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RESUMO
O artigo apresentado pretende fazer uma reflexão sobre a relação existente
entre o professor de língua estrangeira e seus alunos abordando
especificamente os estudantes do ensino fundamental, fazendo uma analise
sobre as competências necessárias ao professor de língua estrangeira e suas
relações com os estudantes e como isso interfere para um processo de ensino
aprendizagem mais eficaz. Espera-se que através destas reflexões destacarem
a importância da capacitação docente para o desenvolvimento das
competências estabelecidas para o ensino da língua estrangeira.

RESUME

The article presented intends to reflect on the relationship between the foreign
language teacher and his students specifically addressing the elementary
school students, making an analysis on the skills needed by the foreign
language teacher and their relations with the students and how it interferes. for
a more effective learning teaching process. It is hoped that through these
reflections highlight the importance of teacher training for the development of
established skills for foreign language teaching.

Palavras chave: língua estrangeira, professor, aluno, escola, ensino-


aprendizagem.
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INTRODUÇÃO:

A presente pesquisa consiste em analisar os processos que permeiam a


construção da relação docente/aluno/a em centros educacionais específicos,
as escolas de ensino fundamental na Argentina, no estado de Buenos Aires.
Busca-se estudar ainda, a maneira pela qual ocorre a efetivação do
processo de ensino aprendizagem da língua estrangeira nestes ambientes, e
como ocorre o estabelecimento destas relações de proximidade entre aluno/a e
professor/a para que ocorra uma otimização do aprendizado.
O professor de língua estrangeira deverá ser um profissional com
continua formação para se mantiver atualizado nas constantes mudanças e
através destas observações buscarem inovar suas metodologias relacionadas
ao ensino aprendizagem.
Ele deve sempre estar atento ao processo de ruptura com o tradicional e
a busca pela formação integral do aluno atentando para a sua emancipação e
autonomia, para esta finalidade o professor deverá construir uma relação solida
com seus alunos, demonstre afetividade e profissionalismo.
Este artigo fará reflexões voltadas para á pratica do ensino da língua
estrangeira tomando como base de pesquisa alguns referenciais como Maria
Antonieta Alba Celani, no artigo, Ensino de línguas estrangeiras, Paulo freire
(1996), Denílson Amade Sousa (2014) e Márcia Regina Martins Pinheiro
(2009).
Como meio de pesquisa será realizada juntamente com professores (as)
de uma escola estadual uma analise do ambiente educacional com o objetivo
de observar e refletir a respeito de como se estabelece a relação
professor/aluno nas escolas de nível fundamental.
A exigência quanto aos profissionais da educação é muito grande e
requer que o professor nesta área possua não apenas um conhecimento solida
sobre as percepções educacionais da língua estrangeira como também possua
outras competências que irão envolver todo o ambiente educacional.
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Justificativa:
O relacionamento que se espera existir no âmbito escolar deve englobar
os alunos/as, direção escolar, professores e todos envolvidos nesta perspectiva
educacional deve ser de respeito mutuo, comportamento condizente com as
normas estruturais da escola e dos professores.
No processo ensino aprendizagem da Língua Estrangeira alunos e
professores são direcionados á visualizar o mundo sob uma concepção
lingüística, a compreensão de que o professor chega à classe para o ensino
trazendo aos alunos uma nova linguagem que para eles é estranha ou
diferente e que não faz parte do seu cotidiano faz com que eles tenham um
choque lingüístico.
Por este motivo o ensino da Língua Estrangeira deve conter um
processo de negociação de significados que colaborem para alcançar os
propósitos comunicativos. E neste processo então a busca pela interação e
importantíssima, pois incentiva o aluno a desenvolver habilidades lingüísticas
de forma mais profunda e permanente haja vista que ele a partir do vinculo
criado se encontra envolvido na construção de significados.
A Língua portuguesa como parte da formação educacional deve ser
constituída em um espaço onde o contexto da interação esteja presente. Por
este motivo, é fundamental a implicação de todos os participantes dentro desse
contexto para que á partir deste vinculo eles possam interagir nos processos
dos significados e aprendam como utilizá-los na interação social.
Portanto, o professor sempre deve buscar em refletir e desempenhar
tarefas de aprendizagem diversificadas de forma a aumentar as oportunidades
e o interesse dos alunos interagirem.
As relações entre professor e aluno não estão presente apenas na sala
de aula como há algum tempo atrás, atualmente com as facilidades existentes
na comunicação em diversas vezes esta interação ultrapassa a sala de aula e
ganha uma nova proporção.
As redes sociais são hoje uma forma muito pratica para essa interação,
pois através dela professor e aluno podem se comunicar de maneira rápida e
eficiente otimizando assim os momentos de interação nas salas de aula.
E isto ocorre porque o estudo da língua estrangeira não está
apenas inserido no contexto lingüístico, mas também cultural e social a
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linguagem acompanha todas as ações do ser humano, por este motivo ao


inserir uma língua estrangeira dentro do âmbito educacional é necessário que
se crie também uma relação afetiva com a língua apresentada ou com o
professor/a que á apresenta. Ao fazer esta observação devemos compreender
as mudanças ocorridas na sociedade onde as pessoas buscam novos meios
de interagir e se comunicar e, portanto o vinculo professor/aluno compreende
também o estudo e observação dos alunos para que a partir desta observação
se crie métodos para o ensino da língua estrangeira Para o ensino da língua
estrangeira a interação entre aluno/a e professor/a, pode ser fundamental, isso
porque a pratica lingüística requer um dialogo constante que é a ação que
levará o aluno/a uma aprendizagem completa que é a que se espera para o
ensino fundamental da rede publica escolar.

OBJETIVO GERAL:
Investigar a eficácia do relacionamento interpessoal entre docente e aluno no
ambiente escolar.

Objetivos específicos:
 Verificar se o convívio entre alunos e professores fora de sala de aula
pode acelerar ou gerar mai eficácia no processo de ensino
aprendizagem
 Analisar o comportamento dos docentes com os alunos fora do período
de aula durante a letividade anual.
 Averiguar se apresenta uma redução na taxa de reprovação entre os
alunos que mantém algum tipo de relacionamento interpessoal com seus
discentes.

METODOLOGIA DA PESQUISA:
O presente trabalho está voltado para uma pesquisa feita por meio de
interpretações etnográficas, e ela, portanto fornece contribuições para
a compreensão para a pratica do ensino da língua estrangeira. A idéia da
pesquisa está voltada para os processos de construção de conhecimento, e os
em aspectos processuais do mundo social.
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Esta é, portanto uma visão subjetiva do conhecimento e da realidade a


partir de estudos relacionados ao vinculo educacional ficará embasada esta
pesquisa conforme a opinião dos autores e pensadores sobre o assunto,e a
partir daí foi realizada uma reflexão sobre como a relação criada entre o
professor e os estudantes podem afetar no processo de ensino aprendizagem
e ajudar no desenvolvimento e projeção do ensino da língua estrangeira.

O VINCULO ALUNO/ PROFESSOR DE LÍNGUA ESTRANGEIRA DENTRO E


FORA DE SALA:
Quando se fala do relacionamento entre o docente e o discente de
imediato se pensa em pequenos encontros nos corredores do ambiente
escolar, os quais a maioria ocorre nos intervalos das classes, no entanto
estamos falando de algo mais amplo e conciso.
Em uma pesquisa realizada com docentes de uma cidade no estado de
Buenos Aires, notou-se que em geral os docentes acham mais viável a
passagem de conhecimento através do bom relacionamento com os alunos/as,
nesta pesquisa verificou-se então que 90% dos alunos que mantinham algum
tipo de relacionamento com os seus professores dentro ou fora de sala de aula
ou do ambiente escolar, obtiveram maior aproveitamento no ano letivo sobre o
aprendizado da língua estrangeira.
A pesquisa mostrou, portanto que entre os professores da rede publica
de ensino 50% aprovam o relacionamento com seus alunos fora da sala de
aula, e 50% prefere manter o contato apenas dentro da sala de aula no horário
especifico das aulas.
Segundo Veiga (2006), ensinar é um trabalho laborioso que envolve
elementos que se articulam entre si, o professor, o aluno e o conhecimento. O
autor diz que, nem sempre há um consenso entre os professores a respeito do
que se entende por ensino. Mas, é possível perceber que existem elementos
coincidentes responsáveis pelas características fundamentais para a
compreensão do ensino no contexto educacional. São eles:
 Intencionalidade: relaciona-se com o contexto educacional, a
sociedade e a sua convivência com os outros.
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 Interação e compartilhamento: diz respeito a um processo que se realiza


entre pessoas. Ou seja, ensinar é trabalhar com, sobre e para seres humanos,
implicando relações concretas entre pessoas.
 Afetividade: representa a presença da afetividade num processo de troca
entre as pessoas na criação de um ambiente humanizado e propício ao
processo de ensino-aprendizagem.
 Construção de conhecimento e rigor metodológico: em última instância,
a construção do conhecimento é do sujeito. Entretanto, ao professor cabe a
tarefa de criar situações e formas que propiciem o vínculo do conhecimento
com a realidade do aluno e com a sua prática social mais ampla.
 - Planejamento didático: remete aos fins e objetivos a serem alcançados
e que devem ser pensados previamente. É o compromisso do professor no que
diz respeito ao ensino como possibilidade de alcançar as finalidades mais
gerais da educação postas para um determinado nível de ensino.
A idéia de ampliação do relacionamento entre docente e discente
tem como uma de suas principais características o aprimoramento do
aprendizado e o aumento das praticas na língua estrangeiras que esta sendo
estudada.
É preciso manter o equilíbrio e o respeito na relação entre
professor e aluno, o que pelo sistema escolar tradicional, ou pela metodologia
escolar tradicional que é também considerada como clássica ou arcaica.
Esta pesquisa se justifica pela complexidade existente nas
relações professor/a /aluno/a, e pela compreensão das mudanças sociais
ocorridas através da historia da educação que trás esta relação para uma
perspectiva mais ampla que visualiza o processo de ensino aprendizado como
um processo relacionado a construções não apenas conteúdo, mas afetivas
também.
A rotina presente na sala de aula é formada por
acontecimentos significativos, tanto por parte do professor quanto por parte do
aluno. Em meio a esses acontecimentos diários a manifestação de afeto muitas
vezes se torna comum e presentes na relação do educador com o educando e
podem contribuir de forma positiva no aprendizado do aluno e até mesmo na
evolução do professor como educador
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De acordo com Freire (1997, p. 55) “as relações entre


educadores e educando são complexas, fundamentais, difíceis, sobre que
devemos pensar constantemente”, muitas vezes estas deixam marcas
negativas ou positivas na vida de ambos.
Observando a reflexão feita por Freire (1997, p.55) podemos
pensar a profundidade desta relação e analisar como as ações realizadas e o
relacionamento construído pelo professor de línguas estão afetando ao
educando se esta relação esta sendo positiva e acarretando conhecimento ou
se está sendo apenas uma pratica monótona e metódica.
Para o ensino da língua estrangeira a interação entre aluno/a e
professor/a, pode ser fundamental, isso porque a pratica lingüística requer um
dialogo constante que é a ação que levará o aluno/a uma aprendizagem
completa que é a que se espera para o ensino fundamental da rede publica
escolar.
Na relação estabelecida é muito importante que se tenha bem claro o
contrato pedagógico que seria os combinados existentes entre alunos/as e
professores/as, que seria as regras onde se estabelecem os prazos de entrega
de trabalho e a devolução por parte do professor, o compromisso com os
direitos e obrigações que firmam o bom relacionamento escolar.
Também a experiência do professor é importante na hora de fazer s
intervenções e nas relações desde que ele seja um profissional que busque se
atualizar quanto às necessidades dos seus alunos, alem de elaborar métodos
que propiciem uma relação de respeito e confiança entre professor/a e aluno/a.
As diferenças geracionais podem intervir no vinculo docente/ aluno
através dos códigos, ideologias ou formas de tratamento, no entanto estas
diferenças devem ser esclarecidas através de um dialogo aberto e sincero
sempre respeitando as diferenças inerentes a cada ser humano.
As novas formas de aprendizagem existentes como, por exemplo, a
subjetividade, as pautas de debates de gênero, incorporação de alunos enfim
as diversidades que existem no espaço escolar, são para os professores um
desafio que deve ser solucionado a partir da construção do vinculo do
relacionamento com base no respeito e também com adaptações curriculares
onde estas pautas poderão ser debatidas e assim buscando a melhora do
convívio no espaço educacional.
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O VINCULO E A MOTIVAÇÃO:
Outra forma muito eficaz no ensino da língua estrangeira que alem de
criar um vincula educacional proporciona um incentivo para o aprimoramento
dos estudos é a motivação. Neste processo de motivação as metas e objetivos
de aprendizagem devem estar claros para que através delas o professor
consiga mostrar ao aluno os motivos de se aprender outra língua e como isso
implicará na sua formação pessoal como cidadão.

O encontro com a língua estrangeira faz vir à consciência alguma


coisa do laço muito específico que mantemos com nossa língua. Esse
confronto entre primeira e segunda língua nunca é anódino para o
sujeito e para a diversidade de estratégias de aprendizagem (ou de
não aprendizagem) de uma segunda língua, que se podem
observar quando se ensina uma língua e se explica, sem dúvida, em
grande parte pelas modalidades desse confronto. (SIGNORINI, 1998,
P.215).

Quando os motivos de se aprender uma nova língua esta bem


esclarecida e se cria uma relação de troca de cumplicidade em sala de aula
este choque lingüístico se torna mais ameno e passa a ser visto como um
desafio a ser realizado.
A motivação faz parte da construção do vinculo educacional entre o
professor da língua estrangeira e os estudantes porque ela conduz o aluno a
um desenvolvimento, quando o aluno se sente motivado e assistido pelo
professor ele se esforça para realizar as atividades que estão propostas para
ele porque ele foi encorajado a se desafiar e, portanto ele está interessado em
afirmar a sua capacidade de aprender.
Gardner (1985, p.10) define a motivação como "a dimensão na qual um
indivíduo trabalha para aprender a língua por causa de um desejo de assim o
fazê-lo e a satisfação experimentada nesta atividade".
Portanto para que a aprendizagem da língua portuguesa como língua
estrangeira ocorra de uma maneira satisfatória é preciso que exista um
interesse motivacional por parte do aluno e um incentivo justificado por parte do
professor.
As atividades devem buscar sempre a socialização e o desenvolvimento
pessoal, cognitivo e social afinal a oralidade esta interligada a todos os
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sentidos humanos, e portanto a interação e o bom convívio com o professor


deverá cooperar com o processo de aprendizagem positivamente.
O papel do professor, é de facilitador do conhecimento não é o
de influenciar o aluno quanto às suas habilidades,
conhecimentos e atitudes, mas o de facilitar a construção por
parte deles do processo de formação. Frente a essa ideia,
o professor influenciará o aluno no desenvolvimento da
motivação da aprendizagem. Para o autor, quanto mais
consciente for o professor com relação à motivação, melhor será
a aprendizagem de seu aluno. Deste modo, o professor precisa
tentar descobrir o que já motiva o aluno e o que ele pode usar
em sala de aula para despertar ainda mais a motivação do
aluno.

Nas aulas de Língua Inglesa esta investigação é imprescindível


para que o professor tenha em mãos possíveis instrumentos de
trabalho para facilitar no processo de ensino-aprendizagem.
Pois, a razão da aprendizagem pode ser encontrada por este
aluno através do que ele gosta na Língua Inglesa. Onde também
o professor pode tomar o sentido da autonomia para que este
aluno continue cada vez mais buscando a aprender algo que o
desperte dentro do Inglês como LE. Assim, a ligação entre a
motivação e a autonomia conectadas através dos aspectos que
fazem os alunos aprenderem. Levando o professor a incentivar o
aluno a cada vez mais buscar para si a aprendizagem do
Inglês como LE.

Considerações finais

O tema sobre a influência da motivação na autonomia no ensino


aprendizagem de Inglês como LE para alunos do Ensino
Fundamental II foi desenvolvido para refletirmos sobre a
necessidade de incentivarmos os nossos alunos a aprendizagem
do Inglês na escola. Independentemente de se sentirem atraídos
ou não pela disciplina Língua Inglesa dentro do
ambiente escolar.

O fato é que nós como professores de Inglês como LE,


principalmente inseridos em contexto de escola pública
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devemos apresentar aos nossos alunos a possibilidade de um


novo modo de aprendizagem. Não podemos nos omitir e
deixarmos os pedidos dos nossos alunos no esquecimento de
poder aprender o Inglês como LE na escola através de
atividades que os façam interagirem, entreterem-se, refletirem
e porque não buscar o que aprenderam para si mesmos.

Através das análises dos dados gerados pela pesquisa eu


como professora pesquisadora compreendi que os alunos
sentem a necessidade de aprender o Inglês como LE. Por outro
lado, a questão primordial que envolve esta aprendizagem diz
respeito a como eles conseguirão fazer isto? Apesar dos alunos
participantes da pesquisa afirmarem de que as aulas são
boas porque a professora explica bem e se empenha o máximo
possível. Todavia, há aqueles que apontam que para aprender
Inglês como LE na escola pública precisariam fazer um curso de
Inglês. Em vários relatos dos alunos participantes do 6º e do 9º
a necessidade de aprender Inglês em um curso de Idiomas se
faz presente para que eles pudessem acompanhar melhor
esta disciplina na escola.

A partir disso, percebe-se que o sentimento de insegurança


e desmotivação com relação à aprendizagem do Inglês como LE
na escola pública é notório. Além do mais, este é um discurso
que ainda permanece nas vozes dos alunos como um fator que
os impossibilitaria de aprender mais a Língua Inglesa.
Exprimindo que de alguma forma a escola não oferece
as condições necessárias para uma aprendizagem efetiva. Cox e
Assis-Peterson (2007, p.10) explicam sobre este tipo de discurso
apontando que:

O discurso de ineficiência do ensino de inglês na


escola pública é incessantemente entoado por um
conjunto de vozes: falam professores, falam
alunos, falam pais, falam diretores
e coordenadores, atores sociais continuamente
assediados pela mídia mediante propaganda de
escolas de idiomas, que reivindicam para si os
métodos mais modernos, os professores mais
capacitados e a garantia do domínio do inglês
perfeito ao menor tempo possível.

Deste modo, é possível concluirmos que a desmotivação e


a insegurança em aprender o Inglês como LE na escola pública
interferem negativamente no processo de ensino-aprendizagem.
Outro ponto a ser considerado é que entre as causas dafalta de
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motivação está também integrado ao planejamento e o


desenvolvimento das aulas realizadas pelo professor. São
fatores determinantes que devem fundamentar o trabalho
do professor conforme as necessidades de seus alunos,
considerando sempre omomento emocional e as ansiedades que
permeiam a vida do aluno naquelemomento. Para
Burochovitch&Bzuneck (2004, p. 13) ―a motivação tornou-se
um problema de ponta em educação, pela simples constatação
de que, em paridade de outras condições, sua ausência
representa queda de investimento pessoal de qualidade nas
tarefas de aprendizagem‖.

Seguindo as falas dos alunos há aqueles que dizem ―não tenho


uma base boa em Inglês, para seguir nas aulas‖, ―porque é
uma língua difícil demais, e exige muita concentração, além do
mais você tem que gostar e eu não gosto‖. Através da
exemplificação destas falas sinto uma autoexclusão dos alunos
pelo processo de ensino de aprendizagem de Inglês como LE.
O processo de autoexclusão é explicado em Leffa (2006: p. 10-
25)

A ideia de que aprender uma língua é pertencer ao


clube dos aprendizes dessa língua parece útil para
explicar o processo de autoexclusão na
aprendizagem da língua estrangeira. Parte-se
aqui do princípio de que o aluno não se exclui por
vontade própria. Quando diz ―eu odeio inglês‖,
pode dar a impressão de que esse dizer
foi construído de dentro para fora, quando na
realidade foi construído da sociedade para o
sujeito, de fora para dentro. A autoexclusão
não parte do sujeito; é induzido pela sociedade. O
que o sistema normalmente faz, para amenizar o
impacto da exclusão, é dar ao sujeito a ilusão de
que sua opção para não pertencer à
determinada comunidade partiu de sua vontade.
É significativo compreendermos também que a sala de aula de
Língua Inglesa, como objeto também desta pesquisa é um
espaço para um contexto interacional. Por essa razão, foi central
o envolvimento de todos os participantes desse contexto (alunos
e professora pesquisadora) para que os significados gerados nos
dados dos questionários respondidos pelos alunos fossem
melhor interpretados dentro de um objetivo social. Outra
consideração a salientar é que os alunos desejam fazer
atividades em sala de aula que os estimulem a aprendizagem de
forma que entendam que são realmente capazes de aprender.
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Isto nos leva a ponderar que o conteúdo a ser trabalhado deve


ter uma ligação com atividades em que as necessidades reais
dos alunos estejam presentes. Mesmo que exista um material
didático a ser seguido é importante que o professor faça as
adaptações necessárias no material. Ou então, é fundamental
que o professor traga atividades específicas que induzam
a prática da aprendizagem do aluno seja em qualquer situação
de ensinoaprendizagem. Este também foi um ponto mencionado
pelos alunos participantes da pesquisa como relevante e
incentivador para a aprendizagem do Inglês como LE.
Sobretudo, para o ensino de gramática onde
muitos asseguraram ter dificuldade de aprender.

Em relação ao sentido da motivação para se alcançar a


autonomia na aprendizagem do Inglês como LE no contexto de
alunos do Ensino Fundamental II me parece imprescindível.
Principalmente, alunos que estão neste processo educacional
dependem de elementos lúdicos ou motivadores que os façam
prestar atenção nesta disciplina. É possível impulsionar
um ensino autônomo para estes alunos em sala de aula.

Apesar disso, o professor de Inglês de LE deve se disponibilizar


a procurar caminhos dentro do seu contexto escolar e de sala de
aula que conduzam os alunos a este tipo de aprendizagem.
Além disso, é vital encorajar os nossos alunos a relacionarem o
que aprendem em sala de aula com o que podem aplicar fora
dela. As experiências vivenciadas pelos alunos em sala de aula
onde o aprendizado da Língua Inglesa seja significativo e
permanente trará possivelmente muitos resultados positivos
para a avaliação da aprendizagem deles.

Segundo Dam e Legenhausen (1999:91) sobre o ambiente


de aprendizado afirmam ser essencial uma sala de aula
autônoma para que estimule o aprendiz a produzir uma
consciência sobre seus objetivos e processos de aprendizagem,
e ainda são ―requeridos a definir seus próprios objetivos dentro
das regras curriculares, escolher materiais e
atividades relevantes, e avaliar o resultado da aprendizagem‖.
Os autores ainda complementam assegurando que o ambiente
apropriado ―dá oportunidade aos aprendizes de incorporarem
seus interesses, necessidades e valores‖, e que também pode
―fazê -los refletirem sobre seus pontos fortes e fracos, e
o progresso em várias habilidades linguísticas‖.

Portanto, como diz Little (1991:21), ―é improvável que os


aprendizes possam desenvolver a capacidade de autonomia
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sem assistência‖. O professor de Inglês como LE deve ser


sensível a perceber que autonomia não será gerada se esta não
for estimulada a todo o momento. Para haver
certa transformação no processo de ensino e aprendizagem do
Inglês como LE através do incentivo a autonomia, cabe ao
professor se colocar como papel central neste desenvolvimento
educacional. A prática do aprendizado autônomo precisa ser
perspicaz e através de atitudes extremamente positivas entre
os professores e alunos.

Existe o aprendiz que precisa do professor para engajar-se


através do seu conhecimento cognitivo e por uma dimensão
social e afetiva no aprendizado do Inglês como LE. Por outro
lado, há o professor com a preocupação de fazer os alunos
interagirem uns com os outros. Na tentativa de intensificar o
conhecimento o posicionamento capaz de exercer autonomia
e desenvolver uma consciência social de forma que influencie
também no aprendizado de seus colegas. Leslie Dickinson
afirma que o aluno autônomo, não necessariamente trabalha de
forma isolada.

Um aprendiz autodirecionado, então, é aquele que


retém a responsabilidade pelo gerenciamento de
seu próprio aprendizado. Se o aprendiz, ele
mesmo, além disso, além disso, assume todas
essas tarefas de gerenciamento, então ele é
autônomo, ou seja, ele não mais requer ajuda do
professor para organizar sua aprendizagem. No
entanto, vale a pena observar aqui que muitos
aprendizes autônomos trabalham com outros em
sua aprendizagem-autonomia não implica
isolamento. (Dickinson, 1987: 13)
Finalmente, reafirmo que o trabalho para o aprendizado
autônomo não é tarefa fácil para os professores de Inglês como
LE. Particularmente, onde o contexto da escola pública não
oferece condições reais que incentivem a aprendizagem do
Inglês como ele deveria ser. Entretanto, volto aos relatos
dos alunos participantes desta pesquisa e que me auxiliaram no
processo de interpretação das suas vozes. O professor pode
trabalhar com uma gama de atividades diversas baseadas nas
necessidades educacionais dos alunos. Estas atividades podem
ser produzidas ou adaptadas pelo professor de
Inglês objetivando a realização destas pelos alunos de forma
segura.
Os alunos necessitam compreender que podem fazer as
atividades sozinhos sem solicitar o professor diversas vezes. Ou
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então, perceberem que estas atividades são um meio de


construírem o seu conhecimento dentro do conteúdo
programático que está sendo ensinado em sala de aula. A
partir deste momento é dever do professor mostrar outros
recursos que estão da sala de aula, onde o conhecimento
linguístico da Língua Inglesa aprendido poderá ser aplicado fora
dela. Conscientizando o aluno de que a sala de aula é
um ambiente eficaz de aprendizagem do Inglês como LE. 

Desmitificando o fato de que mesmo estes alunos


permanecendo em um ambiente onde não haja muitos recursos
eletrônicos. Ou ainda, onde não haja materiais diversos para se
explorar a aprendizagem do Inglês como LE, é possível se obter
uma aprendizagem autônoma através de atitudes
simples. Todavia, como já foi mencionado anteriormente para
que isto ocorra à combinação entre professor, aluno, motivação
e autonomia devem caminhar juntas. Este processo pode ser
lento ou até mesmo desafiador no que tange as condições
educacionais vivenciadas tanto por professores e alunos. Mas,
o aspecto humano entre a interação do professor e aluno ainda
prevalece como uma perspectiva para o processo da autonomia
como uma forma de aprendizagem.

Usuki, (2001) exprime que a autonomia não é uma


característica que já nasce com o indivíduo, ela é uma
capacidade ou habilidade que pode ser aprendida através do
tempo e de estímulos favoráveis. Acreditamos que assim como
qualquer capacidade, a autonomia deve ser desenvolvida no
aluno. Um aluno autônomo é aquele que entende que, se não
tomar iniciativas autônomas para promover e desenvolver seus
conhecimentos e habilidades, seu processo de aprendizagem
poderá não atender a todas as suas necessidades (Miccoli, 2007,
p. 32).

Referencias:
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FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 18. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2001.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática


educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

ROCHA, Cláudia H.; SILVA, Kleber A. O professor de língua estrangeira em


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competências. In: CONSOLO, Douglas A.; SILVA, Vera Lúcia T. (Org.).
Olhares sobre competências do professor de língua estrangeira: da formação
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São Pedro, Denílson Amade Sousa. 2014

A afetividade como auxilio á aprendizagem; um estudo de caso em aulas de


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Gonçalo- RJ. 2009.

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