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FACULDADE PITÁGORAS

NICOLLE COMIN ALVES

SECAGEM – REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO E AJUSTE DOS DADOS


EXPERIMENTAIS

LINHARES
2017
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NICOLLE COMIN ALVES

SECAGEM – REALIZAÇÃO DO EXPERIMENTO E AJUSTE DOS DADOS


EXPERIMENTAIS

Trabalho do curso de Engenharia


Química, apresentado a Faculdade
Pitágoras, como requisito parcial
para obtenção de nota na disciplina
de laboratório de Engenharia
Química II, sob orientação do Prof.
Maria Joana.

LINHARES
2017

RESUMO

No máximo 150 palavras.


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1 INTRODUÇÃO

Na indústria química a secagem está entre as operações unitárias mais


usuais. A qualidade do produto seco, a quantidade de energia gasta e o tempo
utilizado neste processo são parâmetros primordiais para a rentabilidade do
bem submetido a esta operação. Por outro lado, a diversidade de tipos de
secadores oferecidos no mercado coloca o gerente industrial frequentemente
questionando se o seu secador ou aquele que pretende adquirir seria o mais
adequado para o seu processo (PACHECO, 2010).

Secagem é a operação através da qual a umidade contida em


determinado material é transferida para uma fase gasosa não-saturada.
Estudos de secagem e projeto de secadores industriais são problemas de alta
complexidade, pois devem levar em consideração uma grande variedade de
fenômenos que compreendem desde mecânica de fluidos, química de
superfícies, estrutura de sólidos e transporte de massa, entre outros. Em
muitos casos, o projeto perfeitamente detalhado destes equipamentos é
impossível, haja vista a grande quantidade e de variáveis que compõem o
processo.

É também uma das operações mais complexas e menos entendida,


devido à dificuldade e deficiência da descrição matemática dos fenômenos
envolvidos de transferência simultânea de calor, massa e quantidade de
movimento nos sólidos, baseado em extensiva observação experimental e
experiência operacional (MENON; MUJUMDAR, 1987).

Analisando-se o comportamento do processo de secagem de um


determinado material úmido a partir da utilização de um gás a temperatura e
umidade controladas, é possível observar comportamentos característicos dos
resultados que dependem do material a ser seco e das condições de secagem.
Para que estas análises possam ser efetuadas, formatos padrão para a
apresentação dos resultados são comumente adotados. Uma das formas de
apresentar os dados de secagem é através da curva de secagem, um gráfico
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que relaciona o teor de umidade do sólido em função do tempo de secagem do


material, conforme ilustrado na Figura 1.

Através da curva de secagem e de taxa de secagem é possível


identificar se um material é higroscópico ou não-higroscópico. Materiais
higroscópicos possuem a umidade como parte integral de sua estrutura ou
retêm-na no interior de suas fibras ou poros delgados internos. Nestes
materiais, o movimento da umidade é lento e possivelmente ocorre pela difusão
do líquido através da estrutura do sólido. Para estes materiais, as curvas de
secagem indicam períodos de taxa constante muito curtos, terminando em
valores elevados de teor de umidade de crítico. Por esta mesma razão, o
período de taxa decrescente é muito reduzido e a maior parte do processo é
controlado pela difusão de líquido, isto é, a velocidade de secagem é
controlada pela velocidade de difusão do líquido através do sólido. Os teores
de umidade de equilíbrio são também geralmente elevados.

A taxa de secagem (Rs) pode ser determinada a partir da Equação a


seguir:

Equação 1
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Dos modelos de cinética de secagem disponíveis o modelo matemático


desenvolvido por OVERHULTZ et al. (1973) é um dos mais utilizados e
ajustáveis aos dados experimentais. Este método pode ser descrito pela
seguinte equação:

Equação 2

Sendo:
MR – A umidade adimensional, definida como MR = (X – Xeq) / (X o – Xeq), em
que X é a umidade em base seca em um dado instante, X o e Xeq são,
expectivamente , as umidades em base seca inicial e de equilíbrio. T f é a
temperatura do ar em ºC. a,b e c são os adimensionais a serem estimados e b
= Ea/R, sendo Ea a energia de ativação (kJ mol -1) e R a Constante Universal
dos Gases (J mol-1 K-1). E t é o tempo em minutos.

Para a obtenção do MR, utilizou-se da seguinte equação:

Equação 3
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2 OBJETIVO

O presente estudo tem como objetivo verificar o comportamento de dois


diferentes materiais sólidos, banana e batata, através da operação unitária de
secagem e através dela construir a curva e taxa de secagem, ajustando a um
modelo matemático para a representação dos dados experimentais, inferindo
características higroscópicas desses materiais. Além de obter através de
regressão linear, os parâmetros k o, b e c a após a energia de ativação para
esse processo, verificando se os dados experimentais foram bem ajustados
pelo modelo.
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3 METODOLOGIA

3.1 MATERIAIS

...

3.2 PROCEDIMENTO
....
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Os dados obtidos através dos experimentos de secagem de batata e banana
estão apresentados nas tabelas 1 e 2.

Tabela 1. Resultados obtidos no experimento de secagem com batata.


Linhares, 2017.
Massa1
Tempo (mim) (amostra+recipiente Massa (amostra) X base seca RM
)
0 33,52 4,210 0,59 1
5 33,41 4,100 0,55 0,92935
10 33,209 3,899 0,47 0,80025
15 33,001 3,691 0,39 0,66667
20 32,833 3,523 0,33 0,55876
25 32,65 3,340 0,26 0,44123
30 32,411 3,101 0,17 0,28773
35 32,24 2,930 0,10 0,17790
40 32,08 2,770 0,04 0,07514
45 31,963 2,653 0,00 0

No experimento com a batata a umidade em base seca variou entre 0,59 a 0;


emquanto o RM da mesmo foi de decrecendo ao longo do tempo.

Tabela 2. Resultados obtidos no experimento de secagem com banana.


Linhares, 2017.
Massa1
Tempo (mim) (amostra+recipiente Massa (amostra) X base seca RM
)
0 32,58 4,08 0,41 1
5 32,48 3,97 0,37 0,91179
10 32,31 3,81 0,31 0,77099
15 32,15 3,64 0,26 0,63019
20 31,99 3,49 0,20 0,50127
25 31,87 3,36 0,16 0,39270
30 31,72 3,22 0,11 0,26972
35 31,59 3,09 0,06 0,15945
40 31,48 2,98 0,03 0,06700
45 31,40 2,90 0,00 0

No experimento com a banana a umidade em base seca variou entre 0,41 até
0; sendo que o RM foi decrecendo ao longo do tempo.
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Gráfico 1: Curva de secagem do experimento com batata.

4.053

3.853
Massa da amostra (g)

3.653

3.453

3.253

3.053

2.853

2.653
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Tempo (min)

Gráfico 2: Curva de secagem do experimento com banana.

3.90
Massa da amostra (g)

3.70

3.50

3.30

3.10

2.90
0 5 10 15 20 25 30 35 40 45
Tempo (min)

Ao longo do tempo em ambos as amostras (batata e banana) a massa da


amostra diminui. No caso da batata a amostra reduziu de 4,21 para 2,653g, em
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45min de experimentação, no mesmo tempo a massa da amostra de banana


foi de 4,08 para 2,9g, isso significa que a superficie externa da amostra sólida
esta se tornando pobre de líquido.

Como o auxilio do modelo matémetico de OVERHULTZ et al. (1973), foi


possivel ajustar por meio de regressão linear os dados de umidade, que os
dados tinham em ambos os experimentos um coeficiente dedetreminação (R 2)
que se aproximavam de 1, mais nos cálculos para determinar a Energia de
Ativação (Ea) e o fator pré-exponencial (ko) a quantidade de dados colidos no
ensaio não foram suficientes para gerar resultados coerentes.

A banana é um material com alta umidade, podendo perder ou ganhar umidade


para o ambiente, até atingir o equilíbrio. Sendo importante o estudo do
equilíbrio higroscópico, determinando assim o teor de água mínimo que o
produto pode atingir nas condições de secagem (DE GOUVEA, 2004).
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5 CONCLUSÃO

No máximo 300 palavras.


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6 REFERÊNCIAS

DE GOUVEIA, Josivanda PG et al. Mathematical models for adjustment of


desorption isotherms of banana variety silver. Engenharia Agrícola, v. 24, n. 3,
p. 799-806, 2004.

DIAZ, P.S. Secagem, Pelotas, Centro de Desenvolvimento Tecnológico da


Universidade Federal de Pelotas – Disciplina de Operações Unitárias, 2009.

FOUST, A.S., et al. Princípios das Operações Unitárias. 2ª Ed, Rio de


Janeiro, Ed. Guanabara Dois, 1982.

FREITAS PACHECO - Cláudio Roberto de - Conceitos Básicos de Secagem.


Disponível em:
<http://sites.poli.usp.br/d/pqi2530/alimentos/pacheco_secagem_cap_1.pdf>.
Acesso em: 24 Agosto. 2017.

MENON, A. S., MUJUMDAR, A. S. Drying of solids: principles,


classification, and selection of dryers: Handbook of Industrial Drying. New
York: Marcel DekkerInc., 1987.

PACHECO, C.R.F. Apostila de conceitos básicos de secagem, São Paulo,


Departamento de Engenharia Química da Escola Politécnica da Universidade
de São Paulo, 2010.

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