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(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que ele seja parte dos mitos, pelo menos em território brasileiro.)
Besta-Fera
Besta-fera é um demônio que surge depois que anoitece (alguns dizem que
apenas durante a lua cheia) e galopa por vilas rurais até encontrar um
cemitério, onde simplesmente desaparece. Durante esse percurso, é comum
ser seguido por cães de rua que latem bastante. Esse barulho, entretanto, não
se sobrepõe aos grunhidos altos e assustadores da criatura.
Dizem que ele vem para coletar almas penadas e levá-las para o inferno, então
a princípio não causaria mal aos vivos. Porém, caso alguém cruze com ele e
olhe para seu rosto, a pessoa acaba ficando confusa ou até louca por alguns
dias.
Boitatá
Essa serpente de olhos flamejantes protege as florestas de caçadores que
tentam incendiá-la, devorando seus olhos. O fogo que ela mesma produz
possui propriedades mágicas e não é um perigo às matas.
O Boto cor de rosa das lendas é uma criatura metamórfica, que pode tomar a
forma de um homem bonito para seduzir suas "vítimas". A única falha em sua
transformação é seu orifício respiratório, que se mantém no alto da cabeça e o
leva a usar seu icônico chapéu.
Alguns o chamam de Uauiará, e dizem que ele também é o protetor dos peixes
do rio e que ajuda pessoas que estão se afogando, levando elas até a margem.
O mito do Boto era tão forte em algumas comunidades ribeirinhas, que muitos
dos botos reais eram caçados, seja por "vingança" de maridos traídos, quanto
por acharem que conseguiriam roubar suas habilidades sedutoras. Uma dica:
Não dá muito certo.
Capelobo
Dizem que essa criatura é o "lobisomem brasileiro", mas diferente do homem
lobo, não existe nenhuma maldição ou humano por trás.
O capelobo muito provavelmente tem sua origem nas preguiças gigantes pré-
históricas, e depois comparados com tamanduás por conta das garras. Mas não
se preocupem, tamanduás comem formigas e cupins, e não irão atrás de seus
cérebros (a não ser talvez que você seja uma formiga)
Cobra Grande
Essa criatura primordial da Amazônia criou o Rio Amazonas e deu a noite aos
seres vivos para que pudessem descansar.
Outra lenda mais ao sul diz que as cataratas do iguaçu também foram criadas
por uma grande serpente ancestral, chamada M'boi, provavelmente a mesma
cobra gigante, e apenas mais uma amostra de seu poder.
Corpo-secos e Bradadores são dois lados de uma única moeda. Pessoas cuja
vida foi cercada de pecados terríveis e crueldades podem receber essa
penitência. Rejeitados tanto pelo céu quanto inferno, seus corpos não podem
ser enterrados e suas almas não são julgadas. Então, corpo e alma se separam
na madrugada.
A Cuca é uma das criaturas mais famosas do nosso folclore. Descrita como
uma bruxa velha e feia, com características de réptil e unhas afiadas de ave,
ela tem um gosto por crianças desobedientes. O que ela faz com suas vítimas
ninguém sabe, uma vez que ela apenas o captura e desaparece, sem deixar
vestígios. A maioria das pessoas concorda que ela provavelmente devora as
crianças.
Curupira
Acima de outras entidades que protegem áreas ou animais específicos, como
Anhangá e Boitatá, o Curupira é o guardião de toda fauna e flora do país,
sendo quase como um "chefe" dessas criaturas. É descrito como um jovem ou
criança de cabelos vermelhos feito fogo e os pés virados ao contrário, sua
"marca registrada".
Sejam para travessuras ou para punir caçadores, o Curupira usa uma série de
artimanhas como assobios, trilhas falsas e suas clássicas pegadas invertidas
para confundir as pessoas e fazê-los se perderem na mata.
Gorjala
Gorjala é um gigante que vive nos sertões, em áreas rochosas por onde gosta
de passear. É descrito como um gigante negro com uma boca escancarada, que
captura pessoas que se perdem em trilhas e as devora lentamente. Ele as
coloca debaixo do braço e as leva consigo, devorando um pedaço por vez.
Alguns pesquisadores dizem que ele "veste" uma armadura feita com cascos
de tartaruga.
Iara
Dizem que Iara certa vez foi humana, uma índia muito habilidosa que vivia
em uma tribo próxima ao Rio Amazonas. Essas habilidades eram motivo de
inveja de seus irmãos mais velhos, que certa vez tentaram matá-la. Iara não só
conseguiu se defender como matou os dois irmãos na briga, sendo
injustamente acusada por seu pai, que a jogou no rio. Jaci, a Lua, apiedou-se
dela e a transformou em uma mulher metade peixe, que passaria a viver nas
águas.
Essa sereia desde então vive nas águas, encantando homens com sua voz e os
atraindo para o rio, onde os mata afogados.
Ipupiara
Essa criatura precede a Iara nas lendas, aterrorizando os indígenas que
precisassem navegar pelos rios. Foi descrito por historiadores como um
"homem marinho, com presas e um bigode comprido".
Dizem que se você conseguir pegar seu cajado, ele se joga no chão e grita,
feito criança, e fará e encontrará o que você quiser em troca de ter seu objeto
de volta. Alguns dizem que a fonte de seus poderes vem de seu colar.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que a versão dele como filho de Tau seja parte dos mitos, pelo
menos em território brasileiro.)
Kurupi
O quinto filho de Tau é completamente diferente de seu irmão anterior, sendo
um anão feioso e cabeludo. Kurupi é o senhor da fertilidade, cargo
visualmente representado por seu longo (bem longo) órgão genital, que
costuma ficar enrolado em sua cintura.
Assim como o Boto no norte do país, Kurupi também é dito responsável por
mulheres misteriosamente grávidas mas, ao contrário do homem encantado do
Amazonas, não conta com o consentimento das moças, usando o tamanho de
seu membro para invadir casas e fecundá-las enquanto dormem ou
simplesmente as atacando em florestas.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, ele é muito mais comum no Paraguai,
enquanto no Brasil costuma ser uma variante do Curupira, sem qualquer
relação com os sete monstros Lendários e Tau.)
Labatut
Labatut é um monstro conhecido nas regiões do Rio Grande do Norte e Ceará.
Tem presas como as de elefante e um pelo grosso e espinhoso como um porco
espinho. Dizem ser mais feroz e perigoso que o lobisomem, com quem
compartilha alguns hábitos.
Sai durante a noite, principalmente nas de lua cheia, para tentar suprir sua
fome insaciável. Apesar de qualquer pessoa poder acabar como seu jantar,
Labatut costuma preferir a carne de crianças, por ser mais macia que a de
adultos. Por isso, essa criatura também é vista como um "bicho-papão" feito a
Cuca.
Nota: Labatut na verdade existiu, apesar de não ser nenhum monstro. Pedro
(Pierre) Labatut foi um francês que serviu no Brasil como general no período
entre 1822 e 1842. Lutou contra guerrilheiros no Ceará nesse periodo e ficou
conhecido por sua perversidade e brutalidade nas batalhas. Seu
comportamento levou as pessoas a incorporarem ele no folclore nacional,
dando a ele uma aparência monstruosa para combinar.
Lobisomem
A maldição do lobisomem no Brasil recaía sobre aquele que nascesce como
sétimo filho homem, sempre lembrando em aparência ao sétimo filho
amaldiçoado de Tau, o espírito do mal.
Nas noites de quinta para sexta, fora de si, o lobisomem vai até uma
encruzilhada, onde abandona suas roupas e se transforma em animal. É
interessante notar que o lobisomem brasileiro tem uma característica
interessante: A de pegar emprestado características de animais que passaram
por aquela encruzilhada. Por isso, muitas pessoas dizem ter visto um
lobisomem em forma de porco, macaco, touro, ou até mesmo uma quimera
negra com características de várias criaturas misturadas.
Depois de transformado, sai em busca de vítimas para sugar seu sangue, como
um vampiro, tentando assim repor o que perde com suas doenças.
Dizem que para livrar alguém da maldição do lobisomem, basta fazer com que
ele sangre, por menor que seja o machucado. Entretanto, em circunstâncias
normais ele é completamente invulnerável, precisando de armas abençoadas
por rituais específicos para afetá-lo.
Este loisomem aqui provavelmente passou pela mesma encruzilhada que um
lobo-guará, pegando sua forma emprestado. O guará real, entretanto, não tem
a menor necessidade de sugar sangue, se alimentando de frutas e pequenos
animais.
Luisón
Luisón é o sétimo e último filho de Tau, e de certa forma o ancestral de todos
os sétimos filhos amaldiçoados como Lobisomens.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que ele seja parte dos mitos originais, pelo menos em território
brasileiro.)
Mapinguari
Se você acha que monstros só são um perigo durante a noite, melhor pensar de
novo. Assim como humanos e outros animais diurnos, o Mapinguari dorme
durante a noite, aterrorizando as florestas durante o dia.
É como um grande primata, com pêlos negros (às vezes descritos como
vermelhos) que cobrem todo o seu corpo e são tão espessos que o tornam à
prova de balas. Sua característica mais marcante, porém, é sua boca: Uma
grande abertura que segue de seu nariz até a barriga, uma das últimas coisas
que alguém verá se capturado por ele, sendo decapitado em seguida.
Matinta Pereira
Matinta Pereira, também chamada de Rasga-Mortalha, é uma bruxa que
atormenta as pessoas durante à noite, gritando no telhado de suas casas.
Assim que escurece, Matinta toma a forma de uma ave e parte para vilas e
aldeias, escolhendo uma casa para pousar e ficar gritando. Faz isso até que os
moradores aceitem fazer um trato: Ela desaparece e, em troca, ganha tabaco
ou fumo, os quais ela vem buscar no dia seguinte, na forma de uma
senhorinha.
Dizem que sua forma pássaro é um indicador de que uma desgraça está para
acontecer, na verdade, é apenas um método sujo de conseguir o que quer, e
caso a neguem, aí sim ela traz a desgraça em muitas formas.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que seja parte dos mitos, pelo menos em território brasileiro)
Moñai
O terceiro filho de Tau é o protetor dos campos abertos e senhor do vento.
Moñai é uma grande serpente com chifres de cor chamativa que o permite
hipnotizar seus alvos. No geral usa essa habilidade para encantar aves, seu
alimento, mas provavelmente também o usa em pessoas, já que sua
personalidade é igualmente manipuladora.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que seja parte dos mitos, pelo menos em território brasileiro.)
Mula sem cabeça
A mula sem cabeça é uma criatura famosa no país inteiro. Trata-se, na
verdade, de uma mulher, amaldiçoada por ter relações com um padre. Se
transforma em uma mula de pelagem escura, com a cabeça envolta em
chamas, o que faz com que alguns digam que ela simplesmente não tem
cabeça.
Ela tem uma sina similar ao lobisomem, aliás, é tão destrutiva quanto. Em
noites de quinta para sexta, se transforma na criatura e sai cavalgando
velozmente por vilas, sete, para ser exato. Mas assim como o homem lobo, o
problema é que, além do percurso, ela causa danos por onde passa: Atropela
pessoas e as rasga com cascos afiados, ou simplesmente as queima com o fogo
que solta.
Charia, a Onça Celeste, é uma entidade que se iguala aos deuses principais e
está determinada à matá-los. Ela está praticamente todas as noites ao encalço
da Lua, tentando abocanhá-la. As fases da lua nada mais são do que Charía
conseguindo arrancar um pedaço de seu alvo, que precisa então desaparecer
do céu por um tempo para que seu irmão, o Sol, a ajude a se recuperar.
Algumas vezes os ataques são mais claros, já que a lua via vermelha pelo
sangue perdido. Nesses momentos, a Onça Celeste está bem mais perto de
alcançar seu objetivo. Para tentar evitar a escuridão total durante a noite, as
pessoas tentam gritar e fazer todo o barulho que podem, para assustar e
atrapalhar a Onça.
A Onça é uma figura muito comum em mitos antigos, do Brasil até a américa
central. Nem sempre são representadas como um ser maligno, tendo histórias
onde ajudam pessoas ou até mesmo são deuses. Então não se deixe levar pela
descrição de Charia, onças tem mais com o que se preocupar.
Papa-figo
Papa-figo é o velho-do-saco, ou homem-do-saco, um velho mal vestido que
anda com um saco para poder colocar suas vítimas e levá-las para longe.
O que dizem é que o Papa-figo sofre de uma doença incurável, parecida com a
hanseniase (lepra) em sua versão mais fantástica, que diz que torna seu sangue
impuro e danifica permanentemente seu fígado.
Em busca de uma cura, ele costuma atrair crianças, seu único alvo, com
palavras bonitas e promessas de presentes e outras fontes de diversão. Ele
então a sequestra para que possa comer seu fígado e tomar seu sangue, já que
busca uma cura nos órgãos jovens e saudáveis das vítimas.
Veio para o Brasil com os escravos negros, vindos do Congo e Angola, e aqui
se estabeleceu na Bahia e manteve ali seu território. Alguns gostam de usá-lo
como homem do saco ou Cuca, dizendo que ele gosta de comer crianças
desobedientes, mas ele não tem necessariamente essa preferência, devora
qualquer um que se apresentar a ele, pegando a vítima com a mão e a jogando
para trás, onde a abocanha com a boca das costas.
Sua descrição física varia entre sete cabeças caninas e apenas uma, mas é
consenso que ele é muito pesado e isso atrapalha sua locomoção. Seja por isso
ou não, ele é o mais dócil e pacífico de todos os sete filhos, apesar de ser
literalmente "filho do mal". Geralmente está relaxando em cavernas ou
próximo a elas, comendo suas frutas ou mel, seu alimento favorito.
(NOTA: Apesar de ser dito guarani, praticamente não existem fontes que
comprovem que seja parte dos mitos, pelo menos em território brasileiro.)
Saci Pererê
O Saci Pererê é provavelmente o maior ícone folclórico brasileiro, famoso por
andar por aí criando redemuinhos e atazanando a vida de todas as pessoas e
animais.
Dizem que nasce de brotos de bambu, um jovem rapaz negro, de uma perna
só, que está sempre fumando um cachimbo e usando um gorro vermelho que
lhe concede habilidades mágicas, como a criação de redemuinhos e poderes de
teleporte ou invisibilidade.