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Do Concerto Europeu ao
2- Concerto Europeu
Ordem de Viena (1815) como um arranjo territorial e de poder que reorganiza o sistema
na era pós-napoleônica, com a característica da ausência de grandes conflitos militares e
do equilíbrio dinâmico multipolar.
4- Alsácia-Lorena / I Guerra
Região rica em recursos minerais (ferro e carvão) sob domínio francês antes da I Guerra.
É invadida pelo Império Alemão, sendo tal fato um dos agravantes causadores da I
Guerra.
7 – Tecnologia na I Guerra
A aplicação de novas tecnologias muda a dinâmica da guerra, fazendo-a a maior em
número de mortos até então. A utilização de armas automáticas de múltiplos disparos
desumaniza o processo da morte, fato que foi de muita influência para que o número de
mortos fosse maior, já que há um maior distanciamento entre os soltados. É crescente o
uso de telegramas e de espionagem dos meios de comunicação, além do uso da
criptografia para evitar interceptações (Rússia foi muito interceptada pela falta desta). Há
o uso de aeronaves, dirigíveis para o lançamentos de bombas - logo sendo substituídos
por aviões que realizam lançamentos à distância, submarinos e também gases
sufocantes.
8 – Plano Schleieffen
Plano militar executado pelo exército alemão no início da I Guerra para chegar até Paris,
buscando obter rapidamente uma vitória decisiva contra a França e em seguida objetivava
voltar sua força contra a Rússia. Contudo, não foi eficaz, havendo uma grande
contradição entre o militarismo alemão e o voluntarismo francês.
9- Brest-Litovsky – 1918
Tratado de paz em separado entre Rússia e o Império Alemão, retirando a Rússia da
guerra, dado o contexto revolucionário e a enorme insatisfação popular pelas perdas
materiais e humanas. Impõe situação de bastante derrota para a Rússia, que sai muito
enfraquecida, já que foi obrigada a abrir mão de territórios muito significativos
economicamente (parte mais industrializada e com 90% das reservas de carvão) e das
áreas economicamente mais desenvolvidas (incluindo Finlândia, Países Bálticos, Polónia,
Bielorrússia e Ucrânia. Tal tratado permite ao Império Alemão fazer guerra somente contra
o front ocidental, sendo imensamente favorável à eles para além do ganho de territórios e
recursos.
11 – Saint-Germains - 1919
Tratado através do qual há o desmonte do Império Austro-Húngaro, reconfigurando o
território europeu e dando origem à Áustria, Hungria, Tchecoslováquia, Polônia, partes da
Romênia e Bulgária, reino dos Sérvios, croatas e Eslovenos.
25- Diretório
Ordem que substitui o Concerto Europeu após a II guerra, caracterizada pelo fato de as
potências vencedoras decidirem tudo o que acontece politicamente na Europa depois da
guerra. Essa nova hierarquia internacional não significou a paz, pois a aliança EUA-URSS
que permitia acordos comuns logo cedeu lugar à desconfiança.
28- Yalta
Conferência realizada em fevereiro de 1945 na Criméia (URSS), com a presença dos 3
grandes, afirmando a concentração de poder significativa. Trataram de questões decisivas
quanto ao reconhecimento do governo da Polônia (partido comunista) e quanto à
reconfiguração de suas fronteiras, deslocadas para o lado ocidental (Linha Oder-Niesse),
explicitando prestígio da URSS. Além disso, fizeram a declaração da Europa Liberada,
com a previsão de eleições livres em todos os países que fossem sendo liberados e
fizeram a divisão da Alemanha entre as 3 potências.
30- Potsdam
Conferência dos 3 grandes (agora Stálin, Truman e Atlee) em julho de 1945, quando a
guerra na Europa já havia acabado, restando somente a guerra no pacífico. Ocorre o
teste da bomba atômica, dando a Truman maior poder de negociação e maior equilíbrio
da correlação de forças. São realizados ajustes de fronteiras e as definições finais quanto
aos territórios polonês e alemão, que tem o território dividido em 4 zonas de influência.
GUERRA FRIA
1945-1947 – Antessala da guerra fria. Criação da bipolaridade. Bombas
atômicas. Negociações de Yalta e Potsdam.
1947-1955 – Guerra Fria. Possibilidade de conflito direto, equilíbrio
precário, tensão. Não há acordos, canais ou relações entre as potências.
1955-1962 – Coexistência Pacífica. Morte de Stálin e crise de Suez como
pontos iniciantes. Rebaixamento UK e França. Discurso de Krushov.
Disputa em outros campos que não o conflito militar direto. Equilíbrio do
terror.
1962-1973 – Distensão. Crise de Berlim (1961) e Crise dos mísseis de Cuba
(1962) como pontos de viragem da política. Acordos diretos. Duopólio.
Arms Control. Risco de conflitos diretos diminui até aqui. 1973 regelo da
URSS com Brejnev, crise econômica no mundo.
1979/80-1989-91 – Nova Guerra Fria/2ª Guerra Fria. Queda do muro de
Berlim em 1989. Risco de conflitos volta a subir.
32- Trieste
Disputa por região estratégica (saída para o mar e para os Bálcãs) na Itália que era alvo
do interesse Iugoslavo. Foi uma das grandes disputas diplomáticas da Guerra Fria, e só
se resolve na década de 50 – embora desde 46 penda para o ocidente.
34- Fulton
Discurso no qual Churchill lança a expressão “cortina de ferro”, denunciando a URSS por
ter demarcado sua área de influência e controle dos territórios ao seu redor, começando a
enxerga-la como inimiga. É um dos marcos do início da Guerra Fria.
35- Kennan
Diplomata americano defensor da “política de contenção” da expansão soviética, que
perdurou durante a Guerra Fria com diferentes nomes.
40 – Período 45-47
Dois grandes vitoriosos políticos e morais da II Guerra, mas os EUA saem com a
economia favorecida, concentrando os instrumentos para ditar as regras da economia
mundial. Período de criação da bipolaridade, desenhada e afirmada na própria II Guerra.
Desdobramentos das negociações de Yalta e Potsdam servindo como antessala da
guerra fria. Bombas atômicas de Hiroshima e Nagasaki como ato inicial da Guerra Fria,
evidenciando a demonstração dos EUA de sua capacidade destrutiva que também teve
implicações no plano político.
41- Cominform
Servia como instrumento de diplomacia paralela na URSS, como “correios de
transmissão” de suas diretrizes políticas para o Leste Europeu, com políticas com
características conservadoras.
50- Sarre
Região altamente industrializada da Alemanha, importante estrategicamente e pela
produção de carvão, que ficou sob protetorado francês ao fim da II Guerra. Voltando a
integrar a Alemanha através de um plebiscito realizado na década de 50.
54- Paralelo 38
A Coreia foi governada pelo Japão desde 1910 até o final da Segunda Guerra Mundial.
Em agosto de 1945, os soviéticos declararam guerra contra os japoneses, como resultado
de um acordo feito com os Estados Unidos e libertaram o norte do Paralelo 38. Tropas
estadunidenses, logo em seguida, se moveram para ocupar o sul da península. Em 1948,
como resultado do início da Guerra Fria entre os Estados Unidos e a União Soviética, a
Coreia foi dividida em duas regiões pelo paralelo 38, com governos separados.
Representantes da zona sul (capitalista, de influência americana) e da zona norte
(comunista, de influência soviética) afirmavam, cada um, ser o legítimo governo da
Coreia, e nenhum lado aceitava as fronteiras da época como permanentes.
56- Comecon
COMECON (Council for Mutual Economic Assistance, ou Conselho para Assistência
Econômica Mútua) foi fundado em 1949, e visava a integração econômica das nações do
Leste Europeu. O aparecimento do COMECON surgiu no contexto europeu após o final
da Segunda Guerra Mundial, do qual resultou a destruição de parte do continente
Europeu e surgindo como a resposta soviética ao plano edificado pelos Estados Unidos, o
Plano Marshall, que visava apoiar a reconstrução econômica da Europa Ocidental.
58- Degelo
Após a morte de Stálin há a ascensão de Krushov, que põe em prática um
desenrijecimento mediado das políticas soviéticas, com certa liberalização quanto à
presença de novas políticas, em um período onde a censura e a repressão política foram
parcialmente relaxadas e houve a liberação de inúmeros prisioneiros políticos. Além
disso, o novo líder procurou promover uma política de "coexistência pacífica" com as
grandes potências ocidentais. Marcado também pela visita de Adenauer a Moscou.
59- “Desestalinização”
Krushov apresenta um dossiê com os crimes de Stálin no XX Congresso dos PCUS, fato
que se dá como um terremoto político. Ao descredibilizá-lo, abre caminho para a sua
política de desestalinização com o degelo. Inicia-se uma política externa bem sucedida
com o anúncio de abertura política e de relações menos intervencionista com os países
do leste, dissolvendo a Komminform e salvando a influência soviética nesses territórios. O
resultado é um período razoavelmente bem sucedido em termos de política, com a
recuperação do prestígio soviético e um crescimento significativo e acelerado quanto ao
âmbito econômico.
65 – A exceção iuguslava
O fato de a Iugoslávia ter se auto liberado das investidas nazistas na II Guerra lhe dá
maior liberdade como regime socialista em relação aos moldes e interesses soviéticos,
inclusive saindo da Komminform. Tito é visto por Stálin como inimigo e após o início da
era Krushov, em decorrência da busca de melhores relações com o Leste, as variações
das vias ao socialismo deixaram de ser uma questão. Tito leva a Iugoslávia em direção
aos não-alinhados, fazendo parte do núcleo central de liderança política e protagonismo
do grupo, buscando não se tornarem completamente reféns às superpotências.
70 – Especificidade da França na GF
A França, comandada por DeGaulle, busca situação de maior independentismo em
relação aos EUA, rejeitando o Tratado de Moscou e o TNP até que possuíssem armas
nucleares. Saem da OTAN e no contexto europeu, buscam vetar a entrada do Reino
Unido nos programas de integração.
71- Regelo
A partir de 1966 após a mudança de governo, com a entrada de Brejnev – figura mais
fechada politicamente. Há regelo sobretudo interno, com reforço do controle estatal na
economia e na política.
82 – Anzus (1951)
Australia-New Zealand-United States. Tratado de segurança celebrado pelos países cujas
iniciais formam a sigla, marcou a formação de uma aliança militar defensiva no Pacífico
Sul, havia o comprometimento de revidar qualquer agressão direta aos seus membros.
Fez parte de uma série de acordos criados pelos EUA na era 1949-1955 como parte da
sua resposta coletiva à ameaça soviética.
89- 3o Mundo
Termo usado para descrever os países posicionados como neutros na Guerra fria, não
alinhados a nenhum dos blocos. Ao colocar que seu alinhamento não era automático,
buscavam melhores negociações e vantagens, objetivando uma maior margem de
manobra frente às superpotências. O conceito mais amplo também define países em
desenvolvimento ou subdesenvolvidos.
90- Pan-arabismo
Movimento político que busca a união dos países de língua e civilização árabe em uma
grande comunidade de interesses. Movimento para unificação entre as populações e
nações árabes do Oriente Médio, possui estreita vinculação com o nacionalismo árabe,
baseado em preceitos nacionalistas, seculares e estatizantes. Opôs-se ao colonialismo e
à política ocidental de envolvimento no mundo árabe, tendo Nasser como principal
expoente.
91- Pan-africanismo
Ideologia que propõe a união de todos os povos da África como forma de potencializar a
voz do continente no contexto internacional, em parte responsável pelo surgimento da
Organização da Unidade africana (1963). Propunham a unidade política de toda a África e
o reagrupamento das diferentes etnias divididas pelas imposições coloniais. Em
conjunção com o pan-arabismo, ajudaram a legitimar algumas organizações
internacionais.
98- Fronteiras de 67
Fronteiras entre palestina e Israel pré-guerra dos seis dias, frequentemente citadas pelos
países árabes para uma possível solução do conflito árabe-israelense.