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SOLIDICFICAÇÃO
ENGENHARIA MECÂNICA
Peças fabricadas em grande escala como trilhos, barras, perfilados para construções
metálicas e certas peças moldadas sofrem as conseqüências desses defeitos, pois seus preços
de venda forçosamente reduzidos não comportam processos dispendiosos para sua obtenção.
Este defeito localiza - se habitualmente no centro da parte superior dos lingotes, região
que em geral se solidifica por último.
Geralmente tenta - se conseguir que esta chupagem seja mínima e se situe na parte
superior da peça moldada. (ver figura 3)
Para evitar esse problema, usa - se cortar a parte que contém o defeito ou usa - se
certos artifícios como “massalote” também chamado “cabeça quente”, que é um
prolongamento sobreposto à lingoteira, constituído por material refratário. Nele se conserva
quente certa quantidade de metal destinado a preencher o oco que tende a aparecer no lingote.
Com esse recurso o vazio se localiza no interior do massalote e obtém - se um lingote são.
Veja figura 4.
2.1.2. Segregação:
fig. 5a e 5b
2.1.3. Sopros:
Os metais se solidificam sempre sob uma forma cristalina, que tem inicio pela formação
de pequenos cristais em todos os pontos onde o metal em fusão atinge a temperatura de
solidificação. Esses pequenos cristais assim formados, também chamados núcleos ou centros
de cristalização, desenvolvem - se pela solidificação de novas partículas sobre eles, efetuando -
se a deposição segundo direções preferenciais denominadas eixos de cristalização. Em quase
todos os metais, esses eixos são em número de três, ortogonais entre si. Cada eixo atingindo
certo desenvolvimento, passa a emitir outros e assim por diante até toda a massa se tornar
sólida. A figura 6 ilustra a formação de um cristal.
fig. 6
Quando uma peça fundida apresenta arestas vivas, em ângulo reto, o encontro das
dentritas provenientes das duas faces que formam a aresta aproximadamente sobre a bissetriz
do respectivo ângulo.
A aderência dos grãos que assim se tocam é diminuída pela concentração de impurezas
que aí ocorre, de modo que, as peças fundidas com arestas vivas são frágeis nesses pontos.
Veja figura 7 e 8.
fig. 7 fig. 8
2.1.5. Bolhas:
As bolhas são cavidades cheias de gases, principalmente CO, que se apresentam nos
lingotes e nas peças fundidas. Freqüentemente essas cavidades se enchem de material impuro,
de ponto de solidificação mais baixo do que o resto da massa e que para elas reflue pela
compressão resultante da contração do lingote durante o esfriamento, ou pro alguma outra
causa ainda não bem esclarecida.
fig. 9
fig. 10
2.1.6. Trincas:
É muito frequente os lingotes ou peças fundidas apresentarem fissuras que podem ser
superficiais, profundas ou internas.
Sua origem comum está nas tensões excessivas que se desenvolvem quer durante o
resfriamento ou reaquecimento demasiado rápidos, quer durante o trabalho de laminação ou de
forjamento.
Outra causa pode ser as tensões que aparecem quando a temperatura da parte interna
passa por 723° C e a externa já está mais fria.
Fendas de caráter mais grave podem ocorrer principalmente nas arestas dos lingotes
pela pouca aderencia dos grandes grãos dentríticos no seu encontro sobre a bissetriz do
ângulo. Veja figura 11.
fig.11
A formação continua mesmo com a queda da temperatura, até chegar ao ponto sólido.
Como os componentes de uma liga têm diferentes pontos líquidos e necessitam diferentes
quantidades de calor para a liquefação, eles se influenciam entre si na fase do intervalo de
liquefação.
Em função das várias curvas de uma liga pode ser desenvolvido um diagrama de fases
(conforme veremos a seguir, para uma liga Pb - Sn) (ver figura 13.
Com o diagrama pode ser lido o início e o fim de solidificação para cada concentração
da liga.
fig. 13
A maioria dos metais passa por uma mudança de volume durante a transformação de
líquido para sólido. Contudo, esta variação é aproximadamente menor que 6% apenas, na
maioria dos metais.
2.5. Super-Resfriamento
fig.15
2.6.1. Objetivo:
Realizar aula prática sobre solidificação, usando misturas de chumbo e estanho, em 6
cadinhos, sendo que cada um deles contém uma liga ou mistura.
2.6.3. Materiais
1º Pb 100% 311
6º Sn 100% 228
2.6.5. Procedimento:
Cada um dos cadinhos seguiu o mesmo processo, e chegamos aos valores contidos na
tabela a seguir.
SOLIDIFICAÇÃO
450
400
350
cad. 1
300
cad. 2
Temperatura
250 cad. 3
200 cad. 4
cad. 5
150
cad. 6
100
50
0
1
16
19
22
25
28
31
34
37
10
13
40
43
46
49
52
Tem po
3.0 CONCLUSÃO
A energia interna do líquido desordenado é mais alta que do sólido ordenado, nisto
ocorre uma liberação de calor, quando o material passa do estado líquido para o sólido. Este
processo se dá durante determinado tempo a uma temperatura constante.
São vários os fatores que influem para que a curva de resfriamento não se comporte
conforme a literatura, ou seja, instantes antes da solidificação existe o super-resfriamento, a
temperatura cai abaixo da temperatura de solidificação e volta a subir, apenas nesse instante
inicia a solidificação.
Não foi possível desenvolver o diagrama de fases, pois, ocorreram alguns problemas, e
as curvas do gráfico não ficaram conforme a literatura. Os prováveis problemas são:
contaminação das amostras, vibração da mesa, movimentação do ar dentro da sala, aparelhos
não adequados, etc..
5.0 BIBLIOGRAFIA
2. VLACK, Van, HALL, Lawrence. Princípio de ciência dos materiais, traduzido pelo Eng.
Luiz Paulo Camargo Ferrão. 1ª ed. São Paulo: Edgard Blucher, 1970. 427 p.
3. CHIAVERINI, Vicente. Tecnologia Mecânica. 2 ed. São Paulo: McGraw Hill, 1986. 265 p.
4. SHIMIDT, Heinz. Tecnologia e ensaios dos materiais. São Paulo: SENAI, Departamento
regional de São Paulo, 1984.