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Relatório de Estágio Supervisionado I e II
Relatório de Estágio Supervisionado I e II
FACULDADE DE GEOLOGIA
MARABÁ – PA
2019
RICARDO AUGUSTO ALVES MEDINA
Relatório de Estágio
Supervisionado I e II apresentado
como requisito parcial para a
obtenção do título de Bacharel
em Geologia, pela Universidade
Federal do Sul e Sudeste do Pará.
MARABÁ – PA
2019
RESUMO
Figura 7 - Fichas cadastrais de acervo. A) Pastas com todas as fichas. B) Exemplo de ficha
preenchida. .......................................................................................................................... 12
1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 6
1.1 - DESCRIÇÃO DA UNIDADE CONCEDENTE DO ESTÁGIO ................................. 6
1.2 - OBJETIVO DO ESTÁGIO E RESUMO DAS ATIVIDADES ................................... 7
2 - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO ...................................................................... 8
2.1 - ORGANIZAÇÃO DO ACERVO ............................................................................... 8
2.2 - ACOMPANHAMENTO NA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOS ...... 13
2.3 - PARTICIPAÇÃO EM DIÁLOGOS DE SAÚDE E SEGURANÇA .......................... 13
2.4 - PRINCIPAIS PROBLEMAS E VANTAGENS DO ESTÁGIO ................................ 13
2.5 - RELAÇÃO DO ESTÁGIO COM O CURSO ........................................................... 14
3 - CONCLUSÕES ........................................................................................................... 14
3.1 - APRENDIZADO PRÁTICO .................................................................................... 14
3.2 - RELACIONAMENTO PROFISSIONAL ................................................................. 14
3.3 - SUGESTÕES PARA A UNIVERSIDADE .............................................................. 14
3.4 - CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 15
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1 - INTRODUÇÃO
Os museus podem ser definidos como instituições sem fins lucrativos, abertas ao
público e que conservam, investigam e expõem os objetos que testemunham a história do
homem e que possuem papel importante na cultura, educação e cidadania. Nesse sentido, a
Fundação Casa da Cultura de Marabá (FCCM), instituição de pesquisa e preservação histórica
da região sul e sudeste do Pará, desempenha funções de museu histórico, antropológico e
natural da região.
A FCCM tem origem em 1982 com o Grupo Ecológico de Marabá, que surgiu num
contexto de alerta para a preservação da história regional, tendo em vista as transformações
que o Projeto Grande Carajás poderia trazer para a região. Foi fundada como FCCM em 15 de
novembro de 1984 e trata-se de uma instituição de referência nacional e internacional em
pesquisa e preservação patrimonial, atuando nas áreas de Arqueologia, Educação Patrimonial
e Etnologia; Espeleologia, Bioespeleologia e Geoespeleologia; Geologia; Educação
Ambiental, Etnobotânica e Zoologia.
A fundação possui um amplo acervo de amostras geológicas, frutos de doações não só
de Marabá e região, mas também de regiões vizinhas. Isso confere um volume material
interessante, que deve ser preservado para atender ao público atual, mas pensando nas futuras
gerações. Nesse aspecto a instituição conta com uma equipe multidisciplinar e que também
tem apoio de estagiários de diversas áreas. Dessa forma, o presente relatório trata sobre as
atividades de estágio desempenhadas no setor de Geologia, que objetivaram o contato
profissional com essa área de conhecimento a partir da organização de um vasto acervo
geológico importante para a região.
Figura 1 - Espaço físico da realização do estágio. A) Mesas e computador. B) Mesa central com peças
arqueológicas em exposição e Reserva Técnica ao fundo. C) Museu Municipal, localizado na FCCM. D)
Exposição de geologia no interior do museu.
Fonte: Autor.
2 - DESENVOLVIMENTO DO ESTÁGIO
Figura 2 - Armazenamento das amostras. A) Em caixas de arquivo numeradas. B) Em caixotes de plástico com
as amostras maiores.
Fonte: Autor.
Foi feita uma conferência do material existente em cada uma delas, comparando com
as informações disponíveis nas listas e fichas cadastrais. Muitas amostras listadas estavam
ausentes nas suas respectivas caixas ou não correspondiam com a descrição na ficha cadastral,
o mesmo foi feito com as amostras expostas no museu. A partir disso, foram listados diversos
problemas na organização do acervo, que incluíam:
A resolução desses problemas se iniciou pelo levantamento das amostras com situação
irregular e elaboração de planilhas com a descrição de cada problema a ser resolvido (Figura
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3A). A partir disso, foram feitas as descrições das amostras, levando em consideração os
aspectos texturais, mineralógicos, estruturais (se for o caso), coloração, estado de conservação
(se a amostra é adequada para exposição ou aulas didáticas) e dimensões. Quanto àquelas com
incompatibilidade com as informações nas fichas, foram feitas novas descrições, com o
auxílio de lupa, trena e caneta magnética (Figura 3B).
Figura 3 - Acompanhamento e descrição das amostras. A) Planilha de acompanhamento com informações sobre
as amostras irregulares. B) Material utilizado para as descrições.
Fonte: Autor.
Fonte: Autor.
Figura 5 - Banco de dados. A) Um dos códigos desenvolvidos na ferramenta VBA, para a automatização do
cadastro. B) Interface para cadastro e busca das informações, com respectivos botões (indicados pelas setas
vermelhas).
Fonte: Autor.
Quanto às amostras sem RG, com número ilegível, trocado ou repetido, foram
tomadas decisões de acordo com cada caso: a) atribuição de um novo número, caso a amostra
seja importante e esteja com as informações cadastrais completas (principalmente sobre a
procedência e doador); b) catalogação da amostra (sem número) em um banco de dados
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separado, para ser utilizada em aulas didáticas; c) descarte da amostra, caso o estado de
conservação não seja satisfatório para nenhum dos casos anteriores. Apenas uma amostra foi
renumerada. Ao todo, 43 amostras foram enquadradas no caso (b), armazenadas
separadamente das amostras principais (Figura 6) e suas respectivas descrições foram
organizadas em uma guia separada no banco de dados. Poucas amostras foram destinadas ao
descarte.
Fonte: Autor.
A ausência de dados sobre procedência e doador no banco foi resolvida com uma
rápida conferência nas fichas cadastrais. Caso fosse encontrada alguma incompatibilidade de
informações, a amostra também era enquadrada no caso (b). Ao todo existem cerca de 1000
fichas organizadas em pastas (Figura 7A), e muitas delas são de amostras que já haviam sido
descartadas. Atualmente, o acervo conta com apenas 420 amostras e muitas delas não
continham foto. As fotos foram tiradas com câmera Nikon DSLR D5200 e adicionadas nas
respectivas fichas (Figura 7B).
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Figura 7 - Fichas cadastrais de acervo. A) Pastas com todas as fichas. B) Exemplo de ficha preenchida.
Fonte: Autor.
Após a organização do acervo, são emitidos os laudos técnicos, onde constam dados
cadastrais e descrições das amostras, e que são assinados pelo responsável do acervo (geólogo
Pablo José Leite dos Santos) e responsável pela descrição (estagiários). Aproximadamente
150 laudos haviam sido elaborados, assinados e carimbados anteriormente à execução deste
estágio (Figura 8A). Felizmente, apenas um deles pertence a uma das amostras com
problemas citados anteriormente. Aproximadamente 40 novos laudos, das outras 300
amostras que foram descritas durante o estágio, também foram emitidos (Figura 8B).
Figura 8 - Laudos técnicos. A) Livro onde contém os laudos do setor de geologia. B) Exemplo de laudo emitido.
Fonte: Autor.
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comunidade externa nas suas atividades, principalmente de campo, pois um dos principais
projetos, o Projeto Sarã, ainda se encontra em fases iniciais e infelizmente ainda não dispõe de
vagas para voluntários. Dessa forma, a participação dos estagiários no projeto se limita, por
enquanto, às atividades de escritório.
3 - CONCLUSÕES
ou DRX. Apesar de já existir uma parceria entre a universidade e a instituição para este
trabalho, ainda não há uma boa participação dos estagiários nessas atividades, o que poderia
compor parte das horas de estágio nos laboratórios da Unifesspa. Fortalecer esse vínculo e
incentivar a participação dos estagiários nessas tarefas poderia trazer um volume de dados
ainda não disponível para o acervo e certamente enriqueceria as informações existentes no
banco de dados.