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PENITÊNCIA E QUARESMA

1. Introdução
- Processo (exemplo)
- Nicodemos “nascer do Espírito Santo” Jo 3, 1-8

- A quaresma e as penitências são meios de santificação, a nossa finalidade é de estarmos


juntos com Deus.

- Cultivar desde já um homem novo e preparar a morte do homem velho.

2. Quaresma
- A Quaresma é o período de preparação para a Páscoa do Senhor, cuja duração é de 40
dias. Tal período, portanto, inicia-se na Quarta-Feira de Cinzas e se estende até a Quinta-Feira
da Semana Santa. O período é, assim, marcado pela penitência, pela realização constante de
jejuns, pela conversão e pela preparação dos catecúmenos para o batismo.

- No início da Quaresma, na Quarta-Feira de Cinzas, os fiéis têm suas frontes marcadas


com cinzas, como os primitivos penitentes públicos, excluídos temporariamente da assembléia
(lembrando Adão expulso do Paraíso, de onde vem a fórmula litúrgica: "Lembra-te de que és
pó..."). Nos dias que se seguem, redescobrem o significado do batismo e se esforçam para
tomar a cruz e seguir fielmente a Cristo.

- Esse tempo de penitência é bem recordado pela liturgia: as vestes e os paramentos


usados são da cor roxa (no quarto domingo da Quaresma, pode-se usar o rosa, representando
a alegria pela proximidade do término da tristeza, pela Páscoa); o Hino de Louvor não é
recitado; a aclamação do "Aleluia" também não é feita; não se enfeitam os templos com flores;
o uso de instrumentos musicais torna-se moderado, apenas sustentando o canto.

- Os 40 dias da Quaresma representam o mesmo número de dias que Jesus passou no


deserto antes de começar sua vida pública, os quarenta dias do dilúvio, os quarenta dias da
marcha do povo judeu pelo deserto, os quarenta dias de Moisés e Elias na montanha e os 400
anos que durou a estadia dos judeus no Egito.

- Na Bíblia, o número quatro simboliza o universo material, seguido de zeros significa o


tempo de nossa vida na terra, seguido de provas e dificuldades.

- A Quaresma é um tempo da oportuno para a penitência e a conversão, através de três


práticas de piedade: o jejum, a esmola e a oração.

- Se não fizerdes penitência, todos perecereis” (Lc 13,3)

- Todos os exercícios de piedade e de mortificação (morte dos nossos sentidos) têm como
objetivo livrar-nos do pecado. O jejum fortalece o espírito e a vontade para que as paixões
desordenadas, (gula, ira, inveja, soberba, ganância. luxúria, preguiça), não dominem a nossa
vida e a nossa conduta.
Oração: A oração é a expressão máxima de nossa fé. Não podemos pensar nela como algo
que parte somente de nós, pois, quando o homem se põe em oração, a iniciativa é de Deus,
que atingiu, com a Sua graça, o coração desse homem. Toda a nossa vida deveria ser uma
oração, ou seja, uma comunicação com o divino em nós.

Jejum: Jejuar é abster-se de um pouco de comida ou bebida, é estabelecer o correto


relacionamento do homem com a natureza criada. A atitude de liberdade e respeito diante do
alimento torna-se símbolo de sua liberdade e respeito para com tudo quanto o envolve e o
possa escravizar: bens materiais, qualidades, opiniões, ideias, pessoas, apegos e assim por
diante. Jejuar significa fazer espaço em si. Não é recomendado para pessoas com mais de 60
anos. O jejum consiste em fazer uma refeição forte por dia, enquanto a abstinência consiste
em não comer carne. Com ambos os sacrifícios, reconhecemos a necessidade de fazer obras
para reparar o dano causado por nossos pecados e para o bem da Igreja. Além disso, de forma
voluntária, deixam-se de lado necessidades terrenas e se redescobre a necessidade da vida do
céu. “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus” (Mt
4,4).

Esmola ou caridade: O que significa esmola? Dar esmola significa dar de graça, dar sem
interesse de receber de volta, sem egoísmo, sem pedir recompensa, mas em atitude de
compaixão. Nisso, o homem imita o próprio Deus no mistério da criação, e a Jesus Cristo, no
mistério da redenção.

Portanto, o período quaresmal é um tempo especial de preparação, tempo em que


devemos nos abrir aos irmãos na prática do amor, tempo em que devemos nos aproximar mais
de Deus, tempo em que devemos jejuar mais ou nos abster de algumas coisas em sinal de
despojamento.

Busca pelo conforto e luxo (exemplo)


- Cristo jejuou e rezou durante quarenta dias (um longo tempo) antes de enfrentar as
tentações do demônio no deserto e nos ensinou a vencê-lo pela oração e pelo jejum. Da
mesma forma, a Igreja quer ensinar-nos como vencer as tentações de hoje. Vencemos o
pecado praticando a virtude oposta a ele. Assim, para vencer o orgulho, devemos viver a
humildade; para vencer a ganância devemos dar esmolas; para vencer a impureza, praticar a
castidade; para vencer a gula, jejuar; para vencer a ira, aprender a perdoar; para vencer a
inveja, ser bom; para vencer a preguiça, levantar-se e ajudar os outros. Essas são boas
penitências para a Quaresma.

- O conforto e o luxo são vias de mão única, cada vez queremos mais, porém não
queremos retornar na condição que estávamos antes.

3. O que é penitência?

- A palavra “penitência” significa simultaneamente duas coisas que, embora distintas,


estão indissociavelmente ligadas: uma virtude e um sacramento, a virtude da penitência e o
sacramento da penitência. Sobre o sacramento da penitência e reconciliação, falaremos em
outra oportunidade, se assim Deus o quiser. Pretendemos, hoje, dizer algumas palavras sobre
a penitência como virtude, ilustrando o significado do tempo quaresmal.

Cân.1250 - Os dias e tempos penitenciais, em toda a Igreja, são todas as sextas-feiras do


ano e o tempo da Quaresma.

- Quando se fala de penitência, as pessoas logo imaginam práticas exteriores ou pior:


coisas como autoflagelação, numa visão totalmente distorcida. Na verdade, a essência da
penitência é interior e não se confunde com práticas exteriores como o jejum, a esmola e a
mortificação. As práticas exteriores pouco ou nada valem sem a penitência interior. «Rasgai os
vossos corações e não os vossos vestidos, convertei-vos ao Senhor vosso Deus, porque Ele é
benigno e compassivo» (Jl 2,13). Tampouco a virtude da penitência pode ser confundida com
um desejo mórbido de infligir sofrimento a si mesmo.

- A virtude da penitência é uma disposição moral que inclina o pecador a destruir e reparar
os seus próprios pecados por constituírem ofensas a Deus. A penitência é uma dor espiritual,
interior: é o sofrimento por haver pecado. É um querer não ter pecado, é um querer não ter
querido o mal que se quis no passado. O pecado é um ato da vontade humana e só pode ser
destruído por um novo ato da vontade que o revogue. É por isso que a virtude da penitência
está indissociavelmente ligado ao sacramento de mesmo nome: a validade deste depende da
sinceridade daquele. Mas não basta o arrependimento.

- A virtude da penitência exige também o propósito de reparar o mal cometido e de não


mais tornar a pecar no futuro. Assim, a penitência se projeta nos sentidos do tempo: para o
passado, o arrependimento; para o presente, a reparação; e para o futuro, o propósito de
emenda. Os hereges protestantes pregam que não é necessário aos que se arrependem
reparar o mal que fizeram no passado de sua vida. O fulano mata, rouba, estupra e acha que
basta “aceitar Jesus” para ficar com a “ficha limpa”. Por isso, os protestantes escarnecem da
necessidade de penitência. Ora, isso é uma distorção do Evangelho, pois é preciso reparar:
quem roubava, deve restituir o que roubou; quem professava publicamente uma falsa
doutrina, deve também se retratar em público.

4. Qual penitência fazer?


- Papa, ao falar que não devemos nos contentar com uma vida medíocre, vem nos alertar
justamente para o fato que nos preocupamos muito com a aparência, e nos esquecemos de
praticar realmente o amor.

- Podemos passar quarenta dias sem comer chocolate, mas, durante esses dias, não
mantemos a inimizade com o vizinho ou uma pessoa da própria família.

- Não basta somente fazer suas práticas de penitência; se as for fazer, ofereça-as por
alguém; se fizer jejum de alguma comida, cuide de oferecê-la a algum pobre; tente também
fazer penitência de não falar palavrões ou não falar mal do seu próximo; se tiver brigado com
alguém, procure-o nesse tempo e se reconcilie, perdoe, peça perdão e dedique esse tempo
para meditar a Paixão de Cristo.
- O Papa nos falou da importância de escutar a Palavra de Deus. Nesse tempo, seria
interessante dedicar-se à leitura de um Evangelho, conhecendo melhor assim a vida de Nosso
Senhor. Por que não fazer uma penitência de dedicar um pouco do seu tempo a escutar um
idoso, ajudar um orfanato ou asilo? Tantas são as possibilidades que nos permitem fazer deste
tempo verdadeiramente um tempo de conversão.

5. Ter cuidado com penitências absurdas


Quaresma é tempo de lutarmos contra nossos pecados, pois ele é a pior realidade para nós, é
um período de reflexão, penitências, conversão espiritual em preparação ao mistério pascal. O
Catecismo diz: “Aos olhos da fé, nenhum mal é mais grave que o pecado, e nada tem
consequências piores para os próprios pecadores, para a Igreja e para o mundo inteiro” (n.
1489).

O primeiro convite é à conversão, é um alerta contra a superficialidade de nossa maneira de


viver. Converter-se significa mudar de direção no caminho da vida: uma verdadeira e total
inversão de rumo. Conversão é ir contra a corrente, contra a vida superficial, incoerente e
ilusória, que frequentemente nos arrasta, domina e torna-nos escravos do mal ou pelo menos
prisioneiros dele. Jesus Cristo é a meta final e o sentido profundo da conversão; Ele é o
caminho ao qual somos chamados a percorrer, deixando-nos iluminar pela sua luz e sustentar
pela sua força. A conversão é uma decisão de fé, que nos envolve inteiramente na comunhão
íntima com a pessoa viva e concreta de Jesus. A conversão é o ‘sim’ total de quem entrega sua
vida a Jesus pela vivência do Evangelho. “Cumpriu-se o tempo e o Reino de Deus está próximo.
Arrependei-vos e crede no Evangelho” (Mc 1,15).

6. Meditar as estações da via-sacra

Via-sacra é um exercício de piedade, no qual os fiéis percorrem mentalmente o caminho de


Jesus Cristo, do Pretório de Pilatos até o monte Calvário. Esse exercício muito antigo, que
remonta os primeiros séculos da Igreja Católica, tomou forma com o tempo, até a Via-sacra,
como conhecemos em nossos dias.

Tipo 1
1. Aprender a relaxar! Dar tempo para si mesmo, sem ficar pressionado pela ideia de que tudo
depende de si ou que, se deixar de fazer alguma coisa, o mundo vai cair. Ninguém é absoluto e
insubstituível!

2. Compreender que os outros não vão mudar de um dia para o outro, por muito boas que
sejam as “lições" que se lhes dão! Aquilo que é tão óbvio para você talvez não seja tanto para
os outros, sobretudo se não estão tão acostumados com a disciplina como você.

3. Dominar a irritação que os erros dos outros causam: “retire primeiro a trave do seu olho”.

4. Controlar a “ira farisaica” que o leva a colocar-se sempre como juiz de tudo e de todos,
moralizando e fazendo “sermões” para os outros (geralmente sem proveito).

5. Deixar que os outros sejam como são e tornem decisões por conta própria: para isso é
preciso superar a tentação de ficar sempre dizendo aos outros o que devem fazer. Mesmo que
você tenha razão, a maneira como fala pode atrapalhar.

6. Saber quando falar e quanto falar, perceber o que o outro é capaz de entender e aceitar. Os
pensamentos mais sábios não servem de nada quando as pessoas não estão preparadas para
ouvi-los.

7. Escutar os outros: eles também podem ter razão. Mesmo que não tenham razão, você se
torna mais sensível ao escuta-los e, quando falar, vão perceber que estão ouvindo um ser
humano e não uma máquina lógica.

8. Entender que no mundo tudo é relativo: não existe apenas uma única maneira correta de
fazer as coisas! As coisas podem ser feitas de modo muito diferente, sem que isso
comprometa o essencial. O perfeccionismo, que é uma exigência inútil, vai minando a
confiança que os outros têm em você, quando se tratar de coisas realmente importantes. É
preciso distinguir o essencial do secundário, o relativo do absoluto.

9. Curtir a sensação de tornar-se humano: ninguém precisa ser perfeito para ser bom.

Tipo 2

1. Procurar ver as necessidades dos outros e ajudá-los. Se você dá aos outros o que realmente
precisam – não necessariamente o que os outros desejam ou o que você acha que lhes vai
agradar -, além de os ajudar, estará evitando conflitos com eles e consigo mesmo.

2. Ser generoso sem esperar recompensa. Valorize e estimule as potencialidades dos outros.
Se você for uma pessoa boa, os outros irão procura-lo livre e espontaneamente. Nunca você
conseguirá espaço na vida de uma pessoa manipulando-a.
3. Tomar consciência das motivações, do que você pretende, da tendência a controlar as
pessoas, de suas agressões, de sua língua feroz e outros elementos negativos que possam
aparecer em sua personalidade: isso transparece para os outros e os afasta de você.

4. Resistir à tentação de chamar a atenção sobre si mesmo e suas boas obras. Quando fizer
algo de bom pelos outros, não lhes fique lembrando isso, pois apenas conseguirá que se
sintam incomodados.

5. Não estar sempre “fazendo coisas” pelos outros nem procurar agradar dando presentes ou
elogiando sem razão. Não deixe de ajudar só porque os outros não retribuem do jeito que
você esperava. Ajude os outros quando eles tiverem necessidade, procurando sobretudo que
sejam capazes de caminhar com os próprios pés.

6. Conter a tendência de fazer novas amizades e curtir novas companhias, pois, embora isso
seja excitante, pode levá-lo a descuidar das amizades antigas e a deixar de lado os
compromissos que tem com outras pessoas.

7. Procurar agir mais nos bastidores, trabalhando para o bem dos outros sem que isso apareça.
Lembre que ocupar um espaço na vida dos outros é um privilégio e não um direito seu.

8. Não ser possessivo nas amizades: partilhe seu amigos com outras pessoas, pois o amor
genuíno é suficiente para todos.

9. Tomar consciência da ambigiiidade das motivações: às vezes as suas intenções são boas,
mas, por trás delas, há um desejo de aparecer ou de satisfazer suas próprias necessidades.

10. Amar desinteressadamente. Essa é uma das maiores capacidades humanas e será sua
maior conquista: amar os outros e valoriza-los por aquilo que são.

Tipo 3

1. Desenvolver o amor e a cooperação nos relacionamentos. Evite humilhar os outros., exclui-


los de situações ou dar-lhes a impressão de serem inferiores. Tenha consciência de seus
sentimentos e necessidades, pois isso o ajudará a ser uma pessoa mais amorosa, um amigo
mais fiel e mais agradável.
2. Ser sincero: honestidade a respeito de seus êxitos, sem querer exagera-los ou impressionar
os outros.

3. Ser confiável: capaz de guardar segredos e confidências, resistindo à tentação de usá-los em


benefício próprio.

4. Desenvolver consciência social: você é parte de uma sociedade/comunidade e lhe deve


muito. Por isso, tome consciência de sua tendência a sentir-se no direito de obter o que deseja
à custa dos outros. Uma tendência de sua personalidade desintegrada é a de utilizar os outros.
Procure dar mais do que recebe.

5. Não se adaptar às expectativas dos outros, como camaleão. Procure guiar-se por suas
melhores qualidades e desenvolva suas próprias atitudes e valores.

6. Apoiar e estimular os outros. Procure dar atenção aos outros e expressar sua admiração por
eles, em vez de buscar isso para si. Assim você se sentirá melhor consigo mesmo, e seus
relacionamentos serão mais felizes se forem baseados na cooperação e não na competição.

7. Utilizar as qualidades em benefício do grupo a que pertence e das pessoas que dele fazem
parte. Você tem muita energia e sentido de humor, capacidade de organização e jeito para
infundir entusiasmo.

8. Não exagerar a importância do que faz: muitas vezes, por exagerar na avaliação de seus
êxitos, você fica furioso quando sente que os outros os menosprezam ou não o elogiam como
esperava.

9. Conter a tendência à competição: ela leva a hostilidade, ao desprezo dos outros e a


frustrações. Você terá um êxito mais autêntico se conseguir eliminar esses sentimentos.

10. Não se comparar com os outros nem se irritar com os êxitos alheios. Concentre-se em
desenvolver o melhor de si mesmo e não se preocupe com os outros.

Tipo 4

1. Não dar tanta atenção a seus sentimentos: para você eles não são uma fonte de apoio,
igualar-se com eles pode ser um erro fatal. Seus sentimentos revelam apenas como você está
neste momento, mas você é muito mais do que isso. Assim, é necessário desarmar a tentação
de achar que para se compreender e poder atuar, e preciso compreender primeiro seus
sentimentos, especialmente os negativos.

2. Comprometer-se com um trabalho produtivo, significativo, que contribua para o bem-estar


próprio e dos outros. Evite ficar adiando as coisas até “sentir ânimo” para fazê-las. Trabalhar
constantemente no mundo real o ajudará a se descobrir e sentir-se mais feliz.

3. Comprometer-se com algo que seja útil e bom: a auto-confiança e a auto-estima dependem
de experiências positivas. .. Você precisa busca-las, mesmo que não esteja preparado.

4. Adotar formas concretas de autodisciplina: nos horários ou nos exercícios, pois isso terá um
efeito fortalecedor. Se a autodisciplina brotar de uma opção sua, ela não será contrária à sua
liberdade ou individualidade. Isso lhe dará o contrário do efeito debilitante que a fantasia, a

sensualidade, os vícios. .. provocam em você.

5. Evitar as cargas de conversas na imaginação, especialmente quando são negativas, cheias de


ressentimento ou exageradamente românticas. Elas são pouco realistas. Em vez disso, você
precisa começar a viver o concreto.

6. Partilhar abertamente com alguma pessoa em que você confie. E importante para você
expressar espontaneamente seus sentimentos e ter alguém que reaja a eles honestamente.
Relacionar-se com outra pessoa será uma forma mais segura de “se encontrar a si mesmo”.

7. Assumir trabalhos concretos de serviço comunitário: isso lhe dará uma melhor perspectiva
de si mesmo, e o fará menos retraído.

8. Evitar a baixa auto-estima: superar a autocompaixão, a queixa a respeito dos país, as


recordações da infância triste, do passado insatisfeito, dos relacionamentos fracassados, a
idéia de que ninguém o compreende. Seu autoconhecimento deve ajudá-lo a tomar
consciência dos efeitos de sua auto-estima.

9. Não interpretar tudo de forma pessoal: supere sua hipersensibilidade, que o leva a pensar
que tudo o que os outros dizem é dirigido contra você. Procure ser mais crítico acerca dos
comentários dos outros e menos crítico em relação a si mesmo.
10. Ser amigo de si mesmo: você é melhor amigo dos outros que de si mesmo, faz e diz a si
mesmo coisas que nunca sonharia dirigir a outra pessoa. Seja menos hostil e menos
depreciativo em relação a você e mais interessado no seu verdadeiro bem-estar.

Tipo 5

1. Analisar menos e observar mais: você procura entender o ambiente, mas às vezes tem idéias
preconcebidas sobre a realidade, em vez de observa-1a. Use mais sua capacidade de
observação, em vez de ficar elaborando teorias fantásticas e especulações intermináveis.

2. Aprender a ficar calmo, de modo sadio: pela tendência a ser muito intenso e excitável, você
tem dificuldade de relaxar. Será útil usar algo (exercícios, técnicas, meditações, esporte, yoga. .
.) que o ajude a canalizar sua grande energia nervosa.

3. Fazer opções concretas, a partir das muitas possibilidades que vê: conseguir escolher, ver o
que é mais importante. Aceitar o conselho de alguém poderá ajudá-lo a ter mais segurança em
seus próprios julgamentos e a confiar em outras pessoas.

4. Não tirar conclusões precipitadas: às vezes, há a tendência de formar opiniões com base em
poucas evidências e isso pode causar problemas, sobretudo nos relacionamentos. Mantenha a
cabeça aberta e dê às pessoas uma segunda oportunidade, a medida que vai obtendo mais
informações sobre elas.

5. Confiar em alguém: é importante ter alguém amigo com quem você partilha porque confia,
sem medo de conflitos. Esse medo não pode fecha-lo: é preciso entender que os conflitos se
enfrentam e são solucionáveis. Isolar-se para evitar conflitos não resolve.

6. Cooperar mais, evitando ser solitário. Mesmo que isso vá “contra a sua natureza”, será útil
aprender a apoiar e cuidar das pessoas.

7. Preocupar-se com os outros, fazendo com que eles se sintam a vontade junto de você. As
vezes, há a tendência de deixar os outros se sentirem meio incômodos. Você pode mergulhar
tão intensamente no que o interessa, nas suas idéias fascinantes, que tende a esquecer
determinadas delicadezas que ajudam o outro a sentir-se acolhido.

8. Utilizar os dons em benefício dos outros e não contra eles: se você perceber a tendência de
menosprezar aqueles que considera menos inteligentes, procure aceitar as suas próprias
limitações intelectuais, sem ser cínico ou duro em seus juízos. Mesmo que suas capacidades
intelectuais sejam superiores, isso não lhe dá o direito de se julgar melhor que os outros.

9. Auto analisar-se quando há conflito: se os outros se afastam ou reagem de forma


antagônica, procure ver se não terá sido você - e não eles - quem começou esse
distanciamento.

10. Desenvolver a compaixão pelos outros: você tem grande capacidade de compreensão,
procure cultivar a empatia. Ao ver os outros com compaixão e carinho, seus sentimentos mais
temos poderão emergir e suavizar seus pontos mais ásperos, ajudando-o a ser uma pessoa
mais confiante, relaxada e feliz. Não fique só restrito à cabeça: utilize mais o coração.

Tipo 6

1. Aprender a usar a angústia: explora-la e chegar a acordo com ela. Recorde que é fácil você
se angustiar. Trabalhe de forma criativa com suas tensões, sem recorrer a soluções externas
para aliviar a angústia. Dentro de certos limites, a angústia pode ser fonte de energia, uma
espécie de tônico que pode ajudá-lo a ser mais produtivo e mais consciente do que faz.

2. Procurar não ficar na defesa nem ser irascível (irritável): você fica nervoso quando está
chateado, incomodado ou enjoado, e tende a voltar-se contra as pessoas, culpando-as por
coisas que você mesmo fez ou causou. Quando estiver de mau humor, resista a tendência de
ficar se lamentando e pensando negativamente, autodestruindo-se.

3. Aprender a identificar o que o faz reagir exageradamente: quando você está sob pressão ou
angustiado, pode perceber essa tendência. Tome consciência de que quase sempre as coisas
que tanto temia não se materializaram, a não ser que você mesmo tenha feito com que elas se

tenham concretizado, auto derrotando-se. (Mesmo quando as coisas são tão ruins como você
acha, é possível encontrar um jeito de transforma-las em bem, se você assim quiser.)

4. Procurar ser mais confiante: você tem o dom de agradar às pessoas, mas, por sentir-se
inseguro, talvez tenha medo de comprometer-se com elas. Por isso, desenvolva a confiança
em suas relações, comunicando às pessoas seus sentimentos. Certamente, na sua vida há
pessoas a quem pode pedir ajuda, que se interessam por você e são confiáveis. Se não
existem, esforce-se ao máximo para encontrar pelo menos uma pessoa assim e aproxime-se

dela. Isto significa expor-se a rejeição e despertar alguns de seus temores mais profundos, mas
vale a pena correr o risco!
5. Não levar a sério os medos em relação ao que os outros pensam de você: provavelmente, a
opinião que os outros têm a seu respeito é melhor do que você imaginava, e poucas pessoas
estarão empenhadas em prejudica-lo ou feri-lo. Os seus medos dizem mais acerca de suas
atitudes para com os outros do que acerca das atitudes dos outros em relação a você.

6. Aceitar as responsabilidades com mais coragem e maturidade: se procurar evitar


responsabilidades, talvez consiga apenas afastar (-se das) as pessoas e destruir o respeito que
elas têm por você. As pessoas respeitam aqueles que assumem a responsabilidade pelos seus
atos, especialmente quando cometem erros.

7. Desenvolver a autoconfiança: você pode cair facilmente em esquemas de pensamento


negativo, que se perpetuam alimentados pela angústia e pela preocupação. Você procura
sentir-se mais seguro, mas isso só será possível se se sentir seguro consigo mesmo. É preciso
concentrar-se em ser mais auto-afirmativo, desenvolvendo uma fé realista em si mesmo e em
suas capacidades. Se você não acredita em si mesmo, dificilmente os outros serão capazes de
fazê-lo. O desafio é começar por descobrir boas razões para acreditar em si mesmo, para que a
sua autoconfiança não seja apenas uma compensação de seus medos.

8. Não idolatrar uma “autoridade” nem se esconder atrás de uma atitude como “eu estou
simplesmente cumprindo ordens”: pactuar com uma “autoridade” pode levá-lo a associar-se a
pessoas que realmente não valem muito. .. Se alguém está procurando um colaborador que
faça tudo o que lhe dizem, você não deveria ser esse colaborador. É possível que esse tipo de
pessoa o traia ou se desfaça facilmente de você. Lembre que, assumindo condutas como essa,
você acabará tendo menos segurança e respeito por si mesmo do que esperava encontrar.

9. Ser justo com os outros e dizer-lhes o que pensa, para não parecer sem convicções, indeciso
ou na defensiva: o que mais afeta os outros e destrói as relações é dar sinais confusos e
ambíguos de suas verdadeiras atitudes e desejos.

10. Manter o equilíbrio de suas emoções: conseguir isso é sinal de verdadeira maturidade. É
sinal de coragem para você ser capaz de “levantar a voz”, especialmente contra uma
“autoridade”. Pode ser difícil para você se expor a crítica e a rejeição, às vezes, não há outra
alternativa. No entanto, é preciso ter cuidado para que o “levantar a voz” não o faça cair no
outro extremo, tornando-se beligerante, agressivo e “do contra”.
Tipo 7

1. Evitar ser impulsivo: desenvolva o hábito de analisar seus impulsos, antes de se deixar
dominar por eles. Isto significa não dar importância à maior parte de seus impulsos e saber
escolher criteriosamente aqueles que vale a pena seguir. Assim, você se concentrará no que
mais lhe convêm.

2. Aprender a escutar os outros e a apreciar o silêncio e a solidão: os outros podem ser muito
interessantes e você pode aprender muito com eles, abrindo perspectivas novas; ficar em
silêncio, afastando-se das distrações e dos ruídos externos, pode ajudá-lo a confiar mais em si
mesmo e a descobrir aí uma felicidade mais profunda que aquela que vem dos estímulos
exteriores.

3. Não querer fazer tudo ao mesmo tempo: você não precisa aproveitar todas as
oportunidades no mesmo momento. A maior parte das boas oportunidades voltará
novamente e você poderá estar em melhores condições de aproveita-las, discernindo quando
cada uma é oportuna.

4. Escolher a qualidade acima da quantidade (especialmente no que diz respeito às suas


experiências): se você consome todas as possibilidades com voracidade, perde a oportunidade
de curtir o valor de cada uma e nunca se sentirá satisfeito.

5. Certificar-se de que o que você deseja será bom futuramente: considere as consequencias
daquilo que você deseja, a longo prazo.

6. Acreditar que a felicidade vem indiretamente, quando se faz algo que vale a pena: quando
você se dedica, quando faz as coisas adequadamente. .. Você encontrará a felicidade como
consequência, sem busca-la diretamente. Não faça da felicidade a meta da sua vida, pois isso
pode torna-lo ansioso, exigente e egocêntrico.

7. Evitar a tendência de perder o controle sobre si mesmo: como você se entusiasma com
tudo, é fácil perder o controle, pois você tem muita energia e impulsos fortes. Talvez você
pense que é difícil se privar de algo, mas, se não se privar de algumas coisas, corre o risco de se
ver privado da felicidade.

8. Ter cuidado com aquilo que fala: como você pode ser engraçado e divertido e achar nisso
um prazer para si mesmo e para os outros, corre o risco de ofender, dizendo mais do que
realmente queria dizer, para causar impacto nos outros. E assim você pode ferir as pessoas.
9. Procurar doar em vez de receber as coisas materiais nunca vão satisfazê-lo e você nunca
poderá ter tudo o que deseja; mesmo que pudesse, essas coisas não satisfariam suas
necessidades mais profundas. A única coisa que realmente pode satisfazê-lo é o
relacionamento profundo.

10. Cultivar a gratidão: você tem a capacidade de se alegrar e sentir agradecido pelo que é e
pelo que tem. Arrume tempo para estar agradecido e deixe-se cativar pela vida: a admiração
perante a beleza e a preciosidade da existência o conduzirá a um nivel inesperado de
satisfação.

Tipo 8

1. Agir com moderação. Quando você se abstém de atacar os outros, mesmo quando poderia
fazê-lo, demonstra sua verdadeira grandeza. Sua maior potencialidade é incentivar e animar as
pessoas. Usar a misericórdia em vez da força é um caminho muito mais seguro para conseguir
a lealdade dos outros.

2. Não se considerar o único no mundo. Os outros têm os mesmos direitos e necessidades que
você, e isso não pode ser ignorado nem violado. Quando você viola esses direitos e
necessidades, os outros podem até temê-lo, mas, certamente, vão também perder-lhe o
respeito e até odiá-lo.

3. Aprender a ceder. Aceitar que os outros “vençam”, sem medo que isso sacrifique seu poder.
Quando surgir o desejo de dominar todo o mundo o tempo todo, é sinal de que seu ego está
começando a inchar, é o alerta para o perigo de conflitos sérios com as pessoas.

4. Precaver-se contra a auto-suficiência: sua auto-suficiência ê uma ilusão. Mesmo que ache
que não precisa nem depende de ninguém, na realidade você depende de muita gente. Se
afasta as pessoas que colaboram com você, acabará tendo de procurar colaboradores cada vez
mais servis e menos confiáveis, para que cumpram suas ordens. Mas então sua autoridade
estará realmente fragilizada, embora aparentemente seja tranq'úila, pois ninguém o
questiona.

5. Não supervalorizar o dinheiro como fonte de poder. A riqueza talvez signifique poder fazer o
que se deseja, sentir-se importante, ser temido e obedecido.

6. Descobrir objetivos mais nobres que o ajudem a transcender ao encontro do sentido da


vida. Mas, se predomina o interesse próprio, a autotranscendência é eliminada e, desse modo,
se elimina a possibilidade de felicidade profunda, do crescimento espiritual e de outros
valores. O “ego inchado” é o jeito de evitar a falta de sentido que você mesmo cria.
7. Aceitar a dependência de Deus. Cultivar a condição de criatura, de filho, e não se fechar em
si como se fosse “deus”. Isso exige renunciar ao próprio ego e aos caprichos e interesses
próprios.

8. Compreender a necessidade de mudar a vida enquanto é possível, quando percebe que


ofendeu o outro, que o utilizou, que foi impiedoso.

9. Criar oportunidades para os outros. Quando você usa suas capacidades para despertar a
esperança nas pessoas, suas melhores potencialidades estão sendo exercidas e você será
respeitado por isso.

10. Pensar no mal que pode causar aos outros e, ao mesmo tempo, no bem que lhes pode
fazer. Como você quer ser lembrado?

Tipo 9

1. Ser você mesmo: você tem a tendência para estar sempre de acordo com os outros, fazendo
o que eles querem, para manter a paz, evitar conflitos e ser amável. Mas essa cedência
constante não o fará feliz. Você não vai conseguir querer bem às pessoas se não desenvolver
sua autonomia, para poder dar importância para eles.

2. Esforçar-se: você precisa se “policiar” para prestar atenção ao que está acontecendo. Não
viva sem rumo, nem se afaste das pessoas. Concentre sua atenção, para participar ativamente
no mundo que o rodeia.

3. Reconhecer as agressividades, as angústias e outros sentimentos: os impulsos negativos


fazem parte de você e afetam sua condição física e emocional e seu relacionamento com os
outros. Tome consciência de seus sentimentos e expresse as coisas abertamente.

4. Analisar sua parte de responsabilidade nos conflitos: mesmo que isso lhe seja doloroso,
procure analisar e descobrir sua parcela de culpa quando um relacionamento vai mal ou
quando surge algum conflito nesse relacionamento.

5. Exercitar a tomada de consciência do corpo e das emoções: procure concentrar-se


frequentemente em perceber seu corpo e seus sentimentos, pois isso o ajudará a tomar mais
consciência de sua vida.
6. Não reprimir os sentimentos: se você reprime os sentimentos, isso será somatizado. Você
começa a sentir dores de cabeça, de coluna, enxaqueca, crises de choro, ataques de pânico,
sensação de angústia... Não tenha medo de trabalhar seus sentimentos ou de buscar ajuda
para fazê-lo: sua vida será mais rica e você encontrará verdadeiramente a paz.

7. Não tomar tranqiiilizantes nem se “anestesiar” (a não ser em momentos de crise grave): isso
pode aliviar sua angústia, mas vai também enganar sua consciência, impedindo-o de encarar a
realidade. Enfrentar a crise ajuda a desenvolver sua auto-estima e será para os outros um sinal
de que você é uma pessoa forte, em quem eles podem confiar.

8. Aceitar a vida e sentir a grandeza de viver: não renuncie à sua consciência. Se você se
reprime e se deixa viver num estado de “dormência”, poderá chegar ao fim da vida com a
sensação de não ter vivido.

9. Confiar em si mesmo e partilhar os temores: pode lhe ser difícil partilhar os sentimentos...
Tenha confiança: isso não vai prejudicar seus relacionamentos, pelo contrário, vai tomá-los
mais sólidos e você se sentirá seguro e cômodo.

10. Escutar e compreender os outros: você tem a capacidade de fazer com que os outros se
sintam tranquilos, seguros e aceitos perto de você. Procure também compreendê-los e estar
atento às suas necessidades. Procure conhecer os outros como realmente são. O amor entre
você e os outros será mais real e valioso.

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