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CENTRO UNIVERSITÁRIO DO SUDESTE MINEIRO - UNICSUM

CURSO SUPERIOR DE EDUCAÇÃO FÍSICA- BACHARELADO

Shisley de paulo

Efeito do exercício físico na qualidade de vida do idoso

JUIZ DE FORA

2020
Shisley de paulo

Efeito do exercício físico na qualidade de vida do idoso

Artigo apresentado ao Centro Universitário do


Sudeste Mineiro como requisito parcial da
disciplina Produção Técnico-Científico
Interdisciplinar I.

Orientador (a): Prof.ª MBA Josiane Miranda

JUIZ DE FORA
2020
Resumo

A Síndrome de Down pode ser considerada como um tipo de deficiência onde há uma
alteração cromossômica que ocorre em nível celular, onde as células possuem 47
cromossomos, e não 46 como ocorre nas células das pessoas sem. A presença do
cromossomo 21 extra na constituição genética determina características físicas
específicas e atraso no desenvolvimento. Não existe cura para a Síndrome de Down,
mas é possível estimular a criança desde o seu nascimento, para um melhor
desenvolvimento motor e intelectual, desta forma as atividades físicas podem
contribuir para um sucesso em seu desenvolvimento. O objetivo deste projeto é
verificar como a atividade física interfere positivamente para pessoas portadoras
Síndrome de Down. Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como finalidade
pesquisar as verificar como a atividade física interfere positivamente para pessoas
portadoras Síndrome de Down. A pesquisa foi realizada no período de março a maio
de 2019, sendo a estratégia de busca e identificação dos artigos pertinentes ao tema,
na base de dados Scientific Eletronic Library Online (SciELO); Google Acadêmico e
as fontes de informação secundárias como livros e documentos legislativos produzidos
pelo Ministério da Saúde. Foram analisados seis artigos publicados em sítios
especializados e revistas que abordam sobre o assunto, buscando determinar os
objetivos pretendidos e os resultados esperados. Nos resultados e discussão podese
verificar que a observam que a atividade física contribui para o desenvolvimento
psicomotor, pois tem como base e recursos metodológicos assim como ás
características particulares de cada aluno.

Palavras-chave: Idoso.Qualidade de vida. Exercício físico.


3

Abstract

Down syndrome can be considered a type of disability where there is a chromosomal


alteration that occurs at the cellular level, where the cells have 47 chromosomes, not
46 as in the cells of people without. The presence of extra chromosome 21 in the
genetic makeup determines specific physical characteristics and developmental delay.
There is no cure for Down syndrome, but it is possible to stimulate the child from birth
to a better motor and intellectual development, so physical activities can contribute to
a successful development. The objective of this project is to verify how physical activity
positively interferes for people with Down Syndrome. This is a bibliographic research
that aims to investigate how physical activity positively interferes with people with Down
Syndrome. The research was carried out from March to May 2019, and the strategy of
searching and identifying the pertinent articles in the Scientific Electronic Library Online
Database (SciELO); Google Scholar and secondary information sources such as books
and legislative documents produced by the Ministry of Health. Six articles published in
specialized websites and magazines that address the subject were analyzed, seeking
to determine the intended objectives and expected results. In the results and
discussion it can be seen that they observe that physical activity contributes to
psychomotor development, as it is based on methodological resources as well as the
particular characteristics of each student.

Keywords: Down syndrome. Quality of life. Physical activity


3

1-INTRODUÇÃO

O envelhecimento é um processo complexo que envolve uma série de fatores


que interagem entre si e influenciam o modo em que alcançamos determinada idade.
No Brasil, o crescimento da população idosa é um fato presente e estável, requerendo
estratégias imediatas de enfrentamento e prevenção propiciando o envelhecimento
ativo, saudável e independente (VASCONCELOS et al.,2013).

O envelhecimento é um processo gradual e irreversível, que provoca uma


perda funcional e progressiva no organismo, conforme um indivíduo alcança uma
determinada idade ocorrem diversas modificações biológicas, psicológicas e sociais
(NAHAS, 2016 apud MACIEL, 2010, p. 1024).

Para a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é a percepção do


indivíduo de sua posição na vida, no contexto da cultura e sistemas de valores nos

quais vive, e em relação aos seus objetivos, expectativas, padrões e preocupações

(WHO, 1995). É um conceito complexo, que engloba a saúde física, o estado

psicológico, o nível de independência, as relações sociais, as crenças pessoais e a


relação com as características do meio ambiente (PEREIRA et al., 2006).

A preocupação especificamente com qualidade de vida na velhice ganhou

relevância nos últimos 30 anos. Isso se deu em função do crescimento do número de

idosos e da expansão da longevidade, que passou a ser compartilhada por um maior

número de indivíduos vivendo em diversas sociedades. Além disso, houve um

aumento da sensibilidade dos pesquisadores para o estudo científico do assunto, que

se reflete no aumento de publicações (Neri, 2000).

Nos últimos anos é grande o incentivo à prática de atividades físicas

que podem ser realizadas em academias (ex ercícios de força), clubes (natação,

dança), ou mesmo em praças públicas (corrida, caminhadas), fazendo com que

o idoso abandone o sedentarismo e as doenças, próprios desta fase da vida, e

passe a se sentir mais confiante, independente e ativo.

O impacto do exercício é influenciado pela falta de atividade física, má


alimentação, presença de doenças nas fases anteriores da vida e outros fatores como
a redução da habilidade motora, do desempenho e do rendimento motor,
atrapalhando as atividades diárias (ELIAS et al.,2012).
4

1.1 Objetivo

O trabalho tem como objetivo geral; observar os benefícios da a tividade

física para a prevenção e manutenção da saúde e qualidad e de vida do idoso,

mencionando os aspectos do envelhecimento, os programas p ara a prática de

exer cícios e, ainda, os riscos decorrentes do sedentarismo.

1.2 Metodologia

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como finalidade pesquisar as


verificar como a atividade física interfere positivamente para pessoas idosas.

2 Referencial teórico

2.1 Envelhecimento
5

Se gundo Reb elatto (2006), o processo de envelhecimento do ser humano

tem sido um foco de atenção crescente por parte de cientistas, na medida em

que a quantidade de indivíduos que chega à terceira idade aumenta e, por

decorrência, faz com que tanto os comprometimentos da saúde característicos

desse período qu anto os vários aspectos relativos à qualidade de vida dessa

população sejam objetos de preocupação e de estudos.

Segundo Mazo relata que no processo de envel hecimento ocorre a diminui

ção da capacidade funcional de cada sistema e, com o aparecimento das doenças

degenerativas, prevalecem as incapacidades. E, ainda, que esta queda na

capacidade funcional dos idosos pode ser acelerada ou retardada de acordo

com fatores genéticos bem como com o estilo de vida e o ambiente em que se vive.

O envelhecimento populacional vem sendo um dos maiores desafios da

sa úde pública,principalmente nos países em desenvolvimento. Nesses países, a

população idosa cresce vertiginosamente, em decorrência d a queda nas taxas

de fecundidade, mo rtalidade infantil e da mortalidade nas idades mais avançadas

(CESAR; et. al., 2008).

Em países como o Brasil o aumento da expectativa de vida tem sido

evidenciado devido aos avanços tecnológicos na área de saúd e nos últimos 60

anos, dentre el es podemos citar: vacinas, antibióticos, quimioterápicos que são

responsáveis por prevenção ou cura de doenças. Associado a esta situação tem a

queda nas taxas de fecundidade, a qual teve início na década de 60, permitindo uma

grande explosão demográfica. (MENDES; et. al., 2005).

Tanto as modificações biológicas, quanto as psicológicas exigem do idoso

uma capacidade de adaptação que nem sempre ele possui o que acaba gerando

problemas sociais para esta população. (MENDES; et. al., 2005).


6

Para Veras (2009 ) a aspiração de qualquer sociedade é prolongar a vida.

No entanto, só pode ser considerada uma conquista qu ando se agrega qualidade

aos anos adicionais de vida. Deste m odo, as políticas destinadas aos id osos

precisam levar em conta a capacidade funcional, a n ecessidade de autonomia,

de participação, de cuidado, de auto-satisfação. Devendo também abrir campo

para a atuação em variados contextos social e de elabor ação de novos significados

para a vida na idade avanç ada. E i ncentivar, basicamente: prevenção, cuidado

e atenção integral à saúde.

2.2 qualidade de vida

Segundo Paschoal (2000), o tema da QV emergiu a partir da Segunda


Grande Guerra Mundial quando foi usado o conceito de “boa vida” para referir-
se a conquista de bens materiais. Em seguida o conceito foi ampliado e passou
a medir o qua nto uma s ociedade havia se desenvolvendo economicamente. A
criação de indicadores econômicos permitia comparar a QV entre diferentes
países e culturas. Depois o termo passou a designar, além do crescimento
econômico, o desenvolvimento social.
De acordo com Rebelatto e Morelli (2004, p. 23):

“Nos países desenvolvidos, a emergência da preocupação com o t ema

qualidade de vida ocorreu depois da segunda grande guerra mundial e

coincidiu com o desenvolvimento de procedimentos e técnicas destinados à

manutenção da vida de enfermos cr ônicos e t erminais, avanços esses que

decorreram, em parte, das oportunidades geradas por aquele conflito. Tais

progressos geraram discussãosobre a relação custo-benefício, considerando tanto

o bem-estar do indivíduo como os interesses da sociedade. Foi nesse contexto que

começou a falar em qualidade de vida em saúde”.


7

A busca por uma boa qualidade de vida é um dos principais objetivos

da vida humana, especialmente nos anos de vida mais avançados. O aumento

da longevidade é valioso à medida que oferece oportunidades para o

prolongamento de uma vida saudável e produtiva. Com a chegada da velhice, a

debilidade física, a dep endência, a perda de papé os stereótipos e preconc eitos,

enfim as inevitáveis perdas decorrentes do processo de envelhecimento podem

levar a diminuição da qualidade de vida dos idosos. Surge então a preocupação

em transfor mar a sobr evida aumentada do ser humano num a etapa s

ignificativa da vida (PASCHOAL, 2000).

A qualidade de vida e a satisfação na velhice têm sido relacionadas à

díade dependência-autonomia, l evando-se em consideração os efeitos da ida de.

Há pessoas que apresentam declínio no estado de saúde e nas competências

cognitivas precocemente, enquanto outras vivem saudáveis até idades muit o

avançadas (JOIA; RUIZ; DONA LISIO, 2007).

Para M endes et al. (2005, p.423) t emos que “a qualidade de vida e o

env elhecimento saudável requerem uma compreensão mais abrangente e adeq

uada de um conjunto de fatores que compõem o dia a dia do idoso”.

2.3 exercício físico

Para Ogden (2004, p:208) o exercício físico pode ser classificado como
“movimento corporal planeado, estruturado e repetitivo executado para melhorar ou
manter um ou mais componentes da boa forma física”. O que difere do conceito de
atividade física, que segundo Ogden (2004, p:208) é “qualquer movimento corporal
produzindo pelos músculos esqueléticos que resulte num consumo de energias”.

No pensamento de Pereira (2009) “a razão da prática de exercícios inclui: o


reforço da musculatura e do sistema cardiovascular; o aperfeiçoamento das
habilidades atléticas; a perda de peso e/ ou a manutenção de alguma parte do corpo”.

Guiselini (2006) conceitua exercício físico como uma prática sistemática de um


ou mais movimentos básicos para atingir um objetivo pré-estabelecido. Estes
8

exercícios físicos são importantes para que atinja um padrão desejado em certos
aspectos da qualidade de vida e da capacidade funcional dos idosos (Matsudo, 2001).

A prevenção é o melhor remédio, portanto, o início e permanência em uma


programa de exercícios, são de suma importância no combate ao colesterol
elevado, a diabetes e a hipertensão. Muitas vezes, a conscientização da prática do
exercício e da regularidade do mesmo, surge apenas quando as doenças já lhe são
causas de preocupações.

Nenhum remédio, vacina ou injeção pode eliminar completamente as

doenças causadas por um estilo de vida prejudicial.(...)o corpo foi

feito para o exercício. Quando nos tornamos inativos as articulações

incham, os músculos enfraquecem, o aumento de gordura afeta o

sistema circulatório, o coração perde a força e, consequentemente,

ficamos mais expostos a doenças (ALLSEN, HARRISON E VANCE,

2001,pág. 8 ).

Portanto, voltamos ao ponto inicial, onde os bons hábitos presentes com a prática
de exercícios acarretam mais saúde, disposição, e colaboram com a autoestima do
indivíduo, trazendo mais sucesso e autoconfiança no seu dia-a-dia. E os resultados
decorrentes de um novo estilo de vida, separam uma vida saudável de uma vida
cercada de dissabores, diante do mal causado por escolhas errôneas.

2.4 exerciciicos físicos para idosos

A prescrição de exercícios deve encontrar aceitação e satisfação de qu

em vai praticá-lo, a fim de evit ar o desint eresse inicial que poderá resultar em

um abandono futuro e, consequentemente, na perda dos ben efícios

proporcionados pela prática regular da atividade física. Um programa

equilibrado d eve conter exercícios aeróbios de baix o im pacto, exercícios de

fortalecimento muscular e exercícios de equilíbrio e coordenação, visando melho


9

para o padrão de marcha e reflexos (propriocepção) e com isso dimin uir a

incidência de quedas (JACOB F ILHO,2006).

Um programa d e exercícios físicos bem direcionado e eficiente para os

idosos atuará como forma de prevenção e reabilitação da saúde do idoso e deve te r

como m eta a m elhora da capacidade e aptidão física do indivíduo que pode ser

aprimorada, mantida ou, pelo menos,desacelerado o seu declínio (MA ZO, 2007;

LACOURT & MARINI, 2006; REBELATTO, 2 006;RESENDE, 2008).

s exer c íc ios fís icos ma is in d icado s para os ido sos são : giná st ica loc

a lizada inte gra t iva, ginas t ica na cade ira, da nça terap ia, hidro ginás tica,

hidroda nça e hidro rrec reação , na tação, ca minhada, dança de sa lão, jo gos rec

reat ivos, yo ga e biod a nça. C omo espe c ificado no Esta t uto do Idoso, L e i

n.10.741 Titulo I I cap it ulo V Ar t. 20 “o idoso te m d ire ito a educaç ão, c ult

ura, espo rte, la ze r, d iversõe s, espe tác ulos, p rod utos e ser viços q ue resp

e it e m sua pe c uliar co nd ição de idade ”.

O exe rc íc io fís ico de ve ser a p licado po r um pro fis s io na l de ed

ucação fís ica, po is o mes mo poss ui a for mação adeq uada p ara d irec io

nar as at ividades a sere m pr at icadas. Po is cada idoso t e m uma limit ação

e cap ac idade s d ife re nte s um do o utro.

É muit o importante que o programa de atividade física para pessoas da

terceira idade seja planejado individ ualmente, considerando os result ados da

avaliação do quadro físico e as morbidades presentes (MONTEIRO,2001.)

3 METODOLOGIA
10

Trata-se de uma pesquisa bibliográfica que tem como finalidade pesquisar as


verificar como o exercício físico interfere positivamente para pessoas idosas . A
pesquisa será realizada no período de agosto a setembro de 2019, sendo a estratégia
de busca e identificação dos artigos pertinentes ao tema, na base de dados Scientific
Eletronic Library Online (SciELO); Google Acadêmico e as fontes de informação
secundárias como livros e documentos legislativos produzidos pelo Ministério da
Saúde.

A seleção foi realizada com base nos critérios de inclusão, a saber: Temporal,
artigos publicados em revistas indexadas no período de 2000 a 2019. Além dos
critérios de inclusão expostos serão excluídos os textos publicados em outro idioma e
textos que não possuam relação com o tema. Após a seleção dos textos será realizada
leitura em profundidade no período de agosto a setembro de 2019.

4 RESULTADOS

Foram analisados seis artigos publicados em sítios especializados e revistas


que abordam sobre o assunto, buscando determinar os objetivos pretendidos e os
resultados esperados. Quando se analisa o Tabela 1 verifica-se que dos seis artigos
selecionados para análises, apenas 3 são frutos de pesquisas bibliográficas. Os
demais são artigos científicos.

Tabela 1: Pesquisas
Artigo Objetivo Metodologia Resultados

ARRAZ, F. M. Apresentar a importância Revisão Atividade física é


da atividade física na bibliográfica, desde a infância o
infância, no qual vai meio pelo qual a
11

2018 além da estética, criança afirma sua


ajudando a prevenir independência e seus
A Importância da Atividade doenças, muitas das primeiros contatos
Física na Infância quais surgidas sociais, sendo
silenciosamente fundamental ao seu
desenvolvimento
psicofísico de forma
geral.

COSTA, A. M.; SOUSA, Abordar como temática Revisão bibliográfica E preciso romper com
S.B. central a educação física a atual organicidade
voltada para os escolar,
2004 portadores de
necessidades especiais buscar novos
Educação física e esporte (PNEs). princípios filosóficos
adaptado: história, avanços como diretriz para a
e retrocessos em relação educação/educação
aos princípios da
física, buscando
integração/inclusão e
compreender que os
perspectivas para o século
homens são
XXI.
diferentes

JÚNIOR, E. C., et al. Proporcionar uma melhor Revisão bibliográfica O portador de


qualidade de vida para as Síndrome de Down
2015 crianças portadores da somente deve
Síndrome de Down, tem participar de uma
A importância de atividade
se estimulado a prática atividade física após
física para a vida do de atividades físicas ter passado com uma
portador de síndrome: uma avaliação médica, na
revisão sistemática qual fique constado as
suas limitações.

Coppede, A. C. O objetivo do estudo foi Artigo Original Contribuiu para o bom


comparar crianças com desempenho
2012 síndrome de Down (SD) Participaram 12 funcional das crianças
e crianças típicas quanto crianças típicas e 12 com SD, e para a
Desempenho motor fino e crianças com SD,
ao desempenho motor ausência de
funcionalidade em crianças avaliadas na idade
fino, avaliado pela Bayley associação entre os
com síndrome de Down de 2 anos. As domínios. Fatores
Scales of Infant and
Toddler Development – crianças com SD como os cuidados
Third Edition (BSITD–III), apresentaram oferecidos à criança
desempenho motor pelos cuidadores, bem
e o desempenho em
fino e funcionalidade como ambientes
autocuidado segundo o
inferior às crianças estimuladores
Inventário Pediátrico de
típicas, provavelmente
Avaliação de
possivelmente por
Incapacidade (PEDI); e dificuldades em
12

investigar associação desempenhar tarefas também contribuíram


entre ambos os domínios que exijam destreza para os resultados.
e
coordenação
manual, como as
que compõem a
BSITD-III

APOLONI, B. F.; LIMA, Estudo experimental Artigo Original Os resultados


F. E. B. objetivou avaliar a demonstraram
VIEIRA, J.L. efetividade de um A amostra foi diminuição signifi
programa de intervenção composta por 12 cativa nas variáveis:
2017 com exercícios físicos em crianças, de ambos área do centro de
cama elástica no controle os sexos, com idade pressão,
Efetividade de um entre três e 10 anos.
programa de intervenção postural de crianças com A intervenção velocidade média
com exercícios físicos em Síndrome de Down consistiu em anteroposterior (AP) e
cama elástica no controle atividades de pular, médio lateral e
postural de crianças com andar, brincar e frequência
Síndrome de Down correr na cama anteroposterior, o que
elástica três vezes resultou em
por semana, cada
sessão de 10 melhoras no controle
minutos por um postural do grupo de
período de 12 crianças com
semanas. Síndrome de Down
participantes da
intervenção

GENÉSIO, Á. O. Avaliar o Artigo Original O Projeto “Com-


desenvolvimento vivências”, de fato
2011 psicomotor, O instrumento de
trouxe outro rumo para
comportamental e coleta de dados
a vida dessas crianças
sócioemocional dos utilizado foi um
com Síndrome de
questionário
Análise do discurso de pais alunos com Síndrome de Down, pois trata-se de
Down que praticam respondido por sete um espaço onde elas
de alunos com síndrome de
natação no projeto de (07) pais ou vivenciam não
down praticantes de
extensão “Espaço com- responsáveis dos somente o ato de
natação do projeto “espaço vivências” do Curso de
alunos a partir de nadar, mais também o
com-vivências” Educação Física da uma entrevista ato de se perceber, de
Universidade Católica de gravada e saber que esta
Brasília, a partir dessa posteriormente fazendo algo, e de
prática. sentir o prazer de
degravada. Os
dados foram praticar uma atividade
utilizados para que para muitos não
elaborar a Análise do está inserida no seu
Discurso dos dia-a-dia..
pais/responsáveis
13

Fonte: A autora (2019)

5 DISCUSSÃO

Após analisar os artigos científicos descritos na Tabela 1 observa-se Coppede,


et al (2012) fez uma pesquisa sobre o desenvolvimento de crianças com SD que
praticam atividades físicas. No estudo participaram 24 crianças de ambos os gêneros,
nascidas a termo, e com peso adequado para idade gestacional, sendo 12 crianças
pertencentes ao grupo típico (T), com idade média de 26,71 meses (±1,84); e 12
crianças com síndrome de Down (SD) com idade média de 27,15 meses (±2,04). Os
autores analisaram separadamente crianças que praticavam e que não praticavam
atividade física, onde o resultado foi diferenciado. As crianças com SD que pratica
atividades físicas possuem um desempenho consideravelmente maior do que as
demais.
Apoloni, Lima, Vieira (2017) ressaltam que algumas crianças com a SD, podem
enfrentar dificuldades na prática de algumas atividades que exigem maior
conhecimento e controle motor, este fato pode estar associado ao uso contínuo de
medicamentos.
Para Costa, Sousa (2004) a educação física e no esporte são atividades que
levam ao desenvolverem pessoal, em qualquer pessoa, mas principalmente aqueles
que possuem uma necessidade especial. Arraz (2018) confirma a visão de Costa,
Souza (2004) ao ressaltar tanto a necessidade da atividade física, mas focando
também no professor de educação física capacitado para atender às necessidades
de crianças com SD observando sua ação motora, a linguagem verbal, social da
criança, pois os aspectos motores já construídos vão sendo incorporados a novas
combinações, surgindo movimentos mais refinados, entre outros.
Júnior, et al. (2015) fez um apanhado de atividades que podem ser realizadas
por pessoas com SD e que podem contribuir para seu melhor desenvolvimento. Destro
destas atividades tem-se a natação, e esportes como a capoeira.
Genésio, Boato (2011) observam que a natação contribui para o
desenvolvimento psicomotor, pois tem como base e recursos metodológicos assim
como ás características particulares de cada aluno. “As respostas dependem da
percepção dos estímulos que lhes atingem em forma de sensações onde são
reconhecidas qualidades específicas, intensidade, extensão e duração, organizando
14

estas informações num processo de 10 associações e adicionamentos de dados, com


a ajuda dos conhecimentos atuais e das suas experiências passadas”.
15

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conforme observado, as pessoas com síndrome de Down possuem uma


característica que as diferenciam das demais, possuem 1 cromossomo a mais,
conhecido como cromossomo da alegria. Em muitos casos estas pessoas apresentam
alguma particularidade quanto a sua saúde e segurança.

Durante muitos anos as crianças que sofriam com SD, eram separadas da
sociedade devido aos preconceitos que sofriam. Não possuíam direitos nem atenção
adequada, não tinham acesso a educação e nem mesmo a prática de esportes. No
entanto no século XX houve uma mudança na sociedade que, passou, não somente
a aceitar as pessoas com SD, mas a inserirem ela na sociedade, como estudantes e
até mesmo em trabalhos especializados.

O esporte foi uma das formas de levar estas pessoas a uma convivência
harmoniosa com outras pessoas. Além disso, a prática da atividade física, tem sido
apontada como um fator de promoção à saúde do cidadão, trazendo uma melhora na
qualidade de vida, minimizando alguns problemas de saúde.

Verifica-se que a atividade física destinada ao portador de SD, em muitos casos


são voltadas para o esporte, que além da melhora na qualidade de vida, também faz
um controle no aparelho motor, traz um equilíbrio e controle do peso, aperfeiçoando a
capacidade cognitiva do mesmo.

Os artigos analisados no resultado e discussão verifica-se que o maior caso


estudado foi com 24 crianças de ambos os gêneros, sendo 12 crianças pertencentes
ao grupo típico (T), com idade média de 26,71 meses (±1,84); e 12 crianças com
síndrome de Down (SD) com idade média de 27,15 meses (±2,04), onde a prática de
esporte trouxe um desenvolvimento cognitivo, emocional e uma qualidade de vida
melhor para cada um dos que praticavam a atividade física.

Dentro deste aspecto, tem-se que é necessário um preparo adequado dos


profissionais de educação física, para que saibam lidar com as diferenças, levando
aos portadores de SD, uma qualidade de vida maior.
3

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