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CONCEITOS INICIAIS E TIPOS DE GRÁFICOS

O objetivo deste curso básico é apresentar a quem inicia no mercado


financeiro, os principais conceitos da ANÁLISE TÉCNICA. O estudo da análise
técnica é muito extenso, aqui são apresentados alguns dos principais e mais
relevantes pontos, no entanto, acreditamos que seja suficiente para um bom
aprendizado e ótimos resultados.

A análise técnica ou análise gráfica, é um método de análise em que as


informações do mercado, incluindo gráficos de preço e volume são quanti-
tativamente estudados para ajudar a predizer o movimento do mercado.

Estudaremos inicialmente os Candlesticks, voltando-nos aos aspectos práticos,


e deixando, neste momento, de lado os detalhes históricos, os quais serão
estudados mais adiante.

Apesar de básico, podemos afirmar que este curso irá preencher uma lacuna
de conhecimento, e por si só será suficiente para que o aprendiz inicie sua
inserção nos mercados de FOREX, BOLSA DE VALORES, OPÇÕES
BINÁRIAS, e outros mercados que se utilizam da ANÁLISE TÉCNICA como
ferramenta.

Análise técnica, de uma maneira simples, é uma abordagem que permite ao


seu praticante avaliar qual o melhor momento (timing) para se iniciar e encerrar
uma operação de compra ou de venda de
um ativo financeiro ou quando deve ficar fora do mercado. Para tanto, utiliza
gráficos e teorias formuladas sobre sua dinâmica e, mais recentemente,
estudos matemáticos -estatísticos complementares que conhecerão ao longo
deste e de outros cursos que aqui serão ministrados.
As primeiras teorias e métodos operacionais surgiram no início do século XXI.
Pesquisando, encontramos que, em 1901, durante a fusão da U.S.Steel, um
dos seus diretores James R. Keene utilizava a técnica dos gráficos Ponto-
Figura intensamente. Posteriormente, alguns “scalpers” (operadores de pregão)
passaram a utilizá-la nas suas operações day-trade (intra diário) e a prática do
mercado acabou convertendo-a numa teoria de uso comum, não se sabendo
ao certo quem foi o seu criador.

Na mesma época, Charles H. Dow, proprietário de um serviço de informações


voltado para o mercado financeiro – Dow-Jones Financial News – e a quem é
creditada a invenção dos índices no
mercado de ações, em artigos escritos para o Wall Street Journal definiu os
conceitos básicos do viria a se tornar uma teoria. Após sua morte em 1902, seu
sucessor na editoria do jornal, William P.
Hamilton, continuou escrevendo nos 27 anos seguintes novos editoriais e
dando forma àquilo que hoje é mundialmente conhecido como “A Teoria de
Dow”, em nossa opinião, a essência da análise
técnica e por onde começaremos. Mas, antes, será preciso que conheçamos
algumas noções básicas para melhor entendimento de suas regras e conceitos.

A ANÁLISE TÉCNICA se utiliza de figuras variadas para representação dos


preços. É com estas figuras, que se formam os gráficos.

Iremos, neste estudo, esclarecer alguns conceitos em torno dos gráficos e suas
aplicabilidades.

Um gráfico de cotações é uma sequência de pontos definidos numa dada


janela de amostragem usando para isso uma dada base de tempo (timeframe).
Cada gráfico tem dois eixos. No eixo X vem a escala do tempo e no eixo Y
temos os valores das cotações.

A base de tempo (timeframe) utilizada pode variar de gráfico para gráfico


dependendo da estratégia do analista. Pode ser utilizada uma base de tempo
intraday, diária, semanal, mensal, trimestral ou anual. Quanto menor for a base
de tempo, menor compressão terá a visualização do gráfico.

Uma base de tempo diária utiliza para desenhar o gráfico um ponto por cada
dia de sessão em Bolsa enquanto que uma base de tempo semanal utiliza um
ponto para cada 7 dias. Por exemplo, se num gráfico diário visualizarmos 100
pontos de informação, num gráfico semanal com o mesmo número de pontos
iremos visualizar 5 meses (um ano corresponderá, grosso modo, a 252 pontos)
de cotações. Geralmente os analistas utilizam gráficos intraday (visualização
da variação das cotações ao longo da sessão de bolsa) ou gráficos diários com
o intuito de analisar a evolução de curto-prazo das cotações. Se quiserem
analisar as tendências de médio/longo prazo de uma empresa deverão utilizar
gráficos mensais ou anuais.

BASICAMENTE HÁ TRÊS TIPOS DIFERENTES DE GRÁFICOS UTILIZADOS


NA ANÁLISE TÉCNICA:

01-GRÁFICO DE LINHAS
02- GRÁFICO DE BARRAS

03- GRÁFICO DE CANDLESTICKS

1. GRÁFICO DE LINHAS

O gráfico de linha é o gráfico mais simplista. Desenha-se unindo por uma linha,
cada ponto consecutivo desenhado no gráfico y-x. A coordenada no eixo Y
será a cotação de fechamento e a coordenada no eixo X será a data do pregão
em que ocorreu a cotação. A grande vantagem destes gráficos é que a sua
análise é bastante intuitiva.

2. GRÁFICO DE BARRAS

O gráfico de barras já é um gráfico mais complexo. Para desenhá-lo são


precisos 4 dados por data: a cotação de fechamento, o valor máximo e mínimo
do dia, bem como a cotação na abertura. O máximo da sessão e o mínimo da
sessão definem os extremos da linha definida por cada dia. A pequena linha
horizontal para a direita define a cotação de fechamento, enquanto a que
aponta para a esquerda define o valor da abertura.
A grande vantagem deste tipo de gráfico face ao gráfico de linha é que oferece
mais informação, ainda que seja de leitura mais densa.

3. GRÁFICO CANDLESTICK

Este gráfico é proveniente do Japão e tornou-se muito popular na última


década. Num gráfico candlestick são necessários os valores de fechamento e
abertura, bem como o máximo e mínimo da sessão. A grande vantagem destes
gráficos é que permitem uma leitura rápida da relação entre o preço final e de
abertura. Se o candle for branco, significa que o valor de fechamento foi
superior ao valor de abertura. Se o candle for preto é porque a cotação de
fechamento terminou abaixo do valor de abertura.
SURGIMENTO

Agora sim, vamos abordar mais claramente os fatos históricos. Os candlesticks


surgiram no Japão no século 17 com o mercado de arroz. De lá para cá esse
sistema de representação foi sofrendo alterações até chegar nos dias atuais,
onde é bastante usado para a análise gráfica.
Como qualquer análise técnica, deve ser usado junto com outras
ferramentas. Para se criar o candlestick usa-se o preço de abertura,
fechamento, máximo e mínimo de cada período. O corpo do candlestick é
representado por uma barra cuja altura é dada pela diferença entre o preço de
fechamento e abertura, enquanto a linha acima e abaixo correspondem ao
preço máximo e mínimo respectivamente.
Quando o preço de fechamento é maior que o preço de abertura do período, o
candlestick é representado aqui pela cor azul para facilitar a visualização.
E quando o preço de fechamento é menor que o preço de abertura do período,
utiliza-se a cor vermelha.

Corpo longo x curto : Candlestick de corpo longo mostra uma disputa mais
intensa entre compradores e vendedores, enquanto os curtos demonstram
consolidação do preço. Depois de uma alta, um candle longo vermelho pode
representar o estabelecimento de um ponto de resistência. Por outro lado, após
uma queda de preços, um longo candle azul pode representar o
estabelecimento de um ponto de suporte.

VEREMOS AGORA, ALGUNS PADRÕES DE CANDLESTICKS, PORÉM


ESTE ASSUNTO SERÁ ABORDADO MELHOR POSTERIORMENTE.

PADRÕES COMUNS DE CANDLESTICKS: Marubozu: Quando o preço de


abertura coincide com o mínimo, e o preço de fechamento com o máximo
temos um Marubozu azul, mostrando que os compradores dominaram o pregão
na maior parte do tempo. Quando o preço de abertura coincide com o máximo,
e o fechamento com o mínimo temos um Marubozu vermelho, mostrando que
os vendedores dominaram o pregão.

Martelo – Linha de mínimo grande e máximo curta: Nesse caso os


vendedores dominaram durante um período, criando uma longa linha de
mínima, porém mais tarde os compradores predominaram. Pode ser azul ou
vermelho, porém quando vermelho os compradores não foram tão
predominantes.
Martelo Invertido – Linha de máximo grande e mínima curta: Os
compradores dominaram durante um período o pregão, forçando uma alta,
porém mais tarde houve o predomínio dos vendedores que provocaram um
fechamento menor que a abertura. Pode ser azul ou vermelho, porém quando
azul os vendedores não foram tão fortes.

“Spinning Tops” – Linha de máximo e mínimo iguais e corpo pequeno:


Nesse caso houve uma indecisão entre compradores e vendedores, já que a
abertura e fechamento estão muito próximos e as linhas de máximo e mínimo
são equivalentes.

Doji: No limite do padrão anterior, quando o preço de abertura e fechamento


são praticamente iguais forma-se o Doji que representa total indecisão entre
compradores e vendedores. Depois de uma alta ou baixa, o aparecimento de
um Doji deve ser encarado como um alerta para alguma provável mudança de
tendência.

Mais padrões de candlesticks : No Harami , o corpo do último candlestick


está dentro do corpo do dia anterior. No “engolfing” (engolfo) o corpo do dia
anterior é que está dentro do último candlestick. No “Estrela” não há preço na
mesma faixa que o dia anterior, ocorrendo um “gap”.
Os candlesticks são utilizados principalmente para prever uma reversão de
tendência de alta ou baixa. Dessa maneira formam-se figuras padronizadas,
muitas com nomes exóticos, que são divididas em padrões altistas ou baixistas.
Padrões altistas indicam que a tendência de baixa está próximo ao fim e
padrões baixistas o fim da tendência de alta. Há muitos desses padrões, os
mais conhecidos são mostrados abaixo. Na maioria dos casos recomenda-se
esperar o próximo pregão, após o padrão, para confirmar a reversão. Os
padrões “Martelo” ou “Shooting Star” independem da cor do candlestick.
Devido à facilidade visual de se detectar o sentimento do mercado, os
candlesticks são os preferidos pelos profissionais, sendo usado em conjunto
com outras ferramentas da análise técnica.

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