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RESERVATÓRIOS DE PETRÓLEO
Notas de Aula
Luiz de Siqueira Menezes
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CAPÍTULO 1
Componentes do Petróleo.
Fases do Petróleo.
Comportamento Molecular.
A atração molecular pode ser considerada como uma pressão interna já que é
inerente ao sistema e atua sobre as moléculas da mesma maneira que a pressão externa.
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As forças de atração entre as moléculas variam com a distância entre elas, de modo
inverso, aumentando à medida que as moléculas se aproximam. Também variam com a
massa da molécula, aumentando à medida que a massa aumenta.
Mudança de Fases
Hidrocarbonetos Puros
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Fig 1.1 - Pressão de vapor vs temperatura para hidrocarboneto puro.
Misturas de Hidrocarbonetos.
Em uma mistura de dois componentes, o sistema não é tão simples quanto com
um componente puro. No lugar de uma única curva representar o relacionamento
pressão-temperatura, haverá uma região do diagrama em que duas fases coexistirão. A
Figura 1.2 é um diagrama de fases de uma mistura com 50% de dois hidrocarbonetos,
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digamos propano e heptano. Superpostas no diagrama estão as curvas de pressão de
vapor das duas substâncias em seus estados puros.
Fig. 1.2 - Diagrama de fases para mistura com 50% de cada componente.
A região de duas fases do diagrama de fases é limitada num lado pela curva dos
pontos de bolha e no outro pela curva dos pontos de orvalho, unindo-se as duas curvas
no ponto crítico. Um ponto de bolha ocorre quando o gás começa a sair de solução do
óleo à medida que a pressão diminui, enquanto um ponto de orvalho é alcançado,
quando o gás começa a se condensar por um aumento da pressão. É importante notar
que, para uma dada temperatura, a pressão em que uma mistura de dois componentes se
condensa totalmente é inferior à pressão em que o componente mais leve se condensaria
se não estivesse misturado. A pressão em que uma mistura de dois componentes se
vaporiza totalmente é maior que a pressão em que o componente mais pesado se
vaporizaria se não estivesse na mistura. Isto é causado pela força de atração entre
moléculas de mesmo e de diferentes tamanhos. A atração da molécula mais leve pela
mais pesada liquefaz a molécula mais leve a uma pressão menor que as moléculas mais
leves se auto-atrairiam se estivessem sozinhas. A atração da mais pesada pela mais leve
gaseifica a mais pesada numa pressão maior que as mais pesadas se auto-atrairiam se
estivessem sozinhas.
A linha vertical A-B, que indica a queda de pressão com temperatura constante,
mostra a mudança de fase que o petróleo sofre no reservatório, à medida que a pressão
vai caindo em virtude da produção dos fluidos. No decorrer desse processo, o gás vai
saindo de solução do petróleo, em quantidades que dependem da queda de pressão.
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Fig. 1.3 - Diagrama de fases de um petróleo no reservatório.
Separação em Equilíbrio.
Petróleo de baixo encolhimento.
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atração por outras moléculas. À medida que prosseguimos a descompressão,
componentes mais pesados começam, também, a se vaporizar, até que apenas uma
fração da amostra original se mantém no estado líquido. Porções de todos os
componentes da amostra, incluindo os pesados, mudaram de fase, mas a composição da
fase gasosa é predominantemente de componentes leves. Em virtude da liberação do
gás, a parte líquida da amostra, que restou, tem volume menor que o original, havendo,
portanto, um encolhimento do petróleo. Esta mudança está ilustrada na Figura 1.4 para
um típico petróleo de baixo encolhimento, que é o mais encontrado na natureza.
Separação em Equilíbrio.
Petróleo de alto encolhimento.
Certos petróleos são conhecidos como de alto encolhimento porque sua redução
de volume, em virtude da redução de pressão, é maior que a redução do petróleo típico,
normalmente encontrado na natureza. O termo “alto encolhimento”, que algumas vezes
tem como sinônimo o termo “condensado”, é qualitativo, pois não há um conjunto de
especificações para classificar um petróleo como de alto ou baixo encolhimento. Esses
condensados têm alto encolhimento porque sua composição é mais rica em frações
intermediárias e menores quantidades de componentes pesados.
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O comportamento dos condensados a alta pressão é diferente dos petróleos
típicos. Já com uma pequena queda da pressão, a partir da pressão de saturação (de A
para B), grandes quantidades de frações intermediárias e pesadas saem de solução
juntamente com as mais leves. A presença de grandes quantidades de componentes
intermediários é que caracteriza o petróleo de alto encolhimento. A alta taxa de
encolhimento nas altas pressões se dá, não somente pela atração que as moléculas leves
de gás causam nas intermediárias ainda líquidas, em virtude de suas proximidades, mas
também pelo alto nível de energia cinética das frações intermediárias no líquido.
À medida que a pressão diminui (de B para C), a atração das moléculas leves de
gás sobre as intermediárias do líquido diminui, em virtude do aumento da distância
entre elas, com isso permitindo a predominância da atração das frações pesadas do
líquido sobre as intermediárias ainda restantes no líquido, freando a taxa de vaporização
nas pressões medianas. A tendência à vaporização das frações mais pesadas, ainda sob a
forma líquida, nas pressões mais baixas (de C para D), aumenta pelos mesmos motivos
dos petróleos típicos, embora em maior nível, em virtude da presença relativamente
maior de intermediários no líquido. Assim, os condensados se comportam de modo
semelhante aos petróleos típicos, nas baixas pressões, exceto pelo maior grau de
encolhimento. As características de encolhimento dos condensados são de grande
importância no projeto das instalações de separação na superfície.
Separação em Equilíbrio.
Gás Úmido.
O comportamento de um chamado gás úmido é mostrado na Figura 1.7 em que a
temperatura do reservatório está acima da temperatura crítica de condensação da
mistura. Nestas condições, uma queda de pressão de A para B não ocasionará
condensação de líquido no reservatório. No entanto, a passagem do gás da temperatura
do reservatório para a de superfície, mais baixa, ocasionará a formação de líquido. Isto é
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causado pela diminuição da energia cinética das moléculas pesadas, em virtude das
menores temperaturas, com a subseqüente mudança para líquido causada pela força de
atração entre as moléculas.
Separação em Equilíbrio.
Gás Seco.
O diagrama de fases de um gás seco é mostrado na Figura 1.8. Como a
temperatura do reservatório se encontra acima da temperatura crítica de condensação da
mistura, tal qual no reservatório de gás úmido, não haverá condensação com a queda da
pressão de A para B. A passagem do gás seco para as condições de superfície, não
gerará líquidos, permanecendo toda a mistura no estado vapor. Neste caso, a energia
cinética é tão alta e a atração entre as moléculas tão baixa que não há coalescência.
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Fig. 1.8 - Diagrama de fases de um gás seco.
Separação em Equilíbrio.
Gás Condensado Retrógrado.
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Fig. 1.9 - Diagrama de fases de um gás condensado retrógrado.
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CAPÍTULO 2
Molhabilidade
seca quando removida, mostrando que o mercúrio é mais adesivo a ele próprio do que à
água. A água não aderirá a uma haste de vidro lambuzada com graxa, mas, uma haste
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limpa de bronze ou zinco será molhada tanto pela água quanto pelo mercúrio, em
virtude da adesão entre esses materiais e os líquidos. Um líquido, então, molha um
sólido quando a adesão do líquido ao sólido é maior que a coesão entre as partículas do
líquido.
Tensão Superficial
A superfície dos líquidos é quase sempre coberta com o que parece ser um filme.
Apesar de esse filme possuir uma resistência muito baixa, ele, no entanto, age como
uma fina membrana que resiste a ser rompida. Acredita-se ser isso devido à atração
entre as moléculas de um dado material, como representado na Figura 2.2. Existe,
portanto, uma tensão na superfície de um líquido que é chamada tensão superficial. Se,
cuidadosamente colocada, uma agulha flutuará na superfície da água, suportada pelo
filme, apesar de consideravelmente mais densa que a água.
Pressão Capilar
Alguns efeitos da molhabilidade e da tensão superficial são mostrados na Figura
2.3. Uma gota de água que molha uma superfície se espalhará apesar da tensão na
superfície do filme. Já uma gota de mercúrio, que não molha a superfície, será contida
pela tensão superficial apesar da massa do mercúrio tender a espalhar a gota.
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Se a ponta aberta de um tubo capilar de vidro for inserida na água, a combinação
da tensão superficial com a molhabilidade da água no tubo faz com que a água, no
interior do tubo, suba acima do nível da água fora do tubo (Fig. 2.4). Se o tubo capilar
for inserido em mercúrio, a falta de molhabilidade do mercúrio no vidro do tubo capilar,
juntamente com a tensão superficial do mercúrio, vai impedir que o mercúrio penetre no
tubo até atingir o nível no frasco.
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em dois cavaletes resiste a se deformar se um peso for colocado sobre ela. Se um peso
maior for colocado, a chapa se deformará mais. Isso é similar ao que ocorre quando a
água molha o tubo capilar e sobe por ele, levado pela molhabilidade do líquido e pela
adesão do líquido ao tubo. Ao mesmo tempo o peso da água tende a deformar o filme
para baixo no centro do tubo (justamente como fez o peso apoiado na chapa).
A água subirá em um tubo capilar por ser o seu peso menor que a força para
cima resultante da molhabilidade da água no vidro. Para tubos menores, a quantidade de
contacto do filme com o vidro se reduz na proporção da redução da circunferência do
tubo. Esta redução do contacto, e em conseqüência a redução na força criada para cima,
é, no entanto, menor que a redução no peso de água contida no tubo capilar. Portanto,
com a diminuição do diâmetro do tubo capilar, como o decréscimo da força para cima é
menor que o decréscimo no peso da água, esta subirá para um nível mais elevado.
Outro efeito também acontece no tubo capilar. A curvatura do filme ocorre por
causa do peso da água por unidade de área do filme. Para uma dada área de filme, o
peso de água suspenso é maior no tubo de menor diâmetro porque a altura de água é
maior. Assim, menor o diâmetro do tubo capilar, mais a água sobe e maior se torna a
curvatura do filme.
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razão é que agora o gás, a água e o óleo estarão em espaços de dimensões capilares. A
combinação da molhabilidade, da tensão superficial e da diferença de densidade entre os
três fluidos alterará a maneira com que eles se distribuirão; as forças presentes entre os
fluidos nos capilares, causadas por esses fatores, são chamadas de forças capilares.
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uma importante tendência em relação ao que diz respeito ao conteúdo de água de
arenitos com diferentes permeabilidades, como ilustrado na Figura 2.8.
Fig. 2.8 - Efeito das dimensões e forma dos poros na distribuição da água conata.
Para uma dada altura acima do nível de 100% de água, a pressão capilar em dois
poros de tamanhos diferentes será igual. Assim, o filme entre água e óleo terá a mesma
curvatura, já que a pressão capilar é a mesma; conseqüentemente, a quantidade de água
nos interstícios da rocha será a mesma. Nos poros maiores, haverá, então, uma maior
quantidade de óleo, e a porcentagem de água nos poros menores será maior que nos
maiores. De modo geral, quanto menor a permeabilidade de um dado arenito, maior será
a fração de água conata em seus poros.
Para uma mesma permeabilidade, a zona de transição entre água e óleo será
mais espessa verticalmente do que entre água e gás, como mostrado na Figura 2.9. A
diferença de peso específico entre a água e o gás é grande, causando uma zona de
transição de pequena espessura, enquanto a diferença de peso entre a água e o óleo é
bem menor, causando uma espessura maior de zona de transição. Dentro do mesmo
raciocínio, a zona de transição entre óleo e gás também é pouco espessa.
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Se a permeabilidade da rocha é muito baixa, as zonas de transição entre água e
óleo e óleo e gás serão mais espessas do que as que ocorrem em ambientes de maior
permeabilidade. Isso é verdadeiro, pois os arenitos de baixa permeabilidade têm
aberturas de poros menores, fazendo com que a água suba mais alto do que no caso de
maiores permeabilidades, que têm poros maiores. Resumindo, a natureza e espessura da
zona de transição entre água e óleo, óleo e gás e água e gás são influenciadas por vários
fatores, dentre os quais se destacam a uniformidade dos grãos, a permeabilidade e a
molhabilidade da rocha, e a tensão superficial e diferenças de densidade entre os fluidos
envolvidos.
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CAPÍTULO 3
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A maior parte do petróleo é deslocado para os poços pela expansão de gás livre
no reservatório ou pelo aqüífero em torno do reservatório. O gás que fornece a energia
para dirigir o óleo para os poços pode ser proveniente de duas fontes: gás dissolvido no
óleo a alta pressão e liberado à medida que a pressão da jazida diminui; ou, gás livre nas
condições originais e presente como uma capa de gás. Já a água sempre vem de fora, e
localizada sob a zona de óleo.
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Um reservatório com esta descrição inevitavelmente será produzido por um
mecanismo de gás em solução. Neste caso, a energia para produção virá dos
hidrocarbonetos leves liberados, sob a forma de gás, da massa de hidrocarbonetos mais
pesados em estado líquido, à medida que a pressão vai diminuindo. Sendo muito mais
expansível, o gás empurra o óleo para os poços enquanto a pressão declina.
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Saturação de Saturação de gás
gás nula contínua
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Saturação de gás Alta saturação
descontínua de gás
O gás flui mais facilmente do que o óleo por ser mais leve, menos viscoso e por
não aderir às paredes dos poros. Uma vez que o gás tenha começado a fluir, se inicia
uma reação em cadeia: a queda de pressão se acelera e maiores quantidades de gás saem
de solução. Aumentando-se a quantidade de gás que está sendo produzido, diminui-se a
quantidade de óleo em produção, e o gás flui cada vez mais facilmente. A “razão gás-
óleo”, ou seja, o volume de gás dividido pelo volume de óleo produzido, aumenta
continuamente, até que a pressão cai a um valor tão baixo que cessa o fluxo de óleo e
gás. Em virtude da queda da pressão ao longo desse processo, nos estágios finais de
produção não há mais pressão capaz de levar o óleo até o poço e daí elevá-lo até a
superfície. Neste caso passa a haver a necessidade de se empregar um método de
elevação artificial, através de uma bomba, para que o óleo chegue à superfície. Por ter
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mais dificuldade de se mover pelos poros em direção ao poço, a produção de óleo
diminui ao longo do tempo. A razão gás-óleo medida em condições de superfície em
metro cúbico padrão de gás por metro cúbico padrão de óleo (ou em pé cúbico standard
de gás por barril standard de óleo em unidades americanas) varia ao longo da vida
produtiva do reservatório. No início, por ser o gás liberado retido nos poros, a razão
gás-óleo é menor que a razão de solubilidade do óleo. Quando, no reservatório, o gás se
torna uma fase contínua, a razão gás-óleo começa a crescer até que valores muito baixos
de pressão sejam alcançados, quando então a razão gás-óleo volta a cair, já aí por falta
de gás na jazida.
Característica Expectativa
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A baixa recuperação de um reservatório sob mecanismo de gás em solução faz
com que grandes quantidades de petróleo permaneçam na jazida quando seus poços
deixam de ser surgentes. Por isso, esses reservatórios são candidatos naturais para os
processos de manutenção de pressão ou de recuperação secundária. Logo que observado
que um reservatório atua sob esse mecanismo, providências devem ser tomadas para sua
alteração.
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dimensão do volume de gás presente na capa comparado ao volume de óleo. Quanto
maior esta relação maior será a manutenção da pressão. A manutenção da pressão traz
benefícios à produção da jazida. O gás dissolvido é mantido em solução no óleo,
tornando-o mais leve e menos viscoso, facilitando seu fluxo no meio poroso e sua
elevação até a superfície. O gerenciamento da expansão da capa, mantendo-se o plano
que define o contato gás-óleo na horizontal, aumenta a eficiência do deslocamento do
óleo em direção às partes baixas da estrutura, conseguindo-se uma maior recuperação de
óleo da jazida, mantendo os níveis de vazão dos poços. A razão gás-óleo, no entanto,
vai aumentar nos poços mais altos na estrutura, à medida que eles forem atingidos pela
expansão e descida da capa. A produção de água não é uma característica desse
mecanismo. Em virtude da manutenção da pressão causada pela expansão da capa, e
pelo efeito causado pela retenção do gás em solução, tornando o óleo mais leve, os
poços fluirão naturalmente até a superfície por períodos bem mais longos. A
recuperação alcançada por esse mecanismo é maior que a do mecanismo de gás em
solução, mas depende de vários fatores, principalmente do tamanho da capa em relação
à zona de óleo, e do gerenciamento da expansão da capa, devendo-se procurar não
produzir o gás da capa. Os níveis de recuperação serão normalmente entre 5 e 25%, mas
em casos muito favoráveis podem atingir 60%, como quando os reservatórios são muito
inclinados, facilitando o caminho do óleo para as partes mais baixas da estrutura. No
caso inverso, se a zona de óleo for pouco espessa, a recuperação será baixa, pois a capa
de gás atingirá os poços produtores rapidamente. A Figura 3.5 e a Tabela 3.2 resumem
as características e expectativas que devem ocorrer com a produção de óleo em
reservatórios com mecanismo de expansão da capa de gás.
Característica Expectativa
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Fig. 3.5 – Dados de Produção – Reservatório com capa de gás.
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Fig. 3.6 - Reservatório sob influxo de água.
Característica Expectativa
Fig. 3.8 - Efeito da produção sobre a pressão em reservatório sob influxo de água.
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Combinação de Mecanismos.
Os reservatórios de petróleo podem ser classificados quanto a sua configuração
geológica ou quanto ao mecanismo que os faz produzir, mas, raramente é encontrado
algum que se enquadre unicamente em qualquer dos modelos. É muito comum se
encontrar reservatórios em que tanto a água como o gás livre estão disponíveis para
empurrar o óleo em direção aos poços produtores, configurando-se, então, um
mecanismo combinado (Fig. 3.11). A identificação do principal mecanismo atuante se
torna, assim, muito complicada em virtude da infinidade de combinações possíveis de
se formarem.
Segregação Gravitacional.
A segregação gravitacional ou drenagem por gravidade pode ser considerada,
também, como um mecanismo de produção, ou como uma modificação no modo de agir
dos outros mecanismos. A segregação gravitacional é a tendência que o gás, o óleo e a
água têm de retornar a sua distribuição natural no reservatório, em virtude de suas
diferentes densidades, após um período de produção em que seu arranjo original natural
foi modificado.
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Fig. 3.12 - Segregação gravitacional. Movimento relativo com poço fechado.
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CAPÍTULO 4
Queda da Pressão
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Fig. 4.1 - Distribuição de pressões no reservatório e no poço.
O efeito de película pode ter diversas causas, tais como o inchamento da argila
intersticial por contacto com a água doce do fluido de perfuração, uma
impermeabilização exagerada causada pelo reboco da lama, o bloqueio dos poros
adjacentes ao poço pela presença de água, dentre outros (Fig. 4.5).
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película. A solução do problema nos conduz a um processo de tentativa e erro com o
uso de diferentes métodos de estimulação de poços. Se conseguirmos identificar a
redução causada pelo efeito de película, efetuamos um tratamento para restabelecer a
permeabilidade. Os métodos empregados são: a injeção de redutores de tensão
superficial, de ácidos, fraturamento hidráulico ou uma combinação desses métodos.
Lama de perfuração,cimento
ou partículas de rocha
forçadas nos poros.
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Poços completados em formações de permeabilidade muito baixa podem ser
estimulados através de fraturamento hidráulico da rocha, de sua acidificação ou pelo
emprego de canhoneio com cargas mais poderosas e de maior penetração. Essas práticas
visam a facilitar o fluxo dos fluidos no meio poroso circunvizinho ao poço, onde as
perdas de carga são maiores. Nos primórdios da produção de petróleo, até a detonação
de cargas de nitroglicerina no fundo do poço foi empregada. A Figura 4.6 ilustra essas
práticas.
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A característica básica do mecanismo de produção do reservatório tem papel
muito importante na definição do nível em que a pressão da jazida será mantida. No
caso de reservatórios com mecanismo de gás em solução, logo cedo se percebe a queda
da pressão. No caso do mecanismo de empuxo de água, a presença da água tornará mais
pesados os fluidos a serem elevados na coluna de produção, causando uma queda na
pressão na cabeça do poço até surgir a necessidade de elevação artificial, apesar de
ainda ser relativamente alta a pressão de fluxo (Figura 4.7A).
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permitindo a migração dos fluidos para uma zona portadora de água mais rasa. Os
vazamentos pelo revestimento são, usualmente, fáceis de serem detectados e corrigidos.
Eles são logo diagnosticados, pois acontecem mudanças abruptas nas condições de
produção, como, por exemplo, rápidas quedas na pressão na cabeça do poço.
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investimento e aumento nos custos operacionais. A maneira mais comum de se
aumentar essa eficiência é através da injeção de água, ou mais raramente da injeção de
gás, no reservatório.
Produção de Gás
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Fig.4.11 - Gás de capa ou de solução, produzido juntamente com o óleo.
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Fig. 4.14 - Fatores que influenciam na eficiência da segregação gravitacional.
Quando poços localizados próximos a capas de gás são produzidos com vazões
elevadas, podem surgir os fenômenos de cone (Fig. 4.15) ou de infiltração (“fingering”)
(Fig. 4.16) de gás. Vazões consideradas elevadas em uma situação podem não ser assim
consideradas em outra situação de reservatório, em virtude de diferenças na
permeabilidade do arenito, na viscosidade do óleo ou na configuração da jazida.
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A natureza da estratificação da rocha reservatório é de extrema
importância na eficiência do deslocamento do óleo pela expansão da capa de gás. É
importante deslocar o óleo de todas as camadas permeáveis de rocha, fazendo com que
a capa se expanda de modo uniforme através dessas camadas. Um dos problemas que
prejudicam esse deslocamento uniforme é a diferença de permeabilidade entre camadas.
Nesse caso, o gás que fluirá pelos estratos de maior permeabilidade, vai aparecer nos
poços prematuramente, gerando razões gás-óleo elevadas e criando um caminho
preferencial para o gás, diminuindo em muito a eficiência do deslocamento do óleo
(Fig. 4.17). Essa é uma situação de difícil diagnóstico, para uma tentativa de operação
de correção.
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Produção de Água.
Algumas vezes, a produção pode ser de uma água que não esteja contribuindo
para o deslocamento do óleo na rocha. Como exemplos podem ser citados os casos de
canalização de água de outra zona através de uma cimentação deficiente do
revestimento, ou o aparecimento de um rasgo que permita a água de outra zona, com
pressão suficiente, penetrar no revestimento (Figura 4.20). Nesses casos essa água é
totalmente indesejável, e o recondicionamento do poço, visando a reduzir os custos com
o seu manuseio, é geralmente justificado economicamente.
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Fig. 4.20 - Produção de água indesejada, pela cimentação defeituosa ou por vazamento
no revestimento.
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Fig. 4.21 - Formação de um cone de água num poço.
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Fig. 4.23 - Esquema de uma zona de transição óleo-água.
Embora haja saturação de óleo até o ponto indicado pela seta mais em baixo, um
poço completado entre a seta do meio e esta mais baixa produziria somente água, pois a
permeabilidade ao óleo neste intervalo é nula. A ausência de permeabilidade neste caso
se dá porque o óleo estará disperso em gotas nos poros da rocha, preso e imóvel pela
presença de forças interfaciais. Um poço completado acima da seta superior produzirá
somente óleo, pois, a saturação de água acima deste ponto é menor que a necessária
para permitir seu fluxo. Um poço completado entre a seta mais alta e a do meio
produzirá tanto óleo quanto água em virtude das saturações intermediárias e suas
respectivas permeabilidades relativas. A zona de transição será, então, definida como a
zona entre os níveis mais baixos de ocorrência de óleo e mais altos de produção de
água.
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Fig. 4.24 - Avanço irregular da frente de água com chegada prematura no poço.
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CAPÍTULO 5
Quando o deslocamento se dá por gás, ele tende a se mover pelo meio dos canais
dos poros, por não molhar os grãos das rochas. Isso resulta em um deslocamento
ineficiente e baixo nível de recuperação do petróleo da jazida (Fig. 5.2).
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Fig. 5.2 – Deslocamento do óleo por gás em um canal de poro.
Já, se o deslocamento for feito por água, a forma de pistão na interface água-óleo
tende a deslocar todo o óleo ao longo dos poros (Fig. 5.3). Embora grande número de
fatores esteja envolvido, vemos que a molhabilidade da rocha tem grande influência no
modo com que o óleo é deslocado; se a rocha é preferencialmente molhada pela água, o
deslocamento com água será muito mais eficiente que com gás.
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Fig. 5.4 – O gás desloca primeiramente o óleo dos canais mais permeáveis.
Nos canais menos permeáveis fica o óleo residual.
Fig. 5.5 – As forças capilares movem a água mais rapidamente pelos canais
menos permeáveis (A) e mais lentamente pelos mais permeáveis (B).
Fig. 5.7 – O deslocamento com água deixa óleo residual porque o filme se
rompe nas restrições dos canais de poros.
Outro importante fenômeno ocorre nos canais de poros sem saída, preenchidos
com óleo (Fig. 5.8). Ocorrem altos gradientes de pressão capilar de dentro para fora do
canal, deslocando o óleo para fora, pelo centro do canal, e a água a se embeber ao longo
da superfície dos grãos. Esse processo de embebição de água move o óleo para partes
mais permeáveis da rocha, de onde é deslocado para os poços produtores.
Fig. 5.8 – Gradientes de pressão capilar fazem o óleo sair e a água entrar em
poros sem saída.
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Deslocamento do Óleo através da Rocha
Fig. 5.9 – Variação das saturações de óleo e água em areia limpa e uniforme durante
deslocamento por água.
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diminuindo, até que não se produz mais óleo. Nesse ponto, uma considerável
quantidade de óleo ainda existe na jazida, sob a forma de uma saturação residual de
óleo.
Consideráveis quantidades de água devem fluir através do meio poroso com óleo
para se obter a máxima recuperação. O abandono de uma jazida é definido com base na
economia do processo e ocorre quando a quantidade de água a ser elevada, separada,
tratada e descartada demanda custos que não mais são cobertos pela receita proveniente
do petróleo produzido.
A presença de 100% de água na produção não significa que somente água existe
no reservatório, pois, como vimos, uma considerável quantidade de óleo permanece na
rocha.
Eficiência de Varrido
Ao avançar pela rocha saturada com óleo, a água tende a progredir mais
rapidamente pelas partes mais permeáveis, independentemente da configuração da
rocha. Ao se mover pelo reservatório a frente de água ou de gás pode contornar alguma
área em virtude de diferenciais de pressão entre os poços, ou, da presença no
reservatório de regiões com baixa permeabilidade ou mesmo folhelhos impermeáveis.
Depois que o fluido deslocante varreu todo o reservatório e os poços foram
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abandonados, podem existir áreas isoladas por onde o fluido deslocante não lavou (Fig.
5.10). Se 70% do total da área do reservatório foi influenciada pela passagem do fluido
deslocante, a eficiência de varrido é considerada de 70%. Para se obter a máxima
recuperação de óleo é, então, preciso que na fase de desenvolvimento do campo os
poços sejam locados de modo que a água ou o gás venham a varrer a máxima área
possível. Muitos fatores controlam a eficiência que será alcançada em virtude da
disposição dos poços. Os mais significantes dizem respeito à posição dos poços em
relação aos limites do reservatório, a sua posição na inclinação da estrutura, vazão de
produção e uniformidade da rocha.
Eficiência de Conformidade.
Para que o óleo seja retirado do maior número possível de poros, é necessário
fluir a água por todas as partes, lentes ou camadas fechadas, de baixa permeabilidade do
reservatório. O grau em que o reservatório é lavado em uma determinada área varrida é
denominado de sua “conformidade”. A conformidade será de 100% se a água se mover
por todo o espaço poroso numa área de rocha varrida. A conformidade será de 70% se a
água contornar 30% do volume poroso da área varrida (Fig. 5.11).
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Fig. 5.11 – Conformidade num deslocamento por água.
As forças capilares tendem a distribuir a água por toda a rocha, fazendo-a entrar
até mesmo nos segmentos mais fechados, porém, lentamente. Assim, a baixas
velocidades de deslocamento, a água, em virtude da ação de forças capilares, embebe os
poros mais fechados, forçando o óleo para os poros mais largos de onde é conduzido
para os poços de produção (Fig. 5.12-A). Se a velocidade de deslocamento for muito
rápida, a embebição da água nas lentes mais fechadas será sobrepujada pela rapidez com
que a frente se desloca pelas seções mais permeáveis. Apesar de a água já ter passado
pelas lentes mais fechadas (Fig. 5.12-B), o óleo continua a ser ejetado dessas lentes
pelas forças capilares. A contínua ejeção de óleo dos poros fechados para canais onde
há fluxo, necessariamente espalha pequenas gotas de óleo na água que passa atrás da
frente. A menos que esse óleo chegue aos poços antes que as altas porcentagens de água
forcem o abandono, ele ficará perdido na rocha. Daí se conclui ser necessário produzir
um reservatório sob influxo de água com velocidade tal que permita o óleo deslocado
das seções mais fechadas por forças capilares, seja produzido antes que a quantidade de
águia produzida force o abandono dos poços.
Em geral, quanto menor a velocidade, maior será a recuperação nas lentes mais
fechadas. Abaixo de certo ponto, no entanto, maior diminuição da velocidade causará
aumentos de recuperação muito pequenos, e, que talvez não valham a pena. A
velocidade de deslocamento ótima é uma característica de cada reservatório, pois, como
vimos, ela depende de muitos fatores inerentes a cada jazida.
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Fig. 5.12 - Efeito da velocidade no deslocamento do óleo de lentes fechadas.
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permeabilidade, as vazões devem ser baixas exigindo, portanto, maiores períodos de
produção. Se a camada for suficientemente espessa pode ser necessária a perfuração de
poços para completação específica nessa camada mais fechada.
Reservatórios Múltiplos
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abandonados como produtores antes que seu óleo possa ser recuperado, deixando
grandes quantidades de óleo no reservatório.
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CAPÍTULO 6
Operação de Campos de Petróleo para Máxima Recuperação.
No atual cenário de escassez de energia, os campos de petróleo devem ser
desenvolvidos e operados visando-se obter, a princípio, a máxima recuperação possível
de óleo. Como vimos em capítulos anteriores, em geral, essa máxima recuperação está
associada a baixas vazões de produção, que, por sua vez, estão em oposição a princípios
econômicos de rapidez na recuperação dos valores dos investimentos realizados. Essa
contradição deve ser analisada quando da tomada de decisão para definir o programa de
desenvolvimento da jazida e as posteriores práticas de produção a serem adotadas. As
características físicas do reservatório e dos fluidos nele contidos serão os fatores a
serem levados em conta nessa decisão, bem como as leis envolvidas e os cuidados para
preservação do meio ambiente.
O Desenvolvimento de Reservatórios.
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Mecanismo de Gás em Solução.
Novamente, a completação dos poços deve ser feita na parte baixa da seção para
permitir a expansão da capa empurrando o óleo para baixo, alcançando-se a máxima
recuperação de óleo com o mínimo de produção de gás. Esse modelo de reservatório
com mecanismo de capa de gás é encontrado quando os limites da jazida são definidos
por falhas ou por afinamento do arenito contra folhelhos impermeáveis.
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Uma disposição regular dos poços poderá fazer com que alguns deles se situem muito
próximos da capa.
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Fig. 6.5 - Reservatório com baixa inclinação e mecanismo de influxo de água.
Mecanismo Combinado
Se, no entanto, for impossível prever, a priori, qual mecanismo será mais
atuante, a vista B sugere locar e completar poços para as duas situações. A desvantagem
evidente é que os poços altos na estrutura serão tomados pelo gás se o mecanismo de
capa de gás for predominante, ou os poços baixos na estrutura serão invadidos pela água
se o aqüífero for atuante.
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A melhor maneira de agir num caso como esse é perfurar e completar alguns
poços e colocá-los em produção observando-se seus comportamentos para definição do
mecanismo mais atuante, e, posteriormente perfurar os outros poços de
desenvolvimento.
Fig. 6.7 - Reservatório de pouca espessura com aqüífero lateral e capa de gás.
Uniformidade da Rocha
Conforme acabamos de ver, em geral, devemos completar os poços nas partes
altas das estruturas quando o mecanismo de produção predominante for influxo de água,
e, canhonear nas partes baixas quando o mecanismo for capa de gás ou gás em solução.
Assim agindo, tentaremos alcançar a maior recuperação de óleo com um número
mínimo de poços perfurados. No entanto, se a areia for estratificada, tanto por
intercalações de folhelhos como por variação de permeabilidade, provavelmente será
necessário subdividir o intervalo a ser canhoneado para se conseguir uma melhor
drenagem. Caso a experiência adquirida com a produção indique, canhoneios adicionais
poderão ser realizados mais tarde, através de restaurações nos poços.
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Manutenção de Pressão
Recuperação Secundária
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primária, em virtude do bom conhecimento a que se chega, pela análise dos dados
obtidos a partir desse controle.
Padrões de Injeção
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A Configuração com 5 Poços
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Fig. 6.10 – Passo 1. Início do projeto com saturações de água, gás e óleo uniformes ao
longo do reservatório.
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Fig. 6.11 – Passo 2. Bancos de água e óleo formados.
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facilidade encontrada até esse ponto para injeção da água, representada pelas baixas
pressões de injeção necessárias, diminui e uma maior pressão será exigida para se
manter as mesmas vazões de injeção de água e de produção de óleo.
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Injeção de Água – Passo 4
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