Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
UNI-PUNGUE
Catandica, Julho de 2020
1
Hélder César de Azevedo Pinto
UNI-PUNGUE
Catandica, Julho de 2020
2
Índice
A administração pública como facilitadora do desenvolvimento social e econômico............... 4
Em sua conceituação tradicional é definida como um conjunto de princípios e normas que tem
por objectivo planear, organizar, dirigir coordenar e controlar os esforços de um grupo de
indivíduos que se associam para atingir um resultado comum.”................................................ 6
Planeamento................................................................................................................................6
Desenvolvimento social.............................................................................................................. 7
Desenvolvimento económico......................................................................................................7
Modelos da Administração......................................................................................................... 9
Modelo Directivo........................................................................................................................ 9
Modelo Participativo.................................................................................................................10
Estratégia de Participação......................................................................................................... 10
Sobre as atribuições do gestor escolar, Libâneo (2004) descreve que ele deve:...................... 12
Ambiente...................................................................................................................................25
Resistência à mudanças.............................................................................................................25
Comunicação organizacional.................................................................................................... 25
Cultura nacional........................................................................................................................ 25
Clima organizacional................................................................................................................ 26
Normas......................................................................................................................................29
Valores...................................................................................................................................... 29
Recompensa.............................................................................................................................. 29
Poder......................................................................................................................................... 29
4
1. Introdução
E fácil notar que no mundo em que vivemos falar da gestão escolar é reconhecida, hoje, como
um dos elementos determinantes do desempenho de uma escola e para a melhoria da
qualidade na Educação. Por isso, várias discussões tem abordado esse tema a fim de discutir
alguns conceitos existentes sobre esse aspecto da escola. Para falar sobre gestão é preciso
considerar que esse é uma aspecto fundamental para o bom desenvolvimento da escola.
Partindo disso, pensar a gestão escolar para a melhoria da qualidade na educação é uma tarefa
que se apresenta de forma complexa, pois se pode crer na ideia de liberdade total ou
independência, quando temos de considerar os diferentes agentes sociais e as muitas
interfaces e interdependências que fazem parte da organização educacional. Por isso, deve ser
muito bem trabalhada, a fim de equacionar a possibilidade de direcionamento camuflado das
decisões, ou a desarticulação total entre as diferentes esferas, ou o domínio de um
determinado grupo, ou, ainda, a desconsideração das questões mais amplas que envolvem a
escola. A administracao e muitas vezes vista como sinonimo de poder pese embora ela possuir
de facto esse espetro
5
A administração pública
Em sua conceituação tradicional é definida como um conjunto de princípios e normas que tem
por objectivo planear, organizar, dirigir coordenar e controlar os esforços de um grupo de
indivíduos que se associam para atingir um resultado comum.” Para esta concretizar os
objectivos do bem estar colectivo o agente público, cuja incumbência pode ser definitiva ou
transitória, necessita ter a competência e conhecimentos amplos para idealizar e concretizar
uma benfeitoria no presente, cujo impacto terá reflexo em um longo período de tempo tendo
em vista que o Estado desenvolve a acção para a consecução do interesse colectivo. O
carácter universal da Administração, por seus abrangentes princípios e conhecimentos, orienta
de modo amplo sua aplicabilidade em quaisquer estruturas organizacionais quer públicas ou
privadas, pequenas ou grandes, pois como definem Lacombe e Heilborn (2003, p.8):
Planeamento
6
processo denomina-se planejamento e segundo Stoner e Freeman (1985, p.136) é “determinar
os objetivos “certos”, em seguida escolher os meios “certos” de alcançar estes objectivos” e
por meio deste método pode-se ter o senso de direção para focar esforços nos objectivos
definidos e, consequentemente, avaliar o progresso apresentado. Semanticamente o
planejamento, pela definição de Sacconi (2010, p. 1608) é o “acto de projectar
cuidadosamente um trabalho; desenvolvimento de estratégias que permitam a uma empresa
visualizar as oportunidades de lucro em determinados segmentos de mercado”, sendo que na
esfera pública agrega a “planificação de programa governamental” a ser executado no período
do mandato eletivo de um determinado cargo, cujo nome é PPA1 (Plano Plurianual).
Desenvolvimento social
Desenvolvimento económico
7
Segundo Tebchirani (2008, p.134), “envolve modificações estruturais qualitativas da
sociedade, as quais devem resultar em crescimento sustentado do padrão de vida do conjunto
da população” agregando na dinâmica entre os entes públicos, incentivando os privados
conforme ressalta Brasil (2011, p. 224) a “acções capazes de viabilizar a aceleração ou a
manutenção da taxa de crescimento futura”.
Exemplos históricos
Na história do povo Hebreu, em uma parte na área geográfica que hoje se denomina Oriente
Médio, existiu um período da história no qual o domínio estava sob a autoridade do Rei
Salomão. Ele era considerado o mais sábio governante, que procurava agir com prudência e
responsabilidade de modo a garantir a manutenção do Estado e bem estar da população. É
relatado na Bíblia (2008, p. 555) que o referido monarca, em um período de vinte anos,
edificou muitas cidades, sendo que para exemplo 7 (sete) são especificadas e nominadas por
8
suas funções sendo elas: as que guardavam os cavalos e cavaleiros, as dos carros e as de
munições, todas fortificadas por muros, portas e ferrolhos demonstrando a preocupação com o
Planejamento e distribuição logística e análise estratégica das funções “urbanas” além de
demonstrar a prosperidade, prestígio e poder do reino, sendo que também serviam de postos
para coleta de impostos..
Modelos da Administração
Modelo Directivo
A divisão do trabalho é o modo como é feito na linha de montagem, tem como resultados o
desinteresse, a insatisfação, a desmotivação, a perda da perspectiva do cliente, a fadiga e
outras inconveniências. Sabe-se que a insatisfação do trabalhador interfere directamente no
seu comportamento trazendo problemas nas empresas. Autoritarismo consiste na
organização autoritária dando ênfase predominante e intensa na autoridade e obediência, sem
que isso signifique eficiência e muito menos eficácia. A organização autoritária enfatiza com
mais intensidade a autoridade e a hierarquia porem, isto não acrescenta nada a empresa, e sim
a valorização dos próprios chefes. A autoridade é centralizada, porque o poder de decisão e
9
informação está centralizado em poucas pessoas, somente os chefes decidem e é preciso pedir
permissão para tudo.
Modelo Participativo
Administração Participativa pode ser definida como uma filosofia que exige que o processo
organizacional de tomada de decisões seja feito de forma que os recursos e responsabilidades
necessários sejam atendidos até o nível hierárquico mais apropriado ele consiste na
participação dos colaboradores na tomada de decisão dentro de uma organização,
consequentemente gera um aumento significativo na qualidade do trabalho e nas decisões.,
CHIAVENATO 2004. O modelo participativo predomina a liderança, a disciplina e a
autonomia nas organizações. As pessoas são responsáveis por seu próprio comportamento e
desempenho. A disciplina é interior, e não imposta de fora, por meio de regulamentos. Quanto
maior a autonomia das pessoas e quanto maior a possibilidade de tomarem as decisões que
afectam seu próprio trabalho, mais participativo será este modelo. Os colaboradores sentem-se
valorizados e envolvidos nas decisões da empresa. Com base nas ideias do autor acima citado,
neste conceito é preciso harmonizar três aspectos principais que são:
O sistema;
As Condições Organizacionais e o
Comportamento Gerencial.
Estratégia de Participação
Aprimoramento da informação;
Os resultados.
11
Liderança e Motivação na Administração Participativa
Por haver várias as definições de liderança torna um tanto difícil a sua definição, porém,
apresentaremos alguns conceitos sobre a liderança participativa em contraposição a liderança
autocrática. A liderança participativa tem a finalidade de fazer com que seus liderados sintam-
se satisfeitos, proporcionando actividades que ajude não entrar em rotinas, pois a “Liderança
participativa deve promover a satisfação em tarefas não repetidas que permitam o
envolvimento do ego dos subordinados. Com essas afirmações podemos dizer que a liderança
participativa é compartilhar conhecimentos; influenciar ou orientar comportamento;
auxiliando e promovendo satisfação dos funcionários e o crescimento e sucesso da empresa.]
As atribuições do gestor escolar, segundo Libâneo (2004) descreve que ele deve:
No que diz respeito a essas atribuições, cabe destacar o papel significativo do gestor na gestão
da organização do trabalho e do espaço escolar para a melhoria da qualidade do ensino, não
devendo ater-se apenas aos aspectos administrativos, financeiros, mas, sobretudo,
pedagógicos. Entendemos que o gestor tem papel fundamental para que a escola cumpra sua
função social, ou seja, de assegurar que os alunos se apropriem dos conhecimentos científicos
e culturais. Nesses termos sua actuação terá que se dar no sentido de planejar e organizar e dar
direcção do trabalho escolar. Conforme nos expõe Libâneo et al (2008, p. 331):
12
A escola ao cumprir sua função de mediação, influi significativamente na formação da
personalidade humana; por essa razão, são imprescindíveis os objectivos políticos e
pedagógicos. Essa peculiaridade das instituições escolares decorre do carácter de
intencionalidade presente nas acções educativas. Intencionalidade significa a resolução de
fazer algo, de dirigir o comportamento para aquilo que tem significado para nós. Ela projecta-
se nos objectivos que, por sua vez, orientam a actividade humana, dando rumo, a direcção da
acção. Na escola leva a equipe escolar à buscar deliberada, consciente, planejada, de
integração e unidade de objectivos e acções, além do consenso sobre normas e atitudes
comuns. O carácter pedagógico da acção educativa consiste precisamente na formação de
objectivos sociopolíticos e educativos e na criação de formas de viabilização organizativa e
metodológica da educação (tais como a seleção e a organização de conteúdos e métodos, a
organização do ensino, a organização do trabalho escolar), tendo em vista dar uma direção
consciente e planejada ao processo educacional. O processo educativo, portanto, por sua
natureza, inclui o conceito de direcção. Sua adequada estruturação e seu óptimo
funcionamento constituem factores essenciais para atingir eficazmente os objectivos de
formação.
13
O trabalho educativo é o acto de produzir, directa e intencionalmente, em cada indivíduo
singular, a humanidade que é produzida historicamente e colectivamente pelo conjunto dos
homens. Assim, o objecto da educação diz respeito, de um lado, à identificação dos elementos
culturais que precisam ser assimilados pelos indivíduos da espécie humana para que eles se
tornem humanos e, de outro lado e concomitantemente, à descoberta das formas mais
adequadas para atingir esse objectivo (SAVIANI, 1995, p. 17).
Portanto, o trabalho educativo alcança sua finalidade quando cada indivíduo singular
apropria-se dos conhecimentos científicos e culturais necessários à sua formação como ser
humano. Segundo Saviani, os conhecimentos que precisam ser assimilados são os clássicos,
ou seja, “aquilo que se firmou, como fundamental, como essencial”. Enquanto que, as formas
adequadas de desenvolvimento do trabalho pedagógico “trata-se da organização dos meios
(conteúdo, espaço, tempo e procedimentos) através do quais, progressivamente, cada
indivíduo singular realize, na forma de segunda natureza, a humanidade produzida
historicamente” (SAVIANI, 1995, p. 18). Nesta perspectiva a escola, ao tomar para si o
objectivo de produzir no homem a sua humanidade, deve buscar caminhos que a levem a
cumprir com o que se propõe. Para atingirmos tal objectivo, a administração da escola pública
deve voltar mais seu olhar para o trabalho pedagógico, uma vez que por meio dele que a
educação escolar atinge seus fins.
De acordo com Libâneo, algumas características são necessárias ao gestor escolar e que
devem ser levada em conta no Plano de Acção tais como: Características organizacionais
positivas eficazes para o bom funcionamento de uma escola: professores preparados, com
clareza de seus objectivos e conteúdos, que planejem as aulas, cativem os alunos. Um bom
clima de trabalho, em que a direcção contribua para conseguir o empenho de todos, em que os
professores aceitem aprender com a experiência dos colegas (LIBÂNEO, 2005, p. 302). Ao
elaborar o Plano de Acção Escolar o gestor escolar deve ter em mente que a escola é uma
instituição social com objectivos claros: o desenvolvimento das capacidades físicas,
cognitivas e afectivas dos alunos, por meio do ensino e aprendizagem dos conteúdos
historicamente constituídos que, por sua vez, deve ser contextualizada desenvolvendo nos
alunos a capacidade de se tornarem protagonistas na sociedade em que vivem. Cabe ao gestor
escolar promover uma escola onde se favoreça a aprendizagem dos alunos, diante disto há de
ter conhecimento sobre os processos de desenvolvimento e aprendizagem dos alunos, sobre a
14
ciência empírica, para que possa levar a organização do trabalho escolar de modo a criar
condições para assegurar a aquisição do conhecimento e o desenvolvimento das estruturas
cognitivas e afectivas, para isso o professor deve tomar como base do processo educativo o
conhecimento empírico do aluno e, a partir de sua mediação transformá-lo em conhecimento
científico, desta forma haverá uma junção com o quotidiano dos alunos e o que se aprende na
escola.Libâneo (2008, p.355) sugere seis áreas de actuação da organização e da gestão da
escola:
e) O desenvolvimento profissional;
De acordo com LÜCK (2013, 15), “a escola tem como objectivo uma educação de qualidade
de ensino e para que a aprendizagem de todos de fato aconteça, é necessário que o gestor seja
articulador, actuante e participativo nas questões que envolvam o campo pedagógico da
escola”. Deste modo, escola deve funcionar como um tempo de vivências socialmente
desejáveis. De referir que o sucesso administrativo depende das políticas educacionais
15
adoptadas pelo gestor no decorrer de sua gestão. O gestor escolar é o maior responsável pelas
áreas administrativas, financeira e pedagógica da instituição de ensino. Importa ressaltar que,
o pedagógico é a razão de ser de uma escola. A organização pedagógica bem gerida é quem
direcciona e dá qualidade ao ensino através de planeamento, acompanhamento, avaliação do
rendimento da proposta pedagógica. Além de observar o desempenho dos alunos, do corpo
docente e de todos da equipe escolar. “o director da escola é o principal articulador dos
interesses e motivações dos diversos grupos envolvidos com a escola”. Partindo dessa
afirmação, é importante que o director tenha visão administrativa ampliada, com capacidade
para diagnosticar o perfil da população a ser atendida pela escola e as expectativas dos pais de
alunos em relação à escola, pois o foco da educação é fornecer um serviço de qualidade a
sociedade. O director exerce uma importante função no quotidiano escolar. Entre suas
obrigações, pode- se destacar a rotina no sector administrativo e financeiro, o trabalho em prol
do desenvolvimento pedagógico, a coordenação do corpo docente e até a integração família-
escola. Seu papel corresponde ao de um líder, podendo influenciar a todos de maneira positiva
ou negativa. Desse modo, ele é de extrema importância para o dia-a-dia de uma instituição
escolar. Isto é, ele deve desenvolver suas habilidades constantemente, com o objectivo de
favorecer a qualidade da educação oferecida pela escola, assim como estimular as equipes que
nela trabalham e a integração entre todos, inclusive pais e responsáveis.
A gestão continuada dos gestores tem sua importância crucial na visão e percepção de casos
que possam ser percebidos com antecedência e trabalhados sem o grupo de alunos ou mesmo
professores possam perceber. Na visão de Urban, Schebel e Maia (1999, 41) uma boa
formação continuada dos gestores deve ter:
Currículo que promova debates sobre gestão de pessoas e do espaço escolar e sobre relações
humanas entre comunidade interna e externa do ambiente escolar.
A formação continuada, a escola e sua gestão, devem ser fundamentadas em ideais que
precisam ser firmados, compreendidos e compartilhados nas tomadas de decisões sobre a
16
formação dos cidadãos. Vemos aqui a necessidade de se repensar a gestão da educação diante
desta cultura globalizada e os desafios que a sociedade nos impõe diante da formação humana
de profissionais da educação e de profissionais em geral onde nossos alunos hoje serão
administradores da sociedade mais adiante. Compreende-se que é necessário construir uma
escola verdadeiramente democrática, ou seja, que efectivamente assegure aos alunos a
aprendizagem, e que possua condições organizacionais e pedagógicas que possibilitem isso.
Nesse sentido, consideramos que os gestores são profissionais que desempenham um papel de
extrema importância na determinação do clima e cultura organizacional da escola e na
efectividade da aprendizagem de seus alunos. Para Lück (2013, 28) o pressuposto de tal
enfoque corresponderia ao reconhecimento de que a maior responsabilidade do director reside
na liderança, orientação e coordenação das actividades docentes, o que é verdade. No entanto,
essa actuação demanda o domínio de competências muito mais complexas do que as docentes,
e a atenção sobre muito mais situações do que as restritas à sala de aula.
Tendo em conta que o Gestor Escolar ocupa papel relevante no dia-a-dia da escola, pois a ele
cabe organizar o trabalho pedagógico que contribua para uma aprendizagem efectiva por parte
dos alunos bem como gerir as diversas demandas impostas em relação aos aspectos
administrativos, financeiros, humanos das escolas da rede pública, entendemos ser necessário
conhecer e analisar a legislação que trata da sua actuação, bem como os programas e projectos
que têm por finalidade promover a formação do Gestor Escolar. Desse modo, a formação do
Gestor Escolar, ou a falta da mesma, possui implicações positivas ou negativas na
organização do trabalho pedagógico e administrativo das escolas públicas, sendo inclusive um
dos factores que podem influenciar no desempenho escolar dos alunos.
Neste contesto, Barreto (2007,15) citado por GIL (2013; 34), afirma que o processo de
formação dos educadores, enquanto espaço reflexivo teórico-prático da acção educativa deve,
portanto, Envolver um repensar dos princípios, valores e atitudes que compõe a realidade
concreta da escola. Nessa dinâmica, a formação profissional de professores e directores
contribui para que o “fazer da escola” passa a se dar de forma compartilhada, responsável e
consoante com as funções sociais que a escola tem o dever de resguardar.
De acordo com Vasconcelos (1995), “planificar significa antecipar mentalmente uma acção a
ser realizada e agir de acordo com o previsto, é buscar algo incrível, essencialmente humano:
17
o real a ser comandado pelo ideal.” Para esse autor, o planificar dentro da organização ajuda a
realizar aquilo que se almeja para uma educação ideal. Se o gestor escolar trabalha para
formar uma sociedade mais justa, ele deve no entanto actuar em busca desse ideal ao
planificar sua acção educativa relacionando a teoria com a prática. Deste modo, será possível
interferir de alguma maneira nessa realidade existente. As tomadas de decisões acontecem a
todo instante dentro da gestão, quer na construção do processo pedagógico ou na planificação
das actividades, quando se avalia a realidade escolar e subsidiando tais acontecimentos. A
planificação ganha significado na construção de um projecto amplo ao qual deseja e luta pelo
que a sociedade busca encontrar na comunidade escolar. LÜCK (2013, 29) afirma que, para
que tenhamos êxito no planeamento escolar, é necessário compreender como a dinâmica
pedagógica acontece no interior da escola, dentro das salas de aula, como é concebido,
executado o currículo escolar, quais atitudes valores e crenças são perseguidas, quais as
formas de organização do trabalho pedagógico é a melhor para casa escola.
O sucesso do trabalho do gestor escolar depende do empenho e do saber fazer dos demais
colegas de trabalho. A actuação do gestor escolar é fundamental para a organização e
planificação do trabalho pedagógico. É importante que a escola seja actuante e viva, no qual
seu foco principal esta em nossa matéria-prima que é o aluno. Segundo Ferreira (2009, 70),
18
Factores que influenciam na gestão escolar
Liderança educacional
Flexibilidade e autonomia
Clima escolar
Apoio da comunidade
Supervisão de professores
Espaço adequado
No que concerne ao senso de colectividade e interdependência em uma escola que queira ter
sucesso não pode haver um processo centralizado somente no director ou em determinados
profissionais. Além dos papéis específicos, cada profissional envolvido no aprendizado
preciso entender que uma equipa tem muito mais sucesso que indivíduos isolados. Portanto, a
comunicação e o senso de responsabilidade colectiva devem ser trabalhados. Neste contexto,
GIL (2013, 7), afirma que é preciso que a comunicação seja exercida de forma eficaz desde a
pessoa da recepção, passando por professores, orientadores e até gestores. Os alunos precisam
ser abraçados por uma gestão que saiba o que cada um precisa, com professores
compreendendo o plano geral do processo pedagógico; assim também, o gestor deve saber
como ajudar os professores em suas necessidades na missão de ensinar.
Na actualidade os gestores devem saber que apesar de serem os responsáveis pela escola, sua
função não é apenas burocrática. Os gestores devem estar presentes nas reuniões pedagógicas,
participar no planificação de projectos e actividades, dar sugestões de livros a serem lidos e
19
acompanhar de perto as dificuldades dos alunos. Tudo isso serve para colaborar com a
aprendizagem de todos na escola. Depois da formação continuada, os gestores percebem que
podem usar os espaços da escola para que eles também colaborem com as aprendizagens
elaborando dinâmicas e desenvolvendo actividades diferenciadas como, por exemplo, em
relação a datas comemorativas.
(SAVIANI, 1980, 120), citado por GIL (2013, 7), uma educação essencialmente democrática
e emancipadora pauta-se numa perspectiva em que a prática educativa escolar pode ser
entendida como prática social crítica. Ou seja, a apropriação do saber, é condição
indispensável à participação do indivíduo na sociedade, pois para Saviani a educação é uma
actividade mediadora no seio da prática social global. Tem-se, pois, como premissa básica
que a educação está sempre referida a uma sociedade concreta e historicamente situada.
No que se refere as atribuições do gestor escolar, Libâneo (2004, 217) citado por GIL
(2013,9), descreve que ele deve:
20
Promover a integração e a articulação entre a escola e a comunidade próxima, com o
apoio e iniciativa do Conselho de Escola, mediante actividades de cunho pedagógico,
científico, social, desportivo, cultural.
No que concerne a essas atribuições, vale destacar o papel significativo do gestor na gestão da
organização do trabalho e do espaço escolar para a melhoria da qualidade do ensino, não
devendo ater-se apenas aos aspectos administrativos, financeiros, mas, sobretudo,
pedagógicos. Entende-se que o gestor tem papel fundamental para que a escola cumpra sua
função social, ou seja, de assegurar que os alunos se apropriem dos conhecimentos científicos
e culturais. Nesses termos sua actuação terá que se dar no sentido de planejar e organizar e dar
direcção do trabalho escolar. Nesses termos, o director possui um papel fundamental na
organização colectiva do trabalho pedagógico da escola a fim de promover a função social e a
21
especificidade da educação escolar, de modo a dar intencionalidade ao ato educativo. De
acordo SAVIANI (1995, 18) citado por GIL (2013, 13), isto significa dizer que a escola é uma
instituição cujo papel consiste na socialização do saber sistematizado não se trata, pois, de
qualquer tipo de saber. Portanto, a escola diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao
conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura
erudita e não à cultura popular. Em outros termos, a escola tem uma função específica
educativa, propriamente pedagógica, ligada à questão do conhecimento; é preciso, pois,
resgatar a importância da escola e reorganizar o trabalho educativo, levando em conta o
problema do saber sistematizado, a partir do qual se define a especificidade da educação
escolar.
Para começar o meu resumo nada melhor que iniciar mesmo com o tema do 1º grupo tema
este ligado O Impacto das Mudanças Organizações, mas antes de mais dar os simples
conceitos dos temas que envolvem essa temática dizer que: Mudanças é o ato de mudar,
trocar ou alterar.
Organização é uma combinação de esforços individuais que tem por finalidade realizar
propósitos colectivos.
Como em qualquer lugar toda a mudança provoca um impacto nas pessoas envolvidas e,
muitas vezes, a primeira reacção que ocorre é a de rejeição, uma vez que a mudança requer
esforço, predisposição para aprender ou reaprender e adaptação a novas práticas por isso,
muitos preferem permanecer na sua “zona de conforto” em vez de arriscar. O autor
Chiavenato (1993) citado por Novaes (2007, p. 1) acredita que o impacto das mudanças
tecnológicas, beneficia as empresas pois permite que as empresas tenham lucros, que podem
ser aplicados em novas tecnologias e abrir novas oportunidades de mercado.” O tema em
destaque vem sendo debatido já há algum tempo sendo que de forma mais pontual a Price
Waterhouse Coopers, empresa de network global, publicou em seu livro Mudando para
Melhorar (1997) as principais áreas atingidas pelas mudanças organizacionais: cultura,
estrutura, processos de negócios, descrição do cargo, habilidades/conhecimento, motivação
para o trabalho, comunicações, políticas operacionais, gestão de recursos humanos e
interfaces de tecnologia.
22
Tipos de Mudanças Organizacionais
Uma mudança organizacional não tem que ser necessariamente tecnológica, existem
diferentes tipos de mudança, pelos quais uma empresa pode passar. Existem diferentes tipos
de “Mudanças Organizacionais”. Os autores abaixo descrevem as características de quatro
tipos de “Mudanças Organizacionais” que são:
Mudança Organizacional Improvisada: refere - se a uma mudança não planeada, que não
foi sugerida a longo prazo;
23
Mudança Organizacional Incremental, A mudança incremental, como o próprio nome
sugere, está relacionada a acrescentar, somar ou agregar algo. É uma busca pela implantação
de melhorias aos processos existentes para, assim, atribuir maior capacidade de crescimento e
sucesso a empresa. Esta é a mudança mais recorrente e a de mais fácil implementação, pois é
natural e está sempre acontecendo. Outros exemplos são a inserção de novos
sistemas, controle de ponto, implantação de novas rotinas, novos projectos, entre outras
coisas.
Ambiente
Resistência à mudanças
A grande preocupação com o comportamento humano nas organizações surgiu antes mesmo
da chegada da corrente Comportamental na Administração. Segundo Maximiano (2005) o
movimento de Administração Científica não desenvolvia, aparentemente, interesse nos
factores humanos, porém o impacto do comportamento humano era foco de estudos para
pioneiros como Mary Parker Follet e o casal Gilbreth, que buscaram compreender os hábitos
de trabalho de empregados de indústrias e encontrar meios de aumentar a produção deles.
Comunicação organizacional
A comunicação é forma pela qual as pessoas interagem nos seus ambientes sociais. No dia-a-
dia a comunicação é imprescindível para que se possa entender e ser entendido. É o meio
utilizado para o alcance de qualquer objectivo, por mais básico que seja. Conceitualmente,
comunicação significa modo pelo qual estabelecemos entendimento e convívio (FERREIRA,
2008)
Cultura nacional
25
Clima organizacional
26
Avaliação do clima organizacional
Avaliar o clima organizacional não compete apenas aos profissionais de recursos humanos,
mas sim a todas as pessoas engajadas no processo. Pode-se fazer essa constatação, pois
pessoas que estão directamente ligadas às áreas ou sectores a serem avaliados podem analisar
com uma margem mais segura como é e como pode ser melhorado o desempenho dos
colaboradores para o cumprimento dos objectivos da organização.
Muitas empresas fazem pesquisa de clima interno com o objetivo de levantar e atuar nos
aspectos mais significativos identificados na pesquisa, como, por exemplo, o Banco Real
(2003), onde são definidas quatro frentes de ação para análise, a seguir descritas:
Integração: forma de maior integração entre as pessoas, áreas, unidades, com o propósito
de maior entrosamento e fortalecimento do banco como um todo;
Processo decisório: tornar o processo decisório mais ágil, deixando-o menos burocrático
em alguns momentos, facilitando decisões e realização de negócios.
Estes itens mostram como um bom clima de trabalho influencia directamente nos
negócios e resultados de uma organização.
27
Clima Organizacional, Motivação e Comprometimento
28
Identificação da cultura organizacional
Compreende além das normas formais, também o conjunto de regras não escritas que
condicionam as atitudes tomadas pelas pessoas dentro da organização; por este motivo, o
processo de mudança é muito difícil, exigindo cuidado e tempo. A cultura da organização
envolve um conjunto de pressupostos psicossociais como normas, valores, recompensas e
poder, sendo atributo essencial à organização.
Normas
Valores
O conjunto daquilo que a força de trabalho julga positivo ou negativo numa organização
constitui o sistema de valores dela. Normas e valores interrelacionam-se, existindo,
consequentemente, uma interdependência entre eles; os valores podem estar reflectidos nas
normas, mas pressupõem se a norma é boa ou ruim, uma vez que há avaliação. Reflectem
esses valores a sociedade onde se insere a organização.
Recompensa
Poder
Quem tem poder na organização? Até que ponto esse poder é distribuído? Qual o grau de
centralização ou descentralização da autoridade? Quem determina as recompensas?
29
O entendimento desses quatro pressupostos à cultura da organização é um ponto básico para o
sucesso do diagnóstico organizacional, geralmente naquelas intervenções onde se torna
fundamental compreender como a organização funciona sob o ponto de vista do
comportamento humano. Para decifrar a cultura de uma organização é preciso aflorar seus
pressupostos básicos. O padrão específico que assume estes pressupostos é denominado
paradigma. Ao investigar estes pressupostos básicos, o pesquisador, segundo Fleury et al
(1989), deve se perguntar sobre:
A natureza da actividade humana: o que é considerado “certo” para o ser humano fazer
diante dos pressupostos sobre o ambiente, sobre a realidade, sobre a natureza humana: ser
activa, passivo, se auto desenvolver?
30
Conclusão
31
Referência bibliográfica
LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: teoria e prática. 5. ed. Revisada
e ampliada. Goiânia: Alternativa, 2004.
LIBÂNEO, J. C.; OLIVEIRA J. F.; TOSCHI M. S.; Educação escolar: políticas estrutura e
organização. 2ª ed. São Paulo: Cortez, 2008. (Coleção Docência em Formação.
32