhava como companheiro, em casa de seu patrão. Qualidade de
companheiro.

Nos idiomas não latinos, os termos usados têm o mesmo sentido. Em inglês, por exemplo, o
Companheiro, como já foi visto, é o Fellow, que significa camarada, par, equivalente,
correligionário, membro de uma sociedade, conselho, companhia, etc. . Daí, temos as palavras
derivadas, como: fellow laborer = companheiro de trabalho; fellow member = colega; fellow partner
= sócio; fellow student = condiscípulo; fellow traveler = companheiro de viagem; e fellowship =
companheirismo. Não se deve, todavia, confundir o grau de Companheiro Maçom, ou o
Companheirismo maçônico com o Compagnonnage - associações de companheiros - surgido na Idade
Média, em função direta das atividades da Ordem dos Templários, e existente até hoje, embora sem
as mesmas finalidades da organização original, como ocorre, também, com a Maçonaria. O
Compagnonnage foi criado porque os templários necessitavam, em suas distantes comendadorias do
Oriente, de trabalhadores cristãos ; assim organizaram-nos de acordo com a sua própria doutrina,
dando-lhes um regulamento, chamado Dever. E esses trabalhadores construíram formidáveis
cidadelas no Oriente Médio e, lá, adquiriram os métodos de trabalho herdados da Antigüidade, os
quais lhes permitiram construir, no Ocidente, as obras de arte, os edifícios públicos e os templos
góticos, que tanto têm maravilhado, esteticamente, a Humanidade. O Compagnonnage, execrado pela
Igreja, porque tinha sua origem na Ordem dos Templários, esmagada no início do século XIII, por
Filipe, o Belo, com a conivência do papa Clemente V, acabaria sendo condenado pela Sorbonne.
Esta, originalmente, era uma Faculdade de Teologia, já que fora fundada em 1257, por Robert de
Sorbon, capelão de S. Luís, para tornar acessível o estudo da teologia aos estudantes pobres. E a
condenação, datada de 14 de março de 1655, contendo um alerta aos Companheiros das organizações
de ofício (os maçons operativos), tinha, em relação às práticas do Compagnonnage, o seguinte texto:
“Nós, abaixo assinados, Doutores da Sagrada Faculdade de Teologia de Paris, estimamos:
1. Que, em tais práticas, existe pecado de sacrilégio, de impureza e de blasfêmia contra os
mistérios de nossa religião;
2. Que o juramento feito, de não revelar essas práticas, mesmo na confissão, não é justo nem
legítimo e não os obriga de maneira alguma ; ao contrário, que eles se obrigam a acusar a si
mesmos desses pecados e deste juramento na confissão;
3. Que, no caso do mal estar continuar e não possam eles remediá-lo de outra forma, são
obrigados, em consciência, a declarar essas práticas aos juizes eclesiásticos ; e da mesma forma,
se for necessário, aos juizes seculares, que tenham meios de dar remédio;
4. Que os Companheiros que se fazem receber em tal forma assim descrita não podem, sem
incorrer em pecado mortal, se servir da palavra de passe que possuem, para se fazer
reconhecer Companheiros e praticar os maus costumes desse “Companheirismo” ;
5. Que aqueles que estão nesse Companheirismo não estão em segurança de consciência,
enquanto estiverem propensos a continuar essas más práticas, às quais deverão renunciar; 6.
Que os jovens que não estão nesse “Companheirismo”, não podem neles ingressar sem incorrer
em pecado mortal.
Paris, no 14o. dia de março de 1655”.
Nada a estranhar! Era a época dos tribunais do Santo Ofício, da “Santa” Inquisição.
Para finalizar, é importante salientar que muitos dos símbolos do grau de Companheiro Maçom-os
quais tanto excitam a mente de ocultistas - foram a ele acrescentados já na fase da Maçonaria dos
Aceitos, pelos adeptos da alquimia oculta, da magia, da cabala, da astrologia e do rosacrucianismo ,
já que os obreiros medievais, os verdadeiros operários da construção, nunca adotaram tais símbolos,
limitando-se às lendas e aos mitos profissionais. Eram, inclusive, adversários das organizações
ocultistas, combatidas pela Igreja, à qual eles eram profundamente ligados, pois dela haviam haurido
a arte de construir e mereciam toda a proteção que só o clero católico poderia dar, numa época em
que o poder maior era o eclesiástico. Com o incremento do processo de aceitação, a partir dos
primeiros anos do século XVII, as portas das Lojas dos franco-maçons foram sendo abertas não só
aos intelectuais e espíritos lúcidos, que foram responsáveis pelo renascimento europeu, mas,
também, a todos os agrupamentos místicos e às seitas existentes na época. Isso iria provocar uma
verdadeira revolução nas corporações de ofício e iria começar a delinear a ritualística especulativa
do grau, baseada em símbolos místicos e nas doutrinas ocultistas, principalmente na Cabala e na
Alquimia Oculta.
BIBLIOGRAFIA Do nosso Valoroso Mestre que nos enriquece com suas obras José
Castellani Do livro: “Cartilha do Grau de Companheiro” Editora A Trolha –
1998

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO


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#40

UM SOLITÁRIO CHAMADO VOLTAIRE

"Não concordo com nenhuma de tuas palavras, mas defenderei até a morte o teu direito de
dizê-las"
Por demonstrar suas virtudes cardeais (Sabedoria, Coragem, Justiça e Temperança),
Voltaire foi convidado a ingressar na Maçonaria...
Enciclopédia é o conhecimento universalizado. É uma obra, geralmente, em forma de dicionário,
que trata de todos os assuntos de ciência, arte ou, se especializada, de todos os assuntos de
determinado setor científico ou artístico. Na enciclopédia se expõe, metodicamente, o conjunto dos
conhecimentos universais ou específicos de um campo do saber, agrupados em temas ou dispostos
em ordem alfabética.
A famosa Enciclopédia Francesa do Século XVIII (que é considerada a primeira), iniciou-se em
1751, quando saíram a lume seus dois primeiros volumes, e foi ultimada em 1780, perfazendo 35
volumes. Foi um quadro geral dos esforços do intelecto humano em todos os gêneros e em todos os
séculos. O enciclopedismo veio combater as idéias pagãs do direito divino dos reis, que justificavam
o absolutismo dos tronos; em conseqüência disso surgiu a Revolução Francesa, rasgo grandioso de
heroísmo humano. O modo como a Enciclopédia e os Iluministas desenvolveram as idéias às quais a
Revolução Francesa dada conseqüência prática, configurou a passagem da postura filosófica à
postura política, patenteando a negação do direito divino da Igreja ao monopólio da verdade, e,
conseqüentemente, o direito divino dos governantes ao monopólio do poder. Os primeiros volumes
foram proibidos, como ofensivos ao rei e à religião; os jesuítas tentaram continuar a obra, porém não
conseguiram, retornando aos enciclopedistas.

A publicação permitiu que as novas idéias difundissem-se, não só na Europa, mas em toda a
América, cuja influência, também, se exerceu no Brasil, e, a Inconfidência Mineira (1789) é um
grande exemplo. É tida como obra capital do Iluminismo do Século das Luzes, como ficou conhecido
na História o Século XVIII, radiosa época em que o dogma religioso inquestionável foi eclipsado
pela crença na razão e na perfectibilidade humanas. Diderot foi o idealizador da Enciclopédia
(Encyclopédie ou Dictionnaire Raísonné des Sciences, des Arts et des Métiers), que reuniu 150
colaboradores, que passaram a ser chamados de "enciclopedistas", dentre eles D'Alembert,
Rousseau, Montesquieu, Turgot e Voltaire. É de Voltaire que vamos falar. Poeta, dramaturgo,
historiador, epistológrafo e prosador francês, Voltaire cultivou todos os gêneros: a tragédia, a
história, o conto, a crítica, a epopéia e sobretudo a filosofia. A sua influência literária e social foi
enorme tornando-o escritor francês por excelência, claro, límpido, preciso, espirituoso e elegante.
Sua obras tornaram-se clássicas, como Brutus, Epístola a Urânio, História de Carlos XII, 0 Templo
do Gosto, Cartas Filosóficas e outras. Mas é Cândido, publicada em 1758, sua obra mais famosa, um
conto filosófico onde atacou as opiniões otimistas de sua época, que consideravam o homem como
uma criatura que havia alcançado a felicidade e a liberdade. Não obstante, o maior meio de
propagação das idéias de Voltaire foi sua extensa correspondência: mais de dez mil cartas, que são,
até hoje, leitura fascinante, que, infelizmente, nunca foi inteiramente ou corretamente editada.

A vida de Voltaire é a história dos avanços que as artes devem ao gênio, de poder exercer sobre
as opiniões de seu Século, da longa guerra contra os preconceitos, declarada já em sua juventude e
mantida até seus últimos momentos. Voltaire nasceu em Paris a 21 de Novembro de 1694, filho de
François Arouet, um parisiense notário abastado, e de uma dama de nobre estirpe, Marie Marguerite
Daumart. Fez seus primeiros estudos com os jesuítas no Colégio de Clermont, onde se revelou um
aluno brilhante, porém, levando a seguir uma juventude dissoluta. Iniciou o curso de direito, mas não
terminou. Freqüentou a Societé du Temple, de libertinos e livres pensadores. Voltaire, cujo
verdadeiro nome era François-Marie Arouet, foi uma das figuras mais evidentes das letras francesas
no Século XVIII, e que tomou parte preponderante no enciclopedismo. Em virtude do seu
temperamento e idéias revolucionárias, em 16 de Abril de 1717, foi preso na Bastilha pela autoria
suposta de um panfleto contra Luís XIV. Na prisão, aproveita o tempo para escrever a sua primeira
tragédia, 0 Édipo, cujo sucesso, abre-lhe a entrada aos meios intelectuais, compôs uma grande parte
de um poema épico (Henriada), de que é herói Henrique IV, rei de França, e mudou, por algum
motivo ignorado, o nome para "Voltaire" (provavelmente anagrama de Arouet leu jeune, segundo
Thomas CarIyIe (1795-1881). Parece, entretanto, que o nome existiu na família de sua mãe.

Foi Voltaire quem introduziu na França a mecânica de Isaac Newton (1642-1727) e a psicologia
de John Locke (1632-1704), dando começo à Era da Luz. Na França do Século XVIII, onde os
intelectuais se achavam em rebelião contra um despotismo antiquado, corrupto e impotente, a
Inglaterra era considerada como a pátria da liberdade, sendo que eles se achavam predispostos a
favor do filósofo inglês Locke, face às suas doutrinas políticas. Na verdade, a filosofia, no Século
XVIII, estava dominada pelos empiristas britânicos, dos quais Locke, Berkeley e Hume podem ser
considerados os principais representantes. Às vésperas da Revolução Francesa, a influência de
Locke, na França, foi reforçada pela de David Hume (1711-1776), um grande filósofo escocês, que
vivera algum tempo na França e conhecia, pessoalmente, muitos de seus principais sábios e eruditos.
Mas, o principal transmissor da influência inglesa à França, é creditado a Voltaire. E é de Voltaire o
maior passo na conquista das liberdades individuais, que lutou contra toda limitação à liberdade de
pensamento, reconhecendo a todos o direito de manifestar suas idéias. Espirituoso, dotado de
invejável facilidade de escrever, e além disso, excepcionalmente culto, foi Voltaire o autor mais lido
e festejado do seu tempo. Escarneceu com fervor a teoria do "Direito Divino", e, como considerasse
a Igreja Católica um dos sustentáculos do regime vigente, atacou-a com audaciosa e desabrida
irreverência. A repressão que Voltaire mais odiava era a da tirania organizada pela religião.
Explodia a sua indignação contra a "monstruosa crueldade da Igreja", que torturava e queimava
homens bons, honestos e inteligentes, por terem ousado duvidar dos seus dogmas. Combateu,
implacavelmente, esse sistema de ortodoxia privilegiada e perseguição, adotando como lema - contra
a Igreja Católica - "Écrasez L'infâme, ! " (Esmagara Infâmia !). "L"infâme" era a ortodoxia
privilegiada e perseguidora, e foi contra ela a grande e verdadeiramente heróica luta de Voltaire.
Obrigado a deixar a França, asilou-se em Londres, onde entrou em contato com teorias de vários
filósofos de vanguarda da Inglaterra, principalmente Locke. Retoma à França empenhando-se na
divulgação das idéias dos filósofos ingleses. Graças a seu estilo eminentemente vivo e atraente e à
sua ironia, conseguiu criar, em inúmeros espíritos, um sentimento de profundo desprezo pelas
instituições e crenças até então dominantes, tendo sido o mais violento destruidor da estrutura
tradicional da Europa.

Quisessem-no ou não os governantes, Voltaire, representava o espírito francês no que tinha de


mais vivo e de mais ousado. Vinte e cinco anos antes da Tomada da Bastilha, Voltaire foi o profeta
de uma revolução inevitável'. As mudanças vieram com algumas vias imprevistas da Revolução, que,
infelizmente, ao radicalizar-se, afastou-se da moderação voltairiana. Teria, certamente, condenado as
violências, adotadas pelo movimento, cujo preparo contribuiu como ninguém. Como Rousseau,
Diderot e Montesquieu, ele trouxe a palavra revolução para a filosofia política. Foi admitido na
Academia Francesa em 1746. Por demonstrar suas virtudes cardeais (Sabedoria, Coragem, Justiça e
Temperança), Voltaire foi convidado a ingressar na Maçonaria, e, sua passagem pela Sublime Ordem
é tida como inusitada. Muitos contestam, quanto à validade da sua iniciação, face ao seu espírito,
sistematicamente, céptico e da sua irreligiosidade arraigada. Odiava a Igreja Católica e todas as
formas de intolerância. Não foi ateu, como muitos pensam, mas um deísta, embora alegando o
argumento de que Deus, se não existisse, deveria ser inventado para refrear os mais instintos das
massas do povo. Já há algum tempo se esperava o seu ingresso na Arte Real, pois era em Lojas de
Franco-Maçonaria onde as distinções de classes não importavam e a ideologia do Iluminismo era
propagada com um desinteressado denodo. Os Maçons, que condenavam todo e qualquer dogmatismo
eclesiástico, não obstante aceitar o Grande Arquiteto do Universo, encontravam franca
correspondência nos filósofos. A doutrina moral dos Maçons estava completamente de acordo com
os princípios das Luzes. A Liberdade, a Igualdade e em seguida a Fraternidade de todos os homens,
slogans criados por Antoine-François Momoro (1756-1794), que os escrevia nos edifícios públicos,
(mas que alguns creditam ao filósofo Louis-Claude Saint Martins 1743-1803), eram o brado no
interior dos Templos. No devido tempo se tomaram os slogans da Revolução Francesa. A iniciação
de Voltaire prendeu, por muito tempo, as atenções de todo o universo Maçônico.

No dia da sua iniciação, Voltaire beirava os 84 anos. Na cerimônia estavam presentes


representantes da Imperatriz Catarina, da Rússia, e do Rei Frederico 11, Imperador da Prússia.
Havia embaixadores de vários países, como Inglaterra, Itália, e o famoso Benjamim Franklin
representando o Novo Mundo, que acompanhou Court de Gebelin, o proponente do candidato para a
Loja Neuf Soeurs (Nove Irmãs), ao Oriente de Paris. A Loja Neuf Soeurs, fundada em 9 de Julho de
1976, era célebre porque quase todos os grandes escritores do Século XVIII fizeram parte dela,
como Denis Diderot (1713-1784) e Jean Le Rond D'Alembert. O ritual ocupava um lugar
preponderante nas cerimônias, que eram longas, de uma sábia cronologia, lentas, entrecortadas de
homilias morais com laivos de filosofia. Falava-se de tudo e as suas sessões se prolongavam até
tarde da noite. Era 7 de Abril de 1778. O Templo estava completamente tomado, com vários Irmãos
de grande destaque nas ciências, letras, e na política, dentre os quais os príncipes Emmanel Salus e
Camille Rohan, o sábio abade Tingue e o doutor Guillotin. O Venerável Mestre era o grande
astrônomo Joseph Jerôme Lefrançois de Lalande (1732-1807). Nessa memorável noite, e com o mais
seleto auditório de todos quantos até ali se haviam reunido numa Loja Maçônica de França, Voltaire,
pelo braço dos seus proponentes, deu entrada no recinto sob uma chuva de frenéticos aplausos.
Sentou-se numa grande cadeira de espaldar colocada no centro do Templo. Não lhe colocaram
vendas nos olhos e nem, tampouco, o submeteram às provas físicas, que a cerimônia exigia. Foi
levado em consideração a sua idade provecta de oitenta e quatro anos, apesar do candidato estar em
pleno uso de todas as suas faculdades e, ainda, ágil em seus movimentos. A fama de Voltaire
contribuiu para isso, e, todo o corpo Maçônico presente se encheu de orgulho.

O próprio Lalande recebeu Voltaire, que, muito emocionado, dissertou sobre a grande honra que
estava tendo ao recebê-lo naquele Augusto Cenáculo, proferindo palavras sacramentais que
consagravam o candidato não apenas como um Aprendiz da Arte Real, mas um verdadeiro Mestre na
plenitude de todos os direitos Maçônicos, como já o era em todos os ramos do saber humano. Em
seguida os embaixadores da Imperatriz Catarina e do Rei Frederico 11 fizeram suas manifestações de
júbilo. O abade Cordier de Saint- fez um discurso brilhante: "Queridíssimo Irmão," ~ diz ele a
Voltaire - "éreis Maçom antes mesmo de receberdes a característica, e, haveis preenchido os deveres
antes de contrairdes sua obrigação entre nossas mãos! " Seguiram-se as de Laplace, Lamarck, e, por
último, a de Diderot que falou em nome do espírito moderno da França e que era, afinal, o espírito da
própria Enciclopédia. Quando Voltaire se posicionou para usar da palavra fez-se silêncio absoluto!
Falou de improviso durante duas horas. A torrente das suas palavras, vezes irônicas, outras
proféticas, regurgitava como lavas de um vulcão visto de longe, mas sentido de perto pelo calor que
transmitia e se desenvolvia na assistência, alertando as consciências e pondo as almas ao rubro. O
discurso de Voltaire foi encarado como o mais completo laboratório de idéias inovadoras, e, como a
Enciclopédia, minara a rocha do despotismo figurada pelo absolutismo do trono e pela tirania da
Igreja. As frases mais candentes eram como setas ervadas que dando volta ao Templo saiam depois
em busca dos grandes alvos. A cerimônia se transformou numa brilhante festa Maçônica, onde
Voltaire, numa assombrosa velocidade, respondeu à todas as perguntas que lhe foram dirigidas,
empolgando todos os presentes. A iniciação de Voltaire foi o morrão impiedoso que provocou a
maior explosão da História da Humanidade.

O segredo da iniciação acabou transpirando e o trono estremecera ! Luiz XVI sentira que a
presença dos representantes de Catarina e Frederico 11 fora um sintoma arrasador. Mas, quis o
Grande Arquiteto do Universo , que cinqüenta e quatro dias da sua Iniciação, Voltaire morresse. O
clero romano, através do cura de sua paróquia, recusou-lhe sepultura cristã; o governo proibiu a
imprensa de publicar artigos sobre sua personalidade; os teatros foram proibidos de representar suas
obras; e, a Academia não lhe concedeu as merecidas honras. Somente a Loja Neuf Soeurs,
transtornada com a intransigência eclesiástica, celebrou uma manifestação pública em que lhe foram
prestadas todas as honras fúnebres. Para prevenir qualquer ação da Igreja, seu corpo foi
embalsamado e transferido, secretamente, para a abadia de Scellières, na Champanhe. Em 1791 suas
cinzas foram transferidas, solenemente, para o Panteão. Voltaire, a quem podia faltar um sistema de
idéias ou uma doutrina política, mas não faltava o senso de justiça, bateu-se contra vários abusos
judiciais que ficaram famosos. Não exerceu, somente, uma espécie de soberania literária, mas reinou,
também, sobre a opinião pública de maneira quase absoluta, sendo procurado por todos os que
sofriam com a intolerância, o fanatismo e as injustiças sociais. Aliás, acrescente-se, sua obra, em
certo sentido, é menos importante literária ou ideologicamente do que do ponto de vista histórico;
por ter escrito o que escreveu no momento em que o escreveu, por ter tido as suas idéias na época em
que as teve, é que Voltaire, constitui um dos cimos do pensamento humano e uma das glórias mais
indiscutíveis na história da inteligência.
Como filósofo, foi o porta-voz dos Iluministas, em tomo dos quais se congregaram os adversários
do Romantismo, e, como tal, se estendeu até o povo, porém, foi mais admirado do que conhecido.
Acima de tudo, entretanto, ele foi um escritor, isto é, um homem cuja biografia é a história dos seus
livros, e que fez da palavra escrita o instrumento por excelência da reforma social. Sua
personalidade e talento como escritor deram-lhe uma influência penetrante em seu tempo,
freqüentemente chamado "época de Voltaire". Voltaire foi o soberano intelectual do seu século e é
uma das maiores personalidades da Humanidade ! No dia em que nos esquecermos de honrar
Voltaire, não seremos mais dignos da liberdade...
... E Voltaire foi um Maçom Ir.'. E. Figueiredo ARLS Pentalpha Paulista - 208 Or.'. de São
Paulo - SP Pertence ao CERA T - Clube Epistolar Real Arco do Templo Integra o GEIA -
Grupo de Estudos Iniciáticos Athenas Bibliografia:
Alencar Renato - Enciclopédia Histórica do Mundo Maçônico Boucher, Jules - A Simbólica
Maçônica Durant Will -A História da Filosofia Hobsbawm - 1789-1848 Jacq, Christian - A
Franco-Maçonaria Lima, Adelino Figueiredo - Nos Bastidores do Mistério... Maurois, André - 0
Pensamento Vivo de Voltaire Mellor, AJec - Dicionário da Franco-Maçonaria Russel, Bertrand
- Filosofia Moderna Tourret, Fernand - Chaves da Franco-Maçonaria A Revolução Francesa -
Edição lstoé Senhor Dicionário Enciclopédico Brasileiro - Editora Globo Enciclopédia Barsa
Grande Enciclopédia Larousse Cultural - Nova Cultural Revista ASTRÉA nº 3 - Março de
1927 UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
IRMÃO VOLTAIRE
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voltaire.html
#41

A MAÇONARIA NA TERRA SANTA

Vivendo em Israel há cinquenta anos, Leon Zeldis, Cônsul Honorário do Chile em Tel Aviv, já
ocupou o mais alto cargo da Maçonaria israelense. Ele assinala que não existe impedimento entre o
Judaísmo e a Maçonaria. E mais: rabinos e hazanim (oficiantes cantores das sinagogas) pertencem a
Ordem, e na cidade de Eilat, no extremo sul do país, na fronteira com o Egito, uma loja maçônica
chegou a funcionar em uma sala da Yeshivah (escola religiosa para formação de rabinos). “A
Maçonaria Israelense é um exemplo de convivência e tolerância”, destaca Zeldis. “O que
procuramos mostrar é que é possível conviver, judeus, árabes e cristãos, como irmãos.” Existem
várias maneiras de ajudar ao próximo. Ser maçom é uma delas. Para Leon Zeldis Mandel, 80 anos,
título de “Grão-Mestre, Soberano Grande Comendador, Grau 33”, a Maçonaria não melhora o
mundo, mas os maçons, sim. Nascido na Argentina, Zeldis viveu no Chile, formou-se engenheiro
têxtil nos Estados Unidos e fundou, em 1970, a primeira loja maçônica de Israel de língua espanhola.
Escritor, poeta e conferencista, é autor de 15 livros e de mais de 150 artigos e ensaios publicados em
diversos idiomas. Seus livros, "As Pedreiras de Salomão", "Estudos Maçônicos" e "Antigas Letras"
foram traduzidos para o português. Também é membro honorário da Academia Maçônica de Letras
de Pernambuco. Residindo em Israel desde 1960, Zeldis foi presidente do Supremo Conselho do Rito
Escocês Antigo de Israel. Suas atividades como conferencista e profundo conhecedor da história da
Maçonaria o levaram às principais cidades da Europa e do continente americano. No Brasil
participou do Congresso Internacional de História e Geografia Maçônica, realizada em Goiana
(1995). Foi distinguido como membro honorário dos Supremos Conselhos da Turquia, Itália, França
e Argentina. Com dois mil membros, a Maçonaria em Israel foi oficializada em 1953, mas desde o
século XIX os maçons estão na Terra Santa. Em 1873 foi instalada a primeira loja regular em
Jerusalém. Depois, em 1890, outra loja foi constituída em Jaffa. Atualmente, setenta lojas funcionam
em Israel, desde Naharía, ao norte, até Eilat, com um número apreciável de irmãos árabes (cristãos e
muçulmanos), funcionando em seis idiomas, além do hebraico e do árabe. Em 2007 mantive contato
com Zeldis que falou um pouco mais sobre a Maçonaria e os judeus. A Maçonaria existe desde os
tempos de Moisés ou é ainda mais antiga?
As lendas maçônicas estão baseadas na época da construção do Templo de Jerusalém pelo rei
Salomão e depois na sua reconstrução pelos judeus que regressaram do exílio da Babilônia. Mas,
para a Maçonaria, tudo isso não passa de histórias mitológicas. O certo é que existiram na Europa
associações de construtores medievais (maçons operativos) e somente no século XVII começaram a
ingressar nas lojas pessoas que não eram trabalhadores de construção. Finalmente, no início do
século XVIII as lojas já eram totalmente simbólicas (maçons especulativos). Depois da fundação da
primeira Grande Loja de Londres, em 24 de junho de 1717, a Maçonaria Simbólica e Especulativa se
propagou rapidamente pela Europa e por todos os países onde existia a liberdade de consciência.
Quais sãos as principais atividades sociais e humanitárias das lojas?
A Grande Loja realiza diversas obras de beneficência, mas, além disso, cada loja se preocupa em
fazer trabalhos que sejam bons para a comunidade. Minha loja, “La Fraternidad 62”, de Tel Aviv
(que trabalha em espanhol), nos últimos anos tem enviado material médico a hospitais, bicicletas a
meninos etíopes e também fez uma importante doação para uma instituição que cuida de crianças com
problemas familiares. A Ordem também financia bolsas de estudos para estudantes pobres e presta
ajuda a instituições de assistência aos cegos, entre outras ações. Em geral, a Maçonaria é pouco
conhecida em Israel, porque as nossas atividades beneficentes são feitas com discrição, sem
publicidade. Todavia, personalidades importantes da sociedade israelense são ou foram, no passado,
maçons, incluindo aí juizes, médicos, prefeitos e outros. O fundador da escola agrícola Mikveh Israel
(a primeira escola agrícola judaica moderna implantada na terra de Israel, em 1870), Carl Netter, era
maçom, assim como também foram o prefeito de Haifa, Shabetay Levy ( trabalhou para o Barão de
Rothschild e foi prefeito de Haifa entre os anos de 1940 a 1951) e Itamar Ben Avi (jornalista e
escritor, ajudou a concluir o Dicionário da Língua Hebraica). Todos são nomes de ruas em Israel.
Não existe nenhum impedimento entre o Judaísmo e a Maçonaria. Nós temos na Ordem rabinos e
hazanim, e o ex-Grão Rabino do país, Israel Lau (sobrevivente do campo de concentração de
Buchenwald), apesar de não ser maçom, assiste as nossas festividades e realiza conferências em
nossas lojas. Em Eilat, durante algum tempo, a loja funcionou em uma sala da Yeshivah local. O
rabino também era maçom. Na história recente, os Rabinos Chefes da Inglaterra e da África do Sul
eram ambos maçons.

A Maçonaria israelense – seguindo a tradição das lojas da Inglaterra e da Escócia - não tem
nenhuma interferência na política. O que procuramos demonstrar é que é possível conviver em paz,
árabes e judeus, tratando-se com afeto, como irmãos. Qual é a importância da cidade de Jerusalém na
Maçonaria? A cidade de Jerusalém e seu Templo têm um papel central nas tradições maçônicas. Nas
escavações realizadas nas bases do muro ocidental, o arqueólogo Warren descobriu uma sala que
acreditava ser um templo maçônico. Outros arqueólogos têm contestado esta suposição, porém o fato
é que no centro da sala existe uma coluna de mármore branca que não chega ao teto, ou seja, não tem
nenhum propósito estrutural. Quando Warren explorou este recinto, havia duas colunas, como nos
templos maçônicos (o inglês Charles Warren conduziu importantes escavações em Jerusalém, entre
1867 a 1870).
A Maçonaria ajudou na Independência de Israel?
Existem certos aspectos dos Essênios, como o processo de ingresso e a ordem nas reuniões, que
guardam algumas semelhanças com a Maçonaria, mas não existe nenhuma relação direta. Quase todas
as palavras de acesso e chaves secretas da Maçonaria são palavras hebraicas. Além disso, a relação
com o Templo de Jerusalém é fundamental na Maçonaria. No entanto, é preciso dizer claramente que
a Maçonaria não é uma religião e não está ligada ao Judaísmo, a não ser por tradições que eu já
mencionei e o uso de palavras hebraicas. Como a Maçonaria avalia as campanhas transnacionais
anti-Israel por parte da mídia e ONGs de todos os tipos? A ignorância e o preconceito são difíceis
de combater quando são financiados por inimigos do progresso e da democracia. O exemplo mais
contundente de ignorância e fanatismo cego é o constante uso do “Protocolos dos Sábios de Sião”
para atacar tanto o Judaísmo como a Maçonaria, apesar de que faz mais de um século que se
demonstrou de forma indiscutível de que se trata de uma fantasia anti-semita, baseada em um livro de
um escritor francês (Joly) e de um novelista alemão (Goedsche), escrita por um agente da Okrana
(polícia secreta do Czar), em Paris. Não importa quantas vezes se tem demonstrado a falsidade do
livro, mesmo assim ele vem sendo publicado nos países árabes e em outras partes do mundo. Não há
outro remédio do que seguir contestando as mentiras - com a esperança de que a verdade finalmente
triunfe – e educando as novas gerações nos princípios de liberdade, igualdade e fraternidade.
Desafios do Século XXI
Em seu livro “Antigas Letras”, Zeldis defende alguns aspectos que devem mobilizar a atenção da
Maçonaria no século XXI, no tocante a sua importante função na sociedade contemporânea. A ênfase
na educação (laica e maçônica) é vital, segundo Zeldis, para melhorar a sociedade e o indivíduo. “A
importância da educação está precisamente em adquirir a capacidade de julgar, categorizar,
classificar e avaliar a qualidade da informação recebida, não somente pelo seu conteúdo textual, mas
também do ponto de vista ético e teleológico.” A simples transferência de informações pode se
constituir, na maioria das vezes, em um armazenamento de conhecimentos que oprime e sobrecarrega
o ser humano, impedindo-o de analisar e refletir sobre o essencial, escreve Zeldis. E cita o filósofo
alemão Friedrich Krause (1781-1832), para quem a educação é algo que a grande parte das pessoas
recebe, muitos transmitem, mas muito poucos têm. “O que equivale a dizer que muitíssimas pessoas
sabem ler, porém são incapazes de reconhecer o que vale a pena ler”, conclui o autor. Elaborada
pela loja São Paulo 43 – fundada em 1945 e que desenvolve importantes projetos na área social - a
listagem relacionando os maçons ilustres de vários países inclui o nosso entrevistado, o portenho
Leon Zeldis, nesse grupo seleto de pessoas que “fizeram da virtude a sua principal causa na vida.”
Ao lado de José de San Martin, libertador da Argentina, Chile e Peru. Entre os brasileiros, destacam-
se os maçons Rui Barbosa, D.Pedro I, Padre Diogo Antônio Feijó, Deodoro da Fonseca, Luiz Alves
de Lima e Silva (Duque de Caxias), José Maria da Silva Paranhos (Visconde do Rio Branco), Carlos
Gomes, Epitácio Pessoa, José do Patrocínio, Benjamim Constant, Casimiro de Abreu, Joaquim
Rabelo e Caneca (Frei Caneca), Oswaldo Aranha, Nelson Carneiro e Evaristo de Morais. Em
relação aos maçons de Israel, dois nomes são listados: Menachem Begin e Itzhak Rabin, ambos
primeiros-ministros e ganhadores do Prêmio Nobel da Paz (1978 e 1994). O rei Talal Hussein, da
Jordânia, e Abd El-Kader, fundador do estado da Argélia, são os maçons ilustres dos países
árabes.
O Museu do Holocausto, em Washington (United States Holocaust Memorial Museum),
inaugurado em 1993 com a finalidade de preservar a memória do mais trágico momento vivido pela
humanidade no século XX, coloca à disposição dos visitantes documentos e fotos que contam a
história da Maçonaria sob o regime nazista da Alemanha. A perseguição teve início em 1933, quando
o governo alemão emitiu decreto visando a dissolução voluntária das “lojas”. Um ano depois,
aquelas que ainda não tinham sido fechadas, foram forçadas pela Gestapo (polícia secreta do partido
nazista) a encerrar as suas atividades. Ainda em 1934, outro decreto definia a Maçonaria como
“hostil ao Estado” e ilegal. Apertando o cerco, o serviço de segurança das SS (polícia nazista),
comandado por Reinhard Heydrich, criou um setor especial – a Seção 2/111 – voltado para a
aniquilação da Maçonaria e de seus membros. Uma campanha difamatória ligando os maçons a
teorias conspiratórias se estendeu por todos os países da Europa sob o domínio da Alemanha
Nazista. Em 1940, a França ocupada declarou os maçons inimigos do Estado, pondo a polícia para
vigiá-los e prendê-los, e emitindo cartões de identificação semelhantes à estrela amarela dos judeus.

É difícil saber o número exato de maçons mortos em campos de concentração, porque muitos
foram arrolados como opositores ao governo ou associados aos focos de resistência ao nazismo nos
países invadidos. Atualmente, calcula-se que existem 6 milhões de maçons em 164 países (58% nos
Estados Unidos), sendo que o Brasil congrega, aproximadamente, 150 mil distribuídos em 4.700
“lojas” de um total de 9 mil instaladas em toda a América do Sul.
Peça de Arquitetura enviada por nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#42

OS INCONFIDENTES - PARTE I

A Maçonaria na Inconfidência Mineira, está muito bem assinalada na História do Brasil. Em


1789, a Maçonaria, unida, partiu para as lutas pela independência do Brasil, à custa do sacrifício da
própria vida dos seus Obreiros. Os obreiros de HIRAN, face às bulas da Igreja e ao ato proibitório
de D. João V, passaram a trabalhar clandestinamente. Assim tanto os Maçons, quanto os Conjurados
passaram a realizar suas reuniões ou assembléias nas casas de uns e de outros. A 1ª reunião dos
Conjurados (conspiradores), aconteceu na residência do Tem. Cel. Paula Freire, em fins de 1788, e a
ele se juntaram outros conspiradores, dentre os quais TIRADENTES. Os pesquisadores mineiros, Dr
Sílvio Carneiro e Professora Dorália Galesso, divulgaram o resultado de pesquisa que realizaram
sobre a origem da expressão “UAI” incorporada ao vocabulário quotidiano Mineiro. “Os
Inconfidentes Mineiros, mas subversivos para a Coroa Portuguesa, se comunicavam através de
Senha, para se protegerem. Como conspiravam em porões e sendo quase todos maçons, recebiam os
companheiros com as batidas clássicas da Maçonaria, nas portas dos esconderijos. Lá de dentro,
perguntavam: Quem é ?, e os de fora respondiam: UAI – as inicias de UNIÃO, AMOR e
INDEPENDÊNCIA. Só mediante o uso dessa senha, palavra de passe a porta era aberta ao visitante.
A Maçonaria sendo uma instituição sigilosa passou a coordenar as ações dos conspiradores. Este
fato foi muito importante nos convites aos cidadãos para sua iniciação na instituição Maçônica,
principalmente dentre os Conspiradores.
O Encontro de TIRADENTES com o Dr. Maciel
TIRADENTES era muito conhecido em Minas e no Rio de Janeiro, devido à sua habilidade
odontologia e de tratar enfermos, e sem dúvida, devido à sua personalidade, de alguém com todas as
características e ressentimentos de um revolucionário.
Em licença no Rio de Janeiro, em 1787, TIRADENTES reuniu-se com o Dr. José Álvares Maciel –
Maçom, recém chegado da Europa, Padre Rolim e com o Cel. Joaquim Silvério dos Reis, e juntos
elaboraram os primeiros planos da Conjura.
O Reconhecimento de TIRADENTES como “irmão”
Ao retornar a Minas em agosto de 1788, TIRADENTES apresentou-se ao Coronel Francisco de
Paula Freire, cumprimentando-o, e este, que sabidamente não tinha simpatia pelo Alferes, de quem
mantinha distância; mudou o tratamento completamente, quando TIRADENTES, participou-lhe que
havia sido iniciado nos mistérios da instituição Maçônica, identificando-se com tal. Esta revelação
foi sem dúvida reconhecida pelo Coronel Francisco de Paula Freire, Maçonicamente.
TIRADENTES, deve ter lhe apresentado o certificado lavrado pelo irmão Maciel. Na
clandestinidade, com as Lojas fechadas, as iniciações não ocorriam na forma usual e regular, como
hoje. A História Antiga da Maçonaria, revela que, na clandestinidade as Iniciações eram “Por
Comunicação”, como ainda hoje há nos graus Filosóficos.
Exemplo de “Iniciação por Comunicação”
Nesta oportunidade, apresento um exemplo surpreendentemente revelador de uma Iniciação Por
Comunicação, com certificado lavrado no ato, e que faz parte do registro histórico da Mui Excelsa
Loja Centenária “Rocha Negra” – Diz o certificado: “ Certifico que, atendendo às boas qualidades e
requisitos necessários, que concorrem na pessoa do Profano TOMÁS FERREIRA VALE, natural da
Freguesia da Encruzilhada, Bispado do Rio de Janeiro, idade 39 anos, Religião Católica, Apostólica,
Romana e em Virtude do meu Sublime Grau e dos poderes que me acho investido pelo Grande
Oriente Brasileiro. O iniciei Aprendiz Maçom; devendo dar a jóia d’entrada na Loja em que se
houver de filiar. Em fé do que, lhe dei o presente certificado; e para que este não possa servir senão
ao dito Irmão Vale, fiz-lhe assinar seu nome à margem – Ne Varietur – Rogo portanto a todos os
caríssimos irmãos o reconheçam por tal, e lhe prestem tudo quanto nos assegura nossa amada e
respeitável ordem. Dado no remanso da Paz, em lugar vedado às vistas dos profanos, em São
Gabriel, República Riograndense, aos três dias do 4º mês do Ano da Verdadeira Luz de 5.639.
José Mariano de Matos Tomás Ferreira Vale, Aprendiz Maçom.
Como vimos, havia a preocupação para que tal ato fosse realizado no “Remanso da Paz, em lugar
vedado às vistas dos profanos”, por um Mestre Maçom; como é hoje, só que, devidamente autorizado
pela Potência, e em Templo de Loja Regular, devidamente Constituída, e em Sessão Magna
convocada para tal.
A Continuidade dos Trabalhos Maçônicos
Os Maçons, na medida que , para dar continuidade o trabalho que haviam aprendido em outras
lugares, onde existiam Lojas, necessitavam fundar uma oficina Maçônica para continuar ativos dessa
forma registra-se a fundação de uma Loja:
”Fraternalmente reunidos no remanso da
Paz, em lugar vedado a profanos os Maçons Regulares e competentemente munidos de seus
Diplomas – resolveram trabalhar numa Loja provisória com o título distintivo, que trabalhará no
R\E\A\A\ sob os auspícios do Grande Oriente Unido do Brasil, e elegeu para Venerável o
Resptb Ir...; e para os demais cargos, os irmãos; resolveu-se impetrar da respectiva Grande
Oficina a sua regularização”. Este caso é apresentado porque, na clandestinidade, muitas Lojas
foram estabelecidas em Salões de Residências, para só, muito tempo depois mudarem para Templos
Maçônicos, após a sagração por um Grão Mestre. Por exemplo, em São Paulo, como existiam muitos
Maçons, e não existiam Lojas, em 13 de março de 1832, o estudante de Direito, José Augusto Gomes
de Menezes (Ir\Badaró), junto com alguns Maçons, devidamente autorizados, fundaram a Loja
“Amizade” que por algum tempo, desde a fundação funcionou na residência do Ir\Badaró; podendo
iniciar profanos. Somente em 04/01/1873 é que a Loja “Amizade” inaugura o seu Templo definitivo,
onde está até hoje, à Rua Tabatinguera. Esta Loja Mãe tornou-se o centro da Maçonaria paulista.
TIRADENTES encontra comerciantes Luso-Brasileiros
Em 1776 – As Monarquias e Colônias estremecem sob o impacto da independência das 13
colônias inglesas na América. Nesta época, na cidade do Rio de Janeiro os comerciantes Luso-
Brasileiros, Maçons João Rodrigues de Macedo e Antônio Ribeiro de Avelar, conheceram
TIRADENTES; e com ele passaram a conspirar; nesta oportunidade, também encarregaram alguns
estudantes Brasileiros de Coimbra – Portugal, e Montpelier – França, de fazerem contatos com
representantes de potência estrangeiras.
Homenagem aos Incontinentes Mineiros

Em Belo Horizonte, há um grande monumento na Praça Ruy Barbosa: ali estão os nomes dos
condenados e do escravo Nicolau (que acompanhou Domingos de Abreu Vieira no degredo). É uma
homenagem do Povo mineiro aos Inconfidentes.Para uma melhor compreensão do irmão e leitor, farei
um resumo da vida de cada Inconfidente.
MILITARES:
1) Ten. Cel. Francisco de Paula Freire de Andrada – comandante do Regimento de Cavalaria
Paga(regular), em 1789 tinha 33 anos. Sua casa em Vila Rica com o tempo transformou-se no centro
de reuniões intelectuais; sua casa ainda está de pé; é um sobrado em cujo segundo andar há dois
salões.2) Ten. Cel. Francisco Antônio Rebelo – Português, com 29 anos. Era Ajudante de Ordens do
Governador de Minas.3) Ten. Cel. Francisco Manoel da Silva e Mello – servia no Regimento de
Artilharia do Rio de Janeiro; era amicíssimo do Alferes Tiradentes.4) Sargento–mor Pedro Afonso
Galvão de São Martinho – Português, era o Subcomandante do Regimento de Cavalaria de Minas.5)
Capitão Maximiniano de Oliveira Leite - comandante do Destacamento do Caminho do Rio de
Janeiro.6) Capitão Manoel da Silva Brandão – servia no Regimento da Vila Rica sob o comando do
Tem. Cel. Paula Freire; era figura militar chave na conspiração, comandava o Destacamento sediado
na Vila do Tejuco.7) Capitão Antônio José de Araújo – aliciado por Tiradentes, teve participação
discreta.8) Capitão Manoel Joaquim de Sá Pinto do Rego Fortes – servia no Regimento de
Voluntários Reais de São Paulo. Era amigo de Tiradentes a mais de sete anos.9) Ten. José Antônio
de Melo – era colega de Tiradentes no Regimento de Cavalaria de Minas.
10) Ten. Antônio Agostinho Lobo Leite Pereira – era do Regimento de Cavalaria de Minas,
colega de Tiradentes.
11) Alferes Joaquim José da Silva Xavier – TIRADENTES, é o maior herói nacional, já
consagrado pelo apoio popular e por lei, considerado o Protomártir, o maior dentre todos os mártires
do processo brasileiro de independência. Primeiro Mártir Maçom Brasileiro, publicamente
reconhecido a dar sua vida pela causa da liberdade da sua pátria. Nasceu na Fazenda do Pombal,
propriedade de seu pai, situada na Vila de São João Del-Rei, em 1746. Mantinha laços de amizade
com os comerciantes Antônio Ribeiro de Avelar e João Rodrigues de Macedo, em razão do papel da
Sociedade Política Secreta. Em 1775, ingressa na carreira das armas, sobe rápido até o posto de
Alferes, posto no qual marca passo; foi dentista e sangrador ambulante – gostava de servir aos
pobres, era um filantropo.
CIVIS:
1) Tomás Antônio Gonzaga – Iniciou na Maçonaria em Portugal com o nome heróico de “Julião”, e
ao chegar ao Brasil, reconheceu o pai de Marília, como “irmão” ao apertar a mão deste – como ele
mesmo afirma: levei um susto, apertou-me a mão com efusão (toque). Não havia dúvidas. Olhamo-
nos com cumplicidade. Éramos os dois “irmãos”,duas sentinelas. Estaria eu diante do primeiro irmão
Maçom em Minas Gerais! Nesta oportunidade falei com o Capitão João Mayrink sobre o futuro de
nossa Poderosa Irmandade. Gonzaga Foi o vulto mais importante da Conjura de 1789. Ele foi o autor
da Constituição, como acontecera com os líderes Norte-Americanos. Em Coimbra foi aluno do maior
expoente do iluminismo da época, o Maçom, Domingos Vandelli (seu provável iniciador) o mesmo
que iniciou O Dr. José Álvares Maciel. No âmago das discussões e da evolução política, atuava
discreta e secretamente a Maçonaria; aliás, como sempre foi de seu estilo, a que, afinal, era
obrigada, como forma de sobrevivência. Segundo depoimento do Padre Manoel Rodrigues da Costa,
Gonzaga pertencia ao “círculo dos iniciados no segredo”, juntamente com Maciel.2) Cláudio Manoel
da Costa – Dois dias após seu depoimento na Devassa, cometeu o suicídio ou foi assassinado? Era
formado em Direito pela Universidade de Coimbra – Portugal. Como Advogado sabia que, para o
crime de lesa-majestade, a pena era excepcionalmente cruel: esmagamento na roda dos ossos do réu
vivo.3) Inácio José de Alvarenga Peixoto – Formado em Direito pela Universidade de Coimbra –
Portugal. No batizado de seus filhos, reuniu todos os conspiradores,4) José Álvares Maciel –
Engenheiro Químico. Era Maçom, conforme as provas concretas existentes; e este fato permite
provar que ela estava presente em Minas. Sabe-se porém, que a atuação da Maçonaria na
Inconfidência foi discretíssima; teve um papel menor pois, a sociedade proibida dava os primeiros
passos no Brasil. Era natural de Vila Rica –MG. Foi aluno excepcional, do mestre Domingos
Vandelli, a quem se atribui a introdução da Maçonaria em Portugal. Maciel, como destacado aluno e
colaborador de Domingos Vandelli, na Universidade de Coimbra, certamente por ele foi iniciado na
Maçonaria. É preciso lembrar que a Maçonaria não tinha, à época, os fabulosos templos que hoje
ostenta. Assim, as reuniões da sociedade tinham cunho ultra-secreto, sendo realizadas em qualquer
local, no remanso da Paz, a portas fechadas, longe das vistas de profanos. Maciel ter-se-ia
encontrado com José Joaquim da Maia em dezembro de 1787 na Universidade de Coimbra, logo
após o encontro deste com Thomas Jefferson, embaixador dos EUA, na França. O fato de Maciel ser
Maçom, foi revelado pelo seu confessor, que disse: Maciel reconvertera-se ao cristianismo, depois
de passar pela fornalha da oficina da “Franco- Maçonaria”.
5) Francisco Antônio de Oliveira Lopes – ex Militar, tendo servido com TIRADENTES durante 6
anos. Era fazendeiro.

6) Domingos de Abreu Vieira – Era português. Morava em Vila Rica; em sua casa reuniram-se e
hospedaram-se por várias vezes, todos os principais conspiradores, segundo sua confissão. Era
compadre de TIRADENTES.7) Joaquim Silvério dos Reis Montenegro Leiria Guites – Passou à
História como sinônimo de traição; Não era Maçom.8) José Aires Gomes – Era o maior fazendeiro
de Minas. Foi convencido por TIRADENTES de que receberiam apoio de potências estrangeiras. 9)
João Rodrigues de Macedo – Era português e primo de Domingos José Gomes, que o apresentou aos
comerciantes Antônio Ribeiro de Avelar e Antônio Gonçalves Ledo (pai de Joaquim Gonçalves
Ledo, maçom de tendências republicanas), foi generoso principalmente com os presos e condenados.
A reunião principal e definitiva, ocorreu em sua residência. Vicente Vieira da Mota, em seu
depoimento, deixou escapar que “ali eram realizadas reuniões maçônicas”. 10) José de Rezende
Costa e José de Rezende Costa Filho.11) Vicente Vieira da Mota – Era contador e governava a casa
de João Rodrigues de Macedo.12) Luiz Vaz de Toledo Piza.13) Domingos Vidal de Barbosa Laje
– Era médico, formado pela Faculdade de Montpelier, sendo iniciado na Maçonaria. Sua
participação na Inconfidência começou na França, em 1787, quando encontrou os estudantes
Brasileiros José Joaquim da Maia e Barbalho, e José Mariano Leal da Câmara Rangel de Gusmão.
Joaquim da Maia foi o estudante que usando o pseudônimo “Vandeke”, encontrou-se com Tomás
Jefferson. Domingos Vidal esteve presente a um dos encontros, de Maia com Jefferson.14) José
Joaquim da Maia e Barbalho – Era maçom(pai e filho), inclusive sua missão , junto a Tomás
Jefferson era exatamente por ele ser maçom:

Continua ...
Peça de Arquitetura enviada por nosso venerável mestre Ailton de Oliveira
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO UAI

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#43

OS INCONFIDENTES - PARTE II

O CLERO
Os réus eclesiásticos por decisão “sui generis” da Comissão de Alçada, não tomariam conhecimento
de suas sentenças; a decisão final era da Rainha. Como a Rainha enlouqueceu, coube ao Príncipe
Regente Dom João a decisão, e este assim despachou: “Faça-se perpétuo silêncio”. Este processo
está hoje no Museu da Inconfidência em Ouro Preto.1) Padre Luiz Vieira da Silva – Maior líder da
conspiração ao lado de Tomás Gonzaga.2) Padre Carlos Correia de Toledo e Melo – De todos era o
mais radical.3) Padre José da Silva e Oliveira Rolim – Participou decisivamente de todas as
reuniões dos INCONFIDENTES, tendo o encargo de conseguir 200 cavaleiros.4) Padre Manoel
Rodrigues da Costa – Participação discreta sem missão específica.5) Pare José Lopes de Oliveira –
Seus depoimentos foram arrasadores para a conspiração, inclusive falou sobre apoio estrangeiro à
revolução.6) Padre Francisco Vidal de Barbosa Laje – Era irmão do inconfidente Domingos Vidal de
Barbosa Laje, ele escapou por terem os devassantes passado ao largo de seu nome.7) Padre José
Maria Fajardo de Assis – Ouviu do próprio TIRADENTES, toda pregação revolucionária. Nunca foi
preso e interrogado como réu.
A Participação da Maçonaria na Inconfidência
A participação da Maçonaria no movimento, pode ser considerada discreta, em função de sua
clandestinidade. Mas, não se pode ignorar sua presença revolucionária, no século XVIII, como um
canal político de ascensão de uma nova classe no comando político do Estado. Os princípios
Maçônicos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, que hoje parecem menores, no século XVIII,
quando o comando do Estado era exercido apenas pela nobreza, tinham outro significado: Liberdade
significava a abolição da Monarquia. Igualdade significava abolição de classe. Fraternidade era o
objetivo moral e final de uma nova ordem.

A Introdução da Maçonaria no Brasil


A Maçonaria Azul (Inglesa, monarquista) chegou ao Brasil entre 1760 e 1770, trazida por tripulantes
de “navios ingleses”. A Maçonaria Vermelha (francesa, republicana) está confirmada, pela
existência de uma Loja na década de 1780, no Rio de Janeiro: a loja fundada por Manuel Inácio de
Silva Alvarenga e Basílio da Gama, disfarçada sob o nome de Sociedade Literária, provavelmente
fundada em 1786. Na verdade essa academia era uma Loja Maçônica, pelos seguintes fatos: o
Estatuto rezava no seu Art. 1º “A Boa fé e o segredo”. Domingos Vidal de Barbosa Laje freqüentava
a Sociedade Literária de Silva Alvarenga.
Perseguição à Maçonaria
Como se não bastasse, em 1799 o Vice Rei Conde de Resende acusa Luiz Beltrão de Gouveia de
ser “jacobino e pedreiro livre”. A Sociedade Literária foi fechada, acusada de
“jacobinismo”(republicanismo e maçonaria). A Academia de Ciências de Lisboa foi fundada em
1778 e desde o início fora objeto de suspeita por parte do Intendente Geral de Polícia, Diogo Pina
Manique; que perseguia ferozmente os membros da Academia, por suspeita de que “aquilo” era
Maçonaria.
Reuniões de Maçons na Clandestinidade
Nesta pesquisa, o que nos interessa é a existência de indivíduos maçons, que reunindo-se em
qualquer “remanso da Paz”em horário combinado, constituíam informalmente, uma “Loja”, não
importando em que parte do mundo fosse. E, era assim que no século XVIII, ocorriam as reuniões dos
maçons, em Salvador, Rio de Janeiro, São Paulo, Vila Rica (Ouro Preto) ou em qualquer lugar. O
que se sabe, é que a influência comercial da Inglaterra era muito grande, tanto em Portugal quanto na
Colônia (Brasil), assim podemos afirmar que a Maçonaria Azul tinha grande influência no Brasil
como em Portugal, e a Maçonaria Vermelha , francesa influenciava, principalmente, a classe
intelectual de Portugal e do Brasil, por razões óbvias.
A Iniciação de TIRADENTES
Lauro Sodré, 16º Grão Mestre do Grande Oriente do Brasil (1904/1906), declara que naquela
época a Maçonaria permitia que se fizesse iniciações fora dos templos, por um irmão com
autoridade, o que era denominado de: “Iniciação por Comunicação”. E dessa forma é que em 1787, o
irmão José Álvares Maciel fez a iniciação de TIRADENTES. Hoje a Constituição da Maçonaria não
permite mais iniciação por Comunicação.
O Caráter Maçônico da Reunião de 27/12/1788
Tarquínio J. B. de Oliveira, pesquisando os Autos da Devassa, em Portugal, e arquivos diversos,
declara que a reunião decisiva dos Inconfidentes na residência do Ten. Cel. Francisco de Paula
Freire de Andrada, na noite de 27/12/1788 teve caráter de reunião maçônica, inclusive pelo fato de
ter ocorrido no dia de São João, data consagrada pela Maçonaria. “Confidências de um Inconfidente”
nos informa que nesta Sessão, por proposição do irmão José Álvares Maciel, TIRADENTES foi
Exaltado, recebendo o 3º Grau. Diante da indagação de alguns irmãos, Tomás Gonzaga, Cláudio
Manoel da Costa e o Aleijadinho (Mestre Lisboa) exclamaram: “ele já era um dos nossos” Apenas,
ainda não houvera oportunidade para sua Exaltação. Esta sessão Maçônica de 27/12/1788, está
ritualisticamente definida, como se expressa Gonzaga: ”Na água Limpa” – O Cajado bateu 3 vezes e
a porta se abriu – Vicente entrou (Vicente Vieira da Mota), relanceando o olhar para a frente e pelos
lados, passou à esquerda do “livro” e foi sentar-se ao lado do estrado.
Ainda podia sentir-se o cheiro do incenso. O Venerável pôs a Ordem do Dia em Votação, sendo
aprovada. Nesta noite TIRADENTES foi o “Orador”, e anunciou, se houver traição... – fez com sua
voz possante – O culpado terá a morte. Os Trabalhos foram realizados em “Conselho”, tendo
TIRADENTES proposto a bandeira da nova nação – branca com um tríplice triangulo de cores
vermelha, azul e branca. E Alvarenga sugeriu a clássica inscrição “Liberdade ainda que tardia”-
tradução do original latino: “Libertas Quae Sera Tamen”.
O Templo Maçônico Oculto
Há evidência da existência de um Templo Maçônico oculto na residência de Antônio Vieira da Cruz,
no Alto da Cruz em Ouro Preto. Os restos desse Templo foram desenterrados acidentalmente, motivo
de reportagens em: Revista Veja de 30/05/1979, páginas 111-112; e Jornal da Tarde de Belo
Horizonte, 11/09/1978. Onde está ainda em pé, um magnífico monumento de pedra, em forma de
“altar maçônico”, tendo na sua base um Delta Luminoso, construído em 1792, no ano da morte de
TIRADENTES e degredo dos demais Inconfidentes. Ainda há a suposição de que os restos mortais
de TIRADENTES, até hoje desaparecidos, tenham sido retirados das estacas, por irmãos maçons e
levados para o interior de uma mina de ouro, abandonada , existente no quintal da casa de Antônio
Vieira da Cruz, a uma profundidade de 400 metros.
A Maçonaria Baiana e os Patriotas Mineiros
TIRADENTES, como quase todos os Conjurados era “pedreiro-livre” – a evidência deste fato está
muito bem caracterizada, pois, quando de sua remoção da Bahia, foi ele portador de instruções
secretas da Maçonaria Bahiana para os patriotas de Minas.
A Maçonaria como Partido Político
O absolutismo reinante, era defendido pelas Ordens de nobreza, pela Igreja Católica, Academias
oficiais, etc...E os comerciantes do setor de importação e exportação, maiores interessados na
Independência do Brasil, agiam na clandestinidade – E o único “partido político” que norteava
ideologicamente esses interesses de classe era a Maçonaria.
TIRADENTES, por sugestão de amigos de “partido” requereu autorização para viajar à Lisboa,
para ver em que nível estavam os passos da Maçonaria, na Europa. A 1ª vez em março de 1787 e a
segunda em fevereiro de 1788. Não chegou a realizar a viagem pois, o Maçom José Álvares Maciel
que acabara de chegar da Europa supriu-lhe as informações de que necessitava.
Participação de Maçons na Conjura Tarquínio
de Oliveira apresenta provas concretas sobre a existência de dois maçons na Conjura: José Álvares
Maciel e Padre Luiz Vieira da Silva. Mas no cotejo das provas se depreende da existência de
diversos maçons, infelizmente não em caráter documental.
O historiador Tarquínio de Oliveira cita ainda que o Conjurado João Rodrigues de Macedo
abrigava em sua casa num dos magníficos salões uma “Loja Maçônica”, onde reunia os cabeças
pensantes de Vila Rica. No que tange às provas documentais, nada se pode confirmar, além dos dois
acima, mas dentre os Inconfidentes aptos a serem qualificados como maçons poderiam ser citados,
além do Grão Mestre João Rodrigues de Macedo e do Venerável Mestre do período de 1788 em
diante Luiz Vieira da Silva, seus contemporâneos Luiz Beltrão de Gouveia, Tomás Antônio Gonzaga,
Cláudio Manoel da Costa, Diogo Pereira de Vasconcelos, José Pereira Ribeiro, José Álvares
Maciel, Francisco de Paula Freire de Andrade, Inácio José de Alvarenga Peixoto, e o Alferes
Joaquim José da Silva Xavier (TIRADENTES).
1) TIRADENTES foi Maçom iniciado pelo Maçom Dr. José Álvares Maciel, Por Comunicação,
como reconhece o Sereníssimo Grão Mestre Lauro Sodré. 2) TIRADENTES foi reconhecido pelas
Potências Maçônicas Brasileiras como Maçom, de fato e de direito, ao homenageá-lo com Títulos
Distintivos de suas Lojas Simbólicas3) Cerca de mil maçons desfilam em trajes maçônicos
completos, com seus paramentos (aventais, colares e luvas) em Belo Horizonte, no dia 21/04/1978,
às 09,00 horas, em homenagem ao Irmão TIRADENTES, fato que, pode e deve, também ser
entendido como um reconhecimento Maçônico Post Mortem.4) TIRADENTES foi Exaltado,
recebendo o 3º Grau por proposição do irmão José Álvares Maciel em sessão realizada em
27/12/1788, num Templo improvisado na residência do Ten. Cel. Francisco de Paula Freire de
Andrada.5) Dessa forma e diante do desenvolvimento da presente Pesquisa, você, irmão, está em
condições de fazer também, sua conclusão.
6) A conclusão deste Pesquisador é que TIRADENTES foi Maçom, convicto, fraterno e atuante,
sendo portanto nosso IRMÃO.
BIBLIOGRAFIA:
1) A Inconfidência Mineira – Uma síntese factual. Autor: Márcio Jardim. Bibliex. 2) Rocha Negra –
A legendária – Autor: Marivaldo Calvet Fagundes. A Trolha. 3) A Maçonaria e a Questão Religiosa
– Autor: Marcelo Linhares. Centro Gráfico do Senado Federal.
4) A Maçonaria no Centenário -1822/1922(da Independência do Brasil).
Autor: Antônio Giustti - Grau 335) TIRADENTES – O poder oculto, o livrou da forca – Autor Assis
Brasil. 6) A Devassa da Devassa – A Inconfidência Mineira. Autor Kenneth Maxwell. Paz e Terra.
7) Confidências de um Inconfidente. Autora: Marilusa Moreira Vasconcellos.9) Vários “sites” das
Potências Maçônicas Brasileiras.
Peça de Arquitetura foi enviada por nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira

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#44

ORDEM DEMOLAY - OS NOSSOS FUTUROS MESTRES

A Ordem DeMolay é uma ordem secreta de princípios filosóficos, fraternais e iniciáticos,


patrocinada pela Maçonaria[1], para jovens - do sexo masculino - com idade compreendida entre os
12 e os 21 anos. Fundada nos Estados Unidos dia 18 de Março de 1919 em Kansas City, Missouri,
pelo Maçom Frank Sherman Land, é patrocinada e apoiada pela Maçonaria, oficialmente desde 1921,
que na maioria dos casos cede espaço para as reuniões dos Capítulos DeMolay e Priorados da
Ordem da Cavalaria, denominações das células da organização.A Ordem é inspirada na história de
Jacques DeMolay, 23º e último Grão-Mestre da Ordem dos Templários, morto em 18 de março de
1314 junto a outros membros da Ordem por não ter confessado as falsas acusações de pratica de
diversos crimes, entre eles heresias e infidelidade à Igreja Católica, partidas do rei Filipe IV de
França, e aceitas pelo papa Clemente V. Sendo motivo dessas acusações a ambição de Filipe pelas
posses da antiga Ordem, pois em caso de prisão, os bens do acusado passariam a pertencer ao
Estado francês.
Há cerca de 205 milhões de membros em todo o mundo e mais de 20 milhões no Brasil. O
DeMolay que completa 21 anos de idade, é denominado Sênior DeMolay e passa a acompanhar os
trabalhos da Ordem através da "Associação DeMolay Alumni". No Brasil, distribuídos em mais de
setecentos Capítulos, os milhares de DeMolays regulares de todos os estados da federação se reúnem
freqüentemente. No mundo, a Ordem DeMolay pode ser encontrada em: Aruba (Países Baixos),
Alemanha, Austrália, Bolívia, Brasil, Canadá, Colômbia, Estados Unidos, Filipinas, Guam (Estados
Unidos), Itália, Japão, México, Panamá, Paraguai e Uruguai.

No dia 08 de abril de 2008, o Deputado Estadual de São Paulo Bruno Covas criou o Dia do
DeMolay no Estado de São Paulo, através da Lei Estadual nº 12.905, a ser comemorado anualmente
no dia 18 de março de cada ano. No dia 19 de janeiro de 2010, o então presidente da República
Federativa do Brasil, Luís Inácio Lula da Silva, através da Lei Federal nº 12.208, instituiu o dia 18
de março como o Dia Nacional do DeMolay, seguindo o exemplo de Bruno Covas, que escolheu esta
data por marcar a data de falecimento de Jacques DeMolay, herói mártir da Ordem. Os princípios da
Ordem são baseados em virtudes como a fraternidade e o companheirismo, incentivando cada
membro a trilhar seu caminho seguindo preceitos que são considerados pela Ordem diferenciais na
vida de um líder e determinantes para seu destino. A Ordem se baseia nas chamadas "Sete Virtudes
Cardeais de um DeMolay", que são:
o Amor filial;
o Reverência pelas Coisas Sagradas;
Os baluartes da Ordem são a defesa das Liberdades:
* "Religiosa" representada pelo Livro Sagrado.
* "Civil", representada pela Bandeira Nacional. * "Intelectual", representada pelos Livros
Escolares.

Assim prescreve a ética de um DEMOLAY:


* Um DeMolay serve a Deus;
* Um DeMolay honra todas as mulheres;
* Um DeMolay ama e honra seus pais;* Um DeMolay é leal a ideais e amigos;* Um DeMolay
executa trabalhos honestos;* Um DeMolay é sempre um cavalheiro;* Um DeMolay é um
patriota tanto em tempo de paz quanto em tempo de guerra;* Um DeMolay sempre permanece
inabalável a favor das escolas públicas;* Um DeMolay é o orgulho de sua Pátria, seus pais, sua
família e seus amigos;* A palavra de um DeMolay é tão válida quanto sua confiança;* Um
DeMolay, por preceito e exemplo, deve manter os elevados níveis aos quais ele se
comprometeu.

O ingresso na ordem DeMolay não garante que o jovem irá se tornar um maçom no futuro
Graus. Assim como a Maçonaria possui o Corpo das Lojas de Perfeição após as Lojas Simbólicas, a
Ordem DeMolay também se divide em dois Corpos. O primeiro, envolve os dois primeiros Graus: o
Grau Iniciático e o Grau DeMolay, podendo ser comparado às Lojas Simbólicas. O segundo envolve
os graus históricos, filosóficos e de honoríficos, que compõe da Ordem da Cavalaria. Os graus
ritualísticos são os dois graus básicos da Ordem DeMolay: o Iniciático e o DeMolay. Os DeMolays
desses graus trabalham em Capítulos.
Grau Iniciático
Primeiro grau da Ordem DeMolay, onde os DeMolays recém iniciados ingressam quando são
admitidos em um Capítulo e refletem sobre a Cerimônia de Iniciação. O Primeiro Grau DeMolay,
chamado Grau Iniciático, é baseado nas Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay: amor filial,
reverência pelas coisas sagradas, cortesia, companheirismo, fidelidade, pureza e patriotismo. O
ingresso à Ordem exige do candidato ao menos um esboço dessas Sete Virtudes, sendo esse Grau,
responsável por esculpi-las e valoriza-las, fazendo com que o jovem as honre e dignifique ainda
mais em sua vida diária. É ainda nesse Grau que o jovem possui o primeiro contato com o esoterismo
oferecido pela Ordem, através de toda a simbologia embutida na disposição dos objetos dentro da
Sala Capitular, nos Oficiais das sessões e em seus paramentos, e principalmente na ritualística que
rege as sessões. É durante esse Grau que ocorre o contato de maior valor com a Ordem, pois se
define a qualidade que terá o jovem como DeMolay ativo. Portanto, despertar o interesse sobre a
Ordem da forma correta é um trabalho delicado e muito importante, para que se tenha resultados dos
ensinamentos oferecidos por ela no dia a dia de seus membros, tornando o mundo melhor a sua volta.
Segundo grau da Ordem, alcançado pelos DeMolays esforçados, que após demonstrarem
merecimento e conhecimentos adquiridos na convivência capitular e estudos pertinentes a grau
iniciático. A aquisição dos graus varia de acordo com requisitos pré-estabelecidos, tais como idade
mínima, tempo decorrido após a iniciação e mérito no cumprimento das tarefas oferecidas pelo grau
em que se encontra, antes de receber o grau DeMolay deve-se fazer de cor um exame de
proficiência.Sete Virtudes Cardeais de um DEMOLAY
A Ordem DeMolay invoca sete luzes, simbolizando as sete virtudes cardeais de um DeMolay, que
iluminam seus caminhos conforme passam pela estrada da vida, simbolizando tudo que é bom e
correto, a base de suas vidas.
Amor Filial: é o amor e carinho que devemos ter por nossos pais, que nos semearam, geraram, nos
ensinaram as primeiras lições de nossas vidas e se sacrificaram por nós. Através deles nos tivemos
as primeiras lições de educação, respeito e na crença em Deus.
Reverência pelas Coisas Sagradas: significa a crença em Deus, não importando a sua religião.
Para ser um DeMolay o jovem tem que ter fé Nele e provar o quanto ama e deseja servir a Deus.

Cortesia: cortesia, educação e solidariedade são princípios que um DeMolay procura por em prática
usando a filantropia, mas somente válida quando é feita com sentimento, colocando o coração
naquilo que faz. Os DeMolays têm uma regra que diz:

"Para ser útil à sociedade não é necessário ser um DeMolay, mas para ser um DeMolay é
necessário ser útil à sociedade".
Companheirismo: é ser um amigo leal, tanto nas horas boas quanto nas ruins. O verdadeiro
companheiro e amigo é aquele que estende a mão para um Irmão, que está despencando de um
abismo, segurá-la. Companheirismo é levar uma chama de amizade no coração, para que, quando um
amigo estiver no meio do túnel, ela possa iluminar e mostrar onde está a saída.
Fidelidade: é sempre acreditar em seus ideais e virtudes, mantendo em segredo tudo aquilo que
lhe for ensinado. É ser fiel a Deus, à sua Pátria e a seus amigos, seguindo o exemplo de fidelidade de
Jacques DeMolay, que preferiu morrer a trair seus Irmãos. Pureza: é ser um cidadão idôneo, puro de
alma e de coração; é sempre estar de bem com a própria consciência. É manter a mente longe de tudo
que vá contra os princípios de um bom cidadão.
Patriotismo: é respeitar e defender a nossa Pátria, nosso Estado e nossa Cidade e, além disso,
conservar tudo que diz respeito ao patrimônio público, como escolas, asilos, orfanatos e hospitais,
que prestam ajuda às pessoas mais carentes de nossa sociedade.

Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda


A Ordem dos Escudeiros Távola Redonda é uma organização internacional, fundada em 1995,
patrocinada pela Ordem DeMolay, feita para crianças, do sexo masculino, entre sete e doze anos,
buscando auxiliar a criança na construção de seu desenvolvimento intelectual, visando à formação de
um melhor cidadão para o futuro. O nome “Távola Redonda”, relacionado à lenda do Rei Artur, foi
escolhido porque aquela antiga ordem possuía os mais elevados ideais de serviço, perfeição,
camaradagem e igualdade entre os Cavaleiros. Dessa forma, a lenda é usada como ferramenta lúdica
para o desenvolvimento pedagógico de suas cerimônias e objetivos. A Távola de Escudeiros é o
nome dado à unidade de cada agrupamento de escudeiros. (Ex: Capitulo, Loja, Bethel, Assembléia).
Por ser cada Távola um apêndice do Capitulo que a patrocina, a mesma deve levar,
obrigatoriamente, o nome do Capitulo patrocinador. Cada Távola possui uma administração própria,
composta de cargos que são ocupados pelos Escudeiros.
Cada Távola deve criar seu Conselho de Honra que deve conter no mínimo:

- Nobre Cavaleiro: É um DeMolay, devidamente escolhido pelo Capitulo e pelo Conselho para
cuidar dos Escudeiros e de todos os procedimentos exigidos para que uma Távola funcione
satisfatoriamente. Lembrando que esse DeMolay deve ser maior de 18 anos, e não deve exceder os
23 anos (de acordo com nosso Regulamento Geral), já que a essência é de que o Nobre Cavaleiro
seja o Irmão mais velho deles.

- Tio Consultor: É um maçom, devidamente escolhido pelo Conselho Consultivo, para ser o
representante do mesmo junto às atividades da Távola. Deve funcionar como o Presidente do
Conselho Consultivo do Capitulo. O propósito da Ordem dos Escudeiros da Távola Redonda é
contribuir para que as crianças, ao chegar a sua adolescência, assumam seu próprio
desenvolvimento, especialmente do CARÁTER, ajudando-as a realizar suas plenas potencialidades
físicas, intelectuais, sociais, afetivas e espirituais, como cidadãos responsáveis, participantes e úteis
à comunidade, de forma autônoma e consciente.
Os princípios que alicerçam a Ordem dos Escudeiros são:
* Verdade;
* Justiça.
Os métodos utilizados pela Ordem dos Escudeiros caracterizam-se pelo conjunto dos seguintes
pontos que orientam o trabalho educativo desenvolvido com as crianças: 1. Promessa de ser um
melhor filho; 2. Cerimônias Ritualísticas; 3. Vida em equipe; 4. Atividades Progressivas, atraentes e
variadas. 5. Desenvolvimento pessoal com orientação. 6. Aprender fazendo.
Ordem da Cavalaria
A Ordem DeMolay possui como um de seus inúmeros objetivos a formação dos líderes do
amanhã. Para tanto, a lapidação do cárater e o conhecimento se tornam indispensáveis. Resgatando
lições antigas, utilizando conhecimentos adquiridos e incentivando a busca de maior saber, a Ordem
DeMolay oferece condições para que o jovem possa facilmente liderar qualquer tipo de
empreendimento e desempenhar todas as funções exigidas a ele em qualquer campo e nível social. O
Convento (ou Priorado) da Ordem da Cavalaria aparece como uma etapa complementar na Ordem
DeMolay e é de grande nobreza para os Cavaleiros Investidos.
A "Ordem dos Nobres Cavaleiros da Ordem Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques
DeMolay", mais conhecida como "Ordem da Cavalaria", é composta por DeMolays mais velhos, que
atuam em todos os campos de atividades - em posições de liderança na Ordem DeMolay. Os
DeMolays mais velhos possuem muitos interesses que são diferentes dos interesses dos mais jovens.
Qualquer coisa que os DeMolays mais velhos gostem de fazer, os Nobres Cavaleiros são capazes de
fornecer, como diversão, festas, jantares e outras atividades em grupo. Tio Land disse, "Os Nobres
Cavaleiros não são um grau honorário ou prêmio. Novas fronteiras devem ser desbravadas - quem
irá?"
Assim como a Maçonaria possui o Corpo de Lojas de Perfeição após as Lojas Simbólicas, a
Ordem DeMolay possui um segundo corpo de jovens denominado Nobres Cavaleiros da Ordem
Sagrada dos Soldados Companheiros de Jacques DeMolay, que são iniciados nos graus históricos e
filosóficos da Ordem sendo divididos em dois, Grau Cavaleiro e Grau Ébano. No Grau Cavaleiro, o
jovem compreende principalmente sobre as virtudes de caridade e humildade. Já no Ébano, é
possível ao Cavaleiro presenciar o ensinamento das escolhas necessárias para a vida adulta (sendo o
Ébano oferecido apenas a jovens com mais de 19 anos de idade), as tentações, obstáculos e escolhas
entre o bem e o mal que ao longo do caminho iremos deparar. Estes graus possuem seus próprios
Segredos e os Cavaleiros (chamados de Sir) se reúnem em seus Priorados.
Para ser admitido no Priorado, o jovem DeMolay precisa ter entre 17 e 21 anos.
Os propósitos do Priorado são:
* Estender e servir à Ordem DeMolay e seus Capítulos;* Manter o interesse ativo dos
DeMolays mais velhos;* Prover um programa para os membros do Convento ou Priorado;*
Acima de tudo, dar o exemplo para todos os DeMolays.* Ser bom, gentil e puro com os membros
da Ordem* Transformar as Sete Virtudes Cardeais de um DeMolay em Sete Verdades na sua
vida.Por muito tempo usou-se o termo Convento para se referir ao lugar das reuniões da Cavalaria,
porém, esse termo é um erro histórico; o termo correto é Priorado.Como participar da Ordem
DeMolay
Para que um jovem participe da Ordem DeMolay, é preciso que o mesmo seja indicado por um
membro ativo da Ordem ou um Sênior DeMolay ou um Mestre Maçom, todos devidamente regulares
em suas potências.
O jovem escolhido deve ser destaque no meio onde vive e preencher as seguintes
características necessárias:
* Ter entre 12 anos completos e 21 incompletos;
* Possuir, ao menos, grande maioria das virtudes defendidas pela Ordem;* Sendo indispensável
que creia em um ser superior (independente de religião);* Ser indicado por um membro ativo do
Capítulo (Unidade administrativa da Ordem);* Ser uma pessoa de caráter e ética;* Todos os
Demolays e todos os membros do Conselho Consultivo aceitem sua entrada;
Os candidatos ao ingresso na Ordem DeMolay não são escolhidos aleatoriamente. Passam por um
rigoroso processo de seleção, e serão informados de sua indicação apenas após serem
aprovados.Antes de ser aprovado, dois DeMolays vão na casa do indicado e lhe fazem perguntas
constantes de um questionário.Suas respostas são levadas a uma reunião e então os DeMolays
daquele capitulo o aprovam ou não, se for aprovado aí então ele é avisado, caso o candidato não seja
aprovado, esse resultado morre em silêncio entre os membros do Capítulo e o candidato nunca
saberá que já foi recusado.
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido da Wikipédia - Enciclopédia Livre
UM BEIJO NO SEU JOVEMCORAÇÃO
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futuros-mestres.html
#45

OS INSTRUMENTOS PARA A EVOLUÇÃO DO MAÇOM


[1]

Praticamente a grande maioria dos escritores maçons, em algum momento de suas obras,
dedicaram importantes e substanciais linhas, senão trabalhos e livros inteiros, a discorrer sobre a
importância da simbologia para a Maçonaria. Torna-se praticamente impossível referir-se a Ordem
Maçônica, sem aludir aos símbolos que a representam e àqueles utilizados no processo de repasse de
sua doutrina e ensinamentos. Cada Vez que se analisa um símbolo referente à Maçonaria, esta
análise por mais que seja baseada em outras tantas já publicadas, será normalmente original. A visão
que se possui sobre um símbolo é sempre pessoal e intransferível. São estas múltiplas visões que
dão a Ordem Maçônica o caráter dinâmico e de adaptação aos novos tempos e as novas idéias que
constantemente surgem. Segundo Fernando Pessoa, em nota preliminar ao seu livro "Mensagem", o
entendimento e a assimilação das mensagens contidas em um símbolo dependem de cinco qualidades
ou condições consideradas básicas:
Simpatia; Intuição; Inteligência; Compreensão/Discernimento; Graça ou Revelação.
Na Maçonaria a maior parte dos símbolos e metáforas que são utilizados, provêm da antiga
atividade profissional e corporativa dos pedreiros medievais. Construtores que eram, principalmente
de Igrejas, grandiosas Catedrais, sólidos castelos e fortalezas, os pedreiros medievais
corporativamente organizados constituíam a Maçonaria Operativa que evoluiu para as Organizações
Maçônicas Simbólicas e Especulativas contemporâneas:
"Embora não haja documentação que o comprove, deve-se admitir que os Maçons Operativos,
os franco-maçons, usavam seus instrumentos de trabalho como símbolos de sua profissão, pois
caso contrário não se teria esse simbolismo na Maçonaria Moderna. A existência desse
simbolismo é a mais evidente demonstração de que houve, contatos diretos entre os Maçons
Modernos e os franco-maçons profissionais, e demorados o suficiente para que essa transmissão
se consolidasse.
O escritor Ambrósio Peters, nos coloca ainda que aqueles que seriam os símbolos principais e
essenciais a existência da atual Maçonaria Especulativa (Simbólica). Cabe destacar também que são
destes símbolos que os Maçons metaforicamente retiram os princípios básicos e os seus principais
ensinamentos éticos e morais:
" O trabalho dos franco-maçons, limitava-se aos canteiros de obras e à construção em si. Os
instrumentos que eles usavam eram o esquadro, o compasso e a régua para determinar a forma
exata das pedras a serem lavradas, o maço e o cinzel, para dar-lhes a forma adequada, e o nível e
o prumo, para assentá-las com perfeição nos lugares previstos na estrutura da obra. Eram,
portanto três diferentes grupos de instrumentos, cada qual representando uma etapa da obra".
A medição ou especificação do tamanho e do formato das pedras; O desbaste, adequação das
formas e o polimento para dar o acabamento adequado às pedras; A aplicação e o assentamento das
pedras na construção. Estes conjuntos de instrumentos que são necessários a execução de cada etapa
da obra., indicam na Ordem Maçônica, simbolicamente os diversos Graus que nela existem. Cada
Grau, representa na Maçonaria, todo um conjunto de conhecimentos que são necessários ao
aperfeiçoamento e ao crescimento moral e ético dos Maçons. Uma das muitas certezas que a vida em
sociedade e a evolução do conhecimento humano nos deram, foi a de que nem todos os homens
assimilam de maneira semelhante as mensagens da Simbologia Maçônica. Como se coloca em alguns
rituais: devemos pensar mais do que falamos. A reflexão e a conseqüente meditação são essenciais a
compreensão da linguagem maçônica. O avanço pelos diversos graus, portanto não deve ser
considerado pelo tempo que esta sendo empregado, não devem ser conduzidos pela pressa. o que
deve ser levado em conta é o esforço individual e o desprendimento pessoal de cada Maçom,
conforme o seu potencial e capacidades para poder galgar com segurança e sabedoria os degraus da
Escada de Jacó.
[2]

Bibliografia:
Roberto Bondarik - A Interpretação e o Entendimento dos Símbolos.
Escolas do Pensamento Maçônico. In: A Trolha: Coletânea 6. Londrina: A Trolha, 2003. p.141-151;
Luiz Roberto Campanha - A Filosofia e a Análise dos Símbolos. In: Caderno de Pesquisas 20.
Londrina: A Trolha, 2003. p.33-40;
Fernando Pessoa - Associações Secretas.
Ambrósio Peters - O Simbolismo dos Instrumentos.
Roberto Bondarik - M.'.M.'., ARLS Cavaleiros da Luz, Nr 60 - Grande Loja do Paraná
UM BEIJO UM NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^ (4.bp.blogspot.com)
2. ^ (3.bp.blogspot.com)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/11/os-instrumentos-para-evolucao-
do-macom.html
#46

O QUE É MAÇONARIA ?

A Maçonaria, Ordem Universal, é constituída por homens de todas as raças e nacionalidades,


acolhidos por iniciação e congregados em Lojas, nas quais, auxiliados por símbolos e alegorias,
estudam e trabalham para o aperfeiçoamento da Sociedade Humana. É fundada no Amor Fraternal e
na esperança de que, com amor a Deus, à pátria, à família e ao próximo, com tolerância e sabedoria,
com a constante e livre investigação da Verdade, com a evolução do conhecimento humano pela
filosofia, ciências e artes, sob a tríade da Liberdade, Igualdade e Fraternidade e dentro dos
Princípios da Moral, da Razão e da Justiça, o mundo alcance a felicidade geral e a paz universal.
Desse enunciado deduz-se que: I - a Maçonaria proclama, desde a sua origem, a existência de um
Princípio Criador, ao qual, em respeito a todas as religiões, denomina Grande Arquiteto do
Universo; II - a Maçonaria não impõe limites à investigação da verdade e, para garantir essa
liberdade, exige de todos a maior tolerância;
III - a Maçonaria é acessível aos homens de todas as raças, classes e crenças, quer religiosas quer
políticas, excetuando as que privem o homem da liberdade de consciência, da manifestação do
pensamento, restrinjam os direitos e a dignidade da pessoa humana e exijam submissão
incondicional;
IV - a Maçonaria Simbólica compõe-se de três Graus universalmente reconhecidos e adotados:
Aprendiz, Companheiro e Mestre;
V - a Maçonaria adota a Lenda do Terceiro Grau; VI - a Maçonaria, além de combater a
ignorância em todas as suas modalidades, constitui-se numa escola, impondo-se o seguinte
programa: a) obedecer às leis democráticas do País; b) viver segundo os ditames da honra;
c) praticar justiça; d) amar o próximo; d) trabalhar pelo progresso do homem. VII -
a Maçonaria proíbe discussão político-partídaria e religioso-sectária em seus Templos; VIII -
a Maçonaria adota o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso, considerados como suas Três Luzes
Emblemáticas, que deverão estar sobre o Altar dos Juramentos. A par dessa definição e da
declaração formal da aceitação dos "Landmarks", codificados por Albert Gallatin Mackey,
proclama, também, os seguintes princípios: I - amar a Deus, a Pátria, a Família e a
Humanidade; II - praticar a beneficência, de modo discreto, sem humilhar; III - praticar a
solidariedade maçônica, nas causas justas, fortalecendo os laços de fraternidade;
IV - defender os direitos e as garantias individuais;
V - considerar o trabalho lícito e digno como dever do homem; VI - exigir de seus membros boa
reputação moral, cívica, social e familiar, pugnando pelo aperfeiçoamento dos costumes; VII -
exigir tolerância para com toda forma de manifestação de consciência, de religião ou de filosofia,
cujos objetivos sejam os de conquistar a verdade, a moral, a paz e o bem social; VIII - lutar pelo
princípio da eqüidade, dando a cada um o que for justo, de acordo com sua capacidade, obras e
méritos;
IX - combater o fanatismo, as paixões, o obscurantismo e os vícios. Os
ensinamentos maçônicos orientam seus membros a se dedicar à felicidade de seus semelhantes, não
só porque a razão e a moral lhes impõem tal obrigação, mas também porque esse sentimento de
solidariedade os faz irmãos.
Bibliografia
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2010/12/o-que-e-maconaria.html
#47

A MAÇONARIA NA INDEPENDÊNCIA DOS PAÍSES DA AMÉRICA DO SUL

Para falar da influência da Maçonaria na independência dos países da América do Sul, é de justiça
começar pelo educador ideológico dos próceres americanos, chamado o precursor Francisco
Antonio Gabriel de Miranda e Rodríguez, nascido em Caracas em 28 de março de 1750. Miranda foi
iniciado em 1780 na Loja América de Virginia (USA), nada menos que pelo Irmão George
Washington. Na sua vida teve glórias e distinções das mais altas, concedidas por personalidades da
Europa, EEUU e Rússia, mas nunca se deixou levar pela vaidade e, em todo momento, com fé de um
verdadeiro maçom, manteve latente seus ideais de independência para as colônias espanholas da
América. Foi em Londres que o Irmão Miranda começou a fazer seu trabalho de doutrinar os
patriotas americanos. Em 1797 fundou a "Loja Grão Reunião Americana" que funcionava na Grafton
Street, 27, Fitzroy Square, perto de Piccadilly Circus. O Irmão Miranda morava nesse mesmo
endereço e desenvolvia algumas atividades particulares que lhe garantiam a sobrevivência o que, na
realidade, servia mais para disfarçar seus trabalhos para selecionar as pessoas certas para a causa
americana.

É grande e importante a lista de patriotas que receberam a luz maçônica do malhete do Irmão
Miranda e que logo se espalharam pelo Continente levando a semente revolucionária, explicando-se
deste modo, porque a Revolução da Independência foi simultânea no Continente, fenômeno que tem
chamado a atenção dos historiadores. Somente para citar alguns dos maçons preparados pelo Irmão
Miranda, temos: Bernardo O´Higgins Riquelme, Libertador do Chile, sua pátria; Carlos Montúfar,
ilustre militar equatoriano; Vicente Rocafuerte, Presidente da República do Equador; Bernardo
Monteagudo, notável estadista argentino; José Cecílio del Valle, político e jurisconsulto hondurenho
que foi eleito Presidente da sua pátria mas morreu antes de tomar posse; Pedro José Caro, político
cubano; Servando Teresa de Mier, jurisconsulto mexicano; José Miguel Carrera, o primeiro dos
Presidentes do Chile (O´Higgins o antecedeu mas com o título de Diretor Supremo); Mariano
Moreno, jurisconsulto argentino; Pedro Fermín de Vargas, ilustre filho de Socorro que hoje é o
departamento de Santander, Colômbia; Simon Bolívar, o Libertador; Antonio Narino, o precursor da
emancipação de Nueva Granada a Colômbia de hoje desde 1831 (data da divisão da Gran Colômbia)
até 1858, quando tomou o nome de Confederação Granadina; Andrés Bello, famoso educador, poeta,
jurisconsulto e diplomata venezuelano posteriormente naturalizado chileno; José de San Martín,
argentino e libertador de três países. A lista é longa e para não estende-la em demasia, podemos
completar com os nomes do venezuelano Luis Méndez, dos chilenos José Cortés de Madariaga,
Manuel José de Salas, Juan Antonio de Rozas, Gregorio Argomedo, Juan Antonio Rojas, os
granadinos (colombianos) Francisco Antonio. Devemos esclarecer aos nossos leitores que devido a
discrição própria da Maçonaria, e que sendo a finalidade da Loja Grão Reunião Americana
decididamente revolucionária, os historiadores tem encontrado informações divergentes, mas a lista
anterior tem o apoio de muitos deles. Como exemplo, citaremos três casos de divergências: o Irmão
Carlos de Montúfar e Larrea teria sido iniciado em Paris; e quanto ao Irmão Simon Bolívar há
historiadores que dão sua iniciação em Cádiz (1803) existindo ainda uma ata de uma Loja francesa
em poder da Grande Loja da Venezuela, que cita que sua Iniciação e Elevação teriam acontecido
nesta Loja, em Paris em 1805. O Irmão José de San Martín teria sido iniciado na Loja Legalidade de
Cadíz, em 1808.
PRIMEIROS MOVIMENTOS NA EUROPA
Os patriotas começaram a se movimentar na Europa para obter apoio político. Foram instaladas
outras Lojas como filiais da Grande Reunião Americana, em Paris e em Madri com o nome de Junta
das Cidades e Províncias da América Meridional e, em Cadíz, como Sociedade de Lautaro ou
Cavalheiros Racionais, tendo esta última uma grande importância devido a ser Cádiz o porto de
enlace com a América do Sul. Daí os patriotas levavam e traziam notícias referentes a causa
americana. Porém, era de Londres que emanavam todas as ordens para dar cumprimento ao Plano
Emancipador de toda a América espanhola, conforme inspiração de Miranda. O Rei da Espanha,
Fernando VII, de triste lembrança, odiava a Ordem e estava informado do papel que a Maçonaria
desempenhava na Independência; sua maior preocupação era com a própria maçonaria espanhola que
atuava principalmente através da imprensa, semeando sua mensagem de liberdade. É bom lembrar
que, anteriormente, o mais ilustre maçom da Espanha, o Irmão Pedro Pablo Abarca de Bolea, Conde
de Aranda, como Primeiro Ministro de Carlos III, tinha proposto dar independência às colônias
americanas e associá-las a Espanha numa espécie de "commonwealth". Numa nova etapa, a
Maçonaria patriota estendeu sua ação ao próprio continente americano e, em diversas cidades,
começaram a serem instaladas as célebres Lojas Lautarinas. O irmão Miranda viajou para os EEUU
onde preparou a primeira expedição libertadora a Venezuela em 1806; a expedição foi um fracasso
militar, mas conseguiu comover profundamente o sistema colonial espanhol.
AS LOJAS LAUTARINAS

San Martin regressou a Buenos Aires no início de 1812, quando o processo da independência
tinha começado e colocado sua espada ao serviço da causa, enquanto secretamente instalava junto
com os Irmãos Carlos Maria de Alvear e Matias Zapiola, a Loja Lautarina de Buenos Aires. É bom
lembrar que na Argentina já existiam desde 1775 Lojas Maçônicas independentes dos Orientes da
Irlanda e da França, mas em 1812 as citadas Lojas estavam totalmente desorganizadas.O nome de
Sociedade de Lautaro ou Loja Lautarina ou Lautariana, este último nome conforme o léxico argentino,
teria surgido numa conversação entre Miranda e O'Higgins em Londres, na qual este último
mencionou o nome do toqui (chefe índio) militar dos índios araucanos do Chile na luta contra os
invasores espanhóis na metade do século XVI e que ficou como exemplo de espírito libertário. Muito
se tem discutido se as Lojas Lautarinas foram ou não maçônicas, ficando, finalmente, o consenso que
não foram Lojas maçônicas regulares. Formadas com a finalidade de lutar pela liberdade dos povos
americanos, eram autônomas, não submetidas a nenhuma Potência Maçônica regular. Possuíam um
ritual muito similar ao de uma Loja regular, prestavam juramento e tinham 5 graus, a saber:
a) No 1º Grau, o iniciante comprometia-se com a vida e seus bens, a trabalhar pela
Independência Americana.
b) No 2º Grau, fazia confissão de fé democrática;
c) No 3º Grau pedia-se ao filiando trabalhos de propaganda em prol dos novos ideais;
d) No 4º Grau o filiando era comissionado para influir sobre os funcionários públicos que, no
momento supremo, poderiam favorecer a causa; e
e) No 5º Grau de caráter secreto e reservado aos grandes chefes, discutia-se a ação militar e
a futura administração e governo político dos países a ser libertados. Este Grau tinha o nome de
"Comissão do Reservado". A lenda mística das Lojas estava simbolizada por três letras U. F. V.
que significavam União, Fé, Vitória. O'Higgins preparou o Regulamento e as Obrigações dos Irmãos
os quais eram rigorosos especialmente os referentes ao segredo e a obediência às disposições da
Loja, contemplando para os infratores até a pena de morte. Este detalhe que tem criado muita
polêmica por parte dos eternos inimigos da Ordem tem apresentado as Lojas Lautarinas como
sociedades que mantiveram a coesão de seus membros mais por temor que por convicção aos seus
princípios.

Autores maçônicos de prestigio, como Bartolomé Mitre (argentino) indicaram que estas penas
eram somente de caráter moral ou simbólico (aliás, similar a como hoje é), não existindo antecedente
de alguma eliminação física de pessoas devido a divulgação de segredos. De qualquer maneira,
devemos levar em consideração que os costumes da época eram diferentes das atuais, mostrando os
homens um desapego a vida que atualmente chama a atenção. Estando em jogo interesses tão
elevados até que poderia ter sido normal a implantação de disciplinas tão rigorosas. Dando
prosseguimento à tarefa de formação de uma base de apoio à causa revolucionária, San Martín muda
para Mendoza, a cidade argentina que fica mais perto de Santiago, capital chilena, onde instalou uma
Loja Lautarina. Incorporou-se nela Bernardo O'Higgins, que tinha sido parcialmente derrotado pelo
exército espanhol na batalha da cidade chilena de Rancagua. Unidos os patriotas chilenos e
argentinos, fundou-se mais uma Loja Lautarina em Tucumán. San Martín prepara seu plano para
organizar um exército Libertador com chilenos e argentinos que iria a expulsar as forças espanholas
definitivamente de Chile e Peru, como única forma para que o processo de Independência de
Argentina, Chile e Peru fosse irreversível.
LIBERTAÇÃO DO CHILE
O Chile foi libertado e O'Higgins tomou posse como Diretor Supremo da nova República.
Começou a administrar um país pobre saindo de uma guerra estando com sua produção,
administração, educação e estrutura social e jurídica atrasada ou nula. O'Higgins tomou diversas
medidas, afetando seriamente as classes abastadas e as pertencentes à nobreza e em boa parte, a
Igreja Católica, orientado pelo pensamento dos livres pensadores laicos agrupados nas Lojas
Lautarinas. O sentimento contra O'Higgins ganhou força na crença que existia um poder superior que
nas sombras tomava decisões e aplicava políticas, ficando as autoridades legítimas com simples
"testas de ferro". Temos que reconhecer que houve erros, tais como o assassinato do herói popular
Manuel Rodríguez, de posição política radical, o fuzilamento dos irmãos Carrera, dirigentes de um
partido político antagônico e outros, próprios da inexperiência dos novos governantes.

San Martin desenvolveu a campanha do Peru, apoiado pelo mar por Lord Thomas Cochrane.
Nesta etapa teve a oportunidade de demonstrar o seu humanismo maçônico quando se negou a abrir
fogo contra a cidade de Lima, ganhando a inimizade de Cochrane e o risco de ter um motim na
esquadra e no exército, obtendo, entretanto, a rendição de Lima sem derramar uma gota de sangue.
Voltemos nossa atenção à Venezuela que em 19/04/1810 proclamou sua autonomia com o pretexto do
exílio de Fernando VI; foi enviada uma comissão a Londres formada por Simon Bolívar, Luis López
Méndez e Andrés Bello (todos maçons) que foi apresentada por Miranda ao governo inglês, mas sem
resultados positivos. Os quatro voltaram a Caracas, onde Miranda em 05/07/1811 assinou a
Declaração da Independência da Venezuela, numa reunião da Sociedade Patriótica (uma Loja
maçônica que funcionava na clandestinidade), com a presença de Simon Bolívar, Peña, Iznardi,
Espejo, Roseto, Yañez, Penalver e outras importantes figuras patrióticas, todos convictos de
pertencer à maçonaria.
Simon Bolívar Na mesma data, outra sociedade secreta funcionava numa fazenda de Bolívar, que
contava com a participação de Vicente Matias, Mariano Montilla, Francisco Iznardi, todos iniciados
na Europa e Roscio, iniciado nos EEUU. Em 1811 fundou-se em Cumaná a Loja Perfeita Amizade No
74 sob os auspícios da Grande Loja de Maryland, EEUU. No seu quadro figuravam os nomes de
Antonio José de Sucre, Santiago Mariño, Manuel Rivas, Miguel Aristeiguieta, Andrés Caballero,
Agustín Armário, Diego Montes e José Francisco Bermúdez. Fala-se que Miranda, Bolívar,
Rodrigues e outros maçons haveriam fundado em Barcelona a Loja Protetora das Virtudes No 1, em
01/07/1812. A reação dos realistas frente a independência da Venezuela foi forte. Miranda,
solicitado pelos patriotas a assumir o governo como ditador, o que não condizia com seus ideais de
liberdade, ocasionou clamoroso fracasso; capitulou em 25/07/1812 em San Mateo, acabando sua
vida na prisão de La Carraca, Cádiz.

Bolívar começa sua triunfal epopéia militar que o leva a fama para toda a posteridade. No
comando das tropas venezuelanas e colombianas libertou e proclamou a República da Colômbia,
constituída por Nueva Granada e Venezuela, incorporando posteriormente Equador. Olhou para o sul
e igual que San Martín percebeu que a liberdade da América não seria definitiva enquanto a Espanha
ainda lutasse no Peru, onde San Martín já governava por um ano, realizando grandes reformas, porém
sem conseguir expulsar totalmente o exército espanhol, que reforçara consideravelmente suas forças
no interior do país. A viagem de Bolívar ao Peru foi um passeio triunfal. Sua entrada nas cidades
parecia o regresso de um Imperador vencedor. Em Lima, aconteceu a famosa reunião com San
Martín, a portas fechadas, na qual para evitar lutas fratricidas, San Martín cedeu a Bolívar a honra e
a glória da eliminação das tropas espanholas do Perú e a libertação da Bolívia. O messiânico
venezuelano, o Libertador, vai mudando para uma ambição sem limites. O contraste entre Bolívar e
San Martín, do ponto de vista maçônico, é grande. Bolívar desprendeu-se de seus juramentos
maçônicos quando significaram um entrave aos seus projetos. San Martín respeitou seus juramentos
de nunca revelar os segredos maçônicos, negando-se a revelar os detalhes de suas brigas com a
maçonaria, tendo regressado a Argentina e posteriormente partiu para o exílio.
A BATALHA FINAL

A libertação da América espanhola chegou a sua culminação com a batalha de Ayacucho no dia
09-dez-1824, que teve fatos de fraternidade e generosidade e elevados limites e que nunca serão
esquecidos pelos maçons. Na noite anterior à batalha, as Lojas que funcionavam em ambos exércitos
foram citadas separadamente em uma reunião para procurar uma solução que evitasse o
derramamento de sangue, mas essa solução não foi encontrada. Foi feita, em seguida uma reunião em
conjunto, mas também com o mesmo resultado negativo. No dia seguinte um maçom espanhol
solicitou a permissão para que familiares e maçons que militavam em diferentes exércitos fossem
autorizados a abraçar-se pela última vez. Uma centena de soldados americanos e espanhóis
avançaram para se cumprimentar; no lado esquerdo ficaram os maçons, que após se abraçaram por
três vezes, participaram de uma fraternal reunião que durou quase uma hora e foi emocionante.
Encontraram-se, entre outros, os irmãos Rodil, Espartero, Vergara, Virrey José de la Serna,
Venerável Mestre General Canterac, Past Master Marechal Jerônimo Valdez, General Monet,
Antonio Tur e General Ballesteros, no lado espanhol, e os irmãos José Faustino Sanchéz Carrión,
General Antonio José de Sucre, General José Maria Córdova, Tenente Coronel Vicente Tur
(espanhol, mas pertencente ao exército patriota e irmão carnal de Antonio Tur) e General Antonio
Valero de Bernabé, no lado americano. Ficou o exemplo da fraternidade maçônica, que não
reconhece raças nem nacionalidades, ainda que nas circunstâncias mais dramáticas. Terminou a
batalha com a vitória das armas americanas e quando o chefe espanhol, o maçom La Serna, ferido
seis vezes, entregou sua espada ao General maçom, Sucre, este não aceitou, solicitando que
continuasse nas mãos do bravo militar. As atenções que os prisioneiros e, especialmente os feridos,
receberam, foi outra amostra de fraternidade extrema, como igualmente a Ata de Capitulação, em que
a generosidade do vencedor ultrapassou as demandas do vencido.

Sucre foi nomeado Presidente Vitalício da nova República da Bolívia, ficando somente até 1828,
quando solicitou demissão e voltou para Venezuela. Em 1830 foi chamado para presidir a República
do Equador. Viajando para tomar posse, foi surpreendido pelos seus inimigos, na Colômbia,
morrendo assassinado.
BOLÍVAR DESENTENDE-SE COM A MAÇONARIA
Bolívar, envaidecido pela sua glória, recorreu aos países aos quais deu a independência, tentando
manter á Confederação sob as suas mãos. Mas as ambições de seus próprios comandados vão contra
ele, passando a ser o alvo de numerosos "complots" em meio a profundas desavenças políticas. Até
que aconteceu o atentado mais sério, em Bogotá no dia 25 de setembro de 1828, perpetrado por uma
sociedade secreta dirigida pelo frei Arganil. Bolívar salvou-se por milagre e reagiu violentamente
emitindo em 8 de novembro de 1828 um decreto que fechava todas as associações secretas,
evidentemente incluindo à Maçonaria. Todo o ministério que acompanhava Bolívar era maçom, com
exceção de um, mas contra a vontade de Bolívar não adiantava discutir e foram inúteis todas as
argumentações dos Ministros. Começou assim o desentendimento e que seria definitivo de Bolívar
com a Maçonaria. E bom lembrar que da vida maçônica de Bolívar no Peru ou em outros países, fora
da Venezuela, não existem provas tangíveis. Somente existe uma confissão ao escritor maçom, oficial
francês, Luiz Peru de la Croix, na qual Bolívar reconhece que, por simples curiosidade, ingressou na
Maçonaria, tendo recebido o grau de Mestre em Paris, mas afastou-se posteriormente.
O OCASO DOS HÉROIS

A América estava liberada do domínio espanhol. O trabalho dos maçons estava terminado e a
América já não necessitava de seus heróis. Miranda morre numa prisão em Cádiz; San Martin exilou-
se na França onde morre longe da pátria por ele libertada; O'Higgins morre exilado no Peru; Sucre é
assassinado na Colômbia; Bolívar doente, morre desterrado na ilha de Santa Maria (Venezuela)
protegido nos seus últimos dias por um espanhol. Todos morreram pobres, abandonados por quem
tanto lutaram.
A LUTA IDEOLÓGICA NO BRASIL
De forma similar aos patriotas da América espanhola, os brasileiros que iriam a dirigir o processo
da Independência da sua Pátria desenvolveram seus estudos na Europa, principalmente em Portugal,
onde toda a intelectualidade da época achava-se altamente influenciada pela Revolução Francesa
com sua Declaração dos Direitos do Homem, pelas idéias dos enciclopedistas franceses liderados
por Diderot e pela ação da Maçonaria com a sua filosofia liberal. Os dois principais patriotas
brasileiros foram os maçons Joaquim Gonçalves Ledo e José Bonifácio de Andrada e Silva. Após
seus estudos na Europa, regressaram ao Brasil e desenvolveram uma política ativa de engajamento
libertário, com metas diferentes entre si, os que os tornou rivais. Ledo propunha um rompimento total
com Portugal e Bonifácio, como conservador e vinculado ao poder econômico, queria a união com o
reino de Portugal. A luta ideológica das duas facções começou nos Templos maçônicos, assumindo
posteriormente caráter público através da imprensa e dos institutos constitucionais da época. O grupo
de Ledo obteve de Dom Pedro I a decisão do "Fico" e concedeu-lhe o título de Defensor Perpétuo
do Brasil, conforme proposta da Loja Comércio e Artes, em 1822. A fundação, por Ledo, do Grande
Oriente do Brasil, em 17 de Junho de 1822, procurou o envolvimento definitivo de Dom Pedro I na
luta libertária dentro dos princípios do grupo liberal. Dom Pedro I foi eleito Grão Mestre em
substituição a José Bonifácio.

As brigas entre Ledo e José Bonifácio prosseguiram cada vez mais encarniçadas, provocando,
infelizmente, uma cisão na família maçônica, incluindo o fechamento de todas as sociedades secretas.
Ledo partiu para o exílio e quando regressa ao Brasil e ao Legislativo, vê perdido seu antigo
prestigio e vai isolar-se em sua fazenda, onde morre em 19 de maio de 1847. Da sua parte, José
Bonifácio sofreu os embates das ambições políticas e foi destituído do cargo de tutor do futuro Dom
Pedro II, ficando preso na sua casa na ilha de Paquetá, falecendo em 6 de abril de 1838.
BIBLIOGRAFIA Compilado da Revistas Maçônicas do Chile e Revista A Verdade Publicado
na Revista A Verdade de Janeiro/Fevereiro de 1987
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO E VIVA A NOSSA AMÉRICA
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dos-paises.html
#48

A MAÇONARIA E SEUS CAMINHOS

Os registros históricos indicam que, desde o seu surgimento, a Maçonaria defende a liberdade de
pensamento, o trabalho livre, a liberdade religiosa e está sempre ao lado dos interesses do povo. A
Maçonaria glorifica Deus, o Único Todo-Poderoso Criador do Universo, a quem chama de Grande
Arquiteto do Universo (G.:A.:D.:U.:). Utilizando como símbolo universal, o Esquadro, representando
a Lei, e o Compasso representando a Justiça, entrelaçados no centro com a letra G (o Geometria),
temos o significado da aspiração máxima da Maçonaria:- A Lei e a Justiça de Deus sobre todos os
homens. A Maçonaria é uma sociedade iniciática e cultural de livres pensadores. O ingresso na
instituição obedece a rigoroso processo e, participar do quadro de obreiros de uma Loja é uma sorte,
um privilégio concedido ao candidato que for julgado digno, livre, sensível ao bem e crente em
Deus. Pode-se dizer que a Maçonaria é composta basicamente de três elementos: O Iniciático; o
Fraternal e o Humano. Nos dois primeiros elementos, ou seja, no Iniciático e no Fraternal reside a
essência do espírito maçônico. A Ordem é a mesma, sempre e em qualquer lugar do mundo. Já no
terceiro elemento, ou seja, o Humano, a Maçonaria apresenta diferentes aspectos em decorrência da
mentalidade de seus membros influenciada pelo meio em que vivem e, também, pelas circunstâncias
políticas, econômicas, religiosas ou históricas. Mesmo assim, gira em torno de uma só idéia – a
tolerância. Portanto, a Maçonaria nunca se apresenta como a dona da verdade. Não impõe dogmas.
Muito pelo contrário. Seus membros têm o livre arbítrio. O livre pensar. Por se encontrar unida
espiritualmente em seus diversos princípios a Maçonaria se tornou uma Instituição Universal.
Entretanto existe, sob a ótica material e institucional, uma profunda divisão advinda do próprio
sentimento maçônico que prefere a adesão crítica à adesão cega, ignorante e irracional.

Em 1717, foram materializadas as Obediências que são potências autônomas e independentes,


pois não há governo central da Maçonaria. Muitas delas, apesar de comungarem alguns princípios,
não mantêm um contato ou relacionamento entre si, existindo, até mesmo, obediências que estão de
relações suspensas ou cortadas. Não obstante isto, a união espiritual está sempre presente entre os
maçons principalmente no que tange ao espírito dos rituais e dos Graus Simbólicos, que é o mesmo
em toda à parte, por maiores que sejam as divergências verbais e dos ritos entre graus idênticos,
trabalhados por obediências diferentes. Antes, as Lojas eram livres não havia subordinação a
grandes lojas ou grandes orientes. Hoje, muitas lojas estão voltando às origens, assumindo uma
postura de liberdade e independência, buscando praticar a maçonaria de forma pura, solidária e
fraterna, com prioridade na elevação do espírito, na busca do conhecimento, valorização do homem
como um todo, rumo à paz e ao progresso, despida de vaidades e egoísmo. Ora, em sendo a
Maçonaria apologista do livre pensar, da investigação científica, da procura da verdade, nada mais
natural que cada irmão, com o passar do tempo, procurasse fazer parte de lojas onde os seus anseios,
a sua procura, o seu modo de ser se identificassem. Daí surgiram oficinas que, sem deixar a prática
dos Princípios Universais da Maçonaria, direcionaram seus trabalhos com foco específico em
decorrência dos interesses do grupo, do momento histórico, da ação social pretendida e em função do
meio e da época.
Perquirir a literatura maçônica, vamos encontrar os seguintes tipos de maçonaria:
A Maçonaria Iniciática

É o ingresso na Ordem Maçônica quando o Aprendiz recebe, de forma simbólica, o Cinzel e o


Maço instrumentos de trabalho e que o levarão à pesquisa esotérica, no sentido místico. Cabe
observar que o simbolismo é uma das ciências mais antigas do mundo. Através dos símbolos, os
povos primitivos se comunicavam e registravam sua história. O verdadeiro símbolo é aquele que
pode ser interpretado por diversos ângulos, de acordo com a capacidade intelectual e emocional de
cada um. De acordo com a Encyclopedia de Mackey, “a maçonaria é um sistema de moralidade
desenvolvido e inculcado pela ciência do simbolismo”. O Cinzel é o Instrumento do grau de
Aprendiz. Representa o intelecto e sugere o trabalho inteligente. Simbolicamente, serve para
desbastar a pedra bruta da personalidade. Já o Maço, ou Malho, representa a ferramenta para,
alegoricamente, desbastar a pedra ou educar a agreste e inculta personalidade para uma vida ou obra
superior. O malho simboliza a vontade, energia, decisão, o aspecto ativo da consciência, necessário
para vencer e superar os obstáculos.
. A Maçonaria Filosófica e a MaçonariaTeísta

A Maçonaria congregando todas as manifestações do pensamento humano está sempre a procura


da Sabedoria e da Luz que ilumina e dirige tanto o Macrocosmo como o Microcosmo. Neste
contexto, ela mergulha em busca de conhecimentos estudando a História das Religiões, da Filosofia e
a História e Evolução da Humanidade. Assim, são as Lojas Filosóficas, dos altos Graus e as Lojas
em que os Irmãos se dedicam aos estudos religiosos, místicos e espiritualistas, construindo uma rede
que une todas as correntes do pensamento humano.
A Maçonaria Fraternal ou Clubista

As lojas deste segmento têm uma postura mais de clube social, de confraternização entre seus
membros, apesar de realizarem programas de grande alcance humanitário. Nos casos da espécie, hão
de se ter as cautelas necessárias para que a oficina não se transforme apenas numa associação longe
dos objetivos maiores da maçonaria como “Ordem” e Instituição que busca, através da simbologia de
seus rituais e no esoterismo, o caminho que leva ao conhecimento e à evolução do ser humano.
A Maçonaria Beneficente
Caracteriza pela postura humanística e filantrópica assumida pelos obreiros, alicerçada na tríade
fé, esperança e caridade. Compromissados com a melhoria das condições de vida do ser humano, a
ação destes Irmãos não se restringe ao mundo maçônico, mas, quase sempre, dão assistência material
e espiritual também aos profanos e a todas as pessoas menos favorecidas, que foram abandonadas
pela sociedade, esquecidos pelos políticos e que estão por toda a parte, nas ruas, sob as pontes e
viadutos, levando uma vida indigna e desumana.
A Maçonaria Política

A Maçonaria Política consiste na ocupação de espaços na sociedade, participação, atuação cívica


e representatividade. A maçonaria está sempre presente na nossa história. Destacou-se, inicialmente,
entre alguns revolucionários da Inconfidência Mineira e da Conjuração Baiana no final do século
XVIII, período em que assumiu uma posição avançada, representando um importante centro de
atividade política, difundindo os ideais do liberalismo anticolonialista. Sua influência cresceu
consideravelmente durante o processo de formação do Estado Brasileiro, onde apareceu como uma
das mais importantes instituições de apoio à independência, permanecendo atuante ao longo de todo
período monárquico no século XIX. A participação da Maçonaria na política está na sua própria
razão de ser. A política desinteressada, conduzida com honestidade encontra guarita dentro das
aspirações maçônicas e dos princípios de nossa Lei Maior, ou seja, a construção de um Estado
Democrático, destinado a assegurar o exercício dos direitos sociais e individuais, a liberdade, a
segurança, o bem-estar, o desenvolvimento, a igualdade e a justiça como valores supremos de uma
sociedade fraterna, pluralista e sem preconceitos, fundada na harmonia social e comprometida, na
ordem interna e internacional, com a solução pacífica das controvérsias.
A Maçonaria Conspiratória

Ao longo de sua existência a Maçonaria teve que superar enormes obstáculos advindos das
perseguições religiosas, políticas e, até mesmo, de incompatibilidades surgidas entre os seus
membros no curso da sua evolução histórica. A crença de que não existe verdade pétrea, que a vida é
um aprendizado constante e, a cada segundo, conceitos são mudados, novas descobertas são
anunciadas, fazem com que o verdadeiro maçon tenha o dever de investigar com habilidade, bom
senso, sabedoria e procurar a Verdade com vistas à construção de um futuro melhor, mais humano e
que a paz seja alcançada. Desta forma, onde houver um ditador e uma ditadura haverá alguém se
opondo. Este alguém poderá ser um maçon ou contar com o apoio da maçonaria. Enquanto a
Maçonaria defender a liberdade do ser humano será sempre um alvo de perseguições e intolerâncias.
Porém, a Maçonaria e o Ideal Maçônico já provaram que podem ser amordaçados, mas nunca
emudecidos. Finalmente, podemos dizer com toda tranqüilidade que ao trazerem para a Loja as suas
características pessoais os irmãos constroem um ambiente com o qual se identificam, tornando os
trabalhos mais eficientes e eficazes, mas sempre respeitando os símbolos e praticando os rituais de
acordo com os mandamentos maçônicos. Concluindo, gostaria de homenagear um personagem
histórico que é bastante caro e importante a toda Ordem Maçônica. Assim, peço vênia ao grande
poeta de além mar, Fernando Pessoa para, fazendo minhas as suas palavras, dizer que o maçon deve:

Ter sempre na memória o mártir Jacques de Molay, Grão-Mestre da Ordem dos Cavaleiros
Templários, e combater, sempre e em toda a parte os seus três assassinos: a IGNORÂNCIA, o
FANATISMO e a TIRANIA.
Bibliografia
1. As associações Secretas – Analise Serena e Minuciosa a um Projeto de Lei apresentado ao
Parlamento, Pessoa, Fernando, Diário de Lisboa, 04.02.35. 2. Tipos de Maçonaria, Júnior, Edmir
Mármora, Revista Trolha nº 226. ago/05 3. A Maçonaria e sua Política Secreta, Castellani, José
,Traço Editora - 1982 4. Das Origens e Essência da Maçonaria e do seu Contributo Judaico,
Pessoa, Fernando, Editora Princípio 1993. 5. Sociedades Secretas, Cabral, José, Editorial
Império Lisboa, 1935. 6. A Ordem na Visão de Fernando Pessoa, Calado, Antônio Alves
Rodrigues, Revista A Trolha, julho de 1999. 7. Constituição da República Federativa do Brasil
(Preâmbulo).
UM BEIJO NOS CAMINHOS DE SEUS CORAÇÕES
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#49

APRENDENDO SEMPRE

Para aprender devemos estar abertos para exercitar nossa


humildade e flexibilidade. Algumas pessoas que já
alcançaram determinado patamar em sua graduação, por orgulho e arrogância, dificilmente
acreditam que ainda há o que aprender, pois pensam saber tudo. Da mesma forma uma pessoa rígida
em seus valores e padrões têm muita dificuldade em aceitar as mudanças, querendo sempre ter o
controle de tudo e todos. Enfim, não temos como saber tudo, pois estamos em constante processo de
mudança e evolução, independente de idade ou do quanto já sabemos. Por isso, para que haja
mudança, devemos ser flexíveis; e para aprender, devemos ser humildes. A arrogância, o orgulho e a
rigidez são verdadeiros obstáculos para o aprendizado e conseqüente crescimento.
Quando nós resistimos, estamos permitindo que os conflitos e a insatisfação venham ao nosso
encontro. Agora pensemos sobre as situações passadas que nos permitiram aprender algo, seja sobre
nossa vida profissional ou pessoal. Certamente, ao sair de nossa zona de conforto descobriremos o
quanto fomos, e ainda somos capazes de aprendermos transmitindo nossos conhecimentos; do
contrário,
vamos vivendo sem muitas reflexões, questionamentos, sem mudanças ou crescimento Mas que
saibamos que outras lições virão, e teremos cada vez mais a certeza que tudo acontece para que
possamos crescer e subir mais um degrau nessa escada sem fim de nossa evolução.
Texto enviado por nossa cunhada Dra. Lúcia Helena Rique
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#50

A CHAVE DE HIRAM – OS SEGREDOS PERDIDOS DA MAÇONARIA

Estamos sempre diante da impressão de que algo não foi dito ou não foi bem retratado acerca dos
eventos que tiveram lugar ao longo dos séculos. Daí encontrarmos uma série de estudos voltados à
redescoberta de verdades históricas. Assim nasceram o materialismo histórico e a mais tarde a
chamada “nova história”. Na linha do materialismo histórico a abordagem chamada “crítica”, a
“visão dos vencidos” tem sido a mais convincente. A premissa é transparente: os vencedores têm
sempre alguma coisa menos dourada, mais complexa, que preferem ou precisam ocultar acerca de
sua atuação no cenário histórico. Os vencidos nada têm a perder e somente podem se beneficiar com
uma análise histórica profunda, radical. Os IIr.’. britânicos Christopher Knight e Robert Lomas, em
A Chave de Hiram, ed. Landmark trazem-nos aportes impressionantes que, como outras obras deste
gênero ao longo dos séculos, coloca em xeque uma série de valores das religiões formalmente
estabelecidas no Ocidente Cristão (católicas romana e ortodoxa mas, principalmente as protestantes).
Por exemplo: finalmente temos uma explicação convincente para o fato de a Bíblia traduzida ao
alemão por Martinho Lutero trazer vários Livros da Bíblia, como os 2 capítulos que compõem a
história da resistência dos Macabeus a Antíoco Epifane – aliás a Bíblia de Lutero é letra por letra
idêntica à Bíblia Católica Romana – enquanto as versões protestantes (King James em inglês e João
Ferreira de Almeida em português) não trazem I e II Macabeus, além de haver ainda uma série de
outros expurgos, livros faltando que, segundo os protestantes, “não são livros inspirados, são
meramente históricos” ao contrário do que Luteranos e Católicos acreditam.

Em síntese, Judas Macabeu instaura uma nova linhagem que, embora heróica, não é reconhecida
pelo judaísmo oficial por questões sucessórias (ele não era da tribo de Davi). Os Cavaleiros
Templários, quando de suas escavações em Jerusalém, pelo XII século, possivelmente localizaram
esta informação em antigos escritos ali depositados e, como o protestantismo recebeu poderosa
influência daqueles Cavaleiros cristãos excomungados no século XIV pela Igreja Romana, a visão
templária está presente nas bíblias protestantes e não nas católicas. Lutero sofreu pouca ou nenhuma
influência dos descendentes intelectuais e espirituais dos Templários, estando assim muito mais
próximo da Igreja Romana. Até que surja uma explicação mais profunda ou detalhada, esta hipótese
aventada pelos Autores é perfeitamente convincente.
I – A origem da Maçonaria não está nas Guildas de Pedreiros Medievais
Chris Knight e Robert Lomas iniciam seu Trabalho ressaltando ser a Maçonaria uma Instituição
tradicional, voltada ao aperfeiçoamento do indivíduo e da sociedade, sob os auspícios de Deus ou
Grande Arquiteto do Universo. Ao contrário das religiões formalmente estabelecidas, não há na
Maçonaria qualquer referência a entidades ou divindades “das trevas”: é a única Instituição
radicalmente Monoteísta do Ocidente. De pronto descartam a hipótese segundo a qual, antes de
formalizar-se na Inglaterra no dia 24 de junho de 1717, a Maçonaria ter origem exclusiva ou
principal nas guildas de pedreiros medievais. Apresentam 3 motivos para esta conclusão:
Todas as Corporações de Ofício de Pedreiros Medievais recebiam as bênçãos da Igreja Romana
o que seria impensável para a Maçonaria. Ficava-se por vezes uma vida inteira, por exemplo, na
construção de uma grande Catedral, tornando desnecessários códigos de reconhecimento. Quanto à
profissão, se alguém alegasse ser pedreiro sem o ser, sua inabilidade o denunciaria rapidamente.As
Antigas Obrigações (Old Charges) da Maçonaria estabelecem, por exemplo que “nenhum irmão deve
revelar qualquer segredo legítimo de qualquer outro irmão se isso puder lhe custar a vida ou as
posses”. Somente por excomunhão alguém poderia correr este risco naquele tempo. Hereges eram
excomungados. Que atividade de construção poderia conduzir pedreiros cristãos à condenação por
excomunhão? Mais lógico concluir serem Cavaleiros em fuga – os Templários em cujas cores,
símbolos e costumes há tanta reminiscência na Maçonaria. Há ainda, nas Old Charges a proibição
peremptória de um irmão relacionar-se sexualmente com qualquer mulher da família de outro irmão.
Cavaleiros em fuga que solicitassem proteção precisariam deste cuidado, sem dúvida! Mas o que
poderia impedir um pedreiro, por exemplo, de casar-se com a irmã de outro? Há mais, nas Old
Charges, mas atenho-me à mais chocante: entre maçons sempre se contaram muitos reis e nobres. O
que conduziria reis e nobres a aprender normas de comportamento moral com humildes pedreiros? O
argumento apresentado como “definitivo” pelos Autores é o fato de nunca ter havido guildas de
pedreiros na Inglaterra, berço da Maçonaria. (Sobre este as reminiscências a “construções”
existentes na Ordem há outra explicação muito mais consistente que a fantasiosa hipótese “guildas de
pedreiros medievais”, mas fogem ao escopo destas notas. Alhures e oportunamente o desenvolverei
).
II – Os Segredos Perdidos da Maçonaria
Viajando a 3 continentes (Europa, África e Ásia) os Autores investigam antigas construções,
idiomas locais, bibliotecas e reminiscências em histórias populares encontrando explicações
fascinantes a praticamente todas as expressões que usamos em Loja – e quem de nós não sentiu o
desejo sincero de conhecer profundamente as origens do que dizemos nos Rituais, freqüentemente
recebendo a admoestação de que “compreenderíamos mais tarde”, o “mais tarde” vai chegando e os
mistérios aumentam sem que expliquem os primeiros, etc? Pois os IIr.’. Knight e Lomas sentem esta
pulsão e contam com a possibilidade de pesquisar in loco, trazendo-nos informações precisas e
preenchendo esta lacuna.Desde o primeiro contato com a Ordem sabemos que havia segredos
originais que foram perdidos por circunstâncias dramáticas envolvendo a morte de um homem
lendário – Hiram Abiff, construtor do Templo de Salomão – segredos que foram substituídos ou
recriados em época bem remota. Os Autores, com a discrição necessária a uma Obra destinada ao
grande público, apontam na direção certa a pesquisarmos. Detalhes da vida de Sequenenre Tao, rei
egípcio do Alto Nilo em período tenso, quando o Baixo Nilo estava sob o controle dos hicsos,
apontam na direção da origem exata do mito de Hiram Abiff, ficando como hipótese de trabalho
altamente convincente a especulação se o patriarca Abraão seria também um nobre hicsos. Muito do
que se vê no interior da Loja Maçônica vem convincentemente explicado em A Chave de Hiram que,
cautelosamente, apresenta fatos e dados históricos claramente delimitados das especulações dos
Autores – abundam no livro expressões como “talvez”, “provavelmente”, “quase com toda a
certeza”, etc. quando se envereda pelo caminho especulativo, mas estas especulações são
robustecidas por documentos antigos, fotos e transliterações idiomáticas que realmente nos
persuadem. Melhor que a leitura da Obra só mesmo uma visita aos sítios arqueológicos
mencionados, de Ur, na Mesopotâmia (atualmente Iraque...) passando pelos monumentos e
bibliotecas egípcias, Jerusalém e o Vaticano, chegando à Capela Rosslyn, na Escócia. III – Alguns
aportes
Investigando de perto, com total isenção e sem estar sujeito a qualquer limitação dogmática
apriorística, os Autores chegam a conclusões a um só tempo fascinantes e perturbadoras. Cito aqui
apenas 7 dentre as muitas arroladas ao longo da Obra. A vinda dos descendentes de Abraão (José e
seus irmãos) ao Egito estaria no contexto das chamadas “invasões hicsas” àquele importante centro
do Mundo Antigo. A cerimônia de consagração do rei egípcio envolvia um ritual onde se encenava a
sua morte e, na encenação de sua ressurreição, ele era erguido pelos sacerdotes que lhe murmuravam
ao ouvido: Ma’at neb-men-aa, ma’at-ba-aa que, em egípcio antigo, traduz-se literalmente como
“Grande é o Mestre de Ma’at. Grande é o Espírito de Ma’at” – Ma’at é a corporificação institucional
da Verdade e da Justiça. Estaria a vida e a morte trágica de Sequenenre Tao na origem do mito de
Hiram Abiff? As marcas existentes em sua múmia, em exposição no Museu do Cairo e reproduzidas
no livro, reforçam esta tese. Moisés foi iniciado nos mistérios do Egito Antigo e muito da teologia
judaica retrata reminiscências egípcias, assim como sumérias, caldéias e babilônias. Os pilares que
se destinavam a unir o humano ao divino nos reinos do Alto e do Baixo Nilo são as mais antigas
reminiscências ao que mais tarde seriam as Colunas do Templo de Salomão. Há uma ligação estreita
entre o simbolismo das pirâmides, a Estrela de Davi e a Estrela da Manhã (Vênus), como o mais
importante líder político e religioso dos hebreus definia a si mesmo. Os manuscritos encontrados no
Mar Morto trazem informações riquíssimas sobre a história de Israel, o momento em que a Palestina
estava sob o domínio romano e os primórdios do cristianismo – manuscritos similares provavelmente
tenham sido encontrados pelos Templários quando de suas escavações em Jerusalém tornando-os
dignos herdeiros das Tradições Egípcias reproduzidas em Israel assim como precursores da
Maçonaria como a conhecemos hoje. A Cabala seria a racionalização matemática e grega do antigo
pensamento tradicional dos líderes religiosos hebreus. IV – O Resgate
A descoberta dos Manuscritos do Mar Morto, em Qumram, Palestina e Nag Hammadi, no Alto
Egito, logo após o término da Segunda Guerra Mundial, trouxe luzes incríveis sobre os tempos de
dominação da Palestina pelos romanos e os primórdios do desenvolvimento dos ensinamentos de
Jesus Cristo. Encontraram-se diversos pergaminhos, em péssimo estado de conservação (alguns com
mais de 2.500 anos de idade!) narrando histórias dos hebreus em seu cativeiro na Babilônia, dos
primeiros discípulos de Cristo, códigos de legislação e uma série de dados, muitos dos quais
frontalmente conflitantes ao que se tornou a história oficial tanto do povo hebreu quanto da Primeira
Igreja de Jerusalém sob a liderança de Jesus Cristo e, a seguir, de seu irmão Tiago. Há muito ainda a
ser traduzido e compreendido, somente se arranhou a superfície de toda aquela gama enciclopédica
de informações; à medida em que nossos corações se tornam capazes de receber a plenitude da
mensagem deixada a nós pelos zelosos rabinos da comunidade de Qumram e os primeiros cristãos de
Nag Hamadi, mais será revelado. Está provado que documentos similares foram sepultados sob o
Templo de Salomão – há inúmeras referências cruzadas a “documentos protegidos debaixo do Santo
dos Santos, no Templo de Salomão”. Os Templários os desenterraram e, com o auxílio de
intelectuais da época, decifraram. Toda esta informação está incorporada aos rituais maçônicos: há
um grau, o do Santo Real Arco, que rememora, por alegorias ilustradas em símbolos, precisamente a
descoberta destes documentos. Isto nos traz dados que permitem compreender melhor a história dos
primórdios da civilização humana no Oriente Médio e apreender a plenitude do simbolismo
maçônico.
BIBLIOGRAFIA
A Loja Cavaleiros do Templo nº 26 parabeniza a este Ir.'. e Mui digno Mestre por esta Peça de
Arquitetura
Lázaro Curvêlo Chaves – M.’.M.’.
Delegado da G.’.L.’.U.’.S.’.A.’. para a região norte de São Paulo e Sul de Minas
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perdidos-da.html
#51

OS PRECEITOS DA RELIGIÃO MUÇULMANA

O Cinco Pilares do Islã, segundo Roger Garaudy na Obra "Promessas do Islã", publicada no
Brasil pela Nova Fronteira em 1988, podem ser assim resumidos:
1. Profissão de Fé: "Existe um único Deus e Maomé é seu profeta". Nenhuma outra divindade se
não Deus: Maomé, seu mensageiro. O universo inteiro ganha assim um sentido, o absoluto revelando-
se no relativo sob a forma de "sinais", de símbolos. A natureza e os homens, do mesmo modo que a
palavra do Alcorão, eram uma aparição, uma manifestação de Deus. "Não há nada que não cante seus
louvores, mas vocês não compreendem seu canto" (XVII, 44).2. Oração: a prece é e a participação
consciente do homem no canto de louvor que liga todas as criaturas ao seu criador. "Volte a si
mesmo para encontrar toda a existência resumida em você." A prece integra o homem de fé a essa
adoração universal: realizando-a, com o rosto voltado para Meca, todos os muçulmanos do mundo e
todas as mesquitas cujo nicho do mirhab designa a direção da Kaaba são assim integrados, por
círculos concêntricos, a essa vasta gravitação dos corações rumo ao seu centro. A ablução ritual,
antes da prece, simboliza o retorno no homem à pureza primitiva pela qual, rejeitando a si mesmo
tudo o que pode macular a imagem de Deus, ele se torna seu perfeito espelho.

3. Jejum durante o mês sagrado do Ramadã. O jejum, interrupção voluntária do ritmo vital,
afirmação da liberdade do homem em relação ao seu "eu" e aos seus desejos, e ao mesmo tempo
lembrança da presença em nós mesmos daquele que tem fome, como de um outro eu mesmo que devo
contribuir para tirar da miséria e da morte.
4. Zakat. Não é esmola, mas uma espécie de justiça interior institucionalizada, obrigatória, que
torna efetiva a solidariedade dos homens da fé, isto é, daqueles que sabem vencer em si mesmos o
egoísmo e a avareza. O zakat é a lembrança permanente de que toda riqueza, como tudo, pertence a
Deus, e que o indivíduo não pode dispor dela à vontade, que cada homem é membro de uma
comunidade.
5. A peregrinação a Meca, enfim, não apenas concretiza a realidade mundial da comunidade
muçulmana, mas, dentro de cada peregrino, vivifica a viagem interior em direção ao centro de si
mesmo. O tema central do Islã, em todas as suas manifestações, é esse duplo movimento de fluxo do
homem em direção a Deus e de refluxo de Deus em direção ao homem, sístole e diástole do coração
muçulmano: "Na verdade, somos de Deus e a Ele retornamos" (II, 156)

Todos os preceitos que devem ser seguidos encontram-se reunidos no Alcorão (a grafia "Corão"
também é considerada correta), livro sagrado escrito a partir das sínteses dos ensinamentos de
Maomé. Trata-se de um livro com conotações nitidamente político--religiosas, assumindo o caráter
de uma verdadeira constituição para o povo islâmico. Os feitos de Maomé foram reunidos por seus
familiares em um livro denominado Suna, no qual se encontram as bases da tradição, formuladas a
partir dos exemplos dados por Maomé durante sua vida. Destaca-se, entre os preceitos básicos da
Suna, a Djihad. Por vezes mal compreendida, a Djihad ou Jihad, pode ser traduzida realmente como
"Guerra Santa". Segundo ainda Roger Garaudy, filósofo franco-argelino convertido ao islamismo, há
duas grandes formas de se fazer a Guerra Santa preconizada pelo Profeta. Há a "Grande Jihad" ou
luta contra o ego e a "Pequena Jihad" que é a busca de persuasão do infiel aos caminhos do Profeta.
Seguindo ainda aquele autor, "idolatria é adorar como se fosse Deus algo que não é Deus". Neste
sentido, a egolatria é uma das formas mais condenáveis de idolatria e a Grande Jihad volta-se a dar
combate a esta forma de idolatria. A "Pequena Jihad" busca, principalmente pela persuasão, mas à
força se necessário, proteger o Islã e trazer novos crentes para o Islã.

A partir da existência de dois livros sagrados, o mundo muçulmano dividiu-se em dois grandes
grupos: os xiitas, seguidores exclusivamente do Alcorão, que negam qualquer outra fonte de
ensinamento; e os sunitas, que adotam como fonte de ensinamento, além do Alcorão, as Sunas,
coletânea de relatos acerca das práticas adotadas por Maomé e seus seguidores.
BIBLIOGRAFIA
Peça de Arquitetura extraida do blog Templo Maçônico, a quem creditamos todo o texto.
Um beijo no seu coração

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muculmana.html
#52

AS LOJAS DE SÃO JOÃO

Quando os trabalhos são declarados abertos, há referência a São João, dito nosso padroeiro.
Porém, qual o São João? São muitos, na Igreja Católico-Cristã, os santos com o nome de São João
"disso e daquilo, etc." Os regulamentos maçônicos recomendam se festejar a dois, a São João, "o
Batista", e a São João, "o Evangelista".
O BATISTA
São João Batista, também dito "o Precursor", era filho de Isabel, prima da Virgem Maria e, por
conseguinte, também parente de Jesus. Ele ganhou o epíteto de "batista" porque, no rio Jordão,
"batizava" as pessoas,derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-os
espiritualmente(batismo significa banho). Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-
se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meio
vestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Quram, perto
do mar Morto.

Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinha vários
seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequer de Lhe
desatar as sandálias. Vituperava a Herodes Antipas ¾o rei imposto pelos romanos aos judeus ¾ ,
porque Antipas mandara matar a seu meio-irmão para ficar com a sua esposa. Antipas mandou
decapitar a João Batista, atendendo o pedido de Salomé, sua enteada, filha de seu meio-irmão, acima
referido. O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de sucomemoração.
O EVANGELISTA
O outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no de Evangelista porque, além de
pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4o. Evangelho, de três epístolas e do famoso
Apocalipse. Essa palavra quer dizer "revelação". Nele, João relata as revelações que teria tido
sobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar nos fins dos tempos, catástrofes,
guerras, pestes, castigos, a palavra "apocalipse" ganhou a conotação de "algo ruim, apavorante,
cataclismático, terrificante". A linguagem é extremamente simbólica, de difícil compreensão.
É comemorado a 27 de dezembro.
MAÇONARIA OPERATIVA
Na verdade, porém, como vem registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das
Constituições de Anderson, de 1723, e com elas publicados, o dia que os maçons operativos do
passado tinham escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou,
opcionalmente, no dia de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro.
Aliás, notar que a fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24
de junho. Veja-se como vem redigido esse cãnone dos Regulamentos Gerais, aprovados, pela
segunda vez, no dia de São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João,
duque de Montagu, para Grão-Mestre:
"XXII. Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em
uma COMUNICAÇÃO ANUAL e Festa, em algum Lugar apropriado, no Dia de São João Batista,
ou então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo
Regulamento, pois essa reunião ocorreu nos Anos passados no Dia de São João Batista:
Provido(...)"
RAZÕES ESOTÉRICAS
Só por uma segunda opção a reunião e festa ocorreria,portanto, no dia 27 de dezembro, na festa do
outro São João. Mas, por quê? O porque dessa alternativa tem uma explicação esotérica, que remonta
às prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dos romanos. A esses colégios de
artesãos, de diferentes ofícios, pertenciam também os da construção. Eles acompanhavam as tropas
romanas, para o trabalho de reconstrução e instalação da administração imperial, nas terras
conquistadas e colonizadas. E com eles ia a sua religião ou religiões, para ser mais exato, ainda que
entre os romanos a predominante fosse a da adoração à Mitra, que era representado por uma figura
humana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outros deuses, notadamente, o de Jano, uma
figura de duas cabeças coladas e opostas, cada uma olhando em sentido contrário a da outra, e que
simbolizavam: uma, o solstício da entrada do verão (24 de junho, hemisfério norte); a outra, o
solstício da entrada do inverno (27 de dezembro, hemisfério norte). Esses solstícios estão sempre
presentes, nas festas pagãs, porque vinculadas à Natureza.
É aí que encontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e os natalinos, a
que a nova religião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo que
conseguiu foi a substituição. Todavia, no seio da maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce,
ambas as datas sobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados. Não esquecer que
os colégios, principalmente, os dos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistérios
de antiguíssimas sociedades iniciáticas, todas praticantes de ritos solares. Se você, leitor e
freqüentador da Loja Virtual, tiver algo a acrescentar, ou mesmo a reparar, por favor, escreva para
nós.
BIBLIOGRAFIA
ESTA PEÇA DE ARQUITETURA É UM FRASCO DE PERFUME RARO.
Um beijo no seu Coração
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#53

O SURGIMENTO DA MAÇONARIA ESPECULATIVA

Para pesquisar este complexo tema faz-se necessário examinar algumas lendas enraizadas no
imaginário maçônico, para as quais não existe nenhuma comprovação documental. A primeira delas
descreve o nascimento da Maçonaria Especulativa como sendo a descendente direta da Guilda de
Ofício correspondente, que teria deixado entrar os não operativos ou aceitos em suas Lojas. Estes
novos membros acabariam por dominar a guilda de ofício, não só em número, mas também na sua
administração, transformando-a na organização maçônica que conhecemos a partir de 1717. Sem
dúvida, a Maçonaria moderna muito deve à instituição chamada de Venerável Companhia dos
Maçons Livres da Cidade de Londres, como era chamada nos documentos oficiais, a corporação que
reunia os que praticavam a arte de construir. Não é sem razão que a instituição atual é a sua
sucessora, quase sem mudanças, no nome e em muitos dos seus princípios de governo. A Maçonaria
atual herdou nos nomes dos Oficiais e Dignitários mais importantes, o método de auto-sustentação
financeira, a taxa de admissão, e outros usos, A bem da verdade, estes usos eram típicos de todas as
corporações medievais, Entretanto, tudo isto não explica por quê os não operativos teriam solicitado
a sua admissão, especificamente nesta corporação de oficio.

Uma explicação inicial, que Anderson foi buscar na antiguidade, consistiria no fato de que a
admissão à corporação era atrativa em termos de “status social”, ou seja, por ser um ”símbolo de
distinção”, como atualmente o é a admissão em associações do tipo Rotary ou Lions Clubs. Assim
sendo, tratar-se-ia da atração que uma Companhia de Ofício, rica e poderosa, teria exercido sobre os
homens que profissionalmente não pertenciam à corporação. Na realidade, isto é altamente
improvável. De fato, devemos considerar que já no inicio do séc. XVII a Companhia de Ofício tinha
perdido toda a sua importância e poder efetivo (causada pela falta de grandes obras, geralmente
patrocinadas pela Igreja, cujo prestigio e poder econômico estava em decadência e já não era o
mesmo da alta Idade Média). Qual seria então a atração que uma corporação em declínio poderia
exercer sobre homens em busca de realizar suas ambições sociais? Uma segunda explicação sustenta
que os não operativos foram atraídos para a corporação devido aos segredos esotéricos que esta
possuía. Aqui também, devemos ressaltar que não existe nenhum documento das lojas operativas que
ateste a existência de qualquer tipo de mistério que não fosse aquele ligado aos segredos de
profissão, do mesmo tipo que se podem encontrar em qualquer outra corporação do gênero. A
propósito, recordamos a suposta existência, na Inglaterra, de um grupo da chamada sobrevivência
operativa, com um ritual com sete graus, que dividiam os Irmãos conforme o grau, em maçons do
esquadro e maçons do arco, hipótese tão cara a René Guénon, o que é uma mistificação que apareceu
e logo desapareceu no século XX. No que se refere à assim chamada Compagnonage, organização
que só existiu na França, e na qual os Maçons não tinham a predominância, sabe-se que a sua parte
ritual e esotérica é posterior à da Maçonaria Especulativa. Quanto aos famosos Mestres Comacinos,
não existem documentos que atestem que tenham existido sob a forma de corporação. Os éditos
longobardos que os mencionam são dos séc. VII e VIII, enquanto que os sistemas corporativos, com
os seus juramentos, só aparecem no início do séc. XII (O Estatuto de Bolonha, de 1248).

Os artigos dos éditos de Rotari e de Luitprando, falam somente dos regulamentos a serem
aplicados nos casos de eventuais acidentes no exercício da profissão de construtor. Falam também
das compensações a serem atribuídas aos acidentados ou às suas famílias. Por outro lado, não se
encontra nestes éditos nada que possa sugerir algo de misterioso ou de esotérico na profissão dos
Mestres Comacinos. Também não é conhecido nenhum documento medieval das Guildas de Ofício
que mencione qualquer forma de ensinamento esotérico, partilhado por seus membros.
Especificamente em relação à Inglaterra, ninguém que já tenha lido os manuscritos Regius, Cooke,
etc. encontrou neles quaisquer segredos, a não ser os relativos à profissão, a par de uma forte
influência cristã, além da atenção dispensada aos problemas práticos, econômicos e referentes à
administração do pessoal operativo. Assim sendo, não se conhece nenhum documento que contenha
referências àqueles que são os pontos fundamentais do esoterismo maçônico atual, ou seja: Palavras,
Sinais, Toques, a Lenda do Terceiro Grau ou similares. Na realidade, todos os documentos afirmam
exatamente o oposto, isto é, que só depois do ingresso dos membros não operativos, no séc. XVII, foi
que começaram a encontrar-se indícios de que algo misterioso estava acontecendo no interior da
corporação. A propósito, mencionamos algumas datas:

Já nos anos de 1520/21 os registros contábeis da corporação mencionam pagamentos efetuados


por alguns membros e oficiais operativos, que tinham sido feitos maçons aceitos. É de ressaltar que
nesta altura alguns membros aceitos eram já membros “ativos e quotistas” da Corporação de Ofício
(embora a primeira admissão oficial, na Saint Mary’s Chapell Lodge, só tenha sido registrada em
1600). Deste modo, estamos diante de acontecimentos exatamente opostos àqueles que sempre se
supôs acontecerem, isto é, que são os membros operativos que são admitidos entre os Aceitos, e não
o inverso. De tal fato, podemos supor a existência de uma estrutura organizada e independente.
Assim, fazer parte da organização operativa não significava pertencer automaticamente à organização
especulativa. Outro fato significativo é que nos anos de 1655/56 a Companhia de Ofício decidiu
retirar a palavra “freemasons” (Pedreiros Livres) de seu título, passando a chamar-se somente
Companhia dos Maçons. Este fato permite supor que a mudança no nome da Companhia de Ofício
visava oferecer cobertura a uma nova organização surgida em seu interior. O certo é que os
primeiros sinais dos não operativos são todos posteriores ao início do séc. XVII. Na Escócia, em
Edimburgo, os primeiros sinais aparecem em 1634. Em Atchison”s Haven, em 1672, 1677 1693. Em
Kilwinning, em 1672 e em Aberdeen, em 1670. Na Inglaterra, já em 1621 os registros comprovam a
existência de uma Sociedade de Maçons, em conjunto com a corporação de ofício regular. Esta nova
sociedade recebia capitações dos maçons Aceitos, tanto dos construtores de ofício, quanto dos que
não tinham nenhuma relação com a profissão.

Deste modo, é pode-se perfeitamente admitir que durante o séc. XVII tenha sido constituída uma
fraternidade oculta, dentro da corporação profissional. Os seus membros ditos Aceitos seriam os
efetivos possuidores do esoterismo e da maior parte da ritualidade que nos é hoje conhecida. Os
membros desta nova fraternidade foram gradativamente assumindo a sua condição maçônica perante
o público externo, a partir da segunda metade do mesmo século. A partir deste ponto, devemos
procurar as origens deste novo grupo, a possível data de sua constituição, os seu conteúdo filosófico
e esotérico, os seus fundadores, e o motivo pelo qual decidem ocultar-se dentro da corporação dos
construtores. Todos os pesquisadores concordam em que o esoterismo maçônico, com a sua tradução
em rituais, símbolos e ensinamentos, é uma criação desenvolvida ao longo de algumas dezenas de
anos, e é obra dos Especulativos. Quem seriam os homens que possuíam este tipo de conhecimentos ?
Sem dúvida, eram homens de condição social média/alta, pertencentes à burguesia iluminada e que,
nos dias de hoje, poderiam ser chamados de “liberais”. Eram pesquisadores e estudiosos das
culturas da antiguidade, colecionadores de manuscritos e de livros raros. Muitos se tornaram
membros da Sociedade Real (Royal Society). Fazia também parte do seu projeto social a difusão do
conhecimento científico, visando melhorar as condições de vida das populações mais humildes. Sob
o ponto de vista religioso, numa época conturbada da história da Europa ( a Inquisição ) estes
homens manifestavam uma forte tendência para a tolerância, a partir de um forte teísmo do tipo
judaico-cristão.

Características muito importantes são as relações que muitos deles tinham com os sobreviventes
do movimento Rosa-cruz da Alemanha, que se refugiaram na Inglaterra depois da dissolução do reino
da Boêmia, em 1619. Os primeiros documentos que atestam a existência dos Aceitos, são datados de
dois anos depois, isto é, de 1621. Deve-se notar que a Inglaterra era, na Europa de então, o único
país que os colocaria a salvo dos processos e dos autos de fé da Inquisição Católica. Mesmo na
Inglaterra a situação político-religiosa estava em transição, e ainda era bastante perigosa a
divulgação dos conhecimentos esotéricos, filosóficos e sociais que os haviam inspirado. Nestas
condições, era bastante atraente a oportunidade de se ocultarem dentro da organização, de modo a
resguardar a permanência do conhecimento não ortodoxo, bem como a sua transmissão, de modo
velado. O simbolismo geométrico-arquitetônico era utilizado para exprimir o conteúdo do
conhecimento esotérico e filosófico. Assim, nada melhor para assegurar a continuidade da
transmissão velada deste conhecimento do que a utilização de uma corporação de ofício, em declínio
e de fácil manejo. Deste modo, a mensagem rosa-cruz foi introduzida na corporação dos maçons
operativos ingleses, com a criação de rituais que asseguraram a sua sobrevivência e a sua
transmissão futura.

Como já dito, estes rituais – Aprendiz e Companheiro – foram sendo desenvolvidos durante todo
o séc. XVII e início do séc. XVIII. Não se conhecem com exatidão as datas em que foram concluídos
estes rituais, por dois motivos: em primeiro lugar, os rituais não eram escritos. Em segundo lugar,
porque eram escassos os registros das reuniões das Lojas. Os registros existentes das reuniões deste
período referem-se, basicamente, aos aspectos administrativos das reuniões. Jamais, em relação aos
aspectos ritualísticos. A mensagem rosa-cruz tinha duas componentes: uma exotérica e outra
esotérica. A primeira é facilmente reconhecida, e ainda hoje é uma das colunas de apoio do ensino
maçônico. Propõe a tolerância religiosa, a ação social em favor dos necessitados, a difusão da
cultura, a preferência pelos sistemas democráticos de governo, a aversão por toda a forma de
despotismo, o compromisso com o social em todas as suas formas, e a obrigação de manter um
comportamento ético irrepreensível. A componente esotérica e metafísica começa a ser conhecida
com o aparecimento dos Aceitos. Inicialmente se tem conhecimento da expressão “Palavra
Maçônica”, cujo significado era desconhecido, e cujo segredo os Aceitos defendiam de maneira
quase feroz. A esse respeito, Henry Adamson escreveu em 1638: “Nós temos a Palavra Maçônica e a
segunda vista”. Henry Home assim se expressava em 1640: “Existem muitas palavras e sinais
Maçônicos que vos serão revelados e de cujo segredo vos pedirei contas diante de Deus, no grande e
terrível dia do Juízo Final. Deveis manter sempre o segredo sem revelá-lo a ninguém, a não ser aos
mestres e companheiros da Sociedade dos Maçons”.

Além disso, encontramos referências nos juramentos de que essa Palavra jamais devia ser escrita,
nem sequer na areia, sob pena de terríveis punições. Assim, parece certo que esta palavra devia
consistir de algum tipo de conhecimento que nunca foi revelado. Neste ponto, é inequívoca a
influência rosa-cruz. Vejamos ainda alguns pontos que ajudarão em nossas conclusões. Sem imitar o
trapalhão Ragon, analisemos as características do maçom aceito mais conhecido do séc. XVII.
Referimo-nos a Elias Ashmole, iniciado em Warrington a 16 de outubro de 1646, aos 29 anos, como
consta em seu próprio diário, no qual o termo usado não é “iniciado”, mas “aceito”. Em outro de seus
diários ele escreveu, a 13 de maio de 1653, que o seu padrinho na Ordem, o senhor Blackhouse, lhe
revelou no leito de morte, por sílabas, o nome da matéria da Pedra Filosofal. Em 1663, Ashmole
tornou-se membro da Sociedade Real. O segundo ponto a ressaltar consiste nas freqüentes
referências, nos rituais, à assim chamada Lenda Críptica e às suas conexões com o simbolismo do
Templo de Salomão. Convém lembrar que o ritual maçônico do grau de Aprendiz, praticamente na
forma em que o conhecemos, foi desenvolvido e aperfeiçoado ao longo da segunda metade do séc.
XVII e, provavelmente nas primeiras décadas do século seguinte. Devemos também lembrar que a
definição de Deus como Grande Arquiteto do Universo não é, como se poderia pensar, de origem
maçônica, mas sim de uma antiga versão de uma lenda Alquímic0/Rosa-cruz. L”Andréa, conhecido
por ter divulgado os Manifestos Rosacruzes em Londres, já usa esta expressão em um trabalho de
1623. Portanto, muito antes do desenvolvimento dos rituais maçônicos.

No que se refere ao sistema ritual que contém o Real Arco, muito apreciado pelos maçons, deve-
se ressaltar que a lenda críptica é repetida, em várias versões, e que as referências alquímicas nos
graus superiores ao terceiro são bastante explícitas, sem esquecer que um dos graus mais importantes
do sistema é o Príncipe Rosa-Cruz. Os argumentos acima expostos permitem concluir que o
ensinamento dos Aceitos tem por base os conhecimentos alquímicos dos rosa-cruzes, com todas as
suas conseqüências filosóficas e metafísicas. Assim, concluímos também que o conhecimento
esotérico e ocultista esteve presente nos primórdios da Instituição Maçônica atual e que a evolução
do ritual e do simbolismo, ocorrida ao longo do séc. XVII e início do séc. XVIII, foi a maneira
encontrada para manter vivo e compreensível todo este acervo de conhecimentos, cujo objetivo
maior é o aperfeiçoamento moral e espiritual do ser humano.

BIBLIOGRAFIA Freemasonry - Bernard Jones The Compagnognage and the Craft - C.N.
Batham Historiae Patriae Monumenta - Edita Langobardorum Medieval Masters and their
Secrets - W.W. Conery-Crump Speculative Masonry - Harry Carr The Transition from
Operative to Speculative Enlightenment - F.A. Yates The pre-eminence of the Great Architect
in Freemasonry - R.H.S. Rottenburg
Os nossos respeitos ao valoroso Ir.'. ANTÓNIO ROCHA FADISTA M.'.I.'., Loja Cayrú 762
GOERJ / GOB - Brasil
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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especulativa.html
#54

AS ORIGENS INICIÁTICAS

MOISÉS
A iniciação hebraica revestiu-se de uma forma decerto mais sombria e mais feroz que as iniciações
egípcias e gregas, é certo que ela deve a sua forma atual à direção deste grande homem que foi
inspirado por Deus. O legislador de Israel, era filho de um israelita, mas, no momento de seu
nascimento, a quantidade de meninos judeus fez o Faraó temer que o Egito fosse destruído. Havia
dado ordem bárbara de que todas as crianças dos hebreus do sexo masculino fossem mortas, logo no
momento de nascer. As mulheres que eram destinadas a estes cuidados sempre cheias de
repugnância, infringiam as ordens da autoridade. A criança chamada Asarsiph por sua mãe, não
podia ser escondida por mais tempo; um grito ouvido por um guarda egípcio poderia perde-lo. Eis
porque a mãe, confiante na bondade dos poderes superiores, colocou-o em uma cesta de rosas e
deixou-o flutuar sobre o Nilo, perto do lugar onde a filha do Faraó, Termutos, tinha o costume de se
banhar com suas damas. Era em 1705 A . C. Como a mãe havia secretamente esperado, a jovem
princesa viu a criança e teve piedade; procurou uma ama para lhe proporcionar os cuidados e a mãe
sentiu-se assaz feliz por isso. Recebeu, então, o nome de Moisés (salvo das águas) e deram-lhe como
protegido da filha do Faraó, uma instrução muito vasta nos santuários do Egito.
A iniciação hebraica se relaciona diretamente com a iniciação egípcia, e isto não foi um mistério
para os Judeus, pois que vemos nos Atos dos Apóstolos (cap.VII, v. 22): “Moisés, tendo sido
instruído em toda a Sabedoria dos Egípcios, era um homem poderoso em obras e palavras”.
Estrabão, visitando o Egito, recebeu dos sacerdotes a mesma revelação. Afirmou-se que Moisés
tinha sido sacerdote de Osíris. Eis o texto de Estrabão que se refere à existência de Moisés antes que
o êxodo tenha tirado os hebreus da terra do Egito: “Moisés era um padre de Osíris que ocupava
uma parte do país meridional”. “Em dissidência com o culto exterior, deixou o nomo, seguido de
uma multidão de homens que adoravam a Divindade à sua maneira. Ele professava que o simbolismo
zoológico mantinha o povo no erro, a respeito das coisas sagradas; que o simbolismo andrológico
dos Libios e dos Gregos, tinha o mesmo inconveniente; que, se o Deus vivo se manifesta através do
Universo inteiro, é uma razão para não particulariza-lo, emprestando-lhe uma das formas parciais do
Cosmos”. “Ajuntava que se devia limitar a adorar o Inefável em um templo digno dele, circundado
de um território consagrado, mas desprovido de qualquer imagem representativa, de qualquer signo e
de qualquer atributo figurado”. Recomendava que homens escolhidos dormissem no Templo, para
receber as comunicações oneirocríticas
ou outras que interessassem ao indivíduo ou à sociedade. “Segundo Moisés, o homem da
sabedoria e da Justiça merecia esta graça, e devia colocar-se sempre em estado de receber o
benefício, sempre digno de ser honrado pela manifestação da Suprema Vontade”. “Nada, em Moisés,
indicava intolerância”. “Deus e as ciências que se ligavam a seu culto: eis qual era a sua força”.
“Um território neutro para fundar um Templo, uma Universidade de Deus: eis qual era o seu
fim”. “Prometia instituir uma religião, uma síntese social, sem exação sacerdotal, sem as fantasias
imaginativas, sob o pretexto de revelação, sem sobrecarga de formalismo, sem o impudor das
práticas”. “Moisés adquiriu um grande poder sobre a opinião pública destas paragens”. Há, pois,
apesar das profundas semelhanças nas doutrinas, uma grande diferença na realização entre a
iniciação do Egito e a que Moisés levou ao povo hebreu.
Bibliografia Pedro Neves e-mail neves.pedro@gmail.com. Esta obra está licenciada sob uma
Licença Creative Commons. Site maçônico (www.pedroneves.recantodasletras.com.br)
Um beijo no seu coração
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#55

SERÁ ESTE O TEMPO?

Que bom chegou o natal!


Vamos comprar presentes para todos, vovô, vovó, mamãe, papai, enfim, todos ganharão presentes,
que gracinha, é natal!
Tempo de passar e deixar uma moedinha para os pedintes na esquina ou no sinal de trânsito, até
porque, temos que demonstrar a boa ação nesta época. Nem vou citar a bebida antes, só para na noite
de natal ninguém reclamar que estamos enchendo o pote, puxa é natal e natal sem bebida fica sem
graça. Vamos comprar logo o presente do amigo oculto da empresa, mandar uns cartões eletrônicos
nos e-mails dos amigos, distribuir umas garrafas de vinho pra uns e isto tudo porque chegou o natal.

Na igreja nem chegamos na porta, até porque, vamos beber mesmo e preferimos assistir a missa
do Galo em casa, ao lado do pratinho de rabanada e cá entre nós, essa missa é um saco, mas fazer o
que né, chegou o natal. Tempo de comprarmos uma roupa nova, um sapato, qualquer coisa para ficar
mais atraente, mais bonitos, mais charmosos e isto tudo é porque chegou o natal.
Ih! Esqueci de falar do cara da cruz, eh eh, foi mal, não pegou legal. Acho até que ele não pensou
nada disto quando deu a sua vida por nós. Com certeza, ele não pensou que seria um feriado só para
encher o pote e trocar presentes, não, não acredito que ele tenha pensado nisto, acho que ele estava
além, do tipo nos salvar e pedir para nós fazermos o mesmo pelo próximo, sem precisar dar uma
moedinha, porém, dar aquele calor humano, sem a pretensão de toma-lo de volta. Pior é que não
fazemos nenhum esforço de tira-lo da Cruz, quando rezamos olhamos este caboco no mesmo lugar,
sangrando por nós e ao mesmo tempo, orando por nós.

Contudo, te peço, vamos tirá-lo desta cruz, vamos fazer este exercício, me ajude a faze-lo.
Comece Pegando uma escada, suba olhando para ele, se aproxime do braço esquerdo e comece a
retirar o prego desta mão, faça devagar por favor, ele ainda sente as dores por nós. Muito bem, agora
vamos retirar o da mão direita, isso bem devagar e vá conversando com ele, diga que voce o ama e
que não se esqueceu de nada que ele nos ensinou. Agora os pregos dos pés, devagar, isso, deixe ele
se apoiar em seu corpo, com calma voce não irá cair com ele. Muito bem, deixe ele sentar na terra
mesmo e apoie a cabeça dele em seu colo. Viu como não foi difícil, agora pegue um pouco de água
fresca e passe em seu rosto e nas suas feridas, ele está com sede de tudo, principalmente do seu
coração . Enxugue as mãos, cuidado para não tocar em suas feridas, isto, agora diga para ele que
voce o ama, que voce sofre também por ele e de um abraço bem gostoso, isso, não fica com vergonha
dele não, abrace ele com vontade, mas não aperte muito, ele está ali a 2010 anos tão cansado e
esperando que voce diga FELIZ ANIVERSÁRIO MEU TODO.
Como voce esta se sentindo? Um beijo no coração de todos e FELIZ NATAL meus Irmãos,
Cunhadas e Sobrinhos Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26
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#56

PERAÍ VOLTAMOS JÁ JÁ

No momento não podemos atender, após o


sinal (que vem do alto) deixe o seu nome e o seu recado, tão logo possa, entraremos em
contato com voce. Que GADU te ilumine e a nós não desampare. tu tu tu tu tu ....
BOAS FESTAS - BOA PASSAGEM DE ANO - NÃO BEBA MUITO - NÃO FAÇA
BOBAGENS - NÃO CHUTE O BALDE ETC, ETC, ETC...
Em nome de todos os Irmãos não só da Cavaleiros do Templo nº 26, mas de toda as nossas
Lojas que congregam a nossa Família, desejamos MUITA PAZ, UNIÃO e FORÇA para este
ano de 2011.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#57

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE


I

A segunda tentativa de promover-se a união e a organização internacional, antevista e abortada em


1834, foi o Convento que se realizou em Lausanne na Suíça período de 06 a 22 de setembro de 1875,
tendo como principais objetivos revisar e reformar as Grandes Constituições de 1786. Visou,
também, à definição e à proclamação de princípios e à elaboração de um Tratado de Aliança e
Solidariedade. Onze Supremos Conselhos se fizeram representar neste Convento: Inglaterra (e País
de Gales), Bélgica, Cuba, Escócia, França, Grécia, Hungria, Itália, Peru, Portugal e o anfitrião Suíça.
A Escócia e a Grécia, ambas representadas pelo mesmo Irmão se retiraram antes do término dos
trabalhos, fato que levou a assinatura dos documentos finais a somente nove países. Os Supremos
Conselhos dos Estados Unidos (jurisdição sul), Argentina e Colômbia deram seu assentimento, mas
não puderam mandar representantes. O do Chile mandou dizer que daria seu assentimento às
resoluções do Conclave. Após numerosas reuniões de trabalho em comissão e onze sessões
plenárias, o Conclave foi encerrado em 22 de setembro de 1875.
Foram basicamente discutidos os seguintes temas:a) uma revisão das Grandes Constituições
de 1786, retirando toda referência a Frederico II, tendo como base a versão latina, considerada
como a carta fundamental do R.E.A.A.; b) a conclusão de um Tratado de União, de Aliança e de
Confederação dos Supremos Conselhos; c) a proclamação de um Manifesto solene; d) uma
Declaração de Princípios do Rito, nos quais os cinco primeiros parágrafos foram incluídos no
Tratado de Aliança; e) adoção de um Monitor (Tuileur) Escocês, especificando para cada grau
do 1º ao 33º, as especificações sobre a decoração da Loja, os títulos dos oficiais, os sinais de
ordem e de reconhecimento, os toques, as baterias, as aclamações, as marchas, as idades
simbólicas, as palavras sagradas e de passes, as jóias, painéis, alfaias, etc. f) apresenta uma
relação dos Supremos Conselhos regularmente reconhecidos no mundo: Estados Unidos:
Jurisdição Norte e Sul, Costa Rica, Inglaterra, Bélgica, Canadá, Chile, Cuba, Escócia, Colômbia,
França, Grécia, Hungria, Irlanda, Itália, México, Peru, Portugal, Argentina, Suíça, Uruguai e
Venezuela. O Brasil não aparecia na lista e segundo Prober “o S.C.BRAS., na verdade um dos
mais antigos do mundo, não figurava nesta relação dos 22 ‘reconhecidos’, por certo uma
represália por não ter participado”. A Ata da décima sessão faz menção à questão do
reconhecimento do Brasil: o Convento reconhece a existência de um Supremo Conselho no
Brasil. Porém, como existiam duas autoridades pretendendo este título, seriam enviados, pelo
Supremo Conselho da Suíça, os documentos para que ambas chegassem a um acordo. Caso
contrário, o assunto deveria ser remetido ao tribunal criado pelo artigo VII do Tratado de
Aliança para que pudesse ser julgado.
Um ponto polêmico do Congresso de Lausanne foi a querela sobre o Grande Arquiteto do
Universo que será discutido, em seguida, num item específico deste trabalho. O artigo 3º do Tratado
de Aliança e de Confederação estipulava que os Supremos Conselhos se reuniriam em Convento
geral em 1878 em Roma ou Londres e de dez em dez anos a partir desta data. Contudo, como este
Convento de Lausanne não foi ratificado como previsto, somente em 1900, por iniciativa do Supremo
Conselho da França, um novo, mas, modestíssimo Conclave estabeleceu-se em Paris. O Conclave,
previsto para se reunir em Bruxelas em 1902, teve seu início em 10 de junho de 1907, 32 anos após o
Conclave de Lausanne, com o pomposo título de Primeira Conferência Internacional dos Supremos
Conselhos. Depois deste Conclave é que se assiste às reuniões regulares, somente interrompidas
pelas duas guerras mundiais: a IIª Conferência em Washington - 1912, a IIIª em Lausanne - 1922, a
IVª em Paris - 1929, a V.ª em Bruxelas - 1935, a VIª em Boston - setembro de 1939, a VIIª em Havana
- 1956, a VIIIª em Washington - 1961, a IXª em Bruxelas - 1967, a Xª em Barranquilha na Colômbia -
1970, a XIª em Indianápolis nos EEUU - 1975, a XIIª em Paris - 1980, a XIIIª em Washington - 1985,
a XIVª no México - 1990, a XVª em Lausanne - 1995 e a XVIª será no Rio de Janeiro em 2000.
O artigo 7º do referido Tratado criava um tribunal composto de cinco Soberanos Grandes
Inspetores Gerais, membros ativos de cinco Supremos Conselhos, com a competência para julgar, em
primeira instância, diferenças que pudessem ser suscitadas entre os Supremos Conselhos
Confederados, resguardado o direito de apelação à Confederação, que decidiria em última instância
o direito de apelação, por maioria de votos, no Conclave mais próximo a se realizar. Chegaram a
nomear os cinco primeiros Conselhos, mas com o tempo, restou letra morta. Os EEUU sempre se
posicionaram contra uma Confederação com o incisivo argumento de que uma Confederação existiu
uma vez no seu país e que exigiu uma guerra sangrenta para eliminá-la e uma Confederação Maçônica
não seria, pois, desejável pela ojeriza que os americanos têm a este nome!
No texto revisional das Grandes Constituições o artigo II mantinha o caráter vitalício dos membros
dos Supremos Conselhos, ou seja, os Grandes Inspetores Gerais seriam nomeados ‘ad vitam’. O
artigo III limitava em nove anos o período de mandato dos cargos para os quais fossem eleitos. O
artigo V limitava em 33 o número máximo de membros ativos de cada Supremo Conselho. O artigo X
prescrevia que o Soberano Grande Inspetor Geral não poderia, valendo-se de sua autoridade
privada, conferir qualquer Grau maçônico nem expedir diplomas ou patentes. O artigo XI anulava
todos os então Consistórios e Conselhos de Kadosh, vez que os graus 30, 31 e 32 somente poderiam
ser conferidos na presença de três Soberanos Grandes Inspetores Gerais. O artigo XVI ab-rogava os
artigos XII, XIII e XIV das Grandes Constituições de 1786, desvestindo cada Supremo Conselho da
soberana autoridade da Maçonaria, pela impossibilidade de exercer os soberanos poderes
maçônicos de que se achava revestido Frederico II, bem como a perda também do poder legítimo de
deputar um Soberano Grande Inspetor Geral para estabelecer um Supremo Conselho no grau 33 em
qualquer país, observadas as prescrições das Grandes Constituições. A versão revista das Grandes
Constituições de 1786, elaborada em Lausanne, foi, na prática, seguida por todos os Supremos
Conselhos, incluindo aqueles que não aceitaram oficialmente o dito Conclave. Convém salientar que,
em 1880, os Supremos Conselhos da Inglaterra e da Bélgica denunciaram o Tratado. O Brasil não
soube se posicionar em relação ao Congresso de Lausanne, ficando numa situação dúbia e confusa,
ora aceitando ora negando. Seus rituais mantiveram a posição da lenda de Frederico II, sem nenhuma
explicação crítica, causando uma confusão entre os membros dos graus filosóficos. Isto pode ser
constatado pelo prefácio da sétima edição das Grandes Constituições Escocesas editada pelo
Supremo Conselho:
“Tendo as “Constituições, Institutos e Regulamentos Maçônicos” adotados em Bordeaux em 1762
e em Berlim em 1786, bem como as Resoluções do Congresso de Lausanne em 1785 (sic), as de
Bruxelas em 1907 e as de Washington em 1912 do Decreto do Sob. Gr. Comend. General Thomaz
Cavalcanti de Albuquerque, se tornado as Leis que regulamentavam o R.E.A.A. no Brasil, foram elas
anexadas aos Estatutos do Supremo Conselho e publicadas como “Leis que regem o Escocismo no
Brasil”.
Verificava-se, mais tarde, o inconveniente de tal junção, pois os Estatutos podem sofrer
alterações, na dependência das necessidades, como vem acontecendo até a presente data. Destarte
serem aqueles Documentos imutáveis em sua forma, quer pelo tempo quer pela tradição, baixou o
Sob. Gr. Comend. José Marcelo Moreira o Decr. 122, em 19/08/64, determinando a publicação em
separado de ambos os Documentos.
Assim, como conseqüência, foi publicada com o Título “Antigas Constituições Escocesas de 1762
e 1786”, bem como as Resoluções de Lausanne (1875), deixando de figurar as de Bruxelas (1907) e
de Washington (1912). Outras Edições têm vindo sucessivamente à luz, à medida que as anteriores
vão sendo esgotadas. As últimas Edições surgem com um Título novo, sem qualquer justificativa
“Grandes Constituições Escocesas”.
Como, com o decorrer do tempo, as Resoluções de Lausanne (1875), bem como as de Bruxelas e
mesmo as de Washington caíram em desuso, deixaremos de publicá-las na presente Edição, ficando a
mesma constituída apenas pelas duas primeiras que foram a fonte orientadora do Rito.
A QUERELA DO G.A.D.U.
Muita tinta já foi gasta para se refletir sobre o conceito de Deus na maçonaria mundial e a questão
ainda não está clara. Vamos tentar enfocar a questão, sobretudo, nas Constituições de Anderson e no
Congresso de Lausanne quando se reuniram os principais Supremos Conselhos do mundo do
R.E.A.A. em 1875. No período operativo, a maçonaria hauriu o conceito de Deus da Igreja Católica
Apostólica Romana. Tanto nas Antigas Obrigações (Old Charges) inglesas quanto em documentos
mais recentes, ou seja até a fundação da Grande Loja de Londres em 1717, prescrevem-se orações à
Santíssima Trindade, à Virgem Maria, aos Santos Patronos. Somente nos manuscritos do final do
século XVI, a Reforma Anglicana começou a retirar o culto dos Santos e da Virgem Maria. Convém
salientar que as Antigas Obrigações nunca usaram a expressão Grande Arquiteto do Universo nos
seus textos. Tal expressão somente passou a ser usada pelo pastor presbiteriano Anderson, que por
sinal modificou substancialmente a fundamentação católica das Antigas Obrigações. Considera-se o
período especulativo, a partir da fundação da Grande Loja de Londres, as Constituições de Anderson
despontam como o documento basilar.
A Constituição de Anderson de 1723 no capítulo Deveres de um Franco-maçom reza o
seguinte:
I - O que se refere a Deus e a Religião “O Maçom está obrigado, por vocação, a praticar a
moral, e se compreender seus deveres, nunca se converterá em um estúpido ateu nem
irreligioso libertino. Apesar de nos tempos antigos os maçons estarem obrigados a praticar a
religião que se observara nos países em que habitavam, hoje crê-se mais conveniente não
impor-lhes outra religião senão aquela que todos os homens aceitam, o dar-lhes completa
liberdade com referência as suas opiniões particulares. Esta religião consiste em ser homens
bons e leais, quer dizer, homens honrados e probos, seja qual for a diferença de nome ou de
convicções. Deste modo a Maçonaria se converterá em um centro de unidade e é o meio de
estabelecer relações amistosas entre pessoas que, fora dela, teriam permanecido
separadas”.Neste parágrafo de Anderson, encontram-se as seguintes diretrizes: I) acredita em
Deus; II) é um ser religioso e III) pratica uma forma de religião natural, podendo ser cristã ou
não. Estaria Anderson querendo substituir o cristianismo por uma religião natural ou propondo a
coabitação dos dois? Não se deve esquecer que Anderson era um pastor presbiteriano trinitário.
Clarke levanta uma tese interessante ao notar que, na edição da Constituição de Anderson de 1738,
ele faz referência a quatorze irmãos eruditos que leram, emendaram e finalmente aprovaram o texto
escrito em 1723. Anderson estaria passando por sérias dificuldades financeiras na década de 20,
pois apesar de ter casado com uma mulher de posses, perdeu parte considerável de suas
propriedades no escândalo da South Sea Bubble em 1720. Precisava trabalhar arduamente com sua
pena para fazer algum dinheiro extra e Clarke considera que Anderson era um simples secretário
daquele comitê dos quatorze que teriam tido a responsabilidade de dar os princípios e idéias da
Constituição de 1723. Muitos desses quatorze pertenciam à Sociedade Real, a primeira organização
científica do mundo. Não se deve esquecer que Desaguliers era um membro da Real Sociedade
(Fellow of Royal Society - FRS) e amigo pessoal de Isaac Newton. Payne, Bayle e Desaguliers
seriam, assim, os principais mentores além dos elementos de sangue real.
O espírito do texto é completamente deísta. Aqui convém fazer uma distinção entre deísmo e
teísmo. Segundo Alberton “teísmo é a doutrina de escola filosófica que admite a existência de Deus
pessoal, primeiro princípio e fim último de tudo o que existe; deísmo é um sistema filosófico-
religioso ou espécie de religião natural. Não nega a existência de Deus. Entretanto, Deus só pode ser
alcançado por argumentos puramente racionais. Não há, pois, revelação e o Cristianismo se torna
desnecessário. A intervenção de Deus no mundo também é desnecessária, negando, por conseguinte,
sua Providência. Por isto, também, repugna-lhe o milagre, bem como toda intervenção sobrenatural: a
Revelação e a Graça ou auxílio de Deus”. Teístas seriam aqueles que, no Ocidente judaíco-cristão,
aceitassem como seu Deus, o Deus de Abraão, Isaac e Jacó e deístas seriam como os cientistas que
aceitam como Deus, o Deus de Leibniz e Spinoza.
Assiste-se, pois, a uma guinada na maçonaria inglesa, em termos religiosos, começando no
catolicismo romano na fase operativa, passando pelo protestantismo (religião anglicana) até
desembocar numa religião natural. Contudo, a reação teísta não se fez esperar. Já que a segunda
edição da Constituição de Anderson de 1738 repõe a questão que tinha sido muito radical para o
espírito teísta inglês e o concomitante ataque da primeira bula papal contra a maçonaria.
CONTINUA.... Um beijo no seu Coração
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maconaria.html
#58

O CONGRESSO DE LAUSANNE E A MAÇONARIA ANGLO SAXÔNICA - PARTE


II

A segunda edição alterou o artigo primeiro, passando à seguinte redação: “Um Maçom é obrigado
na sua dependência a observar a Lei Moral como um verdadeiro Noaquita, e se entendeu
corretamente o Ofício, nunca será um estúpido Ateu nem um Libertino irreligioso, nem agirá
contra a sua Consciência. Nos tempos antigos os Maçons cristãos eram obrigados a concordar
com os usos cristãos de cada país por onde viajavam ou trabalhavam; mas sendo a Maçonaria
fundada em todas as Nações, mesmo as que praticam várias religiões, são eles agora unicamente
obrigados a aderir àquela religião na qual todos os homens estão de acordo (cada Irmão vivendo
em sua própria e particular opinião), que é a de serem homens bons e sinceros, homens honrados
e probos, quaisquer que sejam as denominações, religiões ou crenças que possam distingui-los,
por estarem todos de acordo com os três grandes artigos de Noé, que são suficientes para
preservar o Cimento da Loja. Assim a Maçonaria é o Centro de sua União e o Feliz Meio de
conciliar pessoas que teriam ficado perpetuamente separadas". A segunda alteração veio em
1756 com o Ahiman Rezon ou seja, a Constituição da Grande Loja dos Antigos do irlandês Laurence
Dermott, na qual se acusava os modernos de haverem omitido as orações, descristianizado o Ritual e
ignorado os Dias Santos. Dermott propõe, então, uma verdadeira reafirmação de fé à Santa Igreja, no
caso agora a Igreja Anglicana, apesar de propor no Ahiman Rezon uma prece para o cristão diferente
da prece para o judeu que fosse iniciando. O caminho da volta teísta estava sendo remontado e
atingirá o seu ápice com a fusão em 1813 da Grande Loja dos Antigos com a Grande Loja dos
Modernos, dando início, assim, à Grande Loja Unida da Inglaterra. A Constituição de Anderson de
1815 será marcadamente teísta, como se verá a seguir:
“Um Maçom é obrigado, por seu título, a obedecer à lei moral e, se compreender bem a Arte,
nunca será ateu estúpido, nem libertino irreligioso. De todos os homens, deve ser o que melhor
compreende que Deus enxerga de maneira diferente do homem, pois o homem vê a aparência
externa ao passo que Deus vê o coração. Um maçom é, portanto, particularmente compelido a
nunca atuar contra os ditames de sua consciência. Seja qual for a religião de um homem, ou sua
forma de adorar, ele não será excluído da Ordem, se acreditar no glorioso Arquiteto do Céu e
da Terra e se praticar os sagrados deveres da moral...”. A posição da Grande Loja Unida da
Inglaterra pode ser sintetizada da seguinte forma: durante um período relativamente curto - entre o
final do século XVIII até 1835 - quase toda referencia cristã foi expurgada dos manuais e rituais
ingleses - como foi exaustivamente demonstrado por N. B. Cryer - ao mesmo tempo, e talvez como
uma compensação, o teísmo passa a dominar o coração e as mentes da maçonaria inglesa. Se o
retorno teísta conseguiu cimentar a maçonaria inglesa, no continente causou um retrocesso à visão
liberal e à tolerância religiosa contidos na primeira Constituição de Anderson. Assiste-se, daí em
diante, a um embate entre o dogmatismo teísta inglês contra os deístas livres-pensadores franceses e
belgas. O cobertor era por demais curto. Se, por um lado cobria a ruptura inglesa, por outro,
desencadeia o cisma francês. Assim, o Grande Oriente da França, em seus primeiros ‘Estatutos e
Regulamentos Gerais’, de 1839, não faz nenhuma referência a Deus e à religião. Em 1849, alguns
elementos do Grande Oriente da França, pretendendo um estreitamento de relações com a Grande
Loja Unida da Inglaterra, elaboraram uma Constituição com cláusulas que exigiam a crença em Deus
e a imortalidade da alma, mas com a recomendação de se respeitar a consciência individual. A
supressão do artigo teísta deu-se em 1877, no GOF, quando o pastor Desmons, com a presença de
210 lojas, conseguiu o apoio de 2/3 para retirar a obrigação das lojas de trabalhar à Glória do
Grande Arquiteto do Universo. Estava declarada a guerra maçônica entre a França e a Inglaterra que
dura até os nossos dias. A Grande Loja Unida da Inglaterra declarou irregular tanto o GOF quanto a
Grande Loja da França. Somente em 1911, com a fundação da Grande Loja Nacional Francesa -
GLNF, a maçonaria inglesa deu foros de regularidade a uma instituição maçônica francesa. Para a
grande parte da maçonaria mundial o que vige é a Constituição de 1815 da Grande Loja Unida da
Inglaterra.
O Congresso de Lausanne também pagou o seu preito à querela do GADU. Esse Convento, que foi
a primeira tentativa de os Supremos Conselhos do R.E.A.A. tentarem uma certa unificação
ritualística e a montagem de uma confederação dos Supremos Conselhos que, por sinal não vingou,
aconteceu em 1875, dois anos antes do cisma francês cujo clima ainda permitia certo compromisso
pré-ruptura. Houve a participação de onze Supremos Conselhos dos seguintes países: Inglaterra (e
País de Gales), Bélgica, Cuba, Escócia, França, Grécia, Hungria, Itália, Peru, Portugal e o anfitrião
Suíça. O Brasil, apesar de ter um dos mais antigos Supremos Conselhos do mundo, infelizmente não
se fez presente. O Congresso de Lausanne havia que definir os princípios do R.E.A.A., em particular,
o símbolo fundamental do G.A.D.U. Contrapunham-se, então, duas tendências: i) a tradição da
Ordem: espiritualista e cristã contra ii) uma visão da época: liberalista e cientificista. Tentou-se,
enfim, estabelecer um compromisso conforme pode se ler tanto no Tratado quanto na Declaração de
Princípios e no Manifesto.
No Tratado, o pêndulo oscilava para o deísmo, no seu artigo 1º:
“A franco-maçonaria é uma instituição de fraternidade universal cuja origem remonta ao berço
da sociedade humana; ela tem por doutrina o reconhecimento de uma força superior que ela
proclama sob o nome de Grande Arquiteto do Universo;”
Na Declaração, assiste-se a uma proposição mais espiritualista: “A franco-maçonaria proclama,
como ela tem proclamado desde a sua origem, a existência de um princípio criador sob o nome
de Grande Arquiteto do Universo”. Quanto ao Manifesto, reconhece-se, sem ambigüidade, o
caráter pessoal do Grande Arquiteto do Universo: “Para elevar o homem a seus próprios olhos,
para torná-lo digno de sua missão sobre a Terra, a Maçonaria coloca o princípio que o Criador
Supremo deu ao homem, como bem mais precioso, a liberdade; a liberdade, patrimônio da
humanidade inteira, raio do alto que nenhum poder tem o direito de apagar nem amortecer e
que é a fonte dos sentimentos de honra e de dignidade”. desenrolar do Conclave começou a
complicar, quando na sessão do dia 9, o representante dos Supremos Conselhos da Escócia e da
Grécia – Irmão Mackersy - declarou que teria que retornar ao seu país. No dia 13 de setembro,
endereçou um comunicado ao Convento informando que não poderia, em nome dos Poderes que
representava, dar sua aprovação à Declaração de Princípios, pois os dizeres lhe pareciam pouco
espiritualistas, sobretudo a definição reservada ao G.A.D.U. Força Superior, Princípio Criador -
expressões que não condiziam com a crença num Deus pessoal. Curioso é que o Supremo Conselho
da Inglaterra enviou uma circular, em 26 de maio de 1876, aos seus corpos subordinados, assinado
pelos seus dois representantes no Conclave de Lausanne, contendo uma admoestação ao delegado
escocês dizendo que se ele tivesse ficado até o final não teria feito a declaração de que o Conclave
usou expressões que não se coadunavam com um Deus pessoal. Pelo contrário, o ponto que o
Conclave mais fortemente insistiu foi o de colocar, como princípio absoluto e fundamental do
R.E.A.A., a crença na personalidade de Deus como o Autor, o Criador, o Criador Supremo, o Grande
Arquiteto do Universo, o Ser Supremo! Em 1877, o Grande Oriente de França suprimiu, para as suas
lojas, a obrigação de trabalhar à “Glória do Grande Arquiteto do Universo” e teve início o cisma que
separou, radicalmente, a maçonaria francesa da inglesa. Apesar de o R.E.A.A. sempre ter mantido a
sua filiação cristã e rejeitado terminantemente a inovação do G.O.F. assiste-se a um distanciamento
da maçonaria anglo-saxônica que propunha um Deus Pessoal dos cristãos e dos judeus ao invés de
um impessoal Princípio Criador. Sem se ater ao radicalismo do GOF, a proposição de Lausanne
estava mais para o Anderson de 1723 do que o de 1738. A tendência moderna é que se dê razão às
proposições de Lausanne. Alex Horne chega a afirmar que saber se Deus seja visto como um Deus
Pessoal ou um Princípio ou Força Criadora impessoal deve ser um questão de escolha pessoal, seja
de um indivíduo ou de um grupo. Quem considera que são ateus aqueles que reduzem Deus a um
Princípio Criador impessoal - e esta é a posição de Pike - não deveria, por coerência, aceitar que os
budistas pudessem ser iniciados na maçonaria. E, pelo que se sabem os budistas nunca foram
impedidos de se tornarem maçons.
A querela do G\A\D\U\ teve uma conclusão provisória em 1877 pela reunião em Edimburgo dos
Supremos Conselhos da Escócia, da Grécia, dos EEUU (Jurisdição Sul), da Irlanda e da América
Central. Tendo em vista o Cisma francês, estes últimos demandaram que a interpretação dada pelo
Supremo Conselho da Inglaterra à definição do G\A\D\U\ fosse reconhecida pelo conjunto dos
Supremos Conselhos Confederados em Lausanne. Após uma troca de notas, os dois grupos - o de
Edimburgo e os restantes - e sob a pressão conciliadora do Supremo Conselho da Suíça, cedeu-se às
exigências do grupo de Edimburgo, afim de realizar a unidade do escocesismo. A querela, pois,
ainda não terminou. Deísmo, teísmo, descristianização, etc. são termos que tenderão a manter a
polêmica na maçonaria por um longo tempo. Em suma, Lausanne mantém a tradição cristã do
R.E.A.A. nos seus diversos graus, mas, em termos de princípios, caminha para uma posição
conciliadora entre o deísmo e o teísmo.
V - CONCLUSÃO
A principal conseqüência positiva do Conclave de Lausanne foi a de abrir as reuniões periódicas
de grande parte dos Supremos Conselhos, chamados daí por diante de Conferências. Os únicos
Supremos Conselhos que não aderiram a estas Conferências foram os da Inglaterra, da Escócia e da
Irlanda. Na Conferência de Bruxelas de 1907, participaram 20 Supremos Conselhos, incluindo as
duas Jurisdição dos EEUU, e muitos entendimentos foram alcançados mais por consenso pragmáticos
do que por força de texto legal. Estabeleceu-se a liberdade de cada Supremo Conselho adotar a
versão revista das Constituições de 1786 como proposta em Lausanne. Foram publicadas versões de
Lausanne em francês, principalmente na Bélgica, havendo, contudo, um desconhecimento do
Conclave por parte dos países de língua inglesa, a não ser por aqueles comentários de Albert Pike
sobre a querela do GADU. No geral, a maçonaria norte-americana desconhece completamente
Lausanne. Os principais pontos do Conclave foram a revisão das Constituições de 1786, geralmente
aceitas hoje em dia e a proclamação de um Princípio Criador chamado GADU. O Princípio Criador
permeia, até hoje, os principais documentos do GOB e do Supremo Conselho. O art. 2º da
Constituição do GOB reza o seguinte: Um dos principais pontos do Conclave foi a proclamação de
um Princípio Criador chamado G.A.D.U. O Princípio Criador permeia, até hoje, os principais
documentos do GOB e do Supremo Conselho do Brasil para o R.E.A.A. O art. 2º da Constituição
do GOB reza o seguinte:
“São postulados universais da Instituição Maçônica:
I - a existência de um princípio criador: o Grande Arquiteto do Universo”.
Os Estatutos do Supremo Conselho do Brasil para o R.E.A.A. afirma o seguinte, no seu
preâmbulo: Sua doutrina, que tem por base as Grandes Constituições de 1786 e os
Regulamentos Gerais de 1762, é fundamentada na hierarquia de 33 (trinta e três) graus, com o
objetivo de desenvolver entre os maçons os seguintes princípios: 1) a existência de um Princípio
Criador, o Grande Arquiteto do Universo... Outro ponto importante foi que o Conclave permitiu
a todas as jurisdições do Rito Escocês ter idênticas Constituições apesar da diferença de rituais.
O consenso não foi estabelecido em torno dos três primeiros graus: graus vermelhos ou azuis? E
aqui a divisão ficou entre os latinos e os anglo-saxônicos: os latinos usando o avental vermelho
do Mestre Maçom e os anglo-saxônicos continuando com os seus aventais azuis. O Brasil seguiu
a tendência anglo-saxônica, a partir da ruptura de Bhering em 1927, tanto no GOB quanto nas
Grandes Lojas. O Monitor (Tuileur) Escocês, editado em 1876 pelo Supremo Conselho da Suíça
não teve nenhum caráter obrigatório. Documento único de referências, preciso e completo, fez
diversas e, em alguns casos, profundas alterações no tocante à tradição dos graus escoceses.
Desnecessário dizer que o Monitor coloca o avental maçônico do Mestre Maçom na cor do rito,
isto é, vermelho. Um ponto também de suma importância foi que os corpos presentes ao
Conclave seguiram a definição deística do GADU mais como um Princípio Criador do que como
um Ser Supremo. Dizem que o mote - Ordo ab Chao - foi reforçado em Lausanne para
simplesmente expressar o alívio dos delegados por terem conseguido colocar alguma ordem no
caos que reinava antes no R.E.A.A.
Os maçons ibero-americanos assim como os franceses tinham uma longa história de perseguição
por parte da Igreja Católica e, portanto, estavam desejosos de um vago requerimento “deístico” que
os colocasse em guarda frente às atitudes anti-clericais prevalecentes então naqueles tempos. De um
ponto de vista sul-americano e, principalmente, brasileiro, o Conclave de Lausanne representou um
marco referencial. Desde 1875 o R.E.A.A., aceitando francamente princípios mais democráticos e
realizando as reformas que exigiam o estágio da nossa civilização, deixou de ser o que tinha sido até
aquele momento, isto é, uma associação mística, eminentemente aristocrática e autoritária, que se
intitulando maçônica, colocava-se freqüentemente em oposição aberta aos reais princípios
sustentados pela verdadeira maçonaria. Lausanne representou, mesmo que isto ainda não tenha
aportado no Brasil, um verdadeiro espírito filosófico que tinha vindo para substituir a até então
vigente massa informe de doutrinas místico-religiosas e de lendas jesuítico-templárias de todo
gênero que, durante muito tempo, desviaram as inteligências maçônicas de seu verdadeiro caminho
da Arte Real. Já não existe no R.E.A.A. um Poderoso Soberano Grande Comendador absoluto e
eterno ditando regras absolutas para serem cumpridas por um bando de carneiros amestrados. Trata-
se, agora, de fazer com que este sopro democrático lançado em Lausanne prossiga, oxigenando as
estruturas dos Supremos Conselhos de todo o mundo. Neste limiar do século XXI, a Internet poderá
ser um instrumento poderosíssimo para dar um sentido mais participativo ao R.E.A.A.
Se a sociedade do século XVIII era analógica, supersticiosa e religiosa e a nossa sociedade é
mais analítica, racionalística e agnóstica no dizer de Michel Brodsky ex-venerável da Loja de
Pesquisa Quatuor, Coronati, a nosso ver, Lausanne está mais para a sociedade moderna do que para a
tradicional, pois começa desmistificando a lenda de ter Frederico II redigido as Grandes
Constituições do R.E.A.A.; propõe uma visão moderna do G.A.D.U. e busca uma certa unidade na
diversidade então vigente.
Bibliografia
Texto extraido da Wikipédia - Enciclopedia livre
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maconaria_29.html
#59

O APRENDIZ IMPERFEITO

Aprender a partir do percebimento das imperfeições, não dos outros, mas de si, este é o único e
verdadeiro aprender. Aprendiz no sentido de estar apto a aprender, a compreender aquilo que se
vivência, para então assimilar como experiência definitiva, que será incorporada a si mesmo.
Imagine um paraíso repleto de coisas perfeitas, onde tudo seria regido pela mais perfeita harmonia,
sem falhas, sem nada para ser corrigido, ampliado, ajustado, que papel então teria seus inquilinos?
Estes não estariam mais sujeitos a aprender coisa alguma, uma vez que não mais existiriam objetivos
a serem conquistados, nem falhas a serem reparadas. Quando se observa o crescimento de qualquer
coisa, logo se percebem os vários estágios, cada qual com seus aspectos peculiares, que delimitam
claramente fases de transição, onde a transformação cíclica é a única certeza. Entre uma fase e outra,
há a transferência de um estágio imperfeito para outro mais adequado, mas, jamais perfeito. Uma
criança, por exemplo, ao crescer fisicamente, também torna possível ao seu cérebro assimilar novos
experimentos, pois ganha nova capacidade mental. Ela não deixa de ser criança, mas se transforma
em outra mais capaz. Os limites próprios do primeiro estágio desaparecem, são substituídos por um
modelo mais eficaz, mais adequado à nova realidade, que é uma necessidade desse crescimento
físico.O constante e sempre cíclico transformar-se é que caracteriza aquilo que é eterno. Não existe o
eterno estático, pois este não poderia escapar das leis de transformação de si mesmo, onde aquilo
que não muda, definha e morre. É uma lei natural, o que não se transforma, ou se adequa, ou melhora,
se desgasta até o fim. A eterna criança, envelheceria como criança, não passaria pelos demais
estágios existenciais, não teria sentido sua existência. Para os pais, não iria diferir em nada de um
boneco de plástico desses que já existem nas lojas, que até são capazes de falar, cantar, comer, que
simulam com perfeição uma criança pequena. Num mundo de perfeição, um aprendiz não teria
nenhum espaço para sua transformação, sua experiência vital e espiritual, onde as falhas são seus
verdadeiros mestres de conhecimento. Apenas em condições dessa natureza poderá ele progredir, se
qualificar, deixar de ser potencial para se transformar em capaz. Deverá aprender a partir daquilo
que é imperfeito, poderá então através desse experimento, através dos devidos ajustes em si mesmo,
deixar para trás os estágios de menor capacidade, para os de maior capacidade. Trata-se de um
caminho espinhoso, uma vez que todos a sua volta, sem exceções, estarão na mesma trilha, dentro do
mesmo modelo de viver imperfeito. Imperfeito quer dizer transitório, e perfeito significaria o
permanente. Mas, não existe o permanente estático, por isso não existe o perfeito. Mas perfeito é o
eterno ciclo de reciclagem, da transformação do inadequado para o mais adequado.
Perfeito é o aprendiz que se conscientiza disso, em cujo caminho a eternidade se revela, com suas
infinitas possibilidades, seu eterno movimento de auto ajustar-se. E tudo isso são coisas perfeitas, o
reconhecer-se imperfeito, o incompleto que vê na transformação de si mesmo progresso. Não se trata
do transformar-se sem aprender, mas do aprender pelo transformar-se. E assim o aprendiz se percebe
imperfeito, por isso não julga nem a si mesmo. Apenas observa, pratica em si mesmo aquilo que
aprendeu com suas próprias limitações e falhas. Não vê o perfeito como objetivo derradeiro, pois
isto ele não conhece, mas nas próprias imperfeições a possibilidade de mudar. Não julga o mundo
imperfeito a partir de si mesmo também imperfeito, mas observa em si tais imperfeições,
compreende a necessidade de mudar, aprende com esse mudar. Observe o cíclico movimento da terra
em volta do sol, onde nenhum dia é igual ao anterior. Amplie isso aos confins do universo, até onde
nossa imaginação é capaz de alcançar, e o que se deduz são os eternos estágios, onde o ponto de
origem de qualquer coisa, sempre aponta para sua transformação. Se essa transformação parece
menos para nós, deve significar mais para outro, e assim por diante.
Uma pedra preciosa bruta se transforma em mais quando lhe tiram as arestas, logo, para esta, o
menos significa mais. Diante da imperfeição, finalmente, o aprendiz se torna capaz de transformar-se,
de desenvolver novas qualidades, de migrar para novos estágios existenciais, mas nunca sem antes
conhecer seus limites. Afinal de contas, um limite precisa ser percebido claramente, ou não haverá
mudanças. Observar, perceber, e finalmente compreender a si mesmo, faculta a transformação, e esta
significa que houve aprendizado. Eterno é seu movimento, perfeito o seu ritmo, perfeito a sua causa e
efeito, perfeito é o eleger do imperfeito como a força motriz de todas as transformações.
Bibliografia:
Esta Peça de Arquitetura, foi solicitada pelo nosso Venrável Mestre Ailton de Oliveira e
enviada pelo nosso Ir.’. Gabriel Campos de Oliveira - pertencente ao GOB de Divinopolis -
MG
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#60

POR DEBAIXO DA ARMADURA

Naamã, comandante do exército do rei da Síria, era grande homem diante do seu senhor e de muito
conceito, porque por ele o Senhor dera vitória à Síria: era ele herói da guerra, porém leproso. LEIA
2º Reis 5.1-19. A Historia de Naamã é um exemplo categórico de que: Nem sempre o que esta
debaixo da armadura corresponde ao que pensamos ser o seu conteúdo. Armadura é algo imponente,
impressionante e exterior. Analisando de forma conceitual teremos muitos aspectos interessantes da
armadura. Exemplo. Ela protege o rosto do guerreiro, porém não impede a visão do mesmo. Ela
permite que o guerreiro entre no campo de batalha com vitória total sob os despidos de armadura.
Ela impetra medo aos oponentes do guerreiro vestido de sua armadura. Etc. etc. etc. Na palavra de
Deus, encontramos vários exemplos interessantes referentes à armadura. Exemplos esses que nos
deixam várias micro-lições, porém apenas uma macro-lição que é: O guerreiro é mais importante que
a armadura, jamais o contrário. Algumas situações bíblicas elucidam este conceito.
LEIA 1º Samuel 17.24-58. O jovem Davi, ao chegar no campo de batalha israelense e ver o
oponente um gigante filisteu (Golias) afrontar um exército inteiro que se mantinha calado. Bradou:
Quem é este incircunciso filisteu que afronta o exército do Deus vivo? E pediu ao Rei Saul, para
enfrentar o gigante. O rei, sem outra opção, permitiu que o garoto enfrentasse o gigante...
Contextualizando. Autorizou a colisão entre fusquinha e caminhão. Entretanto, ofereceu ao fusquinha
(Davi) sua armadura, Davi até tentou usá-la, mas não conseguiu, pois era muito grande... Por fim, foi
mesmo sem ela e sabemos o fim maravilhoso da história. Sem armadura e com 5 pedras do ribeiro na
sacola, enfrentou o Gigante vestido de uma enorme armadura, com apenas uma pedra, girou sua
funda, lançou a pedra e abateu o gigante.
LEIA 1ª Reis 22.29-35. O rei Acabe, um homem dissimulado e cruel, ao tentar enganar o Rei
Josafá, sabendo que poderia morrer na batalha, conduziu a situação de forma a Josafá entrar na
batalha trajado de rei (pois seria alvo fácil diferenciado entre os demais) e ele Acabe entrar na
batalha trajado de soldado. Estando em meio a muitos soldados trajados de armadura, como ele
estava, seria muito difícil ser descoberto. Porém, um soldado sírio atirou uma flecha ao ocaso, que
atingiu o rei Acabe nas juntas de sua armadura... (e ele morreu por este ferimento). Tanto o primeiro
como o segundo exemplo elucidam claramente que a armadura pode impressionar, confundir e impor-
se aos homens, jamais a Deus. A vitória é daqueles que, por baixo da armadura, têm um coração
íntegro guardado em Deus. Não uma aparência de força, espiritualidade ou poder... Pois a Deus
ninguém engana; tudo que o homem semear isso também colherá.

O que tem debaixo de sua armadura? Onde você tem depositado sua confiança? De que importam
os resultados que os outros vêem? São perguntas que você deve responder com toda sinceridade,
pois destas respostas dependem sua vida, seu futuro. Davi, sem armadura, venceu o gigante; Acabe
vestido de armadura, em uma situação bem arquitetada maquiavelicamente, foi atingido por uma
flecha lançada ao ocaso. Sua Armadura é de um homem ou mulher espiritual? Você realmente é?
Lembre-se: nosso verdadeiro caráter é revelado no escuro. É preciso que possamos, com um espelho
frente aos olhos, nos autoconfrontar, e se o resultado desse confronto for dizer: Por fora sou um
herói, mas por dentro sou um ladrão; que possamos sair dessa revolta, pensar e voltar, quebrar
nossos grilhões, pois Deus tem vida plena e vale à pena retornar e ver, ver o amor antigo, o abraço
amigo, a festa começar, pois, arrependidos, nós os filhos de Deus sempre teremos um lar para onde
voltar, sempre teremos um rio Jordão para mergulhar.
Importa que não escondamos nossa lepra, porque escondê-la só nos
levará ao fim que a lepra pode gerar, que é a carne podre invadindo os limites do corpo e o levando
à morte.
Não morra, clame por cura. Deus ama você!
Bibliografia Preletor Romney Cruz OSMITH - BRASIL
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#61

A DIGNIDADE HUMANA - UMA VISÃO MAÇÔNICA

A maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escola
mútua que impõe este programa: trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano...Reza
o ritual do Aprendiz Maçom do R.E.A.A. adotado pela Grande Loja do Estado Do Rio Grande Do
Sul, que a "maçonaria tem por fim combater a ignorância em todas as suas modalidades; é uma escola
mútua que impõe este programa: trabalhar incessantemente pela felicidade do gênero humano ".
Mais adiante, uma frase, que particularmente reputo como uma das mais ricas e mais representativas
de nossos verdadeiros objetivos: " A Maçonaria é uma instituição que tem por objetivo tornar feliz a
humanidade, pelo amor, pelo aperfeiçoamento dos costumes, pela tolerância, pela igualdade e pelo
respeito à autoridade e à religião". "Felicidade do gênero humano" e " tornar feliz a humanidade".
Não raro, em todas as obras e rituais maçônicos, deparamo-nos com a palavra "humanidade". A idéia
do valor intrínseco da pessoa humana encontra suas origens no pensamento clássico e no ideário
Cristão. Na cultura ocidental, diversas referências encontramos sobre a criação do homem " à
imagem e semelhança de Deus", premissa de que foi extraída a idéia de que todo ser humano é
dotado de um valor próprio, intrínseco, na figura de uma só pessoa humana está representada toda a
humanidade.
Ao longo da história, podemos comparar a evolução da espécie humana com a idéia do que a
humanidade pensa sobre sua própria condição existencial. No pensamento estóico, verificado nas
clássicas tragédias gregas, , já estava patente que o ser humano possuía uma dignidade que o
distinguia das demais criaturas, no sentido de que todos são portadores da mesma, em que pese as
diferenças sociais e culturais. Mesmo durante o medievo, Tomás de Aquino continuou sustentando a
divindade da "dignitas humana". Immanuel Kant sustenta que o homem não pode ser tratado - tem
mesmo por ele próprio - como objeto, pois em si está representada toda a humanidade. Os ideais da
revolução francesa, com seu tríplice "Liberdade, igualdade e fraternidade", foram uma espécie de
condensação de todo um pensamento filosófico produzido pela humanidade ao longo de sua
existência. No moderno pensamento filosófico e social, a questão da dignidade da pessoa humana
está cada vez mais, ocupando espaço como a questão fundamental, pilar de toda existência social,
não obstante flagrantes situações de desrespeito individual à condição humana, como bem vimos nos
recentes conflitos que permearam o Séc XX. Mas, repito, desrespeito individual, uma vez que
praticados por grupos contra grupos. A utópica realização plena da dignidade da pessoa humana
continua a ser incansavelmente buscada pelas relações sociais e jurídicas de grupos de nações e
grupos de pessoas, mesmo que entre este último, inconscientes de sua própria busca. Quanto à
característica utópica dessa busca, lembro-me vagamente das palavras de Galleano, que situa a
utopia no horizonte de suas intenções. A cada dez passos que tenta aproximar-se desse horizonte, dez
passos ele se afasta. Vinte passos, e vinte passos afastados. Pergunta-se: "Mas afinal, porque a
busco? Qual o objetivo de sua existência, se já me convenci de que é inalcançável?" E responde-se:
"Seu objetivo é exatamente este, obrigar-me a dar os passos."
E a Maçonaria atual, em que ponto desta busca utópica se situa? Qual sua atuação no sentido de
colaborar, enquanto Ordem, no reconhecimento universal da Dignidade da Pessoa Humana? A
história é rica em relatar a participação de Maçons enquanto indivíduos, e da Maçonaria enquanto
instituição, na petrificação dos ideais humanitários. A revolução Francesa, o abolicionismo da
escravatura no Brasil, os diversos fatos e atos de ilustres maçons no reconhecimento e na
implementação de um Estado igualitário, justo e perfeito. Ao lapidar a pedra bruta em que se
reconhece, o Maçom tem por dever aparar as mundanas arestas que o tornam falível enquanto
indivíduo, para que em si possa espelhar todo o valor da humanidade plena. Tem por dever absoluto
preparar-se para ser o ponto reflexivo de tudo que em si representa esta idéia. Ao jurarmos “
conservar-me sempre cidadão honesto e digno, nunca atentando contra a honra de ninguém...",
estamos perante o Grande Arquiteto do Universo, prometendo envidar todos os esforços no sentido
de valorizar um dos aspectos mais marcantes inerentes à dignidade da pessoa humana: A honra.
Honra e Dignidade são palavras quase que sinônimas, pois encerram valores magnos pertinentes e
exclusivos do ser humano. Dignidade, ou honra neste caso, são amplamente garantidas na Carta
Constitutiva do Brasil, e em quase todas as Constituições do mundo livre, em suas cláusulas
imutáveis, ou pétreas. Mas como transformar a utópica afirmativa impressa na Constituição em fatos
concretos, no nosso dia a dia? Não podemos mais, a exemplo do passado, destinar o Tronco de
Solidariedade para a compra e alforria de um escravo, ou fomentar revoluções libertárias no interior
de nossos templos.

Não podemos mais ficar adstritos aos Templos, enquanto lá fora a sociedade a qual pretendemos
modificar através de nosso interior aperfeiçoamento, peca pela omissão quanto ao respeito a essa
Dignidade. Quantas e quantas vezes, ao final de uma sessão, após um lauto ágape, embarcamos em
nossos carros e, na primeira esquina, olhamos indiferentes ao ser humano, descalço, que implora ao
"tio" uns trocados? Quantas e quantas vezes, enquanto cidadãos, encaramos impotentes e apáticos a
ação do Estado contra as minorias menos abastadas? Quantas e quantas vezes, passamos por um
animal maltratado e ficamos penalizados com sua situação, e quando olhamos nosso semelhante, não
damos a devida atenção? Ora, direis, contar estrelas... Quão inócua é a observação dos problemas
sem a devida apresentação de soluções práticas, e quão fáceis é o tratamento filosófico a uma
situação real. Mas a Maçonaria, se não esquecesse que a utopia é inatingível e não desse os
primeiros passos rumo ao horizonte utópico, não teria como contabilizar entre seus feitos, uma
revolução francesa, uma abolição da escravatura, e tantas outras ações tomadas a partir de um ideal
humanitário. A nós, modernos Maçons, restam ainda muitos caminhos a serem trilhados. Se, unidos
tal nossa simbólica Cadeia de União, agregar esforços conjuntos e reconhecermos nosso papel na
luta pela Dignidade da Pessoa Humana em termos contemporâneos, ou seja: a garantia à vida, à
saúde, à alimentação, à moradia, e à uma existência plena, estaremos justificando às gerações
maçônicas passadas, e quiçá, às futuras, nossa razão de existir.
A proposta atual, e factível, é a educação da geração vindoura. Que nossas Lojas, nossos Maçons,
aproveitem instituições já consagradas como apoio à educação infanto-juvenil, tais como o
escotismo, os De Molay, as APJ's, os Amigos da Escola, as Filhas de Jó, e outras, para que através
de doações individuais ou enquanto Ordem - e tais doações não necessariamente financeiras -
possam trabalhar valores que, num contexto a médio e longo prazo, farão a diferença na plena, e aí
sim, concreta, valorização da Dignidade da Pessoa Humana.
Que assim seja.
Bibliografia extraída do site www.comunidademaconica.com.br Autor desta Peça de
Arquitetura Ir.’. Marcio Ailto Barbieri Homem A.'.R.'.L.'.S.'. José Carlos Bergman nº 175
(GLMERGS) PORTO ALEGRE - RS
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maconica.html
#62

HERMETISMO E MAÇONARIA

APONTAMENTOS SOBRE HERMETISMO E


CIÊNCIA Doutrina, História, Atualidade
Freqüentemente nos encontramos com o tema das relações entre Hermetismo e a ciência experimental
em diversos autores, a ponto de ser hoje uma referência habitual na História da Ciência.
Efetivamente, as disciplinas que formarão a Ciência Moderna, quer dizer a Cosmologia, Matemática,
Geografia, Física, Medicina, Farmacopéia, Química e Engenharia em geral, etc., ou seja, o conjunto
de matérias, com a inclusão de algumas disciplinas recentes como a Psicologia, que formam a
civilização ocidental e que outras tradições elaboraram igualmente e das quais somos herdeiros foi
o produto de uma corrente sapiencial de energias postas sob a avocação do deus Hermes, tanto
quanto outras realizações culturais que mencionamos em outros artigos. Neste caso o tema atual teve
para nós, como fator desencadeante, a investigação sobre o catálogo de duas grandes bibliotecas, a
denominada Colombina, que se acha depositada em Sevilha, e a Biblioteca Chemica terminada de
classificar por John Ferguson em 1906. Vários séculos separam a ambas as bibliotecas, que refletem,
por esta circunstância, duas maneiras de abordar o tema da Ciência, embora com abundantes pontos
em comum: referimo-nos à visão medieval do Conhecimento, e à renascentista (Hermético-
Alquímica), que constituiu uma adaptação da primeira (consideramos um pouco forçada a divisão
entre a Idade Média e o Renascimento, tanto quanto a oposição Platão-Aristóteles feita de modo
radical), que por sua vez o era da Antigüidade greco-romana-alexandrina, à qual se somam as
contribuições com bizantinos e árabes para novos tempos e circunstâncias, e que terminará
desembocando num conjunto que, totalmente invertido com respeito às citadas concepções medieval
e renascentista (e clássica), que tinham como meta final o descobrimento e a experiência do mistério,
da sacralidade da revelação, negará suas origens e nos conduzirá ao desolado e catastrófico mundo
atual. Embora, para alguns "sábios" oficiais que não são capazes de ver além de um palmo de seus
narizes, a situação é tão boa que é quase paradigmática e seguem sustentando a "crença" em um
progresso indefinido (especialmente baseado nas conquistas médicas e tecnológicas), apesar de que
a iminente destruição da Civilização ocidental, que arrasta o Oriente, é óbvia para qualquer leitor de
periódicos ou telespectador habitual, enquanto o "sábio" oficial, conjuntamente com a massa, à qual
representa, não é capaz de abandonar suas ilusões, às quais venera, pois as considera seu ser e a
marca distintiva de um tempo e um meio ao qual tem a honra de pertencer e que deve ser respeitado
por todos se não quer ser marginalizado, enterrado em vida.
Aqui devemos fazer a ressalva de que não nos ocuparemos da ciência atual, mas sim de suas
origens, e se deve tomar este artigo, segundo seu título indica, como simples notas para um estudo
que acaso algum dia escrevamos. Quanto a novas perspectivas da ciência de vanguarda,
(exemplificada pela gnose de Princeton), que constituem uma forma que toma a ciência ocidental,
assinalamos seu interesse e suas boas intenções, assim que são capazes de relacionar seus conteúdos
com a metafísica oriental, etc., embora seu método, e os supostos mentais em que se apóia, não são
os mesmos da Alquimia nem da cosmologia tradicional (mas continuam sendo profanos e
racionalistas, apesar da repulsa que pretendem destes valores), nem os da física do Newton, nem da
medicina do Paracelso, etc., quer dizer os da concepção da ciência como possibilidade de
desenvolvimento num mundo concebido como inacabado, mas sempre sacro, tal como a inserção do
homem nele, e não meras constatações empíricas, ou seja concepções profanas devidas à conquista
de um ser humano que se permite descobrir, ou melhor, inventar, uma realidade autônoma que a
antigüidade ignorante já suspeitava. Tampouco se pode generalizar sobre estes aspectos, pois esta
forma de ver também poderia manifestar-se como uma simbólica de enorme interesse que está
esperando seus hermeneutas; embora não sabemos se na atualidade, por circunstâncias cíclicas, há
tempo material para isso. Em qualquer caso o nascimento da História da Ciência, tal qual hoje a
conhecemos, está relacionado com as idéias da Tradição Hermética e as investigações e
experiências dos hermetistas, autênticos sábios sempre perseguidos pela ignorância e pelos
personagens oficiais que a encarnam– que têm supremo respeito pelos ensinos do Corpus
Hermeticum, que definem uma atitude clara com respeito ao homem e seu papel na Criação segundo o
manifesta este texto:
O cosmo está pois submetido a Deus, o homem ao cosmo, os seres sem razão ao homem:
Deus, Ele, está acima de todos os seres e vela sobre todos. As energias são como os raios de
Deus, as forças da natureza como os raios do cosmo, as artes e as ciências como os raios do
homem. As energias atuam através do cosmo e alcançam ao homem pelos canais físicos do
mundo; as forças da natureza atuam por meio dos elementos, os homens através das artes e das
ciências.
De todas as maneiras, qualquer trabalho sobre a origem da hoje chamada ciência, deve estudar e
destacar a Roger Bacon (Somerset c.1214, Oxford 1294) como o melhor representante medieval,
precursor de uma atitude de abertura para as ciências da natureza e da experimentação, que se
acostumou a vincular com determinadas invenções, como a lente de aumento e o microscópio, a
observação do tamanho dos planetas, das nebulosas espaciais, a criação de engenhos mecânicos,
obras hidráulicas e de engenharia, etc. etc.
A este filósofo hermético-alquímico medievalo tem por discípulo do Pitágoras, Euclides e
Ptolomeu. Deixou uma extensa obra que inclui: Quaestiones supra libros Physicorum Aristotelis;
Quaestiones supra indecimum prime philosophiae Aristotelis; Id. supra librum de generatione et
corruptione; id de animalibus; id. de causis; id. de caelo et mundo; Opus maius; Opus minus; Opus
tertium; id., Speculum alchimiae; De mirabili potestate artis et naturae; Speculum astronomiae;
Compendium studii philosophiae; Communia naturalium; De multiplicatione specierum; Compendium
studii theologiae; De secretis operibus artis et naturae et nullitate magia. Desta abundante produção
queremos mencionar alguns fragmentos que expressam sucintamente seu pensamento, totalmente
revolucionário para sua época; basta-nos recordar que seu livro Opus Maius, do qual selecionaremos
estas citações, foi publicado no mesmo ano que a Suma Teológica de Tomás de Aquino, cujo mestre,
Alberto Magno, escreveu, como ele, sobre Alquimia. De outro lado, recordaremos que "para o Roger
Bacon, Hermes era o 'pai dos filósofos'," segundo L. Thorndike: - Expostas as raízes da sabedoria
dos latinos nas línguas, na matemática e na perspectiva, quero agora pôr ao descoberto as
raízes da mesma pela ciência experimental, já que, sem a experiência, nada se pode saber
suficientemente. De fato, dois são os modos de conhecer, ou seja, pela argumentação e pela
experiência. A argumentação conclui e nos faz conceder a conclusão, mas não nos deixa certos
sem fazer desaparecer toda dúvida, de maneira que fique o ânimo aquietado com a
contemplação da verdade, se não a encontrar pela via da experiência: muitos têm argumentos
para provar as proposições, mas como não têm experiência, desprezam-nas, e assim não evitam
o mal, nem vão atrás do bem. Se alguém que nunca viu o fogo demonstrou com argumentos
suficientes que o fogo queima e ataca às coisas e as destrói, nunca por só isso se aquietaria o
ânimo do que lhe ouvisse, nem fugiria do fogo antes de pôr a mão ou um objeto combustível ao
fogo, para comprovar assim pela experiência o que o raciocínio lhe tinha demonstrado. Mas uma
vez obtida a experiência do fato da combustão, fica com certeza, o ânimo descansa com a
evidência da verdade. Logo não basta o raciocínio, mas sim se requer a experiência. Mas como
esta ciência experimental é ignorada por completo da massa dos que estudam, não posso, por isso,
tratar de lhes convencer de sua utilidade se antes não faço ver sua eficácia e sua índole especial.
Pois bem: esta é a única que sabe muito bem por experiência o que se pode fazer pelas forças
naturais, e o que se pode pelo esforço da arte, pela fraude, que pretendem e que sonham os poemas,
as conjurações, as invocações, as deprecações, os sacrifícios, tudo isso de arte da magia, e o que
neles se faz, para eliminar toda falsidade, e reter somente a autêntica arte.
Entretanto esta experimentação da qual trata R. Bacon não é só física, como se poderia pensar, ele
mesmo se encarrega de nos transmitir isso já que seu grau mais alto é a Revelação; quer dizer que o
Conhecimento do Sagrado é a maior experiência, embora também inclua a magia em suas duas
vertentes: a que se apóia na natureza das coisas, e a que se utiliza de truques que de algum jeito
violentam essa natureza, ou seja, que há uma magia "boa" e outra "má", ou melhor, há duas formas de
atuar com relação à natureza, uma é lícita e a outra não é. Há algo de profético nesta divisão, caso se
tenha em conta o posterior desenvolvimento da civilização ocidental, e a supremacia atual da
segunda sobre a primeira, quer dizer do empirismo, da racionalização, do método estatístico e da
falsa idéia de uma evolução e de um progresso indefinido, material e técnico, capaz de solucionar
todos os males. Para o pensamento de R. Bacon, se a experimentação for uma forma da magia natural
e a alquimia uma forma da teurgia aplicada ao Conhecimento e à obtenção de uma conquista total – a
Panacéia Universal – todo o processo de aprendizagem (matemático, cosmográfico, físico, médico,
de laboratório) é parte de um Saber Único, a Ciência Sagrada. Embora pareça curioso, este tipo de
conceitos materializaram finalmente na Ciência Moderna, cujos supostos, como expressamos, estão
totalmente invertidos com respeito a estas conclusões e a toda idéia relacionada direta ou
indiretamente com o sagrado, discutindo, ou negando, inclusive, suas origens históricas, como já
assinalamos. Entretanto, aos efeitos deste trabalho tomaremos o final do século XV como ponto de
referência para tratar do tema das origens das ciências da Natureza, em estreita relação com o
pensamento esotérico e com a magia natural. De fato, daremos início a nosso breve itinerário nos
centrando na Academia de Florença, fundada por Cosme de Medici, no castelo de Careggio,
imediatamente depois de que se reunira nessa cidade o concílio de 1436-1439 celebrado para a
união das Iglesias cristãs, com a presença de Gemisto Pleton e J. Bessarion, entre outros, o que
permitiu um enorme fermento nos estudos sobre a antigüidade clássica, e abriu as portas do
Renascimento, desde esta Academia dirigida por Marsílio Ficino, secundada por uma plêiade de
filósofos, artistas, literatos, homens públicos e de Estado, comerciantes, etc., iniciativa que, por
outra parte, começou a se emular em outros círculos italianos, começando pelo papado, os duques de
Ferrara e Milão, e em geral pelas bibliotecas, cenáculos e os príncipes e suas cortes.

No artigo "Os Livros Herméticos" mostramos o que são as doutrinas herméticas, que contidas no
Corpus Hermeticum, e em consonância com as idéias de Pitágoras, Platão, do Neoplatonismo e
Neopitagorismo, do cristianismo de Dionísio Areopagita e da Cabala Hebraica, descrevem as
emanações que, a partir da Unidade, por um processo de opacidade ou materialização, descendem
formando distintos planos ou mundos, que vão do invisível e incriado, passando por distintos graus
mais ou menos sutis de manifestação, ou angélicos, até a mais grosseira solidificação material. Ao
contrário, os ensinos herméticos nos mostram como é possível remontar esta ordem e, a partir de
determinadas substâncias, que guardam em si o mistério de seu ser, chegar à própria Origem, por
meio de uma série de transmutações que os alquimistas, postos sob a avocação do deus Hermes,
realizavam partindo da matéria, especialmente a metálica, à qual relacionavam com as energias dos
astros, ou regentes. Certamente esta atitude, que por outra parte não é exclusiva do Ocidente, pois se
produziu em outras tradições, possibilitou a investigação e a experimentação e portanto fundamentou
o nascimento das ciências aplicadas ao estudo e a modificação da natureza. De fato, a História da
Ciência não deixou jamais de advertir esta origem pré-científica e "mágica" das ciências, por mais
racionalista que fora seu enfoque ou por mais asséptico que pretendesse ser o método sustentado,
pelo simples fato de que é muito difícil negar evidências perfeitamente documentadas, em que pese
qualquer intenção do contrário.
As cosmogonias mais autenticamente científicas e "modernas", como as de Galileu ou Newton,
sem contar a de Giordano Bruno, revelam sua origem hermética, considerada como ignorância
durante vários séculos pelo "pensamento científico", oposto à Cosmogonia Unânime de distintos
povos, à sua Ciência Sagrada, o que deu lugar, valha o paradoxo, à própria ciência profana que,
apesar de derivada dela, logo a seguir a nega, em virtude de determinados desenvolvimentos que tem
que adotar, afastando-se cada vez mais de seus propósitos e origens. O tema é complexo e delicado,
mais ainda pelos enganos básicos que tem nosso enquadramento moderno, acrescentados desde o
século XIX, em relação ao que hoje se entende por "cientista" – e ainda filosófico –, mas nos basta
por agora assinalar que uma corrente muito forte de historiadores nascidos no próprio campo
científico, investiga sem preconceitos, na atualidade, este processo que desemboca nos
descobrimentos e inventos da sociedade técnica contemporânea. Como antecedente importante e de
algum modo pioneiro destacaremos "A History of Magic and Experimental Science", de Lynn
Thorndike, em seis volumes, editada pela Columbia University Press de 1923 a 1941. Mais
recentemente, e para citar um só exemplo, mencionaremos a polêmica obra "Mentalidades ocultas e
científicas no Renascimento" editada por Brian Vickers, que reúne uma série de trabalhos
interdisciplinares sob este sugestivo título, produto de um simpósio organizado em 1982 pelo Center
of Renaissance Studies, Zurich, e publicada pela Cambridge University Press. Dentre os professores
de diferentes universidades americanas e européias que debatem e esclarecem estes assuntos em
época recente, devem ser mencionados Thomas S. Kuhn, Gastón Bachelard, Gilbert Durand, Karl
Popper, A. C. Crombie, A. Asti Vera, L. W. Hull, E. Garin, P. O. Kristeller, A. Koestler, e os já
nomeados neste artigo, etc. Sobre a História e Filosofia da Ciência há hoje uma abundante literatura,
grande parte dela já traduzida ao castelhano. Igualmente deve se destacar outra coleção com um título
da mesma forma sugestivo, Alchemy Revisited: Proceedings of the International Conference on the
History of Alchemy, atas de uma conversa celebrada em 1989 em Gröningen, em que igualmente
participa B. Vickers e distintos autores que, de uma ou outra maneira, chegaram a este tipo de
investigações por distintos caminhos e em diferentes níveis. Na realidade, só desejamos assinalar
estas publicações com o ânimo de indicar o interesse atual pelo tema, que se expressa também em
duas revistas: Ambix, e Renaissance Quarterly.
De nossa parte pensamos que este tema das origens "mágicas" da Ciência é o suficientemente
importante para tratá-lo, já que de fato se trata, como em outros casos, da influência da Tradição
Hermética na cultura do Ocidente, a ponto de constituir uma corrente subterrânea, secreta, que a
alimentou com seus acertos e enganos até o dia de hoje, em perfeita simultaneidade com os ritmos e
os ciclos que fazem o tempo e a historia em que se manifestam as Idéias. Além disso, é óbvio o valor
filosófico, e gnoseológico, que pode ter um debate desta natureza, e as inumeráveis perspectivas que
se podem abrir por seu intermédio. De fato, o desenvolvimento científico facilitou ao homem
contemporâneo numerosas vias que até muito recentemente não sonhava sequer em conhecer –a
aceleração, neste sentido prodigiosa, é geometricamente proporcional a esse desenvolvimento, à par
que se foram fechando outros ângulos de visão e que, ao multiplicar as possibilidades de controle e
domínio sobre a "matéria", começou a se ter sobre ela uma perspectiva cada vez mais limitada e
excludente; as diferentes técnicas e seus diversos usos são o exemplo mais destacado a respeito. Em
todo caso não seremos nós os que insistirão sobre este problema, hoje em dia convertido numa
ameaça constante à humanidade, advertido já faz mais de oitenta anos por diversos autores, entre os
quais devem nomear-se em primeiro lugar as críticas ao mundo moderno de René Guénon, e que hoje
tomam características de uma gravidade tão monstruosa como os sinalizados todos os dias pela
ecologia através de valentes grupos de choque, surgidos no calor das circunstâncias.
Como dizíamos, foi mostrado por numerosos autores que se referem a isto de distintas maneiras.
Do ponto de vista da História da Ciência, e particularmente do método científico, Elías Trabulse se
expressa assim: A experiência, ou seja a constatação empírica dos fenômenos, é a primeira
característica básica de nosso esquema e, por extensão, de todos os paradigmas científicos que
apareceram do século XVIII até nossos dias. O desenvolvimento de técnicas de precisão
admirável permitiram "dominar racionalmente o curso da experiência", o que conduziu à
repetição, provocada e controlada, dos fenômenos que se desejavam observar. Está claro que
esta atitude que vai desembocar na multiplicidade absoluta está implícita no Renascimento e nos
desenvolvimentos científicos posteriores se faz patente. Por outra parte isso se observa em todas as
manifestações, sejam estas sociais, econômicas, artísticas, culturais, e sua eclosão vertiginosamente
acelerada se deve a temas relacionados com o ciclo pelo qual a humanidade atravessa. Por isso
muitos –com alguma razão– fixaram a Idade Média como o período limite em que ainda era obtida
uma comunicação direta entre céu e terra. Entretanto, vimos que a Tradição Hermética subsistiu até
nossos dias, embora certamente em forma oculta e minoritária, havendo inclusive passado por
momentos de glória e grandeza durante muitos séculos, adotando diversas formas. De fato, a
permanência da Ciência Sagrada permitiu o atraso do caos total e reordenou, na medida de suas
possibilidades, uma e outra vez o pensamento do homem no Ocidente, iluminando-o com sua
sabedoria, em suma, revelando-se nele.
Entretanto, e na mesma época em que aparece o racionalismo, a ciência troca intempestivamente o
rumo, cortando a conexão que mantinha unidos os três mundos, espiritual, anímico e material,
simplificando tudo, fazendo só uma distinção binária: corpo e alma como antagônicos, sempre
excludentes. Este processo de inversão fica documentado não só na "filosofia" e no racionalismo de
Descartes, mas também passa a ser parte da bagagem do homem moderno como o atesta a história
dessa Ciência que, a pouco de seu desenvolvimento, nega suas próprias origens e rompe as raízes
que a mantinham ainda unida com a Cosmogonia e a Ontologia, com o Ser Universal e com a
Metafísica.
BIBLIOGRAFIA:FEDERICO GONZÁLES
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#63

A MAÇONARIA E A NATUREZA HUMANA

Bem sabemos que a Maçonaria ou as doutrinas maçônicas estão sempre próximas da natureza
humana. Todos sentimos desde a infância o desejo de entendermos o universo. Todos pretendemos
construir uma imagem deste Universo, de o ordenarmos ao nosso jeito, à nossa volta, construindo
histórias, o gérmen da fonte criadora que culmina, sem o sabermos, na filosofia maçônica. Pelo
simples fato que o homem nunca deixará de promover o desejo de conhecer, das exigências da acção,
na busca incessante da Verdade. Se, para a Igreja a Verdade já existe, para a Maçonaria ela é uma
busca incessante, absorvendo as necessidades do próprio espírito, sempre num esforço pessoal sobre
o Mundo e o destino. Realizado ao longo da vida nas Lojas maçônicas, o maçon continua no seu
esforço à procura da Verdade, quer num inquérito pessoal, quer sobre o Mundo e o seu destino;
inquérito silencioso cujas conclusões encontra no seu dia-a-dia, ou nos momentos de calma ou
alheamento nas Lojas onde reúne, com mudanças interiores que ficam evidentes e profundamente
meditadas. Assim se manifesta a Maçonaria, um genuíno agente de progresso intelectual.

Esta curiosidade superior é muitas vezes confundida com sentimento religioso. Mas ele constitui a
aptidão que é própria da nossa espécie. Nela reside o sentimento maçônico, uma vida espiritual por
mais humilde que seja é a derradeira ambição das criaturas humanas. A Maçonaria regular e
tradicional não pode pois representar sentimentos religiosos e muito menos a religião, seja ela qual
for. Nem confirmar ou definir a existência de uma crença ou de um criador. Mas representa o homem
espiritual que se afirma por si mesmo numa procura incessante da Verdade. Uma afirmação que faz
progredir a ciência através de todas as formas e experiências. Que coloca as religiões como mais um
ponto de partida. Mas esclarecendo que o esforço humano vai para além delas. A consciência
humana é a imagem de um Mundo por explicar. Mas de que mundo falamos? Do Mundo material e
do Mundo espiritual.
O maçon, desta forma, começa por apresentar uma consciência humana de um mundo por explicar
e parte desta forma completamente livre para a busca da Verdade. Procura trazer a ânsia da sua
curiosidade, da sua certeza intelectual e do seu prazer pela defesa da perfeição moral. Por este
desejo de aperfeiçoamento moral e pela certeza intelectual da sua consciência na busca da Verdade,
exprime-se conforme a sua época e civilização, sendo certo que deseja ver claro em si e à sua volta.

BIBLIOGRAFIA
Peça de Arquitetura dos IIrr.'. Álvaro Carva e José Prudêncio, ambos Obreiros da Grande
Loja Nacional Portuguesa e membros do Supremo Conselho de Portugal do Rito Escocês Antigo
e Aceito.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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humana.html
#64

SÃO JOÃO E A TRADIÇÃO MAÇÔNICA

Na mesma data em que se comemora o solstício de verão, 24 de junho, no Hemisfério Norte, dia de
São João Batista, estamos comemorando aqui, o solstício de inverno. Recordemos as festas juninas
(São João). No dia 25 de dezembro, comemoramos o solstício de verão e, no Hemisfério Norte, o
solstício de inverno. É a data do nascimento de Avatares como: Krishna, Mitra, Hórus, Buda e Jesus
Cristo, todos considerados grandes Sóis (Deuses). Perceba que quem trouxe a Maçonaria para o
Hemisfério Sul, não se preocupou com isso. Simplesmente copiou seus Templos com as mesmas
características, esquecendo-se de “inverter as posições” de suas “estrelas”, seus “planetas” e
também o altar de nossas Dignidades. A Terra faz um movimento de translação ao redor do Sol em
uma órbita plana, quase redonda, com período definido de um ano. Enquanto isso, ela gira em torno
de si mesma, originando os dias. O equinócio (Do latim: aequinoctiu = noite igual; aequale = igual +
nocte = noite) é o ponto da órbita da Terra onde a duração do dia e da noite são iguais. É o dia a
partir do qual, os dias ou as noites começam a crescer (respectivamente primavera e outono), até que
se chegue ao solstício (Do latim: solstitiu = Sol Parado), que é o ponto da órbita da Terra onde existe
a maior disparidade entre a duração do dia e da noite. Os solstícios são, então, o dia e a noite mais
longos do ano (no verão e inverno, respectivamente).
Iniciando então no solstício de inverno (noite mais longa do ano), é a partir dessa data que os dias
começam a crescer, até que se alcance uma igualdade entre o dia e a noite (equinócio de primavera),
e continua até o ápice do dia no solstício de verão (dia mais longo do ano), data a partir da qual os
dias diminuirão até que, mais uma vez, a igualdade se faça presente entre dia e noite (equinócio de
outono), seguindo, novamente, para o solstício de inverno, onde começamos nossa explicação, em um
ciclo perpétuo. Durante o intervalo de um ano temos dois solstícios e dois equinócios. Desse modo é
possível dividir o intervalo de um ano em quatro períodos, a saber: Primavera, Verão, Outono e
Inverno. Esses períodos são chamados de estações do ano. As estações do ano são conseqüência das
variações da inclinação do eixo da Terra, girando em sua órbita elíptica em torno do Sol. Não tem a
ver com a distância da Terra ao Sol. O solstício deve ser comemorado com “ágapes solsticiais”.
Isso não significa se reunir para comer ou beber, mas sim para compartilhar, agradecer e unir
energias a serviço do “Mais Elevado” e da ajuda à humanidade. E por esse motivo,compartilhar uma
comida simples. O historiador José Castellani, explica: “Por herança recebida dos membros das
organizações de ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática
chegou à Maçonaria moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações
operativas. Como as datas dos solstícios são 21 de junho e 21 de dezembro, muito próximas das
datas comemorativas de São João Batista, 24 de junho, e de São João Evangelista, 27 de dezembro,
elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando à atualidade. Hoje, a posse
dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ou
em data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira Obediência maçônica do mundo foi
fundada em 1717, no dia de São João Batista.
Graças a isso, muitas corporações, embora houvesse um santo protetor para cada um desses
grupos profissionais, acabaram adotando os dois São João como padroeiros, fazendo chegar esse
hábito à moderna Maçonaria, onde existem, segundo a maioria dos ritos, as Lojas de São João, que
abrem os seus trabalhos (à glória do Grande Arquiteto do Universo Deus e em honra a S. João, nosso
padroeiro), englobando, aí, os dois santos. No templo maçônico, essas datas solsticiais estão
representadas num símbolo, que é o Círculo entre Paralelas Verticais e Tangenciais. Este significa
que o Sol não transpõe os trópicos, o que sugere, ao maçom, que a consciência religiosa do Homem é
inviolável; as paralelas representam os trópicos de Câncer e de Capricórnio e os dois S. João.
Tradicionalmente, por meio da noção de porta estreita, como dificuldade de ingresso, o maçom
evoca as portas solsticiais, estreitos meios de acesso ao conhecimento, simbolizados no círculo
cósmico, no círculo da vida, no zodíaco, pelo eixo Capricórnio Câncer, já que Capricórnio
corresponde ao solstício de inverno e Câncer ao de verão (no Hemisfério Norte, com inversão para o
Sul). A porta corresponde ao início, ou ao ponto ideal de partida, na elíptica do nosso planeta, nos
calendários gregorianos e também em alguns pré-colombianos, dentro do itinerário sideral.
O homem primitivo distinguia a diferença entre duas épocas, uma de frio e uma de calor, conceito
que, inicialmente, lhe serviu de base para organizar o trabalho agrícola. Graças a isso é que surgiram
os cultos solares, com o Sol sendo proclamados – como fonte de calor e de luz – o rei dos céus e o
soberano do mundo, com influência marcante sobre todas as religiões e crenças posteriores da
humanidade. E, desde a época das antigas civilizações, o homem imaginou os solstícios como
aberturas opostas do céu, como portas, por onde o Sol entrava e saía, ao terminar o seu curso, em
cada círculo tropical. A personificação de tal conceito, no panteão romano, foi o deus Janus,
representado como divindade bifásica, graças à sua marcha pendular entre os trópicos; o seu próprio
nome mostra essa implicação, já que deriva de janua, palavra latina que significa porta. Por isso, ele
era, também, conhecido como Janitur, ou seja, porteiro, sendo representado com um molho de chaves
na mão, como guardião das portas do céu. Posteriormente, essa alegoria passaria, através da tradição
popular cristã, para São Pedro, mas sem qualquer relação com o solstício.
Janus era um deus bicéfalo, com duas faces simetricamente opostas, cujo significado simbolizava
a tradição de olhar, uma das faces, constantemente, para o passado, e a outra, para o futuro. Os
Césares da Roma imperial, em suas celebrações e para dar ingresso ao Sol nos dois hemisférios
celestes, antepunham o deus Janus, para presidir todos os começos de iniciação, por atribuir-lhe a
guarda das chaves. Tradicionalmente, tanto para o mundo oriental, quanto para o ocidental o solstício
de Câncer, ou da Esperança, alusivo a São João Batista (verão no Hemisfério Norte e inverno no
Hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas mortais e, por isso, chamada de Porta dos Homens,
enquanto que o solstício de Capricórnio, ou do Reconhecimento, alusivo a São João Evangelista
(inverno no Hemisfério Norte e verão no Hemisfério Sul), é a porta cruzada pelas almas imortais e,
por isso, denominada Porta dos Deuses. Para os antigos egípcios, o solstício de Câncer (Porta dos
Homens) era consagrado ao deus Anúbis; os antigos gregos o consagravam ao deus Hermes. Anúbis
e Hermes eram, na mitologia desses povos, os encarregados de conduzir as almas ao mundo
extraterreno . A importância dessa representação das portas solsticiais pode ser encontrada com o
auxílio do simbolismo cristão, pois, para o maçom, as festas dos solstícios são, em última análise, as
festas de São João Batista e de São João Evangelista. São dois São João e há, aí, uma evidente
relação com o deus romano Janus e suas duas faces: o futuro e o passado, o futuro que deve ser
construído à luz do passado. Sob uma visão simbólica, os dois encontram-se num momento de
transição, com o fim de um grande ano cósmico e o começo de um novo, que marca o nascimento de
Jesus: um anuncia a sua vinda e o outro propaga a sua palavra. Foi a semelhança entre as palavras
Janus e Joannes (João, que, em hebraico é Ieho-hannam = graça de Deus) que facilitou a troca do
Janus pagão pelo João cristão, com a finalidade de extirpar uma tradição “pagã”, que se chocava
com o cristianismo. E foi desta maneira que os dois São João foram associados aos solstícios e
presidem as festas solsticiais.
Continua, aí, a dualidade, princípio da vida: diante de Câncer, Capricórnio; diante dos dias mais
longos, do verão, os dias mais curtos, do inverno; diante de São João (do inverno), com as trevas,
Capricórnio e a Porta de Deus, o São João (do verão), com a luz, Câncer e a Porta dos Homens (vale
recordar que, para os maçons, simbolicamente, as condições geográficas são, sempre, as do
Hemisfério Norte). Dentro dessa mesma visão simbólica, podemos considerar a configuração da
constelação de Câncer. Suas duas estrelas principais tomam o nome de Aselos (do latim Asellus, i =
diminutivo de Asinus, ou seja: jumento, burrico). Na tradição hebraica, as duas estrelas são
chamadas de Haiot Ha-Kadosh, ou seja, animais de santidade, designados pelas duas primeiras letras
do alfabeto hebraico, Aleph e Beth, correspondentes ao asno e ao boi. Diante delas, há um pequeno
conglomerado de estrelas, denominado, em latim, Praesepe, que significa presépio, estrebaria,
curral, manjedoura, e que, em francês, é crèche, também com o significado de presépio, manjedoura,
berço. Essa palavra créche já foi, inclusive, incorporada a idiomas latinos, com o significado de
locais onde crianças novas são acolhidas, temporariamente. Esse simbolismo dá sentido à
observação material: Jesus nasceu a 25 de dezembro, sob o signo de Capricórnio, durante o solstício
de inverno, sendo colocado em uma manjedoura, entre um asno e um boi. Essa data de nascimento,
todavia, é puramente simbólica. Para os primeiros cristãos, Jesus nascera em julho, sob o signo de
Câncer, quando os dias são mais longos no Hemisfério Norte.
O sentido cristão, no plano simbólico, abordaria, então, apenas a Porta dos Homens e, assim, só
haveria a compreensão de Jesus, como ser, como homem. Mas Jesus é o ungido, o messias, o Cristo –
segundo a teologia cristã – e o outro pólo, obrigatoriamente complementar, é a Porta de Deus, sob o
signo de Capricórnio, tornando a dualidade compreensível. Dois elementos, entretanto, um material e
um religioso, viriam a influir na determinação da data de 25 de dezembro. O material refere-se aos
hábitos dos antigos cristãos e o religioso, ao mitraismo da antiga Pérsia, adotado por Roma: Os
primeiros cristãos do Império Romano, para escapar às perseguições, criaram o hábito de festejar o
nascimento de Jesus durante as festas dedicadas ao deus Baco, quando os romanos, ocupados com os
folguedos e orgias, os deixavam em paz. Mas a origem mitraica é a que é mais plausível para
explicar essa data totalmente fictícia: os adeptos do mitraismo costumavam se reunir na noite de 24
para 25 de dezembro, a mais longa e mais fria do ano, numa festividade chamada – no mitraismo
romano – de Natalis Invicti Solis (nascimento do Sol triunfante). Durante toda a fria noite, ficavam
fazendo oferendas e preces propiciatórias, pela volta da luz e do calor do Sol, assimilados ao deus
Mitra. “O cristianismo, ao fixar essa data para o nascimento de Jesus, identificou-o com a luz do
mundo, a luz que surge depois das prolongadas trevas”.
O BATISTA São João Batista, também dito “o Precursor”, era filho de Isabel, prima da Virgem
Maria e, por conseguinte, também parente de Jesus. Ele ganhou o epíteto de “batista” porque, no rio
Jordão, “batizava” as pessoas, derramando-lhes água sobre as cabeças, assim limpando-as
espiritualmente (batismo significa banho). Era também conhecido por viver no deserto, alimentando-
se de mel e gafanhotos, vestindo apenas com uma pele de carneiro, andando assim meio nu, meio
vestido. Seguramente, pertencia, entre os judeus, ao grupo dos essênios, que vivia em Qunram, perto
do mar Morto. Local onde, em 1947, foram encontrados alguns documentos de sua época. Tinha
vários seguidores, mas se dizia Precursor de Alguém Maior que ele, e de quem não era digno sequer
de “lhe desatar as sandálias.” Vituperava a Herodes Antipas, o rei imposto pelos romanos aos
judeus, porque Antipas mandara matar a seu meio-irmão para ficar com a sua esposa. Antipas
mandou decapitar a João Batista, atendendo ao pedido de Salomé, sua enteada, filha de seu meio-
irmão, acima referido. O dia 24 de junho foi estipulado pela Igreja Católica como o de sua
comemoração.
O EVANGELISTA O outro São João, o Evangelista, era apóstolo de Jesus. Chamam-no de
Evangelista porque, além de pregar os ensinamentos do Mestre, foi o autor do 4o Evangelho, de três
epístolas e do famoso Apocalipse. Essa palavra quer dizer “revelação”. Nele, João relata as
revelações que teria tido sobre o fim dos tempos e dos caminhos para a salvação. Por falar no fim
dos tempos, catástrofes, guerras, pestes, castigos, a palavra “apocalipse” ganhou a conotação de
“algo ruim, apavorante, cataclismático, terrificante”. A linguagem é extremamente simbólica, de
difícil compreensão. É comemorado em 27 de dezembro. MAÇONARIA OPERATIVA Na
verdade, porém, como vem registrado no item XXII, dos Regulamentos Gerais das Constituições de
Anderson, de 1723, e com elas publicado, o dia que os maçons operativos do passado tinham
escolhido para a reunião anual era o de São João Batista, em 24 de junho, ou, opcionalmente, no dia
de São João Evangelista, em 27 de dezembro. Mas, com ênfase ao primeiro. Aliás, notem que a
fundação da Grande Loja de Londres, em 1717, ocorreu precisamente nesse dia, 24 de junho. Veja-se
como vem redigido esse cânone dos Regulamentos Gerais, aprovados, pela segunda vez, no dia de
São João, 24 de junho de 1721, por ocasião da eleição do Príncipe João, duque de Montagu, para
Grão-Mestre:
“XXII. Os Irmãos de todas as Lojas de Londres e Westminster e das imediações se reunirão em
uma COMUNICAÇÃO ANUAL e Festa, em algum Lugar apropriado, no Dia de São João Batista ou
então no Dia de São João Evangelista, como a Grande Loja pensa fixar por um novo Regulamento,
pois essa reunião ocorreu nos anos passados no Dia de São João Batista: Provido(…)”
RAZÕES ESOTÉRICAS Só por uma segunda opção a reunião e festa ocorreria, portanto, no dia
27 de dezembro, na festa do outro São João. Mas, por quê? O porquê dessa alternativa tem uma
explicação esotérica, que remonta às prováveis origens da Maçonaria, aos Colegiatti Fabrorum dos
romanos. Eles acompanhavam as tropas romanas, para o trabalho de reconstrução e instalação da
administração imperial, nas terras conquistadas e colonizadas. E com eles ia a sua religião ou
religiões, para ser mais exato, ainda que entre os romanos a predominante fosse a da adoração à
Mitra, que era representado por uma figura humana. No lugar da cabeça, um Sol. Havia muitos outros
deuses, notadamente, Jano, com suas cabeças que, sabidamente, simbolizavam os solstícios. Esses
solstícios estavam sempre presentes nas festas pagãs, porque eram vinculadas à Natureza. É aí que
encontramos uma provável explicação histórica para os festejos juninos e natalinos, que a nova
religião romano-cristã, não podendo desenraizar dos costumes populares, o mínimo que conseguiu
foi a substituição. Todavia, no seio da Maçonaria operativa, mesmo sob tal disfarce, ambas as datas
sobreviveram, em face do conteúdo esotérico de seus significados. Os colégios, principalmente os
dos construtores, seriam depositários dos conhecimentos e mistérios de antiqüíssimas sociedades
iniciáticas, todas praticantes de ritos solares.

**Celso Ferrarini - Jornalista


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maconica.html
#65

O CRESCIMENTO MAÇÔNICO NOS GRAUS FILOSÓFICOS

A expressão Graus Filosóficos já se tornou corrente na Maçonaria. Usa-se a mesma em


contraposição a Graus Simbólicos. Conquanto já faça parte de nossos usos & costumes, inclusive
sendo útil para diferenciar os graus anteriores dos posteriores criados na história dos Ritos, essas
expressões objetivam conceitos extremamente inadequados que nos servem de paradigmas
inconscientes.Quando nos referimos à Maçonaria, independentemente dos graus dos quais estejamos
falando, invariavelmente nos vem à mente a idéia de uma "filosofia". Não há como ser diferente, pois
uma instituição que pretende a construção de um determinado modelo de homem, almejando com isso
uma profunda transformação social, terá obrigatoriamente uma "filosofia", que é permanentemente
atualizada em suas lendas, ritos, mitos, símbolos e doutrinas. Mesmo se estiver de acordo com esse
raciocínio, o leitor atento provavelmente estará se perguntando a razão de colocarmos "filosofia"
entre aspas. Para diferenciá-la de Filosofia, com "f" maiúsculo. Desejamos defender aqui a tese de
que, ao falarmos de Maçonaria, existe uma diferença entre "filosofia" e Filosofia, e que isso é
fundamental para nossa práxis.
Estudar e conhecer Filosofia pode ser sinônimo de erudição ou indicação de um status
profissional. Erudito, segundo os dicionários, é quem tem instrução vasta e variada, que é sabedor de
muitas coisas. Um professor de Filosofia, um filósofo profissional ou alguém com "amor à
sabedoria" (que é o que significa o termo) podem ser eruditos em Filosofia; conhecer autores e
obras, sistemas filosóficos e história da Filosofia. Isso não faz de nenhum deles um filósofo, no
sentido existencial. Assim como conhecer profundamente Teologia não faz de alguém um religioso.
Começa a aparecer a pedra de toque para fazer a distinção que pretendemos. Dois parágrafos acima
falávamos de práxis. Devemos diferenciar práxis de prática. Prática se refere, ainda segundo o
dicionário, ao ato ou efeito de praticar; à experiência nascida da repetição dos atos. Necessitamos
prática para dirigir automóveis ou para realizar uma cirurgia. Já práxis é a totalidade nosso agir
enquanto seres humanos. Cada ação humana implica aspectos objetivos (como fazer, falar, produzir)
e aspectos subjetivos (como valores, ideologias, condicionamentos de toda ordem e as atitudes deles
decorrentes). Prática se refere ao que eu sei fazer; práxis se refere ao que eu sou.
Paulo Freire, o notável pedagogo brasileiro, já nos ensinava que a atividade essencialmente
humana é a reflexão, e a práxis humana deve ser composta de ação « reflexão; assim mesmo: uma
ação de mão dupla onde as partes são inseparáveis com o perdão da redundância. Quando em nossa
existência nosso agir está dissociado da reflexão, nos alienamos. Quando alienados, por mais ativos
que sejamos, não somos os senhores de nossa história; não estamos na direção de nossas vidas.
Somos levados pelas circunstâncias. Para desalienar-se é preciso "filosofar", perquirir, duvidar. Os
fatos nos são dados pela existência, e podem ser organizados pela Economia, pela Sociologia, pela
Antropologia, mas é "filosofando" que os interpretamos, que os julgamos e que os transcendemos.
Nesse sentido de um compromisso consciente com a existência é que devemos ser seres ativos e
reflexivos, isto é, adotar uma postura naturalmente filosófica. Essa postura implica numa atitude
inquiridora e cética, sem ser relativista ou cínica. Devemos ser filósofos no sentido do ideal
marxiano de ser pescador pela manhã, poeta à tarde e filósofo à noite, sem que sejamos pescadores
profissionais, poetas profissionais ou filósofos profissionais. A Filosofia nos será ferramenta de
aprimoramento do olhar e do raciocínio, e para isso é importante conhecer os filósofos e seus
pensamentos. "Filosofar", porém, será nossa atitude constante.
Eis porque, meus Irmãos, conceber graus filosóficos e não-filosóficos na Maçonaria é defender
uma posição maçonicamente contraditória, pois não pode haver Maçonaria que não seja
essencialmente filosófica. E, consequentemente, não pode haver maçom que não seja filósofo . Se
fomos iniciados, então nos basta "saber" sinais, toques e palavras; "conhecer" algumas instruções e
princípios. Se somos iniciados, então sinais, toques e palavras servirão para reconhecermos pessoas
com as quais teremos uma identidade de interesses, de convicções, de posturas sociais e espirituais;
viveremos nossos princípios, pois eles serão coincidentemente compreendidos e livremente aceitos.
A Iniciação é uma conversão, uma metanóia. Os Irmãos que nos acolhem numa Loja, dirigentes ou
não, podem apenas nos fazer o convite, nos mostrar o caminho e nos fornecer as ferramentas. O sim
terá que ser nosso. A transformação de nossa atitude perante nós mesmos e perante o mundo é tarefa
exclusivamente nossa. E responderemos solitariamente às nossas consciências pela nossa decisão. Se
não realizarmos essa conversão, continuaremos freqüentando Lojas simbólicas , onde apenas
repetiremos enfadonhos gestos e palavras, e Lojas filosóficas , onde apenas recordaremos o
cobridor e leremos os rituais. E voltaremos à nossa vida real sem marcas, sem sinais, sem toques e
sem palavras.

BIBLIOGRAFIA Francisco C. L.
Pucci M.'. M.'. - ARLS Profeta Elias, Grande Loja do Paraná, Brasil
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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graus.html
#66

UM MODERNO FRANCÊS

O Rito Moderno ou Francês foi criado em Paris no ano de 1761, constituído aos 24 de dezembro
de 1772 e, finalmente, proclamado aos 09 de marco de l773, pelo Grande Oriente de França, sendo
Grão Mestre Luís Felipe d'Orléans, Duque de Chartres, instalado solenemente aos 22 de outubro de
1773. Na sua fundação, compunha-se apenas dos três primeiros graus e adotava as primeiras
Constituições de Anderson de l723. Na época havia grande paixão pelos altos graus, surgindo a cada
momento novos graus e novos ritos, numa flagrante indisciplina. Em virtude da pressão de irmãos, o
Grande Oriente de França se viu compelido a procurar uma fórmula para harmonizar as diferentes
doutrinas que vicejavam desordenadamente num emaranhado proliferar de altos graus, por influência
da Cavalaria, da nobreza e de misticismos, que serviam a vaidade dos que procuravam a Maçonaria,
desfigurando a Ordem. Assim, o Grande Oriente de França nomeou uma comissão de maçons de
elevada cultura para estudar todos os sistemas existentes e elaborar um rito composto do menor
número possível de graus e que contivesse os ensinamentos
maçônicos.
Após três anos de estudos, a comissão desistiu da empresa, mas recomendou manter apenas os três
graus iniciais. O Grande Oriente acatou as conclusões da comissão e enviou circulares a todas as
lojas da obediência, aos 03 de Agosto de l777, afirmando que só seriam reconhecidos os três
primeiros graus simbólicos, o que causou uma grande reação de alguns irmãos, porque o Rito de
Perfeição ou de Heredon já contava com 25 graus. Em razão disso, em 1782, criou uma nova
comissão, com o nome de Câmara dos Ritos, cujas conclusões foram acolhidas, e, em conseqüência,
em l786, nascia o Rito Francês ou Moderno de 7 grau. Graus Simbólicos: 1º Grau - Aprendiz
2º Grau - Companheiro
3º Grau - Mestre
Graus Filosóficos:1a. Ordem - 4º Grau - Eleito
2a. Ordem - 5º Grau - Eleito Escocês
3a. Ordem - 6º Grau - Cavaleiro do Oriente ou da Espada
4a. Ordem - 7º Grau - Cavaleiro Rosa-Cruz
Só em l785, foram editados rituais oficiais para os três graus simbólicos, resultado da
uniformização e da codificação das práticas das Lojas Francesas nos anos anteriores. Com o
Regulateur de 1801, todos os graus do Rito Moderno passaram a ter o seu ritual. Houve um período,
em Portugal, no qual o Rito Moderno chegou a funcionar com um grau 8 (Kadosh Perfeito Iniciado) e
até um grau 9 (Grande Inspetor). Atualmente, no Brasil, se reorganizou o Rito Moderno,
principalmente por motivos administrativos, nos 9 graus, os dois últimos na 5a. Ordem,
acrescentando-se:
5a. Ordem - 8º Grau - Cavaleiro da Águia Branca e Preta, Cavaleiro Kadosh Filosófico,
Inspetor do Rito. 5a. Ordem - 9º Grau - Cavaleiro da Sapiência - Grande Inspetor do
Rito. Os três primeiros graus se reúnem nas chamadas Lojas Simbólicas, filiadas às chamadas
Obediências Simbólicas. Os Graus 4 a 7 se reúnem nos chamados Sublimes Capítulos. O Grau
8 se reúne no Grande Conselho Estadual. E, o Grau 9 se reúne no Supremo Conselho, que tem
jurisdição nacional sobre todos os Graus Filosóficos.
O Rito Moderno, no que diz respeito aos graus simbólicos, é o mesmo rito que a Grande Loja da
Inglaterra, a dos “Modernos”, praticava antes de sua fusão com a dos “Antigos”. As inversões das
colunas, os modos de reconhecimento nos 1º e 2º graus, o início da marcha com o pé direito, a
Palavra Sagrada do Aprendiz , eram práticas dos “Modernos Ingleses”. Mas, não são essas
divergências que distinguem o Rito Moderno dos outros ritos. No Grande Oriente do Brasil, Potência
mãe da Maçonaria Brasileira, existem atualmente aceitos 6 (seis) ritos: 1.- Adonhiramita; 2.-
Brasileiro; 3- Escocês Antigo e Aceito; 4.- Francês ou Moderno; 5.- Schröder; 6.- York. Tal
diversidade não constitui fator de dissensão, porque todos, além de serem unidos pelos fortes laços
de Fraternidade e de um Ideal comum, obedecem a normas legais, tais como as Constituições do
Grande Oriente do Brasil e dos Grandes Orientes Estaduais, ao Regulamento Geral da Federação,
leis e decretos.
O Rito Moderno, que é fruto da Maçonaria Francesa, entende que o maçom deve ter a faculdade
de pensar livremente, de trabalhar para o bem-estar social e econômico do cidadão, de defender os
direitos do homem e uma melhor distribuição de rendas. Essa tendência filosófica humanista é que
parece contrapor-se aos aspectos de religião cultual O Rito Moderno não considera a Maçonaria
como uma Ordem Mística, embora seus três primeiros graus estejam impregnados da mística das
civilizações antigas. A busca da verdade, transitória e inefável, realiza-se pelo aprendiz na intuição,
pelo companheiro na análise e pelo mestre na síntese, num processo evolutivo e racional. Os padrões
do pensamento da Maçonaria Francesa são racionais e científicos, e se prendem à época
moderna, ao Humanismo. A síntese dos debates da Assembléia, em 1876, que levaram à resolução de
1877, mostra bem, que : - ”A franco-maçonaria não é deísta, nem é atéia, nem sequer positivista.
A instituição que afirma e pratica a solidariedade humana, é estranha a todo dogma e a todo
credo religioso. Tem por princípio único o respeito absoluto da liberdade de pensamento e
consciência. Nenhum homem inteligente e honesto poderá dizer, seriamente, que o Grande
Oriente de França quis banir de suas lojas a crença em Deus e na imortalidade da alma quando,
ao contrário, em nome da liberdade absoluta de consciência, declara, solenemente, respeitar as
convicções, as doutrinas e as crenças de seus membros”. “O Rito Moderno mantém-se
tolerantemente imparcial, ou melhor, respeitosamente neutro, quanto à exigência, para os seus
adeptos, da crença específica em um Deus revelado, ou Ente Supremo, bem como da categórica
aceitação existencial de uma vida futura; nunca por contestante ateísmo materialístico, mas
unicamente, pelo respeito incondicional ao modo de pensar de cada irmão, ou postulante.
Demonstra apenas, a evolução das crenças estimulando os seus seguidores ao uso da razão, para
formar a sua própria opinião. Procura ensinar que a idéia de Deus resulta da consciência e que as
exteriorizações do seu culto não passam de um sentimento íntimo, que se pode traduzir das mais
diversas maneiras.” O Rito Moderno não admite a limitação do alcance da razão, pelo que desaprova
o dogmatismo e imposições ideológicas e, por ser racionalista, e portanto, adogmático, propugna
pela busca da Verdade, ainda que provisória e em constante mutação. A filosofia do Rito se opõe a
qualquer espécie de discriminação. A não admissão de mulheres dá-se em decorrência de tratados e
não da natureza do Rito.
O Rito Moderno, afinal, é um desafio, que vale a pena arrostar.

BIBLIOGRAFIA Texto
extraido da Aug.’. Ofic.’. LUZ DO ORIENTE, onde externamos o mais profundo respeito e
admiração por todos os IIRR.'. desta Resp.'. Loja.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#67

POR MISERICÓRDIA, ABRA A PORTA DO SEU CORAÇÃO.

Amados Irmãos. O momento não nos permite questionar ou discutir o que representa a
Hospitalaria Maçônica no âmbito maçônico ou profano. Nem mesmo se cumprimos ou não nosso
dever, enquanto Maçons que somos.O momento é de União, de darmos as mãos e nos cotizarmos em
prol daqueles que, por conta dos intempéries do tempo, passam por agruras imensuráveis, as quais,
por não estarmos vivenciando, não se mostram tão graves como na cristalina realidade que são. As
necessidades prementes nos dão conta de que a prioridade é ainda a identificação de cadáveres (376
até agora, confirmados), mas, absolutamente consciente, sei que logo, logo, serão necessárias várias
atitudes que visem o suprimento das necessidades básicas dos atingidos pela catástrofe. A região
serrana do estado do Rio de Janeiro, foi acomedida também por uma devastação que, até aqui, acha-
se que será a maior já presenciada. Portanto, bem assim sabendo, urge que a nossa Potência, bem
como a todas que queiram entrar nesta corrente de fraternidade,
através das Augustas Lojas que se unam em prol de uma campanha a favor dos necessitados de tal
catástrofe. Em sendo assim, na condição de simples Irmão e hospitaleiro, venho conclamar a todos os
Irmãos para que se imbuam do interesse de ajudar e, através de suas Lojas, se unam e passem a
arrecadar todo e qualquer tipo de ajuda possível.
Temos a certeza absoluta de que todas as Potências estarão unidas para o levante do verdadeiro
Exército Maçônico, não importando a Grande Administração e sim, o dever de cumprir como
Maçons que somos, na ajuda aos necessitados. Aos Veneráveis de toda a Nação Maçônica, que
movimentem na ação de suas Lojas que, certamente, com a voluntariedade de seus hospitaleiros,
estarão dispostas para abrir espaços no recebimento de tudo que for possível arrecadar. Para se ter
uma idéia, os dados da catástrofe até hoje são:- 14.000 (quatorze mil) desabrigados; - Mais de 548
mortos - Cinco áreas atingidas: Nova Friburgo, Teresópolis, Petrópolis, Sumidouro e Itaipava.
Em sendo assim, acreditamos no seu espírito frtaerno de, seja de que forma for, ajudar no que for
possível. Estamos disponibilizando nossa Loja para que sirva de Posto de Arrecadação, o que
pedimos a todas as Lojas de nossa jurisdição.
E, à medida em que formos angariando boas quantidades, enviaremos para a Grande Loja, que,
certamente, estará encontrando uma forma para entregar todo o material arrecadado. Para qualquer
orientação, estamos nos disponibilizando a ajudar. Unamo-nos e avante... Força total para a
felicidade de ajudar aos imediatos. Pela Hospitalaria de minha Loja e, com certeza, também,
por nossa Grande Hospitalaria, pedimos a todos os IIRR.'. que a hora é esta, somos Maçons e
precisam de nossa ajuda. Por favor meus Irmãos, está na hora de colocarmos em prática o que
também juramos e ao mesmo tempo, mostrar a força que existe em nossa Irmandade,
independente do Grande Oriente em que esteja. Não estamos discutindo Potências, até porque,
AJUDA NÃO PODE TER RÓTULO.
ATENÇÃO A TODOSDA CAVALEIROS DO TEMPLO Nº 26
A pedido de nosso Venerável Mestre Ailton de Oliveira, vamos marchar na direção da ajuda em
que nosso Ir.'.Antonio Carlos Santos - Hospitaleiro da Aug.'. Resp.'. Loja Respandescer da Fenix
nº 25 vem solicitando a todos.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO E MISERICÓRDIA AOS IRMÃOS NECESSITADOS
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#68

O MAÇOM E A SOLIDARIEDADE

A Solidariedade é uma das marcas características do Homem, que o distingue das demais criaturas
porque brota de seu íntimo e se origina da Lei Natural impressa pelo Criador em seu espírito. Basta
atentarmos para as incontáveis tragédias que diuturnamente os meios de comunicação de massa nos
colocam diante dos olhos. Em meio aos quadros terríveis, alguns dantescos, invariavelmente
aparecem, como anjos de misericórdia, aqueles que doam-se a si mesmos para minorar os
sofrimentos alheios, às vezes sob o risco ou até mesmo com o sacrifício de suas próprias vidas. Se
formos ao dicionário, encontraremos como definição que Solidariedade é: “Adesão ou apoio, no
sentido moral, à causa, empreendimentos, princípios, etc., de outros de tal forma que um indivíduo se
vincula à vida, aos interesses e às responsabilidades de um grupo social, de uma nação ou da
humanidade como um todo.”
Se nosvoltarmos,agora, para a instituição maçônica veremos que nela a Solidariedade constitui uma
das colunas mestras de sua construção, dada a universalidade da Ordem. É por meio desse
sentimento que nos unimos, em espírito, a outros Irmãos Maçons, inclusive àqueles de cuja existência
sequer temos conhecimento mas com quem, a cada dia, do meio-dia à meia-noite, trabalhamos
espiritualmente para construir a Paz e erguer o Templo da Fraternidade Universal. Como diz a
Quinta Instrução de Aprendiz, a Solidariedade é o laço que nos une e nos fortalece na luta incansável
e ininterrupta que devemos manter contra os inimigos magnos da felicidade do Homem. Mas, ainda
que exaltada dentro da Ordem, ela não pode ser praticada apenas dentro do universo maçônico e
deixada de lado na vida profana. Isso seria uma incoerência, porque antes de sermos Maçons somos
irmãos universais, independente de nossas nacionalidades, cor, crença política ou religiosa.
Se um semelhante nosso sofre, quem quer que seja ou onde esteja, nossa natureza comum de filhos
do mesmo Pai deveria nos irmanar nesse mesmo sofrimento. Mas, é justamente aí, na visão do
sofrimento que se tornam nítidos os dois lados contraditórios do problema: Luz e Trevas. Por que,
diante de tragédias dos últimos anos, como as de Biafra, Ruanda, Angola, Zaire, África do Sul,
Bósnia, para citar apenas algumas das mais cruentas, se vemos exemplos da mais exaltada
Solidariedade de um lado, de outro também se destaca uma fria Indiferença de tantas pessoas e
mesmo nações? O monstro de crueldade, Stalin, que durante tantos anos dirigiu com mão de aço a
União Soviética, disse certa vez que “uma morte é tragédia, mas milhões são apenas uma estatística”
e a realidade do mundo de hoje continua dando razão àquela afirmação de crueza inaudita. Quando o
sofrimento se torna, apesar de concreto, uma mera abstração que desaparece ao apertar do botão da
televisão ou do fechamento da página do jornal nós nos separamos dele, deixando de vê-lo sob a
ótica da Lei Natural. Não nos irmanamos, pois, não o sentimos como nosso também; nos alienamos
dele, simplesmente.
Ao longo de minha vida, tanto profana como maçônica, tive a oportunidade de me deparar com
inúmeras abordagens, textos e concepções sobre a Solidariedade, alguns superficiais, outros por
demais filosóficos mas, alguns também de conteúdo maravilhoso e inspirador. Dentre esses, lembro-
me bem deste que se segue e que reproduzo na esperança de que sirva para alimentar a chama da
Fraternidade e da Solidariedade em nossos corações, única forma de nos sentirmos verdadeiramente
unidos e irmanados com todos os que sofrem e choram na solidão gelada em que são colocados pelo
desamor. “Um discípulo chegou-se a seu Mestre e perguntou-lhe:
- Mestre, qual a diferença entre o Céu e o Inferno?
Respondeu-lhe o Mestre:
- Vi um grande monte de arroz, cozido e preparado como alimento. Ao redor dele estavam muitos
homens famintos. Eles não podiam se aproximar do arroz, mas possuíam longos palitos de dois a três
metros de comprimento. Pegavam, é verdade, o arroz mas não conseguiam levá-lo à própria boca
porque os palitos eram muito longos. E assim, famintos e moribundos, embora juntos, permaneciam
solitários curtindo uma fome eterna diante daquela inesgotável fartura. Isso era o Inferno. - Vi outro
grande monte de arroz, cozido e preparado como alimento. Ao redor dele estavam muitos homens
famintos, mas cheios de vitalidade. Eles não podiam se aproximar do arroz, mas possuíam longos
palitos de dois a três metros de comprimento. Pegavam, é verdade, o arroz mas não conseguiam levá-
lo à própria boca porque os palitos eram muito longos. Mas, com seus longos palitos, ao invés de
levá-los à própria boca serviam-se uns aos outros o arroz e assim saciavam sua imensa fome, numa
grande comunhão fraterna, juntos e Solidários. Isso era o Céu.”
Reflitamos um pouco sobre o que essa parábola oculta em sua linguagem figurada e se o mundo
hoje não é, em grande parte, aquele primeiro grupo de homens, juntos mas solitários, padecendo de
fome diante da fartura. Ao depararmos com o sofrimento, o que sentimos? O aguilhão da culpa, por
nada fazermos, ou uma identificação? De nada serve racionalizar o problema, dizendo: “Não posso
fazer nada. Esse problema está muito longe e não tenho como ir até lá” ou “Faço o que posso com
quem está mais próximo de mim e sempre contribuo com o Tronco de Beneficência de minha Loja”.
Pode-se fazer mais, sim. Pode-se estender a ponte e compartilhar o sofrimento em espírito. Pode-se
erguer os olhos para o Senhor da Compaixão e orar, em união com todo o sofrimento do mundo. Se
sou Solidário apenas porque uma regra me diz que devo sê-lo que mérito há nisso, se até uma criança
é capaz de seguir regras, ainda que não saiba discernir o seu conteúdo? Se sou Solidário apenas com
quem está mais próximo de mim, o que estou realizando se até mesmo os animais são capazes de
defender os seus?
Cada um de nós recebeu, embutida no espírito pelo Criador, a semente da Solidariedade. Ela está
dentro de nós mas não lhe damos um solo, não a irrigamos, não nos tornamos jardineiros.
Carregamos a semente adormecida, encerrada em uma cela; não a colocamos na terra. Temos medo
que ela morra, o que é verdadeiro num certo sentido pois morrer ela precisa para que a árvore nasça.
Cada desabrochar é morte e nascimento e a semente tem que morrer mas é precisamente por isso que
temos medo, porque protegemos a semente. Diz uma história oriental que certo rei tinha três filhos,
todos fortes e talentosos e estava indeciso e confuso quanto a qual deles entregar o reino. Assim,
chamou um Mestre e perguntou-lhe o que deveria fazer para resolver o impasse. O Mestre
aconselhou-o a sair em uma longa viagem deixando com cada filho uma determinada quantidade de
sementes de uma flor muito rara e dando-lhes instruções para que as preservassem o mais
cuidadosamente possível, eis que suas vidas dependeriam disso. Satisfeito com o conselho do
Mestre, o rei procedeu como lhe fora dito e partiu em viagem.
O filho mais velho era mais experiente nas coisas do mundo e calculou que o melhor seria guardar
as sementes a salvo e assim poder devolvê-las a seu pai, intactas. Assim pensou e assim fez.
Colocou-as em um cofre e pendurou a chave em uma corrente que levava permanentemente presa ao
pescoço. O segundo filho calculou que sendo as sementes de uma flor muito rara, deveria vendê-las
e fazer um bom dinheiro. Quando o pai retornasse, compraria outras sementes novas pois ninguém
saberia dizer a diferença. Assim pensou e assim fez. O terceiro filho era menos experiente nas
coisas do mundo e mais inocente e calculou que as sementes deveriam ter um significado. Pensou
consigo mesmo, “As sementes existem para crescer. A própria palavra já tem o sentido de Origem, o
que indica que ela é uma busca e a menos que se torne algo, não tem significado. Ela é como uma
ponte que se tem que atravessar”. Assim pensou e assim fez. Foi ao jardim do palácio e plantou as
sementes. Após uma longa ausência, retornou o rei e quis logo saber das sementes, mandando
chamar os filhos à sua presença.
O mais velho pensou que o mais novo iria ficar muito mal perante o pai, porque destruíra as
sementes; e o mesmo se daria com o segundo, porque as vendera. Mas, o mais novo não estava
preocupado em vencer, apenas em preservar as sementes e isso só conseguira quando entendera que
elas precisavam morrer e depois renascer, para dar novas sementes. O rei chamou o mais velho e
disse-lhe: “És um estúpido e por isso perdeste o reino, porque uma semente só pode ser preservada
se tem a oportunidade de morrer no solo, se tem a oportunidade de renascer”. Ao segundo filho
disse: “Agiste melhor que teu irmão mais velho, mas também perdeste o reino, ainda que tenhas
compreendido que as sementes envelheceriam. Mas, a quantidade não mudaria. Quando a semente é
preservada, multiplica-se por milhões”.
Ao terceiro filho disse: “É teu o reino, porque soubeste compreender, na inocência, a mensagem
que antes dos tempos já te fora dada pelo Criador”.
BIBLIOGRAFIA
Ir.'.Antonio Carlos de Souza Godói

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#69

ÉTICA - DO MODERNO AO PÓS-MODERNO - UM RITO OU UM MITO?!

Nos últimos anos, quando se fala em cultura, economia, política há sempre o debate sobre a ética.
Na expressão ‘ética’ o homem define seus caminhos. Segundo Valls (2003, p. 07), "A ética é
daquelas coisas que todo mundo sabe o que são, mas que não são fáceis de explicar, quando alguém
pergunta”. A Ética encara a virtude como prática do bem e esta como a promotora da felicidade dos
seres, quer individualmente ou coletivamente, onde são avaliados os desempenhos humanos em
relação às normas comportamentais pertinentes, é "o estudo dos juízos de apreciação que se referem
à conduta humana susceptível de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente
à determinada sociedade, seja de modo absoluto” (HOLANDA, 1975). O caminho da virtude é
sempre possível. Enquanto o homem existir, tem ele a possibilidade de modificar sua conduta e
imprimir direção diferente às suas ações. E todos os homens orientam-se na vida por um critério
valorativo, conferindo assim um sentido pessoal em suas vidas.
Aristóteles (322-384 a.C.) fundamentou a maior parte de seu postulado teórico no empirismo
onde, baseado no tipo de sociedade, desenvolveu algumas obras que enfoca as questões Éticas
daquele tempo: Ética a Eudemo, Ética a Nicômaco e uma Magna Moral . Aristóteles não descarta a
relação entre Ser e o Bem, porém enfatiza que não é um único bem, mas vários bens, e que esse bem
deve variar de acordo com a complexidade do ser. Para o homem, por exemplo, há a necessidade de
se ter vários bens, para que este possa alcançar a felicidade humana. A virtude em Aristóteles, está
entre os melhores dos bens. Diz ainda que o homem não pode apenas viver, “mas ele precisa viver
racionalmente, isto é, viver de acordo com a razão”. (VALLS, 2003 p. 30) O apreciar individual
propicia nortear adequadamente a procura de felicidade própria , que não será integral se não se
harmonizar com a de todos os homens, isto é, a prática do bem é a felicidade e como ela deve ser
praticada como ideal e como ato consciente. Platão (427-347 a.C.), postula em sua teoria que a
questão central da ética está na busca da felicidade pelo homem. Platão era um poeta. A sabedoria
para Platão, não está expressa no saber pelo saber, ou melhor, não se identifica o sábio pela sua
grandeza de conhecimentos teóricos, mas pela sua grandeza de virtudes. O homem virtuoso tende a
encontrar e contemplar o mundo ideal. A prática da virtude como Sumo Bem.
Historicamente a civilização tem períodos de ascendência e descendência aonde é possível
identificar crises éticas. Sempre que a questão ética entra em crise, a civilização tende a
desaparecer. Não são somente as questões políticas ou econômicas que forçam uma civilização ao
declínio, mas também seus valores. Kant no final do séc. XVIII, nega a existência da "bondade
natural". Nos corações dos homens só existem sentimentos negativos e para conseguirmos superar
todos esses males, devemos almejar uma Ética racional e universal identificada no dever moral.
Hegel encara a questão Ética de um outro prisma. Opondo-se ao argumento do coração como
determinante da vontade individual e a da moral racional de Kant, Hegel diz que somos seres
indissociáveis. O ser humano é histórico e vive o coletivo em todas as suas ações, associado aos
seus costumes e as suas manifestações culturais.
É por esse ângulo que Hegel argumenta sobre a vontade coletiva que guia nossas ações e
comportamentos. A família, o trabalho, a escola, as artes, a religião etc. norteiam nossos atos morais
e determinam o cumprimento do dever. Podemos seguir a linha de pensamento de Hegel para tentar
direcionar nosso raciocínio enfocando as relações éticas no contexto político-social expondo a
relativização do comportamento ético na direção do dever à responsabilidade? A ética como
conjunto de normas e valores que rege uma sociedade deve necessariamente refletir a consciência e
as ações das pessoas e trazer um tipo de organização sustentável. Na pós modernidade nos
deparamos com situações que não refletem valores de uma ética universal, onde pessoas injustiçadas
perdem a vida, morrem de fome, passam as piores necessidades e situações de constrangimento por
serem negras ou pobres.
A sociedade do século XX atingiu um alto grau de desenvolvimento tecnológico e científico. Nos
últimos 100 anos a humanidade evolui mais tecnologicamente do que em toda a história humana. No
pós-moderno podemos observar o paradoxo entre o grande desenvolvimento tecnológico e a
decadência dos valores humanos. A falta de ética se instaura a partir do momento em que o homem
utiliza de sua tecnologia para a destruição em massa e, no âmbito social, fomenta a exclusão. De um
lado os avanços inegáveis da ciência e da tecnologia e do outro lado mais da metade da população
passando fome. Estamos em declínio? Estamos passando por uma grande crise ética? Em termos de
ética a sociedade não evoluiu. Nos tempos atuais, não há mais afetividade, sentimento solidário.
Hoje, pode-se dizer que tudo tem um preço. O ser humano perdeu a referência ética. A pós-
modernidade é inerente às sociedades industriais, porque é inimaginável sem a mercadoria e o
consumo. O significativo avanço tecnológico foi condição sine qua non para a massificação da
informação, conforme pondera Santos: “o ambiente pós-moderno significa basicamente isso: entre
nós e o mundo estão os meios tecnológicos de comunicação, ou seja, de simulação (....) hiper-
realizamos mundo, transformando-o num espetáculo.” (SANTOS, 2000, p. 13)

A mercadoria exerce um poder de sedução sobre o indivíduo, que muitas vezes compra o produto
porque gostou da imagem desse produto e não por se tratar de uma real necessidade. Adquiriu o
simulacro, pois acreditou que aquele objeto foi criado especialmente para ele. Com característica
consumista, volta-se para o prazer, para o modismo, cuja principal preocupação é consigo mesmo.
Só interessa a imagem, pois o indivíduo é aquilo que usa. No pós-moderno o coerente é ser
incoerente. Santos (2000) admite que o pós-moderno está inserido em um contexto no qual o
indivíduo se encontra fragmentado, pois caos e ordem se mesclam de tal forma que não podemos
distinguir o que é um e o que é outro. Não há uma definição precisa, um único estilo que possa
definir a pós-modernidade; tudo é multifacetado, múltiplo. A arte busca “inspiração” em mais de uma
fonte, elimina fronteiras entre o erudito e o popular, utiliza a intertextualidade, imbrica estilos.
Santos (2000, p. 12) fala sobre a essência da pós-modernidade quando “preferimos a imagem ao
objeto, a cópia ao original, o simulacro (a reprodução técnica) ao real. (...) Mas o simulacro, tal qual
a fotografia a cores, embeleza, intensifica o real”, fabricando algo mais interessante que a própria
realidade. O que separa real e imaginário é o ponto de vista estético. No pós-modernismo verifica-se
uma dificuldade do homem em representar o mundo confuso e complexo, fragmentado, repleto de
informação, onde as contradições ocupam lugar de destaque. Com a perspectiva de crise ética qual é
o papel conferido a educação, considerando que enquanto o homem existir, tem ele a possibilidade
de modificar sua conduta e imprimir direção diferente às suas ações? Podemos dizer que os
processos de mudança envolvem os paradigmas, que por sua vez influenciam as ações, pois “Fazem-
nos acreditar que o jeito como fazemos as coisas é ‘o certo’ ou ‘a única forma de fazer’. Assim
costumam impedir-nos de aceitar idéias novas, tornando-nos pouco flexíveis e resistentes a
mudanças” (VASCONCELLOS, 2003 p. 31) Devemos enfatizar neste momento o papel relevante da
educação com base no proposto pela Unesco: A educação deve tentar vencer estes novos desafios:
contribuir para o desenvolvimento, ajudar a compreender e, de algum modo, a dominar o fenômeno
da globalização, favorecer a coesão social. Os professores têm um papel determinante na formação
de atitudes — positivas ou negativas — perante o estudo. Devem despertar a curiosidade,
desenvolver a autonomia, estimular o rigor intelectual e criar as condições necessárias para o
sucesso da educação formal e da educação permanente. (DELORS, 2001, p.
152)
Morin (2002, p.23) afirma que no processo educacional “A verdadeira racionalidade, aberta por
natureza, dialoga com o real que lhe resiste. Opera o ir e vir incessante entre a instância lógica e a
instância empírica; é o fruto do debate argumentado das idéias, e não a propriedade de um sistema de
idéias”, o que contrapõe a que Santos considera como essência da pós-modernidade quando
“preferimos a imagem ao objeto, a cópia ao original, o simulacro”. E é sobre essa essência da pós-
modernidade que, ao falar sobre o aprender a ser, neste mundo aonde o processo globalizador que
começou na economia, realçou as diversas culturas e permeia o processo educacional aponta para a
preocupação da educação no sentido de evitar incorrer em riscos como: Risco de alienação da
personalidade patente nas formas obsessivas de propaganda e publicidade, no conformismo dos
comportamentos que podem ser impostos do exterior, em detrimento das necessidades
autênticas e da identidade intelectual e afetiva de cada um. — Risco de expulsão pelas
máquinas, do mundo do trabalho, no qual a pessoa pelo menos tinha a impressão de se mover
livremente e de decidir por si própria”. (FAURE, 1972.)
O risco da alienação transforma o homem em uma máquina consumista e consumidora, aonde os
valores éticos e morais se perdem, pois o homem esvazia-se de qualquer tipo de emoção e
subjetividade, se isola, capitaliza, perde seus valores internos e o respeito por si, pelo outro e pela
sociedade. Podemos dizer que os homens alteraram consideravelmente modelos sociais, econômicos,
políticos, estéticos e éticos na busca de identidade, relativamente nova para a sociedade que se
estabelece a partir da modernidade e com a pós-modernidade. Na modernidade buscou-se o sujeito
pensante, dotado de razão, com capacidade para realizar experiências, explicar e transformar
racionalmente os fatos a atos que caracterizavam o mundo a sua volta. O período moderno vem com a
Revolução Industrial, com a ciência que constrói a máquina a vapor, a produção de bens materiais, o
ritmo bem marcado do tempo. Ações e costumes se modificam, conseqüentemente determinados
padrões de comportamento também, e que passam a compor os estudos éticos. Não se pode tratar de
ética, sem fazer referência ao contexto social vivido.

Não é possível dizer, por exemplo, que a idéia de vontade em Hegel é melhor ou pior do que a idéia
de vontade em Kant, se não for analisado o contexto vivido e as idéias que precederam o pensamento
de grandes filósofos. Idéias por sinal que contribuíram para delinear o pensamento político, jurídico,
ético e por que não dizer educacional da sociedade. Na modernidade o homem não é servo dos
senhores feudais. Tem patrão. Há ideologias no chão da fábrica. Correntes de pensamentos vêm
tratar da questão do Bem e Mal, da justiça, da sabedoria. É a busca racional de respostas, encontro
com a Verdade absoluta. Mas parece que o homem estava preso em uma caixa, pois o período
aceitava modelo, estilo definido, a produção de bens avançando, e sufocando a necessidade humana
de encontro com a tal Verdade. As criações do período moderno são organizadas para atender ao
homem pós-moderno. A tecnologia avança, com luzes, imagens, palavras que levam a estabelecer
projetos de vida tão vulneráveis, quanto às imagens captadas pelas câmeras de alta resolução e
possíveis de serem modificadas, melhoradas, reorganizadas, “deletadas” a qualquer tempo em
qualquer espaço. O pós-moderno nasce com a arquitetura, computação, arte, moda cinema, música,
envolvido não mais em uma sucessão de fatos, mas em um embaralhado de acontecimentos
Na modernidade havia um estilo, organizado, no pós-moderno tudo é aceito, há uma sobreposição
de estilos, da composição métrica dos versos, da narração estilizada com discursos bem marcados,
encontra-se no pós-moderno a escrita em forma de imagens que anunciam e denunciam. Porém toda
aceitação de estilos revela o niilismo, ou o vazio, a ausência de projetos. Onde tudo pode, afinal
quem é o indivíduo que tudo pode? A pós-modernidade trouxe os discursos globais, mas as idéias
que fortalecem os mesmos não surgem desveladas, não são objetivas, estão reunidas e articuladas
pela linguagem, ou melhor, linguagens. Afinal a linguagem – palavra, desenho, escrita, pintura, foto,
imagens carregam os códigos, geram mensagens e o consumo é de mensagens, mensagens que geram
serviços. Coloca-se para fora da caixa, questões que no período moderno, ficaram trancadas, ou
eram ditas por meio do LOGOS (da palavra, da razão, do espírito). A arte expressa questões que
antes eram passíveis de se buscar a sua lógica, de sofrer críticas infindáveis, pois poderiam desviar
a humanidade do caminho de busca da Verdade.
São aceitos no pós-moderno o pensar, o refletir, o expressar questões como: CORPO –
EMOÇÃO – POESIA – INCONSCIÊNCIA – DESEJO – ACASO – INVENÇÃO. Na ética se
passou a tratar do bem e do mal para além do sujeito, no sistema, elaborado e definido por
indivíduos que em determinado momento, aparentemente apresentam interesses comuns. O pós-
moderno é repleto de informações, estas muito rápidas, complexas, globais, que apresentam o mundo
que se vive, mas que por conta da agilidade das informações não é possível representa-lo somente
pela palavra. Neste sentido o enfoque da educação está no aprender a ser reflexivo, na tentativa de
nos impulsionar há uma nova maneira de ser e estar, com responsabilidade ética, conotações
analítica e avaliativa, não baseada exclusivamente em causas, mas principalmente nas
conseqüências, na coerência sobre as formas de pensar e agir.
REFERÊNCIAS:
DELORS, Jacques. Educação um tesouro a descobrir. 6. ed. São Paulo: Cortez; Brasília, DF:
MEC: UNESCO, 2001FAURE, Edgar (Org.). Apprendre à être. Relatório da Comissão Internacional
sobre o Desenvolvimento da Educação UNESCO. Paris: Fayard, 1972 MORIN, Edgar. A cabeça
bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento. 5. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
Os sete saberes necessários à educação do futuro. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2002.
VASCONCELLOS, Maria José Esteves. Pensamento sistêmico: o novo paradigma da ciência. 2. ed.
São Paulo: Papirus, 2003. VALLS, Álvaro L. M. O que é ética. Coleção primeiros passos, 16ª ed.
São Paulo: Brasiliense, 2003 SANTOS, Jair F. O que é pós-modernismo. 21ª ed. São Paulo:
Brasiliense, 2000
A Cavaleiros do Templo nº 26, registra esta verdadeira Peça de Arquitetura e ao mesmo
tempo, parabeniza a Autora deste artigo: Simone Zattar - participante desde Seg, 26 de
Novembro de 2007. Please register or login to add your comments to this article
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO Simone Zattar
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moderno-um-rito.html
#70

A MAÇONARIA E A IMPORTÂNCIA DA FAMÍLIA

É a família a célula máter das nações, a ser defendida a todo custo. A ordem maçônica tem na
instituição familiar um dos seus sustentáculos. Sendo uma de suas utopias o advento da família
universal, uma só pátria, um só governo. Segundo Mardok, a família é um grupo social caracterizado
por residência comum, cooperação econômica e reprodutiva. Atribui-se a família quatro funções
fundamentais: a sexual, a econômica, a reprodutiva e a educacional. Tem-se que a primeira (sexual) e
a terceira (reprodutiva) são importantes para a manutenção da própria sociedade, a segunda
(econômica) para a manutenção da vida e a quarta (educacional) para a manutenção da cultura.
Na antiga Grécia, a mulher era objeto de uma iniciação especial. Recebia o ensino sagrado de ser
esposa e mãe, e de sacerdotisa do lar, dedicada ao seu marido e carinhosa educadora de seus filhos.
Sua tarefa era transformar o lar num templo de amor e beleza. No ensino grego, indicavam-se ás
crianças as imperfeições dos pais, a fim de que, em caso de desentendimentos ou aparentes injustiças
familiares, em lugar de entrarem em conflito contra os seus, deveriam elas desenvolver esforços para
esclarecer, a fim de atenuar suas imperfeições e melhorar a sua sorte. O culto à família, comportando
o amor dos ancestrais, a fundação de um lar, a criação dos filhos, surge-nos como um dos fatores
primordiais do progresso humano, porque a individualidade não se realiza plenamente senão criando
a grande obra que se chama família, isto é, o lar, templo do pai, da mãe e dos filhos.
Felizes os lares cujos filhos tenham mais que amor, mais adoração pelos pais, quando estes
cumprem a sua missão divina, que consiste em dar aos filhos a suprema educação física, intelectual
e, mormente, espiritual, porque desta educação depende o porvir do fruto de seus amores. Se há
casais que não tenham tempo ou coragem de oferecer a seus filhos uma educação primorosa, que
renunciem em concebê-los. O teatrólogo Jeremy Taylor, que viveu no século XVII, afirma: “O
matrimônio, digam o que disserem os detratores, dá à vida mais garantia que o celibato. É possível
que, enquanto a velhice não chega, o homem solteiro tenha mais liberdade, mas também exposto aos
mais graves riscos. Há no matrimônio mais alegria, embora nele se encontrem tristezas também. É
cheio de penas, mas igualmente abundante de gozo; tem mais pesadas obrigações, porém, alegradas e
aliviadas pela forca do amor. O matrimônio é a mãe das nações, alegra a vida e engrandece os
povos”.
É inacreditável que a Igreja Católica não permita a realização desse sagrado dever que Deus
impôs ao homem e à mulher, ao impedir que os seus sacerdotes formem núcleos familiares, como faz
a Igreja Protestante e todas as demais religiões. O homem moderno, diante do extraordinário avanço
da ciência, da tecnologia e, em razão das suas ocupações de ordem profissionais está sendo, por
estas, quase que absorvido totalmente, reduzindo dessa forma o seu tempo e o espaço para afazeres
familiares. Por outro lado a mulher, outrora quase que exclusivamente a rainha-do-lar, vem
assumindo posições perante o âmbito da sociedade, as quais antes pertenciam tão-somente ao
homem. Claro que a participação da mulher no desenvolvimento sócio-político-econômico-
científico-cultural da humanidade é uma questão de justiça, que já se fazia tardia.
Há, entretanto, se considerar que em razão do avanço da mulher para o exercício pleno de todas
as suas faculdades, tomou-se quase obrigatório o seu distanciamento dos afazeres domésticos e,
consequentemente dos filhos, os quais já não contavam muito com a proximidade do pai, este
absorvido pelos deveres profissionais. Em virtude de tais situações a criação e a educação dos filhos
têm sido relegadas aos cuidados de terceiros, se não totalmente, quase na totalidade dos casos Tem
início a separação entre pais e filhos. Daí a desunião e o desmantelamento de muitas famílias
modernas, já que falta ao lar o calor permanente da esposa e mãe, que aquecia de afeição e iluminava
de amor a maioria dos lares passados.
O casamento encontra-se em estado pré-falimentar, ante o aviltamento dos seus reais fundamentos
e objetivos, e pelo vilipêndio diante do casa-separa encenado pelas novelas e meios artísticos,
assistidos e consagrados no Brasil, cujos comportamentos, além de contribuírem para debilitar a
união matrimonial, conseguem o seu grande objetivo, qual seja o de induzir o jovem à promiscuidade
sexual e ao descaso total pela formação futura de uma família, nos moldes tradicionais, éticos e
morais. Diante dessa lamentável realidade, urge que as instituições sociais, como a Maçonaria, se
postem atentas para evitarem o aniquilamento da família brasileira. Empreendendo ações conjuntas,
visando o reordenamento nas condutas éticas e morais, de modo a restabelecer a dignidade e os
objetivos familiares, como procedimentos de salvaguarda à sua sobrevivência e à formação das
futuras gerações.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence ao nosso valoroso Ir.’. Helio Pereira Leite da ARL União e
Silêncio N°1582 – GOB do Rio de Janeiro, onde parabenizamos pela não só importante, como
também, fundamental mensagem.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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familia.html
#71

VIVÊNCIA DO AMOR FRATERNO

A Maçonaria recebe novos membros por intermédio da iniciação, o que a diferencia de


sociedades profanas. Naquele psicodrama é exigido do recipiendário o juramento de que tudo fará
para defender seu irmão na ocorrência de infortúnios. É algo muito diferente ao irmão de sangue, que
nos é dado de forma compulsiva. O irmão maçom é resultado de escolha consciente e racional, daí as
amizades resultantes serem coladas com o cimento do amor fraterno. Um sábio maçom, quando
inquirido sobre sua interpretação do significado de fraternidade, usou a seguinte parábola:
"Encontrava-me nas proximidades de uma colina coberta de neve e observava dois garotos que se
divertiam com um pequeno trenó. Quando os dois meninos chegavam embaixo da encosta, depois de
haverem escorregado, o rapaz mais velho colocava o mais novo às costas e subia pelo aclive
puxando o trenó por uma corda.
O garoto mais velho chegava ao topo ofegante sob carga tão grande. E isto se repetiu várias vezes,
até que resolvi inquirir: - Mas não é uma carga muito pesada esta que levas morro acima? - O garoto
mais velho respondeu sorrindo: - De forma alguma! Esta carga é leve! Pois este é meu irmão!" Para o
sábio irmão esta foi a definição exata de fraternidade. Para ele, o amor fraternal exige espírito
elevado, consta até de sacrifícios, mas não o considera como tal, e sim algo natural, a carga é
transportada com alegria e sem reclamar - este sábio maçom foi o presidente norte-americano
Abraham Lincoln. Na escolha de um profano a ser iniciado, procura-se estimar no perfil emocional
do proposto sua capacidade de desenvolver a vivência do amor fraterno. No questionário de
sindicância existem perguntas assim: "o profano vive em harmonia no lar?" "Qual sua reputação no
mundo profano?" "Entre colegas de trabalho?" "Demonstra ser pessoa capaz de adaptar-se com
facilidade ao meio e ter bom convívio social?" Significa então que todo aquele que for considerado
limpo e puro, aprovado e iniciado, tem o amor fraterno como característica. Ele tem a capacidade de
superar eventuais dificuldades de relacionamento interpessoal, isto já faz parte dele. E para melhorar
mais ainda, esta qualidade distintiva fundamental é depois sacramentada por juramento solene! A
conseqüência é o aquecimento do amor fraterno que reina depois entre os irmãos em loja.
Na iniciação o recipiendário recebe um avental branco, considerado seu ornamento máximo, e lhe
é dito que deve mantê-lo imaculado, limpo. Não se trata aqui de sujeira literal, esta pode até ocorrer
para o diligente obreiro. Mancha que pode até sair com água, e basta lavar. Aquele paramento do
zeloso maçom deve ficar isento de qualquer nódoa moral ou comportamental, que só a água do amor
fraterno limpa. Nenhum iniciado deve jamais usar seu avental e adentrar numa loja, se lá houver
irmão que esteja odiando. Isto suja seu avental de forma indelével e afeta as energias que envolvem a
todos. Deve considerar a dificuldade de resolver problema de relacionamento interpessoal como se
fosse o escalar de uma encosta íngreme e coberta de neve, com aquele irmão às costas. Não é fácil!
Mas, mesmo ofegante, e sob carga tão grande, deve fazê-lo sorrindo. A razão deve suplantar a
emoção, haja vista que isto já faz parte dele como iniciado. Se inquirido do peso da carga, este irmão
deve exclamar: - Deforma alguma! Esta carga é leve! Pois este é meu irmão!
Egoísmo e indiferença são sintomas de falta de amor, pois o contrário de amor não é ódio, é a
indiferença! Quando existem situações de disputa ou mágoa, é importante que os envolvidos
resolvam as querelas fora das paredes do templo, e só então coloquem seus aventais e adentrem. Ao
superarem suas diferenças, a benção do Grande Arquiteto do Universo, a divindade dentro dos
iniciados, lhes proporcionará o aglutinante místico do amor fraterno que cimentará de forma brilhante
as duas pedras que ambos representam na grande edificação da humanidade. Isto é vivência real do
amor fraterno, o aglutinante místico que mantém unidos os irmãos numa loja. Num agrupamento assim
constituído é certa a presença do Grande Arquiteto do Universo.

Poderá haver bem maior que um amor fraternal bem vivido? O Grande Arquiteto do Universo
certamente só está onde existem pessoas que se tratam como verdadeiros irmãos espirituais e onde
cada um nutre profundo amor fraterno pelo outro. Todo irmão que passar por uma situação onde
eventualmente ocorre disputa ou ofensa, deve colocar aquele que considera ser seu ofensor às costas
e carregá-lo para o alto de seu coração. E, se inquirido do peso, deve exclamar: - De forma alguma!
Esta carga é leve! Pois este é meu irmão.
BIBLIOGRAFIAPeça de Arquitetura do Irmão Charles Evaldo Boller Extraída do seu blog
http://segredomaconico.blogspot.comUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#72

TESEU E OS CORREDORES DA MAÇONARIA

Na Mitologia Grega, os heróis eram semideuses, filhos de um deus e uma mortal (ou de uma deusa
e um mortal), encarregados de cumprir tarefas para a humanidade. Os heróis gregos são homens, com
exceção de Atlanta, heroína grega que participou da caçada ao javali de Caridon. Esses seres
possuíam certos poderes, que os tornavam mais que humanos, mas menos que deuses, ficando à
mercê desses – e, eram mortais. Assim era Teseu, o maior herói ateniense, filho de Egeu e Etra, e que
venceu o Minotauro, no labirinto de Creta.
O rei Egeu, de Atenas, não conseguia ter um filho, e resolveu consultar o Oráculo de Delfos. O
Oráculo respondeu-lhe que “não soltasse a boca do odre de vinho”, na volta a Atenas. No caminho,
Egeu parou em Trezeno, para pedir ao rei Piteu que desvendasse a resposta da pitonisa. Piteu, que
compreendera logo o sentido da mensagem, embriagou Egeu e colocou Etra, sua filha, na cama de
Egeu. E assim Teseu foi gerado. Teseu passou a viver com sua mãe. Aos dezesseis anos, já tendo
tornado-se famoso por seus feitos, vai a Atenas, e não foi reconhecido por seu pai. Egeu era casado
com Medeia, a feiticeira, que lhe dera um filho, Medo. Medeia compreendeu logo quem era o recém
chegado, e resolveu envenená-lo. Mas Teseu, percebe a armadilha e, no jantar, puxou de sua espada
– Egeu, imediatamente, reconheceu-o.
Quando os primos de Teseu, os “palântidas”, os cinqüenta filhos de Palas, irmão de Egeu, que
sonhavam com a sucessão, souberam do acontecimento no jantar, resolveram tentar ainda conquistar
o poder, mas Teseu conseguiu vencê-los. A grande tarefa de Teseu foi matar o Minotauro, no
labirinto de Creta: Minos encomendou a Dédalo a criação do labirinto de Cnossos, para aprisionar o
Minotauro, fruto da infidelidade de Pasífae, esposa de Minos. Essa traição aconteceu por vingança
de Posseidon, o rei dos mares, que dera um touro branco de presente a Minos, para sacrifício. Minos
ficou com o touro para si, e Posseidon, fez com que Pasífae sentisse desejo pelo touro. Dessa relação
nasceu o Minotauro, que se alimentava de jovens atenienses. Dédalo confiou o segredo de como sair
do labirinto à Ariadne, filha de Minos, que o contou a seu amante Teseu. Quando, pela terceira vez,
Atenas forneceria o tributo de jovens destinados ao alimento do Minotauro, Teseu decidiu fazer parte
do grupo, para matar o monstro. Teseu derrotou-o e seguiu o conselho de Ariadne: amarrar um fio na
entrada do labirinto e levá-lo consigo para depois poder achar o caminho de volta. O herói acaba
com a obrigação do sacrifício de sete moças e sete rapazes.
O navio que transportava de volta Teseu e as setes moças e sete rapazes, estava com velas negras.
“Se eu for vitorioso, disse Teseu a seu pai, içarei as velas brancas”. Mas, com a alegria da vitória,
esqueceu a promessa feita a seu pai e não trocou as velas. Quando Egeu percebeu o navio com as
velas negras, persuadido de que seu filho tinha morrido, suicidou-se, jogando-se no mar. As antigas
culturas que conhecemos, tinham sem exceção, uma coisa em comum: símbolos e rituais. A partir de
símbolos elas criavam rituais, não só para as principais fases de transição da vida (ritos de
passagem), mas também para o dia a dia e suas exigências. Em nossa sociedade e cultura, os ritos de
passagem foram perdidos (adolescência-maturidade, solteiro-casado, etc..), e a Maçonaria cumpre
esse papel, ritualizando simbólica e filosoficamente, a senda do iniciado. Essa estrutura simbólica e
ritual da Maçonaria identifica numerosas heranças inconscientes coletivas, procedentes de diversas e
antigas tradições. Os arquétipos ou símbolos são uma linguagem metafórica. Os rituais são
cerimônias de transformação interior, e estão carregados de alegorias que se impõem desvendar e
assimilar. Os símbolos utilizados pela Maçonaria têm origens diversas, e a espada, o número sete e o
labirinto são alguns deles.
O mito de Teseu é, claramente, a descrição de um ritual de passagem: do profano ao sagrado. Do
homem profano, ao maçom. Pode-se compreender esse mito como o caminho que faz o indivíduo, a
partir do momento que decide ser maçom: é o caminho do iniciado. A espada que Teseu usa no
banquete, é símbolo da energia solar, do falo, da Criação e do Logos. Representa a força, a energia
masculina e a coragem. É também um símbolo de justiça, da divisão entre o bem e o mal, da decisão.
Uma espada dentro da bainha significa temperança e prudência. Acessório muito usado nas
cerimônias maçônicas, geralmente como símbolo do poder e autoridade, e emblema dissipador das
trevas da ignorância. Nas reuniões de banquetes ritualísticos, é o nome que se dá à faca. O número
sete é místico - as sete cores do arco-íris, as sete notas musicais, os sete estados de consciência do
homem, os sete raios cósmicos, etc. O número da vida - a união do ternário (espírito) com o
quaternário (matéria). Os sete espíritos ante o trono de Deus. Os sete Sacerdotes da Lei Cósmica. Os
sete Senhores do Carma. Os sete ciclos da terra (quatro ciclos lunares com duração de sete dias). A
origem do calendário atual. A renovação celular do corpo humano (sete em sete anos). Os sete
orifícios do rosto humano. A plenitude, a ordem perfeita. A medida reguladora da coesão universal:
sete planetas, sete divindades, sete metais, sete cores, sete dias da semana, sete chakras, sete pecados
capitais e sete virtudes que lhe são contrapostas. A lei da evolução. O número dos adeptos e dos
grandes iniciados. Quando Teseu se coloca entre os jovens que seriam devorados pelo Minotauro,
passa a fazer parte da magia do número sete.
No mito de Teseu, o ápice de sua história é a entrada no labirinto, que representa sua alma, seu
interior - ele vai até seu âmago destruir o mal ainda escondido. Somente Teseu conseguiu a façanha
de sair vivo do labirinto, com a ajuda de Ariadne, que sabia o segredo. Esotericamente, por seus
caminhos tortuosos e desconhecidos, o labirinto é considerado um símbolo da iniciação e representa
a descoberta do centro espiritual oculto, a dissipação das trevas para o renascimento na Luz, a
superação dos obstáculos e o encontro com o caminho da verdade.
Teseu passou por todas as fases de um ritual: separação, purificação, morte e renascimento. Teseu
simboliza as transformações que acontecem com o aspirante a maçom. Ele vai crescendo,
enfrentando vários inimigos, até deparar-se com o mais terrível deles: sua própria fraqueza, seu
labirinto. A Maçonaria ensina que, ao sair de ca da labirinto, o maçom estará enriquecido, mais
experiente e mais determinado – e que sempre haverá outros labirintos a serem conquistados, e não
destruídos. O maçom é um Teseu, que sempre se aventurará nos labirintos de suas escolhas.
BIBLIOGRAFIA
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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maconaria.html
#73

COMO ENCONTRAR DEUS !

Os céus proclamam a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de suas mãos. Salmo
19,1
A 4ª Instrução do 1º grau é aberta com a interrogação: “ O QUE É A MAÇONARIA”?
A resposta: “Uma associação íntima, de homens escolhidos, cuja doutrina tem por base o Grande
Arquiteto do Universo, que é Deus; como regra: a Lei Natural; por causa: a Verdade, a Liberdade e
a Lei Moral; por princípio: a Igualdade, a Fraternidade e a Caridade; por frutos: a Virtude, a
Sociabilidade e o Progresso; por fim, a felicidade dos povos que, incessantemente, ela procura
reunir sob a bandeira da paz. Assim, a Maçonaria nunca deixará de existir, enquanto houver o gênero
humano”.
O objetivo deste trabalho é fornecer subsídios nessa direção, proporcionando ao recém-iniciado
elementos de reflexão através dos quais possa, de forma consciente, trabalhar os seus sentimentos e a
sua razão, seja racionalizando sentimentos por intermédio do bom senso e da lógica, seja
iluminando a inteligência e os pensamentos com as luzes dos bons sentimentos. Lapidar os
próprios sentimentos é tarefa árdua, mormente para os Aprendizes. Restringido à três páginas, nestas
tentaremos mostrar o que de mais importante representa a base de nossa doutrina, embora sabendo
que ninguém pode definir o Grande Arquiteto do Universo. Entre todos os landmarks anglo-saxão
existe um de extrema importância pelas discussões que provocou. É a crença na existência de
Deus, considerado como o Grande Arquiteto do Universo.
Wirth comenta esse landmark nos seguintes termos: “Que esta crença esteja implicada pelo caráter
religioso fundamental da Franco-Maçonaria é algo que não contestaremos. O Iniciado que
compreende a Arte jamais será um ateu estúpido ou um libertino irreligioso. (“Libertino” tem aqui
o sentido antigo: “Livre da disciplina da fé religiosa”). Essa certeza deve levar-nos a confiar em
quem procura a luz com sinceridade. Não temos de exigir dele um credo determinado, que o Há dois
mil anos um homem veio ao mundo para pregar uma doutrina de amor, obrigue a aceitar uma
concepção teológica necessariamente discutível. Não erigimos o Grande Arquiteto do Universo
como um objeto de crença, mas vemos Nele o símbolo mais importante da Maçonaria, símbolo que
deve ser estudado como os demais, a fim de que se compreenda a Maçonaria e se construa, cada um
por si, num desafio ao egoísmo, o santuário de suas convicções pessoais.
A noção do Grande Arquiteto do Universo, na Maçonaria, é ao mesmo tempo mais ampla e mais
limitada que a das diferentes religiões. (Note-se que não suprimimos a palavra “Deus”, mas que
lhe acrescentamos o epíteto de “Grande Arquiteto do Universo”).
BONDADE E HUMILDADE DO ESPÍRITO
A Franco-Maçonaria desde sua origem, adotou a expressão “O Grande Arquiteto do Universo”,
mostrando assim a sua concepção da divindade em suas relações com o mundo e com o homem.
Sendo Deus o Ser Supremo admitido em todas as religiões, é a existência Suprema, Superior,
Criadora e Indefinível, cujo estudo constitui uma das bases da Maçonaria. O Cristianismo prega o
amor, pedindo que seja feito ao próximo o mesmo que se almeja para si; Jesus de Nazareth, aquele
que deu sua vida pela salvação dos homens, respondeu aos Fariseus: “Amar a Deus com todas as
forças e a seu próximo como a si mesmo, é da lei e dos profetas; não há maior mandamento”.
Aos que perguntaram qual o caminho para o Reino dos Céus, declarou: “Procurai em primeiro
lugar a Justiça e o resto vos será dado em abundância”.
O Judaísmo quer que o nocivo não seja feito aos outros. Moisés, tirou da escravidão os filhos de
Israel, ditou: “Tu venerarás somente o DEUS único e não talharás imagens a sua semelhança;
respeitarás o dia de descanso; não jurarás em vão; honrarás Pai e Mãe; não cometerás adultério;
não roubarás os bens de outrem; não levantarás falso testemunho; não cobiçarás a mulher, nem
os bens do próximo”.
O Islamismo ensina que, para ser um crente, é preciso desejar ao próximo o que se quer para si
mesmo; Maomé, o Profeta por excelência, do Islam dita: “Deus é Deus e não há outro Deus”.
“Ninguém pode ser chamado verdadeiro crente se não desejar a seu irmão o que para si deseja”;
O Confucionismo dirige o pensamento para não fazer aos outros o que não se quer para si mesmo.
Sua doutrina consiste, inteiramente, em ensinar a retidão do coração e o amor ao próximo. Há uma
regra universal de conduta que se contém na palavra RECIPROCIDADE. “Tu que não és capaz de
servir aos homens, como poderás servir, aos deuses? Não conheces a vida, como poderás
conhecer a morte”?;
O Budismo quer que não seja feito ao semelhante aquilo que lhe pudesse magoar. Gautama, o
Buda renunciou os direitos de nascimento e de fortuna. Sua lei é a lei do perdão para todos.
Crenças e religiões de toda ordem existem e devem ser respeitadas. É admitido pelo Alto que cada
um busque o Criador em sua própria concepção teológica. O homem está ligado a Deus pela alma,
que é sua essência e seu universo maior de compreensão, raciocínio e sentimento. Não necessita de
representantes e intermediários para tanto.
Tantas outras seitas existem, tantos outros mandamentos escritos de diversas outras formas
permanecem, mas, acima de tudo, se há vínculos com a essência do Amor, da Bondade, da Justiça e
da Sabedoria, ligados a Deus, apesar da variedade de suas revelações falam a mesma linguagem,
porque ela corresponde às necessidades universais e aspirações permanentes da Natureza humana.
Jamais utilizar a religião e a fé para o embrutecimento dos bons sentimentos, o cultivo da riqueza
material ou o fanatismo que pode levar até à exaltação que impele o fanático a praticar atos
criminosos em nome da religião. Hoje se fala muito de espiritualidade e, com freqüência, o que se
quer dizer é: “Não pertenço a nenhuma religião organizada”. A religião em si, não consegue
eliminar completamente o lado mais tenebroso da humanidade. Não pode acabar com as guerras, a
crueldade, a ganância e o sofrimento dos pobres, mas alivia tudo isso e dá uma visão perene de
nosso eu melhor e mais puro, e do mundo melhor que a Maçonaria almeja criar, oferecendo um
antídoto ao medo que a morte desperta em nós e que nos transporta com fé e esperança há dias
melhores para a Humanidade.
O Maçom tem como dever honrar e venerar o Grande Arquiteto do Universo e cumprirá todos
esses deveres porque tem a Fé, que lhe dá coragem; a Perseverança, que vence os obstáculos; o
Devotamento que o leva a fazer o Bem e a Justiça, mesmo com risco de sua vida, sem esperar outra
recompensa, que a tranqüilidade de consciência. Precisamos estar mais presentes em nossas Lojas,
porque lá os Irmãos, pela união e pelo pensamento se aproximam de Deus, buscando a esperança. Lá
nos reeducamos para superar o individualismo e, diante de Deus, abrir o coração para aprendermos
que o Grande Arquiteto do Universo é a autoridade final, e, que nós, Seus filhos temos o dever de
seguir pelos caminhos que nos levam a Ele, que são sempre os mesmos que nos levam uns aos outros.
BIBLIOGRAFIA
Ir.’. Valdemar Sansão
Fontes de Consulta:
- Rituais Maçônicos;
- “O Despertar para a Vida Maçônica”
Valdemar Sansão (aguardando publicação)
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

A fé em Deus não é um ato convencional que se expressa por um momento em casa e nos
templos.
É um sentimento de confiança e amor, atuante e permanente, que deve ser praticado, não só
nos templos, como no lar, no ambiente de trabalho, no meio da sociedade.
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#74

SER OU ESTAR MAÇOM

Atualmente podemos afirmar que "Ser ou Estar alguma coisa" está se tornando uma expressão
bastante difundida, que é utilizada para identificar se uma pessoa assumiu ou não seu posicionamento
correto com respeito a qualquer organização da qual participa, como por exemplo - quando
desempenha-se um cargo público ou legislativo, tal qual o de "Estar Ministro", entre outros
exemplos, sendo inclusive utilizado com personagens em programas humorísticos. Absorvendo este
conceito e aplicando-o no seio de nossa Fraternidade percebemos que todos nós "Estamos Maçons"
ao procedermos nossa Iniciação. Estamos Maçons ao freqüentarmos a Loja e pagarmos as suas
mensalidades e taxas. Estamos Maçons quando participamos de uma atividade organizada pela loja,
uma atividade filantrópica, uma palestra, uma visita a outra Loja. Ou até mesmo Estamos Maçons
quando meditamos sobre o nosso papel e partimos em busca da meditação interior em busca da
verdade.
Mas o que é Ser Maçom ? O verbo SER não poderia ser considerado sinônimo do verbo ESTAR.
A caracterização mais expressiva é de que estar é um verbo que indica um certo estado, portanto, há
como que embutido em seu conteúdo uma certa passividade, enquanto que o verbo ser é ativo,
representa ativação. Ser Maçom é um estado de espírito que deve caracterizar o membro presente a
toda situação em que pode ajudar e cooperar para que o mundo torne-se de alguma forma melhor. Ser
Maçom é compreender que por mais poderosas que sejam as forças externas elas devem ser
dominadas pela energia que tem sede em sua própria personalidade. Ser Maçom é ter consciência
que sua presença discreta pode dar apoio a novos projetos úteis à comunidade e constituir-se num
valoroso pilar de sustentação de valores mais nobres do indivíduo.
Ser Maçom é ser o eterno estudante que busca o ensinamento diário, tirando de cada situação uma
lição, e aplica com êxito os princípios estudados. Desenvolve em toda oportunidade de sua intuição,
sua força de vontade, sua capacidade de ouvir e entender os outros. Temos que considerar que o Ser
Maçom deve, como livre pensador, questionar o porquê de determinados acontecimentos entendendo
e vivenciando nos nosso aprendizado que palmilhamos lentamente, com passos firmes para não
tropeçar nos erros e vícios do passado, mesmo que em momentos saiamos da trajetória para poder
compreender o mundo com uma visão holística de suas nuances.

O Maçom que se limita a ler ou estudar as instruções dos graus ou a literatura disponível e não
procura aplicar em sua vida diária os conceitos que lhe são transmitidos, na busca do desbaste da
Pedra Bruta, e em erigir o Templo Interno, perde excelentes oportunidades de ampliar seus
conhecimentos e de verificar como o saber do aprendizado da Arte Real pode ser útil para o seu
bem-estar na busca de seu retorno ao Cósmico. O Ser Maçom é aquele estado em que sem abandonar
os hábitos de disciplina racional, a mente busca uma abrangência do universo, o conhecimento
intrínseco dos fenômenos que estão ocorrendo, procurando desenvolver a sensibilidade e a
compreensão das razões de estudo. O Maçom que desenvolveu sua mente para estar atenta e
acompanhar a evolução dos fatos, sabe como conhecer as sutilezas que envolvem sua origens, é como
um oleiro que dá formas sutis ao barro bruto, enquanto que o Maçom modela sua própria consciência
num confronto com sua própria personalidade.
Vivemos juntos e cruzamos com diferentes seres humanos que pensam e agem de maneira diversa
da nossa. Isto nos propicia excelentes oportunidades de nos adaptarmos a estas personalidades e,
sobretudo, de aprimorarmos as formas de inter-relacionamento. A sabedoria do bem viver é
despertada quando nos conscientizamos dessas diferenças e procuramos compreender o indivíduo
através de suas particularidades. Ser Maçom é despertar este sentido de compreensão do indivíduo e
estar preparado para assisti-lo nos momentos de dificuldades. O exemplo de uma atitude mental
moderada, sincera e cooperativa caracteriza muito o Ser Maçom. E todos notam, que sob muitos
aspectos, o Ser Maçom diferencia-se como indivíduo entre todos os outros. No aprendizado inicial
aprendemos que além dos SS.'. TT.'. e PP.'. o Maçom deve ser reconhecido pelos atos e posturas
dentro da sociedade e no meio onde vive, traduzindo de maneira diuturna os nosso aprendizado e a
filosofia dos postulados da Arte Real. Sentimos que temos que desempenhar um papel mais
complexo na sociedade e dar uma contribuição positiva para que ela se torne superior.

Nós estamos Maçom ao entrarmos na Ordem e Somos Maçom quando o espírito dela entrar em
nós. A diferença é muito grande, mas facilmente perceptível. Irmãos unam-nos na trilha que leva ao
Templo ideal e tomemos o cuidado para não Estarmos Maçons, para não trilharmos a Maçonaria
simplesmente cumprindo Rituais, envergando a mera condição de um "Profano de Avental".
Desejo que todos avaliem como é bom SER MAÇOM !
BIBLIOGRAFIA Texto extraído do site www.polibusca.com.brA CAVALEIROS DO
TEMPLO Nº 26 informa que o autor não foi citado neste site.UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#75

OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE I

Jahbulon ou Jabulon é uma palavra que foi utilizado para representar o nome inefável de Deus, em
algumas sociedades como a Maçonaria[1] e a Ordo Templi Orientis[2]. A palavra Jahbulon também é
representada em outras formações como Yahbulon ou Jao-Bul-On ou Jah-Buh-Lun ou Jah-Bul-Lun ou
Jah-Bel-On. Foi utilizado historicamente, em alguns rituais do grau de Arco Real, no Rito de York[3],
segundo Duncan; e de acordo com Francis X. King, também é utilizada nos rituais do Ordo Templi
Orientis, visto que Aleister Crowley[4] teria contato com vários grupos clandestinos maçônico. Tem
havido muita discussão sobre a origem e o significado desta palavra. Não há consenso mesmo entre
os pesquisadores maçônico quanto ao referido nome. Há estudiosos maçônicos que apresentam
palavra pela primeira vez no século XVIII[5] no ritual[6] do Arco Real, do Rito de York, como o nome
de um explorador alegórico pesquisando as ruínas do Templo do Rei Salomão[7]; há enciclopedista
maçônico que afirma que a formação trissílaba é apenas para expor e esclarecer sobre o
tetragrama[8], e defende que Bel[9] seria um nome descritivo para Deus[10] em hebraico; já autores ex-
maçons têm alegado que seria um maçônico nome de Deus[11], outros autores não maçons defendem
que seria o secreto e não revelado nome de quem seria um único "Deus maçônico".
Origem do nomeSegundo o historiador maçom Arturo Hoyos, a palavra Jahbulon foi primeiramente
usada em 1700, na França[12] antiga, no grau do Arco Real. Conforme Paul Naudon, seria a relação a
uma alegoria[13] maçônico na qual Jabulon era o nome de um explorador vivendo durante o tempo de
Salomão[14] que descobriu as ruínas de um templo antigo. Segundo as explicações de Hoyos e de
Morris, dentro das ruínas o explorador encontrou uma placa de ouro[15] sobre a qual o nome de Deus
(Jeová[16]) foi gravado, contudo salientam, os autores, que em momento algum, da simbólica
representação, é feita ligação entre o nome do explorador e o nome de Deus. Afirmam que, como
existem variantes deste ritual, diferentes formas do nome do explorador também são encontradas
além de Jabulom, como Guibulom. O Masonic Information Center, publica o pensamento que a
palavra é provavelmente derivado de Giblim, de 1 Reis 5:18 referente a palavra gebalitas ou
giblitas ou "homens da cidade de Biblos"; e, segundo Hoyos, devido a "uma má interpretação das
letras em hebraico", teria havia a concepção "trinitária" para o nome. Macrobius, em sua Saturnália
(lib. i. 18), diz que ele foi um axioma admitido entre os pagãos, que o triliteral JAH, ou melhor ΙΑΩ,
era o sagrado nome do Supremo Deus. E o oráculo Clarian, o qual foi de primórdios desconhecido,
sendo perguntado qual dos orixás foi batizado ΙΑΩ, respondeu nestas memoráveis palavras: " 'Os
iniciados estão obrigados a ocultar os misteriosos segredos. Saiba tu, que ΙΑΩ, será o Grande Deus
Supremo, que regerá sobre todos'. "Agora parece por acaso, que no gema dos primeiros cristãos,
encontramos estas mesmas letras, ΙΑΩ, que são uma abreviatura do nome de JEOVÁ, usado como um
monograma de expressar o nome do Salvador da humanidade, que foi assim representado - como era
existente antes do tempo, e como deve existir quando o tempo não mais [existir]. Em primeiro lugar,
foi aprovada pela Igreja oriental, e significou Ιησους, Αλφα Ομεγα, Jesus, Alfa Omega, ou em outras
palavras: Jesus, o Primeiro e o Último. " - (The Insignia of the Royal Arch , p. 32.)
A Arco Real Palavra estaria perfeitamente em consonância com o Grau, e com as características
gerais de construção da maçonaria, deveria ser uma tríade, não só de sílabas, mas também das letras.
Nossos irmãos transatlântico teriam visto em sua verdadeira luz; mas eles têm corrigido o erro
ignorantemente. Ela deveria ter sido, se o princípio de sua construção tivesse sido autorizada, a
ortodoxa: The Insignia of the Royal Arch, p. 34. Isso quer dizer, em vez de JAO-BUL-ON, or JAH-
BUH-LUN, o Dr. Oliver sugere:
Siríaco Caldeu Hindu

JAO, BEL, AUN

JAH. BUL. AUM.

Para a página 15 do The Insignia, ele escreve assim: "Mas o Grau Arco Real é fundada sobre o
número três, e, portanto, cada membro da palavra deveria ter sido triliteral. Entre os sírios, os
caldeus, os fenícios e outros, o inefável nome da Deidade foi Bel, Bal, Bul, Baal, ou Belin.... Mais
uma vez, os egípcios e hindus reverenciavam On ou Om, isto é, Aun, ou Aum, como o nome da sua
governadora Deidade" .
E veja o Historical Landmarks , vol. ii. p. 549:
"Um diz que foi Jau, um outro acha que foi Jaoth, um terço, Java; outros, Juba, Jao, Jah, Jehovah,
e Jove. Numa palavra, as letras do nome são perecíveis, bem como a pronunciação breve, mas o Ser
existente por si só é inefável, incompreensível, e merecedor da nossa maior veneração. Ele foi
chamado pelos romanos Jove, ou Jah; pelo caldeus, os fenícios, e os celtas, Bel ou Bul; e pelos
índios, egípcios, e gregos, Om ou On".
O nome Jahbulon gerou controvérsias periféricas sobre religião e maçonariaA revelação desse
nome fez surgir muita oposição para o que seria ou não o caráter religioso da maçonaria[17]. Os
críticos afirmam que isso seria a indicação de um Deus maçônico e que ainda que negassem os
maçons haveria uma inclinação religiosa da Sociedade. Por sua vez, os defensores do caráter não
religioso da maçonaria apresentavam quase sempre a afirmação de que "Não existe um Deus
maçônico separado (exclusivo)" Essa frase, muito repetida por diversos sites maçons, deve seu
crédito a Giuliano di Bernardo, autor que melhor defendeu esse pensamento em Filosofia da
Maçonaria e copiada pelos demais autores, muitas vezes, referindo-se ao caráter não religioso da
maçonaria. Di Bernardo fez uma notável defesa de tese para demonstrar que a maçonaria
especulativa, "estado atual da maçonaria", não é uma religião. Di Benardo, Grão-Mestre do Grande
Loja Regular da Itália, explica que a maçonaria operativa é uma religião, visto que "o Deus da
maçonaria operativa é o Deus cristão ontologicamente interpretado. Maçonaria tem, portanto, uma
religião que é apenas a religião cristã. Desde que ela se identifica com a religião cristã, por causa da
definição dada, não é uma religião. Maçonaria tem uma religião, mas não é uma religião". O seu
pronunciamento é mais profundo e bem elaborado, e segue:"A situação muda radicalmente quando
entram na fase da maçonaria especulativa, o que coincidiu com a sua moderna origens. A
admissão à Loja de aceitação, que é de homens que não foram dedicados à construção das
catedrais material, expressa a necessidade de universalização maçônica. Essa é uma
necessidade reconhecida pelas Constituições de Anderson, que inicia um processo de
descristianização da maçonaria. No entanto, este processo não tem de ser interpretada como a
renúncia da religião, mas sim como a abertura a todas as
religiões".[18][19][20]
"Anderson, por conseguinte, substitui a religião[21] cristã[22], expressão de uma fé[23] particular, com a
religião universal de deísmo[24]. Ele não faz nada, mas substitui uma religião com outra religião,
sendo que ambos têm de ser interpretadas no seu sentido ontológico[25]. Desde o Deus do deísmo não
identificar-se com uma religião, segundo a definição acima, ele é o Deus maçônico. Assim maçonaria
não tem apenas uma religião, mas é uma religião em si". Apesar negar uma formação teológica para
a maçonaria, apresenta contudo um conceito teológico que melhor explica a ambigüidade do tema,
para demonstrar que apesar que mesmo apresentando um "maçônico Deus", esse Deus maçônico
refletirá alguma forma deísta, portanto, a maçonaria[26] pertencerá ao deísmo[27] e aos seus conceitos,
não tendo um Deus próprio fora do deísmo, logo não tendo um "deus maçônico" exclusivo. Apesar de
muito copiado e repetido o ensinamento de Giuliano, sua exposição não nega a existência de um
"macônico Deus". Sua exposição aponta para a não existência de um "maçônico Deus exclusivo",
pois sempre haverá credos que o contenham, e nas suas próprias palavras a "maçonaria não tem
apenas uma religião, mas é uma religião em si". Todo esse assunto em torna da existência do que
seria um possível deus exclusivo, secreto e desconhecido, não revelado a profanos, segundo a
opinião de críticos, levou à condenação e debates acerca da maçonaria por vários grupos religiosos.
Natanael Rinaldi, pastor e pesquisador do ICP, em "A maçonaria é uma religião?", afirma:
O primeiro e principal dever de cada loja maçônica, de acordo com a determinação do art.17, letra
a, da Constituição do Grande Oriente do Brasil[28], é este: "observar cuidadosamente tudo quanto diz
respeito ao espírito e à forma da instituição, cumprindo e fazendo cumprir a Constituição, as leis e as
decisões dos Altos Corpos da Ordem". Antes de qualquer coisa, vamos analisar o que é religião. No
Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa, temos a seguinte definição: "culto prestado a uma
divindade…". Essa definição encaixa-se perfeitamente bem com as palavras de Rizzardo da Camino,
33º grau maçônico, autor de mais de quarenta livros: "O maçom, dentro do templo maçônico, através
da liturgia, cultua o grande arquiteto do universo". Com isso fica provado que o que acontece dentro
da loja maçônica nada mais é do que um culto de adoração a uma divindade, ao Grande Arquiteto do
Universo (G.A.D.U.[29]). Existe um sistema de adoração dentro das lojas, conforme as palavras do
maçom Carl H. Claudy: "As lojas da maçonaria são construídas para Deus. Simbolicamente,
‘construir para Deus’ significa edificar algo em honra, adoração e reverência a Ele. Mal o neófito
entra no Portão Ocidental recebe a impressão de que a maçonaria adora a Deus" Vejamos ainda o
que diz o importante autor maçônico Henry Wilson Coil, em sua Enciclopédia Maçônica: "A
maçonaria certamente exige a crença na existência de um Ser Supremo, a quem o homem tem de
prestar contas e de quem depende. O que a igreja pode acrescentar a isso, exceto levar o indivíduo à
comunhão com aqueles que tenham os mesmos sentimentos?… É exatamente isso que a Loja faz".
Como a maçonaria exige a crença no Grande Arquiteto do Universo[30] e na imortalidade da alma
para que o candidato se torne maçom, isto se torna uma grande evidência de que essa entidade é
religiosa e possui um credo ou uma doutrina. Na cerimônia de admissão e a cada passagem de grau
são feitos juramentos que nada mais são do que promessas ou profissões de fé no Grande Arquiteto
do Universo e na fraternidade maçônica.
Controvérsias em torno do nome
Há autores que discorrem sobre a existência desse nome atribuído a Deus, afirmando que seriam
divindades secretas, reveladas por ex-maçons que trouxeram ao conhecimento da sociedade somente
depois da sua retirada da maçonaria, visto que seus livros não eram vendidos para não maçons em
tempos antigos. A morte de seus autores e o fato de seus escritos terem entrado em domínio
público[31] foi gradualmente abrindo as portas de um conhecimento outrora reservado a sociedade
maçônica, o que causou muitos desgastes e discussões entre maçons e ex-maçons. Sobre o nome
Jahbulon, nem mesmo entre maçons, não há unanimidade, visto que enquanto alguns refutam, mesmo
autores maçons referem-se ao nome Jabulon como uma revelação do nome de Deus, sem reservas.
Outro autor que promove a visão de que a maçonaria tem o nome Jahbulon como o Deus maçônico,
ou sua denominação peculiar é o Rev. Ankerberg. Hoyos critica e afirma que as alegações de
Ankerberg não são originais e que Stephen Knight, autor de A Irmandade, já apontava para a
existência desse nome para representar a Deus na maçonaria A afirmação seria de que um "deus"
adorado na maçonaria seria a combinação de "Jeová-Baal-Osiris.". [32]Hoyos afirma que tal alegativa
"soa" por demais "sensacional". Apesar do conhecimento sobre esse nome para o leitor[33] leigo ser
desconhecida, Walton Hannah já havia publicado sobre esse assunto em 1952[34] bem como Hubert S.
Box, no mesmo período. Stephen Knight, discorre da seguinte forma ao falar do nome Jahbulon:
"No ritual de exaltação, o nome do Grande Arquiteto do Universo[35] é revelado como JAH-BUL-ON
- não um termo geral aberto a qualquer interpretação de que um maçom[36] poderá escolher, mas uma
precisa designação que descreve um ser sobrenatural específico – uma composição da composta
divindade, composta das três distintas personalidades fundidas em uma". Ankeberg afirma se tratar
de um "nome secreto de Deus" revelados no Rito de York, Grau do Real Arco (o Sétimo Grau); ou no
Rito Escocês, Real Arco de Salomão, o Décima Terceiro Grau, às vezes chamado Cavaleiro do Real
Arco (de Enoch).
No Supremo Grande Capítulo de Maçons do Real Arco, pode-se ler sobre a importância da inefável
palavra que somente pode ser recebida no Real Arco. O Grau do Real Arco era tão importante para a
Maçonaria que no Act of Union [Ato de União] firmado entre as duas Grandes Lojas rivais – que
deram origem a Grande Loja Unida da Inglaterra, em 1813 – ficou estabelecido um solene landmark:
"A Maçonaria Antiga e Pura consiste apenas de três graus, a saber: o Aprendiz, Companheiro e
Mestre, incluindo a Suprema Ordem do Sagrado Real Arco." Este Landmark jamais foi alterado e até
hoje, nenhum outro grau foi reconhecido oficialmente pela Grande Loja Mãe e todo rito, sistema ou
grau adicional da Maçonaria não pode conferir seus graus a um Mestre Maçom até que ele tenha
recebido o Grau do Real Arco. Naturalmente, é como deveria ser, porque nenhum homem se torna
Mestre Maçom completo até que ele tenha encontrado a Palavra e ela somente pode recebida no Real
Arco!
Hoyos rebatendo a afirmação de Ankeberg diz: "É verdade que uma palavra semelhante é encontrada
em algumas versões destes graus (lembrando que rituais maçônicos variam em todo o mundo), mas
não é um Deus secreto, ou um nome secreto de Deus. Pode ser considerada uma má lingüística
tentativa de apresentar o nome de Deus em três idiomas[37], tais como "Dios-Dieu-Gott." O autor
Arturo de Hoyos critica Ankerberg de não conhecer o contexto destes rituais, e afirma que "os dois
nomes nunca são equiparados", já Ankeberg, em contrapartida, apresenta o ritual contido no Duncan
Monitor como uma equiparação ao nome de Deus. Abaixo segue o contido no Duncan Monitor:
"Eles então equilibrar três vezes três, elevando a mão direita com alguma violência enquando
da esquerda para baixo. As mãos direitas são levantadas acima das suas ​cabeças e as palavras,
Jah-buh-lun, Jehovah, Deus, são ditas num suspiro baixo, cada companheiro pronuncia as sílabas
ou letras alternadamente".
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido da Wikipédia - Enciclopédia livre na Internet
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^ Maçonaria (pt.wikipedia.org)
2. ^ Ordo Templi Orientis (pt.wikipedia.org)

3. ^ Rito de York (pt.wikipedia.org)

4. ^ Aleister Crowley (pt.wikipedia.org)

5. ^ Século XVIII (pt.wikipedia.org)

6. ^ Ritual (pt.wikipedia.org)

7. ^ Rei Salomão (pt.wikipedia.org)

8. ^ Tetragrama (pt.wikipedia.org)

9. ^ Bel (pt.wikipedia.org)

10. ^ Deus (pt.wikipedia.org)


^
11. Nomes de Deus (pt.wikipedia.org)
12. ^ França (pt.wikipedia.org)

^ Alegoria (pt.wikipedia.org)
13.
14. ^ Salomão (pt.wikipedia.org)

15. ^ Ouro (pt.wikipedia.org)

^ Jeová (pt.wikipedia.org)
16.
17. ^ Maçonaria (pt.wikipedia.org)

18. ^ Constituições de Anderson (pt.wikipedia.org)

19. ^ Maçonaria (pt.wikipedia.org)

20. ^ Religião (pt.wikipedia.org)

21. ^ Religião (pt.wikipedia.org)

22. ^ Cristã (pt.wikipedia.org)

23. ^ Fé (pt.wikipedia.org)

24. ^ Deísmo (pt.wikipedia.org)

25. ^ Ontológico (pt.wikipedia.org)

26. ^ Maçonaria (pt.wikipedia.org)

27. ^ Deísmo (pt.wikipedia.org)

28. ^ Grande Oriente do Brasil (pt.wikipedia.org)

29. ^ G.A.D.U. (pt.wikipedia.org)

30. ^ Grande Arquiteto do Universo (pt.wikipedia.org)

31. ^ Domínio público (pt.wikipedia.org)

32. ^ Autor (pt.wikipedia.org)

^ Leitor (pt.wikipedia.org)
33.
34. ^ 1952 (pt.wikipedia.org)

35. ^ Grande Arquiteto do Universo (pt.wikipedia.org)

36. ^ Maçom (pt.wikipedia.org)

37. ^ Idioma (pt.wikipedia.org)

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parte-i.html
#76

OS MÚLTIPLOS NOMES DE DEUS - PARTE II

Nos ritual descrito no Ritual Maçônico e Monitor Duncan, 1866, os três componentes unidos e
unindo a mão direita com outra mão direita e esquerda com a outra mão esquerda passam a
pronunciar de forma alternada as sílabas da "palavra de passe" jah - bul - on - je – ho - vah no
reconhecimento da sua entrega ao Grau do Arco Real. Três maçons ficam numa posição em que as
mãos direitas de cada componente ficam unidas e elevadas com violência, enquanto as mãos
esquerda ficam unidas abaixo no centro da formação, e a pronunciação lhes faltam, no esforço
respiratório da repetição silábica alternada e das mãos elevadas com força, provocando uma certa
dificuldade na respiração. Eles então equilibram três vezes três, elevando o lado direito com alguma
violência sobre a esquerda abaixo. As mão direitas, em seguida, são levantadas acima de suas
cabeças, e as palavras Jah-buh-lun, Jehovah, G-o-d, são dadas em baixo suspiro. cada companheiro
pronunciando as sílabas ou letras alternadamente"
No mesmo escrito de Duncan, a palavra Jehovah seria uma combinação de nomes sagrados, Jah,
Bel e On, e sua apresentação separada seria a forma corrompida do nome Jehovah, bem como faz
uma semelhante analogia para Aum, o inefável nome de Deus que seria a união de Brahma, Visnu e
Shiva. Abaixo transcreveremos o que está contido no Ducan Monitor: 226:1 Este inefável nome (em
ÍNDIA) foi Aum, que, na sua forma triliteral, foi significativo do criativo, mantenedor, e poder
destruidor, que é do Brahma, Visnu, e Shiva .-- Lexicon, p. 146. JEHOVAH. Das variedades deste
sagrado nome na utilização dos recursos entre os diferentes povos da terra, três merecem a atenção
especial do Real Arco Maçon:
1. JAH. Este nome de Deus é encontrado no Salmo 68:4 2. BAAL ou BEL. Esta palavra
significa um senhor, mestre, ou o possuidor, e por conseguinte não foi aplicada por muitas das
nações do Oriente para designar o Senhor de todas as coisas, o Mestre e do mundo. 3. ON. Este
era o nome pelo qual era JEHOVAH era adorado entre os Egípcios.
Tenho feito estas observações sobre os três nomes de Deus em caldaico, siríaco e egípcio, Baal, Jah,
e On, na expectativa de que os meus Arco Real Companheiros irão reconhecê-los facilmente em uma
forma corrompida .-- Lexicon. Em um artigo sobre a palavra "Bel", o enciclopedista maçônico
Albert Mackey faz uma explanação sobre esse nome unido ao nomes Jah e On, da seguinte forma:
com Jah e On, foi introduzida no Real Arco como um representante do Tetragramaton [aqui o autor
se referindo as letras hebraica YHWH ou JHVH, ou seja, "Jehovah", o acompanha e que às vezes,
ignorantemente, dela têm sido feitos palavra para desviar. Na sessão do Grande Capítulo Geral dos
Estados Unidos, em 1871 , este erro foi corrigido, e enquanto o Tetragramaton foi declarada ser a
verdadeiro omnific palavra, os outros três foram autorizadas a ser mantidas como meramente
explicativo. William Gesenius equiparara Bel com palavra Baal, o nome de uma divindade fenício,
e também uma palavra hebraica que significa "senhor" ou "mestre"" e baseado nessa citação de
Gesenius, Hoyos defende que tal nome, quando faz parte de um outro nome, poderia ser usado para
identificar Jeová. Um filho de David, por exemplo, é chamado tanto Eliada, "Deus sabe" (2 Samuel
5:16), e Beeliada, "Baal sabe" (1 Crônicas 14:7). [1] [2] [3]
Outro homem, que era um amigo de David , foi nomeado Bealiah (1 Crônicas 12:5), significando
"Jeová é Baal" ou "Jeová é o Senhor." (64) Depois de ganhar uma vitória sobre os filisteus, David
denominou a localização de Baal-Perazim (2 Samuel 5:20; 1 Crônicas 14:11), o que significa,
"Senhor das aberturas de brechas". Referenciando as explicações de William Gesenius, tem-se o
Conciso Dicionário de Palavras na Língua Hebraica, (Concise Dictionary of the Words in the
Hebrew Language), onde James Strong diz que Bealiah (palavra #1183) é composta das palavras
hebraicas ba'al (palavra # 1167) e yahh (palavra #3050). As referência bíblicas dadas por William
Gesenius, ao leitor leigo, pode parecer errônea nalgumas traduções bíblicas, e podem melhor serem
observadas na Bíblia King James . A King James inclui uma nota que traduz Baalperazim como
sendo a planice de rupturas de brechas. Defende Hoyos que On, tem significado "Jeová, poderoso
Senhor" ou "Jeová, o Senhor, o EU SOU." Explica que: A mais significativa aplicação é encontrado
na Septuaginta, uma antiga versão grega do Antigo Testamento, onde Deus anunciou-se a Moisés,
com a expressão ego eimi ho On, "Eu sou o Ser" (Êxodo 3:14). As palavras ho On significa "O Ser",
"O Eterno" ou "O EU SOU." No Novo Testamento grego as palavras ho On aparecem no Apocalipse
1:4, significando "o que É." (… [4] [5]
"Alguns rituais do Arco Real Inglês sugerem que a sílabas significava "Senhor no Céu, o Pai de
Todos", enquanto alguns rituais americanos observaram que as vogais em Jah-Bel-On, adicionadas
às quatro letras que soletram o nome do Deus em hebraico (YHWH ou JHVH : Yud, heh, VAW, heh),
renderam a pronunciação em inglês "Jehovah", mais do que as vogais da palavra hebraica Adonai
foram combinadas com as quatro consoantes para produzir "Jahovah."
Ordo Templi Orientis De acordo com Francis X. King em The Secret Rituais da OTO, a palavra é
usada em dois rituais do Ordo Templi Orientis: a Lodge da Perfeição, no qual o candidato recebe o
Quarto Grau que é chamado Mágico Perfeito e Companheiro do Santo Real Arco de Enoque); e o
Iniciado Perfeito (ou Príncipe de Jerusalém), que se inscreve entre os quarto e quinto graus. King
edita, em seu livro a letra de uma canção que menciona a palavra "Jahbulon." Como o Simples
Maçom Ferramenta do Templo, Vê-la de pé! Príncipes de Jerusalém , Como zombaremos e
escarneceremos! Boaz quebrado, Jaquim desaparecido, Livremente falado Jahbulon, Todos
acima É derrubado Para o amor De Babalon . Jerry Cornelius escreveu que Grady McMurty,
Califa OTO, acreditava que houve alguns erros e omissões na versão de Francis King do rituais
Especificamente, McMurtry estava preocupado com a omissão de um documento relativo à IX ° No
entanto, segundo a Cornelius, McMurty considerado o livro suficientimente acurado para ser usado
para iniciações [6] [7] [8] [9]
Jahbulon no Movimento Rastafari Tem sido sugerido que a Rastafari palavra para Deus, Jah , vem
do termo Jahbulon. William David Spencer, em Dread Jesus ( ISBN 0-281-05101-1 ), propõe que
Archibald Dunkley e Joseph Nathaniel Hibbert estavam entre os pregadores que inspiraram o
movimento Rastafari, e que ambos eram membros da "Antiga Ordem Mística da Etiópia", derivada
da ordem fraternal Prince Hall Freemasonry. Spencer acredita que várias características do
movimento Rastafari derivam desta Loja, incluindo o nome de "Jah", derivado palavra Jah-Bul-On.
[10] [11]

Exemplos de interpretações da palavra com base em suas sílabas


De acordo com o Rev. Canon Richard Tydeman, em uma alocução para o Supremo Grande
Capítulo da Inglaterra, em 13 de novembro de 1985, explica-nos que a palavra é um composto de três
termos hebraico:

‫( יה‬Yah, EU SOU, o que indica eterna existência),


‫( בעל‬bul, no alto, no céu) e
‫( און‬On, força); pronunciando três aspectos ou qualidades de Deidade, a saber, Existência
Eterna, Transcendência, e Onipotência; e equacionando a "O Deus Verdade e a Vida -
Altíssimo - Todo Poderoso"

De acordo com Stephen Knight, seguindo Walton Hanna, a palavra é um composto dos nomes de três
deuses adorados no antigo Oriente Médio. Cada sílaba do "inefável nome" representa uma pessoa
desta trindade JAH = Jahweh, o Deus dos hebreus BUL = Baal, o antigo deus Cananeu da fertilidade
associada com "licenciosos ritos de mágica imitativa" ON = Osíris, o deus do submundo do antigo
egito. " Jah ( Senhor) Baa l On , um nome em Gênesis na Bíblia (em "Potifar sacerdote de On"),
sugerido por tempos mais antigos em ser um nome referente a Osíris, mas recentemente
sugerido como nome da cidade deHeliópolis.
Defesa maçônica quanto ao diversificado uso [12] [13]
Grande parte do material disponível que discute a palavra Jahbulon não aborda a organização
administrativa e distinções jurisdicionais entre os órgão da maçonaria. Real Arco Maçonaria é um
órgão da maçonaria. Em algumas áreas, faz parte do Rito York, e noutros, é um órgão independente.
Para ser elegível para aderir deve ser primeiro um Mestre Maçon. A administração do Real Arco é
totalmente separada da administração da Maçonaria. Mais importante, toda organização maçônica é
soberana apenas na sua própria jurisdição, e não tem qualquer autoridade em qualquer outra
jurisdição. Isto significa que não existe qualquer padronização com relação às palavras, sinais,
toques, ou qualquer outro maçônico "segredos".
Críticas a palavra e seus usos
Walton Hannah afirmou, em seu livro Darkness Visible que a interpretação que Jabulon foi um nome
para Deus de um alegadamente perturbado Albert Pike, o Soberano Grande Comendador da
Jurisdição do Sul do Rito Escocês, que, quando ele ouviu o primeiro nome, chamou-lhe uma "mestiça
palavra" parcialmente composto de uma "apelação do Diabo". A Igreja da Inglaterra em relatório
sobre a compatibilidade da Maçonaria e Igreja chegou a conclusões de oposição baseado em seis
pontos. Um desses pontos foi a interpretação para o Jahbulon de Knight: "JAHBULON, a descrição
do nome de Deus, que aparece em todos os rituais é blasfemo, porque é uma amálgama das
divindades pagãs. Com efeito, a utilização do termo está tomando o nome do Deus em vão." A
interpretação da palavra como discutido por Knight levou algumas igrejas para incluí-la na sua
justificação de objeções à Maçonaria. Estas igrejas afirmam, juntamente com uma série de outros
aspectos, que a maçonaria é incompatível com as suas filosofias religiosas. Ankerberg alega que a
existência de um "Deus maçônico" "prova" que o Grau do Real Arco - e por extensão toda a
Maçonaria - é incompatível com o Cristianismo.
A Convenção Batista do Sul, em seu anual de 1993, menciona o nome Jahbulon como incompatível
com o Cristianismo. O Staff da NAMB (North American Mission Board) da Convenção Batista do
Sul, citando seu anual de 1993, menciona o nome Jahbulon como incompatível com o Cristianismo e
comenta: "A prevalência da utilização de conceitos ofensivos, títulos e expressões como "venerável
mestre" para o líder de um Loja; referências às suas construções como "mesquitas", "santuários", ou
"templos"; e da utilização de Palavras como "Abaddon" e "Jah-Bul-On", o chamado secreto nome de
Deus. Para muitos, esses termos não são somente ofensivas, mas sacrilégios". Alguns ministérios
cristão assumem a posição de que é um Jahbulon o nome de uma divindade pagã maçônico, e, por
isso, viola o segundo mandamento "Não terás outros deuses diante de mim." O grupo muçulmano,
Missão Islã, afirma na sua página na Internet que "Maçons adoram secretamente um Deus-Diabo,
conhecido como JAHBULON". e que existe uma ligação entre a maçonaria e o Dajjal , um
equivalente muçulmano do Anticristo. A referência a Satanic Voices, de David Misa Pidcock, tem
sido amplamente propagadas na Internet, na sequência dos acontecimentos do 11 de setembro de
2001. [14]
BIBLIOGRAFIA
Texto extraido da Wikipédia - Enciclopédia On Line, onde é citada a vasta pesquisa e com
seus diversos autores.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^ Enciclopedista (pt.wikipedia.org)
2. ^ YHWH (pt.wikipedia.org)

3. ^ 1871 (pt.wikipedia.org)

4. ^ David (pt.wikipedia.org)

5. ^ Bíblia King James (pt.wikipedia.org)

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8. Jaquim (pt.wikipedia.org)
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^ Jah (pt.wikipedia.org)
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11. ^ ISBN 0-281-05101-1 (pt.wikipedia.org)

12. ^ Jah (pt.wikipedia.org)

^ Baal (pt.wikipedia.org)
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14. ^ Dajjal (pt.wikipedia.org)

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parte-ii.html
#77

A ROSA CELESTIAL DA MAÇONARIA

Rosa-cruz é denominação da fraternidade filosófica, que, de acordo com a tradição mais em voga,
teria sido fundada por Christian Rosenkreuz e representa uma síntese do ocultismo imperante na
Idade Média. Harvey Spencer Lewis pretende, todavia, que rosenkreuz tenha sido, simplesmente, um
renovador, já que a instituição remontaria ao antigo Egito, à época do faraó Amenophis IV. O
rosacucianos, tem aceitado essa hipótese falseando, lamentavelmente a verdade histórica, pois, na
realidade, essa fraternidade nasceu no período medieval, embora apresentando, em sua ritualística,
muito do misticismo das antigas civilizações, como acontece com a maçonaria (muitos maçons
também querem fazer crer que a Ordem Maçônica é antiquíssima e já existia no Antigo Egito e na
Pérsia, o que é, verdadeiramente, uma heresia histórica).
O rosacrucianismo, assim como a Maçonaria, é um sincretismo de diversas correntes filosóficas-
religiosas: hermetismo egípcio, cabalismo judaico, gnosticismo cristão, alquimia etc. A primeira
menção histórica da ordem data de 1614, quando surgiu o famoso documento intitulado “Fama
Fraternitatis”, onde são contadas as viagens do alemão Rosenkreuz pela Arábia, Egito e Marrocos,
locais onde teria adquirido sua sabedoria secreta, que só seria revelada aos iniciados.

A Ordem nas Américas


Harvey Spencer Lewis foi à pessoa que reativou a AMORC na América do Norte, no início do
século XX, já que ela havia existido anteriormente, onde algumas pessoas que se destacaram como
Benjamim Franklin teriam pertencido à mesma. Na ocasião a Ordem era ativa em alguns países da
Europa, como França e Alemanha, mas com rituais diferenciados. Harvey Spencer Lewis ao trazer a
AMORC para a América, não o fez sem antes estudar por mais de 10 anos suas raízes, o que permitiu
mais tarde unificar todas as ordens no mundo, cuja essência fosse a mesma. A introdução do estudo à
distância permitiu a rápida proliferação da AMORC e em 1915 ele tornou-se o 1º IMPERADOR, (se
supremo da Organização), para a América do Norte. A unificação com a as demais ordens ocorreu no
início dos anos 30, tornando-se Lewis o primeiro imperador mundial. No Brasil, os estudos foram
introduzidos na década de 50, e o cargo supremo é ocupado por um grande mestre. O nome AMORC
– Antiga e mística Ordem Rosa Cruz foi dado para diferenciar-se de outras ordens filosóficas de
mesmo nome, mas com diferente essência.
O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz
O teólogo Johann Valentin Andréa, neto do também teólogo luterano Jacob Andréa, foi o homem
que divulgou o rosacrucianismo. Andréa, que nasceu em Herremberg, no Werttemberg, em 1581,
depois de viajar pelo mundo, retornou à Alemanha, onde se tornou pregador da corte e,
posteriormente, abade. A sua principal importância, todavia, originou-se do papel que ele teve
naquela sociedade alemã, que no princípio do século XVII, lutava por uma renovação da vida, com
uma nova insuflação espiritual. A popularidade alcançada por Andréa, entretanto, com a Societas
Solis (Sociedade do Sol), a que ele procurou dar vida e a Ordem das Palmeiras, em que ele foi
admitido aos 60 anos de idade, não se comparou à que ele conseguiu ao publicar o seu romance
satírico “O Casamento Químico de Christian Rosenkreuz”, que criticava, jocosamente, os alquimistas
e as ligas secretas, numa época que, de maneira geral, era de desorientação, onde o ar andava cheio
de rumores e a velha ordem religiosa desagregava-se. A partir de 1597, já aconteciam reuniões de
uma liga secreta de alquimistas, que haviam ficado sem irradiações e sem significado espiritual. Foi
então que a palavra Rosa-Cruz adquiriu, rapidamente, uma grande força atrativa, a ponto de, num
escrito anônimo de 1614, chamado “Transfiguração Geral do Mundo”, ser incluído o conceito de
“Fama Fraternitatis R.C.’, sem necessidades de ser escrito por extenso, pois ele já era bem
entendido. Uma outra pequena obra, surgida um ano depois e chamada “Confessio”, publicava a
constituição e a exposição dos fins que a Ordem era destinada. O Herói Viveu 150 Anos,
Extinguindo-se Voluntariamente
De acordo com o “Confessio”, a ordem Rosa-cruz representaria uma alquimia de alto quilate, na
qual em vez das pesquisas sobre a Pedra Filosofal, era buscada uma finalidade superior, ou seja, a
abertura dos olhos do espírito, através dos quais pudesse, o homem, ficar apto a ver o mundo e os
seus segredos com mais profundidade. As correntes dos alquimistas medievais, então, diante da
necessidade espiritual da época, incrementada pela disposição de renovação e organização secreta,
tomaram enorme vulto com o aparecimento do romance satírico de Andréa. O herói do romance é o
Christian Rosenkreuz já descoberto pela “Fama Fraternitatis” e que já tinha, no século XIV, viajado
pelo Oriente e, ali, aprendido a “Sublime Ciência”; teria ele segundo a lenda que lhe cercou o nome,
voltado para a Alemanha, onde sua idéia foi seguida por muitas pessoas, até chegar aos 150 anos de
idade, quando, cansado na vida, extingui-se voluntariamente. Andréa, no romance, aproveitou-se do
nome que havia sido encontrado para ser a figura fundadora, mas o seu Rosenkreuz era velho e
impotente, motivo pelo qual o seu casamento só poderia ser químico. Todavia, ele tem cultura e
conhece muitos segredos, além de estar sempre ávido por conhecer outros, por esse motivo é que, em
cera ocasião, como hóspede da família real, ele entra num quarto em que dorme Vênus; depois
quando, como outros convidados, ao ser proclamado cavaleiro da ordem da Pedra Dourada deve, de
acordo com os estatutos da Ordem, repudiar toda a lascívia, torna-se público o seu erro. Assim,
enquanto os outros vão embora, como cavaleiros da nova Ordem, ele tem que ali permanecer, na
qualidade de porteiro, como castigo por ter descoberto Vênus.
A Mística Idéia da Rosa Provocou Grande Sedução

Com essa sátira, dirigida às sociedades secretas e à alquimia, Andréa havia desvendado tanto de
positivo sobre a nova Ordem, que restou a impressão de que ela já existia, ainda que só como
imagem literária. Pode-se notar, facilmente, que a Pedra Filosofal dos alquimistas (que transformaria
os metais inferiores em ouro); além disso, o encontro dos convidados ao casamento, vindos de todas
as partes do mundo, e a sua ligação dentro da nova ordem ilustram o desejo de dar corpo aos
esforços no sentido de uma renovação espiritual da vida, valendo-se do sugestivo símbolo Rosa-
cruz. Esse símbolo, além de sugestivo, corresponde à ansiedade daquela época. Alguns procuraram
relacioná-lo com as armas de Lutero, coisa que não pode ser facilmente aceita, pois ele poderia ser,
nesse caso, relacionado, também, com as armas de Paracelso, convindo esclarecer que Andréa
representou o seu Rosenkreuz com quatro rosas no chapéu, rosas essas que, desde a época de seu avô
Jacob Andréa, adornavam as armas de sua família. Robert Fludd, considerado como o primeiro
Rosa-Cruz da Inglaterra, diz que o nome da ordem está ligado a uma alusão ao sangue de Cristo, na
cruz do Gol-gota; a mística idéia da rosa, associada à lembrança da cor do sangue e aos espinhos que
provocam o seu derramamento, contribuiu, certamente, para dar à palavra, uma grande força de
sedução. Além disso, muitos rosacruzes vêem, no emblema, um símbolo alquimista, concretizando
uma ambigüidade muito comum aos símbolos. Os rosacruzes atuais têm uma interpretação bem mais
mística a respeito da cruz e a rosa. A cruz representaria o ser humano, a parte material, enquanto a
rosa representaria o ser imaterial, a alma, espírito ou corpo astral.
A Junção dos Sexos Leva ao Segredo da Imortalidade

Como a preocupação máxima dos alquimistas que se ligaram à Ordem Rosa-cruz era o segredo da
imortalidade e a regeneração universal, o símbolo rosacruciano está relacionado com essa
preocupação. Em botânica oculta, a rosa era uma flor iniciática, para diversas ordens religiosas,
sendo, que, atualmente, a arte sacra continua a considerá-la como símbolo da paciência, do martírio,
da Virgem (Rosa Mística); no quarto domingo da Quaresma, em todos os anos, o para benza a Rosa
de Ouro, que é considerada como um dos muitos sacramentais oferecidos pela Igreja, em sua liturgia.
Em última análise, a rosa representa a mulher, enquanto que a cruz simboliza o sexo masculino, pois
para os hermetistas, ela é o símbolo da junção da eclíptica com o equador terrestre (eclíptica é a
órbita aparente do Sol, ou a trajetória aparente que o Sol descreve, anualmente, no céu); ambos
cruzam-se no equinócio da primavera e no equinócio de outono. Assim, a Rosa simboliza a Terra,
como ser feminino, e a Cruz simboliza a virilidade do Sol, com toda a sua força criadora que fecunda
a Terra. A junção dos sexos leva à perpetuação da vida e ao segredo da imortalidade, resultando,
também, dela, a regeneração universal, que é o ponto mais alto da doutrina rosacruciana.
A Alquimia Evidencia Uma Ligação Entre as Duas Ordens
Existe ligação entre a Maçonaria e os rosacruzes e essa ligação começou já na Idade Média. No
fim do período medieval e começo da Idade Moderna, com inicio da decadência das corporações
operativas (englobadas sob rótulo de maçonaria de Ofício ou operativa), estas começaram,
paulatinamente, a aceitar elementos estranhos à arte de construir, admitindo, inicialmente, filósofos,
hermetistas e alquimistas, cuja linguagem simbólica assemelhava-se à dos franco-maçons. Como a
Ordem Rosa-cruz estava impregnada pelos alquimistas, como já vimos, Dará daí a ligação do
rosacrucianismo e da alquimia com a Maçonaria. Leve-se em consideração, também, que durante o
governo de José II, imperador da Alemanha de 1765 a 1790, e co-regente dos domínios hereditários
da Casa d’Áustria, houve um grande incremento da Ordem Rosa-cruz e sua comunidade, atingindo até
a Corte e fazendo com que o imperador proibisse todas as sociedades secretas, abrindo, apenas,
exceção aos maçons o que fez com que muitos rosacruzes procurassem as lojas.

Ambas as Ordens são medievais, se for considerado o maior incremento da Maçonaria de Ofício
durante a Idade Média e o início de sua transformação em Maçonaria dos Aceitos (também chamada,
indevidamente, de “Especulativa”).Se, todavia, considerarmos o início das corporações operativas,
em Roma, no século VI antes de Cristo, a maçonaria é mais antiga. Isso, é claro, levando em
consideração apenas, as evidências históricas autênticos e não as “lendas”, que fazem remontar a
origem de ambas as instituições ao antigo Egito. A maçonaria é uma ordem totalmente templária, ou
seja, os ensinamentos só ocorrem dentro das lojas. Já a Antiga e Mística Ordem Rosa-cruz dá ao
estudante o livre arbítrio de estudar em casa ou em um templo Rosa-cruz. O estudo em casa é
acompanhado à distância, e assim como a maçonaria, é composto de vários graus, que vão do neófito
(iniciante) ao 12º grau, conhecido como grau do ARTESÃO.
O estudo no templo, mesmo não sendo obrigatório, proporciona ao estudante além do contato
social como os demais integrantes, a possibilidade de participar de experimentos místicos em grupo,
e poder discutir com os presentes os resultados, e por último, a reunião templária fortalece a
egrégora da organização, o que também ocorre na maçonaria.

Da Regeneração e Imortalidade a Reformador Social


A partir da metade do século XVIII e, principalmente, depois de José II, com a maciça entrada dos
rosacruzes nas lojas maçônicas, tornava-se difícil, de uma maneira geral, separar Maçonaria e
rosacrucianismo, tendo, a instituição maçônica, incorporado, aos seus vários ritos, o símbolo
máximo dos rosacruzes: ao 18º grau do Rito Escocês Antigo e Aceito, ao 7º grau do Rito Moderno,
ao 12º grau do Rito Adoniramita etc. O Cavaleiro Rosa Cruz, é, como o próprio nome diz, um grau
cavalheiresco e se constitui no 18º Grau do Rito Escocês Antigo e Aceito. A sua origem hermetista e
a sua integração na Maçonaria, durante a Segunda metade do século XVIII, leva a marca dos
ritualistas alquímicos, que redigiram naquela época os rituais dos Altos Graus. O hermetismo
atribuído ao Grau 18 é perceptível no símbolo do grau, que tem uma Rosa sobreposta à Cruz,
representando esta, o sacrifício e a Rosa o segredo da imortalidade, que nada mais é do que o
esoterismo cristão, com a ressurreição de Jesus Cristo, ou seja, a tipificação da transcendência da
Grande Obra.
A Maçonaria também incorporou, em larga escala, o simbolismo dos rosacruzes, herdeiros dos
alquimistas, modificando, um pouco, o seu significado e reduzindo-o a termos mais reais. Assim, o
segredo da imortalidade da alma e do espírito humano, enquanto é aceito o princípio da regeneração
só pode ocorrer através do aperfeiçoamento contínuo do homem e através da constante investigação
da Verdade. O misticismo dos símbolos rosacruzes, todavia, foi mantido, pois embora a Maçonaria
não seja uma ordem mística, ela, para divulgar, a sua mensagem de reformadora social, utiliza-se do
misticismo de diversas civilizações e de várias correntes filosóficas, ocultistas e metafísicas.
As Iniciações Uma singularidade entre a AMORC e a Maçonaria, são as iniciações nos seus
respectivos graus, sendo que para ambas, a primeira é a mais marcante. No caso da Maçonaria a
iniciação é ao grau de Aprendiz, e da AMORC, a admissão ao 1º grau de templo. As iniciações têm o
mesmo objetivo, impressionar o iniciante, levá-lo à reflexão, para que ele decida naquele momento
se deve ou não seguir adiante, e se o fizer, assumir o compromisso de manter velado todos os
símbolos, usos e costumes da instituição de que fará parte.
O Simbolismo
Vários são os símbolos comuns às duas instituições, a começar pela disposição dos mestres com
cargos, lembrando os pontos cardeais, e a passagem do Sol pela Terra, do Oriente ao Ocidente. Cada
ponto cardeal é ocupado por um membro. A figura do venerável mestre na maçonaria, ocupando sua
posição no Oriente, encontra similar na Ordem Rosa-cruz, na figura de um mestre instalado, que
ocupa seu lugar no leste. A linha imaginária que vai do altar dos juramentos ao Painel do Grau, e a
caminhada somente no sentido horário, também é similar. Em ambos os casos o templo é pintado na
cor azul celeste, e a entrada dos membros ocorre pelo Ocidente.
O altar dos juramentos encontra semelhança no Shekinah na ordem Rosa Cruz, sendo que neste
último não se usa a bíblia ou outro livro, mas sim 3 velas dispostas de forma triangular, que são
acesas no início do ritual e apagadas ao final deste, simbolizando a luz, a Vida e o Amor. Outra
semelhança é o uso de avental por todos os membros iniciados ao adentrarem o templo, enquanto que
os oficiais, (equivalente aos mestres com cargo), usam paramentos especiais, cada qual simbolizando
o cargo que ocupa no ritual.
O avental usado pelos membros não diferencia o grau de estudo
Algumas das diferenças ficam por conta da
condução do ritual, onde na rosa cruz tem caráter místico-filosófico. Os iniciantes na Ordem Rosa
Cruz recebem seus estudos em um templo separado, anexo ao templo principal, enquanto os
aprendizes maçons recebem suas instruções juntamente com os demais irmãos e, finalmente, o
formato físico da loja maçônica lembra as construções greco-romanas, enquanto que a Ordem Rosa
Cruz (AMORC) lembra as construções egípcias.
BIBLIOGRAFIA GLUSA - GRAN LOGIA UNIDA del SUR DE AMÉRICA "Per Amore,
Justitia et Honor" - Dístico gentilmente traduzido para o latim, a pedido, pelo Ir.'. José
Castellani - (in memorian)
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#78

AS RAIZES DO ANTI-MAÇONISMO

A Maçonaria foi e é perseguida pelos governos totalitários e diversas ordens religiosas. É


acusada de subversão à ordem pública e culto ao demônio. O anti-maçonismo é antigo, singular e
fantasioso e há muito é público. Na História surgiram poderosos detratores da Ordem Maçônica,
imbuídos de preconceitos dissimulados, aproveitando-se do nível de ignorância e crendices, como
meio de gerar adeptos às suas inverdades. O método antigo, mas que infelizmente ainda existente.
O anti-maçonismo religioso.
Sustentam os anti-maçons religiosos, que a tolerância religiosa é incompatível com a respectiva
doutrina. Outros, sob alegação de combate ao "culto às imagens", acusam a maçonaria de culto a
símbolos demoníacos. Mas, o pano de fundo do anti-maçonismo religioso surge com o anglicanismo.
Henrique VIII, rei da Inglaterra, desobedece o papa e divorcia-se de sua primeira mulher, casando-se
com Ana Bolena, sendo excomungado. Posteriormente, em 1534, numa disputa de poder com o Papa,
o Parlamento inglês aprovou o Ato de Supremacia, que, colocou a Igreja sob a autoridade real:
nascia a igreja anglicana. A Maçonaria especulativa sempre foi aceita pelo catolicismo. Tanto é que
eram os maçons operativos quem construíam as antigas Igrejas e Catedrais, adornadas com inúmeros
símbolos maçônicos.
Posteriormente, de iniciativa dos pastores protestantes ingleses James Anderson e J. T.
Desaguliers surge a Grande Loja da Inglaterra. No ano de 1723, Anderson elabora a primeira
Constituição maçônica. Criava-se um sistema de regularidade para a Maçonaria e só quem fosse
reconhecido pela Grande Loja da Inglaterra pudesse ser considerado maçom regular. Para tanto era
preciso ter como princípio, dentre outros, a tolerância religiosa. Por isso mesmo, o conflito entre
anglicanos e católicos, num movimento de contra-reforma da Igreja Católica, fez com que a
intolerância religiosa transpirasse para a Maçonaria. Em 24 de abril de 1738, o papa Clemente XII
condenou abertamente a maçonaria pela primeira vez (encíclica In Eminenti). A partir dessa palavra
oficial da Igreja, foi proibido aos católicos pertencer á maçonaria. A questão se agravou com o
movimento da Reunificação da Itália (período que foi de 1848-1870). O governo da Itália estava
fragmentado e dividido entre bispos católicos, que eram proprietários de grandes propriedades de
terras. Esse governo se via envolvido em escândalos e corrupção, e se sustentava explorando o
misticismo medieval e no fundamentalismo religioso.
O movimento iluminista que combatia o misticismo, aproveitando-se do segredo e sigilo
maçônico, reunindo-se em segredo nas Lojas Maçônicas, coordenou uma verdadeira revolução que
retomou as propriedades das mãos da Igreja, destacando-se dentre eles Giuseppe Garibaldi, que
dedicou sua vida à luta contra a tirania. Esse episódio despertou o ódio do clero católico contra a
maçonaria, a ponto do papa Leão XIII (1846), redigir a encíclica HUMANUM GENUS, dizendo: "a
Igreja católica e a maçonaria são como dois reinos em guerra" e que "a finalidade da maçonaria é
destruir toda ordem religiosa e política do mundo inspirada pelos ensinamentos cristãos e substituí-
las por uma nova ordem de acordo com suas idéias", estimulando "o sincretismo religioso, isto é, a
mistura das mais diferentes crenças".
O anti-maçonismo político.

Conhecedores da história e da participação da Maçonaria no processo da Reunificação da Itália,


inúmeros os governantes, tanto de direta quanto de esquerda, se tornaram anti-maçons. O caráter
discreto e sigiloso das reuniões maçônicas causou sempre o temor da "conspiração" e "subversão
política" e estimulou a fantasia popular acerca do "culto ao demônio".Essas sempre foram as
acusações dissimuladas de seus perseguidores, aproveitando-se da ignorância de muitos e da
crendice popular. Todavia, os ideais maçônicos de liberdade de expressão do pensamento e a
liberdade de crença religiosa, sempre foram os reais motivos pelos de sua perseguição e de seus
membros. Com a expansão do comunismo no início do século XIX, a maçonaria foi proibida na
Rússia (1917) e na Hungria (1919). A reação ao comunismo fez surgir o nazismo e fascismo, que
também proibiram a Maçonaria (Mussolini na Itália-1925, Hitler na Alemanha-1933, Salazar em
Portugal - 1935, Getúlio Vargas - Brasil, 1937, Franco na Espanha-1940). General Francisco Franco,
ditador espanhol, decretou em 1940, todos Maçons de seu país estavam condenados a 10 anos de
prisão.
Joseph Goebbels, ministro da propaganda regime nazista, inaugurou em 1937 uma "Campanha
Anti-Maçônica", sob alegação de as Lojas Maçônicas estavam impregnadas de judaísmo. Outro
apóstolo nazista, Alfred Rosenberg, exaltando a superioridade da raça alemã, acusou a Maçonaria de
disseminadora da idéia de igualdade. Os maçons sempre ignoraram seus detratores achando que o
silêncio era a melhor arma. Lamentavelmente esse silencio muitas vezes foi usado contra a
Fraternidade. Durante Segunda Guerra Mundial, as tropas nazistas que ocuparam a Bélgica,
pilhariam as Loja Maçônicas e destruíram o que eles não puderam roubar. Entre os reféns tomados
nos povoados, na média 15%, eram Maçons, que era uma proporção enorme consideram isso há só
um Maçom a cada mil habitantes em Bélgica! (Revista de Philalethes, 1947 de maio)
Conclusão.

Dois fatos determinaram a ruptura entre a Igreja e a Maçonaria, dando origem ao anti-maçonismo. O
primeiro foi a disputa política entre o papa e o rei da Inglaterra (século XVIII), o segundo a disputa
de terras entre bispos católicos e italianos (Século XIX). Maçons envolvidos nesses dois episódios
determinaram a ruptura entre a Maçonaria e a Igreja Católica. Nem o anti-maçonismo religioso, nem
o político foram capazes de acabar com a Maçonaria. Mesmo perseguida, a influência da maçonaria
na história tem sido grande. Hoje são cerca de 6 milhões de maçons, em mais de 164 países, sendo
cerca de 150 mil no Brasil. Há grande quantidade de parlamentares, altos funcionários do governo,
líderes religiosos, muitos empresários e membros de outras elites. Vivemos atualmente um regime
democrático, e por isso, a Maçonaria sobrevive abertamente. Por exemplo, na inauguração do novo
Palácio Maçônico de Brasília do Grande Oriente do Brasil, compareceram 120 parlamentares, além
do então Ministro da justiça, Maurício Correia.
Mas o anti-maçonismo não desiste. Além do anti-maçonismo religioso e político, uma nova ordem
de anti-maçons surge no sistema democrático: o anti-maçom degenerado. Esse grupo é composto
pelos descontentes com resultados políticos ou jurisdicionais e quando vencidos em suas pretensões,
como último recurso, acusam as autoridades de favorecimento maçônico. Polemizam o ingresso de
juízes, delegados, políticos e outras autoridades na maçonaria, argumentando que a fraternidade se
incompatibiliza com tais cargos, que requerem imparcialidade, mas a maçonaria pressupõe o
favorecimento, a parcialidade.
É verdade que o maçom tem o dever de socorrer todos os necessitados, especialmente membros da
fraternidade. Isso não pode ser confundido com favoritismo, pois esse dever significa dever de
caridade para com o próximo. Antes de tudo, o Maçom faz juramento solene de obedecer as leis, agir
sempre com ética e com os bons costumes, amar a família e defender a pátria com a própria vida. A
corrupção permeia todas as instituições sejam religiosas, políticas ou associativas e necessita ser
combatida. Isso porque a corrupção é vício humano, tão combatido pela maçonaria. Apesar disso, a
maçonaria não está imune a ela. Todavia, possui mecanismos de se livrar dos corruptos e desonestos.
Consta das normas internas, que aquele que estiver envolvido em corrupção ou desonestidade, será
processado internamente, previsto como pena, a exclusão da ordem, com sua inscrição no "Livro
Negro", impedindo definitivamente seu retorno.
BIBLIOGRAFIATexto enviado por nosso Venrável Mestre Ailton Oliveira e extraido do site
www.construtoresdavirtude.com.br
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#79

O SOL E A LUA

Apesar de a Maçonaria Regular requerer que os seus candidatos confirmem a sua crença em Deus,
não aprofunda o sujeito, deixando a religião e a sua prática ao Maçon enquanto indivíduo. Isto é a
Maçonaria pretende afirmar a crença num Deus, mas não forçosamente no Deus Cristão. A maçonaria
possibilita aos homens de todas as raças credos ou religiões o acesso ao estudo dos princípios
morais e filosóficos praticados pelos seus iniciados há centenas de anos. Ao entrar no templo pela
primeira vez a minha atenção recaiu desde logo nos símbolos do Sol e da Lua. Veio-me à idéia o
Templo do Sol e da Lua , locais de culto tão antigos como a noite dos tempos onde os homens
prestavam homenagem aos Deuses, e logo de seguida o meu pensamento voou para o G.'. A.'. D.'. U.'.
que vai guiando a humanidade. A Maçonaria não é uma religião, é um estado de alma, é um modo
(para mim) gratificante de encarar a vida e o que me rodeia defendendo a existência de um Ser
Supremo ou num Princípio Criador. Uma religião é algo de muito mais complexo, algo que implica
detalhe, como a existência de um plano para salvação ou um caminho pelo qual se alcança uma
recompensa depois da vida terrena. Implica também uma teologia que tenta descrever a natureza
humana bem como o modo ou forma pela qual o homem comunica com o seu Deus. A Maçonaria não
faz nenhuma dessas coisas. Abre e fecha os seus trabalhos com uma prece ensinando ao homem que
deve reger também os seus empreendimentos no apoio espiritual do seu Eu divino. Mas não induz os
homens a rezar ou o que devem pedir. Ao invés disso ensina de um modo subtil que cada um tem que
achar as suas respostas para as suas grandes perguntas na sua própria fé, na sua igreja, sinagoga ou
outro templo religioso. Vejo a Maçonaria como uma organização fraternal que tem como princípio
básico a união entre irmãos, a prática da caridade e da inter-ajuda para além da busca da
Verdade.Há um ditado que diz: "A Maçonaria escolhe homens de bem e faz deles homens ainda
melhores". É normal dizer-se que os homens são o produto do meio que freqüentam. A Maçonaria
oferece a cada um dos seus membros a oportunidade de conviver regularmente com homens de bom
carácter, o que reforça o seu próprio desenvolvimento pessoal e moral. A garantia dessa fraternal
convivência é conseguida evitando discussões político-partidárias ou religioso-sectárias, assuntos,
que têm dividido os homens ao longo da história.O Sol é a Luz. A luz é Vida, e as irradiações entre a
Luz e as Trevas transcendem a compreensão humana. Para muitos povos, o Sol é um dos símbolos
mais importantes, sendo até venerado como um Deus. Tornou-se também a imagem simbólica da
ressurreição e, de, modo geral, de um novo começo.Na Alquimia ele corresponde ao Ouro. Na
simbologia maçônica o Sol encarna o espírito imutável, o ouro imaterial. Na maioria dos Templos
ele é representado a oriente onde o mestre da loja dirige os trabalhos. A palavra franco-maçonaria
deriva do antigo egípcio Phre (Sol) e Mas (Luz), ou filho do Fogo e da Luz. A Lua desempenha um
papel significativo no pensamento simbólico, mágico e religioso da maioria dos povos. Ao contrário
do Sol, um astro de luz própria quase sempre interpretado como masculino e associado ao princípio
Yang, a Lua aparece geralmente como símbolo feminino, do suave, do que necessita de apoio e
ligada ao princípio Yin. Ela é o símbolo da transformação e do crescimento. A Lua é um símbolo dos
ritmos biológicos. A Lua é também o primeiro morto. Durante três noites, e em cada mês lunar, ela
está como morta, desapareceu... Depois reaparece e cresce em brilho.A Lua é para o homem o
símbolo desta passagem da vida à morte, da morte à vida; é considerada, por muitos povos, como
lugar desta passagem, a exemplo dos lugares subterrâneos. É por isso que numerosas divindades
lunares são ao mesmo tempo ctonianas e funerárias. A viagem à Lua ou até mesmo a vida imortal,
segundo certas crenças, é privilegio de soberanos, heróis, iniciados, e mágicos. No paganismo o Sol
e a Lua aparecem como o Deus e a Deusa, Cerridwen e Kernunnos, Endovelicus e Ategina. A Lua é
um símbolo do conhecimento indireto discursivo, progressivo, frio. Evoca metaforicamente a beleza
e também a luz refletida na imensidade tenebrosa. Os antigos alquimistas conheciam a influência da
Lua nas marés. Referiam-se aos anjos lunares como sendo o sal.Sabiam que, para a mente
desempenhar as suas funções, era necessária a presença de uma certa quantidade de sal no sangue.
Por esse motivo os alquimistas relacionavam a Lua (e os líquidos) com a mente. O Sol e a Lua,
representam também na simbologia maçônica a Luz e o seu reflexo, a atividade da vontade e o lado
imaginativo do ser humano. Assim presença do sol a Oriente no templo e da Lua a ocidente relembra
também ao iniciado o caminho que devemos percorrer: das trevas em direção à Luz. Este renascer
constante, a partir da morte simbólica, no caminho que vai das trevas à luz, pode ser associado às
sucessivas mortes e ressurreições da natureza, retratada do ciclo imutável do Reino
Vegetal. A palavra VITRIOL dos alquimistas rosacrucianos,
«Visita o interior da terra, rectificando encontrarás a Pedra oculta», alude a procura da pedra
filosofal Alquímica, num convite à introspecção, à procura do Eu interior, como a expressão inscrita
no frontispício do Templo de Apolo em Delfos: Nosce te ipsum (Conhece-te a ti mesmo). A Pedra
deve ser entendida em sentido amplo (o que não exclui o da Alquimia física), como a matéria
(interior e exterior) que passa de pedra bruta a pedra cúbica, após a sua transformação pela Arte.
Esta descida às profundezas da terra é um tema iniciático comum a muitas tradições, como a Egípcia
à Grega, e a Maçônica (onde a câmara de reflexões é um lugar subterrâneo onde se morre para o
mundo profano).é este ciclo mostrado pelo Sol e a Lua, que simboliza todo o aperfeiçoamento do
candidato, desde o momento em que ele é encerrado na Câmara de Reflexão, até que, como iniciado,
percorre o caminho do conhecimento, que o leva à visão da luz total, também simbolizada pelo Sol,
no Oriente. A Trilogia dialética Sol Lua culmina com o Espírito Superior, Deus o Arquitecto, aquele
que encontra o equilíbrio entre os opostos. Quem seguisse o Caminho do Artífice teria de fazer algo
mais. Deveria lembrar-se que estava a construir o templo de Deus. Um edifício em consciência, onde
ele mesmo é uma pedra individual e única. Com o tempo, cada ser humano polirá a sua pedra e a
colocará no Templo, completando-o. "Os Antigos
Mistérios não deixaram de existir quando o Cristianismo se tornou uma das religiões mais poderosas
no mundo. O grande Pan não deixou de existir, e a Maçonaria é a prova da sua sobrevivência. Os
Mistérios pré-cristãos assumiram, simplesmente, o simbolismo desta nova fé, perpetuados por meio
dos seus símbolos e alegorias; as mesmas verdades que conhecidas pelos sábios desde o princípio
do mundo. Não há, portanto, uma verdadeira explicação que reúna um total concenso para o facto de
símbolos cristãos encerrarem em si o que é escondido pela filosofia pagã. Sem as misteriosas chaves
transportadas pelos líderes dos cultos egípcio, brâmane e persa, os portais da Sabedoria não
poderiam ser abertos." - Manly P. Hall, Masonic, Hermetic, Quabbalistic & Rosicrucian Symbolical
Philosophy. Cada um dos seres animados deste mundo recebe a sua vida e atividades do poder do
espírito. Os elementos grosseiros estão regidos pelos mais subtis, e estes, por sua vez, por outros que
os ultrapassam em subtileza, até se chegar ao poder puramente espiritual e divino. Deste modo, Deus
influi em tudo o que governa. O homem possui um germe de poder que, desenvolvido, pode
converter-se em árvore de admiráveis frutos; mas este germe só pode desenvolver-se pela influência
do calor radiante do centro incandescente do grande sol espiritual; e na mesma proporção em que nos
aproximamos da Luz, recebemos também este calor.É inútil meditar sobre pontos místicos que se
encontram para além do nosso horizonte mental. É inútil o intento de penetrar nos mistérios
espirituais, antes que nos tenhamos espiritualizado. O conhecimento prático pressupõe prática e só
pode ser adquirido por meio dela. Para obter poder espiritual é necessário praticar as virtudes
espirituais da fé, esperança e caridade. Encontrar o Sol e a Lua dentro do nosso próprio templo é
criar condições de uma nova vida, encontrar um novo caminho como aquele hoje percorro desde o
momento em que fui levado para câmara da reflexão e trazido de novo para a luz. Bibliografia Texto
extraído do site www.maconaria.net da Casa Maçônica de Lisboa UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
[1]

References

1. ^www.maconaria.net (www.maconaria.net)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/01/o-sol-e-lua.html
#80

OS PASSOS NA ÁRVORE DA VIDA

Irmanados, vivenciamos a maçonaria numa jornada de muitos mistérios Nesta jornada, muitas são
as curiosidades que encontramos na busca pelo lapidar da pedra bruta, que somos nós. Como
buscadores dos conhecimentos ocultos na Árvore da Vida (Kabbalah), somos reconhecidos, no
sentido plural, como “Adão Kadmon”. Caminhamos seguindo em frente, em passos evolutivos, ora
em direção à direita, ora em direção à esquerda,onde o buscador vai tomar da água do conhecimento.
Observe, na fonte da sabedoria, a figura central do HEXAGRAMA (Estrela de David), mostrado na
matéria, que combina-se em em múltiplas superposições com HEXÁGONOS, dando origem à
Árvore da Vida.
Neste momento, pergunto aos irmãos se já questionaram o “POR QUE” de cada passo que damos
na evolutiva ‘escada de Jacó’? Se não somos robôs, é mister que conheçamos nosso destino fraterno.
Com liberdade, autodeterminação, e fraterna colaboração dos mestres, precisamos saber: Para
ONDE vamos? COMO vamos? QUANDO vamos? Se o irmão ainda não fez estas perguntas a si
próprio, sugiro buscar respostas na arquitetura da Árvore da Vida, passada há milênios a Moisés,
pelo G:.A:.D:.U:.
Como Maçons precisamos conhecer desta fonte de conhecimentos, para levar a fraterna ajuda a
todos os irmãos iniciantes. Quem já bebeu da água do conhecimento da Árvore da Vida? Vamos fazer
uma introspecção e questionamento. Certamente você já percebeu que tudo na maçonaria é tratado
simbolicamente. E o maior dos simbolismos está representado na figura das 10 SEPHIROTS (Árvore
da Vida). Note que são 10, não são 20, nem 30, nem qualquer outro número. São 10 (dez) como 10
são os mandamentos também recebidos por Moisés.
Observe a figura da Árvore da Vida. Cada círculo tem um símbolo. São 10 círculos (sephirots).
Cada círculo tem uma letra em hebraico e um som próprios, que os representam na “árvore” Para
alcançar o conhecimento de cada Sephira (no singular), e de cada caminho é preciso buscar os
mistérios ocultos. É preciso laborar, num plano árduo para meros curiosos. O que você já conhece
destes conhecimentos? Na Árvore da Vida podemos encontrar as respostas para todas as perguntas.
Como um Adão Aprendiz você está ainda no primeiro plano, o da TERRA, com os pés fincados no
chão (Sephira Malkut). Dela você vislumbra 3 (três) sephirots, e três caminhos. Aqui são três os seus
objetivos a trilhar. De Malkut, observe e reflita sobre a importância do número três. Somente após
entender o “sigil” oculto em cada sephira e em cada caminho você estará apto a buscar outros
objetivos.
E você meu irmão mestre. Já detém os conhecimentos dos mistérios ocultos nestes caminhos,
assim como os daquelas sephirots onde terminam? Na maçonaria você os conheceu como ‘década
maçônica”. Lembra-se? Como companheiro, e depois como mestre você vai trilhar outros caminhos.
Você vai precisar dar outros passos. É importante você conhecer o ‘por que’ de cada passo. Você se
contenta, mecanicamente, em dar os passos que lhe são informados? Se ‘sim’ para você, estás
perdendo o melhor das vivências. È como andar de trem com as janelas fechadas. Você jamais
curtirá a beleza da natureza e o esplendor da vida lá de fora, que lhe é oculta sob as vendas do
desconhecimento e da ignorância.
Cada detalhe, cada passo que damos tem um sentido agregado. Tem um símbolo, tem um significado.
Quem não sabe aonde vai, nunca saberá onde está, e corre o risco de não chegar a lugar algum!
BIBLIOGRAFIA Extraída do blog http://cabalamaconaria.blogspot.com
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vida.html
#81

MAÇONARIA E ESPÍRITISMO: O DESENVOLVIMENTO HUMANO

Neste artigo, tenho como objetivo refletir basicamente, sobre alguns princípios da Ordem
Maçônica, bem como, aspectos da ciência espírita, apontando a proximidade histórica que envolve
as duas instituições, evidenciando os mecanismos propulsores, que as mesmas oferecem, para o
desenvolvimento moral do ser humano.
A Ordem Maçônica tem sua origem nas corporações de ofício da Idade Média, onde pedreiros-
livres dedicavam-se a construção de Igrejas e catedrais, a partir dos conhecimentos que lhes eram
inerentes. A instituição pode ser dividida em duas fases: a operativa, onde os membros trabalhavam
materialmente, construindo os templos de forma especializada e especulativa, onde os membros
passam a se dedicar e atuar no campo mental, das idéias. Ligando-se então a discussões filosóficas, a
Maçonaria, desenvolve um arcabouço de idéias que busca as primeiras bases da moral e da ética. É
uma instituição progressiva que acredita na imortalidade da alma, e em um principio criador.
Incentiva a busca da verdade, sob a régua reguladora, da razão e da ciência. Tem como princípios a
liberdade, a igualdade e a fraternidade. Pretende que seus membros desenvolvam a virtude,
progredindo incessantemente rumo à “Luz do Oriente”, lapidando seu espírito e elevando-se
incessantemente.

A ciência espírita, nasce com o fenômeno das mesas girantes, no século XIX, ocorrido em lugares
diversos. Como professor e intelectual, Allan Kardec, decide buscar explicações cientificas e
racionais para aqueles acontecimentos. Abre-se então um leque de questões a serem estudadas e
experimentadas, com o objetivo de desvendar o mundo espiritual. Surge a ciência espírita que trata
da natureza, origem e destino dos espíritos, e de suas relações com o mundo corporal. Na expressão
do codificador: “ O espiritismo é, ao mesmo tempo, uma ciência de observação e uma doutrina
filosófica. Como ciência prática consiste nas relações que se estabelecem entre nós e os espíritos;
como filosofia, compreende todas as conseqüências morais que dimanam dessas mesmas relações.”
Maçonaria e Espiritismo, ao longo da História, também acabam por se aproximar, em virtude da
perseguição comum que as duas instituições sofreram no período absolutista, quando estes governos,
estiveram diretamente atrelados a Igreja católica. A influência mútua que espíritas e maçons exercem
entre si é constante desde o século XIX até os dias de hoje. Muitos espíritas compõem as fileiras
maçônicas, e em uma mistura benéfica, estão eles, contribuindo para a evolução moral da
humanidade. Obreiros em prol do descortinamento mental, que impede a sociedade de ligar-se aos
verdadeiros princípios da existência humana. Entre os membros eminentes do movimento espírita no
Brasil e no mundo, estão muitos maçons atuantes, entre eles: Leon Denis, Camille Flammarion; Viana
de Carvalho; Quintino Bocaiúva; Julio César Leal, e muitos outros confrades de ideal.
Na Revista Espírita de abril de 1864, Kardec e seus pares, perguntam à espiritualidade:

“Que concurso pode o Espiritismo encontrar na franco-maçonaria?” Como resposta, obtém do


mundo espiritual, a seguinte resposta: “Para cimentar essa instituição generosa, duas vezes derramei
o meu sangue; duas vezes as praças públicas desta cidade ficaram tintas de sangue do pobre Jacques
De Molay. Assim, posso vir dizer-vos a minha opinião tocante ao Espiritismo e a franco-maçonaria.
No século dezenove o espiritismo vem, com seu facho luminoso, dar a mão aos comendadores, aos
rosacruzes e com voz trovejante lhe diz: Vamos meus irmãos; eu sou verdadeiramente a voz que se
faz ouvir no Oriente e a qual o Ocidente responde: Glória, honra, vitória aos filho dos homens.!
Ainda alguns dias, e o Espiritismo terá transposto o muro que separa a maioria da parede do
templo dos segredos; e nesse dia, a sociedade verá florescer no seu seio a mais bela flor espirita
que, deixando suas pétalas caírem, dará uma semente regeneradora da verdadeira liberdade.
O Espiritismo fez progressos, mas no dia em que tiver dado a mão a franco-maçonaria, todas as
dificuldades estarão vencidas, todo obstáculo retirado, a verdade estará esclarecida e o maior
progresso moral será realizado e terá transposto os primeiros degraus do trono, onde em breve
deverá reinar.” Jacques de Molay (Médium: Srta.Bréguet).” Diante do exposto, e como Espírita,
integrante da Ordem Demolay e da Ordem Rosa Cruz, penso que podemos afirmar que Maçonaria e
Espiritismo não se conflitam! Em muitos momentos da história do espiritismo no Brasil existe
maçons apoiando o movimento espírita, cedendo suas Lojas Maçônicas para a realização de reuniões
doutrinárias e apoiando politicamente a legalização do espiritismo junto ao Estado Brasileiro.
Lembremos que somente após Constituição Brasileira de 1891 é que nosso País deixa de ter como
religião oficial o Catolicismo e passa a tornar-se um estado laico. No âmbito regional a regra não se
modifica, muitos maçons apóiam o movimento espírita, chegando a misturarem-se. No inicio do
século XX, quando da fundação do Cento Espírita Esperança e Fé e do Hospital Allan Kardec,
muitos maçons da Loja Maçônica Amor à Virtude e Independência III, apoiaram o movimento.
Concluindo nossa reflexão, Maçonaria e Espiritismo: um misto de oportunidades de aprendizados,
caminhando na senda do conhecimento e conduzindo o ser humano à descoberta de suas próprias
potencialidades; lapidando suas fraquezas, caminhando em direção dos propósitos do Pai Celestial,
do Grande Arquiteto do Universo, do Mestre Jesus e de todos os benfeitores espirituais.
BIBLIOGRAFIA Edgar Ajax dos Reis Filho Presidente do Conselho Municipal da Juventude
e Sênior DeMolay do Capitulo Juventude e União de Franca.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#82

MAÇONARIA, FAMÍLIA E A SOCIEDADE

Nenhum maçom, estará apto a executar propósitos tão elevados, como tornar feliz a humanidade, se
não estiver perfeitamente harmonizado com os princípios e postulados maçônicos. O primeiro
postulado diz: “Amar a Deus, a Pátria, a Família e a Humanidade”. O segundo complementa-o de
forma peremptória: “Exigir de seus membros boa reputação moral, social e familiar, pugnando pelo
aperfeiçoamento dos costumes”. Note-se que tanto no primeiro como no segundo, a família merece
destaque e vem antes da humanidade. Não é mera coincidência, é lógico e absolutamente essencial
que assim seja. Entre todos os deveres de um maçom, a família é o maior e o mais importante de
todo
A família é a célula primeira da Humanidade, seu berço, sua unidade fundamental. É em seu lar
que o maçom deverá aplicar os princípios de amor ao próximo, da caridade e da tolerância,
iniciando assim a construção de uma sociedade, mais equilibrada, igualitária e justa. O lar do maçom
será, com toda certeza, o começo de uma humanidade perfeita. É sob o teto de uma família bem
formada, tutelada pela orientação fornecida por nossa ordem, que o maçom conseguirá transformar o
mundo, tornando feliz a humanidade. Ao pinçar o candidato á nossa sublime instituição, observemos
antes de qualquer outro predicado, seu comportamento diante de sua família. É claro que sua
reputação moral, cívica e social são relevantes no processo de seleção, mas atenção especial á
família do candidato deve ter peso significativo na escolha.
No mundo atual, a título de modernidade, prevalecem muitos valores de ordem material, frutos
das “necessidades” criadas por inteligentes publicitários, que, através da mídia, nos levam ao
consumismo desenfreado; contudo, nenhum bem material suplanta os valores de um lar harmônico e
feliz. Na oficina humana, a matéria é transitória e todos os bens, na melhor das hipóteses, são
transferidos para outras mãos, menos os ensinamentos e exemplos que modelam o caráter do homem.
Durante nossos trabalhos, atendo ao que diz nosso irmão Chanceler, devemos indagar-nos: Quem é a
Humanidade? Como torná-la feliz? Como eu posso ajudar?

- A Humanidade somos nós! A família é o grande templo a ser construído pelo homem maçom, sua
grande pedra bruta a ser desbastada em primeiríssimo lugar, família esta onde ele, o maçom, é sua
grande pedra angular, seu “Landmark” vivo”. Maçom será aquele homem que aprender a servir e a
respeitar seu próximo mais próximo, sua própria família. Maçons existem que participam de
inúmeras obras assistenciais e de promoção humana; dedicam-se incansavelmente aos preceitos da
caridade. São irmãos reconhecidos em suas comunidades como verdadeiros apóstolos do bem,
porém e lamentavelmente, não são raros os casos de delinqüentes e órfãos, nascidos em lares de
abnegados cidadãos. O que será que saiu errado? Seria tal dedicação ao sofrimento alheio uma forma
de fuga dos próprios problemas ou da sua família, por mais paradoxal que possa parecer.
O trabalho caritativo de um maçom é de suma importância para seu crescimento e evolução, mas
de maneira alguma deve estar consagrado exclusivamente às entidades de filantropia, antes deve ter
suas bases e raízes em seu lar. Para tornar feliz a humanidade, é primordial estarmos felizes e
tornarmos felizes nossos familiares. É imperioso que pratiquemos em nossos lares a verdadeira lei
do amor. Impossível e incoerente pensarmos macro (humanidade) sem antes pensarmos micro (nossa
família). A família do maçom deve estar integrada com nossos princípios, não pode estar apartada
dos nossos movimentos ou atividades sociais. A mulher do maçom jamais deve ser submissa ao
extremo ou estar alheia ao seu convívio social. Tudo isso pode parecer “óbvio ululante”, contudo, as
cunhadas “Amélias” pululam entre nós.
Quiçá toda loja possuísse uma fraternidade feminina ou cada cidade, Ordens Paramaçônica, onde
nossas esposas, filhas e filhos pudessem integrar-se melhor à Maçonaria. É muito estranho observar
o irmão que, falante e proativa em sua loja, adota postura taciturna e dialoga com sua família tão-
somente por monossílabos! Há uma família, quando cônjuges e filhos vegetam debaixo do mesmo
teto? Como querer ter a pretensão de tornar feliz a Humanidade? Irmãos com semelhante
comportamento não compreenderam ou não estão dignificando em absoluto nada a nossa instituição.
Sem qualquer traço de utopia, entendo que o lar de um verdadeiro maçom deve estar alicerçado em
bases de ternura, de muita tolerância e amor. Em dias tão turbulentos e de profundas transformações
como os atuais, o lar do maçom deve constituir-se em oásis de paz. Todos possuímos problemas,
sejam eles no âmbito material, nas enfermidades, sejam nos desequilíbrios psíquicos e espirituais,
todavia ninguém mais do que o maçom saberá disseminar a luz, a concórdia e a harmonia entre os
seus.
Nessa breve reflexão sobre o maçom e sua família não há qualquer pretensão em aquilatar como
deve ser, ou não, seu comportamento no seio da família, apenas chamá-lo à ponderação para que não
entre em conflito consigo mesmo, ou seja, incoerente com nossos princípios. Ser iniciado na
Maçonaria é uma coisa, tornar-se maçom é outra completamente diferente. É difícil e escarpado o
caminho de um maçom em busca da perfeição. Apesar de explícito e muito claro em nossos rituais, é
relevante relembrar que a Maçonaria não é um clube social ou de serviços, nem tampouco uma
sociedade de ajuda mútua, daí a necessidade de o maçom compreender o que se faz em nossas
oficinas. A Maçonaria não é uma instituição que visa dar !status”, poder ou privilégios a quem quer
que seja.
No Evangelho de Lucas (13:24) temos algo que se encaixa bem á reflexão dos irmãos:
“...esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois eu vos digo que muitos procurarão entrar e não
poderão...” O caminho da perfeição requer do maçom toda atenção e muito esforço, renovação
constante e aprimoramento espiritual. A Maçonaria ensina e orienta o maçom a converter as
dificuldades interpostas em seu caminho em preciosas oportunidades de trabalho a favor do seu
crescimento espiritual. Nesse amplo contexto, nossos familiares desempenharão papel preponderante
para nossa vitória e nosso sucesso enquanto maçons. O homem transformado e aperfeiçoado pela
Maçonaria, transfere novos valores e novos conceitos à família.
Sua família, calcada nesses novos e nobres valores, passa a ser uma referência dentro da
comunidade em que vive. Bons exemplos e boas referências são sementes de luz que dissipam as
densas trevas que recobrem nossa sociedade. Uma sociedade melhor resultará em uma humanidade
mais feliz e fraterna.
BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura pertence ao Irmão José Pellegrino Neto,
extraído do site http://www.formadoresdeopiniao.com.br
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sociedade.html
#83

A COR PÚRPURA DO RITO ESCOCÊS ANTIGO E ACEITO

A cor púrpura, principal do Rito Escocês Antigo e Aceito, é uma decorrência de suas origens
mais remotas, no século XVII, na França, e da aristocratização que lhe foi imposta, a partir do
segundo quartel do século XVIII, também na França. Na realidade, os primeiros agrupamentos
maçônicos de feição moderna - dos Maçons Aceitos - na França, surgiram na esteira do séquito dos
Stuarts, a partir de 1649, quando Henriqueta de França, viúva do rei stuartista inglês Carlos I, que
fora preso e decapitado após a vitória da revolução puritana de Oliver Crommwell, aceitava, do
Rei-Sol, Luis XIV, asilo no castelo de Saint-Germain-en-Laye. E haveria um sensível aumento desses
agrupamentos, a partir de 1688, quando da segunda queda dos Stuarts, com Jaime II, depois da
restauração de 1660; nessa segunda queda, novamente, o asilo político seria em Saint-Germain,
concedido pelo mesmo Luís XIV. Os Stuarts, que, a partir do século XIV, com Alan Fitzflaald,
haviam ocupado os tronos da Escócia e da Inglaterra, eram reis católicos e os seus seguidores, os
jacobitas, eram chamados de "escoceses", por sua feição partidária stuartista e não pela sua origem
nacional.
Já com um grande contingente maçônico desse sistema "escocês", na França, um cavalheiro
escocês, André Michel de Ramsay, que havia sido corrido da Escócia, por querer implantar Graus
Cavalheirescos na Maçonaria, produziu um discurso, em 1737, onde ele pretendia demonstrar o seu
agradecimento, por ter passado de plebeu a nobre, depois de se tornar cavaleiro da Ordem de S.
Lázaro. E nesse discurso - que não lhe foi possível pronunciar, por proibição do cardeal Fleury, mas
que foi publicado no ano seguinte - ele procura ligar as origens da Franco-Maçonaria aos reis e
príncipes das Cruzadas. Embora isso fosse apenas uma fantasia, o certo é que renderia frutos
duradouros, a partir de 1758, quando foi fundado, em Paris, o Conselho dos Imperadores do Oriente
e do Ocidente, ou Soberana Loja Escocesa de S. João de Jerusalém. A partir desse momento, o
sistema se tornava aristocratizado - como Rito de Héredom - ganhando a América do Norte, onde
teria a sua roupagem definitiva, a partir de 31 de maio de 1801, com a fundação, em Charleston - por
onde passa o paralelo 33 da Terra - na Carolina do Sul, do primeiro Supremo Conselho do Rito
Escocês dos Maçons Antigos e Aceitos.
O que importa considerar, nesse apanhado bastante superficial dos primórdios do Rito, são os dois
dados principais: 1. o Rito nasceu no catolicismo; 2. o Rito foi aristocratizado. O catolicismo possui
cinco cores litúrgicas: branca, negra, verde, roxa e vermelha. Destas, a mais importante é a
VERMELHA, que é a cor do sangue e o símbolo da efusão do sangue por amor; por isso é a cor dos
mártires da Igreja, usada durante as celebrações em homenagem a esses mártires. Além disso, ela é a
cor que distingue a alta dignidade cardinalícia; os cardeais, que, na hierarquia mundana,
correspondem aos príncipes, usam o chapéu - ou solidéu - vermelho e a faixa vermelha, como sinal
de sua distinção.E a cor da nobreza, da realeza, também é a vermelha. Todos os antigos reinantes, ao
assumir o trono, recebiam, sobre os ombros, um manto vermelho; famosa é a púrpura imperial, com
que os imperadores romanos - os Césares - eram revestidos, quando de sua ascensão ao trono
imperial. A própria púrpura cardinalícia, já referida, é um sinal de nobreza dos príncipes da Igreja.
Estabelecida a origem da cor vermelha no Rito Escocês Antigo e Aceito, podemos, então, lançar
os olhos sobre as instruções e resoluções do Rito, antigas e modernas: Havendo necessidade, na
segunda metade do século XIX, de tomar algumas medidas que tornassem consensual a prática do
Rito Escocês Antigo e Aceito, inclusive no que se referia à cor do Rito e aos Aventais, embora estes,
em todas as instruções anteriores, fossem orlados de vermelho, realizou-se em Lausanne, em 1875,
um Congresso de Supremos Conselhos, que, em relação, especificamente, ao tema em pauta,
resolveu:
1. O Avental terá dimensão variável de 30/35 cm por 40/45 cm; 2. O Avental do Aprendiz
Maçom é branco, de pele de carneiro, com abeta triangular levantada e sem nenhum enfeite;
3. O Avental do Companheiro Maçom é branco, com a abeta triangular à abaixada, podendo ter
uma orla vermelha; 4. O Avental do Mestre Maçom é branco, com a abeta triangular
abaixada, orlado e forrado de vermelho, tendo, no meio, também em vermelho, as letras M e B;
5. O Avental é o símbolo do trabalho e lembra, ao Obreir
o, que ele deve ter uma vida laboriosa; 6. A cor do Rito Escocês Antigo e Aceito é a vermelha.
Alguns autores questionam as resoluções de Lausanne, porque este Congresso reuniu poucos
participantes. Ora, como em qualquer sociedade, os ausentes, que deixam de atender ao chamamento,
devem aceitar o que os presentes decidirem. Mas, além disso, aí estão Rituais e instruções
anteriores e posteriores à Convenção de Lausanne, mostrando qual é, na realidade, a cor do Rito.
Para ficar só nos nacionais, podemos citar os seguintes trechos, de publicações anteriores a 1875:
"As paredes do templo, cortinas, mesas, doces, etc., são forradas de encarnado no rito escocês e de
azul nos ritos moderno e Adonhiramita; nestes dois últimos, os galões e franjas dos paramentos
devem ser de prata ou de fazenda de cor branca, e no primeiro, de ouro" (Guia dos Maçons
Escoceses, ou Reguladores dos Três Graus Simbólicos do Rito Antigo e Aceito, do Grande Oriente
Brasileiro - Rio de Janeiro - 1834 - página 46) - os grifos são meus.
"Grau 3º - Fita azul orlada de escarlate a tiracolo da esquerda para a direita, suspensa em baixo a
jóia, que é um esquadro e um compasso de ouro entrelaçados. A jóia pode ser cravejada de pedras.
Avental branco de pele forrado e orlado de escarlate, com uma algibeira abaixo da abeta, sobre a
qual estão bordadas as letras M:. B:." (no mesmo Guia dos Maçons Escoceses, capítulo referente a
insígnias e jóias - página 49) - os grifos são meus. "O encarnado é o característico do escossismo"
(Regulador Geral do Rito Escocês Antigo e Aceito para o Império do Brasil - Rio de Janeiro - 1857
- pág. 46) - os grifos são meus. O mesmo regulador, na mesma página, para estabelecer as diferenças
com os outros dois Ritos então praticados no país, Moderno e Adonhiramita, destaca que, para esses
Ritos "o azul é o característico, razão porque são estes dos ritos chamados azuis" (os grifos são
meus). "A Loja é decorada com estofo ou tapeçaria encarnada" (Manual Maçônico ou Cobridor dos
Ritos Escocês Antigo e Aceito e Francês ou Moderno - 4ª ed. - Rio de Janeiro - 1875 - pág. 1) - os
grifos são meus.

"No Oriente há um docel de estofo encarnado com franjas de ouro" (no mesmo Manual Maçônico
- pág. 2) - os grifos são meus. "Avental branco, forrado e orlado de encarnado, com uma algibeira
por baixo da abeta. No meio do Avental estão pintadas ou bordadas em encarnado as letras M:. B:.
(no mesmo Manual Maçônico - pág. 11) - os grifos são meus. Como se pode ver, portanto, o
Congresso de Lausanne não fixou novas regras; ele, apenas, regulamentou os costumes já vigentes,
desde os primórdios do Rito.
Posterior a 1875, pode-se citar, pelo menos, uma publicação brasileira, que confirma a resolução de
Lausanne: "Fita azul, orlada de escarlate, a tiracolo da esquerda para a direita, suspensa em baixo a
jóia, que é um compasso e um esquadro de ouro entrelaçados. Avental branco de pele, forrado e
orlado de escarlate com uma algibeira abaixo da abeta, sobre a qual estão bordadas as letras M:. B:.
(Regulamento Geral da Ordem Maçônica no Brasil - Rio de Janeiro - 1902 - pág. 165, no capítulo
que trata das insígnias e jóias do R:. E:. A:. A:.) - os grifos são meus.
No caso específico do Brasil, o que se vê, hoje em dia, é a fuga às tradições e às
origens do Rito Escocês, com a padronização de todos os paramentos de acordo com o Rito de York.
Sim, pois Aventais de orla azul, com roseta - e de orla azul, com bolinhas de prata e níveis de metal
para o Venerável Mestre - são paramentos do Rito de York! Como isso surgiu, já foi exaustivamente
explicado, em outras ocasiões. E a coisa chegou ao ponto de gerar situações absurdas, para não dizer
ridículas, como a que me foi narrada por um querido amigo de Brasília: um candidato, funcionário do
Ministério do Trabalho, foi Iniciado e, logo depois, teve que cumprir missão na Itália, onde deveria
permanecer, pelo menos, um ano, o que fez com que sua Loja autorizasse suas Elevações em uma co-
irmã italiana, também do Rito Escocês. Pois bem, cerca de dois anos depois, o Obreiro retornou, já
colado no Grau de Mestre e com o seu Avental de orla vermelha; com ele se apresentou em reunião
de sua Loja e foi impedido de ingressar. Ou seja: o único que estava com paramentos escoceses
corretos, foi impedido de ingressar em Loja escocesa, por um bando de Obreiros com paramentos do
Rito de York! E mais dois casos podem ser citados, não absurdos como o primeiro, mas
esclarecedores. O primeiro: fazendo palestra em Santana do Livramento (RS), na fronteira com o
Uruguai, em 1989, constatei a presença - e chamei a atenção para isso - de diversos Obreiros de
Rivera, da Grande Loja do Uruguai, com seus paramentos de orla vermelha. O segundo: falando em
Londrina (PR), em 1991, em Sessão não litúrgica (sem paramentos), sobre a cor dos Aventais e
Templos escoceses, fui interrompido por um Irmão do Equador, recém-chegado, o qual me
perguntava, diante disso, qual era a cor usada no Brasil, no Rito Escocês; quando lhe disse que era a
azul, ele reagiu com um riso de mofa, que valeu por mil palavras, e, puxando uma maleta, de lá tirou
- e mostrou - o seu Avental de orla vermelha. Apesar de todos esses Rituais já terem sido mostrados
e publicados diversas vezes, sempre existem os que não pesquisam, não estudam, não procuram, mas
"acham". Apenas "acham" que a cor do Rito deve ser a azul e ainda inventam que a cor vermelha foi
uma criação brasileira do século passado, atribuindo-a a Cairu (Henrique Valladares), que só
pontificou na Maçonaria nacional no fim do século XIX, muito depois dos Rituais de 1834, 1857 e
1875. Para esses, nada melhor do que "matar a cobra e mostrar o pau", pois, em termos de Rituais
ESTRANGEIROS, podem ser citados vários:
Ritual do Grau de Mestre Maçom, editado em 1912, em Lisboa, pelo Grande Oriente Lusitano
Unido e pelo Supremo Conselho da Maçonaria Portuguesa, ambos reconhecidos mundialmente, na
época. Nesse Ritual, à página 10, pode-se ler: INSÍGNIAS - 1º - Avental branco orlado de
carmezim, tendo bordadas no meio as letras M:. B:., também da mesma cor. - 2º - Banda de "moiré"
azul orlada de carmezim, lançada do ombro direito para o flanco esquerdo, tendo na parte inferior
uma roseta vermelha, da qual pende a jóia formada por um compasso aberto 45 graus, cruzado com
um esquadro. A jóia também pode ser um triplo triângulo coroado. Além disso, Oliveira Marques,
um dos maiores historiadores da Maçonaria, não só de Portugal, como de toda a Europa, publicou,
em 1986, uma obra intitulada "Figurinos Maçónicos Oitocentistas - um guia de 1841-1842", com
base em guias maçônicas encontradas no Arquivo Nacional da Torre do Tombo, junto com um texto
de um decreto regulamentar de 15 artigos, com a chancela do Supremo Conselho de Portugal, datado
do "25º dia da lua de Sivan, do ano da Grande Luz de 5842" (25 de maio de 1842). A obra, que
mostra os paramentos dos 33 Graus, com as roupas da moda, na época, exibe, no desenho
correspondente ao Grau de à Mestre, o Avental de orla vermelha, com as letras M e B.
Ritual do Grau de Aprendiz Maçom do R:. E:. A:. A:. (não do Retificado), editado em 1971, pela
Grande Loja Nacional Francesa, que é a única Obediência francesa reconhecida em todo o mundo,
inclusive, evidentemente, pela G. L. Unida da Inglaterra e pelas Grandes Lojas norte-americanas.
Nesse Ritual, impresso à rue Christine de Pisan, 12, em Paris, pode-se ler, à página 1 - Decoration
de la Loge - o seguinte: "La tenture des parois doit être en principe rouge". O que significa: "A
tapeçaria (estofo, forro) das paredes deve ser principalmente vermelha". Mais adiante, na mesma
página, quando aborda o trono e o altar, o Ritual especifica: "Au-dessus du trône est un dais rouge
avec franges en or". O que significa: "Acima do trono há um dossel vermelho com franjas douradas".

A Grande Loja do Chile, em seus Cadernos Docentes, Primer Grado, edição de 1992, às páginas
50 e 51, do capítulo "El Mandil", afirma: El mandil de piel blanca debe tener um ancho de 35 a 40
centímetros, por 30 a 35 de altura, unido a una cinta también blanca, en el primer grado. Una orla de
cinta roja de 3 a 4 centimetros da al mandil de 2º grado el significado del celo y constancia com que
el masón prosiegue la senda de su perfeccionamiento; y la misma orla y cinta roja con las iniciales
M.B., constituirá el de Maestro. Ou seja: "O Avental de pele branca deve ter uma largura de 35 a 40
cm, por 30 a 35 de altura, unido a uma cinta também branca, no primeiro Grau. Uma orla de fita
vermelha de 3 a 4 cm dá, ao Avental do 2º Grau, o significado do zelo e constância com que o
Maçom prossegue no caminho do seu aperfeiçoamento; e a mesma orla de fita vermelha, com as
iniciais M.B., constituirá o do Mestre".
Nota-se, que, para essa Grande Loja, como para algumas outras, até o Avental de Companheiro
tem a orla vermelha. O Irm:. Léon Zeldiz, atual Sob:. Gr:. Com:. do Supremo Conselho do R:. E:. A:.
A:. do Estado de Israel, sabe disso, porque foi Iniciado no Chile. E, em carta a mim, na minha
qualidade de Grande Representante (Garante de Amizade) da Grande Loja do Estado de Israel, dizia
que concordava comigo, inteiramente, que a cor do R:. E:. A:. A:. é a vermelha. E me explicava que
a situação de Israel era sui-generis, porque, criada pela G:. L:. Unida da Inglaterra e trabalhando só
no Rito azul de York, foi um custo fazer ela aceitar as três Lojas do R:. E:. A:. A:.; se fosse colocada
também a cor vermelha, seria provocar demais, já que a GLUI não aceita o R:. E:. A:. A:.. Então, em
Israel, como no Brasil, o Rito ficou azulado. Só que lá foi por questão de sobrevivência. E aqui?
A Grande Loja da Venezuela, em seu Ritual do Grau de Aprendiz do R:. E:. A:. A:., 15ª edição -
1978 (lá não se muda o Ritual "n" vezes, como aqui), afirma, à página 5, em Decoracion de la Logia:
Paredes tapizadas, colgadas o pintadas de rojo. (...) Al Este hay un dosel de cualquier genero
encarnado com flecos de oro; debajo, el trono donde se coloca el Presidente; delante del trono un
altar en que se pone una escuadra, un compás, la Constitución masónica, una Biblia, una espada. Ou
seja: "Paredes atapetadas, forradas, ou pintadas de vermelho. (...) No Oriente há um dossel ,de
qualquer gênero, vermelho, com franjas douradas; sob ele, o trono, onde se coloca o presidente;
diante do trono um Altar com um Esquadro, um Compasso, a Constituição Maçônica, a Bíblia e uma
Espada".
5. E, para finalizar, outra instrução européia, em obra aprovada pelo Supremo Consiglio del 33\
per l'Italia, reconhecido pelos demais Supremos Conselhos do mundo. Trata-se do livro "GLI
EMBLEMI ARALDICI DELLA MASSONERIA DI RITO SCOZZESE ANTICO ED ACCETTATO"
(Os Emblemas Heráldicos da Maçonaria do Rito Escocês Antigo e Aceito), editado em 1988, por
Convivio-Nardini Editore, de Firenze, e que traz o timbre do Supremo Conselho da Itália, para
mostrar a procedência oficial. Pois, neste livro, sobre emblemas heráldicos dos 33 Graus escoceses,
há uma parte complementar que descreve os Paramentos e Jóias de cada Grau. E, no de Mestre
Maçom (Maestro Massone), há a seguinte descrição: Grembiale bianco foderato e orlato di rosso.
Nel mezzo vi sono le lettere M.B.. Il gioiello è un triplice triangolo coronato, attaccato al Cordone
bleu con una rosetta rossa. Ou seja: "Avental branco, forrado e orlado de vermelho. No centro estão
as letras M.B.. A Jóia é um tríplice triângulo coroado, atado ao Cordão azul por uma roseta
vermelha".
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antigo-e.html
#84

RITO BRASILEIRO - MAÇONS ANTIGOS, LIVRES e ACEITOS

É muito comum quando tratamos do RITO BRASILEIRO, ouvir alguns Irmãos afirmarem ser o Rito
mais patriota dos praticados no âmbito do Grande Oriente do Brasil, realmente o RITO
BRASILEIRO é o que traduz, sem qualquer dúvida, o espírito do Povo, ou melhor, dos Maçons
Brasileiros, porem devemos considerar que todos os Ritos inspiram e buscam inculcar nos seus
seguidores o Amor a Pátria, o cumprimento inflexível do Dever e a responsabilidade social dos
maçons para com a humanidade. Todos os Ritos procuram, através de seus ensinamentos, levarem os
maçons a uma reflexão sobre a trilogia que fundamenta a própria essência da Maçonaria: Liberdade,
Igualdade e Fraternidade. Existe uma maior lição de patriotismo que a representada neste triângulo,
base ideal de qualquer sociedade e suas relações intrínsecas.
O que faz então com que os Maçons associe o Patriotismo ao RITO BRASILEIRO? Vamos tentar
entender o porquê, buscando uma síntese da história do RITO BRASILEIRO.Um grande Maçom e
brasileiro, o Soberano Grão-Mestre LAURO SODRÉ, sonhou com um Rito que fosse a expressão do
espírito dos Maçons Brasileiros e unindo-se a outro grande Maçom e brasileiro, o Soberano Grão-
Mestre NILO PEÇANHA, através do Decreto 500, em 1914, fundou o RITO BRASILEIRO. O Rito
nasceu, portanto, da vontade de que fosse criado um Rito para os Maçons Brasileiros, não que os
Ritos que vieram da Europa, como o Adonhiramita, o Francês Moderno, o Escocês Antigo e Aceito e
o de York, fossem inadequados aos Maçons Brasileiros, mas era desejo daqueles pioneiros, a
criação de um Rito que fosse o espelho da Alma do Maçom Brasileiro, um Rito que colocasse o
Homem como centro da história e não como um mero protagonista.
Um Rito renovador que buscasse o desenvolvimento do Homem e o Progresso da Humanidade, o
desenvolvimento nacional através do estudo e da busca de soluções para os principais problemas
sociais que já incomodavam a Maçonaria daquela época. O RITO BRASILEIRO, não foi criado para
substituir os demais Ritos praticados no âmbito da Maçonaria Brasileira, mas, tomando por base
exatamente esses Ritos que serviram para criar o Espírito Maçônico Brasileiro, é uma opção a mais
aos Maçons, aqueles que buscam encontrar na Maçonaria uma visão desenvolvimentista e
progressista da sociedade brasileira e um estudo dos problemas que impedem esse progresso e suas
possíveis soluções.
Mas o Rito adormeceu, e somente em 1968, através Decreto 2080, foi reimplantado sob a
orientação firme e segura do Soberano Grão-Mestre ÁLVARO PALMEIRA, que segundo conta o
Eminente Grão-Mestre JOSÉ COÊLHO DA SILVA, afirmou categoricamente: "Vou reimplantar de
forma definitiva o Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e Aceitos em 33 (trinta e três) graus,
como expressão máxima da Maçonaria renovada". ÁLVARO PALMEIRA, partiu então para um
trabalho incansável, organizar e estruturar o Rito, inicialmente dedicou-se a base, aos três graus
simbólicos, onde desenvolveu de forma ortodoxa a tradição e os postulados maçônicos universais,
necessários à regularidade universal do Rito e ao aperfeiçoamento moral e cultural do Maçom.
Contudo na formulação dos graus filosóficos procurou levar os Maçons ao Estudo, Análise e Busca
de Soluções dos grandes Problemas enfrentados pela humanidade, em especial aqueles afetos aos
interesses da Pátria, mostrando a necessidade da evolução social, como forma concreta do bem estar
dos povos. Procurou também, seguindo os postulados maçônicos, afastar dos graus superiores a
superstição em todas suas formas, inclusive a religiosa, buscando a Fé Racional, fundamentada na
Teologia, como expressão da característica Teísta do Rito.

Para alcançar esses objetivos fundamentais, o RITO BRASILEIRO desenvolve nos graus
filosóficos uma estrutura caracterizada pela busca do desenvolvimento social do Homem, através do
estudo e solução dos problemas enfrentados pela humanidade, para tal estruturou estes graus de
forma que nos graus 4 ao 18, procura analisar o Homem como Indivíduo, estudando os valores
sociais, culturais e morais, a pratica individual do bem, tendo como objetivo final a Perfeição
Humana; nos graus 19 a 30, busca a análise do Homem como Ser Social, em suas intrincadas
relações psicossociais, através do estudo das atividades humanas relacionadas basicamente ao
trabalho, a agricultura, a indústria, ao comércio, a economia e a justiça, fundamentando-se nas
ciências, nas religiões e na filosofia, buscando alcançar os meios para justa distribuição dos bens
sociais, criando bases sociais seguras que conduzam a Pátria a Paz, a Ordem e ao Bem Estar Social;
nos 31 e 32, o Maçom é conduzido à análise do Homem como Cidadão, os Guardiões do Bem
Público e do Civismo buscam, através do estudo da organização e estrutura das Nações,
compreenderem os princípios basilares da Ordem Pública e Social, analisando as diversas
expressões da Liberdade do Homem e dos Povos, dos Direitos e Deveres individuais e sociais, da
prática da Política como forma de concretização dos objetivos nacionais e garantia da democracia, e
do Civismo como expressão máxima do amor a Pátria; finalmente no grau 33 o Maçom é conduzido à
imagem do Homem Ideal, síntese de toda esta trajetória, o Servidor da Ordem e da Pátria, não há
maior Honra que Servir aos seus Semelhantes, a nossa Ordem e a Pátria.

Concluindo, esperamos haver conduzido os Ilustres Irmãos, neste curto passeio pelo RITO
BRASILEIRO, a análise e possíveis conclusões do porque de muitos Irmãos associarem o RITO
BRASILEIRO ao Patriotismo. Na verdade o objetivo fundamental do Rito é a formação do Maçom,
do Homem, de seu tempo, preocupado com os problemas que afetam a Humanidade, em particular
com a sociedade de que ele faz parte, que é capaz de buscar nos ensinamentos do passado, com as
devidas atualizações, o conhecimento necessário para solução dos problemas atuais. Um Maçom
preocupado com o bem estar público e social, disposto ao combate a miséria, a imoralidade na
gestão do bem público e a opressão social em quaisquer de suas formas alienantes e perversas, e a
lutar pelo desenvolvimento social através da educação, da melhor distribuição de renda e do direito
inalienável ao trabalho como fonte asseguradora da manutenção do indivíduo e de sua família.
O objetivo do RITO BRASILEIRO é formar UM HOMEM, UM BRASILEIRO, UM MAÇOM
JUSTO E PERFEITO.
BIBLIOGRAFIA Mui digno GM Eduardo Gomes de Souza Grau 33, Membro
Extranumerário do Supremo Conclave do Brasil do Rito Brasileiro de Maçons Antigos, Livres e
Aceitos e Grão-Mestre Adjunto do GOERJ.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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livres-e.html
#85

SALA DE AULA - TURMA PARA TODOS OS GRAUS

Meus amados irmãos, tenho nestas passagens de pesquisas observado diversos blogs e sites
nacionais e internacionais e com o único propósito de colher, o que acredito ser, de melhor para o
nosso aprendizado. Na medida em que avançava, encontrava textos prós e contra para a Maçonaria,
com as mais diversas ofensas e em muitas das vezes, sem o respeito nas palavras para com os
leitores. Os mais fervorosos, já nos colocam como seguidores do mal, o anti-Cristo, outros nos
colocam como adoradores do diabo e por aí vão os mais variados nomes.
Porque isto ocorre? Neste tempo em que me encontro em nossa Ordem, ouvi relatos de Irmãos que
tristes ficaram por saberem de irmãos que largaram a Ordem não dando a mínima justificativa, outros
que lutaram para entrar tão somente para tentar expor a Ordem ao ridículo, sem falar dos que
abandonaram por nada conseguirem de conquistas materiais, como se a Maçonaria fosse um cabide
de emprego ou de fortuna, até porque, traduziram erroneamente a frase “se voce entrar para a
Maçonaria, sua vida vai ter uma transformação”, mas que transformação seria esta citada? Talvez o
nascimento do amor ao próximo ou quem sabe até o nascimento do amor a si mesmo.

Por outro lado, “não podemos esperar das pessoas as nossas reações”, contudo, alguns sites
insistem em colocar que a Maçonaria é um conduíte entre as organizações políticas da elite global
(Clube de Roma, Sociedade Teosófica, rosacruzes, Lucis Trust, World Goodwill, etc.). Inserem
neles o reconhecimento da Maçonaria como uma organização religiosa ocultista com a capacidade de
fazer a ligação entre a religião e a política. Creio que a exposição da Maçonaria Especulativa, deu-
se com o passar dos tempos a conotação da “liberdade de expressão maçônica”, sem a serenidade
da reserva de conduta, a prova disto, estão nos sites de algumas Lojas citando basicamente uma
Iniciação, observando algumas passagens sem a menor preocupação da exposição e
não coloco tão somente aqui no Brasil, temos DVDs com explicações, debates de teólogos e
Chanceleres italianos e ingleses, inserindo o Grande Conselho Consultivo europeu e com isto, sinto
que a nossa Ordem ficou sem a devida proteção, onde muitos de nossos Irmãos perderam suas vidas
para defende-la. Esta transformação ou modernização maçônica, conotam na mudança de valores e
ato falho, ao meu ver, que acredito estar faltando até mesmo no questionário para o profano, no
quisito “porque voce quer ser Maçom?” e creio que estão esquecendo de inserir também “onde
voce quer chegar sendo Maçom?” Bem, para esta resposta o irmão dirá que o profano poderá
responder qualquer coisa, mas a resposta não está para quem envia e sim para quem a questiona,
tendo a profunda análise do aceitar ou não o candidato e isto só poderá acontecer se o Mestre for
bem orientado pelo Venerável de sua Loja.
Para mudarmos um conceito de liberdade de expressão, seria necessário que tivessemos
o profundo respeito pela nossa Irmandade, teríamos que ter bem os pés no chão, no conceito de
ensinar ao Aprendiz e Companheiro, na sua devida proporção, com a suspensão dos Augustos
Trabalhos para a passagem de "debates abertos inteligentes" e após os mesmos, o retorno para as
Oficinas,o que poderia ocorrer uma vez ao mes. Creio também na criação de seminários para
Mestres e Veneráveis, na reciclagem de informações enriquecendo da Maçonaria Operativa para a
Maçonaria Especulativa, neste mergulho imaginário para melhor entender, com apresentações de
trabalhos, com discussões do Grande Conselho de cada Potência e isto para que possamos ter futuros
Veneráveis bem mais preparados para defender a Ordem com a certeza da informação para seus
comandados e não por reuniões mensais.
Pensemos meus Amados Irmãos, se falam de nós é porque nós assim deixamos, até porque só
fazem na vida conosco, aquilo que nós permitimos e somos nós responsáveis por nossos fracassos e
por nossas vitorias, seremos nós responsáveis pelo crescimento de nossa Loja. Temos que abrir mais
os nossos corações, ajudando mais o Aprendiz, não permitindo simplesmente o ato mecânico a nossa
frente da informação, até porque, somos todos eternos Aprendizes. Pensemos bem meus Irmãos, só
teremos respeito pelos profanos, não importando qual seja a religião do mesmo, se nós Maçons,
cumpridores dos nossos deveres com a família e com a Pátria, honrando nossos compromissos com
nossos governantes e marchando nas fileiras do exército de nosso GADU, se tivermos realmente a
consciência de estarmos MAÇONS, pois como a vida é apenas uma passagem, estamos e não
somos.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
Texto de total responsabilidade de Yrapoan machado Obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26

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#86

O TEMPO E OS CALENDÁRIOS

Como a nossa vida é relativamente curta, estamos acostumados a pensar em 10 ou 20 anos, por isso
um século costuma ser uma referência de um longo período de tempo. Mas temos que nos lembrar de
que a história do nosso planeta e da raça humana vai muito mais além do que os livros nos contam.
Devemos nos lembrar então que existem períodos de tempo muito maiores, pensando em de milhões
e bilhões de anos. O tempo é medido por mudanças e é dessa forma que percebemos o tempo.
Existem muitas formas de marcar o tempo como, por exemplo, o pêndulo, relógio de areia,
movimento da Lua ao redor da Terra e da Terra ao redor do Sol. São fenômenos físicos cíclicos ou
periódicos, ou seja, se repetem em períodos determinados e sempre iguais.Inicialmente a civilização
ocidental pensava que a Terra seria tão velha quanto os seres humanos, possuindo aproximadamente
6000 anos, quando Tudo teria sido criado, inclusive o tempo. Uma tentativa de quantificação
importante, considerada em calendários de alguns Ritos até hoje, ocorreu em 1654 quando um
arcebispo irlandês calculou, com base em dados bíblicos, que a Terra teria sido criada 4004 anos
a.C. Um outro cálculo, feito por um pastor anglicano, chegou em 4000 anos a.C. Atualmente, além
dos calendários, a metodologia de datação absoluta, através dos métodos C14, tem grande aceitação.
Estabeleceu-se assim que a Terra teria se formado há 5,0 bilhões de anos, as rochas mais antigas há
4,5 bilhões de anos e a vida humana surgiu há 2,0 milhões de anos.Os calendários são as tentativas
de elaboração de sistemas que se baseiam em fenômenos astronômicos, envolvendo a posição e
movimento do Sol e da Lua. Os primeiros calendários tentavam marcar o início e o fim do inverno e
verão. O homem logo percebeu que em determinadas épocas do ano o Sol estaria mais próximo ou
mais afastado da Terra. Assim foram definidos os chamados equinócios, 21 de março e 23 de
setembro, datas do ano em que o dia e a noite são exatamente iguais em duração, e solstício, 21 de
junho e 21 de dezembro, datas do ano em que são desiguais. Com o passar dos tempos o sistema de
contagem de tempo ficou mais sofisticado, foram elaborados os calendários, que foram
aperfeiçoados ao longo da história. Mas o meu objetivo mesmo era definir os calendários que
formaram o calendário maçônico.Calendário gregoriano é resultante da reforma do calendário
juliano e foi introduzido pelo Papa Gregório XIII, onde em cada quatro anos existe um ano bissexto,
que está em uso até hoje. Para efeito de acerto para implantação, foi estabelecido na ocasião que o
dia 04/10/1562 passaria a ser 15/10/1562. Calendário hebraico é lunar e solar ao mesmo tempo e
leva em consideração o ano agrícola, religioso e o civil. Se considerarmos o ano agrícola e o
religioso, o ano hebraico se inicia no mês de Nissam, março. Considerando o ano civil, o ano tem
início em Tishiri, setembro. Para se calcular o ano no calendário hebraico basta somar ao ano da
E.'.V.'. o número 3760.Calendário maçônico gregoriano onde o ano tem início em 21 de março,
dividido em 12 meses com 30 ou 31 dias. O 12° mês, fevereiro, possui apenas 28 dias. Tanto os
meses como os dias não recebem denominações especiais. Trata-se na verdade de uma mistura entre
os calendários gregoriano e hebraico. Para se saber o ano, acrescenta-se o número 4000 ao ano da
E.'.V.'.. O Rito Escocês Antigo e Aceito utiliza, nos Graus Superiores, o calendário hebraico devido
ao fato deste Rito ter sido fundado por Irmãos de origem judaica. Este mesmo Rito utiliza no Brasil
um calendário baseado no hebraico com início em 21 de março, acrescentando-se ao ano da E.'.V.'. o
número 4000. O calendário do Rito Moderno, o rito oficial do GOB, atribui aos meses igual número
de dias que o calendário gregoriano, acrescentando o número 4000 ao ano da E.'.V.'., formando
assim o ano da V.'.L.'., quando teria sido criada a Terra e Tudo o que nela existe. Recordando o
Gênesis: "Faça-se a Luz e a Luz feita" Bibliografia:SPOLADORE, H. 1991 Calendários e
MaçonariaPedro Juchem M.'.M.'. - Loja Venâncio Aires II, nº 2369, GOB RS , Or.'. Venâncio Aires,
RS, BrasilUM BEIJO NO SEU CORAÇÃO.
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#87

A IMPORTÂNCIA DOS GRAUS SIMBÓLICOS

Os três graus simbólicos, Aprendiz, Companheiro e Mestre, comuns a todos os ritos maçônicos,
representam a essência total de toda a doutrina moral da Maçonaria. Na primitiva Franco-maçonaria,
formada pelas organizações de ofício, só existiam os Aprendizes; e os mestres-de-obras eram
escolhidos entre os mais experientes Aprendizes. O grau de Companheiro seria criado já nos
primórdios da Maçonaria dos Aceitos também chamada, impropriamente, de Especulativa no século
XVII; e essa era a situação, quando da fundação, a 24 de junho de 1717, da Pemier Grand Lodge, de
Londres, a primeira do sistema obidencial. O grau de Mestre seria criado em 1725, mas só
introduzido em 1738, pela Grande Loja londrina. A parti daí, iria se concretizar a totalidade da
doutrina moral e da mística da instituição maçônica.

Os três graus simbólicos, síntese do universo maçônico, mostram a evolução racional da espécie
humana, ou seja: intuição (Aprendiz), análise (Companheiro) e síntese (Mestre). O Aprendiz, ainda
inexperiente, embora guiado pelos Mestres, realiza o seu trabalho de forma praticamente empírica,
através da intuição, apenas, representando o alvorecer das civilizações, dominadas pelo empirismo ;
o Companheiro, já tendo um método de trabalho analítico e ordenado, simboliza uma mais avançada
fase da evolução da mente humana, enquanto o Mestre, juntando, através da síntese, tudo o que está
disperso,, para a conclusão final da obra, representa o caminho derradeiro da mente, na busca da
perfeição.

Simbolicamente, nesses três graus, os maçons dedicam-se à construção do templo de Jerusalém,


símbolo das obras perfeitas dedicadas a Deus, de acordo com a concepção da Ordem dos
Templários, criada em 1118 e regida pelos estatutos idealizados por São Bernardo. A construção do
templo, no caso, representa a construção moral e ética do iniciado. Para a concretização desse
simbolismo, a Maçonaria criou a lenda do terceiro grau, de forte cunho moral, segundo a qual havia
um arquiteto, Hiram Abi ("Hiram, meu pai"), que fora enviado ao rei Salomão por Hiram, rei da
cidade fenícia de Tiro, para ser o mestre das obras do templo ; isso, evidentemente, é pura lenda,
pois, Hiram Abi era, simplesmente, um entalhador de metais. Diz, também, a lenda, que Hiram
dividia os seus obreiros, de acordo com suas aptidões, em graus Aprendiz, Companheiro e Mestre
dando-lhes a oportunidade de progredir, pelo seu trabalho. Embora isso também seja, lenda, pois não
havia Maçonaria na época da construção do templo de Jerusalém e nem graus de Companheiro e
Mestre (embora alguns ingênuos acreditem nisso), mostra duas lições morais: a cada um segundo as
suas aptidões e a cada um segundo os seus méritos. Hiram, a personificação da Sabedoria, acabaria
sendo morto pela personificação de vícios degradantes, a inveja, a cobiça e a ignorância,
representadas em três Companheiros, que, sem os méritos, procuravam ser Mestres, a qualquer custo
(o que também é apenas lenda e não realidade).
Esses traços gerais da lenda já que o seu desenvolvimento e as suas minúcias são reservadas aos
iniciados no terceiro grau mostram que o maçom, ao atingir o grau de Mestre, já deve possuir a
plenitude do conhecimento iniciático, moral, social e metafísico, necessário e pertinente aos
objetivos da Ordem maçônica, restando-lhe, então, o trabalho, sempre constante, na busca da
perfeição, nunca atingida, mas sempre perseguida, pois ela é o estímulo sempre presente na vida do
ser humano.

Terá, então, o Mestre, a humildade de se prostrar perante os grandes mistérios da vida e os


insondáveis escaninhos da Natureza, despojando-se de todas as vaidades, incluindo-se, entre elas, a
busca desvairada dos galardões, símbolos da fatuidade, e a busca da ascensão a qualquer custo,
numa escala que quase nunca reflete um conhecimento apreciável e um desejável mérito pessoal.
Deverá, então, o Mestre, lembrar-se, sempre, de que a verdadeira beleza é a interior, mesmo que o
exterior não seja coruscante e não brilhe em faíscas de ouro e prata, pois o maçom, o verdadeiro
maço, o maçom integral é um Mestre pelas suas qualidades mentais e espirituais e não por sua
posição na escala, ou por seus vistosos paramentos. O hábito não faz o monge, diz a velha sabedoria
popular, e se pode até acrescentar que um muar ajaezado de ouro nunca poderá ser confundido com
um corcel de alta linhagem.
Na Loja Simbólica, verdadeira e única essência da Maçonaria universal, o iniciado percorre um
longo caminho, desde as trevas do Ocidente até à luz do Oriente, tendo o seu lugar de acordo com as
suas aptidões e a sua ascensão de acordo com os seus méritos. Sua ascensão não deverá, nunca, ser
devida a favores pessoais, a apadrinhamentos, a rapapés e bajulações, ou ao poder corruptor dos
metais, expedientes, esses, tão comuns na sociedade, em geral, mas excluídos dos templos da
verdadeira Maçonaria, desde os seus primórdios, nos velhos tempos em que só existiam Aprendizes
e Companheiros, que usavam um simples avental de couro, símbolo humilde do trabalho, sem as
riquezas flamejantes de uma nababesca farrambamba. Acham, muitos maçons desavisados, que os
graus simbólicos são secundários e representam um mero apêndice da maçonaria, uma etapa primária
e elementar, um trampolim para grandes escaladas, quando, na realidade é basilar e relevante a sua
importância a ponto deles constituírem, segundo consenso, a "pura Maçonaria" --- pois, como
alicerces de toda a estrutura maçônica universal, nada mais existiria de maçônico sem eles, restando
apenas as honorificências, de que o mundo não maçônico é tão prenhe.
BIBLIOGRAFIA Texto extraído do livro "Liturgia e Ritualística do Grau de Mestre
Maçom" Editora A Gazeta Maçônica - 1987
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simbolicos.html
#88

O RITO DA FLORESTA

Ao confrontarmos esta realidade percebemos dois lados distintos de um mesmo material, o lado
da vida e o lado da morte, ao lado da vida a madeira é o instrumento que impulsionou o progresso da
humanidade, servindo de templo a deus e de refúgio aos homens. Ao lado da morte, confrontamos a
morte da madeira onde ela incendeia e vira cinzas sacrificando assim o seu corpo para nos alimentar
com o calor produzido pela sua queima, na verdade ela apenas sofre uma metamorfose,
transformando a sua forma, mas mantendo o seu espírito, pois uma vez queimada ela vira cinzas e
volta para a terra de encontro ao seu criador de onde um dia brotou. "...Porque há esperança para a
árvore, que, se for cortada, ainda torne a brotar, e que não cessem os seus renovos..." (JÓ 14.7)
Ao lançar uma semente ao solo o homem espera o nascer de uma planta e enxerga apenas mais uma
árvore ao longo do campo, mas nós não somos apenas homens meus caros Primos Fendedores, nós
somos iniciados nos mistérios da natureza e vimos à luz do mundo proveniente do Grande Arquiteto
do Universo, para nós o sentido da semente deve ser mais amplo, pois podemos nos comparar a uma
semente lançada ao solo, ao semear o solo em uma mesma cova, várias sementes são lançadas com a
esperança que uma delas nasça e vire uma bela árvore, não muito diferente do nosso inicio da vida
onde dentro do útero milhares de espermatozóides nadam ao atingir o óvulo a ser fecundado, a
árvore ao ser germinada recebe o sopro da vida assim como nós ao sermos criados recebemos nossa
alma e o sopro do GADU que nos ilumina e nos cede um pouco da sua luz para que caminhemos
sobre a terra, o crescer de uma planta se assemelha ao nosso crescimento onde temos que lutar para
sobreviver a cada dia, ambos precisamos de água e tememos sucumbir durante a vida, ambos
fazemos grandes esforços para que os nossos frutos sejam férteis e úteis e que maior satisfação para
nós do que saber que os nossos frutos alimentaram alguém e o fizeram crescer e se tornar feliz, todos
nós lutamos a cada dia para subir mais um degrau na escada de Jacó assim como a árvore traça o seu
caminho vertical, na velhice nos contentamos em fazer uma boa sombra para os que estiverem a
nossa volta e ao deixar este mundo partimos felizes por ter deixado um legado de felicidade onde
muitos se lembraram de nós pelos frutos que deixamos ou por nossa majestosa presença. "...O fruto
do justo é árvore de vida; e o que ganha almas sábio é..." (PROVÉRBIOS 11.30)

A potencia natural da árvore e da madeira está descrita através dos tempos, serviu de cruz para
Jesus, de combustível para a fogueira onde aqueceu muitos povos, mas também consumiu muita
carne, como na dualidade da vida o homem também pode percorrer dois caminhos o da madeira
usada para construir e aquecer e aquele usado para destruir, assim como a dualidade da vida a
árvore que já viu enforcarem muitos em seus galhos serviu de casa e lar. "... Inseparável do fogo,
portanto da luz, a sombra. A sombra da árvore que, gira em torno de si forneceu o primeiro
relógio solar, o primeiro quadrante solar...". O bastão é de fato o princípio das ferramentas de
trabalho é a mola impulsionadora da Ao lançar uma semente ao solo o homem espera o nascer de
uma planta serviu como primeiro elemento de manejo, originado a partir deste as ferramentas que
seriam usadas no manejo da madeira e mais tarde da pedra, serviu também de símbolo de poder.
O Ritual da Floresta teve seu surgimento associado às confrarias de fendedores (lenhadores), que
dedicavam a vida ao culto da madeira e a alquimia que consistia na transformação da matéria viva
em objetos de serventia ao homem. A sua técnica e a transmissão de seus segredos de ofício foram
incorporados aos rituais que permitiam que o bom fendedor realizasse o trabalho com maestria e
seguindo as leis naturais. Com o Ritual da Floresta os fendedores buscavam o seu caminho até Deus
usando como base de ensinamento as suas técnicas copiadas do seio da floresta e assim associadas à
presença do criador, extraindo o caminho moral a partir de seus instrumentos de ofício.
Este rito era praticado nas grandes florestas da França, Suíça, Noruega, Alemanha e Áustria, o
ritual tem sua fonte provável nos Carpinteiros anteriores, os mais antigos, com grande influência
cristã, sendo essencial a todos os carpinteiros de todas as especialidades e os Bons Primos
Fendedores. A natureza nos traduziu grande parte de nossos rituais e da nossa cultura ela ensina o
modo de ser e de agir, podemos colher dentro de uma floresta milhares de ensinamentos ao
observarmos um único ramo de um galho, como disse Hermes o Trimegisto "tudo que está em cima,
está em baixo" ou seja, a terra é um espelho do céu e os ensinamentos de Deus podem ser notados ao
observarmos a harmonia de uma floresta. No seio da floresta muitos ritos e rituais nasceram os
chamados pagãos tentavam encontrar Deus através da natureza e muitos por isso foram condenados
por praticas de bruxaria, porem muitos foram respeitados e hoje sabemos que foram percussores da
atual maçonaria, os Druidas, por exemplo, eram magos da virtude e os seus rituais aconteciam dentro
das florestas associando o homem ao poder da natureza e construindo assim o saber básico da
formação da vida.
P. - Quantas madeiras um irmão deve conhecer? R. - Quatro. P. - Quais são elas? R - O
carvalho, o ulmeiro, a espinheira e o cedro. P. - Dê-me uma explicação. R. - O ulmeiro é a
madeira que serviu para fazer o ataúde de nosso senhor, o carvalho a cruz onde ele expirou, a
espinheira a coroa que lhe foi colocada o cedro onde Judas se enforcou.
Muito antes dos pedreiros livres terem surgido, os madeireiros livres já existiam, as confrarias
de madeira são muito anteriores as de pedra, muitos dos rituais hoje existentes foram extraídos destas
confrarias que já existiam há séculos, Hiran Abiff ao ser convidado a participar da construção do
tempo de Salomão já trouxe consigo todo o conhecimento necessário para trabalhar na madeira, pois
seu pai prevendo que o filho seria um grande mestre construtor e necessitaria deste conhecimento já o
havia introduzido na confraria dos "Bons Primos Fendedores" onde este aprendeu e desenvolveu a
sua técnica de construção, trabalhando nas florestas do Líbano tanto na sua confraria como em obras
de destaque, razão pela qual sua fama cresceu e seu nome foi especialmente escolhido por Hiram Rei
de Tiro para tomar parte nos trabalhos de construção no Templo de Jerusalém. "...A natureza é um
Templo onde pilares vivos às vezes deixam escapar confusas palavras, o homem passa por
florestas de símbolos que observam com olhares familiares..."
João disse: (O Senhor) "Produzi, pois, frutos dignos de arrependimento... E já está posto o
machado á raiz das árvores; toda árvore, pois que não produz bom fruto, é cortada e lançada no
fogo... ...Eu, na verdade, vos batizo em água, na base do arrependimento; mas aquele que vem após
mim é mais poderoso do que eu, que nem sou digno de levar-lhe as alparcas; ele vos batizará no
Espírito Santo, e em fogo... ... ele queimará a palha em fogo inextinguível." (Mateus 3.8, 3.10, 3.11 e
3.12) "...Bendito o homem que confia no Senhor, e cuja esperança é o Senhor... ...Porque é como a
árvore plantada junto às águas, que estende as suas raízes para o ribeiro, e não receia quando
vem o calor, mas a sua folha fica verde; e no ano de sequidão não se afadiga, nem deixa de dar
fruto..." (JEREMIAS 17.7 e 17.8) "...No monte alto de Israel o plantarei; e produzirá ramos, e
dará fruto, e se fará um cedro excelente. Habitarão debaixo dele aves de toda a sorte; à sombra
dos seus ramos habitarão... ...Assim saberão todas as árvores do campo que eu, o Senhor, abati a
árvore alta, elevei a árvore baixa, sequei a árvore verde, e fiz reverdecer a árvore seca; eu, o
Senhor, o disse, e o farei..." (EZEQUIEL 17.23 e 17.24)

Como vimos à madeira a árvore e a vida estão intimamente ligadas o elo fundamental que
transmite a força entre os seres, o raio de luz vindo do supremo árbitro dos mundos é uno e estável e
age de forma a transmutar a matéria inerte em força de vida, ela une o homem à natureza e cria laços
inseparáveis numa relação de harmonia com a base da vida. Estas poucas palavras apenas serviram
para que os Primos possam ter uma idéia dos Sagrados Rituais das Florestas, e de sua relação com o
homem e com a maçonaria. A verdade é um pelicano de asas abertas à espera do abraço acolhedor
da busca do conhecimento, este texto não encerra o assunto nem é absoluto em pensamento, ele
apenas abre as portas do conhecimento para que cada um possa iniciar a sua busca pelo
conhecimento gravado no seio da natureza. "Aquele que escuta a voz do vento e se cala diante do
carvalho, ganha a sabedoria das coisas que inertes transmitem mais palavras do que um orador
eufórico" Ir.'. Flávio uma citação inspirada após a leitura deste maravilhoso livro.

BIBLIOGRAFIA
Os Sagrados Rituais Maçônicos das Florestas, Príncipe Asklépius D'Sparta. Ed Madras, São
Paulo, 1998.
Biblia Sagrada Flávio Dellazzana, M.'. M.'.A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60
G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'., BRASIL
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#89

BANQUETE RITUALÍSTICO

Joaquim Gervásio de Figueiredo diz que o banquete é uma festividade maçônica realizada em
Loja ou Oficina de Banquete, em grau de Aprendiz, para que dele possam participar todos os
maçons. Ele afirma, ainda, que “embora seja uma tradição muito antiga, as primeiras regras
normativas dessa cerimônia datam de 1721 e referiam-se aos banquetes anuais realizados no dia de
São João Batista, por motivo da eleição do Grão-Mestre da Grande Loja de Inglaterra...” Quanto aos
ágapes o mesmo autor assim se expressa, in verbis: “ÁGAPES (gr.). Refeição em que os cristãos
primitivos se reuniam para comemorar a última ceia de Jesus Cristo com seus discípulos, e davam-se
mutuamente o ósculo de paz e fraternidade. Estava associada à Eucaristia. Ambas essas cerimônias
foram depois separadas, e por último os ágapes foram suprimidos pela Igreja, alegando prática de
abusos. A Maçonaria o conserva nos graus capitulares.” (o destaque é da transcrição) Rizzardo da
Camino , em síntese, assim se manifesta sobre o banquete: A Maçonaria moderna (1723) elegia os
seus dirigentes por ocasião das reuniões convocadas para o banquete, tendo sido sempre ao redor de
uma mesa que se tomavam as decisões importantes e como exemplo cita a Ceia do Senhor e a dos
Cavaleiros da Távola Redonda. Segundo este autor, o vocábulo banquete está em desuso entre nós,
tendo sido substituído pela palavra “ágape”, como, por exemplo, ocorre após as Iniciações, quando
deve haver uma confraternização festiva e essa abrange o comer e o beber com moderação. Rizzardo
da Camino diz ainda que “a origem da palavra é simplória; como para tomar um lugar na mesa, com
comodidade é preciso sentar-se, isso era feito nos ‘bancos’, de onde derivou a palavra Banquete”.
Quanto ao ágape, assim se expressa o autor: “ÁGAPE – De origem grega, significando, amor;
termo usado nos tempos do cristianismo primitivo; reunião para refeições entre os que se amam.
Nessas refeições, e o exemplo marcante foi a Santa Ceia, os Discípulos reuniram-se com o Mestre
para comer o cordeiro pascal, com pão e vinho; o significado de hoje seria a comunhão litúrgica.
Ágape, com acentuação proparoxítona, é o termo usado em maçonaria para as reuniões de refeição;
no Grau 18, o de Príncipe Rosa Cruz, os trabalhos são conclusos com esse Ágape.”
II – INTRODUÇÃO
Como visto, ágape era uma refeição que os antigos (primitivos) cristãos faziam em comum. Eles
se reuniam em torno de uma mesa disposta em formato de ferradura, pois para eles esta disposição
transmitia a idéia de imagem do céu em suas épocas solares. Assim, a reunião de mesa tinha o cunho
ritualístico religioso. Era o Kidush. O Kidush (da raiz hebraica kodesh = sagrado ) significa
“santificação, sagração” e era realizado na véspera de uma festa religiosa, ou na véspera do shabat
(sábado), para realçar a santificação do dia. A última ceia de Jesus com os apóstolos foi um Kidush,
que precedeu à Pêssach (Páscoa).
A realização de Kidush, muito comum entre os essênios, deu origem à eucaristia, haja vista que a
Igreja herdou muitas das práticas hebraico-judaicas. Assim, a Liturgia Eucarística da Missa é uma
das partes em que a influência hebraica mais se manifesta . A Oração Eucarística é considerada o
ponto central da ação de graças e consagração em que se revive a última Ceia de Jesus, quando,
lançando as bênçãos sobre o pão e o vinho, ele os distribui entre os convivas; depois da devida
preparação, realiza-se a Comunhão entre os fiéis, que se reveste do recebimento do corpo e do
sangue do Cristo, como alimento espiritual. Também, entre os demais povos da antiguidade, os
banquetes eram freqüentes. Qualquer evento extraordinário se transformava em motivação para que
uma família, uma associação ou um grupo social se reunisse, para comemorar ao redor de uma mesa.
Além dos hebreus, que demonstravam particular prazer com suas festividades, os egípcios e os
gregos as celebravam, com singular recolhimento de convidar os deuses para os seus banquetes
sagrados. De igual forma, os romanos não se esqueciam de convidar os Deuses festins, colocando-os
em leitos que circundavam as mesas guarnecidas com iguarias. Os Maçons, co-participando dos
banquetes primitivos, mantiveram as tradições antigas, realizando um belo culto ao simbolismo em
seus dias festivos. Segundo Castellani , “por herança recebida dos membros das organizações de
ofício, que, tradicionalmente, costumavam comemorar os solstícios, essa prática chegou à Maçonaria
moderna, mas já temperada pela influência da Igreja sobre as corporações operativas. Como as datas
dos solstícios são, aproximadamente, 22 de junho e 22 de dezembro, muito próximas das datas
comemorativas de São João Batista - 24 de junho - e de São João Evangelista - 27 de dezembro –
elas acabaram por se confundir com estas, entre os operativos, chegando a atualidade. Hoje a posse
dos Grão-Mestres das Obediências e dos Veneráveis Mestres das Lojas realiza-se a 24 de junho, ou
em data bem próxima; e não se pode esquecer que a primeira obediência Maçônica do mundo, a
Premier Grand Lodge, foi fundada em 1717, em Londres, no dia de São João Batista”. Há que ser
feito um registro, ainda que não diretamente vinculado ao tema, mas para que possa ter uma visão
ampla, e não estreita, do assunto envolvendo a Loja de Mesa ou Banquete Ritualístico.
A Maçonaria da atualidade, denominada como especulativa, deveria, na verdade, ser conhecida
como Maçonaria dos Aceitos, haja vista que a forma atual da instituição maçônica somente se
iniciaria no final do século XVI, quando foi aceito o primeiro homem não ligado à arte de construir,
em 1600, na “St. Mary’s Chapell Lodge” (Loja da Capela de Santa Maria), em Edimburgo, na
Escócia. Desde então, as organizações operativas, devido ao declínio da arquitetura gótica, para
sobreviver passaram a admitir homens não ligados à arte, em geral pessoas de destaque na
sociedade, os quais passaram a ser denominados de Maçons Aceitos. Este processo de aceitação
progrediu com tal velocidade que ao final do século XVII o contingente de aceitos superava,
largamente, o de operativos, propiciando a criação da primeira Obediência Maçônica da história, a
Premier Grand Lodge, de Londres, no início do século XVIII, precisamente no dia 24 de junho de
1717.
A Premier Grand Lodge foi fundada por quatro Lojas de Londres, mas esta novidade (sistema
obediencial) não foi bem aceita pelos demais Maçons ingleses, das Lojas livres, os quais criticavam,
entre outras coisas, a descristianização dos Rituais, passando a tratar os membros da Grande Loja
como “modernos”. A 17 de julho de 1751, para combater os “Maçons Modernos”, uma assembléia
de Maçons declarava a intenção de reviver a Antiga Arte Real, segundo os verdadeiros princípios
maçônicos. Na seqüência foi instalada uma outra Grande Loja denominada de Grande Loja dos
“Antigos”, formada, em sua maioria, por Maçons Irlandeses, residentes em Londres. Em 27 de
dezembro de 1813, ou seja, mais de sessenta anos depois, foi consumada a união das duas
Obediências Maçônicas, da qual resultou a United Grand Lodge of England (Grande Loja Unida da
Inglaterra). Daí, então, a adoção pela Maçonaria das datas de 24 de junho e 27 de dezembro e,
provavelmente, por conseqüência, os dois São João – o Batista e o Evangelista – terem se tornado os
padroeiros das Lojas de aceitos, de diversos Ritos até a atualidade. Apesar de Castellani dizer que
“essas Lojas são chamadas de São João, provavelmente em decorrência do título que as corporações
de construtores tinham, na Idade Média: Confraternidade de São João”.
O que é de conhecimento geral é que as festas de São João Batista, a 24 de junho – solstício de
inverno, em nosso hemisfério – e de São João Evangelista – solstício de verão, em nosso hemisfério
– são celebradas pelos Maçons com Sessões Especiais. Como não se sabe a qual São João grande
parte da Maçonaria honra como padroeiro, os dois são aceitos como tal. Mas, a maioria dos autores
destaca São João Batista como o verdadeiro padroeiro, por ter sido ele tomado como patrono pelos
membros das sociedades de construtores romanos – os “collegiati” – convertidos ao cristianismo, e
ainda pelo fato de os colégios de arquitetos celebrarem, assim como os povos da antiguidade,
naquele hemisfério (Norte), o solstício de verão. Esta tese foi reforçada pela fundação da primeira
Obediência Maçônica do mundo – a Premier Grand Lodge – a 24 de junho de 1717.
III – LOJA DE MESA
Passemos, então, ao conjunto de procedimentos que são utilizados no decorrer de uma Loja de Mesa
ou, como coloquialmente vem sendo denominado, de um Banquete Ritualístico. O que é um Banquete
Ritualístico? É a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa de
refeições. De maneira geral, o Banquete Ritualístico deve ser realizado nos edifícios maçônicos, em
salas apropriadas. Pode, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo esteja
disposto de maneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que o Banquete
Ritualístico deve estar a coberto dos olhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística. Como
dito, o Banquete Ritualístico, antigo costume maçônico, deveria ser realizado pelo menos uma vez
por ano, de preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisfério
Norte). Os solstícios ocorrem quando o Sol atinge sua posição mais afastada do equador terrestre:
para o hemisfério sul, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral
(meridional, sul), enquanto o solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge sua posição mais
boreal (setentrional, norte).
O solstício de inverno, em nosso hemisfério, ocorre a 21 de junho, que é, então, a época mais
propícia para o Banquete Ritualístico, embora muitas Oficinas o realizem no dia 24 de junho,
aproveitando o solstício e homenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista,
conforme visto na Introdução deste trabalho. O Banquete Ritualístico também pode ser realizado no
solstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, ou a 27 de dezembro, em homenagem a
São João, o Evangelista. Tudo o que é usado no Banquete Ritualístico tem um nome simbólico,
ligado à arte de construir, aos materiais de construção e aos instrumentos necessários ao trabalho de
edificação, são seguintes os nomes simbólicos: • Areia amarela: a pimenta do reino • Areia
branca: o sal • Armas, ou Canhões: os copos • Bandejas: as travessas • Bandeja grande: a mesa
do banquete • Bandeiras: os guardanapos • Bandeira grande: a toalha de mesa • Barricas: as
garrafas • Demolir os materiais: comer • Espadas, ou Alfanjes: as facas • Fazer fogo: beber •
Materiais: as iguarias servidas na Loja de Mesa • Picaretas: os garfos • Pólvora amarela: a
cerveja • Pólvora forte: o vinho, ou o licor • Pólvora fraca: a água • Pólvora preta: o café •
Telhas: os pratos
A mesa do banquete é disposta em forma de ferradura, com as extremidades correspondendo ao
Ocidente e a cabeceira (mesa de honra), ao Oriente. O Venerável Mestre ocupa o centro da parte da
mesa que constitui o Oriente, tendo, à sua esquerda, os Mestres Instalados e, se for o caso, o
Venerável de Honra, e, à sua direita, as Dignidades do Simbolismo, presentes à sessão. Os demais
Oficiais e Dignidades, colocam-se como em Loja, ou seja: O Orador e o Secretário colocam-se nas
extremidades da mesa de honra, frente a frente; ao lado deles, colocam-se o Chanceler e o
Tesoureiro, tendo, junto a si, o Hospitaleiro; o 2º Vigilante senta-se na metade do lado Sul, ou na
extremidade ocidental, ou sudoeste, da mesa (da ferradura); na metade da mesa do lado Norte,
coloca-se o Experto; o 1º Vigilante ocupa a extremidade noroeste da mesa, variando a posição,
conforme o rito (inversão dos lugares dos Vigilantes, Orador, Secretário, etc.); o Mestre de
Cerimônias fica próximo à extremidade, ao Norte, junto ao 1º Vigilante e à disposição deste;
finalmente, o Cobridor fica na extremidade sudoeste, de frente para o Oriente (se ali estiver o 2º
Vigilante, ficará ao lado dele). Os demais obreiros colocam-se à vontade, em torno da mesa, sempre
na parte externa da ferradura, com Aprendizes e Companheiros ocupando o mesmo local que lhes
compete nos templos. Se o espaço na parte externa não for suficiente, admite-se a ocupação de alguns
lugares na parte interna. Na mesa deve ter uma fita estreita, azul ou encarnada, conforme o Rito,
indicativa do alinhamento das armas. Na parte interna da mesa, sobre um pedestal colocado junto à
mesa de honra, à frente do Venerável Mestre, estarão as Três Grandes Luzes Emblemáticas da
Maçonaria (o Livro da Lei, o Esquadro e o Compasso), dispostas no grau de Aprendiz Maçom. Isso é
fundamental, pois não pode haver sessão ritualística sem a presença das Três Grandes Luzes
Emblemáticas.
Sobre a mesa de honra, diante do Venerável, estará um candelabro de sete braços (o menorá
hebraico), um pedaço de pão e um copo de vinho tinto; à frente do 1º Vigilante, estará um candelabro
de cinco braços e, à frente do 2º Vigilante, um candelabro de três braços. A presença do pão e do
vinho é uma lembrança do ritual hebraico de kidush , incrementado pelos essênios. Todos os
participantes da Loja de Mesa estarão paramentados e as Dignidades e Oficiais usarão as jóias de
seus cargos. Algumas Obediências costumam recomendar que não sejam usados os aventais, pois
eles seriam reservados para os trabalhos da Loja no templo; isto, todavia, não é correto, pois, em
qualquer sessão ritualística, o maçom deve portar o seu avental, sem o qual será considerado como
se estivesse nu. Também recomendam, muitas Obediências, principalmente européias, que, além do
banquete ritualístico, realizado por ocasião do solstício de inverno, seja realizado um outro, em
forma "profana", por ocasião do solstício de verão. Nessa oportunidade, é recomendada uma
excursão ao campo, para o reencontro com o Sol e a Natureza, em sua plenitude, seguida de
banquete, com a presença de familiares e amigos dos maçons da Loja.
IV – CONCLUSÃO
A Loja de Mesa ou Banquete Ritualístico reveste-se de uma cerimônia sagrada, que deveria ser
praticada pelas Lojas, anualmente, com toda solenidade, nas duas grandes festas tradicionais e,
eminentemente simbólicas, que são as chamadas Festas Solsticiais ou de São João. Nessas festas são
celebrados os Banquetes Fraternais. Algumas Lojas realizam, anualmente, o Banquete Ritualístico,
por ocasião da data de sua fundação. Este é o caso da Augusta Respeitável, Estrela da Distinção
Maçônica, Loja Simbólica Águia do Planalto, fundada em 7 de setembro de 1969, que realiza, desde
o ano de 1999, o seu banquete ritualístico em data próxima à de fundação. O Banquete Ritualístico,
como visto, tem reminiscências antiqüíssimas – Ceia dos Apóstolos, Ceia Pascoal dos Judeus e os
Ágapes do Amor dos Cristãos – razão pela qual deve se revestir da maior seriedade. Não é uma
brincadeira. É uma comunhão fraternal, razão pela qual é realizado longe das vistas profanas,
portanto, deve ser evitado o excesso de bebida e de comida. Infelizmente, em algumas ocasiões, tem
se presenciado, neste tipo de Ágape Sagrado, mera festa de comilança.
O Banquete Ritualístico é um momento de confraternização, que é exercer uma confraternidade,
em nome de todos os Maçons do orbe terrestre, de salientar os laços que unem os Irmãos dessa
Ordem Universal. Neste momento deve-se estar conectado com o Grande Arquiteto do Universo,
entendendo que, no momento dessa confraternização, dever-se-ia estar recebendo o mesmo alimento
espiritual, alimento propiciador de uma ligação espiritual forte, mantenedora de um laço invisível e
inquebrantável, que deve estar isento de qualquer mácula, pois advém de seres Iniciados. LOJA DE
MESA
Por: José Castellani , do livro Dicionário de Termos Maçônicos.
É a sessão ritualística em que os maçons se confraternizam em torno de uma mesa de refeições.
É também chamada, embora impropriamente, de banquete ritualístico.
De maneira geral, a Loja de Mesa deve ser instalada nos edifícios maçônicos, em salas
apropriadas. Podem, todavia, ter lugar em qualquer outro edifício, contanto que tudo seja disposto de
maneira que, de fora, nada se possa ver e ouvir; isso significa que a Loja de Mesa deve ser coberta a
olhos profanos, já que se trata de uma sessão ritualística.
A Loja de Mesa, antigo costume maçônico, deve ser instalada pelo menos uma vez por ano, de
preferência no solstício de inverno (no hemisfério Sul), ou de verão (no hemisfério Norte). Os
solstícios ocorrem quando o Sol atinge sua posição mais afastada do equador terrestre : para o
hemisfério sul, o solstício de verão ocorre quando o Sol atinge sua posição mais austral (meridional,
sul), enquanto o solstício de inverno ocorre quando o Sol atinge sua posição mais boreal
(setentrional, norte). Este último ocorre a 21 de junho, que é, então, a época mais propícia para a
Loja de Mesa, embora muitas Oficinas a realizem no dia 24 de junho, aproveitando o solstício e
homenageando o padroeiro de muitos ritos maçônicos, São João, o Batista. Também pode, ela, ser
realizada no solstício de inverno no hemisfério norte, 21 de dezembro, ou a 27 de dezembro, em
homenagem a São João, o Evangelista. Nos primórdios da Franco-Maçonaria, ainda na de ofício, ou
operativa, eram comuns, nos solstícios, esses repastos fraternais; posteriormente, por influência da
Igreja e dada a proximidade dos solstícios com as datas dedicadas aos dois São João, eles passaram
a ser realizados nestas. Também recomendam, muitas Obediências, principalmente européias, que,
além do banquete ritualístico, realizado por ocasião do solstício de inverno, seja realizado um outro,
em forma "profana", por ocasião do solstício de verão. Nessa oportunidade, é recomendada uma
excursão ao campo, para o reencontro com o Sol e a Natureza, em sua plenitude, seguida de
banquete, com a presença de familiares e amigos dos maçons da Loja.
Obra Transcrita pelo Valoro Ir .’. Marcos A. P. NoronhaV.’.M.’. da Loja Universitária
Ordem, Luz e Amor nº 3848Ex- V.’. M.’. da Loja Águia do Planalto nº 1767 (biênios 1999-2001
e 2001-2003)Atual Pres. da Comissão de Graus da Loja Águia do PlanaltoNos Altos Corpos do
REAA é o atual Aterzata do Capítulo Estrela de BrasíliaREFERÊNCIA
BIBLIOGRÁFICA:CAMINO, Rizzardo da. Dicionário Maçônico. 2a. Edição. Rio de Janeiro.
Editora Aurora, 1991.CARVALHO, Assis. Cadernos de Estudos Maçônicos – Cargos em Loja
Nº 1. 3a. Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 1988.CASTELLANI, José.
Cadernos de Estudos Maçônicos – Consultório Maçônico II. 1a. Edição. Londrina. Editora
Maçônica “A Trolha” Ltda, 1989.CASTELLANI, José. Dicionário de Termos Maçônicos. 1a.
Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 1989.CASTELLANI, José. Loja de
Mesa. 1a. Edição. Londrina. Editora Maçônica “A Trolha” Ltda, 2004.FIGUEIREDO, Joaquim
Gervásio de. Dicionário de Maçonaria. 2a. Edição (revista e ampliada). São Paulo. Editora
Pensamento, 1974.GRANDE ORIENTE DO BRASIL. Rituais Especiais. Ritual de Banquete.
Aprovado pelo Decreto nº 0259, de 26 de maio de 1999 da E?V?ZOCCOLI, Hiran Luiz.
Cadernos de Estudos Maçônicos Nº 6 – A Iniciação Maçônica. 1a. Edição. Londrina. Editora
Maçônica “A Trolha” Ltda, 1989.Em astronomia, zênite (br.) ou zénite (pt.) é o ponto superior
da esfera celeste, segundo a perspectiva de um observador na superfície do astro onde se
encontra (isto é, o exato ponto acima de sua cabeça), ou a interseção da vertical superior do
lugar com a esfera celeste. É o marco referencial de localização de posições de objetos celestes.
O zênite também denominado auge, apogeu, culminância opõe-se a nadir.
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#90

FÉ - ESPERANÇA - CARIDADE

Na escada de Jacó lá estão destacadas essas três palavras A FÉ


Sou a irmã mais velha da Esperança e da Caridade. Chamo-me Fé. Sou grande e forte. Aquele que
me possui não teme o ferro nem o fogo, pois ele é à prova de todos os sofrimentos físicos e morais.
Irradio sobre vós com um facho cujos jatos brilhantes se refletem no fundo dos vossos corações e
vos comunico a força e a vida. Entre vós, dizem que transporto montanhas, mas eu vos digo: venho
erguer o mundo, porque o Espiritismo é a alavanca que me deve ajudar. Uni-vos a mim. Eu venho
convidar-vos. Eu sou a Fé.
Eu sou a Fé! Moro com a Esperança, a Caridade e o Amor, no mundo dos Espíritos Puros. Muitas
vezes deixei as regiões etéreas e vim à Terra para vos regenerar, dando-vos a vida do Espírito. Mas,
fora os mártires dos primeiros tempos do Cristianismo e alguns fervorosos sacrifícios de tempos em
tempos, ao progresso da Ciência, das letras, da indústria e da liberdade, não encontrei entre os
homens senão indiferença e frieza, e tristemente retomei o meu voo para o Céu. Julgais-me em vosso
meio, mas vos enganais, porque a Fé sem obras é um simulacro de Fé. A verdadeira Fé é vida e
ação. Antes da revelação do Espiritismo a vida era estéril; era uma árvore ressequida pelos raios e
que nenhum fruto produzia. Reconhecem-me por meus atos: eu ilumino as inteligências; aqueço e
fortaleço os corações; afasto para bem longe as influências enganadoras e vos conduzo para Deus
pela perfeição do espírito e do coração. Vinde colocar-vos sob minha bandeira. Eu sou poderosa e
forte. Eu sou a Fé. Sou a Fé, e o meu reino começa entre os homens, reino pacífico que os tornará
felizes no presente e na eternidade. A aurora do meu aparecimento entre vós é pura e serena; seu sol
será resplendente e seu ocaso virá docemente embalar a Humanidade nos braços de eternas
felicidades. Espiritismo! Derrama sobre os homens o teu batismo regenerador. Eu lhes faço um apelo
supremo. Eu sou a Fé.
GEORGES, bispo de Périgueux
A ESPERANÇA
Meu nome é Esperança. Sorrio à vossa entrada na vida; sigo-vos passo a passo e não vos deixo
senão nos mundos onde para vós se realizam as promessas de felicidade, incessantemente
murmuradas aos vossos ouvidos. Sou vossa fiel amiga. Não repilais minhas inspirações. Eu sou a
Esperança. Sou eu que canto através do rouxinol e que solto, aos ecos das florestas, essas notas
lamentosas e cadenciadas que vos fazem sonhar com o Céu. Sou eu que inspiro à andorinha o desejo
de aquecer os seus amores ao abrigo de vossas moradas; que brinco na brisa ligeira que acaricia os
vossos cabelos; que espalho aos vossos pés o suave perfume das flores dos vossos canteiros, e quase
não pensais nesta amiga tão devotada! Não a repilais: é a Esperança!
Tomo todas as formas para me aproximar de vós: Sou a estrela que brilha no azul; o quente raio
de sol que vos vivifica; embalo as vossas noites com sonhos ridentes; expulso para longe as negras
preocupações e os pensamentos sombrios; guio vossos passos para o caminho da virtude;
acompanho-vos nas visitas aos pobres, aos aflitos, aos moribundos, e vos inspiro palavras afetuosas
e consoladoras. Não me repilais. Eu sou a Esperança. Eu sou a Esperança! Sou eu que, no inverno,
faço crescer na casca dos carvalhos o musgo espesso com que os passarinhos fazem seus ninhos; sou
eu que, na primavera, corôo a macieira e a amendoeira de flores rosas e brancas e as espalho sobre a
Terra como um tapete celeste, que faz aspirar a mundos felizes. Estou convosco principalmente
quando sois pobres e sofredores, e minha voz ressoa incessantemente aos vossos ouvidos. Não me
repilais. Eu sou a Esperança. Não me repilais, porque o anjo do desespero me faz uma guerra cruel e
se esgota em vãos esforços para junto de vós tomar o meu lugar. Nem sempre sou a mais forte, e
quando ele consegue me afastar vos envolve com suas asas fúnebres; desvia os vossos pensamentos
de Deus e vos conduz ao suicídio. Uni-vos a mim para afastar sua funesta influência, e deixai-vos
embalar docemente em meus braços, porque eu sou a Esperança. FELÍCIA, filha da médium.
A CARIDADE
Eu sou a Caridade, sim, a verdadeira Caridade. Em nada me pareço com a caridade cujas práticas
seguis. Aquela que entre vós usurpou o meu nome é fantasista, caprichosa, exclusiva, orgulhosa.
Venho premunir-vos contra os defeitos que, aos olhos de Deus, empanam o mérito e o brilho de suas
boas ações. Sede dóceis às lições que o Espírito de Verdade vos dá por minha voz. Segui-me, meus
fiéis: eu sou a Caridade. Segui-me. Conheço todos os infortúnios, todas as dores, todos os
sofrimentos, todas as aflições que assediam a Humanidade. Sou a mãe dos órfãos, a filha dos velhos,
a protetora e suporte das viúvas. Curo as chagas infectas; trato de todos os doentes; visto, alimento e
abrigo os que nada têm; subo aos mais humildes tugúrios e às mais miseráveis mansardas; bato à
porta dos ricos e poderosos porque onde quer que exista uma criatura humana, há, sob a máscara da
felicidade, dores amargas e cruciantes. Oh! Como é grande minha tarefa! Não poderei cumpri-la se
não vierdes em meu auxílio. Vinde a mim: eu sou a Caridade.
Não tenho preferência por ninguém. Jamais digo aos que de mim necessitam: “Tenho os meus
pobres; procurai alhures.” Oh! falsa caridade, quanto mal fazes! Amigos, nós nos devemos a todos.
Crede-me. Não recuseis assistência a ninguém. Socorrei-vos uns aos outros com bastante
desinteresse para não exigirdes reconhecimento da parte dos que tiverdes socorrido. A paz do
coração e da consciência é a suave recompensa de minhas obras: eu sou a verdadeira Caridade.
Ninguém sabe na Terra o número e a natureza de meus benefícios. Só a falsa caridade fere e humilha
aqueles a quem beneficia. Evitai esse funesto desvio. As ações desse gênero não têm mérito perante
Deus e atraem a sua cólera. Só ele deve saber e conhecer os generosos impulsos de vossos corações,
quando vos tornais os dispensadores de seus benefícios. Guardai-vos, pois, amigos, de dar
publicidade à prática da assistência mútua; não mais lhe deis o nome de esmola; crede em mim: eu
sou a Caridade. Tenho tantos infortúnios a aliviar que por vezes tenho os seios e as mãos vazios.
Venho dizer-vos que espero em vós. O Espiritismo tem como divisa Amor e Caridade, e todos os
verdadeiros espíritas quererão, no futuro, conformar-se a esse sublime preceito ensinado pelo Cristo
há dezoito séculos. Segui-me, pois, irmãos, e eu vos conduzirei ao Reino de Deus, nosso pai. Eu sou
a Caridade. ADOLFO, bispo de Argel.
Instruções dadas por nossos Guias sobre as três comunicações acima. Meus amigos, vós deveis
ter pensado que um de nós havia dado os ensinamentos sobre a fé, a esperança e a caridade. E tínheis
razão. Felizes por ver Espíritos tão elevados vos dando, com freqüência, conselhos que vos devem
guiar em vossos trabalhos espirituais, não é menor nossa suave e pura alegria, quando vimos ajudar-
vos na tarefa do vosso apostolado espírita. Podeis, pois, atribuir ao Espírito de Georges a
comunicação sobre a Fé; sobre a Esperança, a Felícia: aí encontrareis o estilo poético que tinha em
vida; e a da Caridade ao senhor Dupuch, bispo de Argel, que na Terra foi um de seus fervorosos
apóstolos. Ainda teremos que tratar da caridade sob outro ponto de vista. Fá-lo-emos dentro de
alguns dias.
Texto enviado por nosso Venrável Mestre Ailton de Oliveira
BIBLIOGRAFIA (Bordeaux - médium: Sra. Cazemajoux - Revista Espírita, fevereiro de
1862)
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#91

REINTEGRAÇÃO DO COMPANHEIRO

A Passagem a Companheiro é um anti-clímax. Depois de uma cerimónia de Iniciação que o


marcou, depois de um período de Aprendizagem em que foi confrontado com uma luxuriante
quantidade de símbolos, em que focou a sua atenção nos aspectos da espiritualidade, o novo
Companheiro ascende a esse grau através de uma cerimónia simples e singela e inicia um período de
trabalho em que depara com muitos poucos símbolos novos e lhe é pedido que foque a sua atenção
em algo que, provavelmente, foi objeto dela na maior parte da sua vida: o Homem, as Ciências e as
Artes.
De repente, a novidade desaparece, o que se vislumbra nesta parte do caminho do maçon é o
mesmo que qualquer profano medianamente culto vê no seu dia a dia. Naturalmente que o panorama
se mostra menos interessante, que é admissível e até natural o pensamento de que não se vislumbra
grande diferença entre a Maçonaria e o Mundo Profano. Naturalmente que o novo Companheiro
descobre em si um misto de sentimentos que lhe desagradam: desilusão, estranheza, indiferença. Para
quê voltar a estudar o que já se estudou? Ou que real vantagem se tira de iniciar um estudo,
autodidacta e limitado, de uma qualquer outra disciplina científica ou artística diferente daquela a
que profissionalmente nos consagrámos? Não será o grau de Companheiro o mais gritante dos
anacronismos da Maçonaria?
Talvez porventura no século XVIII se justificasse. Então imperava o analfabetismo, muitas das
ciências davam os primeiros passos, o Iluminismo era ainda recente... Mas, nos dias de hoje, que
interesse e justificação tem pedir-se a homens cultos, muitos licenciados e doutorados que... estudem
o Homem e as ciências e as artes? Tudo isto são interrogações legítimas, preocupações
compreensíveis, hesitações evidentes. Mas por tudo isto é necessário passar, para se concluir a
formação maçónica!
Em primeiro lugar, este quadro cinzento permite que se tire uma lição: a Maçonaria não é um
glorioso caminho de excelsas novidades, que o maçon percorre pisando a passadeira vermelha da
exaltação espiritual. Ou, pelo menos, não é só isso. A Maçonaria, como tudo na vida, tem coisas
agradáveis e coisa menos agradáveis. Tem o que nos dá prazer e conforto e motivação. Mas também
tem o que nos é mais penoso, menos atractivo, mais aborrecido.
A Maçonaria é, no fundo, um método de aprendizagem da Vida. E a Vida é assim mesmo: tem o
agradável e o menos agradável, o exaltante e o aborrecido, o saboroso e o insosso. Isto para além de
que o que é saboroso para uns é insosso para outros, o que agrada a una quantos, é indiferente a
tantos outros, o que exalta estes aborrece aqueles. A diversidade de opções, de vias, a integração e
valorização da individualidade através do grupo implicam que todos, de quando em vez e mesmo
frequentes vezes, suportem algo que lhes é menos agradável em prol dos demais. A diversidade é
uma riqueza, mas também um fardo! Em segundo lugar, há que aprender ou relembrar que o Homem é
tão mais interiormente rico quanto mais diversificados forem os seus interesses. Vivemos em tempos
de especialização. Em contraponto, a Maçonaria lembra-nos as vantagens (mas também os
inconvenientes...), a riqueza (e o esforço...), a essencialidade (e a penosidade...) de se ser um
Homem integral, harmoniosamente desenvolvido científica, cultural e espiritualmente.
Mas a aquisição destas noções, o relembrar destes princípios constitui, inicialmente, um choque.
O novo Companheiro tem a sensação de que, em vez de progredir, está a regredir. E, mesmo que o
não verbalize, não se pode impedir de sentir um certo desapontamento. É por isso que é essencial um
trabalho de reintegração do Companheiro. Não uma simples integração no grupo, que já está feita,
mas de reintegração no espírito de crescimento, de aperfeiçoamento, através das diferentes
ferramentas que agora se lhe pede que utilize.
Os Mestres, e em particular o Primeiro Vigilante da Loja (o oficial que tem a seu cargo o
acompanhamento da coluna dos Companheiros), devem, nesta fase, colocar-se á inteira disposição
do Companheiro. Procurar esclarecer-lhe as dúvidas. Apontar-lhe o caminho. Traçar-lhe objectivos.
Permitir-lhe que venha a perceber, à luz dos conhecimentos simbólicos que, enquanto Aprendiz,
adquiriu, a necessidade deste período especificamente destinado ao estudo do que é terreno, do que é
material, do que é humano.
É a hora de relembrar ao Companheiro todos os símbolos de dualidade com que se confrontou e
esperar que ele tire as suas conclusões. É o momento de lhe relembrara a frase, que lhe soou talvez
tão enigmática, de que o que está em cima é como o que está em baixo.
É afinal a ocasião para que o Companheiro ganhe a noção de que, mesmo quando lida com coisas
muito práticas, ainda então e assim isso tem um significado simbólico. E aí o Companheiro regressa
a águas conhecidas. É altura de realçar que novos conhecimentos, ricos cambiantes, diferentes
tonalidades se surpreendem ao revisitar, à luz dos conhecimentos que adquirimos em Maçonaria e da
melhoria espiritual que progressivamente buscamos alcançar, as ciências e as artes que tão bem
julgamos conhecer. E então estará aberta a via para que a desilusão desapareça, o aborrecimento
esmoreça, a estranheza se dissipe. O Companheiro, devidamente apoiado, por ele mesmo
compreenderá a razão de ser deste regresso às coisas terrenas e do Homem, a necessidade de o
empreender, o trampolim que constitui para o avanço seguinte.

No fim, o Companheiro compreenderá algo que aprendeu na sua Passagem: que, por vezes, é
necessário um desvio e um regresso ao rumo, para poder prosseguir caminho...
Bibliografia
Escrito Pelo Irmão e Mestre Rui Bandeira
ARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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companheiro.html
#92

UM PAPA NA MAÇONARIA

Não é de hoje a perseguição da Igreja Católica , contra a Maçonaria. Há séculos somos


perseguidos e dentre os perseguidores, destacamos o Papa Pio IX pelo sentimento anticristão contra
a Maçonaria. Mostrou-se rancoroso contra a Instituição depois de Papa. Pio IX chamava-se Giovanni
Ferreti Mastai. Ele foi Maçon, tendo pertencido ao quadro de obreiros da Loja Eterna Cadena, de
Palermo (Itália). Sob o número 13.715 foi arquivada, em 1839 na Loja Fidelidade Germânica, do
Oriente de Nurenberg uma credencial de que foi portador o Irmão Giovanni Ferreti Mastai,
devidamente autenticado, com selo da Loja Perpétua, de Nápolis.
Como Irmão, como Maçon, Giovanni Ferreti Mastai foi recebido na Loja Fidelidade Germânica.
O Irmão Ferretti nasceu em 1792. Passou dois anos no Chile, servindo como secretário do vigário
apostólico Mazzi; foi Arcebispo de Spoleto em 1827, bispo de Imola em 1832 e foi elevado a
Cardeal, em 1840, e eleito Papa em 1846.
Confrontando- se as datas, verifica-se que, em 1839, quando o Irmão Ferretti foi fraternalmente
recebido na Loja Maçônica na Alemanha, já era Bispo.
Ascendendo a Papa, Giovanni Ferretti Mastai traiu seu Juramento, feito em Loja Maçônica, com a
mão sobre o Livro da Lei e honrou a Maçonaria com o seu ódio, culminando com a publicação, em
08 de dezembro de 1864, do Syllabus, e em que amontoou todas as bulas papais e encíclicas contra a
Maçonaria, de que fizera parte. A Loja Eterna Cadena, filiada à Grande Loja de Palermo, em 26 de
março de 1846 considerando o procedimento condenável do Irmão Giovanni, resolveu expulsá-lo
como traidor, depois de convocá-lo para defender-se. Sua expulsão foi determinada por Victor
Manuel, Rei da Itália e de toda a Península e Grão-Mestre da Maçonaria da Itália, que decretou mais
tarde, em 1865 sua expulsão da Ordem por ter excomungado todos os membros da Maçonaria. Sua
expulsão pelo Rei italiano e Grão-Mestre foi classificada como Perjuro.
A Igreja Católica sempre tem procurado ocultar este episódio. Pio IX que tão ferozmente investiu
contra os Maçons, sobretudo os da Itália, foi feito prisioneiro em 20 de setembro de 1870, pelos
patriotas que lutavam e conquistaram a Unificação Italiana, tendo à frente vários Maçons inclusive,
entre eles: Garibaldi, Mazzini, Cavour, Manzoni e outros. Apesar de feroz inimigo da Maçonaria,
que traiu, Pio IX foi tratado com consideração pelos Maçons, seus aprisionadores. Viram nele o
antigo Irmão transviado e, embora fosse ele um Perjuro, prevaleceu o Princípio Sagrado de
Fraternidade. Foi belíssima a lição de amor ao próximo, dada pelos Maçons ao Papa Pio IX.
Em conseqüência da bula Syllabus de Pio IX, contra a Maçonaria, é que surgiu no Brasil, a
rumorosa Questão dos Bispos, também denominada Questão Epíscopo-maçônica, quando Dom Vital,
Bispo de Olinda, e Dom Antonio Macedo, Bispo do Pará, pretenderam que o Syllabus se
sobrepusesse às Leis Civis Brasileiras, exigindo que as Irmandades religiosas eliminassem do seu
seio os numerosos Maçons católicos que a compunham. As Irmandades reagiram e recorreram à
Justiça, tendo tido ganho de causa. Os Bispos não acataram a decisão da Justiça.
Foram julgados e condenados a quatro anos de prisão, com trabalho forçado. Um ano e pouco
depois o Duque de Caxias, Maçon, então Presidente do Ministério do Segundo Império, anistiou-os.
Texto enviado pelo Venerável Mestre Ailton de Oliveira
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#93

ELEVADORES DAS ALMAS

Ser Maçom é realmente gratificante. Fico pensando e ao mesmo tempo, usando a imaginação e
não estou só neste pensamento, pois creio que muitos o façam da mesma forma, com a mesma
pergunta: após o descanso da matéria, o que acontece? Vamos citar dois exemplos. A doutrina
cristã, estabelece que a alma segue o seu curso, em direção ao céu ou ao inferno. Já o espírita
kardecista, cita o desligamento do espírito, como um estágio de descanso, como se estivesse ele,
espírito, em um hospital, principalmente os que morreram por acidentes. São caminhos diferentes,
mas o sentido é o mesmo ou seja, a tentativa de um conforto em vida, achando como será o outro
lado. Vejamos como isto funciona.

Creio que se encaixa como uma sala de aula, no trabalho apresentado e aplicação no dever de
casa e embora todos os dias temos algo acontecendo em diferentes módulos, não podemos deixar de
aplicar o que nos é ensinado. Conhecemos pessoas que vem ao mundo, crescem sem crescer, montam
suas famílias sem a menor preocupação ou sem a menor responsabilidades de mante-las, enfim,
pessoas que falo as vezes que “vão na padaria comprar carnes”, pois estão totalmente perdidas em
suas vidas. Nada acontece de positivo com elas, estão sempre a espreita, aguardando um momento
para dar um bote ou outras pessoas que vivem secando outros, como se alguém fosse culpado pela
derrota que foi cavada em sua própria vida.
Denomino estas pessoas de “almas em elevadores”, pessoas que nascem, crescem e desencarnam
sem colocar o seu marco na terra, sem ao menos saber o que estão fazendo aqui e que muitas das
vezes, estão sempre brigando, não permitindo uma ajuda e são tão amargas e tão fechadas, que
perdem seu brilho, não permitindo sequer um carinho, um afago, achando que ser avarento e
rancoroso é ser econômico, porém, nestes dois últimos quisitos a economia em seu interior é,
nfelizmente, o amor pelo próximo.

Ao passo que, quando cito que ser Maçom é gratificante e enriquecedor, é porque o aprendizado
que recebemos com os nossos Mestres em Templo, nos dá a linha mestra da conduta, nos testando na
condução de nossas vidas, como estrada, com um norte mais promissor. Insiro a Maçonaria, não
como religião e sim como escola de conduta, de humanismo e de união familiar, porém, também não
vejo nada de mais para quem é Maçom e não tem nenhuma religião definida se vê-la como tal, até
porque, se juntarmos todos os irmãos, teremos uma torre de Babel religiosa e quando citamos que
somos “homens livres e de bons costumes” é porque nesta citação, está o ser livre de caminhos,
com a certeza de seguir a trilha para o encontro de GADU e porque de bons costumes? Por saber das
responsabilidades que nos cercam, tanto no calor da nossa vida familiar, quanto em nossas
responsabilidades profanas.
Tal transformação se dá quando aceitamos em pertencer ao Augusto Quadro desta Arte Real e
principalmente em participar das fileiras de GADU e até porque, após a cada iniciação, sentimos a
nossa vida se transformar, porém, esta transformação é dada de dentro para fora, em um despertar
sem se importar com a idade material, sem a preocupação do erro inicial, até porque, nunca
estaremos, enquanto Maçons formos, sozinhos, dito isto na certeza que haverá sempre um irmão, um
Mestre para nos guiar, como desde a nossa Iniciação.
Texto de total responsabilidade de Yrapoan Machado, obreiro da Cavaleiros do Templo nº 26
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#94

MAÇOM - DENTRO E FORA DO TEMPLO

O tema “MAÇOM DENTRO E FORA DO TEMPLO” está intrinsecamente relacionado aos


princípios de nossa Sublime Ordem que propaga ser uma escola formadora de líderes. Como
sabemos, o exercício da liderança representa um ônus elevado pois, além da responsabilidade
inerente, o comportamento é fundamental pelo exemplo que sua imagem passa aos seus seguidores.
Ao ingressarmos em nossa instituição, juramos o respeito aos seus estatutos, regulamentos e
acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os princípios que a regem, bem como,
o amor à Pátria, crença no G\A\D\U\, respeito aos governos legalmente constituídos e acatamento às
leis do nosso país. Por esta razão, espera-se que o maçom reitere seu juramento com sua presença
nas reuniões maçônicas e se dedique, de corpo e alma, à prática da moral, da igualdade, da
solidariedade humana e da justiça, em toda a sua plenitude. Destacamos, resumidamente, como
essenciais à formação do templo interior de cada maçom, os ensinamentos a seguir que recebemos
através dos estudos desenvolvidos nos vários graus maçônicos.

SABEDORIA
O somatório dos conhecimentos adquiridos durante nossa existência pela experiência própria ou
através dos ensinamentos recebidos devem nos orientar no sentido que, antes de tomarmos uma
decisão, precisamos avaliar o quanto conhecemos do fato, se é a verdade e se irá trazer algum
benefício, ou seja, devemos usar o princípio das “peneiras da sabedoria”. O único meio eficaz para
se combater a ignorância, os preconceitos, a superstição e os vícios é o saber, pela simples razão do
próprio significado de cada um desses conceitos, ou seja: - Ignorância significa o desconhecimento
ou falta de instrução, falta de saber. - Preconceito significa o conceito ou opinião formados antes de
ter os conhecimentos adequados. - Superstição significa o sentimento religioso excessivo ou errôneo
que, muitas vezes, arrasta as pessoas ignorantes à prática de atos indevidos e absurdos, ou ainda, a
falsa idéia a respeito do sobrenatural. - Vício significa o defeito que torna uma coisa ou um ato
impróprios para o fim a que se destinam. É a tendência habitual para o mal, oposto da virtude.
Podemos pressupor que todos os maçons tenham o domínio sobre o saber necessário para
comportarem de forma digna em todos os momentos, sejam eles profanos ou maçônicos, mas
precisam lembrar-se, sempre, que é mais fácil sucumbir ao vício, que aprimorar a virtude.
Em Números 30.2 encontramos "Moisés disse aos chefes das tribos dos israelitas o seguinte: - O
que o Deus Eterno ordenou é isto: Quando alguém prometer dar alguma coisa ao Eterno ou jurar que
fará ou deixará de fazer qualquer coisa, deverá cumprir a palavra e fazer tudo o que tiver
prometido". TOLERÂNCIA
É, das virtudes maçônicas, a mais enfatizada pois significa a tendência de admitir modos de
pensar, agir e sentir que diferem entre indivíduos ou grupos políticos ou religiosos.

Muitas vezes confundimos tolerância com conivência. Tolerância é a habilidade de conviver, com
respeito e liberdade, com valores, conceitos ou situações que, nem sempre, concordamos, portanto,
há convivência mas, não há, obrigatoriamente, concordância. Conivência é a convivência em que,
mesmo não concordando com certos valores, conceitos e situações, deixamos de expressar nosso
parecer desfavorável, não refutamos mesmo que só em pensamento e, não reprovando, estamos
tacitamente autorizando, aceitando, gerando cumplicidade. Deus é tolerante com o pecador, não com
o pecado. Se Deus fosse tolerante com o pecado, seria pecador também, o que é uma blasfêmia.
Pode-se viver com pecadores e ser tolerante, sem ser conivente. Devemos ser tolerantes com nossos
filhos quando eles erram, não podemos ser omissos e coniventes com o erro, devemos expressar
nosso descontentamento e corrigir o desvio. É dever e responsabilidade de todo o pai.
É preciso praticar a tolerância com a família, amigos, no trabalho, bem como na sociedade em
geral pois, um dos postulados em que a Maçonaria se fundamenta e dado inclusive como exigência,
como fundamento: “Exigir a tolerância com toda e qualquer forma de manifestação de consciência,
religião ou de filosofia, cujos objetivos sejam de conquistar a verdadeira moral, a paz e o bem-estar
social”. A tolerância também esta ligada à democracia, pois a tolerância nos faz admitir, que nosso
voto seja vencido, acabando-se os argumentos, feita a votação; o resultado tem que ser respeitado e
apoiado para o bem da causa maior, isso nos parece que seja um sentimento, ou melhor dizendo, uma
atitude tolerante.
Mahatma Gandhi afirmou: Desconfie das pessoas que vendem ferramentas, mas que nunca as
usam, ou seja, como pregamos tolerância se dela não fazemos uso. Portanto a prática da tolerância é
indispensável para todo aquele que a exige. Dentro da Maçonaria não é diferente, entendemos que a
tolerância está ligada, como ponto de partida às concessões feitas para preservar as engrenagens da
Ordem, que admite e respeita as opiniões contrárias. Shakespeare disse “não importa” o quão boa
seja uma pessoa, ela vai feri-lo de vez em quando e você precisa perdoá-la por isso”. Devemos ser
tolerantes com atos destemperados e isolados de irmãos, tolerantes com o desconforto causado por
quem você jurou proteger e defender, sendo bondoso ao extremo em não tomar partido até que tudo
seja esclarecido, pois o fato de não fazermos juízo precipitado, é uma das faces da tolerância .Em
síntese, precisamos ser tolerantes com a intolerância do outro, para que ele reflita e passe a seguir o
seu exemplo. A tolerância está na Sabedoria e faz se sentir na Força e na Beleza, através dos
ensinamentos, no respeito à individualidade e ao direito do outro.
ÉTICA
Por definição, Ética é um conjunto de princípios e valores que guiam e orientam as relações
humanas. O primeiro código de ética de que se tem notícia, principalmente para quem tem formação
cristã, são os “DEZ MANDAMENTOS”, onde regras como: amar ao próximo como a si mesmo,
não matarás e não roubarás são apresentadas como propostas fundamentais da civilização ocidental e
cristã. A ética é ampla, geral e universal. Ela é uma espécie de cimento na construção da sociedade,
de tal forma que se existe um sentimento ético profundo, a sociedade se mantém bem estruturada,
organizada, e quando esse sentimento se rompe, ela começa a entrar em uma crise auto destrutiva. A
maçonaria é uma instituição fundamentalmente ética, onde a reflexão filosófica sobre a moralidade,
regras e códigos morais que orientam a conduta humana são parte da filosofia que tem, por objetivo,
a elaboração de um sistema de valores e o estabelecimento de princípios normativos da conduta
humana, impondo ao Maçom um comportamento ético e, exigindo-lhe que mantenha sempre uma
postura compatível com a de um homem de bem, um exemplo como bom cidadão e um chefe de
família exemplar.
Sendo a maçonaria, por definição, uma organização ética, são rígidos os códigos de moral e alto o
sistema de valores que orientam a conduta entre maçons e também com as obediências que os
acolhem, principalmente nas referências a estas, ou aos seus dirigentes. O forte sentimento de
fraternidade, designa o parentesco de irmão; do amor ao próximo; da harmonia; da boa amizade e, da
união ou convivência como de irmãos, de tal forma a prevalecer à harmonia e reinar a paz. No mundo
profano, a maior necessidade é a de homens lato senso, homens que não podem ser comprados nem
vendidos, homens honestos no mais íntimo de seus corações, homens que não temem chamar o
pecado pelo nome, homens cuja consciência é tão fiel ao dever como a agulha magnética do pólo,
homens que fiquem com o direito, embora o céu caia. O objetivo de uma instituição maçônica é o
de criar tais homens.

CARIDADE
Estamos vivendo uma época em que há uma falta aguda, um valor fundamental em todo mundo: a
caridade. Pensa-se demais no progresso da humanidade através da ciência, da tecnologia, da
educação, da inteligência, do sistema jurídico, social, político e econômico e, no final das contas
nada disso terá nenhum valor se as pessoas não estiverem determinadas a usar isso tudo para o bem.
A caridade é definida no dicionário como: “Amor que move a vontade à busca efetiva do bem de
outrem”. Para os Cristãos é, também, uma das três virtudes teologais, quer dizer, um dos misteriosos
poderes que fazem a alma alcançar seu destino final, que é DEUS (as outras virtudes teologais são: fé
e esperança). Se a caridade é uma virtude cristã, ela não deve estar somente na esmola, porque há
caridade em pensamento, em palavras e em atos, ela deve ser indulgente para com as faltas de seu
próximo, não dizer nada que possa prejudicar o outro e atender aos que necessitam na medida de
suas forças. O homem que a pratica, no seu dia-a-dia, estará sempre em paz; assegurando sua
felicidade neste mundo.

Não se deixem levar pela vaidade, pela auto-condescendência, pelas aparências e pela
superficialidade. Não se deixem arrastar pela âncora da comodidade que certo como um novo dia
carregará seus corpos, mentes e corações para o fundo de um mar de futilidades. Não tolerem a
falsidade, a hipocrisia, a desonestidade, a ambigüidade; que o seu sim seja sim e o seu não seja não!
Ao ver uma injustiça, não se calem! Diante da traição, não sejam covardes! Não se tornem cegos
guiados por cegos em direção a um grande nada. E se sua espada estiver pesada, e sua vontade
estiver fraca, e o que é certo e justo não lhe parecer claro, mesmo assim, acima de tudo e sempre,
tenha caridade! Ninguém precisa de nada a não ser seu próprio coração para saber o que machuca os
outros. Jamais subestime o sofrimento alheio. Seu julgamento poderá lhe falhar, seu conhecimento,
sua experiência, sua inteligência, sua força poderão ser todos inúteis diante do mal, que torcerá fatos
e palavras e aparências até fazer o branco parecer preto e o preto parecer branco; decida com
caridade, porém, e toda essa farsa se dissipará sob o brilho de uma alma íntegra. A CARIDADE é
uma entrega absoluta por amor ao próximo.

JUSTIÇA
Para escrevermos sobre a justiça, primeiro temos que saber o que significa a palavra justiça,
definida no dicionário como: Conformidade com o direito; a virtude de dar a cada um aquilo que é
seu. A faculdade de julgar segundo o direito e melhor consciência. Assim, para definirmos a justiça
na maçonaria, seria melhor recorrermos mais uma vez ao dicionário, e, logo acima da palavra justiça
encontraremos a palavra Justeza, que significa Qualidade daquilo que é justo; exatidão, precisão,
certeza. Propriedade de uma balança analítica que permanece equilibrada quando pesos iguais são
colocados em seus pratos. Contudo, para termos um rumo e sentido do que seria a definição de
justiça na maçonaria, temos que entender como é a organização do Estado, como é dividido, para que
cada cidadão possa ter o seu direito respeitado, e, por conseguinte, a justiça dar a cada um aquilo
que é seu.
Para falarmos na construção do Estado, temos que falar de Montesquieu (1689/1755) e do seu
livro o Espírito das Leis, sua principal obra, na qual procurava explicar as leis que regem os
costumes e as relações entre os homens a partir da análise dos fatos sociais, excluindo qualquer
perspectiva religiosa ou moral. Segundo Montesquieu, as leis revelam a racionalidade de um
governo, devendo estar submetido a elas, inclusive a liberdade, que afirmava ser "o direito de fazer
tudo quanto às leis permitem". Para se evitar o despotismo, o arbítrio, e manter a liberdade política,
é necessário separar as funções principais do governo: legislar, executar e julgar. Montesquieu
mostrava que, na Inglaterra, a divisão dos poderes impedia que o rei se tornasse um déspota. "Tudo
estaria perdido se o mesmo homem ou a mesma corporação dos príncipes, dos nobres ou do povo
exercesse três poderes: o de fazer as leis, e de executar as resoluções públicas e o de julgar os
crimes ou as desavenças particulares”. Como se percebe, para podermos viver em sociedade ou
mesmo só, temos que ter regras para serem respeitadas e leis para serem cumpridas. Quem vive em
sociedade, por obvio tem maior compromisso com as leis, pois envolve mais pessoas no processo de
interação social. Assim, mesmo o que vive isolado na mata ou em uma ilha, ou outro lugar que seja,
tem que respeitar leis da natureza ou dos homens.
Nas sociedades atuais os benefícios florescem sob a premissa de que aqueles que mais realizam
mais merecem receber – a chamada Meritocracia. No entanto, esse sistema de justiça deixa a desejar
e de ser aceito quando ignora que aqueles que mais precisam também devem ter suas necessidades
assistidas. Esse é o paradoxo da Justiça, cega por definição e por princípio. A Maçonaria é uma
sociedade que pugna pelo Direito, pela Liberdade e pela Justiça e, dentro dessa perspectiva, cada
Maçom deveria ser, sobretudo, um defensor incansável da Justiça. Um dos preceitos elementares é o
da igualdade de direitos, consagrados na declaração Universal dos Direitos do Homem. Todavia, a
própria existência desse preceito dá margem a que a Justiça se veja diante de um paradoxo,
raramente discutido e talvez não completamente entendido. O homem, principalmente o Maçom deve
ser senhor dos seus hábitos, dispor de autodomínio em relação aos seus ímpetos, saber distinguir
com imparcialidade o real do irreal, desprezando as doutrinas exóticas, conceitos dúbios e
principalmente os princípios que não coadunam com o Amor e a Fraternidade, e muito
particularmente, os vícios tidos como normas Sociais, mas que, inadvertidamente corrompem,
aviltam e envelhecem.
Dessa forma, a Maçonaria no maçom é a Bondade no lar, a honestidade nos negócios, a cortesia
na sociedade, o prazer no trabalho, a piedade e a sincera preocupação para com os desvalidos da
fortuna, o socorro aos mais fracos, o perdão para o penitente, o amor ao próximo e, sobretudo a
reverencia a Deus. À medida, então, que as organizações societárias, dentre as quais se insere a
Maçonaria, caminharem para se transformar realmente em verdadeiros locais de trabalho/serviço e
aprendizagem, estarão se abrindo imensas possibilidades de transformações na própria cultura
universal e em seus próprios conceitos sobre os direitos e a Justiça.

LIDERANÇA
“Liderar, é influenciar positivamente as pessoas para que elas atinjam resultados que atendam as
necessidades, tanto individuais quanto coletivas e, ainda, se responsabilizar pelo desenvolvimento
de novos lideres”. Um dos componentes de formação de um Maçom é o de aprimorar ou
desenvolver, caso não tenha, um potencial e forjá-lo, para que se transforme em um líder. O líder
para descrever suas realizações, utiliza o seguinte formato: O Problema, a Ação e finalmente o
Resultado. Os lideres, diariamente, se envolvem em situações de conflito, seja no âmbito pessoal,
quanto no profissional. O modo como reagem a essas situações, pode ser o fator determinante do
sucesso no resultado através de 5 posições: Evitar, Acomodar, Competir, Comprometer e Colaborar.
Inserida firmemente no conceito de liderança está a INTEGRIDADE, a honestidade do líder, sua
credibilidade e coerência para por valores em ação. Os líderes têm uma responsabilidade
indeclinável de estabelecer altos padrões éticos para guiar o comportamento dos seguidores.
Preocupado com o que acha ser uma falta de ímpeto na vida organizacional, John Gardner fala sobre
os ASPECTOS MORAIS da liderança. Os líderes, de acordo com Gardner, têm a obrigação moral
de fornecer as centelhas necessárias para despertar o potencial de cada indivíduo, para impelir cada
pessoa a tomar a iniciativa do desempenho das ações de liderança.

Ele destaca que as altas expectativas tendem a gerar altos desempenhos. A função do líder é
remover obstáculos ao funcionamento eficaz, ajudar indivíduos a ver e perseguir propósitos
compartilhados. O termo liderança descreve alguém que usa carisma e qualidades relacionadas para
gerar aspirações e mudar pessoas e sistemas organizacionais para novos padrões de desempenho. É a
liderança inspiradora que influencia seguidores para alcançar desempenho extraordinário em um
contexto de inovações e mudanças de larga escala. As qualidades especiais dos líderes incluem: -
Visão: ter idéias e um senso claro de direção, comunicá-las aos outros, desenvolver excitação
sobre a realização de sonhos compartilhados; - Carisma: gerar nos outros entusiasmo, fé,
lealdade, orgulho e confiança em si mesmos através do poder do respeito pessoal e de apelos à
emoção; - Simbolismo: identificar heróis, oferecer recompensas especiais e promover
solenidades espontâneas e planejadas para comemorar a excelência e a alta realização; -
Delegação de Poder: ajudar os outros a se desenvolver, eliminando obstáculos ao desempenho,
compartilhando responsabilidades e delegando trabalhos verdadeiramente desafiadores; -
Estimulação Intelectual: ganhar o engajamento dos outros criando consciência dos problemas e
guiando a imaginação deles para criar soluções de alta qualidade; - Integridade: ser honesto e
confiável, agindo coerentemente com suas convicções pessoais e realizando compromissos
concluindo-os.
PERSEVERANÇA
A maior empreitada do homem é sua própria vida e não tem nenhuma garantia que será bem
sucedido, entretanto, pelo acumulo de conhecimentos, muitos de experiências frustradas, ele sabe que
a alternativa é prosseguir, lutando contras as adversidades e incertezas, fazendo aliados, acreditando
no Supremo Arquiteto dos Mundos e persistindo no rumo do seu objetivo. A perseverança é uma
qualidade pois significa a firmeza, a constância com que devemos nos empenhar em nossas
atividades, porém atentos e sempre atualizados porque tudo muda e nos precisamos mudar nossas
atitudes e nosso comportamento para não persistirmos em erro. Precisamos interagir com os
indivíduos da sociedade para concretização dos processos de mudança. Devemos criar sempre o
estado de dúvida sobre as efetivas possibilidades de sucesso porque mexemos com um conjunto de
informações e vagas lembranças misturadas, às vezes, com preconceitos e frustrações.

Para a interação com as pessoas é necessário que exista, entre elas, um relacionamento que
proporcione um mínimo de confiança mútua. Havendo este ambiente de confiança, pode-se mostrar o
bem maior a ser desfrutado pela mudança. Assim, a força da empatia ajuda na percepção da maior
satisfação individual e em equipe. Concluindo, precisamos persistir. A perseverança exige um
processo de mudança, reavaliando nossos conceitos, objetivos e ideais e é assim que começa a
nascer o novo comportamento no pensar e agir, sabendo que a obra de nosso templo interior poderá
nos exigir, algumas vezes, uma árdua reconstrução. É um processo permanente onde estamos
educando e sendo educados. (Educare – Latim, significa sair de dentro da pessoa). É bom lembrar
que os valores individuais tem origem nos grupos e na cultura e, sem a certeza de quais sejam esses
valores fundamentais, poderemos ser um alvo fácil para as falsas verdades. Usando
espontaneamente os dons que temos, sem constranger ou prejudicar o próximo, leva-nos à verdade e
a luz.

CONCLUSÃO
O Maçom é livre, de bons costumes e sensível ao bem e que, pelos ensinamentos da Maçonaria
busca seu engrandecimento como ser humano atuante e culto, combatendo a ignorância. A ignorância
é o vício que mais aproxima o homem do irracional. Assim sendo e por ser Maçom, deve ele
conduzir-se com absoluta isenção e a máxima honestidade de propósitos, coerente com os princípios
maçônicos, para ser um obreiro útil a serviço de nossa ordem e da humanidade. Não se aprende tudo
de uma só vez. O saber é o acúmulo da experiência e dos conhecimentos que se tem acesso, mas, a
ação construtiva da Maçonaria deve ser exercida de forma permanente em todas as suas celebrações,
trabalhos em Loja e no convívio social, através da difusão de conhecimentos que podem conduzir o
homem à uma existência melhor pelos caminhos da Justiça e da Tolerância. O Maçom deve ter e
manter elevada Moral, tanto na vida privada como na social, impondo-se pelo respeito,
procedimento impecável e realizando sempre o Bem. É pelo valor moral que podemos cumprir
sempre nossos deveres como elementos da Sociedade Humana e, particularmente, como membros da
Sociedade Maçônica.
O Maçom busca o Bem pelo cultivo das virtudes e pelo abandono dos vícios. Tenta polir
constantemente a sua pedra bruta reforçando a sua virtuosidade e reprimindo conscientemente os seus
defeitos. Pela auto-disciplina livremente imposta a si mesmo, torna-se também exemplo para seus
pares, colaborando para o progresso moral daqueles que com ele interagem.
BIBLIOGRAFIA Trabalho enviado pelo I.'. Milton Antonio Sonvezzo, M.'.M.'. da Loja
Graal do Ocidente, federada ao Grande Oriente do Brasil. Esta RL, juntamente com mais três,
formam o Templo Ocidente e, uma vez ao ano, promovem um evento denominado "SEMTO"
que significa Seminário dos Mestres do Templo Ocidente. Este trabalho foi apresentado no
último evento, realizado em 01 de Setembro de 2003. Contribuíram para este trabalho os
II.'.Antonio Carlos Cardoso, Antonio José Ferreira Garcia, Daniel Vieira Damaia, Eugênio
Morganti, João Manoel da Silva Neto, Maurício Stainoff, Milton Antonio Sonvezzo, Oswaldo
Chagas do Nascimento, Renato Kleber Mareze, Vanderlei dos Santos, Vanderlei Venceslau
Faria e Walter Benegra.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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templo.html
#95

O CONCEITO DE GADU

Esse ensaio tem como objetivo uma leitura dos conceitos humanistas do filósofo Ludwig Feuerbach
(1804/1872) aplicados à maçonaria. É mais uma colaboração a se colocar definitivamente de lado
todas as especulações que implicam na negação desta como religião ou de seu caráter religioso que
alguns maçons insistem promiscuamente em lhe atribuir. Para familiarizar o leitor, apresento
inicialmente um bosquejo do pensamento filosófico de Ludwig Feuerbach. A essência do pensamento
de Feuerbach é resumida na forma de uma teologia humanista que desloca a divindade de um Deus
exterior ao homem para o próprio Homem. Segundo Feuerbach a religião (todas) racionaliza Deus,
mas o faz sobre o sujeito errado, os predicados atribuídos a Deus deviam ser imputados à
Humanidade tendo ela todas as condições para se tornar no que realmente pode ser: Deus. Essa
exegese revela que, sob um primeiro sentido sobrenatural, se esconde o verdadeiro significado
antropológico do fenômeno religioso. Tudo o que o homem atribui a Deus, na realidade, pertence a
sua própria essência.
Feuerbach não nega Deus, apenas o reconduz àquilo que considera ser a sua verdadeira
personalidade, o homem. O homem é o criador de todos os Deuses ou, dito por outras palavras, o
sujeito de qualquer religião só pode ser humano. Ele afirma que foi este pressentimento que levou a
teologia ortodoxa a inventar um Deus homem – Cristo. Não sendo a maçonaria uma religião, nem
sendo sua missão unificar credos religiosos diferentes, não existe, portanto, um Deus maçônico único
e a crença em Deus tal qual apresentada pelos teólogos, não deve ser a pedra basilar do edifício
filosófico, doutrinário, da maçonaria, mas sim o princípio humanístico da evolução incessante pelo
qual a crença do Grande Arquiteto do Universo, que o maçom não conhece, mas concebe em seu
imaginário, traduz uma idéia de entidade dinâmica, produto de postulados abstratos revestidos de
atributos humanos e que, na realidade, são projeções da própria essência humana e, nesta medida, há
uma identidade essencial com o Deus admitido nas religiões.
A utopia maçônica de tornar a “humanidade mais feliz” passa pelo necessário investimento no
caminho ‘evolutivo’ do homem, de modo a torná-lo um ser socialmente melhor, mais evoluído. É
necessário se ter em mente que o homem a ser ‘transformado’ pela maçonaria já existe –
simbolicamente, na forma de Pedra Bruta – portanto, a obra maçônica deverá ser ordenada e dirigida
pelo Grande Arquiteto, que nela irá operar na matéria bruta já existente e transformá-la em sua
morada, mas esse ente abstrato, no qual o maçom deve depositar a sua crença, não deve ser
confundido com o Deus das religiões, Aquele que criou o mundo a partir do nada, o que poderá gerar
uma desordem intelectual e, em alguns, espiritual. Tal conflito pode ser evitado, proposta desse
trabalho, se procurarmos entender o conceito de Grande Arquiteto do Universo com base na teologia
humanista de Feuerbach, o que nos levará à descoberta do deus-racionalizado que já existe dentro de
cada um de nós na forma de atributos humanos a serem despertos pelo autoconhecimento.
Despertando nossa percepção a esses atributos, estaremos separando os nossos objetivos e isolando
os conflitos, uma vez que a espiritualidade de cada um estará não somente preservada, cada um com
sua crença religiosa, mas, acima de tudo respeitada por todos como parte da tolerância e da
fraternidade despertas pela efetiva prática da racionalidade.

O conceito de Grande Arquiteto do Universo deve permanecer inefável, pois ele se apresenta
como o ‘modelo’ da perfeição a ser perseguida, uma vez que a grande obra humanística da maçonaria
é a transformação do homem - o erguimento do ‘templo interno’ para que nele habite o ‘deus’ íntimo
de nossa própria compreensão que deve se manifestar no maçom, com sua completa liberdade de
manifestação - pela luz da sabedoria, ou seja, através de sua evolução o maçom deverá se
automodelar e se tornar habitável pelos atributos humanos que atuarão em sua personalidade e o
transformará em um homem virtuoso próximo a utópica perfeição do homem.

"A religião é o ópio do povo" (em alemão "Die Religion ... Sie ist das Opium des Volkes") é uma
citação da Crítica da Filosofia do Direito de Hegel (em alemão, Kritik des hegelschen Staatsrecchts)
de Karl Marx, obra publicada em 1844. A comparação da religião com o ópio não é original de
Marx e já tinha aparecido, por exemplo, em escritos de Immanuel Kant, Herder, Ludwig Feuerbach,
Bruno Bauer, Moses Hess e Heinrich Heine. Este último, grande poeta, em 1840, no seu ensaio sobre
Ludwig Börne escreveu: “Bendita seja uma religião, que derrama no amargo cálice da humanidade
sofredora algumas doces e soporíferas gotas de ópio espiritual, algumas gotas de amor, fé e
esperança.” Moses Hess, num ensaio publicado na Suíça em 1843, também utilizou a mesma idéia:
“A religião pode fazer suportável a infeliz consciência de servidão... de igual forma o ópio é de boa
ajuda em angustiantes doenças.” Marx vai contestar Feuerbach profundamente, acusando-o de apelar
para uma essência humana em detrimento de um constructo social.
Cito as Teses de Marx sobre Feuerbach. Teses sobre Feuerbach Karl Marx
1845
1- A principal insuficiência de todo o materialismo até aos nossos dias - o de Feuerbach incluído
- é que as coisas [der Gegenstand, a realidade, o mundo sensível são tomados apenas sobre a forma
do objecto [des Objekts] ou da contemplação [Anschauung]; mas não como atividade sensível
humana, práxis, não subjetivamente. Por isso aconteceu que o lado ativo foi desenvolvido, em
oposição ao materialismo, pelo idealismo - mas apenas abstratamente, pois que o idealismo
naturalmente não conhece a atividade sensível, real, como tal. Feuerbach quer objetos [Objekte]
sensíveis realmente distintos dos objetos do pensamento; mas não toma a própria atividade humana
como atividade objetiva [gegenständliche Tätigkeit]. Ele considera, por isso, na Essência do
Cristianismo, apenas a atitude teórica como a genuinamente humana, ao passo que a práxis é tomada
e fixada apenas na sua forma de manifestação sórdida e judaica. Não compreende, por isso, o
significado da atividade "revolucionária", de crítica prática. 2- A questão de saber se ao pensamento
humano pertence a verdade objetiva não é uma questão da teoria, mas uma questão prática. É na
práxis que o ser humano tem de comprovar a verdade, isto é, a realidade e o poder, o caráter terreno
do seu pensamento. A disputa sobre a realidade ou não realidade de um pensamento que se isola da
práxis é uma questão puramente escolástica.

3- A doutrina materialista de que os seres humanos são produtos das circunstâncias e da


educação, [de que] seres humanos transformados são, portanto, produtos de outras circunstâncias e
de uma educação mudada, esquece que as circunstâncias são transformadas precisamente pelos seres
humanos e que o educador tem ele próprio de ser educado. Ela acaba, por isso, necessariamente, por
separar a sociedade em duas partes, uma das quais fica elevada acima da sociedade (por exemplo,
em Robert Owen). A coincidência do mudar das circunstâncias e da atividade humana só pode ser
tomada e racionalmente entendida como práxiss revolucionante.

4- Feuerbach parte do fato da auto-alienação religiosa, da duplicação do mundo no mundo


religioso, representado, e num real. O seu trabalho consiste em resolver o mundo religioso na sua
base mundana. Ele perde de vista que depois de completado este trabalho ainda fica por fazer o
principal. É que o fato de esta base mundana se destacar de si própria e se fixar, um reino autônomo,
nas nuvens, só se pode explicar precisamente pela autodivisão e pelo contradizer-se a si mesma
desta base mundana. É esta mesma, portanto, que tem de ser primeiramente entendida na sua
contradição e depois praticamente revolucionada por meio da eliminação da contradição. Portanto,
depois de, por exemplo a família terrena estar descoberta como o segredo da sagrada família, é a
primeira que tem, então, de ser ela mesma teoricamente criticada e praticamente revolucionada. 5-
Feuerbach, não contente com o pensamento abstrato, apela ao conhecimento sensível [sinnliche
Anschauung]; mas, não toma o mundo sensível como atividade humana sensível prática.

6- Feuerbach resolve a essência religiosa na essência humana. Mas, a essência humana não é uma
abstração inerente a cada indivíduo. Na sua realidade ela é o conjunto das relações sociais.
Feuerbach, que não entra na crítica desta essência real, é, por isso, obrigado: 1. a abstrair do
processo histórico e fixar o sentimento [Gemüt] religioso por si e a pressupor um indivíduo
abstratamente - isoladamente - humano; 2. nele, por isso, a essência humana só pode ser tomada
como "espécie", como generalidade interior, muda, que liga apenas naturalmente os muitos
indivíduos. 7- Feuerbach não vê, por isso, que o próprio "sentimento religioso" é um produto social e
que o indivíduo abstrato que analisa pertence na realidade a uma determinada forma de sociedade. 8-
A vida social é essencialmente prática. Todos os mistérios que seduzem a teoria para o misticismo
encontram a sua solução racional na práxis humana e no compreender desta práxis.
9- O máximo que o materialismo contemplativo [der anschauende Materialismus] consegue, isto é, o
materialismo que não compreende o mundo sensível como atividade prática, é a visão [Anschauung]
dos indivíduos isolados na "sociedade civil". 10- O ponto de vista do antigo materialismo é a
sociedade "civil"; o ponto de vista do novo [materialismo é] a sociedade humana, ou a humanidade
socializada. 11- Os filósofos têm apenas interpretado o mundo de maneiras diferentes; a questão,
porém, é transformá-lo.
Texto enviado por nosso Venerável Mestre Ailton de OliveiraBIBLIOGRAFIA IR.’..
Ubyrajara de Souza Filho e complementado pelo IR.’.. Francisco Maciel, inserindo a
contestação de Max aos conceitos humanistas do escritor e filósofo Ludwig Feuerbach “à luz do
humanismo de Feuerbach”Fonte: Publicado pela primeira vez: por Engels, em 1888, como
apêndice à edição em livro da sua obra Ludwig Feuerbach e o Fim da Filosofia Alemã Clássica,
Estugarda 1888, pp. 69-72. Publicado segundo a versão de Engels de 1888, em cotejo com a
redação original de Marx. Traduzido : do alemão por Álvaro Pina. Transcrito por Fred Leite
Siqueira Campos para The Marxists Internet Archive. Copyright: © Direitos de tradução em
língua portuguesa reservados por Editorial "Avante!" - Edições Progresso Lisboa - Moscovo,
1982. Fonte na web: http://www.marxists.org/portugues/mmaciel escriba.
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#96

LIVRE E DE BONS COSTUMES

A partir do momento que alguém se torna Maçom, há de se conscientizar que haverá um caminho
longo a percorrer. Pode-se dizer que é um caminho sem fim. Ao longo dessa caminhada há bons e
maus momentos. Os bons deverão ser aproveitados como incentivo, e os maus não poderão ser
motivo de esmorecimento e desistência da viagem iniciada. A linguagem, sempre empregada nas
Lojas Maçônicas, diz que o Aprendiz Maçom é uma pedra bruta que deve talhar-se a si mesmo para
se tornar uma pedra cúbica. É o início da sua jornada Maçônica. O nutrimento elementar para a
viagem é conhecido do Maçom desde de nossa primeira instrução recebida: A régua de 24
polegadas, o maço e o cinzel. Com o progresso, o Maçom vai recebendo outros objetos, tais como o
nível, o prumo, o esquadro, o compasso, a corda, o malhete e outros. Os utensílios de trabalho,
obviamente, são simbólicos. Todos os símbolos nos abrem as portas sob condição de não nos
atermos apenas às definições morais. E é com o manuseio dessas ferramentas que se começa a tomar
consciência do valor iniciático da Maçonaria em nossa 3a instrução. O espírito Maçônico ensina,
aos seus adeptos, um comportamento original que não se encontra em nenhum outro grupo de
homens. Se isso não for absorvido, não será um bom Maçom, livre e de Bons costumes.
Livre e de Bons Costumes implica que, apesar de todo homem ser livre na real acepção da
palavra, pode estar preso a entraves sociais que o privem de parte de sua liberdade e o tornem
escravo de suas próprias paixões e preconceitos. Assim é desse jugo que se deve libertar, mas, só o
fará se for de Bons Costumes, ou seja, se já possuir preceitos éticos (virtudes) bem fundamentados
em sua personalidade. O ideal dos homens livres e de bons costumes, que nossa sublime Ordem nos
ensina, mostra que a finalidade da Maçonaria é, desde épocas mais remotas, dedicar-se ao
aprimoramento espiritual e moral da Humanidade, pugnando pelos direitos dos homens e, pela
Justiça, pregando o amor fraterno, procurando congregar esforços para uma maior e mais perfeita
compreensão entre os homens, a fim de que se estabeleçam os laços indissolúveis de uma verdadeira
fraternidade, sem distinção de raças nem de crenças, condição indispensável para que haja realmente
paz e compreensão entre os povos.
Livre, palavra derivada do latim, em sentido amplo quer significar tudo o que se mostra isento de
qualquer condição, constrangimento, subordinação, dependência, encargo ou restrição. A qualidade
ou condição de livre, assim atribuído a qualquer coisa, importa na liberdade de ação a respeito da
mesma, sem qualquer oposição, que não se funde em restrição de ordem legal e, principalmente
moral. Em decorrência de ser livre, vem a liberdade, que é faculdade de se fazer ou não fazer o que
se quer, de pensar como se entende, de ir e vir a qualquer parte, quando e como se queira, exercer
qualquer atividade, tudo conforme a livre determinação da pessoa, quando não haja regra proibitiva
para a prática do ato ou não se institua princípio restritivo ao exercício da atividade. Bem verdade é
que a maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral, onde nós homens nos aprimoramos em
benefício de nossos semelhantes, desenvolvendo qualidades que os possibilitam ser, cada vez mais,
úteis à coletividade. Não nos esqueçamos, porém, que, de uma pedra impura jamais conseguiremos
fazer um brilhante, por maior que sejam nossos esforços.
O conceito maçônico de homem livre é diferente, é bem mais elevado do que o conceito jurídico.
Para ser homem livre, não basta ter liberdade de locomoção, para ir aqui ou ali. Tem liberdade o
homem que não é escravo de suas paixões , que não se deixa dominar pela torpeza dos seus instintos
de fera humana.Não é homem livre, não desfruta da verdadeira liberdade, quem esta escravizado a
vícios. Não é homem livre aquele que é dominado pelo jogo, que não consegue libertar-se de suas
tentações. Não é homem livre, quem se enchafurda no vício, degrada-se, condena-se por si mesmo,
sacrifica voluntariamente a sua liberdade, porque os seus baixos instintos se sobrepuseram às suas
qualidades, anulando-as. Maçom livre, é o que dispõe da necessária força moral para evitar todos os
vícios que infamam, que desonram, que degradam. O supremo ideal de liberdade é livrar-se de todas
as propensões para o mal, despojar-se de todas as tendências condenáveis, sair do caminho das
sombras e seguir pela estrada que conduz à prática do bem, que aproxima o homem da perfeição
intangível.
Sendo livre e por conseqüência, desfrutando de liberdade, o homem deve, sempre pautar sua vida
pelos preceitos dos bons costumes, que é expressão, também derivada do latim e usada para designar
o complexo de regras e princípios impostos pela moral, os quais traçam a norma de conduta dos
indivíduos em suas relações domésticas e sociais, para que estas se articulem seguindo as elevadas
finalidades da própria vida humana. A idéia e o sentido dos bons costumes não se afastam da idéia
ou sentido de moral, pois, os princípios que os regulam são, inequivocamente, fundados nela. O bom
maçom, livre e de bons costumes, não confunde liberdade, que é direito sagrado, com abuso que é
defeito, crê em Deus, ser supremo que nos orienta para o bem e nos desvia do mal. O bom maçom,
livre e de bons costumes, é leal. Quem não é leal com os demais, é desleal consigo mesmo e trai os
seus mais sagrados compromissos, cultiva a fraternidade, porque ela é a base fundamental da
maçonaria, porque só pelo culto da fraternidade poderemos conseguir uma humanidade menos
sofredora, recusa agradecimentos porque se satisfaz com o prazer de haver contribuído para amparar
um semelhante.
O bom maçom, livre e de bons costumes, não se abate, jamais se desmanda, não se revolta com as
derrotas, porque vencer ou perder são contingências da vida do homem, é nobre na vitória e sereno
se vencido, porque sabe triunfar sobre os seus impulsos, dominando-os, pratica o bem porque sabe
que é amparando o próximo, sentindo suas dores, que nos aperfeiçoamos. O bom maçom, livre e de
bons costumes, abomina o vício, porque este é o contrário da virtude, que ele deve cultivar, é amigo
da família, porque ela é a base fundamental da humanidade. O mau chefe de família não tem
qualidades morais para ser maçom, não humilha os fracos, os inferiores, porque é covardia, e a
maçonaria não é abrigo de covardes, trata fraternalmente os demais para não trair os seus juramentos
de fraternidade, não se desvia do caminho da moral, quem dele se afasta, incompatibiliza-se com os
objetivos da maçonaria.
O bom maçom, o verdadeiro maçom, não se envaidece, não alardeia suas qualidades, não vê no
auxílio ao semelhante um gesto excepcional, porque este é um dever de solidariedade humana, cuja
prática constitui um prazer. Não promete senão o que pode cumprir. Uma promessa não cumprida
pode provocar inimizade. Não odeia, o ódio destrói, só a amizade constrói. Finalmente, o verdadeiro
maçom, não investe contra a reputação de outro, porque tal fazer é trair os sentimentos de
fraternidade. O maçom, o verdadeiro maçom, não tem apego aos cargos, porque isto é cultivar a
vaidade, sentimento mesquinho, incompatível com a elevação dos sentimentos que o bom maçom
deve cultivar. Os vaidosos buscam posições em que se destaquem; os verdadeiros maçons buscam o
trabalho em que façam destacar a maçonaria. O valor da existência de um maçom é julgado pelos
seus atos, pelo exercício do bem.
BIBLIOGRAFIAMarcos Antonio Cardoso de Moraes A.’.M.’.
Dicionário Aurélio – 1999
Ritual de Ap.·.M.·. do REAA
Adaptação do Texto Original do Ir.·. Nery Saturnino - A.·.R.·.L.·.S.·. Amor e Fraternidade.
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#97

TRABALHO EM EQUIPE - TOLERÂNCIA É O SEGREDO!

Quando eu ainda era um menino, ocasionalmente, minha mãe gostava de fazer um lanche, tipo café
da manhã, na hora do jantar. E eu me lembro especialmente de uma noite, quando ela fez um
lanchedesses, depois de um dia de trabalho, muito duro. Naquela noiteongínqua, minha mãe pôs um
prato de ovos, lingüiça e torradasbastante queimadas, defronte ao meu pai. Eu me lembro de ter
esperadoum pouco, para ver se alguém notava o fato. Tudo o que meu pai fez,foi pegar a sua torrada,
sorrir para minha mãe e me perguntar como tinha sido o meu dia, na escola.Eu não me lembro do que
respondi, mas me lembro de ter olhado para ele lambuzando a torrada com manteiga e geleia e
engolindo cada bocado. Quando eu deixei a mesa naquela noite, ouvi minha mãe se desculpando por
haver queimado a torrada. E eu nunca esquecerei o que ele disse: " - Amor, eu adorei a torrada
queimada... só porque veio de suas mãos"
Mais tarde, naquela noite, quando fui dar um beijo de boa noite em meu pai, eu lhe perguntei se
ele tinha realmente gostado da torrada queimada. Ele me envolveu em seus braços e me disse: " -
Companheiro, sua mãe teve um dia de trabalho muito pesado e estava realmente cansada... Além
disso, uma torrada queimada não faz mal a ninguém. A vida é cheia de imperfeições e as pessoas não
são perfeitas. E eu também não sou o melhor marido, empregado, ou cozinheiro, talvez nem o melhor
pai, mesmo que tente, todos os dias!
O que tenho aprendido através dos anos é que saber aceitar as falhas alheias, escolhendo relevar
as diferenças entre uns e outros, é uma das chaves mais importantes para criar relacionamentos
saudáveis e duradouros. Desde que eu e sua mãe nos unimos, aprendemos, os dois, a suprir um as
falhas do outro."
Eu sei cozinhar muito pouco, mas aprendi a deixar uma panela de alumínio brilhando, ela não sabe
usar a furadeira, mas após minhas reformas, ela faz tudo ficar cheiroso, de tão limpo. Eu não sei fazer
uma lasanha de frios como ela, mas ela não sabe assar uma carne como eu. Eu nunca soube fazer
você dormir, mas comigo você tomava banho rápido, sem reclamar e brincávamos juntos durante este
tempinho, com sua mãe você chorava, pelo xampu, pelo pentear, etc. A soma de nós dois monta o
mundo que você recebeu e que te apóia, eu e ela nos completamos. Nossa família deve aproveitar
este nosso universo enquanto temos os dois presentes. Não que mais tarde, o dia que um partir, este
mundo vá desmoronar, não vai; novamente teremos que aprender e nos adaptar para fazer o melhor.
De fato, poderíamos estender esta lição para qualquer tipo de relacionamento: entre marido e mulher,
pais e filhos, irmãos, colegas e com amigos. Então filho, se esforce para ser sempre tolerante,
principalmente com quem dedica o precioso tempo da vida, à você e ao próximo.
Penso que, o grande problema do mundo atual e globalizado, é a intolerância pelo ser e o correr
incansável pelo ter! Não ponha a chave de sua felicidade no bolso de outra pessoa, mas no seu
próprio. Veja pelos olhos de Deus e sinta pelo coração dele; você apreciará o calor de cada alma,
incluindo a sua. As pessoas nunca esquecerão o modo pelo qual você as fez sentir.
Texto enviado pelo companheiro Luiz Carlos Dias do Rotary Clube.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#98

RELACIONAMENTO FRATERNO – PERDÃO - RETIDÃO - INVEJA

No evangelho de Mateus, Jesus inicia uma sessão de ensinamentos com a seguinte frase: “Se o seu
irmão pecar contra você (...)”. Diante do que é colocado, Pedro levanta uma palpitante questão:
“Senhor, quantas vezes deverei perdoar a meu irmão quando ele pecar contra mim?” O Mestre dos
Mestres responde de forma enigmática, dizendo que não deveria fazê-lo somente sete vezes, mas sim,
“setenta vezes sete” (Mateus 18.21-22). É interessante que a primeira preocupação que nos ocorre ao
lermos este trecho é qual seria o significado da frase ”setenta vezes sete”. Isso muitas vezes desvia a
nossa atenção de alguns outros elementos bem mais importantes no texto. Um deles é o fato que este
conjunto de ensinamentos trata dos desencontros entre “Irmãos”.

No entanto, se ambicionamos crescer espiritualmente, não há outro jeito. Devemos ter em mente
que não é um feito impossível, basicamente, compete-nos começar por honrar e venerar o
G.’.A.’.D.’.U.’. , confiando na Sua Justiça; melhorar o nosso procedimento, praticando o bem de
todas as formas ao nosso alcance. Perdoar aos que nos tenham ofendido, pois aquele que se recusa a
perdoar, não somente não é maçom, como não é nem mesmo cristão. Orar pelos que nos vêem como
inimigos. O sacrifício que nos obriga a amar aqueles que nos ultrajam e nos perseguem é penoso;
mas. é precisamente isso que nos torna superiores a eles; se nós os odiarmos como nos odeiam, não
valeremos mais do que eles. Não se odeia quando se preza, odeia-se apenas aquele que está à nossa
altura ou superior a nós. Perdoar é experimentar um pouco de Deus. Deus conhece os nossos méritos
e sabe medir nossos esforços e apenas Dele devemos esperar a recompensa pelas nossas ações. Que
o Grande Arquiteto do Universo permita-nos, ao recebermos palavras duras e malévolas, um insulto,
injúria ou injustiça, que voltemos os olhos para Ele e jamais que o nosso braço se levante contra um
Irmão para vingar o agravo.

É admirável como a Sabedoria Divina transforma o ódio em pura afetividade, unindo os maiores
desafetos em laços de genuína fraternidade através do trabalho regenerador e do perdão. Somos
protagonistas de grandes erros e enormes males. Admiramo-nos como podemos transportar conosco
os rancores por tempo indeterminado, protelando soluções definitivas; como o ódio é força
perniciosa que se volta sempre sobre quem o alimenta, lesando-o de forma muito mais grave do que
o alvo de nossas intenções, devemos repudiá-lo até mesmo por “malandragem” sabedoria. Assim, ao
confiarmos na justiça de Deus, cedo ou tarde vamos encontrar a oportunidade para reparação do mal
que causamos. O Grande Arquiteto do Universo, em sua magnanimidade, reúne os desafetos sob
adequadas condições para que o amor sublimado prevaleça, apagando todos os vestígios de raiva,
ódio e ressentimentos. Em contrapartida, se nos pautamos pelo bem, mostramos aos nossos inimigos
e desafetos que estamos nos transformando.

Por outro lado, é notório que não conseguimos atrair simpatia para a nossa pessoa em todos os
círculos. No presente estágio em que a humanidade terrena se encontra, é impossível agradar a todos
os que nos cercam. Como também é fato que nem todos com os quais convivemos nos agradam ou se
afinam conosco. No entanto, temos que contribuir com o melhor das nossas possibilidades para o
equilíbrio da existência comum, e cumprimento de um juramento solene. Retidão - O maçom tem por
obrigação demonstrar que é possuidor da virtude da Retidão necessária para quem deseja vencer na
ciência e na virtude. Retidão significa que as ações dos maçons devem ser retilíneas, sem contornos,
subterfúgios e desvios. O comportamento social e ético, esotérico e espiritual, deve para o maçom
ser “transparente”. Simbolicamente, o maçom “transita” a sua jornada sobre a Régua das Vinte e
Quatro Polegadas, significando que durante todo o dia deve manter-se correto. A sinceridade, a
coragem e a perseverança, deverão ser companheiros inseparáveis do maçom. Cremos que algumas
medidas nos parecem indispensáveis para evitarmos granjear desafetos gratuitos. São reflexões que
nos conduzem a conclusões relevantes e nos fazem calar todo impulso de crueldade que ainda teima
em dirigir-nos os atos e habitar-nos as intenções. Entre elas sempre: - honrarmos e venerarmos o
Grande Arquiteto do Universo;
- tratarmos todos os homens, sem distinção de classe e de raça, como nossos iguais e irmãos;
- praticarmos a Justiça recíproca, como verdadeira salvaguarda dos direitos e dos interesses
de todos. Agindo com justiça e com compaixão estaremos certos em todas as circunstâncias;
- tratarmos a todos que nos procuram com respeito e consideração;
- irmos ao encontro dos deserdados da fortuna e dos aflitos, praticarmos a Caridade e a
Beneficência de modo sigiloso, sem humilhar o necessitado, incentivando o Solidarismo, o
Mutualismo, o Cooperativismo e outros meios de Ação Social;
- ampliarmos a nossa disposição de ouvir o que os outros têm a nos dizer;
- não ofendermos e muito menos humilharmos a quem quer que seja;
- combatermos a ambição, o orgulho, o erro e os preconceitos, que acarretam o
obscurantismo;
- lutarmos contra a ignorância, a mentira, o fanatismo e a superstição;
- dilatarmos a nossa capacidade de Paciência e Tolerância, que deixa a cada um o direito de
seguir sua religião e suas opiniões, pois que cada um está situado num degrau de evolução;
- demonstrarmos empatia pelas necessidades dos outros; e, se necessário, extirparmos o mal
que se aninha, mas sem abdicarmos da generosidade;
- por fim, se possível, tentemos – ou pelo menos facilitemos - a reconciliação com o inimigo.
Se não for possível um entendimento, deixemos ao desafeto o ônus do fracasso.
Por outro lado, não convém abrigarmos dentro de nós sentimentos de inimizade contra quem quer
que seja. Compartilhar espaços com quem nos prejudicou ou tenta nos prejudicar, reiteramos, não é
tarefa fácil. Todavia, não devem partir de nós atitudes inamistosas, sobretudo em Loja. Inveja – A
inveja não é propriamente um vício ou ato de maldade; ele pode surgir e desaparecer em uma fração
de segundo. É a reação inesperada que alguém possa ter ao presenciar que um conhecido seu, ou
próprio irmão, receba um favor ou um destaque. Obviamente, essa atitude é maléfica ao próprio
agente, que carreia para dentro de si uma porção de “veneno”. A inveja, por sua vez, como
excrescência da alma humana, constitui um eficiente modo de construção de inimigos. Corroído pelo
importuno sentimento, seu infeliz portador só vê demérito onde há mérito. Normalmente, o indivíduo
invejoso se sente incomodado com as conquistas, capacidades e recursos alheios, entre outras coisas.

Infelizmente, as inimizades – sejam elas motivadas pela inveja ou não – estão presentes em todos
os agrupamentos humanos. As organizações humanas são terreno fértil para inimizades e inveja,
inclusive nas Lojas maçônicas. Dentro da Maçonaria, constatamos, infelizmente, a presença de
invejosos, que sofrem quando alguém é eleito para cargo elevado, ou quando um autor do meio lança
uma nova obra, ou quando um irmão recebe uma condecoração, ou até mesmo um simples elogio.
Irmãos sentem inveja da amizade, do relacionamento, da capacidade intelectual, da oratória, da
posição social conquistada por outro e assim por diante. Sendo a inveja uma reação negativa, ela
deve ser eliminada prontamente; os atos de desamor ferem a quem não ama; a inveja vem sempre
acompanhada por outro sentimento menor, como a cobiça, e tudo que é negativo, a Maçonaria a
repele e evita.

A reação contra o “pensamento invejoso” é o aplauso imediato e o rejúbilo com o qual foi
agraciado por algo que aspiraríamos para nós. Essa atitude negativa não ocorre apenas dentro das
Lojas maçônicas, mas também no mundo profano. Concluindo - Devemos ler, reler e meditar sobre a
4ª Instrução. Ela realça nossos possíveis erros e defeitos mostrando como repará-los. Todos nós
devemos colher os frutos de seus ensinamentos, oportunidade de amizade saudável e relacionamento
fraterno. Aquilo que for semeado será colhido, semeai a boa semente que seus frutos serão bons!
BIBLIOGRAFIA A Cavaleiros do Templo nº 26 parabeniza o Irmão Klebber S Nascimento
pela brilhante Peça de Arquitetura apresentada no TEMPLO DE ESTUDOS MAÇÔNICOS do
site http://www.formadoresdeopiniao.com.br
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retidao.html
#99

A CRUZ E SEUS SIMBOLISMOS

A Cruz, pode ser encontrada em um número muito grande de variações. Símbolo antiqüíssimo e
universal, a cruz é encontrada com grandes variações morfológicas. O significado é sempre o da
conjunção dos opostos: o eixo vertical (masculino), com o eixo horizontal (feminino); o positivo com
o negativo; o superior com o inferior; o tempo com o espaço; o ativo com o passivo; o Sol com a
Lua; o dia com a noite; o masculino e o feminino a vida com a morte; e assim por diante. A Cruz é a
disposição de dois objetos, um atravessado sobre o outro; é a insígnia de várias ordens honoríficas; é
o antigo instrumento de suplício, formado por duas peças atravessadas uma sobre a outra, em que se
prendiam criminosos.
É possível detectar a presença da cruz, seja de forma religiosa, mística ou esotérica, na história
de povos distintos (e distantes) como os egípcios, celtas, persas, romanos, fenícios e índios
americanos. Ao situar-se no centro místico do cosmos, a cruz assume o papel de ponte através da
qual a alma pode chegar a Deus. Dessa maneira, ela liga o mundo celestial ao terreno através da
experiência da crucificação, onde as vivencias opostas encontram um ponto de intersecção e atingem
a iluminação.

Cruzes no Rito Escocês Antigo e Aceito


Os principais tipos de cruz, com interesse para o Rito Escocês Antigo e Aceito, são os seguintes:
Cruz Simples
Em sua forma básica a cruz é o símbolo perfeito da união dos opostos, do masculino com o
feminino, mantendo seus quatro “braços” com proporções iguais. Alguns estudiosos denominam esta
como Cruz Grega. Formada por quatro segmentos iguais (como um sinal de +), é a forma básica,
símbolo perfeito da união dos opostos. É também chamada de cruz grega.

Cruz de Santo André


Símbolo da humildade e do sofrimento recebe esse nome por causa de Santo André, que implorou
a seus algozes para não ser crucificado como seu Senhor por considerar-se indigno. Acredita-se que
o santo foi martirizado em uma cruz com essa forma. Em aspa- com o formato de um “xis” (x) –
simboliza a união do mundo superior com o mundo inferior e tem esse nome porque consta que Santo
André teria sido supliciado numa cruz com esse formato. Ela simboliza, também, o infinito
incognoscível, pois suas hastes divergem até ao infinito. É uma das “chaves” para alfabetos
maçônicos.
Cruz de Santo Antônio ou Tau
recebeu esse nome por reproduz a 19a letra grega Tau. É considerada por muitos, como a cruz da
profecia e do Antigo Testamento. Dentre suas muitas representações estão o martelo de duas cabeças,
como sinal daquele que faz cumprir a lei divina, encontrado na cultura egípcia, e a representação da
haste utilizada por Moisés para levantar a serpente no deserto. Reproduz o desenho da letra grega tau
(T). Símbolo muito antigo, já era usado pelos antigos egípcios, como a representação de um martelo
de duas cabeças. Sinal “daquele que faz cumprir”; para os gauleses, representava o martelo do deus
escandinavo Thor.
Cruz Quádrupla

Formada por duas paralelas horizontais e duas verticais (#), que se cruzam, formando um
quadrado fechado no centro, ela reforça, por ser dupla, a união dos opostos. Simboliza também, pelo
espaço delimitado que forma, a limitação da capacidade do homem. Junto com a cruz de Santo
André, é “chave” para alfabetos maçônicos.
Cruz Ansata
Um dos mais importantes símbolos solar da cultura egípcia. A Cruz Ansata consistia em um
hieróglifo representando a regeneração e a vida eterna, vida ou ato de viver e formando parte das
palavras saúde e felicidade. Como símbolo microcósmico, isto é, análogo ao homem, o círculo
representa a cabeça humana, o eixo horizontal os braços e o eixo vertical, o resto do corpo. A idéia
expressa em sua simbologia é a do círculo da vida sobre a superfície da matéria inerte. Existe
também a interpretação que faz uma analogia de seu formato ao homem, onde o círculo representa sua
cabeça, o eixo horizontal os braços e o vertical o resto do corpo. Importante símbolo solar egípcio, é
uma cruz em tau, com um círculo na parte superior, a qual, na realidade, era um hieróglifo, com o
significado de vida.
Esotericamente, expressa a idéia do círculo da vida, colocado na superfície da matéria inerte,
para vivificá-la. Também, como a estrela hominal de cinco pontas, essa cruz pode ser chamada de
hominal, ou seja, assimilada à figura humana, com o círculo representado a cabeça, a haste horizontal
representando os membros superiores, e a haste vertical representando o tronco e os membros
inferiores.
Cruz de Malta, ou Cruz de São João

Também conhecida como e emblema dos Cavaleiros de São Joã,o da Ilha de Malta, que foram
levados pelos turcos para a ilha de Malta. A força de seu significado vem de suas oito pontas, que
expressam as forças centrípetas do espírito e a regeneração. Até hoje a Cruz de Malta é muito
utilizada em condecorações militares.
Com oito pontas como significado místico — ou quatro, bipartidas na extremidade — é, no
sentido místico, a representação das forças centrípetas do espírito.
Cruz de Lorena, ou Cruz Patriarcal
Outrora conhecida como Cruz de Lorena, o seu nome é alusivo à região da Lorraine (Lorena),
situada na parte oriental da França. Possui um “braço” menor que representa a inscrição colocada
pelos romanos na cruz de Jesus. Foi muito utilizada por bispos e príncipes da igreja cristã antiga.
Formada por um ramo vertical e por dois horizontais desiguais – o inferior mais longo do que o
superior – representava os bispos e príncipes da Igreja cristã primitiva. É emblema privativo dos
membros efetivos do Supremo Conselho.
Cruz Forcada, ou Teutônica

Composta de um ramo vertical e outro horizontal, cada um deles tem, nas pontas, um pequeno
ramo tangencial, formando uma bifurcação. É chamada de forcada porque forcado é um utensílio de
lavoura, formado por uma haste de pau, terminada em duas ou três pontas ; e forcada é o ponto de
bifurcação.
Cruz Rosa-Cruz
Os membros da Rosa Cruz costumam explicar seu significado, na intersecção dos braços da cruz, é
interpretada como o corpo físico do homem, com os braços estendidos, em saudação ao Sol – que
simboliza a Luz Maior – no Oriente. E com a rosa em seu peito permite que a luz ajude seu espírito a
desenvolver-se e florescer. Quando colocada no centro da cruz a rosa representa um ponto de
unidade. Com a rosa , no centro da cruz, simboliza a alma humana, o “eu” interior, que vai se
desenvolvendo no homem, à medida que ele recebe mais luz. Colocada no centro exato da cruz, a
rosa representa o ponto de unidade. O Sol representa aqui a LUZ MAIOR. A rosa parcialmente
desabrochada, no centro da cruz, representa a alma do homem, o seu interior, desenvolvendo-se
dentro dele à medida que recebe e conquista mais Luz. Essa rosa no centro da cruz, também
representa o ponto da unidade.
Diante o exposto, chega-se à conclusão de que somos em síntese uma CRUZ em evolução no
Universo, e que só depende de nós próprios, qual a melhor ou pior forma que ela se apresentará
perante o Supremo Arquiteto do Universo, quando tivermos que nos confrontar com a LUZ DIVINA.
Cruz Cristã

O mais conhecido símbolo é o mais exaltado emblema da fé cristã, também chamada de CRUZ
LATINA. Na origem, era um patíbulo, constituído por uma trave vertical de madeira e outra trave
horizontal, próximo ao topo. Os romanos a utilizaram para a execução de criminosos, da mesma
forma que ainda nos dias de hoje se usa a forca com a mesma finalidade. Por conta disso, ela nos
remete ao sacrifício que Jesus Cristo ofereceu pelos pecados das pessoas. Além da crucificação, ela
representa a ressurreição e a vida eterna.
Cruz de Anu
Utilizada tanto por assírios como caldeus para representar seu deus Anu, esse símbolo sugere a
irradiação da Divindade do Espaço em todas as direções.
Cruz Gamada (Suástica)

Dos mais importantes símbolos de toda a humanidade. A suástica representa a energia do cosmo
em movimento, o que lhe confere dois sentidos distintos: o destrógiro, onde seus “braços” se movem
para a direita e representam o movimento evolutivo do universo (positivo), e o sinistrógiro, onde ao
mover-se para a esquerda nos remete a uma dinâmica involutiva (negativo). No século passado, essa
cruz adquiriu má reputação ao ser associada ao movimento político-ideológico do nazismo.
Cruz de Jerusalém
Formada por um conjunto de cruzes, possui uma cruz principal ao centro, representando a lei do
Antigo Testamento, e quatro menores dispostas em cantos distintos, representando o cumprimento
desta lei no evangelho de Cristo. Tal cruz foi adotada pelos cruzados graças a Godofredo de Bulhão,
primeiro rei cristão a pisar em Jerusalém, representando a expansão do evangelho pelos quatro
cantos da terra.
Cruz da Páscoa

Chamada por alguns de Cruz Eslava possui um “braço” superior representando a inscrição INRI,
colocada durante a crucificação de Cristo, e outro inferior e inclinado, que traz um significado dúbio,
dos quais se destaca a crença de que um terremoto ocorrido durante a crucificação causou sua
inclinação.
Cruz do Calvário

Firmada sobre três degraus que representam a subida de Jesus ao calvário, essa cruz exalta a fé, a
esperança e o amor em sua simbologia.
Cruz Papal

Derivação da Cruz Patriarcal, usada como hierarquia por todos os Papas conhecidos.
BILBIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi editada pela ARL MAÇÔNICA OBREIROS DE IRAJÁ, através
de seu site www.obreirosdeiraja.com.br e a Cavaleiros do Templo nº 26 respeitosamente sente-
se honrada em poder divulgar este belíssimo trabalho.
NON NOBIS, DOMINE, NON NOBIS, SED
NOMINI TUO DA GLORIAN
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#100

ORDENS DE APERFEIÇOAMENTO MAÇÔNICO

PRIMÓRDIOS DA
MAÇONARIA
É improvável que o atual sistema da Maçonaria tenha tido qualquer relação com a construção do
templo de Salomão. Aquele monumento de arquitetura foi aceito pela Maçonaria como um símbolo e
as muitas referências a ele são puramente simbólicas. Lembre-se de que o objetivo da Maçonaria não
é ensinar história, mas sim verdades morais. Ninguém sabe quando ou onde se originou a Maçonaria.
Não existem registros para mostrar os primórdios da fraternidade. Muitos elementos contribuíram
para seu crescimento e desenvolvimento. Deus plantou no coração do homem um desejo de buscar a
sociedade de seus companheiros e este anseio por companheirismo foi um grande fator contribuinte
nas origens da Maçonaria. Por necessidade de construir uma forma de abrigo da inclemência do
tempo, veio à arte da construção ou da arquitetura, e isso formou o plano ou o material com o qual a
Maçonaria foi desenvolvida. Em diversas partes do velho mundo serão encontradas ruínas de
construções colossais que foram erigidas por associações de homens mostrando que foram unidos
para levar a cabo seus planos. Na Idade Média, havia grupos de trabalhadores especializados
trabalhando pela Europa, e envolvidos na construção de grandes catedrais. Entre esses trabalhadores
especializados, a Maçonaria assumiu uma forma bruta de fraternidade e, a partir desse humilde
começo, através de um longo processo de desenvolvimento temos a Maçonaria de hoje. Existem
muitas provas de que o atual sistema da maçonaria especulativa teve seus inícios nas antigas guildas
de trabalho dos franco-maçons viajantes. Essas diversas sociedades tiveram um forte crescimento até
o início do século XVII, quando eles tiveram dificuldade de se manter por causa da falta de
operações de construções. No ano 1717 eles mudaram suas regras para admitir homens de todas as
profissões e isso marca o início do atual sistema da Franco-Maçonaria filosófica ou especulativa.
Alguns homens muito sábios tomaram os diversos materiais e implementos da arte operativa e
através de um sistema ímpar de símbolos e alegoria desenvolveram a Maçonaria da qual
desfrutamos.

Nenhuma organização de tão alta importância é tão pouco compreendida como a Maçonaria. Não
é uma ordem no sentido em que aquele termo é aplicado às sociedades secretas do período, mas sim
uma Sociedade, Fraternidade, Irmandade ou Instituição. Não é um clube, pois ela não diverte. Não é
um sistema de sinais e apertos de mãos para um uso conveniente, pois ela não oferece nada no
sentido de benefícios para doenças e morte, há não ser um devido preparo mental e filosófico. Na
cerimônia pela qual você passou lhe foram dadas muitas definições sobre a Maçonaria. Algumas
delas, talvez, foram mais ou menos entendidas. Disseram a você que é um sistema de antiga instrução
moral hieroglífica ensinada por tipos, emblemas e figuras alegóricas, a forma antiga e primitiva de
ensinar aos homens. Reduzir isto a uma linguagem mais simples seria dizer que a Maçonaria é um
sistema de moralidade disfarçado de alegoria. Mas definir a Maçonaria na linguagem mais simples
possível seria dizer que é a ciência e a arte de viver corretamente. Como ciência, ela tem a ver com a
descoberta e classificação desses princípios que visam à conduta moral correta; a arte diz respeito a
viver esses princípios antes do mundo. Tudo indica que os homens que formularam a Maçonaria
tinham em mente a idéia de uma fraternidade cuja moralidade satisfaria sua concepção de uma vida
religiosa e que seria mais bem exemplificada em suas relações diárias com o mundo e uns com os
outros.

Na Maçonaria podemos encontrar uma mistura das melhores filosofias de todo o mundo. Isso não
significa que aqueles velhos filósofos que vocalizaram essas verdades eram Maçons, mas significa
que os homens que formularam a Maçonaria colecionaram as melhores vocalizações dos bons e
sábios homens do passado e as cimentaram em um belo mosaico e o chamaram de Maçonaria. Um
Pouco dessas estruturas:
Grande Loja de Mestre Maçom da Marca do Brasil – GOB
Conhecida também como o Grau da Amizade. A Sessão é dividida em duas partes: O candidato
passa pelo cerimonial onde é reconhecido como Homem da Marca e posteriormente é Avançado
como Mestre Maçom da Marca. O Grau da Marca era um complemento do grau de companheiro.
Nessa ocasião era costume, um companheiro de pedreiro, escolher uma marca que fosse diferente de
todas usadas por quaisquer outro naquela Loja. A Lenda do grau é singularmente instrutiva e bem
fundamentada nas declarações das Sagradas Escrituras. Seu maior ensinamento é que “a educação é o
prêmio do trabalho que contém uma mensagem dramática – de que a fraude nunca poderá ser bem-
sucedida.”
A sua estrutura e qualificação é assim:
* Venerável Mestre; * Primeiro Vigilante; * Segundo Vigilante; * Mestre
Supervisor; * Primeiro Supervisor; * Segundo Supervisor; * Capelão; * Tesoureiro;
* Fiel de Registro; * Secretário; Diretor de Cerimônias; * Primeiro Diácono; * Segundo
Diácono; * Guarda Interno e * Guarda Externo. Antiga e Honrosa Fraternidade de Nautas
da Arca Real do Brasil – GOB
Esse grau é um dos mais lindos e ricos em instruções, talvez por isso, estimulou a Grande Loja de
Mestres Maçons da Marca a tomar a ação decisiva de colocar esse Grau/Ordem sob sua proteção. A
Elevação, nesse grau comemora a providência e misericórdia de Deus e relata a lenda do dilúvio.
Referência tomada diretamente do volume das Sagradas Escrituras. Se por um lado o grau da Marca
é conhecido como o Grau da Amizade, Nautas da Arca Real é sem sombra de dúvida, o Grau do
Amor Fraternal. Para você ser elevado nesse Grau é necessário ter sido Avançado no Grau da
Marca. Os principais oficiais dessa Loja representam Noé e seus dois filhos, Sem e Jafé.
A sua estrutura e qualificação é assim: * Venerável Comandante (Noé); * Primeiro
Vigilante (Jafé); * Segundo Vigilante (Sem); * Capelão; * Tesoureiro; * Escriba; *
Diretor de Cerimônias; * Primeiro Diácono; * Segundo Diácono; * Esmoler; * Guarda
Externo e * Guarda Interno.
Supremo Grande Capítulo dos Maçons do Arco Real do Brasil – GOB
Por muitos anos o Arco Real foi praticado como suplemento do Terceiro Grau. Era considerado
pelos Antigos como um quarto grau. Mas os modernos possuíam uma postura totalmente nova para
esse grau. É descrito por muitos historiadores como sendo, “a mais sagrada parte da Maçonaria,
sendo sua raiz, coração e essência.” Também é considerado como a conclusão do sistema da
Maçonaria Simbólica. Para ser Exaltado nessa Ordem, você precisa ser Mestre Maçom de uma Loja
Regular e Reconhecida pelo GOB. A cerimônia se desenvolve em uma época muito posterior ao
término do glorioso reinado do Rei Salomão. O Templo de Jerusalém tinha sido destruído, o reino da
Judéia fora divido e os membros de suas tribos, rendidos…

A Babilônia finalmente caiu sob o comando de Ciro, o Grande, tornando-se parte do poderoso
Império Persa, e esse dirigente extraordinariamente humano liberou os judeus do cativeiro e os
convidou a retornar a Jerusalém para começar a reconstrução do Templo. O restauro dos segredos
genuínos de um Mestre Maçom é fornecido pela lenda com a contribuição de uma descoberta
momentosa feita por trabalhadores, e desse fato produz uma das mais interessantes e instrutivas
explicações da natureza de Deus. O reconhecimento do Arco Real era essencial para a Unificação
das Duas Grandes Lojas dos Antigos e dos Modernos. Isto foi alcançado pela ambigüidade do texto
da declaração preliminar do Livro das Constituições, que afirma que a pura e antiga Maçonaria
consiste de três graus e não mais, ou seja, Aprendiz, Companheiro e Mestre Maçom, incluindo a
Suprema Ordem do Santo Arco Real. As lições contidas no ritual nos fazem lembrar a retomar o
caminho do encontro com Deus, tal qual no Livro das Sagradas Escrituras, de onde vêm as nossas
palavras, lembrando-nos da misericórdia e do perdão de Deus.

Devemos sempre ter em mente que a Maçonaria é um sistema peculiar de moralidade velada em
alegorias e ilustrada por símbolos. E também que os nossos rituais são baseados em lendas e não em
fatos. Por isso devemos cada um de nós, interpretar que realmente foi “perdido e depois
encontrado…” Devemos interpretar as palavras no sentido metafísico… Como se a palavra
encontrada fosse algo como: Descobrindo alguma coisa como se pela primeira vez… Pensar
metafisicamente é pensar, sem arbitrariedade, em dogmatismo… A sua estrutura e qualificação
é assim: * Primeiro Principal – Zorobabel; * Segundo Principal – Ageu; * Terceiro
Principal – Josué; * Escriba Esdras – Secretário; * Escriba Neemias; * Tesoureiro; *
Diretor de Cerimônias; * Esmoler; * Principal Forasteiro; * Primeiro Assistente de
Forasteiro; * Segundo Assistente de Forasteiro e * Guardião. Grande Priorado do Brasil –
Grande Priorado das Ordens Unidas – Religiosas Militares e Maçônicas – do Templo e de São
João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta do Brasil.

Essa Ordem é dividida em dois graus, por assim dizer. Os Cavaleiros Templários e os Cavaleiros
de Malta. Ambas são dirigidas pelo Grande Priorado do Brasil – GOB. Para ter ingresso e ser
Instalado (armado) nessa Ordem é necessário você ter sido Exaltado como Companheiro no Arco
Real e professar a fé na Santíssima Trindade. Temos notícias que em 1791 houve a união de sete
acampamentos independentes, foi realizado o primeiro Conclave da ordem, como a conhecemos hoje.
As assembléias onde os Cavaleiros Templários se reúnem são conhecidas como Preceptórios e quem
a dirige é o Preceptor. As assembléias de Cavaleiros de Malta são conhecidas como Priorado e
quem a dirige é o Prior. A Cerimônia é realizada num Templo que representa uma capela. A
estrutura e qualificação dos Cavaleiros Templários são assim: * Eminente Preceptor; *
Capelão; * Primeiro Guardião; * Segundo Guardião; * Tesoureiro; * Escrivão; *
Marechal; * Esmoler; * Principal Arauto; * Segundo Arauto; * Capitão da Guarda;
* Primeiro Porta Estandarte; * Capitão da Guarda e * Guarda.

Para ter ingresso na Ordem dos Cavaleiros de Malta, o Irmão tem que ter ser Mestre Maçom,
Exaltado a Companheiro no Arco Real e Instalado Cavaleiro Templário. Essa Ordem foi
originalmente fundada em Jerusalém, durante a primeira cruzada, aproximadamente no ano de N.S.
1099, para dar alívio aos peregrinos que se dirigiam ao Santo Sepulcro. Aqui também a cerimônia é
representada pela passagem pelos graus de Cavaleiro de São João, incluindo o Passe Mediterrâneo.
E dividida em duas Câmaras, uma representando a Casa do Capítulo ou Sala do Conselho do
Priorado. A outra representa a Casa da Guarda. A cerimônia é uma forma simbólica, onde é
realizada a antiga viagem que São Paulo fez indo de leste para oeste. Ocasião onde os irmãos serão
instalados como Cavaleiros de São João de Jerusalém, Palestina, Rodes e Malta. Chegando
posteriormente a Terra Prometida…
Estrutura e qualificação dos Cavaleiros de Malta são assim: * Eminente Prior; *
Capitão Geral; * Tenente Geral; * Primeiro Tenente; * Segundo Tenente; * Capelão;
* Marechal; * Marechal Adjunto; * Hospitaleiro; * Almirante; * Conservador; *
Intendente; * Depositário; * Tesoureiro; * Chanceler; * Capitão da Guarda e *
Guarda
De todas elas possuímos a devida Carta Patente, dando-nos o total e amplo direito de
funcionamento em nosso PAÍS. São dezessete as Ordens praticadas e devidamente Reconhecidas na
Inglaterra e estamos trabalhando para trazê-las, aos poucos para o Brasil. Muitas já estão em vias de
fato.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura é de autoria do Ir.’.Wagner Veneziani Costa Membro Efetivo
do Supremo Conselho do Grau 33 para o REAA; Grão-Mestre da Grande Loja de
Mestres Maçons da Marca; M.A.D.E. Grande Senescal do Grande Priorado do Brasil,
ARLS Madras, N0 3359 e Sublime Imprensa Maçônica, N0 3999.

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maconico.html
#101

O RITO CRÍPTICO

Nenhum Rito da Maçonaria Livre conseguiu ser tão bem sucedido nos últimos anos como o
conjunto de graus conhecidos como o Rito Críptico. O crescimento atingido tem sido importante de
tal forma que atualmente um em cada dois Maçons do Arco Real é Maçom Críptico. A sua
popularidade é bem merecida porque não existem graus mais belos e significativos em toda a
Maçonaria Livre do que os conferidos num Conselho de Maçons Crípticos. A Maçonaria Livre é
muito filosófica e ensina os seus ideais através de alegorias ou histórias. Esta filosofia é moralista e
religiosa. Contudo, a Maçonaria Livre não é uma religião, ou um seu substituto. Um requisito para ser
membro da Maçonaria Livre é a crença declarada em Deus e na vida eterna.
È imperativo que o candidato professe pessoalmente uma fé num Ser Supremo antes de tornar-se
Maçom Livre. A Maçonaria Livre nunca tenta alterar as crenças de cada um. nem nos oferece uma
teologia ou plano de salvação. Contudo, oferece um plano moral para ser aplicado neste mundo.
Deixa ao Maçom a faculdade de tratar da sua salvação na próxima vida através da sua própria
religião. Uma das razões para a popularidade dos Graus Crípticos é porque completam a história da
alegoria maçônica. A “Palavra” representa na alegoria maçônica a busca pelo homem de objetivos
para a vida e para a natureza de Deus. Simbolicamente, a Maçonaria Livre ensina, na Loja, como a
Palavra se perdeu e sobre a esperança da sua recuperação. O Arco Real, no Capítulo, ensina como
ela foi redescoberta. A Maçonaria Críptica, no Conselho, completa esta história ensinando como se
preserva a Palavra inicial.
ORIGEM DOS GRAUS
Tal como em muitos dos graus maçónicos, as origens dos graus crípticos estão cobertas de
mistério. Há cerca de 200 anos surgiram os graus de Mestre Real e Mestre Escolhido (chamados
graus da Preservação) como se surgissem de lado nenhum. Leitores maçons viajantes através do
Leste conferiram-nos a Maçons, enquanto empenhados na instrução dos obreiros da Loja e dos
Companheiros do Capítulo. Até o Supremo Conselho do Rito Escocês incluiu o grau de Mestre
Escolhido como um dos seus graus "separados". Mas estes belos graus não permaneceram separados
por muito tempo. No estado de Connecticut nasceu o primeiro Grande Conselho em 1819. Na
Virginia e na West Virginia os graus foram desenvolvidos nos Capítulos do Arco Real, onde ainda
permanecem. Nos anos de 1870 um Grande Conselho Geral foi formado para os Estados Unidos.
Hoje este Grande Conselho conta como associados a maioria dos Grandes Capítulos dos EUA bem
como os da parte ocidental do Canadá e outros Estados fora do Continente americano.

Até há poucos anos atrás, a Maçonaria Críptica não constituía requisito para ser membro dos
Shriners ou duma Comenda de Cavaleiros Templários. Contudo, nos anos mais recentes um grande
número de Grandes Comendas de Cavaleiros Templários tornaram os graus Crípticos um pré-
requisito para as Ordens do Templo. Tornaram-se, assim, consequentemente um pré requisito do Rito
de York para o Shrine. Parece existir uma tendência crescente para que esta política seja adotada por
um número crescente de Comendas nos próximos anos.
A ABÓBADA E OS MISTÉRIOS
Todos os estudiosos da Bíblia e os arqueólogos conhecem as abóbadas ou crípticas sob o Templo
do Rei Salomão. Duvidamos que os Graus Maçónicos tenham sido conferidos naquelas abóbadas.
Contudo, tal lenda continua a persistir através da Maçonaria Livre. O autor Maçônico, Albert G.
Mackey, escrevendo acerca da abóbada diz: " A Abóbada era, então, nos antigos mistérios símbolo
de sepultura; para a iniciação era símbolo de morte, onde só a Divina Verdade pode ser encontrada.
Os Maçons Livres adotaram a mesma idéia. Ensinam que a morte é apenas o princípio da Vida; que
se o primeiro, ou o Templo evanescente da nossa vida transitória está à superfície, devemos descer à
abóbada secreta da morte antes de encontrarmos a sagrada jazida da Verdade que adorna o nosso
segundo Templo da Vida Eterna". Este ensinamento não é invulgar na Maçonaria Livre visto que os
requisitos prévios para a iniciação incluem que se professe a crença em Deus e na vida eterna. O
USO DO NOME CRÍPTICO

Os graus do Rito de York são classificados em Simbólicos (Loja de Mestres Maçons).


Capitulares (Capítulo de Maçons do Arco Real), Crípticos (Conselho de Maçons Crípticos), e
Cavalheirescos (Comenda Templária). O Rito Críptico tem o seu nome derivado da palavra Críptica
porque a cena dos graus de Mestre Real e Mestre Escolhido ocorre na Cripta subterrânea sob o
Templo do Rei Salomão. A palavra críptica significa escondido, daqui a sua utilização na descrição
destes graus. O último grau do Rito Críptico não é críptico porque não cumpre o requisito da cena se
desenrolar na abóbada. Deve ser considerado como um grau apêndice do Rito Críptico que não
possui conexão quer histórica ou simbólica com os de Mestre Real e Mestre Seleto, como veremos à
frente.
O GRAU DE MESTRE REAL
É o primeiro grau do Rito Críptico. Os Candidatos que recebem este grau ficam impressionados
com a dignidade do ritual e com a relevância dos seus ensinamentos. Contém uma seção que é
geralmente vista como uma peça relevante de trabalho ritual quando bem desempenhada projetando
uma representação de grande simbolismo e conteúdo filosófico. A apresentação ritualística no grau
explica os artigos contidos no Santo dos Santos do Templo do Rei Salomão, incluindo a Arca da
Aliança. O conhecimento dos quais é essencial para aqueles que desejem compreender cabalmente
os graus procedentes. As principais personagens nestes graus é Salomão e a sua corte.
O GRAU DE MESTRE ESCOLHIDO

O grau de Mestre Escolhido nem sempre esteve associado com o de Mestre Real. A maioria dos
escritores atribui a Jeremy Cross, um leitor, autor e educador maçônico viajante do início do século
XIX, ter combinado os dois graus num rito. Há fortes evidencias que apoiam a teoria de que o grau
provém dum grau semelhante (6º grau) do Rito Escocês chamado Secretário Íntimo do Rei Salomão.
Qualquer que seja a sua origem, a lenda deste grau é antiga. A cena deste grau situa-se na abóbada do
Templo do Rei Salomão. Os acontecimentos que caracterizam o grau são suficientemente excitantes
para lhe darem um grande interesse. A apresentação ritualística contém a história que "completa o
Círculo de Perfeição" da Antiga Maçonaria.
O SUPER EXCELENTE MESTRE

Como foi dito, o grau de Super Excelente Mestre não é um grau da Críptica. Mas, está relacionado
com os acontecimentos que conduziram à recuperação da Palavra perdida. Este belo grau fala-nos
dum período da história em que todos os maçons livres estão interessados, que é o período que se
segue à destruição do primeiro Templo. A essência do grau é pressagiada na apresentação pelo
Viandante Principal no Arco Real quando faz a seguinte referencia: Sedecías, o último Rei de Judá,
tinha vinte e um anos, quando subiu ao trono e reinou onze anos em Jerusalém. O seu comportamento
desagradou ao Senhor, seu Deus. etc…".

O grau de Super Excelente Mestre é um dos graus melhor delineados, mais tocantes e belos.
Contém muitos ensinamentos para aplicarmos na nossa vida quotidiana. Numa representação de
acontecimentos excitantes, as personagens bíblicas ganham vida representando o drama histórico da
Bíblia Sagrada. Aqui Nabucodonosor ainda reina ; Sedecías experimenta os resultados da sua vida
perversa e Ezequiel e Jeremias profetizam as promessas de Deus Todo Poderoso.
Observação: Peça de Arquitetura Publicada no Yorkie Vol.2 n.º1 (Setembro de 1998)

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#102

O AVENTAL DO APRENDIZ

Em Loja, o Aprendiz Maçon usa um avental retangular completamente branco, com uma aba
superior, de forma triangular, igualmente integralmente branca, que é usada levantada. Ensina o
Ritual do Rito Escocês Antigo e Aceite – aquele que é praticado pela Loja Mestre Affonso
Domingues – que a cor branca do avental simboliza a pureza do seu coração, recomendando ainda ao
Aprendiz que evite conspurcar o seu avental.

Em determinada passagem do mesmo Ritual, o Aprendiz é informado de que deve usar o avental
com a aba levantada, sem que sejam dadas quaisquer explicações ou justificações para essa
determinação. Pese embora o fato de o Ritual apresentar a cor branca do avental de Aprendiz como
símbolo de pureza, é minha convicção de que a escolha dessa cor tem uma origem muito mais
prosaica. Retenhamos, antes do mais, que a Maçonaria Especulativa, tal como foi fixada no século
XVIII, em Inglaterra, deriva de uma Maçonaria Operativa, existente desde, pelo menos, há alguns
séculos atrás, que regia o ofício dos construtores em pedra e que agrupava os respectivos
profissionais, nas suas diversas vertentes (Mestres de Obras ou Arquitetos, Pedreiros, Canteiros,
Escultores, etc.).
O uso de avental por profissionais de diversas profissões tem origens antigas e permanece actual.
Os ferreiros e ferradores usavam avental e, pelo menos aqueles, ainda hoje usam; os cozinheiros
usavam e usam avental; os trabalhadores em pedra usavam avental, etc.. O propósito do uso desta
peça é evidente: a proteção da roupa envergada pelos respectivos portadores, evitando que esta seja
suja ou danificada pelos materiais trabalhados pelo profissional. Naquelas épocas, o nível de vida
dos artesãos não era propriamente desafogado. A proteção da sua roupa era-lhes indispensável, o
avental de proteção utilizado era confeccionado no material que, exercendo essa proteção, fosse mais
abundante e barato.

Os aventais eram, assim, confeccionados na matéria-prima que então abundava na Europa e era
barata: a pele de ovelha, com a respectiva lã. A razão porque o avental era branco decorre assim do
prosaico fato de a lã ser dessa cor! E obviamente que não se ia encarecer o artefacto tingindo-o,
porquanto se tratava de uma peça de trabalho, destinada a ficar suja no decorrer do trabalho, não de
uma peça de adorno. Não era apenas o Aprendiz de trabalhador em pedra que usava avental de pele e
lã branca. Eram todos os trabalhadores em pedra.

Evidentemente que, com a transição da Maçonaria Operativa para a Maçonaria Especulativa, a


razão do uso dessa peça alterou-se, passando tal uso a ter valor simbólico, primeiro, de distinção de
grau, seguidamente, e de adorno finalmente (particularmente nos Altos Graus e em Grande Loja, em
que, por vezes, são utilizados vistosos, belos - e caros! - aventais). E, com essa transição, o avental
perdeu o seu valor de proteção de vestuário. Daí que, enquanto que, nos tempos da Maçonaria
Operativa o avental se destinava a ser sujo em vez da roupa que ele protegia, com o advento da
Maçonaria Especulativa essa necessidade desapareceu e, portanto, passou a desejar-se que
permaneça sempre limpo, quer material, quer simbolicamente, neste plano representando a pureza de
caráter que o seu portador deve ter e que deve procurar sempre, mais e mais, aperfeiçoar.

O avental branco, em bom rigor, não é o avental do grau de Aprendiz: é o avental do maçon!
Aliás, ainda hoje, em muitas Lojas dos Estados Unidos é comum entregar-se àquele que é iniciado
um avental de pele de ovelha, com lã, branco, o qual é religiosamente guardado e nunca utilizado
pelo maçon seu proprietário, a não ser em ocasiões festivas ou cerimoniais. Qualquer que seja o grau
de quem o usa, o avental de pele e lã branco é ali utilizado como peça de adorno cerimonial!

Ainda hoje, em todas as Obediências, o avental branco pode ser usado por qualquer maçon, qualquer
que seja o seu grau e qualidade. As únicas diferenças são que, por um lado, o Aprendiz só pode usar
avental branco, enquanto que os maçons de outros graus podem usar o avental branco ou o do seu
grau; e, por outro, que o Aprendiz deve usar o avental branco com a respectiva aba levantada,
enquanto que os demais maçons, quando usam avental branco, o fazem com a respectiva aba baixada.
O atual Grão-Mestre da GLLP/GLRP, Muito Respeitável Irmão Mário Martin Guia utiliza
habitualmente um singelo, mas belíssimo, avental todo branco, adornado apenas por um discreto
bordado, também branco, assim simbolizando que até mesmo o Grão-Mestre se deve sempre
considerar um eterno Aprendiz. Quanto à razão do uso do avental com a aba levantada pelo Aprendiz
(e aqui, efetivamente, só por este), não explicada ou justificada no ritual, deve buscar-se também nas
raízes operativas da Maçonaria e na função de proteção do avental, importadas e adaptadas para a
Maçonaria Especulativa. Porque o Aprendiz ainda não é versado nem experiente na Maçonaria,
porque é natural que cometa erros, porque ainda está aprendendo a trabalhar a pedra bruta do seu
caráter, a sua necessidade de proteção é simbolicamente maior. Daí que deva aumentar a área de
proteção proporcionada por essa peça, para tal usando a respectiva aba levantada.

Quando as mais agudas arestas do seu caráter estiverem já trabalhadas, quando esse caráter se
tiver já aperfeiçoado e o maçon não o trabalhe já como uma pedra bruta, antes o cinzele como se faz
a uma pedra cúbica, então a necessidade de proteção terá diminuído e o maçon poderá então passar a
usar o seu avental com a aba baixada. Mas, quando assim for, já, em reconhecimento do esforço que
efetuou, os Mestres da Loja providenciaram o seu aumento de salário – e já não será Aprendiz!
BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, foi editada em outubro de 2007 pelo nosso IR.’.
Rui Bandeira, mui digno Mestre da ARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES da cidade de
Lisboa - Portugal
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#103

A SAGRADA HISTÓRIA DOS CAVALEIROS TEMPLÁRIOS

AS ORDENS DE CAVALARIA A idéia básica desta peça de arquitetura, é fazer uma rápida
análise das Ordens de Cavalaria que marcaram a Idade Medieval. Este trabalho não pretende de
forma alguma esgotar o assunto; é apenas uma rápida visão das Ordens dos Templários,
Hospitalários e Teutônicos. Capítulo 1 - Os Templários Nome Completo: Pobres Cavaleiros de
Cristo e do Templo de Salomão.
Os Cavaleiros Templários são os membros da mais antiga e poderosa das três Ordens Militantes que
serão abordadas neste trabalho (Templários, Hospitalários e Teutônicos). Sua sede localizava-se
próxima ao Templo de Salomão, motivo pelo qual foram chamados Templários. Em 1.118 AD a
Ordem tinha sido sancionada oficialmente pela Igreja católica romana e tinha muitos membros e
havia enriquecido. Eles eram uma Ordem bem organizada, com muitos contatos externos, inclusive
entre os sarracenos e o poderoso grupo conhecido como "Os Assassinos de Hashshashin". Os
Templários lutaram corajosamente pelo Cristianismo durante a 2ª Cruzada, mas depois que Jerusalém
foi recapturada pelos Turcos, retiraram-se para Chipre.

Uma vez removidos da Terra Santa, os Templários tiveram o propósito de sua existência junto ao
Clero e a nobreza, estremecidos, o que possibilitou a vergonhosa cobiça de suas riquezas pelo Rei
da França, Felipe IV "O Belo" e seu assecla o Papa Clemente. Entre as invenções dos Templários,
podemos citar a principal que foi a idéia original da criação dos bancos, com seus cheques e outros
métodos de crédito projetados para ajudar as finanças e suas atividades na Terra Santa. Os
Templários não foram a primeira Ordem Militar a encontrar o que o autor do texto chama de "os
vampiros" e que eu expressaria como o "lado negro da força", mas, foram eles certamente, os
primeiros a combater estes "vampiros" sob uma base organizada. A perseguição inumana aos
Templários e o aparente sucesso destes vampiros, incitou o que o autor denomina como "as crianças
de Cain", a organizarem-se e conspirarem para dissolver a Ordem. Conforme citado acima, o Rei
Felipe IV (um fantoche destes vampiros) torturou e matou muitos Templários, além de confiscar suas
propriedades, com a anuência de um Papa dominado e subserviente Mas, segundo o autor, os
Templários foram apenas fragmentados e sobrevivem em Sociedades Secretas, amplamente dispersas
e com Lojas em todo o mundo.
Os Templários são (o autor refere-se a eles no presente) pessoas intelectuais e empresariais com
alto nível aquisitivo. O equipamento (atualmente apenas ritualístico) de combate é igual aos
tradicionais cavaleiros porém, não é admitido o uso de nenhuma marca, broche, símbolo ou emblema
de identificação. Suas batas monásticas e cerimoniais são distintivas, com uma cruz alargada
vermelha (a Cruz Patté ou de Malta) fixada sobre um fundo branco. Sua bandeira é um céu preto em
um campo branco ou a tão conhecida bandeira quadriculada (usada para designar os vencedores em
competições). Os Templários foram uma força fragmentada por mais de 600 anos e sobreviveram
como uma organização secreta. A sede da Ordem reavivada está na Escócia, em um castelo e
catedral misteriosos, conhecidos como Rosslyn. Situado na área central escocesa, este lugar místico
foi tema de muitos rumores e lendas sobre ter contido muitos dos segredos e tesouros dos Templários
durante séculos
Os atuais Templários pertencem a um grupo cauteloso e fechado, que, após a amarga experiência
de princípios do século 14º, costumam manter-se herméticos a estranhos. São pessoas que dão muita
importância à investigação e pesquisa. A presença feminina era na antigüidade, permitida desde que
em funções não combatente e mesmo assim, após adotar o hábito de freira. O autor afirma que existe
atualmente, muita pressão para a aceitação de mulheres na Ordem. Eu gostaria neste momento de
interromper o texto para comentar que atualmente, estão pipocando dezenas de Grupos que se
denominam descendentes dos Templários de Origem. É preciso ter-se muito cuidado e muito bom
senso na análise de tais grupos. Quase todos os Templários são obcecados pelo conhecimento; sendo
este, considerado como primário para o desenvolvimento da habilidade de pesquisa. Eles
normalmente têm conceitos profissionais altamente educados. Cultivam o desenvolvimento
intelectual, bem como o burocrático, investigativo, lingüístico, legislativo e habilidades financeiras.
Possuem também, fortes contatos, Influência e recursos.
Princípio Histórico
Os Cavaleiros Templários, tiveram sua origem em um pequeno grupo de cavaleiros cruzados, cuja
tarefa original era a de manter as estradas da Terra Santa seguras, protegendo os peregrinos contra os
ataques dos muçulmanos ou bandidos. Formado aproximadamente em 1.115 por Hugo de Payens ou
Borgonha e mais oito cavaleiros, conquistaram rapidamente a simpatia do Rei Baldwin II de
Jerusalém, que lhes concedeu o direito de usar parte do antigo Templo de Salomão como sendo sua
sede. Em 1.118, o pequeno grupo, jurou ante ao Patriarca de Jerusalém que eles manteriam os votos
monásticos de pobreza, obediência e castidade enquanto protegeriam a rota dos peregrinos entre
Jerusalém, Jerico e o Jordão. O número de cavaleiros cresceu rapidamente, pois, o conceito de um
grupo devoto de guerreiros que faziam o trabalho de Deus na Terra Santa angariou grande
popularidade. Com este aumento de seu efetivo, Hugo resolveu interagir junto ao Papa para que seus
cavaleiros fossem reconhecidos como uma ordem monástica oficial, com regras específicas para o
papel de combatente do Cristianismo. Em 1.124 Hugo viajou para a Europa para conseguir apoio
para o seu novo grupo de guerreiros - monges. O Papa convocou um Concílio da Igreja Católica em
Troyes, e S. Bernardo de Clairvaux auxiliou na aprovação da Ordem, além de ser o responsável pela
elaboração de suas Regras.
Com a aprovação do Papa e de S. Bernardo que já gozava na época de grande reputação, a
Ordem ganhou muitas adesões de novos cavaleiros. Em 1.130, Hugo já possuía 300 novos membros.
A nova Ordem foi conduzida por um Mestra Principal (Grão Mestre), pelo Seneschal, Marechal,
Chefe e Preceptor (mestre de províncias). Cada província foi dividida em várias preceptorias, cada
uma com seu próprio capitão de cavaleiros e um lugar-tenente. Os Templários permitiram o ingresso
na Ordem de membros subordinados na categoria de sargentos (não pertenciam à nobreza), bem
como cavaleiros que só serviam em um curto espaço de tempo; foi permitido o casamento, desde que,
em caso de morte, todos os bens do casal fossem transferidos para a Ordem. A Ordem começou a
receber também, presentes em forma de terras e dinheiro. Na plenitude de seu poder, a Ordem
possuiu mais de 9.000 títulos e solares (pequenos castelos) ao longo da Europa e da Terra Santa.
Segundo os historiadores, foi esta vasta riqueza que causou a queda da Ordem, pois causou a inveja e
a cobiça do Rei Felipe "O Belo" da França. Por volta de 1.177, cerca de 80 Templários conduzindo
outros 300 cavaleiros, conduziram um ataque de cavalaria que culminou por vencer Saladino que
chefiava um exército muito maior. Os muçulmanos foram derrotados, o que aumentou o prestígio da
Ordem. Infelizmente, as glórias de vitórias como esta, eram estragadas através de várias derrotas
estúpidas.
Em 1.187, o Mestre Principal da Ordem, Gerard Ridefort conduziu uma força de 90 Templários e
40 outros cavaleiros, contra 7.000 homens da cavalaria muçulmana. Só ele e dois outros Templários
escaparam com vida. Mas eles demonstraram com isso, a determinação templária de lutar até o
amargo fim. Em 1.243, com a perda de Jerusalém para os muçulmanos, só 36 Templários
sobreviveram (de um total de 300 sobreviventes). Em 1.250, 200 Templários morreram nas ruas de
Mansurah depois que o Grão Mestre deles tinha adverti-los de uma iminente emboscada. Por
ocasião da derrota final da Cristandade na Terra Santa - o outono de Acre - os cavaleiros foram
forçados a buscar refúgio no "chapterhouse" deles, cujas paredes, com o ataque muçulmano, já
estavam sofrendo severos danos. Enquanto negociavam um tratado de rendição, os muçulmanos
começaram a sacrificar civis que estavam abrigados dentro dos limites da Ordem. Obedecendo aos
votos que haviam feito quando da entrada na Ordem, os Templários restantes correram em defesa
deles/delas. Enquanto isso, o oficial que negociava o tal tratado, foi covardemente decapitado.
Depois de outra semana de lutas, os Templários restantes, morreram junto com 2.000 atacantes
muçulmanos quando o edifício da Ordem desmoronou sobre eles no último ataque.
Até que a Ordem fosse dissolvida em 1291, os Templários também foram pressionados a
envolverem-se em uma nova cruzada, que culminaram em mais fracassos. Segundo o autor, a Ordem
nesta ocasião, já tinha sido reduzida a um grupo de banqueiros. Conforme já mencionamos, o Rei
Felipe VI " O Belo " organizou a queda da Ordem. O autor conta-nos que foram "plantados" espiões
entre os graus, com um plano cuidadosamente organizado de acusar a Ordem de heresia, que seria o
único motivo plausível para a sua dissolução e principalmente, confisco de seus bens. Em 1305, um
destes espiões, o renegado Templário Esquiu Floyrian, foi amplamente utilizado por Felipe para o
ataque à Ordem na França. Ataques semelhantes estavam montados na Inglaterra e Espanha, mas as
acusações caíram no ridículo. Seguiram-se vários anos de disputas legais, durante os quais, o Grão
Mestre Jacques de Molay colocou sua fé na suposta invulnerabilidade da Ordem contra a autoridade
da nobreza e confiou em proteção papal; porém, os ataques foram feitos individualmente contra os
membros da Ordem, o que os tornou vulneráveis às torturas. Em 1312, foi dissolvida a Ordem.
Capítulo 2 - Os Hospitalários Nome completo: Cavaleiros Hospitalários de S João,
Jerusalém, Rhodes e Malta
Formada depois da Primeira Cruzada, A Ordem dos Hospitalários dedicou-se originalmente à
medicina, curando e provendo o repouso para os peregrinos. Devido às contínuas invasões
muçulmanas, os Hospitalários adotaram a filosofia guerreira dos Templários e rapidamente
dedicaram-se à defesa Militar da Cristandade. Porém, os Cavaleiros Hospitalários nunca
esqueceram suas origens e sempre mantiveram hospitais para cuidar dos doentes e feridos. Os
Cavaleiros de São João têm uma filosofia de cura, e todos são treinados em medicina . Os
Hospitalários foram a única Ordem a sobreviver incólumes aos turbulentos séculos (ainda hoje a
Ordem Hospitalária é atuante, com Sede na Ilha de Malta, no Mediterrâneo) em que atuaram. Durante
os últimos séculos, eles agiram freqüentemente em auxílio ao braço da espionagem do Vaticano. A
maioria das pessoas os vêm como dedicados à obras beneficentes, especialmente em auxílio pelo
mundo inteiro em serviços de ajuda a desastres. Os membros desta Ordem, aparecem em público,
normalmente, muito bem vestidos.
Como a maioria dos médicos, eles acreditam em padrões altos de limpeza e higiene. Seu uniforme
cerimonial é negro com uma cruz branca (a Cruz maltesa). Ocasionalmente, os guerreiros monges
mais antigos, usam batas vermelhas com a Cruz maltesa branca.

Desde que foram expulsos de sua sede na Ilha


de Malta em 1.700, por Napoleão, os Hospitalários tiveram que contentar-se com uma propriedade
pequena perto do Vaticano em Roma. Porém, foi permitido recentemente aos cavaleiros, reaverem
seu castelo de Valletta; entretanto, o maltês já não os aceita como senhores. Os membros desta
Ordem são geralmente escolhidos entre os médicos, homens de ciência ou com tendências ao
sacerdócio. Conforme comentamos acima, um braço dos Hospitalários foi fortemente envolvido na
espionagem do Vaticano, durante séculos. O autor levanta a suspeita de que ainda hajam membros da
Ordem dedicados à esta tarefa. Esta é a Ordem mais tradicional (do ponto de vista de submissão ao
Papa) e coloca grande ênfase em religião e cerimônias religiosas. Como resultado, só são permitidas
para as mulheres servir dentro da Ordem de uma maneira não combatente. O Hospitalários têm um
forte sensos de justiça. Eles não auxiliarão nenhuma pessoa ou criatura que eles pensam que são más
e isto os põe freqüentemente em conflito os com o Templários e Teutônicos.
Princípios Históricos:
Os Cavaleiros Hospitalários, pertencem à uma Ordem cuja poderosa cuja documentação os torna
oficiais e legais até os dias de hoje. Seus tradicionais rivais foram os Cavaleiros Templários. Sua
estrutura básica é bastante parecida com a dos templários porém com um maior enfoque em saúde e
medicina. A Ordem de São John originou-se com um hospital dedicado a São João em Jerusalém,
aproximadamente em 1.070, 30 anos antes da Primeira Cruzada, por um grupo de comerciantes
italianos que queriam cuidar dos peregrinos. Foi constituída como uma Ordem aproximadamente em
1.100, logo após a Primeira Cruzada, quando assumiu seu primeiro Grão Mestre Principal (que o
autor não cita o nome). O Hospitalários seguiram assim aos Templários mas com enfoque para o
trabalho médico.
Por volta de 1.126, porém, aproximadamente oito anos depois dos Templários apareceram
publicamente, os Cavaleiros de São John tinham começado a assumir um caráter crescentemente
militar que ficaria, com o tempo, mais proeminente que o próprio serviço de hospital, para o qual
tinham sido instituídos. O autor cita aqui que em sua opinião, os Hospitalários podem ter sido
obrigados a adotar o braço combatente, porque os Templários não estavam fazendo o trabalho a eles
destinado, dedicando-se a percorrer a Terra Santa em busca de relíquias Santas, em vez de proteger
os peregrinos. Os Hospitalários, junto com os Templários e Teutônicos, tornaram-se o exército
principal e poder financeiro na Terra Santa. Este poder expandiu-se ao longo do Mediterrâneo.
Como os Templários, eles ficaram imensamente ricos. A Ordem desenvolveu-se em um exército
vasto, organização eclesiástica e administrativa com centenas de cavaleiros, um exército parado,
numerosos serviços secundários, uma cadeia de fortalezas e propriedades enormes de terra pelo
mundo Cristão. A Ordem permaneceu verdadeira a suas origens e mantém até os dias atuais,
hospitais atendidos por seus próprios providos cirurgiões e demais funcionários.
Em 1.307, quando os Templários foram acusados de uma série de ofensas contra a ortodoxia
católica, o Hospitalários conseguiram ficar imunes de qualquer estigma. Eles retiveram o favor do
papado. Na Inglaterra e em outros lugares, ex-propriedades dos Templários foram entregadas para
eles - impulsionando ainda mais suas riquezas. Depois de 1.291, os Cavaleiros de São João
retiraram-se para Chipre. Em 1.309 eles estabeleceram sua sede na Ilha de Rhodes que governaram
como o principado privado. Eles ali permaneceram durante dois séculos e resistiram a dois ataques
dos Turcos.
Em 1.522, um terceiro ataque os forçou a abandonar a ilha e em 1.530 eles novamente
estabeleceram-se em Malta. Em 1.565, Malta foi sitiada pelos Turcos em uma tentativa ambiciosa
para conquistar o Mediterrâneo. Em uma defesa épica, 541 Cavaleiros Hospitalários e sargentos
junto com 1.500 soldados a pé e mercenários repeliram os repetidos ataques, de 30,000 inimigos. A
derrota histórica infligida aos Turcos, destruiu seus planos de invasão. Seis anos depois, em 1.571, a
Frota da Ordem, junto com navios de guerra da Áustria, Itália e Espanha, ganharam uma decisiva
batalha naval de Lepanto e quebraram o poder marítimo turco. A frota dos Hospitalários foi
premiada com créditos pelos afundamentos.
No 16º século eles eram ainda um exército supremo com poderes navais consideráveis no mundo
Cristão, contando com força e recursos financeiros comparável à maioria das nações. Mas a reforma
protestante tinha começado a quebrar a força da Europa Católica, e a própria Ordem viu-se fendida
com novas convicções.
A Europa passou para uma idade nova de tolerância religiosa e mercantilismo.

O Cavaleiros ainda estavam em Malta em 1.798, entretanto a Ordem havia transformado-se em


apenas uma sombra do que eles eram. A Freemasonry tinha corroído as suas submissões católicas e
quando Napoleão invadiu a ilha a caminho do Egito, os cavaleiros não ofereceram nenhuma
resistência. Quando Horatio Nelson recapturou as ilhas, os cavaleiros puderam ali restabelecer uma
presença não oficial. Em 1.834, uma base oficial era estabelecida em Roma. Uma vez mais
dedicados ao hospital e ao trabalho junto à saúde, os cavaleiros mantêm sua fortaleza em Mala mas,
não têm nenhum poder de governo. De maneira muito interessante, foi considerado seriamente a
possibilidade de entregar Israel para os Hospitalários depois de Segunda Guerra Mundial. Do ponto
de vista de direitos internacionais, os Cavaleiros de Malta são encarados como um principado
soberano independente, com a opção de um assento nas Nações Unidas (o qual eles nunca ocuparam).
Podem ser identificadas embaixadas na África e países americanos latinos com plenos privilégios
diplomáticos. Capítulo 3 - Os Teutônicos
Nome completo: A Ordem Sagrada dos Cavaleiros Teutônicos .
A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi fundada em 1.190 por Cruzados alemães na Palestina e
foi reconhecida pelo Papa em 1.199. Instituída depois dos Cavaleiros Templários, e dos
Hospitalários, restringiu a admissão à Ordem, apenas aos membros da nobreza alemã. A nova
Ordem, constituiu-se no principal grupo militar alemão. Em 1.229 os Cavaleiros Teutônicos
começaram uma cruzada para converter e pacificar os eslavos pagãos da Prússia. Eles esmagaram os
eslavos nativos e adotaram para si próprios, um estado de semideuses. A forma impiedosa de
combater o inimigo, rendeu aos Teutônicos, a reputação de guerreiros malignos. Os Cavaleiros
Teutônicos tornaram-se cínicos, e acreditavam que a eliminação total do inimigo era o único meio de
erradicar rapidamente o mal. Para atingir seus objetivos, seu treinamento militar era supremo. Os
membros desta Ordem são normalmente fortes e refletem seu treinamento militar. Vestidos para
batalha, são iguais a todos os demais cavaleiros; em alguns casos um Teutônico pode ter alguns
suplementos opcionais alinhavados em seu vestuário entretanto, normalmente, suas batas são brancas
e adornadas com uma cruz preta simples. Após as batalhas da Idade Média, durante vários séculos,
um pequeno grupo dos Teutônicos serviu em Viena como uma pequena chama que mantinha viva
Ordem; porém, agora que a Ordem dos Cavaleiros Teutônicos foi restabelecida, eles readquiriram
sua antiga sede no Castelo de Marienburg.
Os membros da Ordem são encarados pela população em geral, como pessoas normais que
pertencem à uma Ordem semi clerical, dedicada ao trabalho de caridade; mas, segundo o autor, os
membros da Ordem têm força para dobrar barras de ferro, o que as afasta da média da população. Os
Cavaleiros Teutônicos escolhem os seus sócios cuidadosamente, geralmente provenientes de polícias
especiais ou forças armadas de vários pontos ao redor do mundo. A maioria do Cavaleiros
Teutônicos vêm destes exércitos ou equipes de força policial. Os cavaleiros são muito reservados e
raramente revelam sua identidade em público. Esta é a única Ordem que obriga os seus membros às
antigas regras de não manter contatos familiares. Os fundos financeiros deles são quase impossíveis
de serem localizados, seus detalhes pessoais são protegidos até mesmo de Teutônicos da mesma
categoria e suas habilidades de luta são cuidadosamente desenvolvidas. Para pertencer à Ordem é
necessário possuir muito bons atributos físicos e ser um excelente lutador. Sua fama é a de possuírem
um temperamento agressivo, e freqüentemente estão ansiosos para entrar em uma briga. Este tipo de
atitude é interpretado freqüentemente pelos Hospitalários e Templários como puro instinto animal.
As outras Ordens não apreciam o ódio e a preocupação com que o Teutônicos agem com os inimigos.
Os Teutônicos normalmente ficam frustrados com estratégias a longo prazo. Eles gastam a maior
parte de suas vidas treinando para lutar e querem pôr todo o treinamento em prática rapidamente.
Eles tendem a serem difíceis de se dar bem socialmente. Eles repugnam o artifício ou as táticas sutis
e acreditam na confrontação frente-a-frente como melhor tática de aproximação. Isto os conduziu
freqüentemente, em desentendimentos com os Hospitalários e Templários. Às vezes os Teutônicos
quando fora da Ordem, ignoram as instruções de seus próprios oficiais, se julgarem que a mesma é
imprópria ou incorreta. Princípios Históricos
Os Cavaleiros Teutônicos são um exército e Ordem religiosa alemã, baseada nos Hospitalários e
Templários. É a mais jovem das três Ordens militares, foram fundados em 1.190 como uma unidade
de auxilio, por Comerciantes alemães preocupados com os compatriotas sujeitos às doenças . Os
membros do grupo estabeleceram-se entre os integrantes do exército Cristão acampado fora do Acre.
Pouco depois, foi-lhes concedido terras para construir um hospital, e também um estado Monástico.
Os Teutônicos foram então, surpreendidos com a instrução pelo Papa Innocent III, para se tornarem
uma Ordem Militar. O braço militar era baseado no modelo dos Cavaleiros Templários e o hospital
nos Cavaleiros Hospitalários.
A Ordem dos Teutônicos não restringiu então, aos seus membros, a exigência de pertencer à
nobreza alemã. Os únicos limites eram ser um homem livre e não estar casado. A Ordem geralmente
usava um hábito branco com uma cruz preta. Cada um dos 12 Capítulos da Ordem, havia um líder
conhecido como Komtur, significando o oficial de diligências. Quando um Grão Mestre morria, todos
os Komturs reuniam-se para eleger 13 membros que, em troca, elegeria um novo Grão Mestre. Os
outros oficiais do comando (Grosskomtur), eram: o Ordensmarshall, o Tressler (o tesoureiro), o
Spittler (Hospitalários) e o Trapier (chefe de quartel). A Ordem nunca se distinguiu na Terra Santa.
Não lutou nenhuma batalha famosa, nem desfrutou inicialmente a riqueza de apoio dada às outras
Ordens. È parcialmente por causa desta falta de apoio que permaneceu um movimento puramente
germânico; fato este que logo direcionou seus interesses para a própria Pátria. Em 1.216 a ordem
perdeu a maioria de seus cavaleiros e seu Grão Mestre em ação na defesa da Terra Santa. A Ordem
ficou em Acre até a queda do reino em finais do 13º século, quando os Teutônicos aumentaram
gradativamente sua força nos Bálcãs. A Ordem ajudou o Rei Andrew da Hungria nos meados de
1.210 a desalojar os Kumans que estavam invadindo a Transilvânia. Outro que pediu ajuda à Ordem
foi o Duque polaco Conrad de Masovia, que pediu para a Ordem proteção contra os pagãos que
invadiam suas terras. A Ordem era inumana em sua briga contra as tribos pagãs, até mesmo com
pequenos contingentes de cavalaria eram praticamente invencíveis em face a qualquer inimigo. Os
Teutônicos não tinham misericórdia. Qualquer homem, mulher ou criança conquistado tinha que se
converter ou seriam executados. Os nativos tornaram-se servos da Ordem, controlados de uma série
de fortalezas poderosas. Os domínio teutônicos estenderam-se pelos Bálcãs da Polônia, pela Lituânia
e Suécia.
Nos 100 anos seguintes eles estenderam seu domínio ao longo do Báltico do Golfo da Finlândia
para as margens do Pomeranian. Os Teutônicos colonizaram a terra com alemães e estabeleceram um
governo central forte com sede em Marienburg, Prússia. Rebeliões nos anos 1.260 forçaram a Ordem
em seus limites. Depois que vários castelos balcânicos e Acre caíram em finais do 13º século, os
cavaleiros migraram a sede deles para Veneza. O território perdido nos Bálcãs foi logo recapturado.
Os Cavaleiros Teutônicos governaram a nova terra deles eficazmente. A maioria dos colonos achou
estranho ter que responder a assuntos financeiros a monges que não foram autorizados a possuir
qualquer coisa, mas isto limitou a corrupção e permitiu que os negócios fossem operados com
eficácia. Durante princípios de 1.300, a Inquisição atacou os Templários e Teutônicos com as
acusações de crueldade e bruxaria; entretanto o teatro de operações dos Teutônicos (Prússia e a
Costa do Báltico), colocou-os em segurança, além do alcance de qualquer autoridade que poderia
agir contra eles.
As regras dos Teutônicos não era fácil. No 14º século aconteceram uma série de batalhas
contínuas contra os lituanos; até 80 expedições ao todo com até sete em um ano. Os Teutônicos
alcançaram o cume de seu poder e reputação durante este período, aparecendo então, algumas das
melhores mentes militares da era. Derrotado pelos polacos e lituanos na Batalha de Tannenberg em
1.410, os Cavaleiros Teutônicos foram forçados em 1.466, a ceder a Prússia Ocidental e Pomerelia
para a Polônia e mover sua sede para Konigsberg na Prússia Oriental. Em 1.525 o Grão Mestre da
Ordem, Albert de Brandenburg, converteu-se ao Luteranismo . A imagem teutônica, como também
parte da própria Ordem, foi seqüestrada pelos Nazistas na Segunda Guerra Mundial. A Cruzada
Eslava da Ordem foi sustentada como um exemplo de superioridade alemã e foi usada como uma
desculpa para outro ataque à Rússia. Muitos membros da SS auto nomearam-se como Cavaleiros da
Ordem Militar. A Ordem dos Cavaleiros Teutônicos ainda existe na Áustria como uma organização
semi-clerical, dedicada ao trabalho de caridade.
Capítulo 4 - Os Lugares Santos VALLETA, MALTA (Hospitalários)
Entre suas características originais, possui uma série de albergues (pousadas), representando
áreas da Europa, tais como Aragão, França, Alemanha, Provence, Castilha, Itália e Inglaterra. Na
costa norte da ilha está a baía onde S. Paulo naufragou em sua tentativa de chegar em Roma. A
presença dos Cavaleiros permanece, com várias estruturas e fortificações que comemoram locais
com significado religioso; mas mais proeminente é a do castelo do mar de Sant'Angelo, o forte de St
Elmo e o subúrbio cercado de Vittoriosa, abrangendo dois promontórios que proveram um porto
natural facilmente defendido. Todos estes pontos são parte do que tornou-se a cidade de Valleta. A
cidade foi nomeada em homenagem ao Grão Mestre Jean de la Valette, veterano do ataque de Rhodes
sendo considerado como o defensor próspero de Malta contra os Turcos otomanos. No centro das
fortificações construídas para defender o Porto Principal está a Catedral de São João, construída
pelos Cavaleiros Hospitalários como centro da adoração, em 1.578. O exterior da Catedral é
austero, mas dentro dela é surpreendentemente extravagante. No chão de um quarto estão 375 tabletes
(lajotas) de mármore, cada uma ricamente decorada e registrando as ações da Ordem. Este quarto é
conhecido como o mausoléu de cavalheirismo.
O grande hospital - contendo um dos quartos maiores em toda a Europa - é o ponto alto da
construção médica Hospitalária. O pupilo principal mede 185 pés de comprimento por 35 pés de
largura, com 31 pés de altura (pé direito). Construído por volta de 1.570, está atualmente desativado.
Foram observados padrões rígidos de limpeza e higiene, pelos Hospitalários, que cuidaram dos
pacientes usando utensílios de prata para assegurar higiene, além de contarem com um corpo de
cirurgiões da Ordem, considerados como os melhores e mais bem treinados de toda a Europa. A
cidade foi tomada por Napoleão Bonaparte em 1.798 sem resistência. Reduzidos a algumas
propriedades de terra e um edifício em Roma, os Hospitalários buscaram consolo nas origens de sua
Ordem e devolveram suas Regras. Com o tempo, com o reaparecimento de seu poder e prestígio, foi
devolvida sua propriedade dentro de Valleta.
CASTELO de MARIENBURG, POLÔNIA (Teutônicos)

A sede dos Cavaleiros Teutônicos na Prússia Oriental (agora Polônia), castelo de Marienburg foi
construído originalmente em 1.276 pelo Grão Mestre Von Winrich Kniprode como uma fortaleza
funcional e sua importância foi estratégica para o comando e sede dos Teutônicos por volta de 1.309.
Como os Cavaleiros ampliaram seus territórios e trouxeram paz para a área, o castelo tornou-se um
magnífico hotel para os nobres visitantes e Cavaleiros que quiseram tomar parte nas campanhas da
Ordem. Reformado completamente durante o 19º século, foi bombardeando pelos Aliados que o
reduziram a ruínas durante Segunda Guerra Mundial. O Governo polonês devolveu o castelo aos
Teutônicos como meio de restabelecer a tradição e manter o local histórico.
CAPELA de ROSSLYN, ESCÓCIA (Templários)

Três milhas sul de Edinburgh e sete milhas da antiga sede dos Templários, na Escócia, em
Balantrodoch, está a aldeia chamada Rosslyn. Empoleirado na extremidade de um desfiladeiro sobre
a cidade encontramos a Capela de Rosslyn - gotejando tão pesadamente com esculturas góticas,
nórdicas e Célticas que parece ser parte de algo maior. Pretendia-se originalmente que Capela de
Rosslyn fosse a Capela da Senhora, parte de uma estrutura maior que pretendeu ser a maior Catedral
na Europa. A falta de capital e a necessidade de atenção em outro lugar (?) impediu a obra de ser
completada.
O interior da capela que teve suas fundações iniciadas em 1.446, contém muitas imagens
esculpidas além de padrões geométricos e símbolos que são muito populares entre os Freemasons.
BIBLIOGRAFIA Tradução e adaptação de Vicente Pereira Soares Neto M.'.M.'.Obtido no
Site da Loja Virtual da Arte Real Brasil http://www.geocities.com/SoHo/Museum/6506/ Autor
: Ir.'. EDSON FERNANDO DA SILVA SOBRINHO
NON NOBIS. DOMINE, NON NOBIS, SED NOMINI TUO DA GLORIAN
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/03/sagrada-istoria-dos-
cavaleiros.html
#104

CARTA ABERTA AOS FRANCO MAÇONS DO BRASIL

Atualmente, observamos como a Maçonaria no mundo tem apresentado seu declínio, seja por falta de
interesse dos profanos bem como o desinteresse de nossos Irmãos que se retiram voluntariamente ou
de forma obrigatória das fileiras maçônicas, e muitas vezes sem alcançar o mestrado. Nossa Ordem
envelhece, e os novos irmãos, que interessados estão, não encontram motivação para fortalecer as
colunas de nossas Oficinas. No Brasil, isto se apresenta claramente. As causas principais tem sido a
constante confrontação de interesses e, a falta de respeito às verdadeiras e autênticas tradições
maçônicas. Dirigentes ocupam cargos em situações não muito claras, e muitas vezes sem preparação
para ocupar os mesmos.
Muitos de nossos irmãos observam a maçonaria como uma instituição social, confundindo com
Clubes de Beneficência. Nossas reuniões se encontram, dia a dia, com a falta da verdadeira intenção
de nossos rituais. Ante esta preocupação, decidimos fazer algo, conscientes da difícil tarefa de
empreender um projeto que resgatasse nossas Augustas Tradições. Sabemos que este não é um
problema isolado, em cada região do mundo está ocorrendo o mesmo. Porém há irmãos tratando de
encontrar a solução. Demos o primeiro passo na busca de criar uma consciência maçônica, da
necessidade de recuperar nossa instituição. De sentirmos mais contentes de participar em nossos
trabalhos, contentes de usar nossos aventais, de usar fielmente nossas ferramentas, de ser pontuais
com o cumprimento de nossas obrigações, de construir uma maçonaria forte e reconhecida por todos.
Não é nosso propósito disputar, com nenhuma organização, jurisdição maçônica, nem território
algum.
Somos maçons praticando uma maçonaria séria, não membros de um clube social Sabemos que
muitos sentem na própria carne, os motivos que nos levaram a dar este passo, também alguns não se
atreverão, para não perder suas prerrogativas. Não julgaremos, e seguiremos unidos dentro de nossos
laços fraternais. Este ato, não é o resultado da rebeldia inoportuna ou por falta de êxito dentro da
instituição, nem por descontentamento com irmãos. É simplesmente de não conformar de ver
desaparecer os valores desta instituição, que tanto deu pela Humanidade. Nossa luta é resgatar a
unidade e a fraternidade dentro das tradições herdadas. Aqueles respeitáveis Irmãos, que decidirem
voluntariamente de acompanhar-nos, serão reconhecidos como verdadeiros e livres maçons, e a
reunificação e o respeito de nossa instituição será a melhor recompensa.
Aos que, pelo contrário, decidam nos atacar e nos colocar obstáculos no caminho a seguir,
também os agradecemos desde já, por que nos farão cada dia mais fortes e decididos a continuar
adiante. Nosso único fim, é poder ter uma maçonaria sólida em suas bases, onde reine a verdadeira
harmonia, a fraternidade de seus membros. Que a filosofia maçônica e a caridade voltem a ser
praticadas em nossas Oficinas. Respeitáveis irmãos, nosso coração está aberto para todas as Lojas e
irmãos que desejam recuperar o caminho das verdadeiras tradições maçônicas.

A Grande Loja Regular de São Paulo, se coloca à disposição para esclarecer cada uma das
inquietudes que possam surgir, como manteremos abertos todos os canais possíveis de comunicação
com os maçons brasileiros, com o propósito de os manter informados de tudo quanto acontece nesta
Grande Loja, bem como nos países irmãos. Agrademos sua atenção e consideração, e nos
despedimos com a certeza de nos encontrar novamente entre o esquadro e o compasso.
BIBLIOGRAFIA CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA REGULAR DO BRASIL -
C:.M:.R:.B:. Recebam meus QQ.'. IIr.'. um Tríplice e Fraternal Abraço. Ir.'. Uataú Brasil de
Azevedo GM - Grande Loja Regular de São Paulo
Ir.'. Wagner da Silva Gênio GMA - Grande Loja Regular de São Paulo
Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/04/carta-aberta-aos-franco-macons-
do.html
#105

O QUE SE FALA DA MAÇONARIA

Considerada pagã pela maioria dos evangélicos, entidade abriga muitos crentes em suas fileiras. Ela
costuma causar nos crentes um misto de espanto e rejeição. Pudera – com origens que se perdem nos
séculos e um conjunto de ritos que misturam elementos ocultos, boa dose de mistério e uma espécie
de panaceia religiosa que faz da figura de Deus um mero arquiteto do universo, a maçonaria é
normalmente repudiada pelos evangélicos. Contudo, é impossível negar que a história maçônica
caminha de mãos dadas com a do protestantismo. Os redatores do primeiro estatuto da entidade
foram o pastor presbiteriano James Anderson, em Londres, na Inglaterra, em 1723, e Jean
Desaguliers, um cristão francês.
Isso tem mudado nos últimos tempos. Devido a um movimento de abertura que atinge a maçonaria
em todo o mundo, a instituição tem se tornado mais conhecida e perde, pouco a pouco, seu aspecto
enigmático. Não iniciados podem participar de suas reuniões e cada vez mais membros da irmandade
assumem a filiação, deixando para trás antigos temores – nunca suficientemente comprovados, diga-
se – que garantiam que os desertores pagavam a ousadia com a vida. A abertura traz à tona a uma
antiga discussão: afinal, pode um crente ser maçom? Na intenção de manter fidelidade à irmandade
que abraçaram, missionários, diáconos e até pastores ligados à maçonaria normalmente optam pelo
silêncio. Só que crentes maçons estão fazendo questão de dar as caras, o que tem provocado
rebuliço. A Primeira Igreja Batista de Niterói, uma das mais antigas do Estado do Rio de Janeiro,
vive uma crise interna por conta da presença de maçons em sua liderança. A congregação já estuda
até uma mudança em seus estatutos, proibindo que membros da sociedade ocupem qualquer cargo
eclesiástico.
Procurada por CRISTIANISMO HOJE, a Direção da congregação preferiu não comentar o
assunto, alegando questões internas. Contudo, vários dos oficiais da igreja são maçons há décadas:
“Sou diácono desta igreja há 28 anos e maçom há mais de trinta. Não vejo nenhuma contradição
nisso”, diz o policial rodoviário aposentado Adilair Lopes da Silveira, de 58 anos, mestre da Loja
Maçônica Silva Jardim, no município de mesmo nome, a 180 quilômetros da capital fluminense.
Adilair afirma que há maçons nas igrejas evangélicas de todo Brasil, dezenas deles entre os membros
de sua própria congregação e dezesseis entre os 54 membros da loja que frequenta: “Por tradição, a
maioria deles é ligada às igrejas Batista ou Presbiteriana. Essas são as duas denominações em que há
mais a presença histórica maçônica”, informa.
Um dos poucos crentes maçons que se dispuseram a ser identificados entre os 17 procurados pela
reportagem, o ex policial acredita que a sociedade em geral, e os religiosos em particular, nada têm a
perder se deixarem “imagens distorcidas” acerca da instituição de lado. “Há preconceito por que há
desconhecimento. Alguns maçons, que queriam criar uma aura de ocultismo sobre eles no passado,
acabaram forjando essa coisa de mistério”, avalia. “Já ouvi até histórias de que lidamos com bodes
ou imagens de animais. Isso não acontece”, garante. Segundo Adilair, o único mistério que existe de
fato diz respeito a determinados toques de mão, palavras e sinais com os quais os maçons se
identificam entre si – mas, segundo ele, tudo não passa de zelo pelas ricas tradições do movimento,
que, segundo determinadas correntes maçônicas, remontam aos tempos do rei hebreu, Salomão. E,
também, para relembrar tempos difíceis. “São práticas que remontam ao passado, já que nós,
maçons, fomos muito perseguidos ao longo da história”.
Adilair adianta que não aceitaria uma mudança nos estatutos da igreja para banir maçons da sua
liderança. Tanto, que ele e seus colegas de diaconato que pertencem ao grupo preparam-se para, se
for o caso, ingressar na Justiça, o que poderia desencadear uma disputa que tende a expor as duas
partes em demanda. Eles decidiram encaminhar uma cópia da proposta do regimento ao presidente
do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, desembargador Luiz Zveiter. “Haverá uma enxurrada de
ações na Justiça se isso for adiante, não tenho dúvidas”, afirma o diácono. A polêmica em torno da
adesão de evangélicos à maçonaria já provocou até racha numa das maiores denominações do país, a
Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB), no início do século passado (ver abaixo).
O pastor presbiteriano Wilson Ferreira de Souza Neto, de 43 anos, revela que já fez várias
entrevistas com o intuito de ser aceito numa loja maçônica do município de Santo André, região
metropolitana de São Paulo. O processo está em andamento e ele apenas aguarda reunir recursos
para custear a taxa de adesão, importância que é usada na manutenção da loja e nas obras de
filantropia:
“Ainda não pude disponibilizar uma verba para a cerimônia de iniciação, que pode variar de R$ 1
mil a cinco mil reais e para a mensalidade. No meu caso, o que ainda impede o ingresso na
maçonaria é uma questão financeira, e não ideológica” diz Wilson, que é mestre em ciências da
religião pela Universidade Presbiteriana Mackenzie e estuda o tema há mais de uma década.
“Pessoas próximas sabem que sou maçom e isso inclui vários membros de minha igreja”, continua
o religioso. “Alguns já me questionaram sobre isso, mas após várias conversas nas quais eu os
esclareci, tudo foi resolvido”. Na mesma linha vai outro colega de ministério que prefere não revelar
o nome e que está na maçonaria há sete anos. “Tenho 26 anos de igreja, seis de pastorado e posso
garantir que não há nenhuma incompatibilidade de ser maçom e professar a fé salvadora em Cristo
Jesus nosso Senhor e Salvador”, afirma. Ele ocupa o posto de mestre em processo dos graus
filosóficos e diz que foi indicado por um pastor amigo. “Só se pode entrar na maçonaria por
indicação e, não raro, os pastores se indicam”. Para o pastor, boa parte da intolerância dos crentes
em relação à maçonaria provém de informações equivocadas transmitidas por quem não conhece
suficientemente o grupo.
SEM CAÇA ÀS BRUXASProcurados com insistência pela reportagem, os pastores Roberto
Brasileiro e Ludgero Bonilha, respectivamente presidente e secretário-geral do Supremo Concílio da
IPB, não retornaram os pedidos de entrevista para falar do envolvimento de pastores da denominação
com a maçonaria. Mas o pastor e jornalista André Mello, atualmente à frente da Igreja Presbiteriana
de Copacabana, no Rio, concordou em atender CRISTIANISMO HOJE em seu próprio nome.
Segundo ele, o assunto é recorrente no seio da denominação. “O último Supremo Concílio decidiu
que os maçons devem ser orientados, através do Espírito Santo, sem uso de coerção ou força, para
que deixem a maçonaria”, conta Mello, referindo-se ao Documento CIV SC-IPB-2006, que trata do
assunto. O texto, em determinado trecho, considera a maçonaria como uma religião de fato e diz que
a divindade venerada ali, o Grande Arquiteto do Universo, é uma entidade “vaga”, sem identificação
com o Deus soberano, triúno e único dos cristãos.
O pastor, que exerce ainda o cargo de secretário de Mocidade do Presbitério do Rio, lembra que,
assim como as diferentes confissões evangélicas têm liturgias variadas e suas áreas de conflito, as
lojas maçônicas não podem ser vistas em bloco – e, por isso mesmo, defende moderação no trato da
questão. “Vejo algum exagero na perseguição aos maçons, pois estamos tratando de um problema de
cem anos atrás, deixando de lado outros problemas reais da atualidade, como a maneira correta de
lidar com o homossexualismo”. O pastor diz que há mais presbíteros do que pastores maçons – caso
de seu pai, que era diácono e também ligado à associação. “Eu nunca fui maçom, mas descobri
coisas curiosas, como por exemplo, o fato de haver líderes maçons de várias igrejas, inclusive
daquelas que atacam mais violentamente a maçonaria. “Não acredito que promover caça às bruxas
faça bem a nenhum grupo religioso”, encerra o ministro. “Melhor do que aprovar uma declaração
contra alguém é procurá-lo, orar por ele, conversar, até ganhar um irmão.”
O presidente do Centro Apologética Cristão de Pesquisa (CACP), pastor João Flávio Martinez,
por sua vez, não deixa de fazer sérios questionamentos à presença de evangélicos entre os maçons.
“O fato é que, quando falamos em maçonaria, estamos falando de outra religião, que é totalmente
diferente do cristianismo. Portanto, é um absurdo sequer admitir que as duas correntes possam andar
juntas”. Lembrando que as origens do movimento estão ligadas às crenças misteriosas do passado,
Martinez lembra o princípio bíblico de que não se pode seguir a dois senhores. “Estou convencido
de que essa entidade contraria elementos básicos do cristianismo. Ela se faz uma religião à medida
que adota ritos, símbolos e dogmas, emprestados, muitos deles, do judaísmo e do paganismo”,
concorda o pastor batista Irland Pereira de Azevedo.
Aos 76 anos de idade e um dos nomes mais respeitados de denominação no país, Irland estuda o
assunto há mais de três décadas e admite que vários pastores de sua geração têm ou já tiveram
ligação com a maçonaria. Mas não tem dúvidas acerca de seu caráter espiritual: “Essa instituição
contraria os mandamentos divinos ao denominar Deus como grande arquiteto, e não como Criador,
conforme as Escrituras”. Embora considere a maçonaria uma entidade séria e com excelentes
serviços prestados ao ser humano ao longo da história, ele a desqualifica do ponto de vista teológico
e bíblico. “No meu ponto de vista, ela não deve merecer a lealdade de um verdadeiro cristão
evangélico. Entendo que em Jesus Cristo e em sua Igreja tenho tudo de que preciso como pessoa: uma
doutrina sólida, uma família solidária e razão para viver e servir. Não sou maçom porque minha
lealdade a Jesus Cristo e sua igreja é indivisível, exclusiva e inegociável.” Ligações perigosas
Crentes reunidos à porta de templo da IPI nos anos 1930: denominação surgiu por dissidência em
relação à maçonaria. As relações entre algumas denominações históricas e a maçonaria no Brasil são
antigas. Os primeiros missionários americanos que chegaram ao país se estabeleceram em Santa
Bárbara (SP), em 1871. Três anos depois, parte desses pioneiros, entre eles o pastor Robert Porter
Thomas, fundou também a Loja Maçônica George Washington naquela cidade. O espaço abrigou, em
1880, a reunião de avaliação para aprovação ao ministério de Antônio Teixeira de Albuquerque, o
primeiro pastor batista brasileiro. Tanto ele quanto o pastor que o consagrou eram maçons. Quando o
missionário americano Ashbel Green Simonton (1833-1867) chegou ao Brasil, em 12 de agosto de
1859, encontrou, na então província de São Paulo, cerca de 700 alemães protestantes. Sem ter onde
reuni-los, Simonton – que mais tarde lançaria as bases da Igreja Presbiteriana do Brasil (IPB) –
aceitou a oferta de maçons locais que insistiram para que ele usasse sua loja, gratuitamente, para os
trabalhos religiosos. A denominação, que abrigava diversos maçons, sofreu uma cisão em 31 de
julho de 1903. Um grupo de sete pastores e 11 presbíteros entrou em conflito com o Sínodo da IPB
porque a denominação não se opunha a que seus membros e ministros fossem maçons. Foi então
fundada a Igreja Presbiteriana Independente do Brasil (IPI).
Ultimamente, a IPB vem reiteradamente confirmando a decisão de impedir que maçons exerçam
não só o pastorado, como também cargos eclesiásticos como presbíteros e diáconos. As últimas
resoluções do Supremo Concílio sobre o assunto mostram o quanto a maçonaria incomoda a
denominação. Na última reunião, ficou estabelecida a incompatibilidade entre algumas doutrinas
maçons e a fé cristã. Ficou proibida a aceitação como membros à comunhão da igreja de pessoas
oriundas da maçonaria “sem que antes renunciem à confraria” e a eleição, ao oficialato, de
candidatos ainda ligados àquela entidade.
BIBLIOGRAFIATexto enviado por nosso Venerável Mestre da Cavaleiros do Templo nº 26
Ailton de Oliveira Fonte: Cristianismo Hoje - editado por Marcelo Barros – site:
www.inforgospel.com.br
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#106

O QUE É RITO ?

Algo muitas vezes difícil de compreender tanto para os profanos como para os Maçons é a
multiplicidade de ritos praticados pela Augusta Ordem. Os primeiros estão naturalmente desculpados
uma vez que não entendem a não aplicabilidade da noção geral de rito à particularidade deste termo
na Maçonaria. Os segundo são geralmente vítimas, dado pertencerem a uma obediência que trabalha
num só rito (o que não é uma falta) mas que padecem de falta de instrução adequada enclausurando-
os no sistema iniciático que os viu nascer sem a subsequente educação necessária. Ora a Iniciação
Maçónica é um acto libertador pois que graças ao trabalho em Loja nos leva aos confins do
Universo! Então o que é um Rito? Uma definição muito profanadir-nos-ia tratar-se de um hábito cuja
origem tem pouca importância, por vezes mesmo inexplicável, que rege certas fases da vida. Isto
vale para a vida familiar, a vida profissional, (gestos dos artífices), a vida espiritual…. Mais
significativa é a definição que se reporta ao espiritual, que entre outros nos diz: «conjunto de
cerimónias em uso nas comunidades religiosas; organização tradicional das cerimónias».Esta
definição é que nos interessará uma vez que situa o Rito no espaço-tempo sagrado onde os iniciados
evoluem.

A Maçonaria transmite o seu conhecimento esotérico progressivamente permitindo que quem a


procura tenha tempo de a digerir : faz-se por graus. Graus de conhecimento, concretamente, graus
hierarquizando os Maçons na escada dos meios de aquisição que lhes é posta à disposição. Cada um
destes graus comporta cerimónias de recepção, provas, discursos e instruções que só são valiosos e
eficazes numa única condição: têm que se encadear entre eles numa perfeita coerência dialéctica.
Portanto o encadeamento dos graus de conhecimento de um método particular, na Maçonaria define-
se como UM RITO. A ideia de coerência é fundamental, primordial, e condiciona a existência
espiritual do Rito maçónico. Tomemos por exemplo o R.E.R com uma Iniciação em seis graus, onde
o primeiro constitui o Beabá e o sexto o toque final. Portanto não será bom ou mesmo correcto
interromper no grau de Companheiro e prosseguir a progressão num rito de coloração completamente
diferente como por ex. no Memphis-Misraim sem que se tenha recomeçado ab initio toda uma
educação, sob orisco de uma dissolução completa do conhecimento Iniciático adquirido. Os meus
Irmãos responder-me-ão que não é proibido mudar para um rito que parece corresponder melhor às
suas necessidades espirituais precisas. Certo, mas prudência, e perseverança... Já muito jovens
maçons na sua ânsia de mudar de rito muito rapidamente se vieram a perder numa implosão radical
ao nível do plano mental e espiritual. Porquê a pluralidade dos Ritos?
Apesar de difícil confirmação julga-se que a nível mundial existiram em tempos cerca de 480
ritos maçónicos diferentes. Tal cenário fez com que eminentes movimentos maçónicos ao longo da
sua história tenham tentado uniformizar os Ritos. Entre 1717 e 1823 a Grande Loja de Londres
tornou-se na Grande Loja Unida de Inglaterra e esforçou-se por uniformizar a Maçonaria, impondo
progressivamente ao conjunto de Lojas que trabalhavam sob a sua jurisdição um método de trabalho
que reduzia os rituais às bases estritas simbólicas das profissões de construtores. De facto constata-
se que este esforço deu os seus frutos na Inglaterra que pratica o rito de Emulação em cerca de 95%
das suas Lojas….. Com um espírito completamente diferente e menos organizado, o Grande Oriente
da França também tentou a uniformização das práticas rituais, com a finalidade de aproximar os seus
membros. O que veio quase praticamente a ser conseguido….- mas só no seu seio… Com efeito,
aquilo que à cerca de 150 anos atrás parecia uma federação de ritos bem definidos, do Francês
Moderno ao Escocês Antigo e Aceite, do Escocês Rectificado ao Misraim de Bedarride, veio a
transformar-se numa simples federação de lojas que praticam uma versão muitolivredo Rito Francês,
de resto muito variável de Loja para Loja.
Portanto atente-se que a reforma inglesa que pretendeu revolucionar e uniformizar suavemente a
Babilónia Maçónica, só conheceu sucessos notórios na Escócia e Irlanda, mas não conseguiu
influenciar os novos países de cultura britânica que surgiram nos séculos XVII e XIX. A implantação
do rito de Emulação nos países latinos e na França só conheceu um sucesso diminuto. O mesmo se
veio a passar com o Grande Oriente da França relativamente aos países francófonos. Esta dicotomia
reformista chegou mesmo a ter efeitos perniciosos, com os ingleses a retirar o reconhecimento aos
irmãos do Grande Oriente em 1877, data em que o espírito laico que pulsava nas terras da Gália
levou a Obediência a permitir a livre escolha de invocar ou não o G.A.D.U. Então como acreditar na
cacofonia ritual que mais do que unir parece levar à desunião dosfilhos da viúva ? A resposta é
simples: um sueco médio e um português médio não reagem da mesma maneira perante a mesma
situação. Uma população tradicional possui um florilégio de culturas, de mentalidades e de cuidados
espirituais próprios. Isto parece uma argumentação pouco simplória para alguns, mas como se
explica a nascença de um Rito Sueco na Suécia, e que por exemplo a França só conheça trabalho
assíduo no Rito Francês? O primeiro responde com a Iniciação à demanda de uma população de forte
componente luterana, a uma história rude, e por tal uma dialéctica muito cristã e muito impregnada
por uma vertente calvaleiresca. O segundo faz eco a uma cultura mais latina, menos militarista, de um
eclectismo mais marcado por uma ligeira atracção ao misterioso, a um clerocatólico mais propenso a
uma influência moral e espiritual mais diminuta. Mais subtilmente dito, o francês poder-se-á sentir
mais atraído para os trabalhos operativos e teúrgico dos santuários herméticos de Memphis e
Misraim, enquanto que o outro, o sueco,se envolvena busca da moral e estabilidade mais prosaica,
preferindo abandonar-se totalmente ao duro e longo caminho da aprendizagem do Rito de York.
Apesar de tudo a Torre de Babel Maçónica é Una! Ela é Una porque todos os povos que a
construíam partilhavam os mesmos ideais em múltiplas línguas. A Maçonaria é constituída por
homens diferentes perante o Eterno. Os Maçons utilizam os seus meios limitados e as suas
contingências locais na busca da Palavra Única. Esta busca sublime em todos os Ritos, longe de ser
desacreditada pela oposição permite o acesso de cada um a um método de regresso à Palavra Única
transcendendo rivalidades e incompreensões. É por isso que um Rito Maçónico, seja ele qual for,
parte sempre de uma aprendizagem alegórica da Arte Real, passa pelo desaparecimento do
Respeitável Mestre Hiram e dos seus segredos, e continua-se por uma aventura que nos conduzirá a
encontrar algo de ainda mais sublime. E apesar de alguns Ritos ignorarem mesmo a pessoa de Hiram,
as forças postas em movimento serão sempre da mesma natureza.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence aos valorosos IIRR.'. Edgar Gencsi, M.’.M.’.. R.’.L.’.
Miramar, nº 36 a Or.’. de Matosinhos, G.’. L.’. R.’. P.’.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#107

A CATEDRAL E O APRENDIZ

A construção de uma edificação é algo que envolve muito trabalho, muito empenho, e sobretudo o
domínio de técnicas precisas transmitidas por alguém, para quem o ofício já não tenha segredos, para
outro alguém ignorante no ofício no qual se iniciou, e com um longo caminho na sua frente rumo à
perfeição. O ofício, qualquer um, precisa não só de quem tenha conhecimentos q.b. para nele atuar,
mas também de certos utensílios essenciais à realização das tarefas. A tarefa do Aprendiz começa,
desde logo, por ser, a identificação desses utensílios: o que são, como se chamam, para que servem,
quando se utilizam e finalmente como se utilizam.
O Aprendiz, em regra, alguém que pensaria ter conseguido o mais difícil, isto é, o ingresso no seio
de uma comunidade especial, porque diferente de outras, constata ter de se empenhar, pela
aprendizagem com uma entrega total, sob pena de, não merecer a confiança nele depositada para
aceder ao conhecimento. Estes quatro parágrafos são diretamente aplicáveis a qualquer um, a
qualquer sociedade organizada, seja ela de cariz profissional, social, filantrópico, etc. Na
antiguidade, já os Romanos legislaram no sentido das profissões serem hereditárias, impedindo-se,
desse modo, a extinção de algumas delas. Na Idade Média as profissões organizaram-se em
Corporações ou ofícios, nos quais poucos tinham o ensejo de ingressar, tal a necessidade de cada
corporação guardar ciosamente os seus segredos, os seus conhecimentos.
Tal aconteceu com os Pedreiros franceses, os Maçons, ou Arquitetos, responsáveis pelas
construções de Catedrais. Os seus ensinamentos só eram transmitidos a Aprendizes, sendo estes,
homens de características especiais, a quem tinham sido reconhecidas capacidades de integrar uma
comunidade tão eclética. Essa comunidade era a Maçonaria operativa. Os Maçons eram então
autênticos edificadores, construtores ou arquitetos dos mais belos monumentos que ainda hoje se
podem admirar. Construções sólidas, duradouras, quase intemporais, encerrando em si um saber
acumulado, só desvendado ou acessível a muito poucos.
A Maçonaria já não é operativa, mas sim filosófica.

O Aprendiz Maçon tem porém que percorrer o caminho da sua iniciação, assim como percorreu o
caminho que a antecedeu, enquanto profano, livre e de bons costumes. O templo, também conhecido
por loja, é o espaço físico onde ele e os seus demais irmãos, uns Aprendizes, como ele, outros já
Companheiros, outros ainda Mestres, se reúnem fraternalmente e em comunhão espiritual
desenvolvem os seus trabalhos. Essa é, porventura, a catedral da comunidade iniciática a que
pertence. Aí é a fonte onde o Aprendiz saciará a sua sede de aprendizagem. Aí será onde uma mão
amiga o amparará e guiará na senda do seu aperfeiçoamento. Esse Templo é o lugar sacralizado
orientado segundo a discrição bíblica do Templo de Salomão. Todos os templos maçônicos são
iguais, contêm os mesmos signos visuais. Mas cada templo possui um espírito particular que
caracteriza a respectiva assembléia de maçons. É então aqui, no nosso Templo, que estamos a
coberto da indiscrição dos profanos, onde não "chove", e onde nos sentimos seguros na senda da
descoberta das verdades e dos mistérios da nossa congregação.
A Catedral que o Aprendiz procurará construir, então qual é ?

Encomendas como na Idade Média já não existem. A catedral do coletivo, o templo ou loja, essa
está já construída, e a ser aperfeiçoada com o contributo de todos os irmãos, através da sua
participação. Verdadeiramente a Catedral que o Aprendiz terá de construir é a sua própria Catedral
interior. De pedra bruta, o Aprendiz terá de desbastar o seu potencial interior, ainda disforme, e
imperfeito. Que a sabedoria do Oriente me ilumine, ao desbastar a minha pedra disforme, que a força
não me falte, neste trabalho interior, e, no final, que a beleza seja seu apanágio, e a minha catedral
estará pronta.

Que a minha postura, perante a vida, e os outros, seja tão reta quanto o é o esquadro; Que,
enquanto Maçon, eu me mantenha solidariamente eqüidistante dos homens, tal compasso cujo
desenho geométrico perfeito, simboliza, o maçon, na extremidade cujo movimento de rotação se
opera sobre si, para desenhar o círculo. Que eu seja aprumado e me mantenha ao nível de os meus
irmãos me considerarem digno de me considerar entre iguais, no seu seio. E tal como a colher do
pedreiro alisa a superfície irregular, eliminando as suas imperfeições, assim espero, tal como ela,
conseguir suprimir os meus, muitos defeitos, aperfeiçoando, o meu caracter. Estes signos maçónicos,
o esquadro, o compasso, o nível, o prumo a colher de pedreiro, serão os meus utensílios que comigo
transportarei para usar no meu trabalho interior, para construir a minha Catedral Interior, na certeza
que a Catedral de todos os meus irmãos será o somatório da catedral da cada um de nós.
Sei irmãos o longo caminho a ser percorrido no trilho da Maçonaria simbólica, constituída pelos
3 graus de Aprendiz, Companheiro e Mestre. O fim deste trilho apenas significará o início de um
outro representado pelo Maçonaria Filosófica. Como comunidade eclética que somos o
reconhecimento entre nós é feito com sinais e palavras próprias, para que os profanos não se
arroguem qualidades que não têm perante nós. E também para que de entre nós não invoquemos graus
aos quais não acedemos ainda. Isso só deverá ser possível depois dos nossos irmãos Mestres
acharem que está chegada a altura. Será chegada a minha vez de ultrapassar os meus 3 anos
maçónicos de idade ?
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura pertence a ARL MESTRE AFFONSO DOMINGUES
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO
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#108

EM BUSCA DA PRÓPRIA VERDADE

Vivemos em busca de algo que nem sempre sabemos o quê. E baseados nesta busca, passamos a
vida fazendo escolhas. Desde cedo somos obrigados a fazer escolhas. Escolhemos com o que vamos
brincar, quem será nosso amigo, o que vamos ser quando crescer, que caminho profissional vamos
seguir, com quem vamos nos casar. Escolhemos também coisas mais simples, como o que vamos
comer, que caminho vamos fazer, com que roupa vamos sair. Mas se pararmos para pensar, veremos
que nossa vida nada mais é do que uma grande seqüência de escolhas que fazemos a cada instante de
nossa existência. Das mais simples às mais complexas, das mais mutáveis às mais definitivas, as
escolhas são a essência de nossa vida. Mas será que escolhemos com consciência e de acordo com
nossa própria verdade? Geralmente não.
É certo que a todo momento criamos nossa realidade. Tudo que nos acontece é fruto de nossas
escolhas. Isto porque, em primeiro lugar, uma escolha sempre leva a outras. Além disso, muitas
vezes escolhemos sem saber, pois nossos pensamentos e sentimentos possuem mais força do que
podemos imaginar. Isto porque pensamentos e sentimentos são vibrações capazes de materializar
acontecimentos em nossa vida. E como muitos deles são inconscientes, nem sempre sabemos o
quanto estamos materializando determinadas coisas em nossa vida. E tanto os pensamentos e
sentimentos conscientes como os inconscientes têm poder. Muitas vezes, os inconscientes têm até
mais poder por buscar uma forma de se fazerem presentes.

Mostra quais nossas motivações e onde nossas escolhas se baseiam: se em fatores conscientes ou
inconscientes, se escolhemos de acordo com o que nos é mais fácil ou confortável, se na nossa
verdade ou em padrões herdados ou aprendidos etc. O mapa também pode nos mostrar quais os
desafios e dificuldades que encontramos em nosso caminho, onde tendemos a esbarrar ao fazer uma
escolha e ao buscar nosso futuro. Nos apresenta, também, as oportunidades que temos que aproveitar,
além de nos mostrar quais nossos verdadeiros talentos. É como um mapa que nos mostra o caminho
do tesouro, que é nossa verdade, nosso bem mais precioso. Quando paramos de escolher baseados no
que nos prende, no que não é compatível com nossa essência, tudo começa a fluir em nossa vida e
podemos de fato encontrar a felicidade. O caminho pode ser trabalhoso, difícil, cheio de obstáculos.
Mas sem dúvida vale a pena encontrar-se com aquilo que mais importa em nossa vida: nossa
própria verdade. Ao fazermos isso, é como que um milagre estivesse se manifestando. Passamos a
fazer escolhas mais conscientes. Conseguimos mudar o que precisa ser alterado, fortalecer o que
precisa ser mantido e então estamos prontos para viver em plenitude a nossa felicidade. Por isso,
convido todos a fazerem esta busca, a reverem as escolhas e a encontrarem-se consigo mesmos. Vale
a pena tentar !
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi escrita por Titi Vidal e extraida do blog http://titividal.com.br/[1] A
Caveleiros do Templo parabeniza o autor pelo brilhante tema.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

References

1. ^http://titividal.com.br/ (titividal.com.br)

Permalink: http://cavaleirosdotemploxxvi.blogspot.com.es/2011/05/em-busca-da-propria-
verdade.html
#109

ORAÇÃO AO G.'.A.'.D.'.U

Oh! Grande Arquiteto do Universo, Faça que minhas decisões, meus dias, meus pensamentos,
sejam os exatos reflexos dos seus ensinamentos, e que eu possa, assim, caminhar com integridade...
Quando fizer algo em favor dos outros, que meu nome seja simplesmente, como os demais, citado,
sendo em tempo algum, jamais exaltado, pois, apenas estarei cumprindo minha obrigação de Maçom.
Grande Arquiteto do Universo, fazei com que eu não me sinta inebriado por nada, que minhas
palavras brotem do fundo do coração, e não sejam, simples arranjos de letras fabricados em meu
cérebro e transmitidos, Apenas para causar comoção!!! Não permita que meu ego aprenda a conjugar
somente a primeira pessoa do singular, Incute em meu ser, o sentido do "nós"!!! Que minhas ações
sejam corretas e se difundam, brandamente, por intermédio da minha voz.
Se um dia detiver o poder em minha vida profana,que seja ele manso, digno, algo que não se
ufana, posto que é efêmero! Que eu não imponha regras quando ajudar a um irmão, pois deverei fazê-
lo com carinho, desprendimento, empolgação, não permita que eu aprenda a julgar... Ensina-me a
perdoar, a não guardar ódio em meu coração, pois se assim não for, serei apenas mais um na
multidão. Sentimentos como a cobiça e a vaidade, afaste-os do meu caminho. pois, caso contrário, é
certo que um dia estarei sozinho.

E assim, quando o limite máximo me for imposto, que a serenidade esteja presente em meu rosto,
que a alegria do dever cumprido se faça presente. ai então, os amigos haverão de lembrar que pela
repetição dos meus atos, colecionei e emoldurei todos os fatos, se não fiz melhor, ao menos tentei.
não importa quem eu seja, aprendiz, companheiro, Mestre ou Venerável, devo trazer o rosto sempre
afável, pois esta é a verdadeira razão... Gestos, sinais, simbologias, para dar sentido às nossas vidas,
muitas vezes, vazias. É Por isso que nos reunimos...
Para tratarmos de assuntos que enlevam o espírito, Para polirmos nossas imensas pedras brutas,
Para vivermos em paz, para vencermos nossas lutas... Combater o despotismo, a tirania, os vícios
humanos, referimo-nos aos de fora como profanos, e muitas vezes, cometemos as mesmas e velhas
falhas!!!
Grande Arquiteto, Obrigado pela oportunidade que eu tive, Obrigado pelos irmãos que ganhei, e,
especialmente, por esta vida que passei!!! Se outra oportunidade me fosse dada, se outra vida
pudesse ser vivida, se tivesse a opção de escolher, seria eu novamente um membro dessa Loja, Onde
se aplicam normas de consciência e retidão, e, assim, teria eu novamente a chance de poder dizer,
Que fui um verdadeiro Maçom!!!BIBLIOGRAFIA
Peça de Arquitetura do valoroso Irmão Valdemar Sansão, a quem respeitosamente
agradecemos pelamensagem exposta na internet para todos os Irmãos, sendo ela, um guia de
Luz para um mapa da verdadeira Maçonaria.
Esta Peça foi extraida do Portal Maçônico Samauma
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#110

O DESPERTAR DOS CHACRAS

O homem possui ao todo 12 poderes, ou sentidos. Cinco sentidos físicos (olfato, audição, paladar,
tato e visão) e sete suprafísicos, atrofiados na grande maioria de nós. Eventualmente, um ou outro
sentido suprafísico se manifesta, dando-nos a certeza de que eles existem. Esses poderes são:
Clarividência - Clariaudiência - Intuição - Telepatia Viagem Astral - Recordação de Vidas
Passadas - Polividência
1.Clarividência: É a Terceira Visão. Com este poder, apresenta-se ante nosso olho interior todo o
universo oculto, as dimensões superiores e inferiores, os elementais e os anjos, os corpos sutis, os
desencarnados e as formas-pensamento. Desenvolve-se a clarividência despertando o chacra frontal
(entre as sobrancelhas) e trabalhando-se a Ira. As virtudes para se despertar este chacra são
paciência, serenidade e Imaginação consciente (não confundir com fantasia). A cor deste chacra é
azul com matizes de rosa e prata. O mantra para seu despertar é INRI…

2. Clariaudiência: É o chamado Ouvido Interno ou Oculto. Com este sentido podemos escutar a
voz dos desencarnados, dos Mestres, a Música das Esferas, compreender cada palavra pronunciada,
valorizar a virtude do amor à Verdade e compreender as Leis de Causa e Efeito. O chacra deste
sentido é o Laríngeo, situado na base da garganta. Suas cores são índigo e prata. O mantra é ENRE…

3. Intuição: É a voz divina que nos fala por meio do Cárdias, o chacra do coração. Com este
sentido captamos o profundo significado das coisas e ficamos sabendo com antecedência o que fazer.
Os místicos afirmam que este chacra desenvolvido nos dá também o poder da levitação (Jinas). A
virtude para este chacra é o Amor. E a cor é o dourado. O mantra é ONRO…
4. Telepatia:
Quando andamos pela rua, pensamos em alguém e logo passamos por ele; isso se chama captação de
pensamento, e é despertado com as virtudes do respeito a tudo e a todos, a discrição, o não julgar
ninguém. O chacra é o do plexo solar, na altura do umbigo. É chamado de Solar por ser o acumulador
dos átomos ígneos, ou Prana, que vêm do Sol. Aclaramos que a Transmissão das ondas de
pensamento se faz por meio do chacra frontal e a captação pelo solar. As cores são o verde e o
amarelo.O mantra é UNRU…
5. Viagem Astral: Todos, sem exceção, saímos do corpo físico nas horas de sono. Nossos sonhos
são vivências (quase sempre inconscientes) de fatos ocorridos no mundo astral, ou quinta dimensão.
Quem de nós, em um dado momento, estando relaxados, de repente nosso corpo sente um leve
choque, como que assustados? Na verdade, sem o saber, estivemos saindo gradativamente do corpo
físico e voltamos bruscamente. Quando um indivíduo domina relativamente esse poder, consegue
conversar com os mestres e todos os desencarnados, penetrar nos templos das igrejas elementais,
viajar a qualquer lugar do mundo, acima e sob a terra. Quando todos os chacras, especialmente
cardíaco, prostático e hepático, estão em perfeita sintomia com as forças sutis do Cosmos, a saída
astral se torna mais consciente. A virtude é a Vontade e os defeitos a serem trabalhados são a
preguiça, o medo e a gula. A cor é o azul celeste. O mantra é FARAON…
6. Recordação de Vidas Passadas: Essa função depende de um sistema nervoso equilibrado, ou
seja, um cérebro e uma coluna vertebral carregados de energias transmutadas. Porém, os chacras
ligados a esse poder são os pulmonares, que se situam na parte superior das costas. A virtude
requerida para o despertar desse centro é a Fé consciente e serena. Trabalhando-se com os chacras
pulmonares conseguimos absorver a experiência e o conhecimento acumulados de vidas passadas. A
cor é o violeta. O mantra é ANRA…
7. Polividência:
É a virtude dos atletas da meditação, dos adeptos do Êxtase espiritual, ou pré-Samadhi. O chacra
coronário, o do topo da cabeça, é a porta de entrada e saída da Essência. A polividência é a
capacidade da nossa consciência (Essência ou Budhata), desligar-se parcialmente de seus sete
corpos e penetrar na Realidade Única, na essência profunda e na razão de ser das coisas. Todas as
sete cores ao mesmo tempo. O mantra sagrado é TUM…
Despertando os 7 Chacras
Existem 7 Templos sagrados no mundo astral ligados aos elementos cósmicos e nos conectamos
magneticamente a eles por meio de nossos sete principais chacras, batizados no esoterismo crístico
de Igrejas do Apocalipse ou Velas do Candelabro do Templo. De acordo com o Yoga, os chacras
principais são :
Muládhara (Igreja de Éfeso ou Básico):
situa-se entre os genitais e o ânus, e sua raiz fica na ponta da espinha dorsal. Liga-nos ao elemento
Terra e seus mantras principais são o IAO e o S (como o silvo prolongado de uma serpente). Os
grandes magos afirmam que ao se despertar esse centro dominamos externamente os gnomos e
pigmeus, além dos fenômenos telúricos, como terremotos, erosão, pragas de formigas, lesmas e
outros. Internamente, desenvolvemos a Paciência, a Diligência e a Laboriosidade. Todos os chacras
das pernas (dos joelhos, do descarrego nos calcanhares, das solas dos pés etc.) estão subordinados
ao Básico. A Kundalini acha-se encerrada no chacra muládhara e deste chacra emanam quatro Nádis
semelhantes a pétalas da flor de lótus. Muládhara é a morada do Tattwa Prittivi (ou, Elemento
Etérico da Terra).
Swadhishtana (Igreja de Smirna, Prostático; chamado de uterino, nas mulheres):
Localiza-se a quatro dedos acima dos órgãos sexuais, no púbis. Seus mantras principais são M e
Bhuvar. Com ele trabalhamos o Tattwa Apas, com os elementais das águas, ondinas e nereidas,
dominando as nuvens chuvosas, as ondas dos mares, as enchentes e as leis de equilíbrio da natureza
(chamadas de Leis do Trogo Autoegocrático Cósmico Comum. É um nome complexo, mas significa
Tragar e Ser Tragado, Receber e Doar, Dar para Receber). Interiormente, desenvolvemos a
Castidade, a Fidelidade e a compreensão da Prosperidade. Este chacra é o centro de irradiação e
controle de outros, como o da bexiga, testículos (ou ovários) e rins.

Manipura (Igreja de Pérgamo ou Solar): Confere o poder da telepatia. Mas também dominamos
o Fogo, e seus seres, as Salamandras e os Vulcanos. Psiquicamente, pode-se dominar os incêndios,
as fogueiras, o poder curativo das velas. Seus mantras principais são: U e RAM. Tattwa Tejas. Este
chacra domina os chacras secundários e terapêuticos, como do fígado, do baço, do pâncreas, o da
boca do estômago etc.
Anahát (Igreja deTiatira, Cárdias): O chacra cardíaco, por nos
ligar aos elementais do Ar, Silfos e Sílfides, Fadas e Elfos, nos dá poderes sobre o vento, os
furacões, as brisas, a levitação, o teletransporte. Tattwa Vayú. Também nos confere a compreensão
da natureza pela teologia, pelos rituais e a mensagem dos símbolos pela Intuição. O Cárdias controla
os chacras pulmonares, os das axilas, dos cotovelos e os das palmas das mãos.
Vishudda, Ajna e Sahásrara (Igrejas de
Sárdis, Filadélfia e Laodicéia; Laríngeo, Frontal e Coronário): Auxiliam-nos a trabalhar e
compreender as energias cósmicas, superiores, do Ser, como o desapego, a sabedoria, a verdade, a
inteligência, a justiça, a misericórdia etc., já que a Loja Branca Atômica de nosso corpo físico situa-
se no cérebro. Esses três chacras sagrados têm sob sua influência outros, como o do cerebelo, o
“chacra oculto”, os sete chacras especiais que circundam o coronário, o do hipotálamo, do timo, do
palato etc.
Enfim, nosso organismo psíquico contém uma fantástica constelação de chacras que nos ligam às
mais variadas energias cósmicas e telúricas. Alguns afirmam que nosso corpo astral possui cerca de
10 mil chacras e o corpo mental está estruturado com mais de 200 mil chacras. Isso, sem contar os
chacras dos outros corpos. Conhecendo a parte enferma da alma e do corpo, deficiências ou com
bloqueios, podemos trabalhar com as salamandras, os gnomos etc. Conhecendo o procedimento
ritualístico, os símbolos, os mantras, os nomes das Deidades especialistas em determinadas energias,
podemos iniciar um verdadeiro trabalho magístico. O grande segredo é o Conhecimento prático, e
não unicamente a teoria estéril.
Prática 1
Procure mais uma vez uma postura de relaxamento e meditação. Imagine que seus chacras tomam a
forma de luminosas flores cor de rosa. Dos mantras acima citados (para despertar um dos sentidos
paranormais), escolha um deles que você sinta mais afinidade e pratique por cerca de 10 minutos.
Visualize que o chacra correspondente ao mantra escolhido se transforma num templo dentro de você.
Penetre com a Imaginação Consciente dentro desse templo e sinta a Sabedoria ali contida. Ore à sua
Mãe Divina e peça que Ela preencha seu corpo e sua Consciência com Amor, Sabedoria e Força.
Lembre-se: cada exercício deve ser praticado por pelo menos uma semana, e todos por toda sua
vida. Sinta a energia contida em cada prática. Ao final de cada exercício mântrico, agradeça ao Pai
Celestial por mais esta oportunidade de espertar sua Consciência.
Prática 2
Fique de pé, feche os olhos e relaxe seu corpo. Imagine que das solas de seus pés saem gigantescas
raízes coloridas e muito fortes. Essas raízes penetram no mais profundo da terra, alcançando as
regiões mais inacessíveis do corpo planetário. Invoque a Divina Mãe Terra. Suplique-lhe seus
atributos e poderes, tais como saúde, estabilidade, sabedoria, contemplação, compreensão profunda
etc. Imagine que tudo o que você pediu está penetrando pelas raízes de seus pés e se espalha por todo
o coro e finalmente até sua Alma e sua Consciência.
BIBLIOGRAFIA Esta fantástica Peça de Arquitetura, foi extraida do "O DESPERTAR
DOS CHACRAS" que se encontra no site http://www.gnosisonline.org "VAMOS MEDITAR
MEUS IRMÃOS"

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#111

O HOSPITALEIRO

O Hospitaleiro é o elemento da Loja que tem o ofício, a tarefa, de detectar as situações de


necessidade e de prover o alívio dessas situações, quer agindo pessoalmente, quer convocando o
auxílio de outros maçons ou, mesmo, de toda a Loja, quer, se a situação o justificar ou impuser,
solicitando, por meio da Grande Loja e do Grande Oficial com esse específico encargo, o Grande
Hospitaleiro ou Grande Esmoler, a ajuda das demais Lojas e dos respectivos membros. Um dos
traços distintivos da Maçonaria, uma das características que constituem a sua essência de
Fraternidade, é a existência, o cultivo e a prática de uma profunda e sentida solidariedade entre os
seus membros. Solidariedade que não significa cumplicidade em ações ilícitas ou imorais, ou
encobrimento de quem as pratica, ainda que Ir.’., ou auxílio ou facilitação à impunidade de quem
viole as leis do Estado ou as regras da Moral. O maçon deve ser sempre um homem livre e de bons
costumes. De bons costumes, não violando as leis nem as regras da Moral e da
Decência.
Livre, porque autodeterminado e, portanto, responsável pelos seus atos, bons e maus. Perante a
Sociedade e perante os seus Irmãos. A solidariedade dos maçons existe e pratica–se e sente-se em
relação às situações de necessidade, aos infortúnios que a qualquer um podem acometer, às doenças
que, tarde ou cedo, a todos afetam, às perdas de entes queridos que inevitavelmente a todos sucedem.
Sempre que surgir ou for detectada uma situação de necessidade de auxílio, de conforto moral ou de
simples presença amiga, os maçons acorrem e unem-se em torno daquele que, nesse momento,
precisa do calor de seus IIr.’.. Esse auxílio, esse conforto, essa presença, são coordenados pelo
Hospitaleiro. Note-se que a palavra utilizada é “coordenados”, não “efetuados” ou “realizados”.
O Hospitaleiro não é o Oficial que efetua as ações de solidariedade, desobrigando os demais
elementos da Loja dessas ações. O Hospitaleiro é aquele elemento a quem é cometida a função de
organizar, dirigir, tornar eficientes, úteis, os esforços de TODOS em prol daquele que
necessita.
É claro que, por vezes, muitas vezes até, a pretendida utilidade do auxílio ou apoio ou presença
determina que seja só o Hospitaleiro a efetuar a tarefa, ou delegá-la a outro Irmão que seja mais
conveniente que a efetue. Pense-se, por exemplo, na situação, que aliás inevitavelmente ocorre com
alguma freqüência, de um Irmão que é acometido de uma doença aguda, que necessita de uma
intervenção cirúrgica ou que precisa estar por tempo apreciável hospitalizado, acamado ou em
convalescença. Se todos os elementos da Loja se precipitassem para o visitar, isso já não seria
solidariedade, seria romaria, isso já não seria auxílio, seria perturbação. O Hospitaleiro assume,
assim, em primeira linha, a tarefa de se informar do estado do Ir.’., de o auxiliar e confortar e de
organizar os termos em que as visitas dos demais Ir.’. se devam processar, de forma a que, nem o
IIr.’. se sinta negligenciado, nem abandonado, nem, por outro lado, fique assoberbado com invasões
fraternais ou constantemente assediado pelos contatos dos demais, prejudicando a sua recuperação e
o seu descanso, maçando-o, mais do que confortando-o. Também na expressão da solidariedade o
equilíbrio é fundamental…

A solidariedade maçônica pode traduzir-se em atos (visitas, execução de tarefas em substituição


ou auxílio, busca, localização e obtenção de meios adequados para acorrer à necessidade existente),
em palavras de conforto, conselho ou incentivo (quantas vezes uma palavra amiga no momento certo
ilumina o que parece escuro, orienta o que está perdido, restabelece confiança no inseguro), no
simples ato de estar presente ou disponível para o que for necessário (a segurança que se sente
sabendo-se que se não precisa, mas, se precisar, tem-se um apoio disponível…) ou na obtenção e
disponibilização de fundos ou meios materiais (se uma situação necessita ou impõe dispêndio de
verbas, não são as palavras ou a companhia que ajudam a resolvê-la: é aquilo com que se compram
os melões…). A escolha, a combinação, o acionamento das formas de solidariedade aconselháveis
em cada caso cabe ao Hospitaleiro. Porque a ajuda organizada normalmente dá melhores resultados
do que os atos generosos, mas anárquicos e descoordenados…

O Hospitaleiro deve estar atento ao surgimento de situações de necessidade, graves ou ligeiras,


prolongadas ou passageiras, e atuar em conformidade. Mas não é omnisciente. Portanto, qualquer
maçon que detecte ou conheça uma dessas situações deve comunicá-la ao Hospitaleiro da sua Loja. E
depois deixá-lo avaliar, analisar, atuar, coordenar, e colaborar na medida e pela forma que for
solicitado que o faça. Porque, parafraseando o princípio dos Mosqueteiros de Alexandre Dumas, a
ideia é que sejam “todos por um”, não “cada um pelo outro, todos ao molho e fé em Deus”… A
solidariedade maçônica é assegurada, em primeira linha, entre IIr.’.. Mas também, com igual
acuidade, existe em relação às viúvas e aos filhos menores de maçons já falecidos. Porque a
solidariedade não se extingue com a vida, cada maçon, auxiliando a família daqueles que já partiram,
sabe que, quando chegar a sua vez de partir, deixará uma rede de solidariedade em favor dos seus
que dela necessitem verdadeiramente!

E a solidariedade é algo que não se esgota em circuito fechado. Para o maçon, a beneficência é
um simples cumprimento de um dever. As ações de solidariedade ou beneficência em relação a quem
– maçon ou profano – necessita, em auxílio das organizações ou ações que benevolamente ajudam
quem precisa são, em relação à Loja, coordenadas pelo Hospitaleiro. O ofício de Hospitaleiro é,
obviamente, um ofício muito importante em qualquer Loja maçônica. Deve, por isso, ser
desempenhado por um maçon experiente, se possível um ex-Venerável.

O símbolo do Hospitaleiro é uma bolsa ou um saco, ou ainda uma mão segurando um saco. Bolsa
em que o Hospitaleiro deve guardar os meios de auxílio. Bolsa que deve figurativamente sempre
carregar consigo, pois nunca sabe quando necessitará de prestar auxílio, material ou moral. Saco
como aquele em que, em cada sessão, se recolhe os donativos que cada maçon dá para o Tronco da
Viúva. Mão segurando o saco, no modo e gesto como, tradicionalmente, após a recolha dos óbolos
para o Tronco da Viúva, o Hospitaleiro exibe o saco contendo esses óbolos perante a Loja,
demonstrando estar à disposição de quem dele necessite.
Mas o ofício de Hospitaleiro, a função que assegura, vão muito vão além do auxílio material.
Muitas vezes, o mais importante auxílio que é prestado não implica a necessidade de recorrer ao
metal, que só é vil se não o soubermos nobilitar pelo seu adequado e útil uso. A propósito de
solidariedade: já se decidiu se contribui, na medida do que puder e quiser, para auxiliar a Inês? Se
sim, não guarde para amanhã o que pode fazer hoje. Relembre aqui como pode ajudar e… trate disso!
Já! Não se deixe vencer pela inércia!
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi escrita pelo Irmão Rui Bandeira e a mesma, extraida do site
www.revistauniversomaconico.com.br
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#112

CARGOS & DEVERES EM UMA LOJA

O primeiro dever dos dirigentes de uma Loja Maçônica é o PLANEJAMENTO. A curto prazo,
esse planejamento consiste na simples e criteriosa elaboração da Ordem do Dia. A diretoria deve,
com antecedência, estabelecer os pontos de interesse da Oficina que serão apreciados na reunião.
Ninguém deve ser pego de surpresa, com as calças na mão. A médio e longo prazos, o planejamento
compõe-se da DEFINIÇÃO DOS OBJETIVOS DA LOJA: 1 - para que estamos aqui? 2 - em
que ponto estamos? 3 - para onde vamos? 4 - que estratégias usar? 5 - quem cuidará de quê?
6 - metas de crescimento coletivo e/ou desenvolvimento pessoal 7 -auxílio aos Irmãos que, por
acaso, tenham dificuldades para acompanhar o processo de concretização dos objetivos da
Oficina.

Esses sete pontos perfeitos, aplicáveis ao justo progresso de qualquer empreendimento,


pressupõem pessoas incumbidas de um OFÍCIO, envolvidas entusiasticamente numa ocupação. Essa
ocupação pressupõe certo grau de habilidade e a aceitação dos riscos e dificuldades que envolvam
os encargos. Só então, surge a transcendência do que chamamos Missão. Por isso, os que possuem
esse grau de habilidade são chamados OFICIAIS. Tradicionalmente, em todos os países, a estrutura
dos cargos oficiais em Loja é o mesmo e seus nomes derivam do idioma e do antigo sistema
parlamentar inglês. São os seguintes os principais cargos dessa dinâmica OFICIAL e cujos títulos
coloco, inicialmente, em inglês a exemplo das Lojas criadoras dos ritos. Em francês não é muito
diferente: Worshipful Master é o mesmo que Venerável Mestre e vénérable, em francês, cargo
existente e obrigatório em TODOS os tipos de Loja – sejam simbólicas, especiais, de estudo, de
pesquisas, autorizadas, ocasionais ou outras.

Isso porque, segundo o Landmark X, “o Governo da Fraternidade, quando congregada em Loja é


exercido por um Venerável e dois Vigilantes. Qualquer reunião de maçons congregados sob qualquer
outra direção, como, por exemplo, um presidente e dois vice-presidente, não seria reconhecida como
Loja.” Worshipful significa, para os ingleses, digno, honrado e respeitável. É assim que dever ser,
ora essa… Os dois vigilantes são chamados Sênior Warden, ou Primeiro Vigilante Premier
surveillant em francês que, entre outras coisas, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS APRENDIZES; e o
Júnior Warden deuxième surveillan]. O Segundo vigilante, entre outros encargos. além de bater
malhete, CUIDA DA INSTRUÇÃO DOS COMPANHEIROS. A palavra Warden, em inglês,
significa gerente ou pessoa encarregada da observância de certas condutas; em francês, surveillant é
aquele que mantém a ordem no local de trabalho, diferente do vigilant/vigilante que, nesses idiomas,
tem o sentido de vigiar, que não é o nosso caso.
Vejam bem a quantas andaram nossas traduções! Acontece que muitos dos tradutores dos antigos
rituais não conheciam a filologia nem a lingüística, nem a morfologia do inglês ou do francês dos
Séculos XVII e XVIII. Resultado: caíram nos falsos cognatos: Assim, “latir” espanhol gera o falso
cognato latir – voz do cachorro – enquanto que significa bater, pulsar; apelido é sobrenome; exquisita
é o mesmo que “deliciosa”; data em inglês significa dados, informações; injury, significa ferimento…
Continuando Cargos & Deveres Numa Loja – O Marshal, Conductor ou Master of Ceremonies, maître
des cérémonies é o Mestre de Cerimônias. Aqui a tradução está correta. DELE É O DEVER DE
CONDUZIR OS RITUAIS. É o Diretor Ritualístico da Loja. Se a Oficina trabalha com ordem e
perfeição, se os rituais são feitos com correção e sem atropelos, o mérito é do Conductor Mestre de
Cerimônias. Nesse particular, aconselho os Mestres de Cerimônias a não aceitarem ingerências em
suas funções, tampouco estalidos de dedos da platéia. O Chaplain é o CAPELÃO da Ordem,
reminiscência da função desempenhada pelos capelães nas antigas Ordens de Cavalaria: capelania
castrense, ordinariato militar e capelania militar com atribuições religiosas, judiciais e de
aconselhamento. É o responsável pela GUARDA DA LEI, pelo exato cumprimento da Legislação
Maçônica e dos Landmarks.

É, digamos assim, o ministério público da Oficina devendo, portanto, ser exímio conhecedor da
Constituição e Regulamento da Potência a que pertença a Loja, de todas as leis, decretos e
responsável pelo trâmite processual da documentação inerente à regularidade da Loja. No Brasil,
traduzimos o título a partir do francês l’orateur e Chaplain virou ORADOR. Pronto: alguns oficiais
que ocupam esse posto julgaram seu dever estribado na elaboração de entediantes DISCURSOS.
Tornam-se tribunos sem toga e, muitas vezes, invadindo a seara dos Vigilantes ou do Mestre de
Cerimônias, chamando a si o direito de conduzir rituais e dar instruções. E dá-lhe discurso! (Ruy
Barbosa, maçom brilhante, jurista, diplomata, escritor, filólogo, e ORADOR DE VERDADE,
levantaria do túmulo, ostentando nas mãos sua obra Anistia Inversa – Casa De Teratologia Jurídica, e
gritaria um BASTA!)

O tesoureiro é o Treasurer dos ingleses ou guardião dos tesouros da Ordem, conforme o uso dos
antigos Templários e ordens de cavalaria. O tesoureiro é o guarda do tronco e responsável pelo justo
andamento das finanças e economia da Oficina. Noutras palavras: é o administrador de patrimônio da
Loja. (Lembro-me que, nos meus dias de Aprendiz, um instrutor ensinava que o tronco de
solidariedade tinha seu nome devido aos Templários que escondiam seus tesouros e moedas sob
grossos troncos das árvores na floresta de Ardennes! Uau, acreditem se quiserem! pois “le tronc de
bienfaisance” ou simplesmente TRONC significa, no caso, o cofre onde são depositadas as
oferendas e esmolas. Vale lembrar que beneficência quer dizer filantropia e caridade; a isso se
destina o tronco).
Secretary – secretário – é o chefe de gabinete do Venerável Mestre. Forma o principal elo de
administração com o Tesoureiro e o Orador, cuidando para que a Oficina não se depare com
problemas de ordem administrativa, legal e financeira. Dirigida por três, composta por cinco e
completada por sete, longe de interpretações esotéricas, o sucesso das Lojas está no planejamento
democrático, DISCUTIDO E AVALIADO COM CADA IRMÃO, na elaboração criteriosa da
Ordem do Dia. Os demais Oficiais não citados nesse artigo (Chanceler, Hospitaleiro, Diáconos,
Expertos, Guarda e Cobridore, Mestres de Harmonia, de Banquetes, Arquiteto, Bibliotecário, Porta-
Espadas e Bandeira, etc.) atuam entre as engrenagens do Venerável, Vigilantes, Orador, Secretário e
Mestre de Cerimônias. Ninguém pode (nem deve) MONOPOLIZAR as sessões da Loja ou tornar-se
alvo constante das atenções. Na Maçonaria buscamos uma ESCOLA e não professores.
Todos querem participar, muitos querem ser auxiliados em seu progresso na Maçonaria. A
Oficina, como um todo, quer saber quais as metas de crescimento coletivo e pessoal, querem saber
PARA QUE estão ali, que ponto chegamos e para onde vamos. Era mais ou menos isso que os
marinheiros perguntavam a Cristovam Colombo: – “Maestro, dónde vamos?!”
BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, expressa apenas a opinião pessoal do autor, o
Irmão José Maurício Guimarães e este artigo não representa a palavra oficial de nenhuma
Loja, Potência ou Corpo Maçônico.
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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loja.html
#113

IRMÃOS COM TRÊS PONTINHOS

A palavra irmão, tal como se encontra no dicionário, significa pessoa que descende de um ou dos
dois pais comuns. Essa definição baseada na origem biológica da pessoa, embora bastante simples e
precisa não é suficiente para definir a palavra irmão no sentido mais amplo do termo.Muitas
religiões, notadamente os evangélicos no Brasil, utilizam o termo irmão para definir aquele que
professa a mesma religião que a sua, esse sentido deriva da crença que todos somos filhos de um
único Deus e, portanto a humanidade formaria, segundo esse entendimento, uma grande família, sendo
todos irmãos. É sem dúvida uma bela e filosófica visão e talvez seja um fim a ser alcançado.

Nos Estados Unidos da América, os índios Sioux, tinham uma tradição que era a seguinte: todo
menino nascido na tribo, durante os primeiros meses era amamentado por todas as mulheres da tribo,
dessa forma esse menino ao tornar-se um guerreiro, considerava todas as mulheres da tribo como
suas mães e todos os velhos como seus avós, destarte todos os outros guerreiros eram seus irmãos e
estando em batalha, cada um cuidaria da sua vida e da vida de seus irmãos, sendo esse um sentimento
tão forte que jamais um irmão seria abandonado no campo de batalha, se tivessem que morrer
morriam juntos, irmãos na vida e na morte. Na Maçonaria temos o costume de tratar-nos como
irmãos, demonstrando dessa forma o caráter fraternal de nossa organização. Quando um profano
recebe a luz em um templo, durante o ritual de iniciação, a primeira coisa que ele vê são seus irmãos,
jurando protege-lo sempre que for preciso.
A partir desse momento todos que a ele se referem o tratam por irmão, os filhos de seus irmãos
passam a tratá-lo como tio e as esposas de seus irmãos passam a ser suas cunhadas. Forma-se nesse
momento um elo firme entre o novo membro da ordem e a família maçônica.

É difícil precisar, no entanto, como esse vinculo se cria e se mantém. Porque? ao sermos
reconhecidos como Maçons o outro lado prontamente abre um sorriso amigo e te abraça, como se já
te conhecesse de toda a vida. Que força é essa que nos une e faz com que homens de diferentes,
raças, credos, profissões e classes sociais, tenham um sentimento de irmandade mais forte entre eles,
que entre irmãos de sangue? A Maçonaria que passou por várias fases em sua existência desde a
Maçonaria operativa até as atuais Lojas Maçônicas, foi refinando a maneira pela qual seus membros
são escolhidos e convidados para integrar nossas colunas, o possível candidato sem saber está sendo
observado em seus atos e na forma de conduta na vida profana, sendo que ao ser formalmente
convidado, parte de sua avaliação já foi concluída, bastando agora cumprir os regulamentos da
respectiva potência maçônica, para levar a cabo o ingresso do novo membro.
Talvez devido ao fato de que todo o Maçom, por saber dos rigores dessa seleção, que pese o fato
de que algumas vezes cometemos erros, iniciando irmãos que nem de longe mereceriam essa honra,
nós temos a tendência a confiar em um irmão porque sabemos que ele é livre e de bons costumes.
Aquele que ao apor sua assinatura em uma folha qualquer acrescentar os três pontinhos deve saber
que está dizendo ao mundo, “Sou Livre e de Bons Costumes”. E como tal será cobrado em suas ações
e atitudes tanto dentro dos templos como no mundo profano. Creio que muitos irmãos adentram à
nossa ordem sem a devida reflexão da responsabilidade que isso lhes impões, repetem os juramentos
sem entender a verdadeira abrangência de suas palavras, o fazem por que isso faz parte do ritual, da
mesma forma que pessoas que jamais freqüentam a igreja se casam e juram amor eterno e fidelidade
diante do sacerdote sem, no entanto ter a menor intenção de cumprir esse juramento.

È compreensível que muitos irmãos entrem na Ordem sem o devido conhecimento da mesma, até
porque esse conhecimento é pouco divulgado e muitas vezes os padrinhos e aqueles que fazem as
sindicâncias não esclarecem o profano devidamente sobre as responsabilidades que estará
assumindo. O que não é aceitável é que depois de ingressar e conhecer nossas normas e formas de
conduta exigidas o irmão continue agindo como antes do ingresso, ou seja, o irmão transforma-se
naquilo que costumamos chamar de “Profano de Avental”, é aquele irmão que embora imbuído de
boas intenções não permeou seu espírito com os ensinamentos da Maçonaria e mesmo que permaneça
na Ordem por toda a vida jamais será um Maçom no mais completo sentido da palavra. Nossa ordem
necessita de irmãos que tenham entre si aquele sentimento de fraternidade e solidariedade, tal qual os
guerreiros Sioux, que sendo filhos genéticos de pais diferentes se sentem irmãos, porque participam
de algo que é maior que cada um deles individualmente.

Nossas Lojas precisam de irmãos de verdade, aqueles que tem orgulho de pertencer a essa
instituição e estão dispostos a sacrifícios pessoais em benefício da mesma . Ele deve lembrar-se
sempre que ele não escolheu a Maçonaria, mas foi por ela escolhido por reunir as condições
necessárias para tal. No entanto ele escolheu ficar e deve ser fiel aos seus juramentos.
Precisamos,portanto de Irmãos com três pontinhos de verdade.

BIBLIOGRAFIA

Peça enviada pelo nosso Venerável mestre Ailton de Oliveira e escrita por nosso amado
Irmão Sidney Correia
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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#114

O VAIDOSO ARROGANTE

Baixa autoestima e complexo de inferioridade. Nenhum ditador provocou ou vem provocando


tanto dano à Maçonaria quanto o maçom vaidoso, esse sapador inveterado, esse Cavalo de Tróia que
a destrói por dentro, sem o emprego de armas, grilhões, ferros, calabouços e leis de exceção. Ele é
indiscutivelmente o maior inimigo da Maçonaria, o mais nefasto dos impostores, o principal
destruidor de lojas. Ele é pior do que todos os falsos maçons reunidos porque se iguala a eles em
tudo o que não presta e raramente em alguma virtude. Uma característica marcante que se nota nesse
tipo de maçom, logo ao primeiro contato, é a sua pose de justiceiro e a insistência com que apregoa
virtudes e qualidades morais que não possui. Isso salta logo à vista de qualquer um que comece a
comparar seus atos com as palavras que saem da sua boca. O que se vê amiúde é ele demonstrar na
prática a negação completa daquilo que fala, sobretudo daquilo que difunde como qualidades
exemplares do maçom aos Aprendizes e Companheiros, os quais não demora muito a decepcionar.
Vaidoso ao extremo, para ele a Maçonaria não passa de uma vitrine que usa para se exibir, de um
carro de luxo o qual sonha um dia pilotar. E, quando tem de fato esse afã em mente, não se furta em
utilizar os meios mais insidiosos para tentar alcançá-lo, a exemplo do que fazem nossos políticos
corruptos.

Narcisismo em um dos extremos, e baixa autoestima no outro, eis as duas principais


características dos maçons vaidosos e arrogantes. No crisol da soberba em que vivem imersos,
podemos separá-los em dois grupos distintos, porém idênticos na maioria dos pontos: os toscos
ignorantes e os letrados pretensiosos. Por serem desprovidos do talento e dos atributos intelectuais
necessários para conquistarem posição de destaque na sociedade, eles ingressam na Maçonaria em
busca de títulos e galardões venais, de fácil obtenção, pensando com isso obter algum prestígio. Na
vida profana, não conseguem ser nada além de meros serviçais, de mulas obedientes que cedem a
todos os tipos de chantagem. Por isso, fazer parte de uma instituição de elite (isso mesmo, de elite!)
como a Maçonaria produz neles a ilusão de serem importantes; ajuda a mitigar um pouco a dor
crônica que os espinhos da incompetência e da mediocridade produzem em suas personalidades
enfermas. O segundo em quase tudo se equipara ao primeiro, porém com algumas notáveis
exceções.
Capacitado e instruído, em geral ele é uma pessoa bem sucedida na vida. Sofre, porém, desse
grave desvio de caráter conhecido pelo nome de “Narcisismo”, que o torna ainda pior do que o seu
êmulo sem instrução. Ávido colecionador de medalhas, títulos altissonantes e metais reluzentes, esse
maçom é uma criatura pedante e intragável, que todos querem ver distante. No fundo ele também é um
ser que se sente rejeitado; sua alma é um armário de caveiras e a sua mente um antro habitado por
fantasmas imaginários. Julgando-se o centro do Universo, na Maçonaria ele obra para que todas as
atenções fiquem voltadas para si, exigindo ser tratado com mais respeito do que os Irmãos que atuam
em áreas profissionais diferentes da dele. Pobre do Irmão mais jovem e mais capacitado que cruzar o
seu caminho, que ousar apontar-lhe uma falta, que se atrever a lançar- lhe no rosto uma imperfeição
sua ou criticar o seu habitual pedantismo! O seu rancor se acenderá automaticamente e o que estiver
ao seu alcance para reprimi-lo e intimidá-lo ele o fará, inclusive lançando mão da famosa frase,
própria do selvagem chefe de bando: “Sabe com quem está falando!!!” Desse modo, ele acaba
externando outra vil qualidade, que caracteriza a personalidade de todo homem arrogante: a
covardia.

O número de Irmãos que detesta ou despreza esse tipo de maçom é condizente com a quantidade
de medalhas que ele acumula na gaveta ou usa no peito. Na vida profana, seus amigos não são
verdadeiros; são cúmplices, comparsas, associados e gente que dele se acerca na esperança de obter
alguma vantagem. E nisso se insere a mulher com a qual vive fraudulentamente. Todos os que o
rodeiam, inclusive ela, estão prontos a meter-lhe um merecido chute no traseiro tão logo os laços de
interesse que os unem sejam desfeitos. O seu casamento é um teatro de falsidades e o seu lar um
armazém de conflitos. Raramente familiares seus são vistos em nossas festas de confraternização.
Quando aparecem, em geral contrariados, não conseguem esconder as marcas indeléveis de
infelicidade que ele produz em seus rostos. Em sua marcha incessante em busca de distinções sociais
que supram a sua insaciável necessidade de auto-afirmação, é comum vermos esse garimpeiro de
metais de falso brilho farejando outras organizações de renome, tais como os clubes Lyons e Rotary,
e gastando nessas corridas tempo e dinheiro que às vezes fazem falta em seu lar. A Maçonaria, que
tem a função de melhorar o homem, a sociedade, o país, e a família, acaba assim se convertendo em
uma fonte de problemas para os seus familiares; e ele, em uma fonte de problemas para a
Maçonaria.
Um volume inteiro seria insuficiente para catalogar os males que esse inimigo da paz e da
harmonia pratica, este bacilo em forma humana que destrói nossa instituição por dentro, qual um
cancro a roer-lhe as células, de modo que limitar-nos-emos a expor os mais comuns. Incapaz de polir
a Pedra Bruta que carrega chumbada no pescoço desde o dia em que nasceu, de aprimorar–se moral e
intelectualmente, de lutar para subtrair-se das trevas da ignorância e dos vícios que corrompem o
caráter; de assimilar conhecimentos maçônicos úteis, sadios e enobrecedores, para na qualidade de
Mestre poder transmiti-los aos Aprendizes e Companheiros, o que faz o nosso personagem?
Simplesmente coloca barreiras em seus caminhos, de modo a retardar-lhes o progresso! Ao invés de
estudar a Maçonaria, para poder contribuir na formação dos Aprendizes e Companheiros, de que
modo ele procede? Veda a discussão sobre assuntos com os quais deveria estar familiarizado,
fomentando apenas comentários sobre as vulgaridades supérfluas do seu cotidiano!
Ao invés de encorajar o seu talento, de ressaltar suas virtudes e estimular o seu desenvolvimento,
o que faz ele? Procura conservá-los na ignorância de modo a escamotear a própria! Ao invés de
defender e ressaltar a importância da liberdade de expressão e da diversidade de opiniões para a
evolução da humanidade, como ele age? Censura arbitrariamente aqueles cujas idéias não estejam em
harmonia ou sejam contrárias às suas! Ao invés de fomentar debates dos temas de importância
singular para o bem da loja em particular e da Maçonaria em geral, como age ele? Tenta impedir a
sua realização por carecer de atributos intelectuais que o capacitem a participar deles! E, nos que
raramente promove, como se comporta? Considera somente as opiniões daqueles que dizem “sim” e
“sim senhor” aos seus raramente edificantes projetos! Tal como o maçom supersticioso, esse infeliz
em cujo peito bate um coração cheio de inveja e rancor nutre ódio virulento e indissimulado pela
liberdade de expressão, que constitui um dos mais sagrados esteios sobre os quais repousam as
instituições democráticas do mundo civilizado, uma das bandeiras que a Maçonaria hasteou no
passado sobre os cadáveres da intolerância, da escravidão e da arbitrariedade.

Dos atos indecentes mais comumente praticados por esse falsário, o que mais repugna é vê-lo
pregando “humildade” aos Irmãos em Loja, em particular aos Aprendizes e Companheiros, coberto
da cabeça aos pés de fitões, joias e penduricalhos inúteis, qual uma árvore de natal. Outro é vê–lo
arrotando, em alto e bom som, ter “duzentos e tantos anos de Maçonaria” e exibindo o
correspondente em estupidez e mediocridade. O terceiro é vê-lo trajando aventais, capas, insígnias,
chapéus e colares, decorados com emblemas que lembram tudo, exceto os compromissos que ele
assumiu quando ingressou em nossa sublime e veneranda instituição. Cego, ignorante e vaidoso,
nosso personagem não percebe o asco que provoca nas pessoas decentes que o rodeiam. Como já foi
dito, a Maçonaria serve apenas de vitrine para ele. Como não é possível permanecer sozinho dentro
dela sem a incômoda presença de outros impostores – os quais não têm poder suficiente para enxotar
– ele luta ferozmente para afastar todo e qualquer novo intruso, imitando alguns animais inferiores
aos humanos na escala zoológica, que fixam os limites de seus territórios com os odores de suas
secreções e não toleram a presença de estranhos. Qualquer Irmão que comece a brilhar ao lado dessa
criatura rasteira é considerado por ela inimigo. A luz e o progresso do seu semelhante o incomoda,
fere o seu ego vaidoso. Por esse motivo tenta obstaculizar o trabalho dos que querem atuar para o
bem da Loja; por isso recusa-se a transmitir conhecimentos maçônicos (quando os possui) aos
Aprendizes e Companheiros, sobretudo aos de nível intelectual elevado, ou os ministra em doses
pífias, para que futuramente não sejam tomados como exemplos e ofusquem ainda mais a sua
mediocridade.
Um maçom exemplar, íntegro, que cumpre rigorosamente os compromissos que assumiu quando
ingressou em nossa Instituição, não raro converte-se em alvo de suas setas, pois seus olhos míopes
não conseguem ver honestidade em ninguém; sua mente estragada o interpreta como potencial
“concorrente”, que nutre interesses recônditos semelhantes aos seus. O maçom arrogante mal conhece
o significado de nossas belas e simples alegorias. Se as conhece, as despreza. Sua mente acha-se
preocupada unicamente com o sucesso de suas empreitadas, em encontrar maneiras de estar
permanentemente ao lado das pessoas cujos postos ambiciona. Fama e poder são os seus dois únicos
objetivos, tanto na vida maçônica, como na profana. As palavras Liberdade, Igualdade e
Fraternidade, que compõem a Trilogia Maçônica, não fazem parte do seu vocabulário, e com
frequência é visto pisoteando os valores que elas encerram.

A história, a filosofia e os objetivos de nossa Veneranda Instituição não lhe despertam o menor
interesse, pois é frio, calculista, e não tem sensibilidade nem conhecimento para compreendê-los e
assimilá-los. Ele é diametralmente oposto ao que deve ser o maçom exemplar, em todos os
pormenores. É a antítese de tudo o que a Maçonaria apregoa e deseja de seus membros: uma criatura
vil e rasteira que semeia a discórdia, afugenta bons Irmãos, e termina por destruir ou fragmentar a
Loja (ou Lojas), resultado às vezes de anos de trabalho árduo, caso ela teime em não se colocar sob
a sua batuta ou se mostre contrária às suas aspirações egoístas.

A insolência desse tipo de maçom – e também o asco que destila –, vai crescendo conforme ele
vai “subindo” nos altos graus (ou graus filosóficos), lixo maçônico fabricado por impostores no
passado unicamente para explorar a estupidez e a vaidade de homens como ele. Sentindo-se
importante por ter sido recebido em determinado grau, com a pompa digna de um rei, ele passa a
considerar-se superior aos Irmãos de graus “inferiores”, em particular aos Aprendizes e
Companheiros, ignorando o que reza o segundo Landmark, que estabelece a divisão da Maçonaria
Simbólica em apenas três graus. Mas reservar um tempo para dedicar-se à sua Loja, um momento
para confraternizar com Irmãos íntegros e honestos, ler algo de útil que possa servir de instrução a si
e aos demais, essas são as suas últimas preocupações.
O seu tempo disponível ele o reserva inteiramente às festinhas fúteis, nas quais pode ser notado e
lisonjeado, onde pode ajuntar-se a outros maçons falsos e vulgares, prontos para enterrar-lhe um
punhal nas costas na primeira oportunidade que surgir. Perceba o leitor com que velocidade esse
“Irmão” deveras atarefado arruma tempo quando é chamado para arengar em um tablado
representando a Maçonaria! Note a pontualidade com que chega na passarela onde vai desfilar e ser
fotografado com os seus paramentos. Observe como ele fica cheio de si quando é agraciado com uma
rodela de lata qualquer ou vê o seu lindo rosto estampado nas páginas de alguma revista maçônica!
Perceba como se curva aos pés dos que têm mais prestígio e poder do que ele! Note como ele os
bajula!

Esse prevaricador vagabundo não trabalha e não deixa os outros trabalharem para não ter de
arregaçar as mangas também. Quando se mete a ministrar instruções aos Aprendizes e Companheiros
ele o faz de modo precário, sem estar familiarizado com elas. Raramente sabe responder questões
que os Irmãos lhe dirigem. Tergiversa sempre com a mesma resposta: É preciso pesquisar! Ele não
faz nada porque não sabe fazer nada, não quer aprender nada, e no íntimo não gosta da Maçonaria e
não ama seus irmãos! Nossas “reuniões” são para ele um fardo. Nas vezes que comparece em Loja,
exige ser ouvido e jamais dá atenção ao que falam os demais, obrando para que a sua palavra sempre
prevaleça nas decisões a serem tomadas. Quando o seu nome não consta na Ordem do Dia – o que
significa que não terá a oportunidade de exibir a sua hipocrisia ou arengar as suas imposturas –,
retira-se antes da “reunião” terminar ou, quando permanece, o faz com o olhar fixo no relógio.
Campeão em faltas e em delitos, quando esse falso maçom comparece à loja ele o faz para dar
palpites indevidos, censurar tudo e todos, propor projetos mirabolantes e soluções inconsistentes
com os problemas que surgem em nossas relações. Jamais faz uso de críticas sadias e construtivas,
aquelas que apontam erros e sugerem soluções para os mesmos.
BIBLIOGRAFIA Esta Peça de Arquitetura, é de autoria do valoroso IR.’. Rubens Carlos de
Oliveira da A.’.R.’.L.’.S.’. Trabalho e Fraternidade Nº 06 e o mesmo, foi enviado para a Revista
Universo Maçônico pelo M.’.M.’. Ir.’. Euclides Alves da Graça • Or.’. Cuiabá / MT
(Representante da Editora Domínio)
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#115

O QUE É MAÇONARIA

A Maçonaria é uma instituição essencialmente filosófica, filantrópica, educativa e progressista.


Por que é Filosófica?
É filosófica porque em seus atos e cerimônias ela trata da essência, propriedades e efeitos das
causas naturais. Investiga as leis da natureza e relaciona as primeiras bases da moral e da ética pura.
Por que é Filantrópica?
É filantrópica porque não está constituída para obter lucro pessoal de nenhuma classe, senão, pelo
contrário, suas arrecadações e seus recursos se destinam ao bem-estar do gênero humano, sem
distinção de nacionalidade, sexo, religião ou raça. Procura conseguir a felicidade dos homens por
meio da elevação espiritual e pela tranqüilidade da consciência.
Por que é Progressista?
É progressista porque partindo do princípio da imortalidade e da crença em um princípio criador
regular e infinito, não se aferra a dogmas, prevenções ou superstições. E não põe nenhum obstáculo
ao esforço dos seres humanos na busca da verdade, nem reconhece outro limite nessa busca senão o
da razão com base na ciência. Quais são os seus princípios?
A liberdade dos indivíduos e dos grupos humanos, sejam eles instituições, raças, nações; a
igualdade de direitos e obrigações dos seres e grupos sem distinguir a religião, a raça ou
nacionalidade; a fraternidade de todos os homens, já que somos todos filhos do mesmo CRIADOR e,
portanto, humanos e como conseqüência, a fraternidade entre todas as nações

Qual o seu lema?


Ciência - Justiça - Trabalho: Ciência, para esclarecer os espíritos e elevá-los; Justiça, para
equilibrar e enaltecer as .relações humanas; e Trabalho por meio do qual os homens se dignificam e
se tornam independentes economicamente. Em uma palavra, a Maçonaria trabalha para o
melhoramento intelectual, moral e social da humanidade.
Qual é seu objetivo?
Seu objetivo é a investigação da verdade, o exame da moral e a prática das virtudes.
O que entende a Maçonaria por moral?
Moral é para a Maçonaria uma ciência com base no entendimento humano. É a lei natural e
universal que rege todos os seres racionais e livres. É a demonstração científica da consciência. E
essa maravilhosa ciência nos ensina nossos deveres e a razão do uso dos nossos direitos. Ao
penetrar a moral no mais profundo da nossa alma sentimos o triunfo da verdade e da justiça. O que
entende a Maçonaria por virtude?
A Maçonaria entende que virtude é a força de fazer o bem em seu mais amplo sentido; é o
cumprimento de nossos deveres para com a sociedade e para com a nossa família sem interesse
pessoal. Em resumo: a virtude não retrocede nem ante o sacrifício e nem mesmo ante a morte, quando
se trata do cumprimento do dever.

O que entende a Maçonaria por dever


A Maçonaria entende por dever o respeito e os direitos dos indivíduos e da sociedade. Porém não
basta respeitar a propriedade apenas, mas, também, devemos proteger e servir aos nossos
semelhantes. A Maçonaria resume o dever do homem assim: "Respeito a Deus, amor ao próximo e
dedicação à família". Em verdade, essa é a maior síntese da fraternidade universal. A Maçonaria é
religiosa?
Sim, é religiosa, porque reconhece a existência de um único princípio criador, regulador,
absoluto, supremo e infinito ao qual se dá, o nome de GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO,
porque é uma entidade espiritualista em contra posição ao predomínio do materialismo. Estes fatores
que são essenciais e indispensáveis para a interpretação verdadeiramente religiosa e lógica do
UNIVERSO, formam a base de sustentação e as grandes diretrizes de toda ideologia e atividade
maçônicas.
A Maçonaria é uma religião?
Não. A Maçonaria não é uma religião. É uma sociedade que tem por objetivo unir os homens entre
si. União recíproca, no sentido mais amplo e elevado do termo. E nesse seu esforço de união dos
homens, admite em seu seio pessoas de todos os credos religiosos sem nenhuma distinção.
Para ser Maçom é necessário renunciar à religião a qual se pertence?
Não, porque a Maçonaria abriga em seu seio homens de qualquer religião, desde que acreditem
em um só Criador, o GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO, que é Deus. Geralmente existe essa
crença entre os católicos, mas ilustres prelados tem pertencido à Ordem Maçônica; entre outros, o
Cura Hidalgo, Paladino da Liberdade Mexicana; o Padre Calvo, fundador da Maçonaria na América
Central; o Arcebispo da Venezuela, Don Ramon Ignácio Mendez; Padre Diogo Antonio Feijó;
Cônegos Luiz Vieira, José da Silva de Oliveira Rolin, da Inconfidência Mineira, Frei Miguelino,
Frei Caneca e muitos outros.
Quais outros homens ilustres que foram Maçons?
Filósofos como Voltaire, Goethe e Lessing; Músicos como Beethoven, Haydn e Mozart; Militares
como Frederico o Grande, Napoleão e Garibaldi; Poetas como Byron, Lamartine e Hugo; Escritores
como Castellar, Mazzini e Espling.
Somente na Europa houve Maçons ilustres?
Não. Também na América existiram. Os libertadores da América foram todos maçons.
Washington nos Estados Unidos; Miranda, o Padre da Liberdade sul-americana; San Martin e
O'Higgins, na Argentina; Bolivar, no Norte da América do Sul; Marti, em Cuba; Benito Juarez, no
México e o Imperador Dom Pedro I no Brasil.
Quais os nomes de destaque no Brasil que foram Maçons?
D. Pedro I, José Bonifácio, Gonçalves Lêdo, Luis Alves de Lima e Silva (Duque de Caxias),
Deodoro da Fonseca, Floriano Peixoto, Prudente de Morais, Campos Salles, Rodrigues Alves, Nilo
Peçanha, Hermes da Fonseca, Wenceslau Braz, Washington Luiz, Rui Barbosa e muitos outros.
Então a Maçonaria é tolerante?
A Maçonaria é eminentemente tolerante e exige dos seus. membros a mais ampla tolerância.
Respeita as. Opiniões políticas e crenças religiosas de todos os homens, reconhecendo que todas as
religiões e ideais políticos são igualmente respeitáveis e rechaça toda pretensão de outorgar
situações de privilégio a qualquer uma delas em particular.
O que a Maçonaria combate?
A ignorância, a superstição, o fanatismo. O orgulho, a intemperança, o vício, a discórdia, a
dominação e os privilégios.
A Maçonaria é uma sociedade secreta?
Não, pela simples razão de que sua existência é amplamente conhecida. As autoridades de vários
países lhe concedem personalidade jurídica. Seus fins são amplamente difundidos em dicionários,
enciclopédias, livros de história etc. O único segredo que existe e não se conhece senão por meio do
ingresso na instituição, são os meios para se reconhecer os maçons entre si, em qualquer parte do
mundo e o modo de interpretar seus símbolos e os ensinamentos neles contidos.
Quais as principais obras da Maçonaria no Brasil?
A Independência, a Abolição e a República. Isto para citar somente os três maiores feitos da
nossa história, em que os maçons tomaram parte ativa.
Quais as condições indispensáveis para pertencer a Maçonaria?
Crer na existência de um princípio Criador; ser homem livre e de bons costumes; ser consciente
de seus deveres para com a Pátria, seus semelhantes e consigo mesmo; ter uma profissão ou oficio
lícito e honrado que lhe permita prover suas necessidades pessoais e de sua família e a sustentação
das obras da Instituição.
O que se exige dos Maçons?
Em princípio, tudo aquilo que se exige ao ingresso em qualquer outra instituição: respeito aos
seus estatutos, regulamentos e acatamento às resoluções da maioria, tomadas de acordo com os
princípios que as regem; amor à Pátria; respeito aos governos legalmente constituídos; acatamento às
leis do país em que viva, etc. E em particular: a guarda do sigilo dos rituais maçônicos; conduta
correta e digna dentro e fora da Maçonaria; a dedicação de parte do seu tempo para assistir às
reuniões maçônicas; a prática da moral, da igualdade e da solidariedade humana e da justiça em toda
a sua plenitude. Ademais, se proíbe terminantemente dentro da instituição, as discussões políticas e
religiosas, porque prefere uma ampla base de entendimento entre os homens afim de evitar que sejam
divididos por pequenas questões da vida civil.
O que é um Templo Maçônico?
É um lugar onde se reúnem os maçons periodicamente para praticar as cerimônias ritualísticas que
lhes são permitidas, em um ambiente fraternal e propício para concentrar sua atenção e esforços para
melhorar seu caráter, sua vida espiritual e desenvolver seu sentimento de responsabilidade, fazendo-
lhes meditar tranqüilamente sobre a missão do homem na vida, recordando-lhes constantemente os
valores eternos cujo cultivo lhes possibilitará acercar-se da verdade.

O que se obtêm sendo Maçom?


A possibilidade de aperfeiçoar-se, de instruir-se, de disciplinar-se, de conviver com pessoas que,
por suas palavras, por suas obras, podem constituir-se em exemplos; encontrar afetos fraternais em
qualquer lugar em que se esteja dentro ou fora do país. Finalmente, a enorme satisfação de haver
contribuído, mesmo em pequena parcela, para a obra moral e grandiosa levada a efeito pelos
homens. A Maçonaria não considera possível o progresso senão na base de respeito à personalidade,
à justiça social e a mais estreita solidariedade entre os homens. Ostenta o seu lema "Liberdade,
Igualdade e Fraternidade" com a abstenção das bandeiras políticas e religiosas. O segredo maçônico,
que de má fé e caluniosamente tem se servido os seus inimigos para fazê-la suspeita entre os
espíritos cândidos ou em decadência, não é um dogma senão um procedimento, uma garantia, uma
defesa necessária e legítima, porém como inevitavelmente tem sucedido com todo direito e seu dever
correlativo, o preceito das reservas maçônicas já tem experimentado sua evolução nos tempos e
segundo os países. A Maçonaria não tem preconceito de poderes, e nem admite em seu seio, pessoas
que não tenham um mínimo de cultura que lhes permitam praticar os seus sentimentos e tenham uma
profissão ou renda com que possam atender às necessidades dos seus familiares, fazer face às
despesas da sociedade e socorros aos necessitados.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura foi extraida da Aug.'. e Resp.'. Loja Fraternidade de Santos nº 132,
através do seu site www.maconaria.com.br

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#116

O BEM, O MAL E A LIÇÃO DA PEDRA BRUTA

Uma análise dos símbolos maçônicos que têm como objetivo a edificação e aprimoramento do ser
humano, e a necessidade de se lapidar e trabalhar o espírito. Ao entrar para a Ordem, a primeira
imagem com a qual o Aprendiz Maçom toma contato, sob um ponto de vista sintetiza boa parte (senão
todos) dos símbolos pertinentes a seu presente estágio e, sob outro aspecto, ela traz em si a indicação
do trabalho que começou a ser realizado por aquele que iniciou o seu longo aprendizado.
Descrevendo rapidamente, a imagem apresenta um jovem olhando em direção a um bloco disforme
de pedra. Este jovem, provavelmente um pedreiro ou um escultor, traz consigo os instrumentos de seu
ofício: um malho e um cinzel. Em uma primeira vista, logo notamos que, pelo menos os já citados
quatro elementos básicos da imagem, saltam aos nossos olhos. Repetindo, são eles: o próprio
pedreiro, o malho, o cinzel e a pedra bruta.

Para podermos iniciar nossas rápida exposição – tanto sobre esses elementos quanto sobre o
conjunto que a imagem em si representa, como um todo – é necessário que voltemos um pouco no
tempo para nos lembrar da época em que assim chamada Maçonaria, hoje especulativa, era
considerada operativa. Naquele tempo, com a evolução da arte de se construir, o material utilizado
nas edificações aos poucos passaria de madeira para pedra e, depois, da pedra para a pedra
trabalhada. Assim, as construções iam se tornando mais sólidas e belas. O trabalho na pedra bruta
visava, principalmente, a preparar um conjunto de peças para que essas se moldassem e se
encaixassem em um todo maior de pedras, e que todo as estivessem em conformidade com o projeto
dos “construtores”. No campo operativo, boa parte do trabalho de lapidação executado pelo novos
Pedreiros era feito com o suo de, entre tantos outros materiais, três elementos básicos : a Pedra em
si, o Martelo (ou Malho) e o Prego (ou Cinzel).

Talvez como efeito do avanço industrial, quando a máquina começava a substituir a mão-de-obra
humana, por volta da segunda década do século 18, a Maçonaria passaria a ser considerada de ordem
especulativa. Assim, boa parte dos componentes materiais até então utilizados no ofício e na arte da
construção passaria a compor símbolos, cuja natureza, ainda associada às edificações, agora também
estariam relacionados a aspectos internos do ser humano, sejam esses aspectos de ordem moral,
sejam de ordem espiritual. Dessa forma, o que antes era visto como a preparação para se produzir
peças perfeitas, agora ganhava os contornos de símbolos que visavam à edificação do verdadeiro
homem. Para tal, assim como acontecia com os blocos de pedra bruta, o próprio homem necessitaria
ser trabalhado, ou lapidado, para que sua perfeição enfim se mostrasse.
Na já citada imagem do Grau de Aprendiz, vemos o jovem pedreiro trabalhando a pedra bruta.
Para a realização desse trabalho, ele emprega o Cinzel e o Malho. O Malho se encontra em sua mão
direita, enquanto o Cinzel está na esquerda. Comparando a pedra com o homem, é mostrado que ela,
em seu estado bruto, se encontra disforme, distante de um possível estado de perfeição que, mais
tarde, será representado pela Pedra Cúbica; igualmente, esse trabalho de lapidação poderá ocorrer
com o próprio ser humano.Ora se identificando com a Pedra, ora com o Pedreiro, o Aprendiz terá
todos os elementos necessários para trabalhar a si próprio. Esses elementos estão representados
pelos já mencionados Malho e Cinzel.
Superficialmente, alguns autores relacionam o Malho ao elemento ativo da obra de desbaste da
Pedra Bruta, enquanto que o Cinzel seria o elemento passivo. O primeiro estaria associado à força e
ao intelecto, enquanto que o segundo diria respeito à arte de esculpir propriamente dita. Em uma
análise um pouco mais criteriosa, o Malho seguro pela mão direita, é entendido como sendo um
símbolo da ação pura da vontade o Aprendiz, atuando com perseverança e continuidade sobre a
Pedra, enquanto o Cinzel é visto como a capacidade de orientação e observação, a capacidade de
saber discernir o que deve ou não ser retirado do bloco em trabalho. Sob o ponto de vista iniciático,
Malho e Cinzel podem ser percebidos, respectivamente, como a Tradição, que prepara, e como a
Tradição, que prepara, e como a Revelação, que cria. Um é inútil sem o outro, e eles atuam em
conformidade com o Princípio Hermético da Polaridade, que diz que “tudo é duplo”. Se uma forma
de assimilação do símbolo do Grau de Aprendiz o mostra trabalhando a Pedra Bruta, um outro
entendimento, de ordem ainda superior, nos fala que o Aprendiz, sendo a própria Pedra a ser
desbastada, “sofrerá” a ação do Grande Escultor, que fará uso dos elementos necessário à realização
da Obra final.

Mas qual seria a relação direta do Bem e do Mal com a lição Pedra Bruta? Estes dois conceitos,
Bem e Mal, ocuparam e certamente continuarão ocupando a mente de todos e quaisquer estudantes
das Ciências Antigas. Genericamente tomados como conceitos absolutos – nos quais primeiramente
poderíamos simplesmente optar por um (normalmente o Bem) e esquecer o outro – tais aspectos da
criação são de tamanha relatividade que defini-los satisfatoriamente pode parecer tarefa assaz dura,
senão francamente impossível. Assim, iremos nos limitar a dissertar de modo livre e sucinto sobre os
mesmos sempre tendo em mente o símbolo da Pedra Bruta, bem como nossa fé e confiança no Grande
Artesão. Em princípio, quanto mais livre de conceitos (sobremodo conceitos religiosos)
preestabelecidos estiver a mente de alguém, mais apta esta mente estará para perceber os notáveis
equívocos, alguns seculares, com os quais estamos obrigados a conviver. Por exemplo, tornou-se uso
comum associar Deus tão somente ao Bem, relegando todos os aspectos supostamente vis da criação,
as “coisas” ruins, ao seu eterno opositor. Dessa forma, a perene luta Bem versus Mal, tendo seu
palco há muito armado, segue seu rumo em direção ao eterno.

Somente como ilustração para este equívoco, citamos um trecho, extraído dos códigos de uma das
crenças mais populares de nosso país. Este trecho afirma, de modo claro, taxativo, lapidar e final ser
“[....] Deus, soberanamente justo e bom...”. A suposição de que algo seja “justo e bom”, mesmo
muito antes de poder ser considerada primária, deve ser vista como realmente é, ou seja, ilógica, até
mesma contraditória. O Segundo Princípio elaborado por aquele Três Vezes Grande, o Princípio de
Correspondência nos diz que “o que está em cima é como o que está em baixo...”. Segundo a lógica
hermética, sabemos que, em tese, um juiz, quando emite uma sentença ou julga uma causa humana,
intenta nada mais ser senão justo. Ele não deseja ser nem bom e nem mau, mas apenas justo. As
demais partes envolvidas são as que, segundo a conveniência de cada uma, entendem ter sido o seu
veredicto, a sentença, boa ou má.
Da mesma forma, seguindo o Princípio Hermético das Correspondências, podemos supor o
mesmo a respeito do Grande Juiz, o Criador. Se Ele é justo, como o crêem todos, é apenas justo.
Nós, suas criaturas, é que, dentro de nossa limitada compreensão, entendemos serem as Sua ações
mera conseqüência de um possível Bem o Mal. E exatamente nisto, em Sua Justiça, está a Sua
Perfeição. Não é à toa que os maçons se utilizam do mote “Justo e Perfeito”, e nunca “Justo e Bom”.
Seguindo o raciocínio sobre o Bem e o Mal, no trabalho de lapidação da Pedra Bruta duas vontades
parecem agir de modo concomitante : a primeira vontade seguirá os desígnios do Criador, que é
soberana. A vontade secundária partiria da própria Pedra, ou do indivíduo a ser trabalhado, no caso,
o Aprendiz. Em ambas possibilidades, intenta-se obter o produto final na forma de uma pedra Justa e
Perfeita. Ela é Justa, pois está adequada à Sua Obra, e é Perfeita, pois também está em conformidade
com a Perfeição de Seu Plano Maior.
O livre-arbítrio que, em princípio, parece dirigir a vontade de Aprendiz, nada mais é do que a
faculdade que lhe dá a chance de estar em harmonia com a vontade Maior que o criou. Nesse caso, as
duas vontades, sendo harmônicas, passam a ser uma única Vontade. Então, poderíamos entender o
Bem como sendo a capacidade do Aprendiz de pôr a própria vontade em sintonia com a vontade
Superior, enquanto o Mal simplesmente representaria a opção contrária a esta. Um outro aspecto do
símbolo, presente no processo de tornar desbastada a pedra bruta, também muito teria a acrescentar.
Sob um certo ponto de vista, a Pedra Bruta é entendida como um estado original de liberdade,
enquanto que a pedra trabalhada é vista como sendo nade mais do que o produto da submissão de
uma individualidade pela força. Mas por hora, devido á densidade deste particular modo de
entendimento da lição da Pedra Bruta, não gostaria de me aprofundar.
Para encerrar, diria apenas que cabe a cada um de nós descobrir a sutil diferença entre a
perfeição da pedra trabalhada e a submissão que o desbastar da pedra por vezes representa. Não
reconhecer tal diferença pode nos levar a ser, simplesmente, um mero produto de nosso meio, mais
uma peça moldada à revelia de nossa própria vontade, de nosso próprio querer. Enfim, talvez a
diferença possa estar no fato de que, enquanto uma traz em si mesma o objetivo de toda Iniciação, ou
seja, a fiel expressão da vontade do conjunto Criador e Criatura, constituindo uma verdadeira jóia
unia – a outra não passara de um mero capricho da manipulação profana, apenas mais um tijolo na
parede, fadado a nada mais senão o esquecimento.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura, esta na página da web www.ippb.org.br do Instituto de Pesquisas
Projeciológicas e Bioenergéticas do nosso IR.'. Carlos Raposo, pesquisador da história de ordens
secretas, filosofia oculta e ciências herméticas, e também responsável pelo site Arte Magicka
www.artemagicka.com
O nosso blog agradece este belo trabalho e solicita aos IIRR.'. que visite esta página e acompanhe
este sério trabalho.
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bruta.html
#117

O PASSO LATERAL DA MARCHA DE COMPANHEIRO

A Marcha é uma técnica adotada nos três Graus Simbólicos. Como recém-elevados ao Grau de
Comp.’.Maç.’., a Sublime Instituição abriu-nos uma porta a mais para ser explorada através dos
estudos. E, estudando, notamos pequenas diferenças ritualísticas entre as diversas Potências, mas não
nos esqueçamos que todos somos Maçons e, como tais, temos como meta final o mesmo resultado
moral, ou seja, a construção de nosso Templo Interior para a Glória do G.’.A.’.D.’.U.’., não
importando a Potência à qual pertençamos.Enquanto AApr.’.MMaç.’., ainda sem sabermos ler e nem
escrever, somente soletrar, obrigatoriamente temos que ser guiados e orientados por nossos MM.’. na
luta e na perseverança em nosso caminhar na senda da Perfeição, isto é, pelo caminho que nos leva
das trevas à Luz, do Ocidente para o Oriente, do mundo objetivo dos sentidos para o mundo subjetivo
do espírito. Este objetivo não é somente dos AApr.’. mas também dos CComp.’. e dos
MM.’..
Sendo assim, nossos passos, sempre iniciados com o pé esquerdo, são obrigatoriamente retos e
dirigidos, sempre na mesma direção, pelos IIr.’. mais experientes e compreende três passos de
longitude desigual e proporcional a 3-4-5, lembrando o Teorema de Pitágoras e, a cada passo,
juntando os pés em ângulo reto, em esquadria. Estes três passos simbolizam as três qualidades
morais que caracterizam a conduta do Apr.’.:- Retidão, Decisão e Discernimento. Também
simbolizam que o maçom deve andar sempre retamente, em busca da virtude e da perfeição. Como
CComp.’., devemos sempre nos recordar de que tudo tem lógica e, portanto, a lógica é o caminho
mais seguro que pode existir. Também temos que ter sempre em mente que devemos nos guiar a nós
mesmos, uma vez que procuramos desenvolver o autodomínio. No Grau de Comp.’., a Marcha é a
continuação do caminhar iniciado no grau anterior. É a Marcha do Apr.’. acrescida de mais dois
passos.
Ao passarmos do Nível à Perpendicular, ou dos cuidados do 1o.Vig.’. para os do 2o.Vig.’., ou
seja, da Coluna onde operávamos com Força para a Coluna onde iremos trabalhar com a Beleza, e
sedentos por novos conhecimentos, deixamo-nos dominar pelos nossos devaneios:- Abandonamos a
linha central trilhada enquanto AApr.’., dando o primeiro passo da marcha de Comp.’. em linha
oblíqua para a direita ou para a esquerda, dependendo da Potência. Este passo lateral e oblíquo é
realizado conduzido por nossa faculdade de criar e, assim, arriscamo-nos aos perigos do
desconhecido. Por isso, este passo denomina-se de Imaginação. Saindo da trajetória a que estávamos
obrigados enquanto AApr.’., significa que já podemos e devemos variar nossos caminhos em busca
da Verdade. A Razão, vigia e controla constantemente os devaneios da criação, ou seja, da
Imaginação.
A Razão, que acompanha e reconduz a Imaginação de volta à realidade, sempre que esta se
exceder, é simbolizada pelo pé direito que segue o esquerdo, formando uma esquadria. E é este pé
esquerdo que dará o segundo passo, em ângulo reto, denominado de Afetividade, retornando ao
equador da Loja, demonstrando Obediência e Amor ao Trabalho. Neste passo do pé esquerdo, o
direito o acompanha, simbolizando o regresso da Imaginação ao caminho inicial da Retidão, da
Decisão e do Discernimento, evidenciado nos três passos iniciais. A esquadria formada ao terminar
a marcha leva o nome de Razão, protetora da Inteligência. O primeiro passo oblíquo também poderia
se denominar de Livre Arbítrio significando que não precisamos mais caminhar em linha reta, pois já
adquirimos conhecimento, podendo sair da trajetória. O segundo passo seria o da Consciência, pois
já conseguimos discernimento e, por conseguinte, sabemos voltar ao caminho da retidão quando
nossa Razão assim ordenar. Isto demonstra que, quando nos desviamos da linha reta a que estávamos
obrigados como AApr.’., é porque os nossos MM.’. já nos consideraram aptos a observar, procurar,
experimentar e quantificar os métodos para assimilar e usufruir da filosofia contida e ensinada no
Grau de Comp.’..
Como todo adolescente, sentimo-nos cheios de energia e totalmente independentes, auto-suficientes.
Julgamo-nos possuidores dos conhecimentos, dos segredos e dos mistérios do caminho a ser
percorrido e não levamos em conta as sábias orientações dos mais velhos e mais experientes que
podem nos mostrar os atalhos para evitar passos desnecessários. Assim, através do livre-arbítrio de
que somos dotados, abandonamos, impetuosamente, a linha central por onde até então trilhávamos e
optamos por outros caminhos para chegarmos à Verdade, contrariando aqueles métodos impostos que
nortearam nosso procedimento desde o início de nossa senda. Ao contrariarmos as regras seguidas
até então, nós, os CComp.’., como adolescentes no caminho da Perfeição, não devemos ser
reprimidos em nosso processo criativo nem tampouco doutrinados com teorias que determinem nosso
progresso, mas orientados para tais teorias. É por isso que no Grau de Comp.’. há uma mudança no
posicionamento das Três Luzes Emblemáticas, onde o Compasso, agora, está entrelaçado ao
Esquadro, ou seja, uma perna do Compasso está livre do domínio moral do Esquadro simbolizando
que nós, os CComp.’. já nos encontramos em condições de trilhar pelos caminhos da Verdade, em
busca do saber, livre de preconceitos e de superstições.
Os cinco passos do Comp.’. também nos recordam a Conjugação dos Quinários:- De cinco anos é
a idade do Comp.’.; os golpes de malhetes; as pancadas de bateria; os toques no sinal de
reconhecimento. Cinco são as luzes que iluminam e cinco os pilares que sustentam a Loja de Comp.’..
De cinco viagens se compõe a elevação ao Grau. Quintessência é o quinto elemento. Quinta Ciência
é a classificação da Geometria dentro das Sete Artes ou Ciências Liberais e, posicionada ao Meio
Dia, a Estrela Rutilante com suas cinco pontas a lembrar-nos que a Mente deve ser posta em Ação e
Movimento, portanto, devemos Criar e Trabalhar com Sabedoria e Conhecimento!
Esta Peça de Arquitetura tem como finalidade um breve estudo sobre o tema "O Passo
Lateral da Marcha de Comp.’.Maç.’.".
BIBLIOGRAFIACompanheiro Maçom – Ir.’. Inácio Jorge Paulo Filho – Ed. Country Curso
de Maçonaria Simbólica – Companheiro – Theobaldo Varoli Filho – A Gazeta Maçônica Grau
de Companheiro e Seus mistérios – Jorge Adoum – Ed. Pensamento Caminhos da Perfeição: O
Companheiro – Walter de Oliveira Bariani – Ed. Maçônica A Trolha Cartilha do Companheiro –
José Castellani e Raimundo Rodrigues – Ed. Maçônica A TrolhaUM BEIJO NO SEU
CORAÇÃO
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#118

QUEM É O SUBSTITUTO IMEDIATO DO VENERÁVEL MESTRE?

Recentemente em um bate papo informal com alguns Irmãos surgiu este questionamento: Quem é o
substituto imediato do Venerável Mestre? Prontamente alguns Irmãos responderam: o substituto
imediato do Venerável Mestre é o Irmão 1° Vigilante. Na falta deste o Irmão 2° Vigilante.A maioria
dos Irmãos presentes concordou com a afirmação feita, porém, um Irmão Decano, que atentamente
ouvia as respostas, em determinado momento disse: "O substituto imediato do Venerável Mestre
deve ser um Irmão Mestre Instalado".Bem, a partir da afirmação do Irmão Decano gerou-se uma serie
de duvidas e perguntas: E se o Irmão 1° Vigilante não for Instalado? E se o Irmão 2° Vigilante
também não for Instalado? Quem assume a direção dos trabalhos? A única maneira de encontrarmos
respostas a estas perguntas é a busca através de pesquisas, senão vejamos:

Para se chegar até a cadeira de Venerável Mestre é necessário que o Mestre Maçom passe do
Ocidente para o Oriente. “O caminho que deveis trilhar para atingirdes o domínio de vos mesmo, é
pelo trabalho e pela observação ¹”. Primeiramente precisa subir os quatro degraus que separam o
Ocidente do Oriente sendo eles: Força, Trabalho, Ciência e Virtude. Alcançado estas virtudes o
Irmão que pretende chegar à cadeira do Venerável Mestre, ou o trono do Venerável, ou o trono da
Sabedoria, deverá subir mais três degraus, sendo eles: Pureza, Luz e Verdade. Assim, se procedendo,
o Irmão é conduzido e devidamente Instalado através de Ritual apropriado no trono da Sabedoria, o
lugar que lhe compete em Loja.
Lembrando que Mestre Instalado não é grau, e sim, uma Classe de Maçons. Em seu trabalho
intitulado "Mestre Instalado é Grau?", o Ilustre Irmão Amilcar Silva Júnior nos diz: "...pelo que
entendo, é evidente que Mestre Instalado não é grau. Nem simbólico nem filosófico". É um direito e
um privilegio do Venerável Mestre de instalar seu sucessor. Diz o Irmão Kurt Max Hauser - P.·. G.·.
M.·. da M.·. R.·. G.·. L.·. M.·. E.·. R.·. G.·. S.·., em seu trabalho intitulado "Ritos Maçônicos": "
Nenhuma outra autoridade, incluindo o Grão Mestre, salvo em casos excepcionais, devidamente
justificados, pode praticar tais cerimonias, sem atentar contra este direito e contra a independência e
autoridade da Loja".
É um direito e privilégio do Venerável Mestre de outorgar graus. Somente o Mestre Instalado tem
direito e privilegio de outorgar os graus simbólicos. Na cerimônia de Iniciação após o Neófito Ter
recebido a Luz, o Venerável Mestre que foi instituído na Classe de Mestre Instalado, segurando a
espada recebe e constitui o Neófito a condição de Aprendiz Maçom e membro da Oficina. Assim,
deverá ser usada a mesma formula para a cerimônia de Elevação e Exaltação, conforme determina o
Ritual do grau. Toda sessão Maçônica deverá ser dirigida por um presidente. O Presidente de uma
Loja Maçônica é o Obreiro que pela vontade dos Irmãos foi eleito Presidente da Oficina e
devidamente Instalado através de Ritual apropriado no trono da Sabedoria.

O 1° vice-presidente de uma Loja Maçônica é o Irmão 1° Vigilante sendo o Irmão 2° Vigilante o


2° vice-presidente, ambos eleitos pela vontade dos Irmãos. Verifica-se então que na ausência do
Venerável Mestre o substituto imediato é o Irmão 1° Vigilante (1° vice-presidente). Na ausência do
Venerável Mestre e do 1° Vigilante, o substituto imediato é o Irmão 2° Vigilante (2° vice-
presidente). Este procedimento se dará em qualquer sessão, mesmo que seja a de Iniciação, Elevação
e Exaltação. Os Irmãos 1° Vigilante (1° vice-presidente) e o Irmão 2° Vigilante (2° vice-presidente)
são os substitutos legais do Presidente.
Na sessão de Iniciação os substitutos legais do Venerável Mestre no momento da "sagração" se
não pertencerem a "Classe de Mestre Instalado", "não poderão sagrá-los", ou seja, não poderá
receber o Neófito a condição de Aprendiz Maçom. Deverá o substituto legal solicitar ao “Irmão
Mestre Instalado" presente a sessão que neste momento, segurando a espada receba e constitua o
Neófito a condição de Aprendiz Maçom e membro da Oficina. O mesmo procedimento deverá ser
feito nas sessões de Elevação e ou Exaltação. Poderão os substitutos legais do Venerável Mestre,
achando-se que estão impedidos de dirigirem a sessão magna, por não pertencerem a Classe de
Mestre Instalado, solicitar ao antigo Venerável Mestre que dirija os trabalhos ou ainda solicitar a
algum Irmão Mestre Instalado presente a sessão que dirija os trabalhos. Conclui-se então que na
ausência do Venerável Mestre o substituto imediato e que deve assumir os trabalhos é o 1° Vigilante
(1° vice-presidente), e na ausência de ambos quem deve assumir os trabalhos é o segundo substituto
imediato, o Irmão 2° Vigilante (2° vice-presidente). Porém se os Irmãos substitutos não pertencerem
a Classe de Mestre Instalado não poderão em hipótese alguma receber e constituir Maçons.
BIBLIOGRAFIA
Esta Peça de Arquitetura, foi extraida do Portal Maçônico e pertence ao Irm. Antônio Carlos Rios Da
Academia Maçônica de Letras de MS Cadeira nº 19 Fundador da A R L S Expansão da Luz Nº 35
G O M S- C O M A B
UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO

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do.html
#119

MAÇONARIA E AS COLUNAS ZODIACAIS

Há mais de cinco mil anos, na Mesopotâmia os sumerianos e babilônicos, representaram as


constelações imaginando formas animais. O desenvolvimento da matemática astronômica permitiu
aos sábios da Mesopotâmia através das observações celestes calcularem com precisão seu arco de
30º a partir da elíptica orbital do Sol e assim criou os doze signos zodiacais. O Zodíaco chegou ao
Egito Antigo pela dominação babilônica. Os gregos herdaram o Zodíaco dos Egípcios e deram o
nome para essa zona do espaço de “Zodiako Kyklos”, círculo de animais. Os gregos inventaram um
aparelho mecânico chamado ANTICÍTERA que media com precisão as divisões do calendário em
dia, mês e ano, o mapeamento celeste perfeito do zodíaco, as posições dos corpos celestes, o
movimento do Sol e as órbitas lunares. O Sistema Zodiacal grego aperfeiçoado propagou para a
Índia, Roma e Bizâncio e os árabes no período medieval, salvaram-no do total desaparecimento
permanecendo até os dias atuais.
No nosso templo as Colunas Zodiacais são símbolos que indica o caminho que nós irmãos
devemos percorrer durante o ano para seu desenvolvimento moral, intelectual e ético. Na iniciação
fomos purificados pelos quatros elementos fogo, terra, ar e água. O símbolo do Zodíaco também
influencia na nossa vida de acordo com o mês de nossa iniciação. Na Coluna Zodicial Sul os
iniciados atingiram a perfeição desbasta a pedra bruta, e na coluna Zodicial Norte, completa-se o
polimento da sua Pedra Bruta transformando-a em Pedra Cúbica.

Em nosso templo temos a seguinte disposição Zodiacal:


Venerável Mestre: Sol 1º Vigilante: Netuno 2º Vigilante: Urano 1º Experto: Saturno Orador:
Mercúrio
Secretário: Vênus Tesoureiro: Marte Meste de Cerimônias: Lua
As 12 colunas zodiacais representadas no Templo estão postadas junto às paredes, sendo seis ao
Norte e seis ao Sul. Sobre seu CAPITEL está o PENTÁCLO (Pentáclo é a representação de cada
signo com o planeta e o elemento que o caracteriza). A seqüência das colunas é de Áries a Peixes,
iniciando-se com Áries ao Sul próximo à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Norte.

Coluna nº 1: ARIES - Mês Abril, Masculino, Planeta Marte, Elemento fogo. Corresponde à
cabeça e o cérebro de Benjamim, representa o aprendiz o fogo interno encontrado no Candidato à
procura de Luz. Coluna nº 2: TOURO - Mês Maio, Feminino, Planeta Vênus, Elemento Terra.
Corresponde ao pescoço e à garganta. Representa fecundação, simboliza o candidato admitido nas
provas de iniciação. Coluna nº 3: GÊMIOS - Mês Junho, Masculino, Planeta Mercúrio, Elemento
Ar. Corresponde aos braços e às mãos, dos irmãos Simeão e Levi, a faculdade intelectual, a união e
a razão simbolizam o recebimento da luz pelo candidato. Coluna nº 4: CÂNCER - Mês Julho,
Feminino, Corresponde a Lua, Elemento Água. Representa o nascimento, simboliza a instrução do
iniciado. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios, digestivos é Zabulão, representa o equilíbrio
entre o material e o intelectual.
Coluna nº 5: LEÃO - Mês Agosto, Masculino, Corresponde ao Sol, Elemento Fogo. Corresponde
ao coração, centro vital da vida física é Judá. O Aprendiz busca a luz que vem do Oriente, é o calor
dos Irmãos dentro da Loja.
Coluna nº 6: VIRGEM - Mês Setembro, Feminino, Planeta Mercúrio, Elemento Terra.
Corresponde às funções do organismo. É Ascher, representa para o Aprendiz o aperfeiçoamento, a
dedicação no desbastamento da Pedra Bruta. Coluna nº 7: LIBRA - Mês Outubro, Masculino,
Planeta Vênus, Elemento o ar. Refere ao grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre
as forças construtivas e destrutivas. Assim diz o Senhor: Se puderem ser medidos os céus lá em
cima, e sondados os fundamentos da terra cá em baixo

A partir dessa coluna ESCORPIÃO até a coluna de PEIXES, todas se referem ao grau de
Mestre Maçom.
Coluna nº 8: ESCORPIÃO - Mês Novembro, Feminino, Planeta Marte, Elemento água.
Representa as emoções e sentimentos poderosos, a constante batalha contra as imperfeições. Coluna
nº 9: SAGITÁRIO - Mês Dezembro, Masculino, Planeta Júpiter, Elemento fogo, Representa a mente
aberta e o julgamento crítico. Coluna nº 10: CAPRICORNIO - Mês Janeiro, Feminino, Planeta
Saturno, Elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança. Coluna nº 11: AQUÁRIO -
Mês Fevereiro, Masculino Planeta Saturno, Elemento Ar. Representa o sentimento humanitário e
prestativo. Coluna nº 12: PEIXES - Mês Março, Feminino, Planeta Júpiter, Elemento Água.
Simboliza o desprendimento das coisas materiais.

“Nada é tão oculto que não possa ser conhecido, ou tão secreto que não possa vir à luz. O
que vos digo nas trevas que seja dito na luz. E o que ouvirdes em um sussurro, proclamai do alto
do edifício.”
Yehoshua Ben Joseph, também conhecido como Jesus Cristo
Bibliografia
Esta Peça de Arquiterua, foienviada pelo nosso Venrável Mestre Ailton de Oliveira e pertence ao
nosso valoroso Ir.'. Túlio da Silva Sbampato Ap.’.M.’. da ARL Maçônica Vigilantes do Divino, a
quem agradecemos muito por este brilhante trabalho.

UM BEIJO NO SEU CORAÇÃO


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zodiacais.html
#120

O BODE NA MAÇONARIA Desmistificando o Bode da Entidade Dentro da nossa organização,


muitos desconhecem o nosso apelido de bode. A origem desta denominação data do ano de 1808.
Porém, para saber do seu significado temos necessidade de voltarmos no tempo. Por volta do III ano
d.C. vários Apóstolos saíram para o mundo a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o
lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao
ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o porquê daquele
monologo foi difícil obter resposta. Ninguém dava informação, com isso aumentava ainda mais a
curiosidade dos representantes cristãos, em relação aquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo,
conversando com um Rabino de uma aldeia, foi informado que aquele ritual era usado para expiação
dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar alguém da sua confiança, quando cometia,
mesmo escondido, as suas faltas, ficaria mais aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo
o sentimento ou problema. Mas por que bode? Quis saber Paulo. É por​que o bode é seu confidente.
Como o bode nado fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seus segredos serão mantidos,
respondeu-lhe o Rabino. A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu, no seu ritual, o
confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto a
história não conta se foi o Apóstolo que levou a idéia aos seus superiores da Igreja, o certo é que ela
faz bem à humanidade, aliado ao voto de silêncio, 0 povo passou a contar as suas faltas. Voltemos
em 1808, na França de Bonaparte, que após o golpe dos 18 Brumários, se apresentava como novo
líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a perseguir todas
as instituições que não governo ou a Igreja. Assim a Maçonaria que era um fator pensante, teve seus
direitos suspensos e seus Templos fechados; proibida de se reunir. Porém, irmãos de fibra na
clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país. Neste período, vários Maçons
foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém, ela nunca encontrou um
covarde ou delator entre os Maçons. Chegando a ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase
a seu superior: - “Senhor este pessoal (Maçons) parece BODE, por mais que eu flagele não consigo
arrancar-lhes nenhuma palavra”. Assim, a partir desta frase, todos os Maçons tinham, para os
inquisidores, esta denominação: “BODE” - aquele que não fala, sabe guardar segredo.
BIOGRAFIA: Nosso muito querido e eterno Irmão JOSÉ CASTELLANI
Um beijo em seu coração
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maconaria-desmistificando-o.html

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