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Proteção Digital © Clever Pereira

INTRODUÇÃO
À PROTEÇÃO DIGITAL
1. MOTIVAÇÃO
; Atualmente a oferta de relés digitais é extensa e têm
desempenho igual ou superior aos relés convencionais

; Desafio imposto aos profissionais da área: assimilar e utilizar


esta nova tecnologia o mais rápido possível

; Objetivo do Curso: expor de maneira simples e objetiva os


conceitos fundamentais da PROTEÇÃO DIGITAL de modo a
orientar na sua escolha e aplicação.

2. CONSIDERAÇÕES INICIAIS

; Técnicas de proteção digital surgiram no final da década de 60,


quando vários pesquisadores desenvolveram diversos
algoritmos de proteção, inicialmente para LT’s.
; Estes trabalhos tiveram que aguardar literalmente o
desenvolvimento adequado dos computadores digitais no que
se refere à capacidade de computação e a custos para sua
aplicação prática.
; Tal desenvolvimento só foi alcançado com o advento dos
microprocessadores, o que tornou possível a competição a
níveis comerciais com os relés analógicos convencionais.
; Classificação dos Relés de Proteção quanto a sua construção:
(a) Eletromecânicos : partes móveis, contatos fixos e
móveis, mancais, eixos, bobinas, mecanismos, etc
(AE, IE, BMIP, etc)
(b) Estáticos : não possuem partes móveis (válvulas,
diodos, transistores, AO’s, CI’s)

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3. HISTÓRICO
(a) DESENVOLVIMENTO CRONOLÓGICO
; RELÉS ELETROMECÂNCOS
1901 - Sobrecorrente de Indução
1908 - Diferencial
1910 - Direcional
1921 - Distância (tipo impedância)
1937 - Distância (tipo MHO)

; RELÉS ESTÁTICOS
n PRIMEIRA GERAÇÃO (valvulados)
1925 - Piloto (Comparação Direcional / Carrier)
1930/40 - Vários relés a válvulas
1948 - Distância
o SEGUNDA GERAÇÃO (transistorizados)
1949 - Piloto (Comparação de Fase)
1954 - Distância
1959 - Sobrecorrente (versão comercial)
1961 - Distância (versão comercial)
p TERCEIRA GERAÇÃO (CI’s)
1960/70 - Vários relés
q QUARTA GERAÇÃO (microprocessados)
1969 - Distância (LT);
1972 - Diferencial de Barra e Trafo;
1973 - Diferencial de Gerador e Integração das funções
de controle e proteção;
1980 - Sobrecorrente de tempo inverso e Medições
fasoriais para estimação de estado;
1982 - Localizadores de falta;
1983 - Piloto com fibra ótica;
1984 - Registro digital de faltas;
1987 - Proteção Adaptativa;
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(b) PRIMEIRO ARTIGO TÉCNICO : PROF. ROCKEFELLER (1969)

; Lançou as bases do “Computer Relaying”

; Este artigo se adiantou à sua época uma vez que:


Æ Computadores de grande porte eram muito caros
Æ Pequenos computadores não possuíam capacidade
adequada de cálculo ou memória para execução das
tarefas relacionadas à proteção

(c) PRINCIPAIS PESQUISADORES :

Prof. Morrison : Austrália - 1970


Prof. Poncelet : França - 1970
Prof. Cory : Imperial College - Inglaterra - 1970
Profs. Walker e Tudor : Univ. of Missouri - EUA - 1970
Prof. Hope : Univ. of Calgary - 1971
Prof. Sachdev : Univ. of Saskatchevan - Canadá - 1972
Prof. Romamoorty : Índia - 1972
Prof. Phadke : AEP - 1975

(d) PRINCIPAIS COMPANHIAS :

WESTINGHOUSE (PRODAR 70)


PACIFIC GAS AND ELECTRICITY CO.
AMERICAN ELECTRIC POWER CO. (AEP)
GENERAL ELECTRIC
PHILADELPHIA ELECTRIC CO.
BONEVILLE POWER ADMINISTRATION (BPA)
PENNSYLVANIA POWER AND LIGHT CO., ETC

(e) PRINCIPAIS ENTIDADES :

IEEE (POWER SYSTEM RELAYING COMMITE)


IEE, CIGRÉ

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(f) FILOSOFIA :

; Inicial : minicomputador executando todas as funções de


proteção dentro da subestação

; Atual : microprocessadores dedicados trabalhando em


paralelo

3. VANTAGENS DA PROTEÇÃO DIGITAL


(a) ECONOMIA

Digital ⇒ reduzindo
; Custo da Tecnologia
Convencional ⇒ aumentando

; CPU ⇒ relativamente baratas

; Memória ⇒ muito barato

; Programabilidade

; Múltiplas Funções

(b) DESEMPENHO

; No mínimo igual ao dos relés convencionais

; Fácil implementação de:


¾ Ação de memória
¾ Características de Operação Complexas

; Equipamentos não requerem ajustes individuais

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(c) CONFIABILIDADE

; Auto-check e auto-monitoramento a baixo custo

; Características não mudam com a temperatura, tensão de


alimentação envelhecimento, etc.

; Pequeno número de componentes e conexões

(d) FLEXIBILIDADE

; Possibilidade de atualização constante de versões:


mudanças no projeto implicam na maioria das vezes em
modificações no software.

; Capacidade quase ilimitada de comunicação entre si,


além da possibilidade de utilização da tecnologia de
comunicação via fibra ótica.

; Flexibilidade Funcional: capacidade de realizar outras


funções tais como medições, controle e supervisão

; Total compatibilidade com a tecnologia digital introdu-


zida nas subestações.

; Capacidade de Proteção Adaptativa: parâmetros de


operação podem ser mudados automaticamente com as
condições do sistema elétrico.

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(c) PRODUTOS PARALELOS

; Análise Transitória de Faltas: através da armazenagem


em memória dos dados e posterior processamento.

; Localização de Faltas

; Multiplexação dos sinais de entrada e conseqüente


redução do número de cabos e fios na subestação.

4. LIMITAÇÕES ATUAIS DA PROTEÇÃO DIGITAL

; Limitações nas redes de comunicações atuais diminuin-


do a capacidade de troca de informações entre as
unidades digitais. (Melhoras com a tecnologia de fibras
óticas).

; Mudanças freqüentes no hardware dos equipamentos


digitais dificultam rotinas de manutenção.

; Predomínio da linguagem Assembly nos programas, o


que limita a transportabilidade de um programa de relé
de uma máquina para outra.

; Dificuldade na adaptação dos relés digitais às condições


ambientais e frente a interferências eletromagnéticas
presentes nas subestações.

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5. INTEGRAÇÃO DOS SISTEMAS DE SUPERVISÃO,


CONTROLE, AUTOMAÇÃO E PROTEÇÃO

Æ funções de medição, controle, automação e proteção


Æ informações de/para equipamentos da SE
NÍVEL I Æ comandos de controle de/para equipamentos da SE
Æ funções de diagnóstico
Æ facilidades para comunicação homem-máquina
Æ comunicações com o nível superior
Æ funções de suporte aos processadores no NÍVEL I
Æ coleta, processamento e armazenamento de dados
NÍVEL II Æ análise de seqüência de eventos
Æ facilidades para comunicação homem-máquina
Æ comunicações com os níveis I e III

Æ ações de controle a nível de sistema


Æ coleta e processamento de dados
Æ análise de seqüência de eventos e outros
NÍVEL III Æ montagem de registros oscilográficos
Æ elaboração de relatórios
Æ organização das comunicações com os níveis I e II
Æ proteção adaptativa

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