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Disciplina: PGL 510164 Tópicos especiais Teoria da Modernidade

Título do Curso: Realismos Latinoamericanos do Século XXI: Sujetos sin topologías

Ministrante: Prof. Dr. Luz Rodríguez Carranza

Lrodriguezcarranza@gmail.com

Semestre: 2020-1 12 semanas x 4h.     

Créditos: 4 (quatro).

Horário: terças-feiras,  das 9h às 13h.

Língua: As palestras serão realizadas em espanhol, mas os alunos poderão se expressar e apresentar
exposições em português.

Aulas: teóricas e práticas.

Local: CCE 323.

Avaliação:

Participação ativa nas discussões em sala de aula (20%);

Apresentação de um texto teórico com powerpoint e exemplos (20%);

Apresentação do próprio projeto (20%);

Trabalho final (40%).

Ementa:

Estereótipo e realismo estão associados. Nas últimas décadas, várias obras narrativas, teatrais e
cinematográficas foram publicadas e catalogadas, por falta de melhor nome, como “realistas”.
Contos, novelas, peças de teatro e filmes utilizam imaginários estereotipados — sobretudo
identitários — nos quais ninguém mais acredita, mas, paradoxalmente, possuem um grande poder
de envolvimento emocional. Nesses textos, aparecem os “sujetos sin topologías”.

O presente latinoamericano parece reeditar topologias que acreditávamos estar desaparecidas, com
a irrupção desenfreada de retóricas do ódio inoculadas através dos meios de comunicação em massa
e das redes sociais. Frente a essa emergência, a figura do “no-todo”, que se expressa tanto na
proliferação de coletivos sociais como em práticas literárias e artísticas, resulta crucial para introduzir
conceitos que, como propõe Walter Benjamin, “se distingan de los usuales en que resulten por
completo inútiles para los fines del fascismo”.

Em “Kant con Sade”, Lacan cita a frase de Ubu: “Larga vida a Polonia, porque sin Polonia no hay
polacos”. Obviamente a frase é falsa. Os polacos, como os judeus e muitos povos colonizados,
deslocados e exilados, existem sem pátria. Há predicados que não correspondem a nenhum conjunto
ou totalidade, há universais e identidades que não são simples ilusões nem podem ser
desconstruídas ou dispersas.

Este seminário tem interesse nas identidades que não correspondem a um lugar determinado e nas
cartografias modernas. Se as topologias autoritárias classificam neuroticamente, no desespero de
não deixar resquício ao infinito, aqui nos propomos a explorar os “no-todo” que aparecem
precisamente no absurdo das identidades: sujeitos que se afirmam como reais precisamente na
impossibilidade referencial e na potência combinatória de ready made, que já não têm valor.

Suporte durante o seminário:

No moodle do seminário, serão indicados os textos de leitura obrigatória para cada aula (quando for
possível, em português) e, em sua maioria, serão disponibilizados com antecedência.

As obras que serão analisadas em aula (contos, capítulos de novelas, fragmentos de uma obra de
teatro e um filme), na sua maioria em tradução ao português, estarão todas em formato digital no
moodle.

Bibliografia:

Obras teóricas (otras obras serão apontadas no programa completo do curso):

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Tradução de Júlio Castañon Guimarães.

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BOSTEELS, Bruno. Imagen y acontecimiento: apuntes para una crítica de la ideología del arte en la era
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https://jpgenrgb.files.wordpress.com/2017/09/bourriaud-nicolas_postproduccion.pdf

VÁZQUEZ, Miguel Caballero; RODRÍGUEZ CARRANZA, Luz; PLAS, Christina Soto van Der. Imágenes y
realismos: avatares contemporáneos de la mimesis. In: VÁZQUEZ, Miguel Caballero; RODRÍGUEZ
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Compilado por Sandra Contreras; dirigido por Alberto Giordano.

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Obras narrativas:

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BIZZIO, Sergio. Rabia (2004). Em português: Raiva. Traducão Luis Carlos Cabral. Editora Record 2011.
BORGES, Jorge Luis. Historia Universal de la Infamia (cualquier edición en castellano). Em
português: História Universal da Infâmia. Tradução de Alexandre Eulálio. Revisão de tradução: Maria
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FOGWILL, Roberto. Los Pichiciegos (1983). Em português: Os Pichicegos: Malvinas: uma Batalha
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PAZ, Octavio. “El Pachuco y otros extremos” e “Máscaras Mexicanas” en El Laberinto de la Soledad
(1950) Em português: “O Pachuco e outros extremos” e “Máscaras Mexicanas” em O labirinto da
solidão e post scriptum; tradução de Eliane Zagury, P3681. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1984.
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