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Higiene e Sistema de Auto Controlo
Higiene e Sistema de Auto Controlo
DISCENTES:
Armando Mateus
Carlos Riquito
Elisabete Leão
DOCENTE:
A saúde é um direito inalienável de todo o cidadão, tal como está expresso na Declaração Universal
dos Direitos do Homem, promulgada em 1948 pela Organização das Nações Unidas. Mas, para
que haja saúde é fundamental que os alimentos sejam produzidos em quantidade e com qualidade
apropriadas ao equilíbrio orgânico, a qual representa um factor de resistência a doenças. Os
alimentos, não são totalmente isentos de risco para a saúde. Sabe-se que a contaminação por
agentes patogénicos pode dar-se em qualquer das fases de destinação dos produtos ao consumo,
assim como o cuidado durante a produção, contribui decisivamente para a incidência de doenças
veiculadas por alimentos (Germano, 2001).
HACCP é um sistema efectivo e preventivo para a garantia de segurança dos alimentos, através do
monitoramento de riscos microbiológicos, químicos e físicos nas diversas etapas de produção e
comércio de alimentos (Silva, 1995).
Sua utilidade é garantir a qualidade dos alimentos, não apenas nas grandes indústrias mas também
nas médias e pequenas empresas, já que analisa os ingredientes, processos e uso subsequente dos
produtos, detectando os problemas quando ocorrem podendo-se adotar uma acção correctiva
imediata. O Sistema HACCP é um plano completo, abrangindo a produção, transformação,
transporte, distribuição, armazenamento e exposição a venda dos géneros alimentícios (Silva,
1995).
O sistema HACCP representa sem dúvida, uma mudança na filosofia para a indústria e comércio
as autoridades reguladoras de alimentos, fornecendo um instrumento muito bom para garantir a
inocuidade do alimento, a fim de não depender da arriscada sensação de segurança oferecida pela
amostragem e análise de produtos terminados e permitir, em troca, identificar os riscos inerentes
ao produto para aplicar as medidas de controlo e desta forma prevenir que ocorram as doenças
vinculadas por alimentos. Os benefícios do Sistema HACCP como sistema de controlo total da
qualidade, se traduzem em maior confiança e satisfação do consumidor, torna as empresas mais
competitivas, amplia as possibilidades de conquistas de novos mercados, nacionais e
internacionais, além de propiciar a redução de perdas de matérias-primas, embalagem e produto.
Além destas considerações, o sistema HACCP também deve ser reconhecido como de grande valia
para a prevenção das enfermidades transmitidas por alimentos (Inppaz,2003).
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2 OBJECTIVOS
2.1 Geral
2.2 Específicos
3 METODOLOGIA
2
4 DESCRIÇÃO DE PRODUTO (SOPAS DESIDRATADAS DE FRANGOS E
VEGETAIS)
As sopas desidratadas são produtos alimentícios produzidas já há muito tempo, sendo fabricados
inicialmente de modo caseiro como meio alternativo para melhoria da dieta de indivíduos. As
técnicas de produção foram desenvolvidas baseando em procedimentos uniformizados sendo que
à partir daí ganharam um valor comercial.
Segundo Inppaz (2003), a qualidade do produto final não depende da composição adequada de
ingredientes apesar de ser necessário, mais tem que se observar a segurança do processo
tecnológico aplicado.
Itens Descrição
Características do pH= 6.8, Humidade = 2- 8
produto
Ingredientes Macarrão para sopa, Frango desidratado, óleo vegetal, Amido de milho,
Batata desidratada, Cenoura desidratada, Salsa desidratada, Corante
natural, Cebola e alho em pó e Sal refinado.
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5 FLUXOGRAMA BÁSICO DO PROCESSO PRODUTIVO DE SOPAS
DESIDRATADAS FEITO NA BASE DE FRANGOS E VEGETAIS.
Recepção da matéria-prima
Controle de qualidade
de matéria-prima
Armazenagem
Transporte de insumos
Pesagem
Desidratação (60-110oC/3-5h)
Mistura
Embalagem
Rotulagem
Armazenamento
Expedição
Fonte: Adaptado
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6 DESCRIÇÃO DE ETAPAS DO PROCESSAMENTO
Recepção da matéria-prima
Os insumos são recebidos em embalagens próprias para os mesmos, tendo como embalagem
primária pacotes de polietileno, resistente, vedado hermeticamente, ré embalados em embalagem
de papel Kraft, com as abas superiores e inferiores totalmente lacradas com fita adesiva plastificada
resistente. Os fornecedores são previamente homologados pela equipe de controlo de qualidade
através da avaliação técnica realizada periodicamente nas instalações dos mesmos, cujas condições
são averiguadas por meio de critérios pré-estabelecidos em um impresso próprio.
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6.1 Armazenagem
Os insumos que representam uma maior percentagem na formulação do produto, como por
exemplo o macarrão, carne de frangos e vegetais desidratados, são transportados em sua própria
embalagem através de transportador de esteira contínua até a linha de produção.
6.3 Pesagem
A pesagem é feita manualmente pelos funcionários uniformizados. Os insumos são coletados com
concha inoxidável, esterilizada e pesados em balanças electrónicas, posteriormente acondicionada
em polietileno transparente. Sendo assim transportados através de transportador de esteira contínua
até a linha de produção.
6.4 Desidratação
No entanto São quatro (4) fatores importantes para seu sucesso: propriedades físicas do alimento
(especialmente tamanho da partícula), a distribuição do produto no secador, propriedades físicas
do ar (temperatura, humidade e velocidade) e desenho do equipamento para permitir a troca de
calor eficiente. O ciclo de secagem dura em torno de 3 a 5 horas com temperatura de 60 a 110°C.
7 Resfriamento
Este resfriamento é necessário pois, pode causar a deformação do produto, enquanto a embalagem
ainda quente, ou até mesmo morno, pode causar a condensação da humidade, o que leva a uma
consequente proliferação de fungos ou outras deteriorações. Este procedimento pode ser realizado
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de diversas maneiras, a mais simples seria à temperatura ambiente, mas esta técnica é lenta e
necessita de muito espaço.
7.1 Mistura
Na secção de mistura é feita a junção de todos insumos necessários para a obtenção do produto
final desejado.
7.2 Embalagem
Ao término do processo produtivo, são coletadas amostras e tem de serem guardadas como
contraprova, sendo registradas com a identificação do produto, data de fabricação e número do
lote de produção e validade, para acompanhamento e testes de vida útil do produto.
7.5 Armazenamento
7
7.6 Expedição
8 IDENTIFICAÇÃO DE PERIGOS
B BAM.
Transporte de insumos F Rutura de embalagens primárias.
Q Resíduo de produto de limpeza.
B BAM, S. aureus
Pesagem F Materiais estranhas (Po de luvas, areia, pedrinhas,
etc)
Q Adição incorrecta de corantes
F Pó de luvas
Q Resíduos de produto de limpeza (Cloro, Amónia
quaternário, Carbonato de sódio)
B BAM, E. aureus
8
Sujidade
Embalagem F
Q Polímeros (PVC, compostos aromáticos) presentes
na embalagem
Expedição B Nenhum
F Danificação de embalagens secundárias
Q Nenhum
Q2- Esta etapa foi concebida especificamente para eliminar a possível ocorrência do perigo ou
reduzi-lo a um nível aceitável?
Q3- A contaminação do perigo identificado poderá ocorrer acima de níveis acetáveis ou poderá
aumentar até níveis inaceitáveis?
Q4- Uma etapa posterior eliminará o perigo identificado ou reduzirá a um nível aceitável?
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Tabela 3: Significância, Determinação de PCCs, Medidas preventivas e de Controlo
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B: O não uso de EPIs (tocas, luvas) cria a contaminação por BAM e a 3 2 Sim Não Sim Sim Não Condições físicas e
falta de boas práticas de higiene (comunicação, não uso de mascaras) higiénicas-sanitárias
durante a pesagem influencia na contaminação microbiana. adequadas de equipamentos
e utensílios.
Desidratação B: As falhas no processo de desidratação influencia no desenvolvimento 1 3 Sim Sim Sim Não Sim Monitoria, registo e
de C.botulium. controlo de temperatura em
função de tempo através do
termómetro.
Resfriamento B: BAM 1 3 Sim Sim ---- ----- Não Boas práticas de produção.
Mistura F: Substancias estranhas (ossículos de frangos) 1 3 Sim Não Não ---- Não Boas condições de
manipulação
Condições físicas e
Q: O uso de produto de limpeza e a lavagem incorrecta deixa resíduos, 1 3 Sim Não Sim Não Sim higienização correcta
substâncias químicas (cloro, Amónio quaternário, carbonato de sódio, adequadas de materiais e
etc). equipamentos.
Embalagem F: Material estranha (areia, resíduo de luvas, mascaras, etc) 1 1 Sim Sim Não ----- Não Controlo de qualidade do
processo
Q: Polímero (PVC, compostos aromáticos) presente na embalagem. 2 3 Sim Sim ----- Não Sim Correcta condição de
funcionamento de
B: BAM, S.aureus 2 1 Sim Sim Sim --- Não equipamento
Armazenamento B: A ocorrência de pragas (Roedores, parasitas e larvas). 2 2 Sim Sim Não --- Não Armazenamento sob
estrados distantes cerca de
F: Ruptura de embalagens. 1 2 Sim Sim Não ---- Não 70 cm de pás paredes do
armazém.
Correcta aplicação do
programa de limpeza e
desinfeção
Dedetização periódica.
Expedição F: O mau carregamento e o uso de embalagens secundárias inadequadas 1 1 Sim Sim Nao ---- Não Armazenamento correcto e
provoca a sua danificação. empilhamento no interior
do veículo transportador.
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10 PLANO DE ANÁLISE DE PERIGOS E CONTOS CRÍTICOS DE CONTROLO (HACCP/APPCC)
Recepção E. Coli, Salmonella Ausente Data de Análises microbiológicas Na Responsável Descartar a Auditoria dos Registo da
<10 produção e (teste de ELISA), recepção da pelo controlo matéria-prima; fornecedores; recepção;
UFC/g condições organolépticas e matéria- de qualidade. Retirar a Colecta de Laudos de
higiénica- toxicológicas periódicas; prima. homologação amostras para fornecedores.
sanitária. Solitação de laudos de do fornecedor. analises;
Antibióticos, Ausência Certificação/ fornecedores. Supervisão.
Pesticidas declaração Cumprimento de
de ausência especificações de
de compra. Verificação das
antibióticos e condições de transportes
pesticidas. e embalagens da matéria-
prima. Observação de
procedimento de
recepção.
Desidratação Clostridium 60-110 Temperatura Inspeção no controlo do Durante o Responsável Ajustar o Supervisão; Registo de
O
botulinum, C em função do tempo e temperatura. processo da pelo tempo e Auditoria; temperatura e
Toxinas. (3-5h). tempo. desidrataçã processamento temperatura no Colecta de tempo de
o. . caso de haver amostra. desidratação no
desvio. processamento
de cada lote.
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Mistura Resíduos do produto 100-200 Concentraçã Correcta aplicação do Durante o Responsável Suspensão do Supervisão; Planilha de
de higienização. mg/L de o em função programa de processo da pelo processo Auditoria; produção.
(Cloro, Amónia Cl; do tempo do higienização. mistura. processamento produtivo; Colecta de
quaternário e 10-15 cloro, Treinamento de boas ... Manutenção amostra.
carbonato de sódio. mg/L de amónio práticas de manipulação. de
NH3 quaternário e equipamentos;
quaternári carbonato de Advertência
o; sódio em dos
4% de mg/L. funcionários;
Na2CO3. Rejeitar o lote;
(10-15 Reprocessar o
minutos) lote;
Reter o lote.
Polímeros presentes Concentra Certificado e Inspeção da embalagem. No período Responsável Supervisão; Planilha de
na embalagem (Poli- ção declaração Amostra continua. da recepção pelo controlo Descarte da Auditoria. produção.
Embalagem Cloreto de Vinila, máxima de da de qualidade. embalagem
compostos fenólicos). de 1%. fornecedores. embalagem
Tabela 4: Plano HACCP/APPCC
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11 CONCLUSÃO
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12 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GERMANO, P.M.L (2001). Higiene e vigilância sanitária de alimentos. São Paulo: Livraria
Varela.
SILVA J. E.A (1995). Manual de controlo higiénico sanitário em alimentos. 50 Edição. São
Paulo: Livraria Varela.
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ANEXO 1.
Data Produto Fornecedor Refrigerados Congelados To Ambiente Lote Data de Data de Rúbrica
produção validade
Temp. Acção Temp. Acção Temp. Acção
(OC) correctiva (OC) correctiva (OC) correctiva
20.11.2018 Frango Tongasse --- --- -20 Aceitável --- --- 01 08.11.18 08.11.19 Moyana
21.11.2018 Vegetais Maficane --- --- --- --- 10-25 Aceitável 05 05.11.18 25.11.18 Mimbir
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ANEXO 2.
Fornecedor: Data:
Produto: Quantidade:
Razão/Problema: Comentários:
( ) Temperatura
( ) Qualidade
( ) Embalagem/ Etiquetagem
( ) Data de produção ou data de fim de validade expirada ou ausente
( ) Não cumpre a especificação
( ) Transporte não adequado
( ) Chegada tardia
( ) Quantidade
( ) Outro
Assinatura: Rejeitado: Sim ( ) Não ( )
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