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Manaus, 2019
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RAFAEL CUNHA DOS SANTOS
Relatório de excursão
elaborado para avaliação como
parte dos requisitos da
disciplina de Agroecologia.
Abril, 2019
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Sumário
INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 4
OBJETIVOS.............................................................................................................. 5
2.1. Objetivo Geral ........................................................................................................ 5
2.2. Objetivos Específicos ............................................................................................ 5
METODOLOGIA ..................................................................................................... 6
3.1. Área de Estudo ....................................................................................................... 6
3.2. Método Utilizado ................................................................................................... 6
RELAÇÃO FAMÍLIA – ESTABELECIMENTO .................................................... 7
4.1. Abordagem sistêmica ............................................................................................. 7
SISTEMA DE OPERAÇÕES ................................................................................... 8
5.1. Sistema de Comando ............................................................................................. 8
5.1.1 Subsistema de Cultivo ................................................................................ 9
5.1.2 Subsistema de criação ............................................................................... 10
5.1.3 Subsistema extrativista ............................................................................. 11
AGROBIODIVERSIDADE DO ESTABELECIMENTO AGRÍCOLA ................ 11
6.1. Espécies Vegetais ................................................................................................ 12
6.2. Espécies Animais ................................................................................................. 13
6.3. Fluxo de Processos............................................................................................... 14
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS ......................................................................... 14
7.1. Cultivos ................................................................................................................ 14
7.2. Criações ............................................................................................................... 16
CONCLUSÃO ........................................................................................................ 17
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................... 18
APÊNDICES .......................................................................................................... 20
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INTRODUÇÃO
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A agricultura familiar é caracterizada por pequenas propriedades onde todos os
membros da família se dedicam às atividades produtivas sincronizadas. A agricultura
familiar não pode ser compreendida como um modelo único, pois não há uma
uniformidade desta categoria e sim, uma diversidade de formas, que se desenvolve em
diferentes situações. Mas, recentemente, a FAO definiu esta categoria como: organização
agropecuária onde predominam a interação entre a gestão e o trabalho, a direção do
processo produtivo pelos proprietários e o trabalho familiar complementado pelo
assalariado (FAO 1994).
OBJETIVOS
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• Sugerir, através das especificidades de produtores e sistemas de produção,
possibilidades de intervenção, com vistas no desenvolvimento rural sustentável.
METODOLOGIA
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planilha das espécies de fácil identificação que compõem a fitofisionomia da paisagem
local, para identificação das mais complexas, realizou-se a captura fotográfica para
posterior análise e identificação.
Principal
Parentesco Idade Residência
ocupação
Agricultor e
Patriarca 78 No lote
Comerciante
Agricultora e
Matriarca 63 No lote
dona de casa
Filho 46 Agricultor No lote
Filho 39 No lote
Filho 28 No lote
Neta 09 Estudante No lote
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A família mudou-se para a comunidade no ano de 1997 quando adquiriram a
propriedade, ela possui as dimensões de 150m de frente por 1.070m de fundo, que totaliza
uma área de aproximadamente 16 ha, nas coordenadas geograficamente dispostas em
2°44'24.50"S 60°09'31.60"O. Anteriormente a família residia na zona urbana do
município de Manaus-AM.
SISTEMA DE OPERAÇÕES
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funcionamento dos demais subsistemas que compõe o estabelecimento agrícola no intuito
de ajudar na construção do processo de decisão.
Ao sistema de decisão tem por função gerar as decisões que irão orientar e
assegurar o comando do sistema de operação em função das finalidades e objetivos de
condução (Wünsch 2010).
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mais, o produtor não soube precisar o tamanho da área está ocupada pelo mari. A
comercialização é feita nas feiras do município de Manaus, porém quando chega o
período de safra e ocorre superprodução, o preço cai e não conseguem vender no
comércio, o excedente é passado para um atravessador.
Na propriedade ainda possui uma área coberta por capoeira, mas ela não é mais
utilizada para plantação de roçados de lavoura branca, o produtor relata a idade avançada
que não o permite realizar as tarefas de manutenção dos seus cultivos. O filho do patriarca
da família colabora com mão-de-obra em alguns cultivos, mas o seu foco principal é na
criação de galinhas.
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para manter o ambiente mais seco, iluminação adequada, fornecimento de ração e água
em estruturas apropriadas para os animais.
O sítio possui dois viveiros de psicultura onde são manejados peixes das espécies
tambaqui, tilápia e pirarucu. A tilápia é usada na alimentação dos dois exemplares de
pirarucu que possui, o tambaqui é utilizado na alimentação da família e tem o excedente
da produção comercializada.
Atualmente a propriedade possui uma área de mata que tem a finalidade de reserva
legal em cumprimento ao que estabelece a Lei 12.651, de 25 de maio de 2012, o novo
Código Florestal Brasileiro. Dela não é realizado nenhum tipo de manejo ou extração,
apesar de possuir madeira de valor econômico, tem por função a manutenção dos recursos
hídricos disponíveis no lote.
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6.1. Espécies Vegetais
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Musa paradisiaca Banana Musaceae Frutífera
Nephelium lappaceum Rambutã Sapindaceae Frutífera
Oenocarpus minor Bacabinha Arecaceae Frutífera
Parkia pendula Visgueiro Fabaceae Ornamental
Passiflora edulis Maracujá Passifloraceae Frutífera
Passiflora nítida Maracujá do mato Passifloraceae Frutífera
Persea americana Abacate Lauraceae Frutífera
Plectranthus barbatus Boldo Lamiaceae Medicinal
Plinia cauliflora Jaboticaba Myrtaceae Frutífera
Poraqueiba sericea Mari Icacinaceae Frutífera
Pouteria caimito Abiu Sapotaceae Frutífera
Rolinia mucosa Beribá Annonaceae Frutífera
Rubus sp. Amora Rosaceae Frutífera
Syzygium jambolanum Azeitona preta Myrtaceae Alimentícia
Syzygium malaccense Jambo Myrtaceae Frutífera
Tabebuia sp. Ipê amarelo Bignoniaceae Madeira
Talinum triangulare Cariru Portulacaceae Alimentícia
Theobroma grandiflorum Cupuaçu Malvaceae Frutífera
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6.3. Fluxo de Processos
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS
Apesar do pouco tempo para realizar a pesquisar fazer as devidas observações, foi
possível diagnosticar alguns problemas de fácil solução que não requerem muitos gastos
e com capacidade de causar excelentes efeitos benéficos na produção. Também foi
observado problemas maiores que necessitariam de mais tempo para serem estudados e
elaboradas propostas mais consolidadas para a resolução.
7.1. Cultivos
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pupunheira, como é uma palmeira, tolera bem o consorciamento, por isso sugere-se que
realize o plantio de mais mudas dessa cultura para enriquecer o agrossistema e
consequentemente otimizar o uso dos recursos disponíveis para maior produção.
O sítio possui uma área aberta, apenas com uma espécie forrageira que mantem a
estabilidade do solo, porém é uma área subutilizada na propriedade. Logo, recomenda-se
a inserção de espécies leguminosas para melhorar as características físico-químicas do
solo para posteriormente a inserção de novos plantios a baixos custos de implantação.
Nesta área pode-se introduzir a cultura do rambutan, visto que é uma espécie nativa e com
alta aceitação no mercado consumidor ou até mesmo a expansão cultura do biribá, que
conforme relatado pelo patriarca da família, possui alto valor agregado e comercialização
facilitada pelo mercado consumidor.
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Durante avaliação, foi constatado um canteiro de produção de hortaliças, porém
ele apresentava poucas espécies convencionais. A revitalização do canteiro é uma
alternativa de renda extra para a família, pois mesmo que seja apenas para o
abastecimento da família, isso diluiria os custos destinados a aquisição desses produtos
de fora do sítio. Cabendo ainda a utilização na horta do composto produzido.
7.2. Criações
Foi constatado nos viveiros de psicultura que a qualidade da água pode está
limitando a produção do sistema, devido ao alto nível de sedimentos em suspensão no
espelho d’água, assim como a reciclagem de água, sendo está o principal insumo na
criação de peixes, é importante manter constante renovação de água para melhorar a
aeração, o microclima, criando um ambiente adequado para a produção do pescado.
Para a criação de galinhas, sendo que a viveiro dos patos está sendo subutilizado,
recomenda-se expandir a construção de mais dois galinheiros para realizar diferenciação
de galinhas de corte e de postura, isso facilitaria o manejo e aumentaria a produtividade,
já que se utilizaria espécies adequadas para cada finalidade.
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alimentação da família. Também é importante alertar sobre o manejo sanitário dos
animais, onde a vacinação é ponto crucial na produtividade e sanidade dos animais.
CONCLUSÃO
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bourgeois, A. 1995. O estabelecimento agrícola visto como sistema. In: Reynal, V.;
Muchagata, M. G.; Cardoso, A. Funcionamento do Estabelecimento Agrícola. Belém:
DAZ/NEAF/UFPA.
Schmitz, H.; Mota, D. M. 2008. Agricultura familiar: categoria teórica e/ou de ação
política?. Fragmentos de Cultura, 18(5/6): 435-446.
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Wünsch, J. A. 2010. Elementos conceituais para a representação de sistemas agrícolas.
1 ed. Documento 299. Embrapa Clima Temperado, Pelotas, 36p.
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APÊNDICES
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Figura 08: Quintal agroflorestal. Figura 09: Plantas ornamentais.
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Figura 15: Galinheiro. Figura 16: Divisão dos pintos.
Figura 17: Interior do viveiro de patos. Figura 18: Viveiro dos patos.
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Figura 21: Pepino do mato. Figura 22: Rambutan.
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