Você está na página 1de 2

O Momento de Conexão entre a Expertise das Máquinas e a Astúcia Humana

Não por acaso, mas sim por necessidade, devido a destreza da Inteligência
Artificial em ser preditiva encurtou, em muito, o tempo de comprovação de teses e teorias
sobre várias áreas do conhecimento humano.

Na ciência é sabido que todas as inovações, seja através de produtos, seja


por procedimentos, precisa de exaustivos testes de eficácia/eficiência para posteriormente
serem liberados para uso na rotina em pacientes, e não poderia ser diferente, pois não se
pode errar ao tratar uma vida.

Essa demanda de tempo sempre foi muito angustiante (e dispendiosa), pois


o doente não conta com tanto tempo e qualidade de vida quando acometido por algum mal.

Com o avanço dos apelos pelo não uso de animais em experimentos clínicos
e farmacológicos, favoreceu de maneira fugaz o desenvolvimento de modelos experimentais
baseados em lógica algorítmica e analítica de dados que são os fundamentos da Inteligência
Artificial (IA) na Estruturação de Dados (BIG DATA) através de seus métodos de
Aprendizagem de Máquinas, Aprendizagem Profunda, Redes Neurais Convolucionais e seus
resultados.

Em seu artigo em fevereiro de 2017, Helvio Caldeira


​ ttps://cmtecnologia.com.br/blog/inteligencia-artificial/​) ​afirma que os programas de inteligência
(h
artificial e medicina são, na verdade, baseados em modelos simbólicos de essência
nosológica e se relacionam com os fatores ligados ao paciente e a suas manifestações
clínicas. Sendo a nosologia a ciência que trata da classificação das doenças.

No final de Janeiro,
p.p. houve divulgação pela mídia
​ ttps://www.bbc.com/news/technology-51315462​) ​de uma IA criada pela startup britânica
(h
Exscientia e pela empresa farmacêutica japonesa Sumitomo Dainippon Pharma, que criaram
um medicamento que deve ser testado em humanos em pouco tempo. O remédio será usado
no tratamento de pacientes com Transtorno Obsessivo-Compulsivo (TOC).

Assim como no meio Jurídico, que na última década gerou uma enormidade
de dados, estimado em vários Petaytes(1024Terabytes), após o evento dos Processos
Eletrônicos (​ ​http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004- 2006/2006/Lei/L11419.htm​) ​normatizados pelo
Conselho Nacional de Justiça (CNJ)
(https://www.cnj.jus.br/programas-e-acoes/processo-judicial-eletronico-pje/)​, também a área da Medicina
Radiológica construiu um acervo estimado em vários Exabytes(1024 Petabytes), com a
digitalização das imagens e o uso padronizado da linguagem Dicom
​ ttps://pt.wikipedia.org/wiki/DICOM ​).
(h
Em comum, essas duas áreas do conhecimento convergem para o uso
maciço da IA ,objetivando predizer resultados e solucionar expectativas de soluções para
seus inúmeros casos semelhantes.
Na Ciência Jurídica, se destaca o desenvolvimento de algoritmos analíticos,
que permitem fazer estimativas quanto aos recursos necessários para que um algoritmo
resolva um determinado problema computacional
​ ttps://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%A1lise_de_algoritmos​), ​buscando as decisões judiciais
(h
análogas que sirvam de modelos para desafogar a imensa fila de Processos Judiciais.
(​https://www.conjur.com.br/2018-ago-27/judiciario-brasileiro-801-milhoes-processos-tramitacao​)

Na Ciência Médica Radiológica, que sempre foi pioneira no uso de


Tecnologias de ponta em seus procedimentos diagnósticos e terapêuticos, alguns avanços
na utilização de IA já fazem parte da rotina, a saber: ​– Otimizadores de ​worklist ​ou fluxo.
Exemplo: algoritmos para tentar identificar situações para priorização de laudo, como sangramento
intracraniano em tomografia de crânio; – Identificação de padrão não identificável pelo humano.
Exemplo: algoritmo para avaliar textura do pulmão fetal em exames de ultrassom obstétrico e prediz
maturidade pulmonar; – Pré- análise em casos de alto volume de dados. Exemplo: algoritmo para
detectar micronódulo pulmonar e já sinaliza ao radiologista, diminuindo a chance de não detecção por
fadiga do profissional em jornadas longas, – Melhora na qualidade da imagem adquirida. Exemplo:
algoritmo para reduzir tempo de aquisição de sequência de ressonância magnética
(​https://newslab.com.br/edicao-157/​).

Sim, estamos indo a passos largos, mas sedimentados, em análises sólidas que podem ser
comprovadas e testadas exaustivamente, já que sempre são de códigos aberto.

Autor: Henrique Marcelo Guérin Reis, MsC em Ciência da Saúde, Médico Veterinário e Zootecnista. Acadêmico
e Professor Assistente na Brazcubas Educação (Grupo Cruzeiro do Sul Educacional). Jacareí, 04 de fevereiro
de 2020. ​henrique.reis@brazcubas.br
https://www.facebook.com/Câmara-Nacional-de-Justiça-Arbitral-Henrique-M-Guérin- Reis-106808044138781/
https://www.linkedin.com/in/henriqueguerin/

Você também pode gostar