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Brasília/DF
Abril/2013
Presidente do Instituto Nacional do Seguro Social
Lindolfo Neto de Oliveira Sales
Elaboração Teórico-Metodológica
Anna Izabel Machado Bonfim
Antonio Leodoro da Silva Neto
Celmo Pereira de Almeida
Daíse Maria Almeida Seabra
Delane Pessoa Evangelista
Karolina Vyvyan Lopes da Silva
Kátia de Oliveira Souza
Maria Alice de Amorim
Michele Odiza de Lacerda Mendes
Rosana Cordeiro Mendes
Ruth Maria Cruz Vaz
Simone Uler Lavorato
Colaboração
Cláudia Regina de Melo Marcião
Mauro Augusto Zarath
Suzi Meiry Oliveira Bertolucci
Diretoria de Atendimento
Diretoria de Benefícios
Diretoria de Gestão Pessoas
Assessoria de Comunicação Institucional
Corregedoria-Geral
Coordenação-Geral de Planejamento e Gestão Estratégica
Ouvidoria-Geral
Superintendências Regionais
Gerência Executiva Curitiba
Não se compreende todo o caminho num grande e único passo:
novas estradas se abrem quando se persiste no caminhar.
GANDIN
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .............................................................................................................5
2. OBJETIVOS ..................................................................................................................6
2.1. Objetivo Geral ............................................................................................................6
2.2. Objetivos Específicos .................................................................................................7
3. IDENTIDADE INSTITUCIONAL ..............................................................................7
4. CONTEXTUALIZAÇÃO DA EDUCAÇÃO NO INSS .............................................10
5. ANÁLISE SITUACIONAL ........................................................................................14
6. REFERENCIAL TEÓRICO ........................................................................................16
6.1. Perspectivas Conceituais ..........................................................................................18
6.1.1. Educação ................................................................................................................18
6.1.2. Educação Corporativa ...........................................................................................18
6.1.3. Andragogia ............................................................................................................18
6.1.4. Aprendizagem ........................................................................................................19
6.1.5. Gestão por Processos .............................................................................................19
6.1.6. Gestão por Competências ......................................................................................20
6.1.7. Gestão do Conhecimento .......................................................................................20
7. PRÁXIS EDUCACIONAL: UMA NOVA FORMA DE PENSAR E FAZER
EDUCAÇÃO ...................................................................................................................20
7.1. Objetivos Educacionais ............................................................................................20
7.2. Princípios e Pressupostos Educacionais ...................................................................21
7.3. Diretrizes e Estratégias .............................................................................................22
7.3.1. Diretrizes para os Programas de Formação Continuada e Permanente .................22
7.3.2. Diretrizes para as Ações Educacionais Internas e Externas ..................................23
7.3.3. Diretrizes para Disseminação das Informações e Conhecimentos ........................24
7.4. Premissas para Formação .........................................................................................25
7.5. Agentes da Aprendizagem ........................................................................................26
7.6. Avaliação no Contexto do INSS ...............................................................................27
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS .....................................................................................29
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................................31
1. INTRODUÇÃO
A palavra Projeto deriva do latim projectus, que significa algo lançado para frente
em busca de um rumo, uma direção.
A ideia de um Projeto Educacional para o INSS deve ser entendida como uma
escolha significativa de novos caminhos para a formação de cidadãos éticos e participativos,
comprometidos com uma sociedade includente, solidária e sustentável.
5
acompanhamento e na avaliação das ações do CFAI.
2. OBJETIVOS
1 Prospecção temporal - aquilo que está sujeito a acontecer num determinado tempo.
2 Relacional - ligado a relacionamento, à convivência.
3 Práxis Pedagógica - relação entre teoria e prática; ação-reflexão-ação.
6
2.2. Objetivos Específicos:
3. IDENTIDADE INSTITUCIONAL4
O Instituto Nacional do Seguro Social – INSS foi criado em 27 de junho de 1990,
por meio do Decreto n° 99.350, de 27 de junho de 1990, a partir da fusão do Instituto de
Administração Financeira da Previdência e Assistência Social – IAPAS com o Instituto
Nacional de Previdência Social – INPS.
4 Identidade Institucional - é a expressão que confere personalidade e traz o que se considera ideal para a instituição, representada nos conceitos
da missão, visão e valores.
5 Autarquia - entidade criada pelo Estado, com patrimônio próprio e vida autônoma.
7
necessário à construção da Previdência Social que se almeja, tendo como:
6 É um modelo de gestão estratégica que explicita, comunica, alinha e monitora a estratégia organizacional, traduzindo a missão e a estratégia de
uma unidade de negócio em objetivos e medidas tangíveis e mensuráveis. (MARTINS, et all, 2010, p.35)
7 Direcionadores Estratégicos - indicam os caminhos a seguir com vistas à execução dos objetivos estratégicos.
8
No Mapa Estratégico do INSS, os direcionadores estão posicionados conforme a
perspectiva que melhor o relaciona com a missão e a visão institucional.
O Instituto possui 36.269 (trinta e seis mil, duzentos e sessenta e nove) servidores
8
ativos , dos quais 55,9% (cinquenta e cinco vírgula nove por cento) são mulheres e 44,1%
(quarenta e quatro vírgula um por cento) são homens, distribuídos em diversos cargos: 0,2%
(zero vírgula dois por cento) nível auxiliar, 73,6% (setenta e três vírgula seis por cento) nível
intermediário e 26,2% (vinte e seis vírgula dois por cento) nível superior.
Nesse eixo de análise, observa-se que 58% (cinquenta e oito por cento) dos
servidores ativos possuem mais de vinte anos de tempo de serviço público, 33% (trinta e três por
cento) estão compreendidos entre três a dezenove anos e 10% (dez por cento) ainda estão em
processo de (re)conhecimento da Instituição.
Outro dado relevante corresponde ao fato de que 25,54% (vinte e cinco vírgula
cinquenta e quatro por cento) dos servidores ativos preencheram até junho de 2012, os requisitos
9
necessários para a aposentadoria.
A denominada nova gestão pública [...] aplicada ao estado e suas organizações nos anos
80 e 90 – é o modelo de gestão da era da reforma do Estado. Iniciou-se a serviço de um
ideal neoliberal de enxugamento, controle e eficiência, preconizando a aplicação de
tecnologia gerencial privada no setor público […] (MARTINS e MARINI, 2010, p.22).
10
Na ocasião, teve início o Ensino a Distância com os cursos de Português e
Redação Oficial e, posteriormente, Desenvolvimento das Chefias das Unidades de Atendimento.
A partir desse discurso, por meio do Decreto nº. 2.794, de 1º de outubro de 1998,
foram criadas diretrizes para uma Política Nacional de Capacitação dos Servidores da
Administração Pública Federal.
11
Com a aprovação da estrutura organizacional do Instituto Nacional do Seguro
Social pelo Decreto nº. 5.870, de 8 de agosto de 2006, o PEP deixou de fazer parte da estrutura
do Ministério da Previdência Social e passou a compor a Diretoria de Atendimento do INSS.
Desde a sua criação, o PEP desenvolve parcerias com outros órgãos públicos e
com a iniciativa privada, pela necessidade de inclusão e permanência de novos segmentos do
setor informal da economia no sistema previdenciário.
12
A Resolução nº 153/INSS/PRES, de 12 de setembro de 2011, revogada pela
Resolução nº 173/INSS/PRES, de 19 de janeiro de 2012, integrou o PEP ao CFAI, na
Coordenação de Relacionamento com a Sociedade.
11 Conhecimento tácito - conhecimento prático, fruto de experiências e convivências, transmitido pela interação.
12 Conhecimento explícito - conhecimento formalizado e teórico, possível de ser transmito sistematicamente em grande escala.
13
Nesse sentido, o PEP realiza palestras, seminários, campanhas, fóruns e cursos em
sindicatos, associações, escolas, universidades, entre outros.
5. ANÁLISE SITUACIONAL
Para a construção desse Projeto foi realizada, no período de abril a setembro de
2012, a análise situacional do INSS, adotando como metodologia a pesquisa qualitativa e
quantitativa, bem como a análise documental em relatórios de gestão e sistemas corporativos.
Nesse trabalho foram utilizados vários instrumentos de coleta de dados, tais como:
registros da escuta no GV GO 14, desenvolvida com representantes do CFAI das
Superintendências Regionais e da Administração Central; questionário eletrônico,
disponibilizado na Intraprev a todos os servidores do INSS; enquete publicada no blog da
Previdência Social, acessível à sociedade; relatórios institucionais extraídos dos sistemas
corporativos: Sala de Monitoramento, SIAPE 15, SITEDWEB 16, Sistema Moodle, CAPAZ17,
13 Escola de Governo - entidades da administração pública direta ou indireta que tem por destinação legal promover atividades educacionais de
formação, capacitação e especialização de funcionários públicos e sociedade em geral.
14 GV GO – Grupo de Verbalização e Observação.
15 SIAPE – Sistema Integrado de Administração de Pessoal.
16 SITEDWEB – Sistema de Treinamento e Desenvolvimento.
17 CAPAZ - Sistema Capacitados de A a Z.
14
SISGDASS 18, SIGPLAN 19, Sistema Escola, PFC 20 e SPEP 21; além de Relatórios de Gestão,
como: INSS em números, Boletim Estatístico da Previdência Social e Ouvidoria Geral.
15
no que tange ao planejamento, execução, acompanhamento e avaliação. Nesse sentido, é
necessária uma maior qualificação e estruturação das equipes do CFAI para atender as demandas
da Instituição.
6. REFERENCIAL TEÓRICO
16
E é como seres transformadores e criadores que os homens, em suas permanentes
relações com a realidade, produzem, não somente os bens materiais, as coisas sensíveis,
os objetos, mas também as instituições sociais, suas ideias, suas concepções (FREIRE,
2005, p.106).
17
6.1. Perspectivas Conceituais
6.1.1. Educação
Penso que, para a ciência é impossível propormos que a educação deve ser apenas
adaptação. Não basta. Educar é bem mais do que simplesmente capacitar técnica e
cientificamente. Capacitar, nesses termos, significa adestrar [...] Penso, meus amigos,
que dialetizar, hoje em dia é aprofundar ambas: A formação técnico-científica e a leitura
do mundo. São duas leituras necessárias. Ambas (leitura de mundo e competência
técnica) vão incorporando-se à natureza ser Homem [...]
Educação corporativa representa uma nova dimensão de T&D. Uma dimensão moldada
para a era do conhecimento, levando em consideração as necessidades cada vez maiores
de se agregar valor aos negócios. A adoção do conceito sinaliza investimento
estratégico de competências essenciais ao negócio. Caracteriza um avanço no processo
de ensino/aprendizagem das empresas, na medida em que ajusta os processos
educacionais oriundo do meio acadêmico, às práticas, características e necessidades das
organizações. (ROCHA-PINTO et al 2010, p.109)
6.1.3. Andragogia
18
No INSS a maioria das ações educacionais são destinadas a um público adulto,
que trazem para o instituto suas experiências, saberes, conhecimentos, expertise 25, afetos,
anseios, expectativas e sonhos. Diante do novo cenário, a educação sob a perspectiva do
desenvolvimento de competências, está para além do conjunto de conhecimentos, habilidades e
atitudes.
6.1.4. Aprendizagem
Dessa forma, o domínio físico está ligado aos sentidos: visão, audição, paladar,
tato e olfato. No processo de aprendizagem, não existe uma separação desses sentidos, cada
pessoa se identifica melhor com determinado estilo. Esses estilos são: visual, auditivo, tátil-
cinestésico 26.
Ainda nessa linha, o domínio emocional refere-se à forma de como nos sentimos
em termos psicológicos e fisiológicos. Esses são fatores internos ou externos, que podem
influenciar o aprendizado.
25 Expertise - conhecimento que se adquire pelo estudo, experiência e prática; aplicabilidade dos conhecimentos adquiridos em situações
práticas.
26 Tátil-cinestésico – processo que permite reconhecer objetos por meio do tato e sem ajuda da visão.
19
6.1.6. Gestão por Competências
A gestão por competências tem despertado interesse cada vez maior por
possibilitar a adoção de estratégias para alcançar a efetividade nos resultados organizacionais. De
acordo com Fleury (2001, p.190) “[...] competência é um saber agir responsável e reconhecido,
que implica mobilizar, integrar, transferir conhecimentos, recursos, habilidades que agreguem
valor econômico às organizações e valor social ao indivíduo”.
20
7.1.3. possibilitar o desenvolvimento integral dos agentes da aprendizagem,
fomentando valores humanos, institucionais e sociais;
Por essas razões, as ações educacionais do CFAI serão norteadas pelos seguintes
princípios e pressupostos:
21
valores, crenças e expectativas. O planejamento e o desenvolvimento das ações educativas
devem integrar os diversos saberes, com vistas à produção de transformações significativas nos
indivíduos, na organização e na sociedade;
27 Tecnologias Educacionais - aplicação de recursos tecnológicos diversos em prol do desenvolvimento educacional e da facilidade ao acesso à
informação.
22
especificidades de cada modalidade de ensino, com vistas ao aprimoramento das ações;
23
h. participar de todo o processo de planejamento, construção, execução,
acompanhamento e avaliação da ação educacional local;
28 Patrimônio intelectual – todo e qualquer tipo de conhecimento produzido, armazenado e aplicado; refere-se a toda informação transformada
em conhecimento que se agrega àqueles que já se possui.
24
g. estabelecer parcerias com instituições públicas e privadas, ampliando as
possibilidades de contribuição, de orientação e de formação, no sentido de converter informações
e conhecimentos em melhoria dos processos de trabalho.
Em linhas gerais, premissas são ideias ou fatos iniciais que servem como ponto de
partida para formulação de um raciocínio, portanto, funcionam como pressuposições. São
evidências que servem como base para uma conclusão.
Em suma, são fatores ou dados que devem ser considerados verdadeiros para fins
de realização de uma ação ou de um trabalho.
i. investimento financeiro;
25
j. ampliação e modernização da infra-estrutura física e tecnológica, atendendo as
especificidades das modalidades de ensino;
O fato, porém, de que ensinar ensina o ensinante a ensinar um certo conteúdo não deve
significar, de modo algum, que o ensinante se aventure a ensinar sem competência para
fazê-lo. Não o autoriza a ensinar o que não sabe. A responsabilidade ética, política e
profissional do ensinante lhe coloca o dever de se preparar, de se capacitar, de se formar
antes mesmo de iniciar sua atividade docente. Esta atividade exige que sua preparação,
sua capacitação, sua formação se tornem processos permanentes. Sua experiência
docente, se bem percebida e bem vivida, vai deixando claro que ela requer uma
formação permanente do ensinante. Formação que se funda na análise crítica de sua
prática. (FREIRE, 2001)
29 Aprendizagem contextualizada e significativa – apropriação do conhecimento, a partir de situações concretas e aplicáveis ao cotidiano do
aprendiz.
26
de novas experiências individuais e coletivas.
27
diagnóstico da situação apresentada, por meio de uma postura cooperativa entre educador e
educando. Enquanto que a verificação apresenta um fim em si mesmo, assume caráter
competitivo, numa postura disciplinadora e diretiva do educador, que prima pela dependência do
educando.
Para Leme (2010, p.55), a avaliação de reação […] “em geral busca identificar
oportunidades de melhoria de fatores e variáveis específicas para proporcionar possíveis ajustes
no evento como um todo”.
28
A avaliação da aprendizagem […] configura-se como um ato de investigar a qualidade
das aprendizagens dos educandos a fim de diagnosticar impasses e consequentemente,
se necessário, propor soluções que viabilizem os resultados satisfatórios desejados.
(LUCKESI, 2011, p.175)
8. CONSIDERAÇÕES FINAIS
29
existentes.
Sob a ótica de Freire “Se, na verdade, não estou no mundo para simplesmente a
ele me adaptar, mas para transformá-lo; se não é possível mudá-lo sem um certo sonho ou
projeto de mundo, devo usar toda possibilidade que tenha para não apenas falar de minha utopia,
mas participar de práticas com ela coerentes.”
Este documento não pretende discutir conceitos teóricos, mas reunir norteadores
para melhoria contínua das ações formativas, favorecendo o desenvolvimento pessoal e
organizacional e a disseminação do conhecimento previdenciário.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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FLEURY, Maria Tereza Leme (coord). As pessoas na organização. 10ª ed, São Paulo: Gente,
2002.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. 17ª. ed. Rio de janeiro: Paz e Terra S/A, 1987.
FREIRE, Paulo. Carta de Paulo Freire aos professores. Estud. Av., nº42, 2001. Disponível
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GADOTTI, Moacir. História das ideias pedagógicas. São Paulo: Ática, 2005.
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NOGUEIRA, Nilbo. Pedagogia de Projetos: etapas, papéis e atores. 2ªed. São Paulo: Érica,
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RABELO, Edmar Henrique. Avaliação: novos tempos, novas práticas. 4º ed. Petrópolis: Vozes,
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SANT'ANNA, Ilza Martins. Por que avaliar? Como avaliar? critérios e instrumentos. 14ª ed.
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VEIGA, Ilma Passos Alencastro (Org.) Repensando a Didática. 21ª ed. Campinas: Papirus.
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