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Qual a utilidade de existirem claves diferentes ? O objectivo é que a maior parte das
notas sejam inscritas em linhas de pauta e não em linhas suplementares, já que seria,
neste caso, mais difíceis de ler. Assim, a clave de Sol usa-se para notas correspondentes a
sons de médios a agudos, a clave de Dó para os médios e a de Fá para sons graves a
médios.
fig. 3
A+ - Como ler uma partitura musical 3/19
fig. 6 – Dó central
Português Lá Si Dó Ré Mi Fá Sol
Inglês A B C D E F G
tabela 1
Existem apenas sete notas naturais (mais à frente serão apresentadas outras) - Dó,
Ré, Mi, Fá, Sol, Lá, Si – que serão repetidas, tal como se tivessemos uma linha fechada
(… Lá, Si, Dó, Ré, …, Si, Dó, …). À gama de notas compreendidas entre o Dó e o Si dá-
se o nome de oitava. Logo, a linha fechada é constituída por sequências adjacentes de
oitavas.
Como distinguir, por exemplo, dois Dós que se encontram em oitavas diferentes e,
por isso, têm localizações diferentes na pauta tal como se pode ver na fig. 7 ?
fig. 7
A+ - Como ler uma partitura musical 5/19
Através do número da oitava! Tal como já foi dito, cada grupo de sete notas
consecutivas constitui uma oitava e cada uma terá um número associado. É o número da
oitava que distingue duas notas com o mesmo nome mas localizações diferentes nas
linhas/espaços da pauta.
O número das oitavas muda nos Dós correspondendo o número 3 ao Dó central (o
da linha suplementar imediatamente abaixo da 1ª linha de pauta da clave de Sol). A
contagem é crescente no sentido ascendente tal como a figura seguinte mostra.
fig. 8
tabela 2
As figuras rítmicas vistas até este momento indicam a presença de som. Podem, no
entanto, existir alturas em que se deseja ter silêncio numa música. A indicação de silêncio
é representada pelas pausas cuja duração é equivalente à da figura rítmica com o mesmo
nome.
A+ - Como ler uma partitura musical 8/19
fig. 14 - pausas
Como foi dito as figuras rítmicas indicam a duração relativa dos sons ou silêncios e
não a duração efectiva. O valor real das figuras rítmicas é indicado pelo tempo. É
frequente o tempo ser especificado por algo semelhante a - q = 72 - significando que
num minuto conseguem-se “tocar” 72 semínimas. Outra forma de indicar o tempo é
através de uma palavra (por exemplo: allegro, andante) que tem inerente uma gama de
valores do número de vezes da unidade de tempo até perfazer 1 minuto.
fig. 15
2 8
4 16
fig. 17
A+ - Como ler uma partitura musical 11/19
Existem alguns ritmos que não se conseguem escrever com as figuras até agora
apresentadas. Assim surgem as quiálteras que são figuras irregulares, uma vez que não
têm duração de fracção inteira das já apresentadas.
As quiálteras mais utilizadas são a tercina (triplet) e a duína (duplet). A duína está
para os compassos compostos assim como a tercina para os simples.
A indicação da presença duma tercina é efectuada pela inclusão do número 3 por
cima ou por baixo das figuras rítmicas e optionalmente um arco ou parêntises recto. Na
duína é exactamente igual mas em vez de um 3 aparece um 2.
fig. 18 - quiálteras
3. Alterações e tonalidade
fig. 20
A distância entre duas teclas brancas adjacentes, existindo uma preta entre elas, é
de 1 tom (tone), se não existir a tecla preta no meio então distam de ½ tom (semitone); a
distância entre uma tecla preta a uma branca adjacente é de ½ tom.
A utilização da palavra subir e descer refere-se à escrita na partitura. As notas mais
agudas são escritas mais acima do que as graves, logo subir significa que se vai obter
uma nota mais aguda. Nas teclas do piano, subir significa andar para a direita e, descer
(nota mais grave) para a esquerda.
Na fig. 20 consegue-se reparar que Dó sustenido (sharp) é igual a Ré bemol (flat),
Ré sustenido a Mi bemol, …
Agora que já sabemos o que são sustenidos e bemóis e qual o seu significado,
podemos falar um pouco sobre tonalidade (key signature). Uma das informações que dá
a tonalidade é quais os bemóis ou sustenidos que vão estar por defeito em toda a música,
A+ - Como ler uma partitura musical 13/19
isto é, as alterações fixas. Estas alterações são indicadas no início da música através da
denominada armação de clave que é constituída pela clave, alterações e compasso (nesta
mesma ordem). A vantagem da utilização de alterações fixas é a de permitir a não
obrigatoriedade de inserir um sustenido ou bemol em algumas notas em toda a música.
Exemplo de algumas armações de clave com alterações fixas:
Por vezes numa partitura existe mudança de compasso, clave e/ou mudança de
tonalidade (através mudança de alterações fixas).
Quando a mudança de compasso acontece na mudança de linha, existe uma
espécie de compasso vazio no final da linha para indicar que na próxima temos um
compasso diferente. Além desta indicação, na linha do compasso diferente aparece a
indicação do novo compasso.
O sinal de repetição (dois pontos + duas barras) que aparecem na fig. 26 servem
para indicar que se deve repetir o trecho. No caso da fig. 26, não existiria qualquer
diferença se a primeira barra de repetição fosse retirada porque, quando se encontra uma
barra de repetição com a orientação da segunda deve-se voltar a repetir o trecho desde a
última barra de repetição, com orientação igual à primeira se existir, ou desde o início.
fig. 27
A fig. 27 também serve de exemplo de uma partitura onde existem duas vozes.
Duas vozes significa, como a própria palavra sugere, duas melodias mais ou menos
A+ - Como ler uma partitura musical 16/19
independentes. Uma das vozes tem as hastes para cima enquanto que a outra tem as
hastes para baixo. As notas que aparecem sobrepostas na vertical terão de ser tocadas ao
mesmo tempo. A entrada em anacrusa é constituída por uma semínima e uma pausa de
semínima, se existisse apenas uma voz não seria necessário assinalar a pausa.
A escrita diferenciada de duas vozes tem o intuito de facilitar a interpretação da
peça. Não é necessário existirem duas vozes separadas explicitamente para se ter de tocar
mais do que uma nota ao mesmo tempo, basta existir mais do que uma nota com o
mesmo alinhamento vertical.
fig. 28
sinal de
acentuação
diminuendo crescendo
fig. 29 - dinâmica
A+ - Como ler uma partitura musical 17/19
apogiatura
fig. 30 - ornamentos
Na pauta da esquerda da fig. 30 estão uns pontos por baixo das figuras rítmicas.
Não se tratam de pontos de aumentação pois, esses são escritos à direita das figuras e não
por baixo. Os pontos por baixo, ou por cima, das figuras significam que deve ser tocada
A+ - Como ler uma partitura musical 18/19
5. Instrumentos transpositores