Após 42 anos de sua morte, Hemingway segue como um dos maiores escritores

mundiais

Dono de um estilo de escrita concisa e simples, presente em obras de extrema

vivacidade, Ernest Hemingway é um dos maiores representantes do chamada
"geração perdida", ciclo literário norte-americano iniciado nos anos 20. Falecido
em 1961, é o autor mais traduzido da língua inglesa depois de Agatha Christie.

Suas obras refletem muito do que foi sua vida, extremamente aventureira.
Nascido em julho de 1899 na cidade Oak Park, Estado de Ellinois, Estados
Unidos, Hemingway era um dos seis filhos de uma família de um médico.

Já adulto, morou na Itália, Canadá, França, Espanha e Cuba.

Na pequena ilha caribenha, onde se tornou amigo do
comandante Fidel Castro, escreveu, em 1952, O velho e o mar,
aquela que seria sua obra mais conhecida mundialmente. Com esse livro, o
escritor recebe o Prêmio Pulitzer e, em 1954, ganha o Prêmio Nobel de
Literatura, concedido pela Academia Sueca. Até hoje, em Cuba, o bar
freqüentado pelo escritor e a casa onde viveu são pontos turísticos da cidade de
Havana.

Antes de chegar a Cuba, o escritor viveu na Espanha para acompanhar e

combater na Guerra Civil espanhola, iniciada em 1936. Sua intenção, a
princípio, era juntar argumentos para um filme, "The Spanish Earth", mas
acabou se envolvendo no conflito. Nessa época, escreveu a peça "The fifth
column", em 1938, e o romance "Por quem os sinos dobram", em 1940.

O fascínio do autor por conflitos já podia ser identificado em Adeus às armas,

escrito em 1929 e que é ambientado na Primeira Guerra Mundial. Quando a
guerra teve início, Ernest Hemingway alistou-se na Marinha dos Estados Unidos,
mas foi rejeitado. Como também em diversas outras ocasiões. Foi, então, ser
motorista de ambulância da Cruz Vermelha, na Itália, mas acabou ferido. Ali,
teve as referências que precisava para produzir a grande obra.

Após a passagem pela Itália, foi morar no Canadá, em

Toronto e, posteriormente, em Paris. Em ambas as cidades, exerceu a
profissão de jornalista, a qual ingressou ainda muito jovem, após terminar o
ensino secundário, escrevendo para o jornal Star. O período parisiense rendeu
a produção de Paris é uma festa.

Esse período na Europa, aliás, é o de ingresso do autor no universo literário.

Muitas das experiências que ele viveu foram reunidas nos livros Contos - Volume
1, Volume 2 e Volume 3. A primeira obra a ganhar notoriedade e que o
celebrizou foi O sol também se levanta, desse mesmo período europeu.

Outros bons livros de Ernest Hemingway são Do outro lado do rio, entre as árvores,
Ter e não ter, e Verdade ao amanhecer, esse uma experiência de seu último safári na África, em mais
uma demonstração de seu interesse pela vida selvagem e o perigo.

Na obra O velho e o mar ele cita: "Um homem pode ser destruído; nunca derrotado". Em 1961, em
Cuba, suicida-se com um tiro na cabeça. Era o ponto final de uma das mais importantes
personalidades da literatura universal.