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A NOVA COMBINAÇÃO

PARA A SUPLEMENTAÇÃO
DA SAÚDE ÓSSEA
E SEUS EFEITOS
Dr. Charlles Heldan de Moura Castro – CRM-SP 76.801
Professor adjunto da Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal
de São Paulo (EPM-Unifesp)
Sumário
O papel do cálcio na homeostase do tecido ósseo.................................................................. 3
Fisiologia e remodelação óssea............................................................................................... 4
Osteoporose............................................................................................................................ 5
Homeostase do cálcio e o papel da vitamina D....................................................................... 7
Absorção intestinal de cálcio................................................................................................. 10
Ingestão recomendada de Cálcio, Vitamina D, Vitamina K e Magnésio................................. 12
Fontes de cálcio na dieta...................................................................................... 13
Fontes suplementares de cálcio........................................................................... 14
Carbonato de cálcio e Cálcio Citrato Malato................................................ 14
Observações sobre a prescrição de suplemento de cálcio.......................... 15
Eficácia clínica da suplementação de cálcio......................................................... 16
Suplementos de cálcio e de massa óssea................................................... 16
Suplementação combinada de cálcio e vitamina D e risco de fraturas ..................16
Eventos adversos associados à suplementação do cálcio.................................... 18
Litíase renal e efeitos colaterais gastrointestinais....................................... 18
Efeitos adversos cardiovasculares.............................................................. 18
Outros micronutrientes importantes para a saúde óssea............................ 19
Início Magnésio............................................................................................ 19
Vitamina K.......................................................................................... 19
Conclusão............................................................................................................................. 20
Referências
Referências bibliográficas..................................................................................................... 21

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A nova combinação para a suplementação
da saúde óssea e seus efeitos
Dr. Charlles Heldan de Moura Castro – CRM-SP 76.801

Professor adjunto da Disciplina de Reumatologia da Escola Paulista de Medicina da


Universidade Federal de São Paulo (EPM-Unifesp)

O papel do cálcio na homeostase do tecido ósseo

O
esqueleto combina força e leveza de forma a adaptar-se à sua função. Esse objetivo e ainda contribui para o comando neuromuscular e para a regulação intracelular das fibras
é alcançado por meio da estrutura da matriz de colágeno tipo 1 reforçada com a da miosina durante a contração e o relaxamento do músculo esquelético. O cálcio também
aposição de cristais de hidroxiapatita.1 participa da ativação do metabolismo glicolítico e do metabolismo energético mitocondrial,7 e
há evidências de que a vitamina D contribui para a captação do cálcio e para a regulação das
Início A presença de cálcio como um dos principais constituintes do tecido ósseo sugere a células musculares.8
importância de níveis adequados de cálcio e de vitamina D para a homeostase do esqueleto. A
ingestão dietética de cálcio e a síntese endógena de vitamina D podem ser suficientes para a O papel do cálcio, com a suplementação concomitante de vitamina D, tem recebido
maior parte da população. Por outro lado, há evidências de que abordagens de suplementação grande atenção em anos recentes. As evidências acumuladas acerca da eficácia da
Referências
podem beneficiar a massa óssea e reduzir o risco de fraturas,2-6 particularmente em indivíduos suplementação de cálcio apontam para efeitos benéficos dessa estratégia para o
com níveis inadequados de cálcio e de vitamina D. Além do papel bem documentado sobre envelhecimento musculoesquelético saudável, principalmente pela redução do risco de
o tecido ósseo, o cálcio está envolvido na regulação e manutenção do músculo esquelético, fraturas e de quedas.
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Fisiologia e remodelação óssea

O
osso é um tecido altamente dinâmico, submetido para o processo da reabsorção óssea. Perfazendo mais de 70%
a remodelação constante durante toda a vida. do conteúdo celular do osso, os osteócitos são as células mais
A quantidade e a qualidade do tecido ósseo são abundantes da matriz óssea e contribuem para a remodelação
mantidas, essencialmente, por três tipos celulares: osteoblastos, óssea por meio da regulação da atividade coordenada de
osteoclastos e osteócitos. (Figura 1) Os osteoblastos são as osteoblastos e osteoclastos.9
células formadoras responsáveis pela síntese do tecido ósseo
e diferenciam-se a partir de um progenitor mesenquimal na A remodelação óssea é um processo contínuo que envolve
medula óssea. O mesmo progenitor mesenquimal dá origem aos a reabsorção do tecido ósseo e a formação de osso novo. A
mioblastos, condroblastos e adipócitos. Os osteoclastos, células remodelação óssea ocorre, normalmente, como um processo
reabsortivas incumbidas da remoção do tecido ósseo envelhecido fisiologicamente regulado durante o crescimento, desenvolvimento,
ou com danos estruturais, diferenciam-se a partir de células adaptação à carga mecânica e ao exercício físico e durante o
progenitoras hematopoiéticas, mais especificamente a partir envelhecimento. A remodelação óssea efetivamente responde às
do progenitor monocítico-macrofágico. O osteoclasto apresenta exigências funcionais de carga mecânica e às necessidades da
uma borda em escova rica em atividade enzimática fundamental homeostase mineral coordenada por sinais endócrinos.10

Figura 1. Remodelação óssea


Células mesenquimais Células-tronco hematopoiéticas

PPARy-2
Macrófagos
Runx2 monócitos
Adipócitos

Osteoblastos Osteoclastos
Início
Células de
revestimento

Osteócitos

Referências PPARy: receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama; Runx2: fator de transcrição relacionado à Runt-2.

O ciclo de remodelação é iniciado com a fase de reabsorção por osteoclastos ativados


que solubilizam o mineral ósseo e degradam a matriz. Os osteoclastos são originários das
células-tronco hematopoiéticas e sua ligação à superfície óssea forma uma cavidade de
reabsorção. As atividades dos monócitos ou macrófagos removem os detritos. Na fase de
formação óssea, os osteoblastos produzem a matriz osteoide para posterior mineralização. 4
Anúncio Adaptada de: Takayanagi H. Nat Rev Rheumatol. 2012;8(11):684-9. Rosen CJ. Baillieres Best Pract Res Clin
Endocrinol Metab. 2000;14(2):181-93.9,10
Osteoporose
Essas estimativas colocam a osteoporose como
doença de grande apelo para a saúde pública,
especialmente quando se considera o progressivo
envelhecimento da população.

A
osteoporose é caracterizada por redução da resistência do osso secundária
à perda de densidade óssea e a alterações da microarquitetura do tecido
ósseo com aumento subsequente do risco de fraturas.11 Os dados epidemiológicos na população adulta. Nas mulheres brasileiras,
brasileira acerca da osteoporose e idade avançada, menopausa precoce,
da fragilidade óssea são escassos. sedentarismo, pior qualidade de vida,
As fraturas associadas à osteoporose são comuns Dados disponíveis apontam para uma maior consumo de fósforo, diabetes
e a perda de resistência óssea associada à prevalência de fraturas por fragilidade mellitus, quedas, uso crônico de
redução da massa e à performance muscular em torno de 15% em mulheres na pós- benzodiazepínicos e história familiar
(sarcopenia) predispõe a vários desfechos -menopausa e em homens com 50 de fratura de fêmur foram os principais
adversos à saúde.12,13 Cerca de 50% das mulheres anos de idade ou mais.15,16 Em nosso fatores de risco para fragilidade óssea.16
e 20% dos homens com 50 anos de idade país, tem sido estimado que 10 milhões
apresentarão ao menos uma fratura por fragilidade de indivíduos tenham osteoporose com A osteoporose pode ser o resultado
ao longo da vida.12 As fraturas por osteoporose elevada prevalência de fraturas do do consumo inadequado de cálcio
estão associadas a elevados custos econômicos e quadril.16-18 ao longo da vida e, habitualmente,
produzem incremento significativo na mortalidade. apresenta um longo período de
A mortalidade 12 meses após a fratura do quadril O BRAZOS, estudo epidemiológico latência.19 Em outras palavras, uma
Início de base populacional, foi desenhado ingestão inadequada de cálcio no
por osteoporose é de aproximadamente 20%, além
de causar substancial incapacidade, dependência para investigar os principais fatores de início da vida pode ter consequências
e morbidade.12,14 risco clínico associados a fraturas por significativas mais tarde. Em crianças
baixo impacto na população brasileira norte-americanas de 9 a 18 anos de
Referências

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OSTEOPOROSE

idade, a ingestão média de cálcio é de Em adultos com 51 anos de idade ou Tabela 1. Requerimentos dietéticos diários para cálcio de acordo com o grupo etário –
935 mg/dia, significativamente inferior à mais, a ingestão média de cálcio foi de Instituto de Medicina (IOM) – 2011

ingestão recomendada pelo Instituto de 674 mg/dia, significativamente inferior à Idade


1-3 anos
Cálcio (RDA, mg/dia)
700
Medicina (Institute of Medicine – IOM), de recomendação de 1.200 mg/dia. 4-8 anos
9-13 anos
1.000
1.300
14-18 anos 1.300
1.300 mg/dia para essa faixa etária.20,21 19-30 anos 1.000
31-50 anos 1.000
(Tabela 1) Em virtude da dificuldade prática para 51-70 anos, homens 1.000
51-70 anos, mulheres 1.200
corrigir, por meio da dieta, a baixa ingestão 71+
Gestação e lactação
1.200

de cálcio e de vitamina D em nossa 14-18 anos


19-50 anos
1.300
1.000
Bebês
população, a suplementação é, muitas
No Brasil, o estudo 0-6 meses
6-12 meses
200
260
BRAZOS15,16,18 demonstrou vezes, a alternativa mais viável para muitos RDA: Recommended Dietary Allowance.

que homens e mulheres pacientes com doença osteometabólica. Adaptada de: Ross AC, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(1):53-8.21

com 40 anos de idade ou


mais apresentam ingestão
média de 400 mg de cálcio Além de cálcio, baixos níveis de vitamina D no cenário da deficiência de cálcio na
por dia, aproximadamente, dieta resultam em absorção de cálcio prejudicada, hiperparatireoidismo secundário,
número significativamente
perda óssea e osteoporose. O contexto da doença silenciosa fatal frequentemente
inferior ao recomendado
para essa faixa etária negligenciada deve ser considerado quando há questionamento acerca da
(1.000 a 1.200 mg/dia).21 importância da suplementação de cálcio e de vitamina D na prática clínica.
Início

Referências

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Homeostase do cálcio e o papel da
vitamina D

O
cálcio é o mineral mais abundante A manutenção de um nível adequado de a minimizar o risco de parestesias,
no corpo humano. Cerca de 99% cálcio na circulação em resposta a uma espasmos da laringe, parada respiratória
dos estoques totais de cálcio estão oferta variável e baixa de cálcio a partir e arritmia cardíaca grave.22
contidos no esqueleto. O restante está do meio ambiente foi um grande desafio
nas células do tecido conjuntivo (0,9%), na natural, crucial para a evolução dos A vitamina D é um hormônio sintetizado
circulação sanguínea e no líquido extracelular vertebrados terrestres.24 na pele pela ação dos raios ultravioleta
(0,1%), onde exerce efeitos sobre os (UV). A luz UV entre 290 e 315 nm
sistemas cardiovascular e neuromuscular. A secreção do hormônio da paratireoide conjuga duplas pontes de hidrogênio nos
A necessidade de cálcio e de vitamina D para (PTH) e os níveis da vitamina D ativa carbonos C5 e C7 do 7-deidrocolesterol,
a manutenção da saúde esquelética flutua ao [1,25(OH)2D ou calcitriol] trabalham produzindo a pré-vitamina D. Uma vez
longo da vida.22,23 (Tabela 1) de forma orquestrada para manter as produzida, a pré-vitamina D forma
concentrações plasmáticas de cálcio homodímeros em aproximadamente 24
dentro de níveis fisiológicos estreitos. horas, transformando-se em vitamina D
Durante a adolescência, os requisitos de cálcio associada à diminuição dos níveis de Quando o pool de cálcio sofre redução, (colecalciferol).25
são elevados devido às exigências de um estrogênio secundária à falência ovariana. há incremento da secreção de PTH
esqueleto em rápido crescimento. Entre os 20 A demanda por cálcio é maior na pós- com consequente incremento da A vitamina D entra na corrente sanguínea
e 30 anos de idade, menos cálcio é necessário menopausa, uma vez que há diminuição na ativação da vitamina D (calcitriol). A e se desloca até o fígado, onde se liga
para a saúde óssea, uma vez que o turnover absorção intestinal de cálcio e na capacidade ação do PTH sobre os rins e os ossos, à proteína carreadora da vitamina D (D
Início ósseo se estabiliza (isto é, a formação e a de conservação renal (reabsorção tubular aumentando a reabsorção tubular de binding protein – DBP), que transporta
reabsorção ósseas se tornam equilibradas) e o diminuída). A quantidade de cálcio necessária cálcio e a reabsorção óssea, combinada essas moléculas hidrofóbicas a vários
pico de massa óssea foi alcançado.11 também é afetada pela queda na absorção com o incremento da absorção de cálcio órgãos-alvo. Uma fração da vitamina D
intestinal que ocorre com a idade. Aos 65 induzida pela vitamina D, contribuirá também circula ligada à albumina.26
Referências
Os requerimentos de cálcio permanecem anos, a eficiência da absorção de cálcio é para a restauração dos níveis normais
estáveis na mulher adulta até a menopausa, 50% menor que aquela observada durante o do cálcio plasmático. A hipocalcemia A maior parte da vitamina D provém da
quando a taxa de reabsorção óssea acelera, pico de absorção na infância.22,23 precisa ser corrigida a tempo, de forma fotoconversão na pele (70%), enquanto
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HOMEOSTASE DO CÁLCIO E O PAPEL DA VITAMINA D

o restante é adquirido da dieta. Quando sua primeira passagem pelo órgão. O restabelece a homeostase de cálcio. Por ossos, estimula a atividade osteoblástica
ingerida, a vitamina D é absorvida calcidiol apresenta meia-vida de duas outro lado, a 1,25(OH)2D diminui a síntese e osteoclástica, aumentando a síntese
no intestino delgado, incorporada a a três semanas, enquanto a vitamina e secreção do PTH diretamente por de fosfatase alcalina óssea e de
quilomícrons e levada por estes ao fígado. D (colecalciferol) apresenta meia- diminuição da atividade das paratireoides osteocalcina. Sua falta é responsável
A partir de então, segue-se a mesma via vida de um a dois dias. Sendo assim, e indiretamente pelo aumento do cálcio por retardo na mineralização óssea
da forma sintetizada pela pele.25 a 25(OH)D sofre menores flutuações sérico.29-34 (Figura 2) (raquitismo e osteomalacia).35
com as variações da exposição solar
Alimentos que contêm vitamina D que os demais metabólitos e, por isso, No trato gastrointestinal, a 1,25(OH)2D Há receptores da vitamina D (vitamin D
incluem peixes com alto conteúdo de as concentrações séricas da 25(OH)D estimula a absorção de cálcio e, nos receptor – VDR) praticamente em todos os
gordura, gema de ovo e cogumelos que são consideradas o melhor indicador
foram expostos à luz solar ou radiação UV. do status da vitamina D. 28
Figura 2. Fotobiologia da vitamina D30
Em indivíduos saudáveis, a deficiência
de vitamina D mais frequentemente A 25(OH)D é convertida, nos rins, pela Raios ultravioleta
resulta de exposição reduzida ao sol, enzima 1α-hidroxilase (1α-OHase), 7-deidrocolesterol
Colecalciferol ou
*pele
diminuição da ingestão alimentar ou de em calcitriol [1,25(OH)2D], sendo este o vitamina D ou D3
uma capacidade reduzida para sintetizar principal metabólito ativo da vitamina D. Ergocalciferol
vitamina D (indivíduos de pele escura, A 1,25(OH)2D é fortemente influenciada ou vitamina D2
25-hidroxilase
envelhecimento, ou uma combinação por mecanismos de retroalimentação,
desses fatores).27 com níveis séricos bastante variáveis 25(OH) vitamina D
e com meia-vida de aproximadamente 1α-hidroxilase
A vitamina D é armazenada no fígado e seis horas. A produção de 1,25(OH)2D
Início convertida pela enzima 25-hidroxilase é finamente regulada pelo PTH e pelos 1,25(OH)2D3 24,25(OH)2D3
(25-OHase) em calcidiol [25(OH)D], níveis séricos de cálcio e de fósforo. Receptor
seu principal metabólito circulante. Quando há deficiência de vitamina D, o 25(OH) vitamina D: forma mensurada no sangue periférico que reflete o
estoque e a suficiência da vitamina D.
Aproximadamente 75% da vitamina D consequente aumento do PTH estimula a *Vitamina D2: o ergocalciferol é formado após irradiação solar (ultravioleta) do
Referências ergosterol derivado de plantas.
circulante é convertida em calcidiol em produção de 1,25(OH)2D nos rins, o que Adaptada de: Holick MF. N Engl J Med. 2007;357(3):266-81.29

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HOMEOSTASE DO CÁLCIO E O PAPEL DA VITAMINA D

tecidos, como cérebro, ilhotas pancreáticas, O status da vitamina D, mensurado pela considerados normais valores iguais ou
osso, musculatura esquelética, rim, dosagem sérica da 25(OH)D, é avaliado superiores a 30 ng/mL.21,40
intestino, pele, paratireoide, hipófise, sem consenso quanto aos valores de
mama, linfócitos e monócitos.36 Desse referência. Um painel do IOM, nos Segundo o posicionamento da
modo, diversas ações extraesqueléticas Estados Unidos, emitiu recomendações Sociedade Brasileira de Patologia
da vitamina D têm sido postuladas. afirmando que valores séricos de 25(OH) Clínica/Medicina Laboratorial
D acima de 20 ng/mL são adequados e da Sociedade Brasileira de
para a manutenção da saúde óssea para Endocrinologia e Metabologia,
A produção endógena da a maioria dos indivíduos.39 Por outro os valores ideais da 25(OH)D
vitamina D é influenciada por
lado, a Sociedade de Endocrinologia para a população deverão ser
determinantes genéticos, etnia,
latitude, uso de medicamentos, dos Estados Unidos (US Endocrine estratificados de acordo com a
estação do ano, cor da pele e Society) recomenda que valores de idade e as características clínicas
estilo de vida, tais como o uso 25(OH)D abaixo de 20 ng/mL designam individuais. (Tabela 2)
de protetor solar ou roupas deficiência, valores entre 20 e 30 ng/mL
fechadas.37,38
representam insuficiência, enquanto são

Tabela 2. Valores ideais de calcidiol [25(OH)D] para a população

Valores desejáveis Grupo

Acima de 20 ng/mL População saudável (até 60 anos).


Entre 30 e 60 ng/mL Grupos de risco como: idosos (acima de 60 anos); indivíduos com fraturas ou quedas recorrentes;
Início gestantes e lactantes; osteoporose (primária e secundária); doenças osteometabólicas, tais como
raquitismo, osteomalacia, hiperparatireoidismo; doença renal crônica; síndromes de má absorção,
como após cirurgia bariátrica e doença inflamatória intestinal; medicações que possam interferir na
formação e degradação da vitamina D, tais como terapia antirretroviral, glicocorticoides e
anticonvulsivantes; neoplasias malignas; sarcopenia e diabetes.

Referências Acima de 100 ng/mL Risco de toxicidade e hipercalcemia.

Adaptada de: Ferreira CES, et al. J Bras Patol Med Lab. 2017;53(6):377-81.41

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Absorção intestinal de cálcio
Início
fortemente regulada pela vitamina D ativa comparam carbonato de cálcio, Cálcio

V
ários fatores afetam a absorção [1,25(OH)2D] seja mais pronunciada no Citrato Malato e leite desnatado.47
intestinal de cálcio.42 A absorção é intestino proximal.45
Referências maior quando a ingestão de cálcio é Um fator que pode limitar a absorção
baixa e a necessidade é alta. Os níveis da A absorção passiva não saturável é de cálcio é a deficiência de vitamina D,
vitamina D, a presença de ambiente ácido mais prevalente no intestino distal. também muito prevalente em nosso
no estômago e intestino proximal, a idade, Dessa forma, a absorção de cálcio não meio.48 Durante o envelhecimento,
Anúncio os níveis de estrogênio e a ingestão de fibra é um processo rigidamente regulado. ocorrem diminuição da síntese cutânea
dietética desempenham um papel importante A redução da absorção ativa de cálcio de vitamina D, redução da conversão
na absorção de cálcio. A absorção de durante a hipercalcemia aguda é um renal da 25(OH)D em 1,25(OH)2D, o
cálcio diminui com a idade, baixos níveis de processo lento em virtude da meia- metabólito ativo, bem como queda na
vitamina D, hipocloridria, baixos níveis de vida de muitas horas da 1,25(OH)2D, responsividade periférica e intestinal às
estrogênio e dieta rica em fibras. uma vez formada. Em mulheres jovens, ações da vitamina D.49
com 20 anos de idade, uma dose oral de
1.200 mg de cálcio na forma de Cálcio Além do estado de suficiência da vitamina
Citrato Malato resulta em aumento de D, outros fatores dietéticos que limitam a
O cálcio é absorvido de forma ativa e fatores genéticos desempenham um 4% no nível sérico de cálcio em relação absorção intestinal de cálcio incluem o
passiva no intestino delgado. Níveis papel importante na densidade óssea. ao placebo, enquanto o carbonato consumo de ácido oxálico (encontrado
baixos de vitamina D são associados ao Polimorfismos do receptor da vitamina D de cálcio, suplemento de cálcio mais no espinafre, no ruibarbo e em alguns
comprometimento da absorção ativa de (VDR) têm sido associados à variação na utilizado em ensaios clínicos, produz outros vegetais verdes), a ingestão de
cálcio. Em indivíduos com deficiência absorção de cálcio.44 uma mudança no nível sérico de cálcio grandes quantidades de grãos que
de vitamina D, apenas 10% a 15% do similar ao placebo.46 contêm fitatos (por exemplo, proteína
cálcio da dieta é absorvido. A absorção A absorção de cálcio ocorre principalmente isolada de soja) e, possivelmente, a
de cálcio varia de acordo com os níveis no íleo devido ao tempo de trânsito mais Nos idosos, por outro lado, a resposta absorção de taninos (encontrados no
séricos da 25(OH)D.43 Além da dieta, os lento, embora a absorção ativa, saturável, calcêmica parece ser idêntica quando se chá). As evidências indicam que outros

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ABSORÇÃO INTESTINAL DO CÁLCIO

componentes dietéticos, como gordura, que os suplementos de ferro não sejam inibidores da secreção ácida, colestiramina benéficos em vários desfechos não
fósforo, magnésio e cafeína, têm efeitos administrados com o cálcio.50 e tetraciclina contribuem para redução na esqueléticos, notadamente em câncer
Início
insignificantes sobre a absorção intestinal absorção do cálcio no tubo digestivo.51 colorretal, hipertensão arterial, nefrolitíase
de cálcio. Por outro lado, foi demonstrado Uma dieta pobre em cálcio, a presença e obesidade, muito embora a extensão
que o cálcio reduz a taxa de absorção de de acidez gástrica, proteínas e lactose e A importância de uma ingestão adequada desses efeitos e seus mecanismos ainda
Referências
ferro em testes de refeição única, muito a gestação são fatores que otimizam a de cálcio para a saúde esquelética não sejam totalmente elucidados.52,53
embora haja compensação com aumento absorção intestinal de cálcio, enquanto está bem estabelecida. Esse mineral
da absorção do ferro. É aconselhável fitatos, oxalatos, celuloses, álcool, antiácidos, também tem sido associado a efeitos

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11
Início
Ingestão recomendada de Cálcio,
Vitamina D, Vitamina K e Magnésio
Referências
Com base em estudos populacionais, a vitamina D diariamente. Essas recomen-
ingestão diária recomendada para mu- dações são consistentes com as RDAs do

O
requerimento diário de cálcio foi lheres na pós-menopausa é de 1.200 mg IOM para cálcio e para vitamina D.21
Anúncio estabelecido para cada faixa etária de cálcio e 800 UI de vitamina D. Para
pelo IOM, como se vê na tabela 1.21 O mulheres na pré-menopausa ou homens A Sociedade de Endocrinologia dos Esta-
primeiro passo na prevenção ou tratamento com osteoporose, geralmente são suge- dos Unidos sugere que todos os adultos
da osteoporose é garantir uma nutrição
ridos 1.000 mg de cálcio e 600 UI de com deficiência de vitamina D sejam tra-
adequada, particularmente mantendo uma
ingestão suficiente de cálcio e de vitamina D.
Como mencionado anteriormente, a vitamina D
melhora a absorção intestinal de cálcio e de
A National Osteoporosis Foundation recomenda
fosfato. Baixas concentrações de vitamina D
uma dose ligeiramente mais elevada de
estão associadas à diminuição da absorção de
suplementação de vitamina D (pelo menos 1.000 UI
cálcio, balanço de cálcio negativo e aumento
diariamente), bem como suplementos de cálcio, aos
compensatório do PTH, o que resulta em
adultos com mais de 65 anos, para reduzir a risco de
reabsorção óssea excessiva, característica do
fraturas e quedas.54
hiperparatireoidismo secundário.

12
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

Início
tados com 50.000 UI de vitamina D2 ou ataque do colecalciferol pode ser menor, • Fontes de cálcio na dieta
vitamina D3, uma vez por semana, por oito por exemplo, entre 20.000 e 30.000 por
semanas ou o equivalente a 6.000 UI por semana. As doses de manutenção podem A ingestão de cálcio na dieta é estimada com o objetivo de recomendar a adequação desse
dia de vitamina D2 ou vitamina D3 para variar de 800 a 2.000 UI ao dia. Após a mineral em pacientes com ingestão inadequada e evitar a suplementação excessiva em
Referências
atingir um nível sanguíneo de 25(OH)D normalização da 25(OH)D (meta atingida), pacientes com ingestão adequada. Um método aproximado para estimar a ingestão
acima de 30 ng/mL, seguido de terapia de caso o paciente não mude o hábito em dietética de cálcio é multiplicar o número de porções lácteas consumidas por dia por
manutenção de 1.000 a 2.000 UI por dia.41 relação à exposição solar, a dose de 300 mg. Uma porção corresponde a 240 mL de leite ou iogurte ou 30g de queijo duro.
manutenção é mandatória para manter Outros alimentos não lácteos em uma dieta equilibrada (vegetais verde-escuros, algumas
Anúncio De acordo com o posicionamento os níveis adequados de vitamina D.41 nozes, pães e cereais) fornecem uma média 100 a 200 mg de cálcio por dia.20 (Tabela 3)
da Sociedade Brasileira de Patologia
Tabela 3. Cálculo da ingestão dietética de cálcio da porção láctea
Clínica/Medicina Laboratorial e da A ingestão ideal pode ser conseguida pela
Sociedade Brasileira de Endocrinologia dieta e/ou por suplementos dietéticos
Porção láctea x 300 mg =
e Metabologia, o tratamento da em indivíduos que não alcançam a ingestão dietética de cálcio por porção
hipovitaminose D consiste na reposição recomendação apenas com a dieta. O
Porção láctea: 240 mL de leite ou 30g de queijo duro
de colecalciferol, forma de vitamina D cálcio obtido a partir de suplementos
disponível e mais usada no Brasil, a parece ter a mesma absorção que aquele Adaptada de: Fulgoni VL 3rd, et al. J Am Coll Nutr. 2004;23(6):651-9.20

qual é realizada com uma dose mais obtido a partir do leite.47,55


alta, “ataque”, seguida de uma dose de
Uma ingestão adequada de cálcio desempenha papel crucial para
manutenção. O esquema proposto para Resumidamente, a recomendação diária
a saúde óssea na infância, adolescência, vida adulta, gestação,
a maioria dos pacientes é de uma dose para magnésio é de 350 mg para ho- lactação e envelhecimento. A ingestão dietética do mineral deve
inicial de 50.000 UI por semana por seis mens e 265 mg para mulheres e a de ser reforçada com base em lácteos e, quando a ingestão diária
a oito semanas, o qual pode ser repetido vitamina K é de 120 mg para homens e recomendada não puder ser alcançada, suplementos de cálcio
podem ser utilizados. No Brasil, a baixa ingestão de cálcio e de
caso não haja normalização dos níveis da 90 mg para mulheres, de acordo com a
vitamina D é muito prevalente e contribui de forma significativa
25(OH)D. Em situações em que o valor da média de ingestão para cada nutriente para tornar nossa população suscetível à fragilidade esquelética
25(OH)D está próximo da meta, a dose de das IDRs do IOM.15 durante o envelhecimento.16,48

13
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

• Fontes suplementares de cálcio


Figura 3. Alteração na concentração sérica de cálcio no início
e durante 4 a 6 horas após a dose oral de Cálcio Citrato
Malato, carbonato de cálcio ou placebo
Início
Os sais de cálcio mais comumente usados como suplementos na prática clínica são o carbonato de cálcio e o Cálcio 0,8 -
Cálcio Citrato Malato
Citrato Malato. Outras formas de cálcio suplementar incluem fosfato, lactato, gluconato e cloreto de cálcio. Quando o Carbonato de cálcio
0,6 - Placebo
uso de suplementos de cálcio é recomendado, a biodisponibilidade, a presença de acloridria, o uso de bloqueadores

Alteração no cálcio sérico


no início (mg/dL)
Referências
H2 ou inibidores da bomba de prótons, a presença de litíase renal, o número de comprimidos necessários para atingir 0,4 -

a dose desejada, o tamanho do comprimido, o sal de cálcio e os custos devem ser considerados.
0,2 -

0,0 -

Anúncio Carbonato de cálcio e Cálcio Citrato Malato


-0,2 -
0 1 2 3 4 5 6
Estudos sobre a capacidade de absorção do carbonato de Em contraste com esses resultados, o Duração pós-carga, horas

Cálcio Citrato Malato apresentou melhor Barras verticais representam média ± erro-padrão da média. Por ANOVA, p<0,0001 entre
cálcio e do Cálcio Citrato Malato apresentaram resultados Cálcio Citrato Malato e carbonato de cálcio, p<0,004 entre Cálcio Citrato Malato e placebo, e
biodisponibilidade do que o carbonato de p<0,009 entre carbonato de cálcio e placebo.

variados, o que pode refletir diferenças de metodologia. cálcio em 25 mulheres na pós-menopausa,


Adaptada de: Heller HJ, et al. J Clin Pharmacol. 2000;40(11):1237-44.57

A evidência acumulada demonstra que o conteúdo de quando administrado com uma refeição.57
Neste ensaio, o aumento do cálcio no soro e
cálcio presente no carbonato de cálcio é em torno de 40%,
na urina foi maior para o Cálcio Citrato Malato
enquanto o do Cálcio Citrato Malato é ao redor de 21%.22,56 do que para o carbonato de cálcio.
aumento significativamente maior em comparação ao do carbonato
A biodisponibilidade do carbonato de cálcio mostrou-se Na figura 3, as curvas de resposta representando as de cálcio (p<0,0001); ambos os sais de cálcio se mostraram
equivalente à do leite desnatado e do suco de laranja variações na concentração sérica de cálcio a partir do significativamente diferentes do placebo (p<0,01).57
fortificado com citrato-malato de cálcio em idosos.47 início do estudo e durante 4 a 6 horas após a dose oral
Neste estudo, os valores do cálcio sérico, cálcio urinário são mostradas para Cálcio Citrato Malato, carbonato de Similarmente, a redução nos níveis séricos do PTH que
e PTH não foram significativamente diferentes entre as cálcio e placebo antes de subtrair os valores de placebo. ocorrem após a administração do suplemento foi maior para o
diversas fontes testadas. A curva de resposta do Cálcio Citrato Malato mostrou um Cálcio Citrato Malato do que para o carbonato de cálcio.

14
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

Esses achados sugerem que o Cálcio Medicamentos usados ​​para tratar o refluxo gastresofágico (antiácidos, inibidores da
Citrato Malato é mais biodisponível do que bomba de prótons e bloqueadores H2) podem interferir na absorção de cálcio.22 Como
Início
o carbonato de cálcio quando administrado o carbonato de cálcio requer um ambiente ácido no estômago para melhor absorção,
com uma refeição. os indivíduos em uso de tais medicamentos devem preferencialmente usar o Cálcio
Citrato Malato para suplementação, uma vez que ele é absorvido independentemente
Referências da acidez gástrica.
A absorção do carbonato de cálcio é sabidamente
dependente de um ambiente ácido no estômago. Dessa
forma, o carbonato deve ser ministrado preferencialmente A presença de alimentos reduz a absorção do carbonato também devem ser recomendados para indivíduos tratados
Anúncio após refeições leves, e não com os alimentos. de cálcio. Indivíduos com acloridria, doença inflamatória com antiácidos, bloqueadores H2 ou inibidores da bomba
intestinal, litíase renal, doenças ou cirurgias disabsortivas de prótons. O Cálcio Citrato Malato também é a opção
O Cálcio Citrato Malato tem absorção
devem preferencialmente ser suplementados com Cálcio de escolha para pacientes que experimentam sintomas
similar com ou sem alimentos e pode ser
Citrato Malato. Suplementos de Cálcio Citrato Malato adversos gastrointestinais com o uso do carbonato de cálcio.
ministrado com maior flexibilidade de
horários.

Em virtude da absorção prejudicada do


Observações sobre a prescrição de suplemento de cálcio
carbonato de cálcio, o Cálcio Citrato Malato
deve ser o sal de escolha para pacientes
com acloridria, condição clínica comumente
A dose dos suplementos de cálcio pode afetar relacionados ao horário e sincronismo da
observada em idosos.
tanto a absorção do cálcio quanto a redução administração dos suplementos de cálcio
subsequente dos níveis séricos do PTH. É devem ser considerados na prescrição.60
O carbonato de cálcio é mal absorvido em jejum em pacientes extremamente importante enfatizar que a Não há diferença significativa na absorção
com acloridria, ao passo que a absorção de Cálcio Citrato absorção de cálcio é maior quando tomado se o cálcio é tomado durante o dia ou à
Malato é significativamente maior nesse cenário.58 em doses menores de 500 mg.59 Aspectos noite (9 versus 21 horas).

15
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

• Eficácia clínica da suplementação de cálcio


Início

Suplementos de cálcio e de massa óssea


Referências
A correção de uma dieta deficiente em Os autores observaram incrementos de
cálcio ou da má absorção grave de 1% a 2% na DMO em consequência da
cálcio ocasiona uma redução gradual da suplementação de cálcio, sem diferença
Anúncio reabsorção óssea induzida pelo PTH a significativa entre ensaios com o uso isolado
níveis normais, com consequente aumento do cálcio e os ensaios com a combinação de
da densidade mineral óssea (DMO), em cálcio e vitamina D. Intervenções dietéticas
um mecanismo semelhante ao observado alternativas à suplementação do cálcio
com o uso de fármacos antirreabsortivos. também produziram efeitos similares. A
A suplementação de cálcio pode ter efeito suplementação da vitamina D recentemente
sobre a DMO, especialmente em indivíduos avaliada em metanálise também observou
com deficiências da ingestão ou absorção efeito marginal sobre a DMO, com acentuada
de cálcio. Vários estudos, pelo menos em heterogeneidade e potencial viés de publicação
curto prazo, observaram efeitos positivos da favorecendo estudos positivos.65
suplementação de cálcio sobre a DMO.61-64 randomizados controlados, nos quais a eficácia todas as fraturas [razão de risco (RR): 0,92
Suplementação combinada de antifratura da combinação de cálcio com (intervalo de confiança (IC) de 95%: 0,86;
Em recente metanálise, Tai et al. identificaram cálcio e vitamina D e risco de vitamina D foi testada.66 Os estudos incluíram 0,99)] e nas fraturas do quadril [RR: 0,83 (IC
51 estudos investigando o efeito da fraturas majoritariamente pacientes da comunidade, 95%: 0,69; 0,99)]. Esses resultados sugerem
suplementação de cálcio sobre a DMO, sete mas dois ensaios envolveram pacientes idosos a eficácia da intervenção com cálcio e vitamina
dos quais utilizando a combinação de cálcio Uma metanálise de dados individuais incluiu institucionalizados. Para o uso combinado de D em indivíduos da comunidade e naqueles
associado a vitamina D.64 68.500 pacientes de sete ensaios clínicos cálcio e vitamina D, houve uma redução em residentes em lares para idosos.

16
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

Resultados semelhantes foram também 0,96)] com o uso combinado de cálcio e [RR: 0,75 (IC 95%: 0,62, 0,92)], mas não A eficácia dos medicamentos
aprovados para o tratamento da
observados em metanálise conduzida nos vitamina D. em 11 estudos que incluíram residentes da
osteoporose foi demonstrada
Estados Unidos com o objetivo de avaliar comunidade [RR: 1,10 (IC 95%: 0,83, 1,46)].
Início no contexto da suplementação
a eficácia da suplementação combinada Os ensaios incluídos nas várias metanálises Esse comportamento também foi observado adjuvante de cálcio e de
de cálcio com vitamina D.67 A metanálise derivam de participantes oriundos principalmente na metanálise de Tang et al.,71 na qual a vitamina D.25
identificou oito estudos compreendendo da comunidade com uma minoria proveniente suplementação de cálcio e de vitamina D
um total de 30.970 participantes com 195 de instituições ou casas de repouso. Em estudo levou a uma redução significativamente A ingestão dietética é difícil de avaliar
Referências
fraturas de quadril e 2.231 fraturas totais. de Chapuy et al.,69 conduzido entre idosos maior no risco de todas as fraturas [RR: com precisão e, em muitos casos, o meio
Os autores utilizaram um modelo de efeitos franceses institucionalizados, demonstrou-se 0,76 (IC 95%: 0,66, 0,88)] entre pacientes mais simples de garantir a reposição
aleatórios para calcular estimativas de risco a redução mais robusta no risco de fraturas institucionalizados, quando comparado ao adequada de cálcio e de vitamina D ao
Anúncio relativo (RR) para fraturas totais e fraturas já vista com a suplementação de cálcio e de efeito observado entre pacientes residentes prescrever medicamentos antiosteoporose
de quadril e reportaram uma redução de vitamina D em um único estudo. O achado na comunidade [RR: 0,94 (IC 95%: 0,90, é administrar a suplementação adjuvante
15% no risco de fraturas totais [RR: 0,85 (IC de Chapuy et al. contrasta com a ausência de 0,99), p interação=0,003]. desses nutrientes.
95%: 0,73, 0,98)] e uma redução de 30% qualquer redução no risco de fratura com o uso
no risco da fratura de quadril [RR: 0,70 (IC de cálcio, vitamina D ou terapia combinada para A magnitude do efeito dessa estratégia tem
95%: 0,56, 0,87)] com o uso combinado a prevenção secundária de fratura no estudo de sido considerada modesta. A intervenção
de cálcio e vitamina D. Dois dos estudos base comunitária RECORD.70 da suplementação de cálcio com ou sem
incluídos foram baseados em indivíduos vitamina D produz melhores desfechos em
institucionalizados e o restante incluiu Na metanálise de Bolland et al.,68 a redução indivíduos considerados de alto risco para
indivíduos residentes na comunidade. Em no risco de fraturas com a suplementação deficiência de cálcio ou de vitamina D.
múltiplas análises de sensibilidade, incluindo de cálcio e de vitamina D foi semelhante nos Tomadas em conjunto, as
a remoção de estudos individuais, os efeitos 17 ensaios de base comunitária [RR: 0,88 evidências acumuladas dão
da suplementação de cálcio e de vitamina D (IC 95%: 0,99, 0,98)] e nos três ensaios suporte ao uso de cálcio
mantiveram-se significativos. baseados em residentes institucionalizados em combinação com a
suplementação de vitamina D
[RR: 0,85 (IC 95%: 0,74, 0,98)]. No entanto,
para redução do risco de fraturas.
Em metanálise conduzida por Bolland et al.,68 a redução do risco da fratura de quadril com
houve uma redução do risco para todas as a suplementação de cálcio e de vitamina D
fraturas [RR: 0,92 (IC 95%: 0,86, 0,99)] e foi estatisticamente significativa em dois
fraturas do quadril [RR: 0,84 (IC 95%: 0,74, estudos com pacientes institucionalizados
17
INGESTÃO RECOMENDADA DE CÁLCIO, VITAMINA D, VITAMINA K E MAGNÉSIO

• Eventos adversos associados à suplementação do cálcio


Início

Litíase renal e efeitos colaterais gastrointestinais


Referências
Dados do estudo Women’s Health Initiative suplementação de cálcio e de vitamina D foi dos pacientes que receberam suplementos de Efeitos adversos
(WHI) demonstram que a intervenção com de 1,08 (IC 95%: 0,88; 1,32), enquanto no cálcio. Os autores não identificaram qualquer cardiovasculares
cálcio foi associada a um aumento de 17% no subgrupo que utilizou suplementos pessoais efeito da formulação ou dose do suplemento
Anúncio risco de cálculos renais (IC 95%: 1,02, 1,34),72 o risco foi de 1,23 (IC 95%: 1,01, 1,48). de cálcio, mas houve aumento dos eventos Embora estudos prévios, com limitações
enquanto uma recente revisão Cochrane gastrointestinais superiores e inferiores com o metodológicas importantes, tenham
confirmou modesto incremento no risco desse Efeitos colaterais gastrointestinais têm uso do suplemento de cálcio. apontado uma incidência aumentada de
desfecho.73 sido relativamente comuns em ensaios de eventos adversos cardiovasculares na
suplementação de cálcio. Os sintomas incluem Os efeitos adversos gastrointestinais são suplementação de cálcio, publicações
Esse achado de incremento no risco de litíase constipação, cólicas abdominais, plenitude uma consideração importante quando recentes não confirmam esses dados.
pode dever-se ao fato de a ingestão de cálcio gástrica e, mais importante, os sintomas da prescrição de suplementos de cálcio.
de muitos pacientes no estudo WHI estar muito do trato gastrointestinal superior. O risco de Tais efeitos podem ser erroneamente Lewis et al. recentemente realizaram
acima do recomendado quando se considera efeitos colaterais gastrointestinais em sete interpretados como eventos isquêmicos ou uma metanálise combinando dados de
a ingestão dietética, o suplemento utilizado no estudos incluídos na metanálise de Bolland et infarto do miocárdio.77,78 63.563 participantes do sexo feminino.79
estudo e os suplementos pessoais que muitos al., de 2011,75 na qual o infarto do miocárdio O estudo utilizou apenas ensaios nos
pacientes reportaram. Os investigadores do foi autorrelatado, foi recentemente revisado.76 O Cálcio Citrato Malato quais os desfechos cardiovasculares foram
WHI também examinaram o efeito do uso de O risco de efeitos adversos gastrointestinais foi parece estar menos validados. Dado o risco de efeitos adversos
relacionado aos sintomas
outros suplementos pessoais e da adesão à aumentado em 43% nos grupos cálcio e cálcio gastrointestinais com o uso de suplementos
adversos gastrointestinais
medicação utilizada no estudo sobre o risco de com vitamina D [RR: 1,43 (IC 95%: 1,28, 1,59); do que o carbonato de de cálcio e o fato de que estes podem ser
litíase renal.74 p<0,001]. Em termos absolutos, 506 de 5.046 cálcio, sendo o sal de erroneamente classificados como eventos
escolha para suplementar
(10%) dos pacientes que receberam placebo cardiovasculares,76 tal distinção é essencial.
os pacientes que tiveram
No subgrupo que não utilizou suplementos relataram eventos adversos gastrointestinais esses efeitos previamente. No estudo de Lewis, não houve efeito da
pessoais, o risco para cálculos renais com a em comparação com 716 de 5.082 (14,1%) suplementação de cálcio ou de cálcio com
18
vitamina D no risco de infarto do miocárdio o fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), a Os osteoblastos produzem A vitamina K, particularmente a vitamina K2,
osteocalcina, que auxilia na retirada
[RR: 1,08 (IC 95%: 0,93, 1,25)], angina interleucina (IL)-1β e a substância P, todas do cálcio da circulação sanguínea e é pouco consumida, mesmo em uma dieta
pectoris ou síndrome coronariana aguda implicadas no aumento da reabsorção óssea promove sua ligação à matriz óssea. ocidental saudável. A deficiência de vitamina
Início
[RR: 1,09 (IC 95%: 0,95, 1,24)] ou doença osteoclástica. Portanto, a deficiência de Mg2+ K resulta em ativação inadequada da MGP,
coronariana crônica [RR: 0,92 (IC 95%: 0,73, resulta em diminuição da formação e aumento Em parte, a osteocalcina influencia a mine- o que prejudica o processo de remoção de
1,15)]. da reabsorção óssea.80 ralização óssea por meio de sua capacidade cálcio e aumenta o risco de calcificação
Referências
de se ligar ao componente mineral do osso, dos vasos sanguíneos. O maior consumo de
Outros micronutrientes a hidroxiapatita, que, por sua vez, torna o vitamina K2 pode ser um meio de reduzir
importantes para a saúde óssea
esqueleto mais forte e menos suscetível à os riscos para a saúde associados ao maior
• Magnésio • Vitamina K fratura. consumo de cálcio.82
Anúncio A osteocalcina
Aproximadamente 50% a 60% do conteúdo Vitamina K é um nome dado a um grupo de recém-produzida, no entanto, é
total de Mg2+ no organismo é armazenado nos vitaminas lipossolúveis. A vitamina K1 tem inativa e necessita da vitamina K2
para se tornar totalmente ativada e
ossos. Concentrações séricas de Mg2+ estão participação na coagulação sanguínea e a se ligar ao cálcio.
intimamente relacionadas ao metabolismo K2, no transporte do cálcio e no metabo-
ósseo; na superfície óssea, o Mg2+ é lismo ósseo.81 Estudos recentes demons- Esse requisito, por si só, torna a vitamina K2
continuamente trocado pelo Mg2+ sanguíneo. traram que pacientes com osteoporose essencial para a manutenção da saúde
No osso, os íons Mg2+ se ligam à superfície dos apresentam aumento dos níveis de marca- óssea.82
cristais de hidroxiapatita. dores bioquímicos de deficiência de vitami-
O Mg2+ aumenta a solubilidade do na K. Esses marcadores estão associados A vitamina K2 também está associada
Pi (fósforo inorgânico) e o Ca2+ da a maior risco de fraturas. Parece também à inibição da calcificação arterial e ao
hidroxiapatita e, portanto, atua no que doses moderadas de suplementação enrijecimento arterial.82
tamanho e na formação do cristal.
O Mg2+ induz a proliferação de de vitamina K estão associadas a um me-
osteoblastos. lhor estado ósseo.15

Ainda, a deficiência de Mg2+ aumenta a A explicação está na participação da vitamina


secreção de citocinas pró-inflamatórias, como K2 na manutenção da estrutura óssea.

19
Conclusão

A
evidência disponível sugere que o cálcio fornecido com a suplementação de vitamina D produz redução no risco de fraturas e que as evidências
são mais robustas para aqueles indivíduos com alto risco de deficiência desses nutrientes. A suplementação de cálcio e de vitamina D também é
recomendada para aqueles indivíduos em tratamento para osteoporose.83

O uso de suplementos contendo cálcio pode ocasionar leve aumento no risco de cálculos renais e eventos adversos gastrointestinais. Por outro lado,
as evidências de eventos cardiovasculares que ocorrem como consequência da suplementação de cálcio e de vitamina D não são convincentes.83

Em virtude da ausência de evidência sólida e definitiva, desde 2010 a Sociedade Americana para Pesquisa em Metabolismo Osteomineral (American
Society for Bone and Mineral Research – ASBMR) tem afirmado que o peso da evidência é insuficiente para concluir que os suplementos de cálcio
causam eventos cardiovasculares adversos.83

Uma ingestão ótima de cálcio associada à suficiência da vitamina D desempenha papel crucial para a saúde óssea em todas as fases da vida. A
ingestão dietética de cálcio deve ser reforçada com base em lácteos e, quando o requerimento dietético diário não puder ser alcançado, suplementos
de cálcio podem ser utilizados.

Em pacientes com acloridria, hipocloridria, doença inflamatória intestinal, doenças ou cirurgias disabsortivas e naqueles com histórico de litíase renal,
Início a suplementação com Cálcio Citrato Malato está indicada. Suplementos de Cálcio Citrato Malato também devem ser recomendados para indivíduos
tratados com antiácidos, bloqueadores H2 ou inibidores da bomba de prótons. O Cálcio Citrato Malato também é a opção de escolha para pacientes
que experimentam sintomas adversos gastrointestinais com o uso do carbonato de cálcio.

Referências

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Referências: 1. Opadry II, Opadry, Opaglos 2 - Modern tablet film coatings and influence on ease of swallowing. Application Data. Colorcon, BPSI Holdings LLC, 2011. Disponível em:<
https://www.colorcon.com/products-formulation/all-products/download/36/78/34?method=view>. Acesso em: abril, 2019. 2. Koo OM, et al. Investigation into stability of poly(vinyl alcohol)-based
Opadry® II films. AAPS PharmSciTech. 2011;12(2):746-54. 3. Fox MM, Heckert DC, Luhrsen KR. Calcium Citrate Malate Composition. US patent 5,186,965. 1993 Feb. 16. 6p. Disponível em:
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and double stable calcium isotope techniques. Clin Chim Acta. 1989;183(2):107-13. 5. Quality for life. Disponível em: <https://www.qualityforlife.com/en_US.html>. Acesso em: 5 ago. 2019.

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Referências bibliográficas: 1. Holick MF, et al. Evaluation, Treatment, and Prevention of Vitamin D Deficiency: an Endocrine Society Clinical Practice Guideline. J Clin Endocrinol Metab 2011;96(7):1911–30. 2. Overview of calcium. Institute of Medicine (US) Committee to Review Dietary Reference Intakes for Vitamin D and Calcium; Ross AC, Taylor CL, Yaktine AL, et al., editors. Washington (DC): National Academies Press (US); 2011. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK56060/>.
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2 - Modern tablet film coatings and influence on ease of swallowing. Application Data. Colorcon, BPSI Holdings LLC, 2011. Disponível em:< https://www.colorcon.com/products-formulation/all-products/download/36/78/34?method=view>. Acesso em: abril, 2019. 7. Koo OM, et al. Investigation into stability of poly(vinyl alcohol)-based Opadry® II films. AAPS PharmSciTech. 2011;12(2):746-54. 8. Quality for life. Disponível em: <https://www.qualityforlife.com/en_US.html>. Acesso em: 5 ago. 2019. 9.
Fox MM, Heckert DC, Luhrsen KR. Calcium Citrate Malate Composition. US patent 5,186,965. 1993 Feb. 16. 6p. Disponível em: <https://patentimages.storage.googleapis.com/41/ea/21/45ed71e64c40c1/US5186965.pdf>. Acesso em: 5 ago. 2019. 10. Miller JZ, et al. Calcium absorption in children estimated from single and double stable calcium isotope techniques. Clin Chim Acta. 1989;183(2):107-13.
Figura 1. Remodelação óssea
Células mesenquimais Células-tronco hematopoiéticas

PPARy-2
Macrófagos
Runx2 monócitos
Adipócitos

Osteoblastos Osteoclastos
Células de
revestimento

Osteócitos

PPARy: receptor ativado por proliferadores de peroxissoma gama; Runx2: fator de transcrição relacionado à Runt-2.

O ciclo de remodelação é iniciado com a fase de reabsorção por osteoclastos ativados


que solubilizam o mineral ósseo e degradam a matriz. Os osteoclastos são originários das
células-tronco hematopoiéticas e sua ligação à superfície óssea forma uma cavidade de
reabsorção. As atividades dos monócitos ou macrófagos removem os detritos. Na fase de
formação óssea, os osteoblastos produzem a matriz osteoide para posterior mineralização.
Adaptada de: Takayanagi H. Nat Rev Rheumatol. 2012;8(11):684-9. Rosen CJ. Baillieres Best Pract Res Clin
Endocrinol Metab. 2000;14(2):181-93.9,10

X
Tabela 1. Requerimentos dietéticos diários para cálcio de acordo com o grupo etário –
Instituto de Medicina (IOM) – 2011

Idade Cálcio (RDA, mg/dia)


1-3 anos 700
4-8 anos 1.000
9-13 anos 1.300
14-18 anos 1.300
19-30 anos 1.000
31-50 anos 1.000
51-70 anos, homens 1.000
51-70 anos, mulheres 1.200
71+ 1.200
Gestação e lactação
14-18 anos 1.300
19-50 anos 1.000
Bebês
0-6 meses 200
6-12 meses 260
RDA: Recommended Dietary Allowance.
Adaptada de: Ross AC, et al. J Clin Endocrinol Metab. 2011;96(1):53-8.21

X
Figura 2. Fotobiologia da vitamina D30

Raios ultravioleta
7-deidrocolesterol
*pele Colecalciferol ou
vitamina D ou D3

Ergocalciferol
ou vitamina D2
25-hidroxilase

25(OH) vitamina D

1α-hidroxilase

1,25(OH)2D3 24,25(OH)2D3
Receptor
25(OH) vitamina D: forma mensurada no sangue periférico que reflete o
estoque e a suficiência da vitamina D.
*Vitamina D2: o ergocalciferol é formado após irradiação solar (ultravioleta) do
ergosterol derivado de plantas.
Adaptada de: Holick MF. N Engl J Med. 2007;357(3):266-81.29

X
Tabela 2. Valores ideais de calcidiol [25(OH)D] para a população

Valores desejáveis Grupo

Acima de 20 ng/mL População saudável (até 60 anos).


Entre 30 e 60 ng/mL Grupos de risco como: idosos (acima de 60 anos); indivíduos com fraturas ou quedas recorrentes;
gestantes e lactantes; osteoporose (primária e secundária); doenças osteometabólicas, tais como
raquitismo, osteomalacia, hiperparatireoidismo; doença renal crônica; síndromes de má absorção,
como após cirurgia bariátrica e doença inflamatória intestinal; medicações que possam interferir na
formação e degradação da vitamina D, tais como terapia antirretroviral, glicocorticoides e
anticonvulsivantes; neoplasias malignas; sarcopenia e diabetes.

Acima de 100 ng/mL Risco de toxicidade e hipercalcemia.

Adaptada de: Ferreira CES, et al. J Bras Patol Med Lab. 2017;53(6):377-81.41

X
Tabela 3. Cálculo da ingestão dietética de cálcio da porção láctea

Porção láctea x 300 mg =


ingestão dietética de cálcio por porção

Porção láctea: 240 mL de leite ou 30g de queijo duro

Adaptada de: Fulgoni VL 3rd, et al. J Am Coll Nutr. 2004;23(6):651-9.20

X
Figura 3. Alteração na concentração sérica de cálcio no início
e durante 4 a 6 horas após a dose oral de Cálcio Citrato
Malato, carbonato de cálcio ou placebo

0,8 -
Cálcio Citrato Malato
Carbonato de cálcio
0,6 - Placebo

Alteração no cálcio sérico


no início (mg/dL)
0,4 -

0,2 -

0,0 -

-0,2 -
0 1 2 3 4 5 6
Duração pós-carga, horas
Barras verticais representam média ± erro-padrão da média. Por ANOVA, p<0,0001 entre
Cálcio Citrato Malato e carbonato de cálcio, p<0,004 entre Cálcio Citrato Malato e placebo, e
p<0,009 entre carbonato de cálcio e placebo.
Adaptada de: Heller HJ, et al. J Clin Pharmacol. 2000;40(11):1237-44.57

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