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Tive de sair. Josephine estava me dando nos nervos.

Eu estava me dando nos nervos, com meu descontrole.

Quanto ela achava que um homem saudável poderia aguentar? Pior: quanto ela achava que
um homem completamente enlouquecido poderia suportar?

Era exatamente assim que eu sentia naquele momento: completamente louco por ela, louco
de ódio, querendo quebrar a casa inteira de ciúme e por sua rejeição.

Se ela soubesse como estava cada vez mais enlouquecido, devastado por sua presença.

Como eu agradecia quando ela não estava e assim não tinha que controlar o desejo de montar
em cima dela como um animal, rasgar suas roupas e comê-la até sentir minhas bolas
despejarem toda porra que eu estava guardando para ela, quando parei de comer as mulheres
que comia por aí.

Se eu a comesse com toa força das trocentas punhetas que andei batendo pensando nela
esses dias.

Beijá-la, ao menos beijá-la...

Nos meus sonhos eróticos, e eu vivia tendo a impressão de tê-la em meus braços, como num
sonho, num sofá, cálida e doce e movendo uma boca com sabor de mel sobre a minha, como
um anjo tentador.

Um beijo doce, muito doce. Sentia perfeitamente tudo, revivendo aquelas impressões como se
tivessem sido reais.

Sentia até eu me contendo para não machucá-la, o cuidado que tive para não toma-la com
voracidade...era tão perturbadoramente real.

É como se já a tivesse beijado de verdade...eu tinha aquele sonho frequentemente, como uma
obsessão.

De seu corpo entrelaçado ao meu. Podia até ouvir seus gemidos sufocados...Podia sentir a
maciez de seus lábios polpudos. Era estranho.

O primeiro beijo de Josephine, conhecer sua boca virginal. Um dos meus sonhos eróticos
preferidos.

No meu sonho, eu a dizia...

“Seu primeiro beijo é meu, eu sou seu homem”.

Era assim que me sentia.

E ela agora resolvera pegar pesado, justamente quando sabe que vou embora. O que ela quer
fazer comigo, me matar?

Do jeito que já estou louco bêbado e sem sexo, só pode. Especialmente de biquini azul e se
mostrando para os outros.

Não iria ser nada fácil ir embora, porra!

Não queria ir embora e deixá-la para ser comida pelos gaviões quando sentia que ela me
pertencia!
Mas por Deus, eu não podia, eu não podia...

E ela vem me provocar justamente quando estou prestes a ir embora, impiedosa, para me dar
um golpe de morte!

Eu me sentia assim: morrendo de desejo e frustração.

Senti-me muito mal por ter perdido o controle com minha mãe.

A cada dia que passava eu percebia que era mais e mais doloroso a possibilidade de magoá-la.

Também não aguentaria vê-la com aqueles seus adoráveis vestidinhos de algodão, as roupas
lilases que gostava de usar. Também não poderia mais suportar vê-la se aproximar com seu
decote e seu maravilhoso cheiro natural, inclinando-se sobre mim, enquanto eu a ensinava
cálculo e ela fingia não saber, aquela diabinha, deixando-me alucinado.

E para piorar a situação, aquela diaba linda estava agora se exibindo para mim e para os
outros.

Viera se oferecer para mim como uma putinha linda, um anjo demoníaco na minha porta, com
aquela camisola transparente e aquela maquiagem e o cheiro delicioso e promíscuo do
perfume que ficara encantador com a inocência dela.

Era puro feitiço em minhas narinas.

Feiticeira maldita.

Se ela soubesse o quanto ficara louco para pegá-la naquele dia, levantar sua camisola e a
possuir sem dó...

Tirando sua virgindade com força para puni-la por me tentar tanto, por desafiar o demônio
ruim que existia dentro de mim.

Mas cada vez mais um espírito de decência tomava conta de mim.

Diabo, eu precisava ir embora...

Eu me perguntava por qual maldita razão ainda não tinha ido embora para San Jose. Por minha
família?

Eu duvidava. Eu não era ainda tão bom assim, apenas estava começando a me tornar um
homem decente.

Estava tentando e falhando miseravelmente.

Falhando de todas formas, pensei, pensando em minha virilidade que, bem...Não queria
pensar sobre aquilo.

Suspeitava que estava ficando brocha, e não queria admitir certas coisas.

Maldição, não é uma honra para um homem admitir essas coisas...Pior que tinha certeza de
que estava tudo bem comigo, fisicamente, problema não era a bebida...O problema era ela...

Aquela maldita atormentadora.

Porque bastava pensar nela um pouquinho, só um poiquinho, e tudo funcionava


perfeitamente.
Meu pau continuava grosso e duro como sempre, mas agora era um pau seletivo. Um pau
exigente.

Um pau com dona.

E não aguentava mais foder mulheres e pensar nela. Com o tempo nem isso mais funcionava.

Eu estava me tornando um miserável, e ficava com vontade de beber ainda mais. Estava
rendendo menos no trabalho, já que estava tentando trabalhar via escritório e conferência
parcialmente e assim poder fazer companhia à minha família.

Minha mãe, avó e irmã estavam sempre exigindo minha presença, e querendo ou não, eu
estava tentando me reaproximar do meu velho aqueles tempos.

Por pior que nos déssemos, era meu pai. Eu, ao meu modo, amava-o, e sabia do que modo
duro dele, eu me amava.

Mas ainda estava cheio de raiva e frustração por não ser compreendido e agora por ser
provocado sem piedade por Josephine.

Não é fácil para um homem como eu admitir certas coisas. Josephine daquele jeito que estava
me desafiando, topetuda, não merecia certas coisas.

Problema que tudo aquilo que me tomava e incendiava não queria obedecer às minhas
ordens.

Bem que eu queria dar umas lições nela quando a vi dizer que ia sair com aquele vagabundo
sedutor do Zack.

Não confiava naquele sujeitinho de merda.

Metido a bonzinho, achando-se muita coisa, metido a galanteador. As garotas que


frequentavam o Haras todos ficavam caidinhas.

Ele era um bandido, um vagabundo perigoso e sempre passava uma conversinha nas
mulheres.

Odiava esse tipo que se fingia de herói para baixar as calcinhas mais facilmente. Um hipócrita.

Desconfiava sobre algo entre ele e Allegra e ele Agatha, e já conversara com meu pai a
respeito.

Não queria Josephine perto dele.

Qualquer coisa, ele estaria ferrado. Estávamos de olho nele. Finalmente estava bem óbvia sua
arrogância. Não gostava nada dele.

Mas fundo era por isso que eu não ia embora de Sacramento: para vigiar Josephine, mesmo ao
longe.

Sei que ela já estava crescida, já fizera 18 anos...Já estava preparada para aguentar uma foda
bem dada, aliás, eu queria dar a ela muitas fodas bem dadas.

Mas era exatamente por isso que eu estava tentando não a pegar e virá-la do avesso de tanto
meter: porque eu gostava dela.
Eu gostava muito, muito de Josephine...Eu gostava de Josephine de uma forma
assustadoramente profunda, embora isso agora ela fizesse meu coração martelar de raiva.

No fundo estava me ferrando para Allegra, era com Josephine que eu me importava e , agora,
sentia humilhantes ciúmes me corroendo e tirando minha dignidade de homem.

E aqueles ciúmes malucos era justamente o que faltava para mim para entender certas coisas.

Eu não suportava a ideia de vê-la com outro, no entanto, eu não poderia possui-la.

Não um homem horrível e criminoso como eu.

Se Josephine soubesse quem realmente sou, o que fiz no passado, da minha natureza ruim e
meu passado pior ainda, ela jamais olharia na minha cara.

Eu não podia mais suportar. Estava ficando louco. Deveria ter ido embora há muito tempo ao
menor sinal de encrenca.

E agora estava atormentado por sua visão de biquin.

Que linda boceta que ela tinha. Um lobo faminto, esfomeado apareceu em mim, querendo me
ajoelhar e morder e chupar aquele triângulo apertado naquele biquini azul.

Queria enfiar meu nariz lá e depois afundar a língua naquela bocetinha virgem... E ela estava
mostrando pra qualquer um aquela coisinha linda e apertada.

Estava balançando por aí aquela bunda perfeita, mais perfeita e empinada que em meus
sonhos.

Ela não iria balançar a bunda para aquele cafajeste. Não daria um minuto de paz para os dois
amanhã.

Iria para Daves e iria colar em Josephine. Ela que me aguentasse.

Cansado, resolvi sair para beber.

E quando voltei, completamente embriagado, rascunhei qualquer coisa num bilhete, e


coloquei debaixo de sua porta.

Pior foi quando acordei no dia seguinte, de mau humor e ressaca, vendo as horas e
percebendo

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