Evolução Biológica

Hipótese autogénica
Houve o desenvolvimento de sistemas endomembranares
resultantes de
1. invaginações da membrana plasmática
2. Uma parte das invaginações armazenou o DNA, formando
o núcleo.
3. Posteriormente, algumas porções de DNA abandonaram o
núcleo e evoluíram sozinhas no interior de estruturas
membranares, formando-se organelos.

Hipótese endossimbiótica
1. A célula hospedeira capturou um ser procarionte
heterotrófico aeróbio (bactéria semelhante às atuais
mitocôndrias) e estabeleceram uma relação de simbiose.
2. Este foi o primeiro pois todas as células contêm mitocondrias.
3. Depois, a célula capturou um ser procarionte autotrófico (cianobactéria -
semelhante aos atuais cloroplastos).
Argumentos Hipotese autogénica Hipotese Endossimbiótica

A favor Todas as membranas que Mitocôndrias e cloroplastos

constituem os organelos celulares
possuem a mesma
composição bioquímica.
Alguns genes necessários ao
funcionamento das mitocôndrias e
dos cloroplastos estão atualmente
no núcleo.
assemelham-se a bactérias na forma e
estrutura
Atualmente existem relações de
simbiose.
Os cloroplastos e as mitocôndrias são
seres semi-independentes

Contra Não explica o que desencadeou a
invaginação da membrana.
Não explica como se formou o núcleo.
Certas proteínas das mitocôndrias e
cloroplastos estão codificadas no
núcleo, aumenta a dependência mútua

4. A cooperação foi tão íntima e tão eficaz que se tornaram dependentes uns dos outros
e passaram a constituir organismos estáveis
Da unicelularidade à multicelularidade:
- Os ancestrais dos organismos multicelulares seriam simples agregados de seres
unicelulares, que formavam estruturas designadas colónias
- Inicialmente, todas as células desempenhavam a mesma função, mas ao longo do
tempo algumas delas foram se especializando em determinadas funções –
diferenciação celular, que originou uma interdependência entre as células a nível
estrutural e funcional
- A colónia começou então a comportar-se como um indivíduo, surgindo a
multicelularidade – a volvox pode ter estado na origem de algas verdes pluricelulares,
algumas das quais evoluíram, mais tarde para plantas.
- O facto das algas verdes possuírem pigmentos fotossintéticas, substâncias de
reserva e paredes celulares muito semelhantes às das plantas é o um argumento a
favor desta tese.

Vantagens da multicelularidade:
Maiores dimensões dos seres, mantendo-se, contudo, uma relação área/volume das
células, ideal para a realização de trocas com o meio
Maior diversidade, proporcionando uma melhor adaptação a diferentes ambientes
Diminuição da taxa metabólica, resultado da especialização celular que permitiu uma
utilização de energia de forma mais eficaz
Maior independência em relação ao meio ambiente.

Fixismo
- Defende que as espécies são imutáveis.
Criacionismo: Propõe que Deus tenha criado o universo, num momento único, a criação.
Catastrofismo: Catástrofes como dilúvios destruíam a fauna e flora das regiões,
posteriormente dava-se o repovoamento da terra em novos atos da criação.
Geração espontânea: A matéra inorgânica transforma-se em seres vivos.

Teorias Evolutivas

Lamarckismo
1. Lei do Uso e do Desuso
A necessidade dos seres vivos se adaptarem ao meio ditaria
um uso ou desuso de determinado órgão, o que conduziria ao
seu desenvolvimento/atrofia.
2. Lei da Transmissão dos Caracteres Adquiridos
Os organismos passam essas características aos
descendentes.

Conclusão

Darwinismo
Dados que influenciaram Darwin:

 Dados geológicos
Através de Lyell (geólogo), Darwin achou provável que se a Terra sofreu modificações
constantes e graduais ao longo do tempo, então a Vida pode ter seguido o mesmo
percurso.
 Dados biogeográficos
Darwin em 1835 chegou a Galápagos e verificou que existiam 7 variedades de
tartarugas, uma em cada ilha diferente, com semelhanças entre si.
Darwin supôs então que estas tartarugas teriam uma origem comum e devido às
condições ambientais que estiveram sujeitas teriam evoluído de maneira diferente.
 Dados económicos
Influenciado pelos estudos do Malthus, Darwin transpôs os dados do matemático para
os animais e percebeu que nascem mais indivíduos de uma população que o
número que ambiente consegue suportar, e por esta razão só alguns sobrevivem e
podem deixar descendência.
 Dados da seleção natural e artificial e variabilidade
Darwin era criador de pombos e através desta sua experiência percebeu que se
consegue através de cruzamentos seletivos obter indivíduos com determinadas
características (seleção artificial), seria também possível, na natureza ocorrer esta
seleção, designada por seleção natural.

Princípios da sua teoria – Seleção Natural

1. Os seres vivos da mesma espécie apresentam variações entre si.
2. As populações crescem segundo uma progressão geométrica e os descendentes são
em maior número do que os que sobrevivem.
3. Estabelece-se entre indivíduos de uma mesma população uma "luta pela
sobrevivência", devido a vários fatores do meio, a competição pelo alimento etc, um
número de indivíduos é eliminado.
4. Sobrevivem os indivíduos mais bem-adaptados, isto é, com características que lhes
conferem vantagens relativamente aos restantes. – “sobrevivência do mais apto”
5. Os mais aptos vivem mais tempo e reproduzem-se mais, transmitindo as suas
características aos seus descendentes, havendo uma reprodução diferencial.
Conclusão
O tempo e a reprodução diferencial produzem mudanças nas espécies existentes,
conduzindo à formação de novas espécies. – Evolução

Críticas
Darwin não conseguiaexplicar porque existiam variações entre as espécies e como é que
se transmitiam as características aos descendentes.

Lamarck Vs Darwin

Darwin Lamarck

Semelhança - Teorias explicativas da biodiversidade.

- Atribuem ao ambiente um papel importante na evolução - a evolução
s ocorre por ação do ambiente.

Diferenças - As variações hereditárias surgem - As variações resultam da ação

independentemente do meio. do meio.
- O meio seleciona os mais aptos. - O meio provoca a variação.
- Unidade evolutiva: a população. - Unidade evolutiva: o indivíduo.