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Danos ambientais, economia e a realidade atual.

A proeminência do desenvolvimento e da civilização são pontos marcantes da


manifestação de degradação ambiental. A crise ambiental traz consigo questionamentos
quanto à racionalidade e os paradigmas teóricos que fomentam cada vez mais o
crescimento econômico, e por consequência o desabono quanto à natureza.

Trazendo a luz a discussão dos direitos das gerações futuras que possam ser
afetadas pelo consumismo desenfreado e a deficiência no gerenciamento dos recursos
naturais disponíveis, a discussão sobre o desenvolvimento sustentável se faz necessária
e fundamental no intuito de trazer para o cotidiano, noções e ações que prospectem
maior qualidade de vida, tanto individual quanto em sociedade, explicita Santos-Nunes
(2018).

Partindo do princípio da sustentabilidade conceitos vem sendo elaborados,


configurando o ambiente como algo de envolvimento humano, uma integração de
valores éticos e estéticos, para efeitos na articulação do progresso através de muitas
produções teóricas e poucas ações realmente práticas e de efeito incontestável e viável.
Reconhecendo as disparidades e discordâncias de nações em relação à crise ambiental
que vem afetando o mundo há tempos, a busca por definir o desenvolvimento
sustentável de forma a ajustar e satisfazer as necessidades da sociedade sem
comprometer o campo que atenderá gerações futuras é o propósito do verdadeiro
conhecimento e compartilhamento da sustentabilidade.

Na busca por definir o meio ambiente a partir de formulações por diferentes


relações estabelecidas, no contexto de Leff (2001) o entendimento de ambiente deve se
pautar na racionalidade ambiental, na transdisciplinaridade, pensando não como um
sinônimo de natureza, e sim como base de interações entre o meio físico-biológico com
as sociedades e a cultura produzida por seus membros.

Salientando algumas das inúmeras atividades humanas, envolvendo


explicitamente ou não a questão econômica, produzem uma grande quantidade
considerada de resíduos ou necessitam de quantidades relevantes de insumos para seu
funcionamento, o que acarreta maiores impactos ambientais, além da sua meramente
implantação.

Desta forma, essas intervenções humanas que alteram o meio ambiente, por
mais simples, ou corriqueiras, e legítimas que sejam, causam danos ao meio ambiente,
bem este que pertence a toda coletividade, visto que, a princípio, não pode ser ele
individualizado, portanto, o dano também é coletivo estabelecendo-se, neste ponto, o
interesse geral da temática.

Decorrente da implantação de leis que trazem para o elemento ambiental a


responsabilização objetiva pelos danos ambientais, fato que surge em conciliar com
importância que a questão ambiental se expõe atualmente, a reparação do dano
ambiental tornou-se uma veracidade realista, pois para as vítimas do dano ambiental
transmudou de maneira descomplicada a caracterização do dever de indenizar do
poluidor, na medida em que, basta o ato de uma atividade potencialmente danosa para
que surja a obrigação de reparação o dano ecológico. (Silva; Schütz, 2012)

A proteção no meio ambiente ecologicamente equilibrado será alcançada


quando houver a proteção e a saudável interação entre os elementos bióticos e abióticos,
não esquecendo a reparação de qualquer dano vai além dos interesses humanos, assim
sendo a proteção à fauna e flora constitui-se em uma obrigação individual e por Estados,
pois este é responsável pela gerência enquanto organizada por interesse comum.

Tarsila Zandoná Aguilar

Fevereiro de 2020.

REFERÊNCIAS

Leff, Enrique. Saber ambiental: sustentabilidade, racionalidade,


complexidade, poder. 35ª ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

Santos-Nunes, Tenner dos. Reciclagem, o meio ambiente e a garantia


constitucional. In. Congresso de Direito Constitucional do Estado de Roraima, V. p.
34. 2018.

Silva, Deivit Pinheiro da; Schütz , Hebert Mendes de Araújo. O dano


ambiental e sua responsabilização civil. Revista Âmbito Jurídico. 2012.

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