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Ação rescisória

Considerações gerais
A palavra rescindir vem do latim rescindire, que significa “invalidar, anular”.

Segundo Liebman, é possível identificar a ação rescisória com o corpo de uma


ação, mas com a alma de um recurso.

Ainda que poética a visão de Liebman acerca da ação rescisória, não há como
confundi-la, em contornos jurídicos, com a figura do recurso. Isso porque, além da
tramitação da ação rescisória não se dar num mesmo processo, o seu tratamento legal
adota formalidades próprias e específicas.

Desse modo, podemos entender que a ação rescisória tem natureza de ação,
razão pela qual deve observar todos os pressupostos processuais e condições da
ação. Contudo, temos também que ela é uma ação especial, pois tem o objetivo de
desconstituir a decisão transitada em julgado (iudicium rescindens) e para eventual
proferimento de nova decisão de mérito (iudicium rescisorium).

Natureza jurídica
A sua natureza jurídica é de uma ação (especial). Pode ser classificada como uma
ação de caráter declaratório e constitutivo. Declaratório porque visa reconhecer a pre-
sença de algum dos vícios descritos no artigo 485 do Código de Processo Civil (CPC) (v.g.,
existência ou inexistência de uma dada relação jurídica, autenticidade ou falsidade de
determinado documento que foi objeto de exame na antiga decisão etc.). Constitutiva
de forma positiva quando acolher a pretensão do autor e, de forma negativa, quando
rejeitar o pedido do autor (MARTINS, 2005, p. 506).

Previsão legal
Dispõe o artigo 836 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT):
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Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas,
excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será
admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei 5.869, de 11 de janeiro
de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do
valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor.

Desse modo, verifica-se que a ação rescisória, na seara trabalhista, terá o mesmo
tratamento da ação rescisória comum (CPC, arts. 485 a 495), à exceção do valor do
depósito prévio.

Urge salientar, por último, que o procedimento da ação rescisória, normalmente,


é o estabelecido pelos tribunais regionais.

Decisões rescindíveis
As características para que uma decisão possa ser objeto de ação rescisória
encontram-se no artigo 485 do CPC, que dispõe que “a sentença de mérito, transitada em
julgado, pode ser rescindida”.

Os grifos acima enaltecem justamente as características das decisões rescindí-


veis. Vejamos.

O termo sentença deve ser interpretado em sentido amplo, abarcando também


as decisões proferidas pelos tribunais (acórdãos). Não se incluem, todavia, numa inter-
pretação extensiva de decisão, os despachos de mero expediente e as decisões interlo-
cutórias.

Ainda, deve a decisão rescindível enfrentar o mérito da demanda. Assim, os


comandos judiciais que extinguem o processo por questões procedimentais (CPC, art.
301) ou sem julgamento do mérito (CPC, art. 267) não serão objeto da ação rescisória.
Nessas situações, como não se terá ingressado no mérito da ação, as partes poderão
intentar nova ação, motivo pelo qual não se justificaria a adoção da rescisória.

Portanto, a ação rescisória somente terá cabimento das decisões, transitadas em


julgado, que tenham produzido coisa julgada material.

Decisão homologatória
A regra geral deveria ser a adoção da ação anulatória para rescindir as decisões
de cunho homologatório, conforme se infere do artigo 486 do CPC:

Art. 486. Os atos judiciais, que não dependem de sentença, ou em que esta for meramente
homologatória, podem ser rescindidos, como os atos jurídicos em geral, nos termos da lei
civil.
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Contudo, na seara trabalhista, em relação à decisão que promove a conciliação


das partes, a Súmula 259 do Tribunal Superior do Trabalho (TST) estabelece que “só
por ação rescisória é atacável o termo de conciliação previsto no parágrafo único do art.
831 da CLT”.

CLT, art. 831. A decisão será proferida depois de rejeitada pelas partes a proposta de con-
ciliação.

Parágrafo único. No caso de conciliação, o termo que for lavrado valerá como decisão irre-
corrível, salvo para a Previdência Social quanto às contribuições que lhe forem devidas.

Desse modo, verificamos que a decisão que homologa a conciliação tem o caráter
de irrecorribilidade para as partes, podendo, contudo, ser objeto da ação rescisória.

O legislador trabalhista imprimiu, nesse contexto, natureza de sentença de mérito


à decisão homologatória, considerando que ela extingue o processo com resolução de
mérito (CPC, art. 269, III).

Por sua vez, a decisão que homologa os cálculos, na fase de execução, apenas será
rescindível quando enfrentar questões envolvidas na elaboração da conta de liquidação.
A simples homologação, sem o enfrentamento dessas questões, não se mostra rescindí-
vel, como se infere das Súmulas 399 e 298 do TST:

N. 399. ação rescisória. cabimento. sentença de mérito. decisão homologatória de adjudi-


cação, de arrematação e de cálculos.
[...]
II - A decisão homologatória de cálculos apenas comporta rescisão quando enfrentar as
questões envolvidas na elaboração da conta de liquidação, quer solvendo a controvérsia das
partes, quer explicitando, de ofício, os motivos pelos quais acolheu os cálculos oferecidos
por uma das partes, ou pelo setor de cálculos, e não contestados pela outra.

N. 298. ação rescisória. violação de lei. prequestionamento.


[...]
IV - A sentença meramente homologatória, que silencia sobre os motivos de convenci-
mento do juiz, não se mostra rescindível, por ausência de prequestionamento.

Do trânsito em julgado
Faz-se necessário o trânsito em julgado da decisão atacada para a admissibili-
dade da ação rescisória, como dispõe o caput do artigo 485 do CPC.

Contudo, isso não quer dizer que a parte somente poderá interpor ação rescisória
após esgotar todos os meios recursais cabíveis à espécie. Conforme a Súmula 514 do
Supremo Tribunal Federal (STF), “admite-se ação rescisória contra sentença transitada
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em julgado, ainda que contra ela não se tenham esgotado todos os recursos”, ou seja,
ainda que a parte não tenha exaurido o caminho recursal, será possível a impugnação
da decisão por meio da ação rescisória.

Sentença normativa
A sentença normativa, proferida em dissídio coletivo, pode ser objeto de ação
rescisória.

Lei 7.701/88, art. 2.º Compete à seção especializada em dissídios coletivos, ou seção nor-
mativa:

I - originariamente:

[...]

c) julgar as ações rescisórias propostas contra suas sentenças normativas.

Competência
A competência para processar e julgar a ação rescisória é dos tribunais, conforme
se infere do seguinte dispositivo celetário:

Art. 678. Aos Tribunais Regionais, quando divididos em Turmas, compete:

I - ao Tribunal Pleno, especialmente:

[...]

c) processar e julgar em última instância:

[...]

2) as ações rescisórias das decisões das Varas do Trabalho, dos juízes de direito investidos
na jurisdição trabalhista, das Turmas e de seus próprios acórdãos.

Contudo, se o acórdão rescindendo emanar do próprio TST, segundo a Lei


7.701/88 (art. 3.º, I, “a”), a competência será do próprio TST. Se a decisão é de Turma do
TST, a competência é da Seção de Dissídios Individuais (SDI) – Subseção 2, mas sendo
a decisão rescindenda uma sentença normativa, a competência é da Seção de Dissídios
Coletivos (SDC) (Lei 7.701/88, art. 2.º, I, “c”).

Contudo, se o acórdão do TST não apreciar o mérito da causa, como ocorre


quando do não conhecimento do recurso de revista e do recurso de embargos, a compe-
tência para o julgamento é do tribunal regional, salvo algumas exceções, consoante se
extrai da Súmula 192 do TST:
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N. 192. AÇÃO RESCISÓRIA. COMPETÊNCIA E POSSIBILIDADE JURÍDICA DO


PEDIDO.
I - Se não houver o conhecimento de recurso de revista ou de embargos, a competência
para julgar ação que vise a rescindir a decisão de mérito é do Tribunal Regional do Traba-
lho, ressalvado o disposto no item II.
II - Acórdão rescindendo do Tribunal Superior do Trabalho que não conhece de recurso de
embargos ou de revista, analisando arguição de violação de dispositivo de lei material ou
decidindo em consonância com enunciado de direito material ou com iterativa, notória e
atual jurisprudência de direito material da Seção de Dissídios Individuais (Súmula 333),
examina o mérito da causa, cabendo ação rescisória da competência do Tribunal Superior
do Trabalho.

Legitimidade
O artigo 487 do CPC dispõe sobre a legitimidade para propor ação rescisória,
ditando que:

Art. 487. Tem legitimidade para propor a ação:


I - quem foi parte no processo ou o seu sucessor a título universal ou singular;
II - o terceiro juridicamente interessado;
III - o Ministério Público:
a) se não foi ouvido no processo, em que lhe era obrigatória a intervenção;
b) quando a sentença é o efeito de colusão das partes, a fim de fraudar a lei.

O TST também assentiu para a legitimidade passiva do sindicato, como se infere


da Súmula 406:

N. 406. AÇÃO RESCISÓRIA. LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO POLO PASSIVO


E FACULTATIVO NO ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS PELO
SINDICATO.
[...]
II - O Sindicato, substituto processual e autor da reclamação trabalhista, em cujos autos
fora proferida a decisão rescindenda, possui legitimidade para figurar como réu na ação
rescisória, sendo descabida a exigência de citação de todos os empregados substituídos,
porquanto inexiste litisconsórcio passivo necessário.

Em relação ao Ministério Público (MP), deve-se observar a Súmula 407 do TST:

N. 407. AÇÃO RESCISÓRIA. MINISTÉRIO PÚBLICO. LEGITIMIDADE AD CAUSAM


PREVISTA NO ART. 487, III, “A” E “B”, DO CPC. AS HIPÓTESES SÃO MERAMENTE
EXEMPLIFICATIVAS.
A legitimidade ad causam do Ministério Público para propor ação rescisória, ainda que não
tenha sido parte no processo que deu origem à decisão rescindenda, não está limitada às
alíneas “a” e “b” do inciso III do art. 487 do CPC, uma vez que traduzem hipóteses mera-
mente exemplificativas.

Por fim, cumpre destacar a posição do TST sobre a presença de litisconsortes na


Súmula 406:
PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

N. 406. AÇÃO RESCISÓRIA. LITISCONSÓRCIO. NECESSÁRIO NO POLO PASSIVO


E FACULTATIVO NO ATIVO. INEXISTENTE QUANTO AOS SUBSTITUÍDOS PELO
SINDICATO.
I - O litisconsórcio, na ação rescisória, é necessário em relação ao polo passivo da demanda,
porque supõe uma comunidade de direitos ou de obrigações que não admite solução díspar
para os litisconsortes, em face da indivisibilidade do objeto. Já em relação ao polo ativo, o
litisconsórcio é facultativo, uma vez que a aglutinação de autores se faz por conveniência
e não pela necessidade decorrente da natureza do litígio, pois não se pode condicionar o
exercício do direito individual de um dos litigantes no processo originário à anuência dos
demais para retomar a lide.

Petição inicial
Para ser elaborada a petição inicial da ação rescisória, deverão ser observados os
artigos 488 e 282 do CPC.

Art. 488. A petição inicial será elaborada com observância dos requisitos essenciais do art.
282, devendo o autor:
I - cumular ao pedido de rescisão, se for o caso, o de novo julgamento da causa;
II - depositar a importância de 5% (cinco por cento) sobre o valor da causa, a título de
multa, caso a ação seja, por unanimidade de votos, declarada inadmissível, ou improce-
dente.1
Parágrafo único. Não se aplica o disposto no n. II à União, ao Estado, ao Município e ao
Ministério Público.
Art. 282. A petição inicial indicará:
I - o juiz ou tribunal, a que é dirigida;
II - os nomes, prenomes, estado civil, profissão, domicílio e residência do autor e do réu;
III - o fato e os fundamentos jurídicos do pedido;
IV - o pedido, com as suas especificações;
V - o valor da causa;
VI - as provas com que o autor pretende demonstrar a verdade dos fatos alegados;
VII - o requerimento para a citação do réu.

■■ O juízo a que é dirigida a ação rescisória já restou descrito no item


“­competência”.
■■ A qualificação das partes deve observar o disposto supra, considerando-se
inclusive a relação de pessoas que podem apresentar ação rescisória, como
registrado no item “legitimidade”.
■■ Os fatos e fundamentos jurídicos representam o dado de maior importância à
petição inicial da ação rescisória, uma vez que delimitarão o pedido de resci-

1 No caso da Justiça do Trabalho, por força do artigo 836 da CLT, o depósito prévio correspondente a 20% (vinte por cento) do
valor da causa.
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são do autor e eventual pedido de novo julgamento. A ausência ou o incorreto


preenchimento desses pedidos impede que o juiz conheça a ação rescisória ou
que possa conhecê-la na forma autorizada pela Súmula 408 do TST:

N. 408. AÇÃO RESCISÓRIA. PETIÇÃO INICIAL. CAUSA DE PEDIR. AUSÊNCIA


DE CAPITULAÇÃO, OU CAPITULAÇÃO ERRÔNEA NO ART. 485 DO CPC. PRIN-
CÍPIO IURA NOVIT CURIA.
Não padece de inépcia a petição inicial de ação rescisória apenas porque omite a sub-
sunção do fundamento de rescindibilidade no art. 485 do CPC, ou o capitula errone-
amente em um de seus incisos. Contanto que não se afaste dos fatos e fundamentos
invocados como causa de pedir, ao Tribunal é lícito emprestar-lhes a adequada qualifi-
cação jurídica (iura novit curia). No entanto, fundando-se a ação rescisória no art. 485,
inc. V, do CPC, é indis­pensável expressa indicação, na petição inicial da ação rescisória,
do dispositivo legal violado, por se tratar de causa de pedir da rescisória, não se apli-
cando, no caso, o princípio iura novit curia.

Narrados os fatos, deve-se passar à especificação dos pedidos. Além do disposto


no artigo 282, também deverá o autor observar o disposto no artigo 488, I, do CPC, no
sentido de não esquecer de postular a rescisão da decisão atacada (res iudicata) e o pedido de
novo julgamento da causa.

O autor deve indicar também as provas que pretende utilizar para comprovar a
veracidade dos fatos narrados na ação rescisória. Não se pode esquecer, contudo, que
existem provas que devem ser juntadas desde logo com a inicial (CPC, art. 396), como a
decisão rescindenda e a certidão do seu trânsito em julgado, devidamente autenticadas.

A ausência desses documentos condena a petição inicial da ação rescisória ao


indeferimento liminar, conforme determina a Orientação Jurisprudencial (OJ) 84 da
SDI-II do TST:

N. 84. AÇÃO RESCISÓRIA. PETIÇÃO INICIAL. AUSÊNCIA DA DECISÃO RESCIN-


DENDA E/OU DA CERTIDÃO DE SEU TRÂNSITO EM JULGADO DEVIDAMENTE
AUTENTICADAS. PEÇAS ESSENCIAIS PARA A CONSTITUIÇÃO VÁLIDA E REGU-
LAR DO FEITO. ARGUIÇÃO DE OFÍCIO. EXTINÇÃO DO PROCESSO SEM JULGA-
MENTO DO MÉRITO.
A decisão rescindenda e/ou a certidão do seu trânsito em julgado, devidamente autentica-
das, à exceção de cópias reprográficas apresentadas por pessoa jurídica de direito público,
a teor do art. 24 da Lei 10.522/2002, são peças essenciais para o julgamento da ação
rescisória. Em fase recursal, verificada a ausência de qualquer delas, cumpre ao relator do
recurso ordinário arguir, de ofício, a extinção do processo, sem julgamento do mérito, por
falta de pressuposto de constituição e desenvolvimento válido do feito.

Nesse sentido também é a Súmula 299 do mesmo tribunal:

N. 299. AÇÃO RESCISÓRIA. DECISÃO RESCINDENDA. TRÂNSITO EM JULGADO.


COMPROVAÇÃO. EFEITOS.
PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

I - É indispensável ao processamento da ação rescisória a prova do trânsito em julgado da


decisão rescindenda.
II - Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o documento compro-
batório, abrirá prazo de 10 (dez) dias para que o faça, sob pena de indeferimento.

Deverá o autor requerer também a citação do réu, seguindo o disposto no artigo


282, VII, do CPC.

O valor da causa também deve ser consignado na petição inicial, aplicando-se


o disposto nos artigos 258 a 260 do CPC. Cumpre, nesse ponto, registrar o posiciona-
mento do jurista Manoel Antonio Teixeira Filho (2000, p. 322):

Dever-se-á atender aos critérios estabelecidos pelos artigos 258 a 260 do CPC? Conquanto
possa parecer que a resposta seja afirmativa, não podemos deixar de levar em conta o fato
de que a rescisória visa sempre a um pronunciamento jurisdicional (passado em julgado)
emitido em uma causa a que se atribuíra um valor; desta forma, em princípio, o valor a ser
dado à inicial da rescisória deve ser o mesmo que foi atribuído à demanda anterior, onde
foi proferida a decisão rescindenda. É óbvio que essa identidade de valores não poderá ser
a mesma quando, e.g., a rescisória tiver por objeto apenas parte da decisão atacada.

Hipóteses
O CPC indica em seu artigo 485, taxativamente, nove hipóteses que podem ser
invocadas para a proposição da ação rescisória.

Art. 485. A sentença de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando:
I - se verificar que foi dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz;
II - proferida por juiz impedido ou absolutamente incompetente;
III - resultar de dolo da parte vencedora em detrimento da parte vencida, ou de colusão
entre as partes, a fim de fraudar a lei;
IV - ofender a coisa julgada;
V - violar literal disposição de lei;
VI - se fundar em prova, cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou seja
provada na própria ação rescisória;
VII - depois da sentença, o autor obtiver documento novo, cuja existência ignorava, ou de
que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável;
VIII - houver fundamento para invalidar confissão, desistência ou transação, em que se
baseou a sentença;
IX - fundada em erro de fato, resultante de atos ou de documentos da causa;

Trataremos de cada uma dessas hipóteses.

Decisão dada por prevaricação, concussão ou corrupção do juiz


Conforme salienta Sergio Pinto Martins (2005, p. 509), “a prevaricação consiste
em retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou praticá-lo contra dis-
posição expressa de lei, para satisfazer a interesse ou sentimento pessoal (CP, art. 319)”.
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A concussão é a exigência, por parte do funcionário público, de vantagem inde-


vida, seja para si ou para outrem. Já a corrupção é a mera solicitação dessa vantagem ou o
oferecimento de dinheiro para que o funcionário público realize determinado ato.

Tais eventos deverão ser provados, não sendo necessário, todavia, que o ilícito
penal seja reconhecido em processo criminal.

Decisão proferida por juiz impedido


ou absolutamente incompetente
São hipóteses de impedimento do juízo as situações descritas no artigo 134 do
CPC. Em face do caráter excepcional da ação rescisória não é possível alargar essa hipó-
tese para os casos de suspeição (CPC, art. 135).

A incompetência que pode ser tratada em ação rescisória é a incompetência abso-


luta. Assim, somente poderão ser alegadas a incompetência em razão da pessoa, em
razão da matéria e a funcional.

Em relação à questão, deve-se observar o disposto na OJ 124 da SDI – Subseção


2 do TST:

N. 124. AÇÃO RESCISÓRIA. ART. 485, II, DO CPC. ARGUIÇÃO DE INCOMPETÊN-


CIA ABSOLUTA. PREQUESTIONAMENTO INEXIGÍVEL.
Na hipótese em que a ação rescisória tem como causa de rescindibilidade o inciso II do art.
485 do CPC, a arguição de incompetência absoluta prescinde de prequestionamento.

Decisão resultante de dolo da parte vencedora


em detrimento da parte vencida, ou de colusão
entre as partes, a fim de fraudar a lei
Segundo Tostes Malta (2004, p. 702-703), a intenção premeditada de causar mal
a outrem capaz de ensejar a proposição de ação rescisória pode ser vista da seguinte
forma:

[...] o dolo que leva a uma sentença nula pode ser anterior ao ajuizamento da ação ou
posterior. Ex.: o empregado consegue que terceiros se ofereçam ao empregador para ser
testemunhas a seu favor, mas com o propósito, que se concretiza, de favorecerem o recla-
mante. O dolo que autoriza a procedência pode ser da própria parte, de seu advogado ou
de seu preposto.

Deve-se observar que, para poder ser utilizado como hipótese de admissibilidade
da ação rescisória, o dolo deve ter influído de forma substancial na decisão da lide.

A colusão é indicativa de conluio, de acordo fraudulento realizado em prejuízo


de terceiro. Ocorrendo o conluio, o juízo é iludido e as pessoas que realizaram o acordo
fraudulento são beneficiadas.
PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

A preocupação do legislador em combater atos escusos praticados no processo é


manifestada no artigo 129 do CPC, cujo objetivo é preservar o conteúdo ético do pro-
cesso.

Segundo Manoel Antonio Teixeira Filho (2000, p. 216),

[...] para que seja possível, portanto, o aforamento da rescisória com fulcro no inciso III,
segunda parte, do artigo 485 do CPC, é indispensável que:

a) a colusão tenha sido realizada pelas partes (aqui compreendidos, igualmente, os seus
advogados, prepostos ou representantes legais);
b) o pronunciamento jurisdicional reflita a influência nele exercida pela colusão;
c) esta haja sido posta em prática com o objetivo de fraudar a lei.

Invoca-se o exemplo dado por Tostes Malta (2004, p. 703):

Para furtar-se ao pagamento de dívida e antes do vencimento desta, o empregador com-


bina com uma pessoa que não é o seu empregado, mas que invoca essa condição, que ajuíze
contra a empresa reclamação pedindo vultosa indenização. Os bens do empreendimento
são penhorados e posteriormente adjudicados pelo falso empregado, que mais tarde os
aliena, entregando parte substancial da importância arrecadada ao empregador.

Outro exemplo clássico é o das reclamações trabalhistas formuladas apenas para


tentar acordo, evitando futuras reclamações.

Decisão que ofenda a coisa julgada


Coisa julgada é a qualidade de imutável da sentença, em virtude de não mais
poder ser impugnada mediante recursos.

Para dar azo à ação rescisória, a coisa julgada deve ser material, isto é, que
decorra do julgamento de mérito. A coisa julgada formal não pode ser atacada por ação
rescisória, pois pode ser dada entrada a nova demanda.

Podemos citar o seguinte exemplo:

[...] um empregado reclama o pagamento de aviso prévio, décimo terceiro salário propor-
cional e férias proporcionais sob o fundamento de que foi despedido sem justa causa. A
reclamação trabalhista é julgada improcedente e o empregado interpõe recurso. O mérito
foi julgado. Houve coisa julgada material. O reclamante ingressa com outra reclamação
exatamente idêntica à primeira e o processo corre à revelia, sendo a reclamação julgada
procedente. O empre­gador não interpõe qualquer recurso. Surge uma segunda coisa jul-
gada material contrária à primeira e que sobre esta prevalece. A segunda sentença, con-
tudo, pode ser anulada mediante ação rescisória, desde que tal segunda sentença violou a
coisa julgada contida na primeira decisão. (LEITE, 2004, p. 790)
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Decisão que violar literal disposição de lei


Por primeiro, deve-se destacar que o conceito de lei estampado nesta hipótese
admite ampla expressão, na qual figuram a Constituição, lei complementar, lei ordinária,
lei delegada, decreto-lei, medida provisória, resolução, decreto legislativo e decreto.

Excluem-se, contudo, os documentos indicados na OJ 25 da SDI-2 do TST:

N. 25. AÇÃO RESCISÓRIA. EXPRESSÃO “LEI” DO ART. 485, V, DO CPC. NÃO


INCLUSÃO DO ACT, CCT, PORTARIA, REGULAMENTO, SÚMULA E ORIENTAÇÃO
JURISPRUDENCIAL DE TRIBUNAL.
Não procede pedido de rescisão fundado no art. 485, V, do CPC, quando se aponta contra-
riedade à norma de convenção coletiva de trabalho, acordo coletivo de trabalho, portaria
do Poder Executivo, regulamento de empresa e súmula ou orientação jurisprudencial de
tribunal.

O primeiro, o segundo e o quarto são documentos que constituem negócio jurí-


dico celebrados com base no princípio da autonomia privada, enquanto o terceiro é uma
portaria do Ministério do Trabalho e Emprego, adotando o TST uma interpretação res-
tritiva em relação aos mesmos.

Se a lei foi interpretada pela sentença rescindenda de forma razoável, impede o


ajuizamento a ação rescisória. O mesmo deverá ocorrer quando a decisão rescindenda
estiver baseada em texto legal infraconstitucional de interpretação controvertida nos
tribunais (TST, Súmula 83).

Entende-se que agiu com acerto o TST ao excluir a Constituição Federal (CF) da
exigência da Súmula 83 do TST, uma vez que não pode imperar posicionamento sobre
interpretação da Lei Maior perante outros tribunais quando a única Corte que pode dar
a derradeira palavra acerca da norma constitucional é o STF.

Se a sentença admite a vigência de uma lei que não mais vigora ou que ainda está
em vigor havendo negativa de aplicação de um preceito legal, também cabe rescisória.

Por fim, segundo a Súmula 408 do TST, a petição inicial da ação rescisória fun-
dada em violação literal de lei deve expressamente indicar o preceito de lei vulnerado.

Prequestionamento
O TST tem exigido, para o cabimento da ação rescisória fundada em violação
literal de dispositivo legal, que haja pronunciamento explícito sobre o tema na decisão
rescindenda (TST, Súmula 298), de forma a obter o prequestio­namento da matéria vei-
culada na rescisória. Referido entendimento não é acompanhado pelo STF.
PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

A posição adotada pelo STF curva-se à situação de a ação rescisória não ser uma
medida recursal, razão pela qual não haveria necessidade de exigir-se o prequestiona-
mento. Esse procedimento – fruto da política judiciária – tem o intuito de afunilar cada
vez mais o cabimento de recursos de natureza extraordinária, mas não de dificultar a
apresentação de ação rescisória.

De qualquer sorte, considerando-se que a ação rescisória terá sua tramitação na


Justiça do Trabalho, até que o TST mude de postura, deverá ser observado o requisito
acima – prequestionamento – quando da interposição da medida fundada em violação
literal de dispositivo de lei.

Assinale-se, por fim, que a violação há de ser literal, frontal e direta. Nesse sen-
tido, é o exemplo dado por Carlos Henrique Bezerra Leite (2004, p. 792):

[...] quando a sentença declara válido o contrato de trabalho de um servidor público que
não se submeteu à prévia aprovação em concurso público de provas e títulos. Neste caso,
cabe a rescisória com base no inciso V do art. 485 do CPC, uma vez que a decisão rescin-
denda viola a letra do artigo 37, II, parágrafo 2.º, da Constituição Federal.

Decisão fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada


em processo criminal ou seja provada na própria ação rescisória
Existem dois tipos de falsidade. Falsidade material, que é investigada de forma
objetiva e contempla requisitos extrínsecos de falsidade, como no caso de assinatura
falsa em documento. E tem-se a falsidade ideológica, que é investigada de forma sub-
jetiva e contempla requisitos intrínsecos da falsidade, como, por exemplo, a assinatura
mediante coação de determinado documento. Os aspectos formais, nesse caso, seriam
verdadeiros (o documento foi assinado), mas o conteúdo de que trata o documento não
foi obtido por livre e espontânea vontade.

A condição sine qua non para que a falsidade sirva como possibilidade para o ajui-
zamento de ação rescisória é que a prova da falsidade tenha sido o único ou principal
fundamento da sentença rescindenda. Isso porque a má valoração ou valoração errônea
da prova não autoriza a rescisória.

Depois da sentença, se o autor obtiver documento novo


cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz,
por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável
Documento novo pode ser considerado como aquele de que se ignorava a exis-
tência quando da propositura da ação ou documento superveniente à propositura até a
decisão.
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Documentos são todos os meios de produção de prova documental: escritos,


fotos, gravações etc. Exclui-se desse rol, contudo, as normas coletivas, o documento
que já constava em registro público e aquele que deixou de ser produzido no curso do
processo da decisão rescindenda por negligência da parte.

Houver fundamento para invalidar confissão,


desistência ou transação em que se baseou a sentença
Quando a sentença rescindenda fundar-se em confissão, desistência ou tran-
sação, e tais eventos puderem ser invalidados, é possível o ajuizamento de ação resci-
sória.

A confissão passível de invalidação é a confissão real, pois pressupõe que tenha


sido obtida por meio de dolo, coação ou erro, conforme dispõe a Súmula 404 do TST.

A transação, por sua vez, pode ser judicial ou extrajudicial. No caso de concilia-
ção judicial, consubstanciada no termo de conciliação, conforme a Súmula 259 do TST,
é possível a interposição da ação rescisória.

E, por fim, a desistência deve ser interpretada como renúncia ao direito em que
se funda a ação, pois só assim poder-se-á fazer coisa julgada material.

Decisão fundada em erro de fato,


resultante de atos ou de documentos da causa
O próprio legislador esclareceu em que situações se entende que houve erro de
fato no julgamento rescindendo, conforme se infere dos parágrafos 1.º e 2.º do artigo
485 do CPC:

Art. 485. [...]


§1.º Há erro, quando a sentença admitir um fato inexistente, ou quando considerar inexis-
tente um fato efetivamente ocorrido.
§2.º É indispensável, num como noutro caso, que não tenha havido controvérsia, nem
pronunciamento judicial sobre o fato.

Outrossim, para que configure hipótese de cabimento da ação rescisória, o erro


de fato deve ser aquele passível de ser apurado imediatamente, mediante simples exame
dos documentos. Isto é, não é erro demonstrável por prova.

Ainda, como salienta Bezerra Leite (2004, p. 794), “o erro deve ser do juiz e não
das partes. Se as partes se equivocaram na inicial e na defesa, induzindo o juiz a erro,
não há que se falar em rescisória”.
PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

Irretroatividade
A viabilidade da ação rescisória deve observar a lei vigente na época do trânsito
em julgado da decisão impugnada, sob pena de atentar contra a segurança jurídica.
Nada mais é, portanto, do que a observância do disposto no artigo 5.º, XXXVI, da CF
(respeitar a coisa julgada).

Efeitos
Conforme se infere do artigo 489 do CPC, a ação rescisória via de regra não
suspende a execução da decisão rescindenda, ocorrendo esse efeito nos casos impres-
cindíveis e sob os pressupostos previstos em lei, de medida de natureza cautelar ou
antecipatória de tutela.

Prazo decadencial
O artigo 495 do CPC prevê que “o direito de propor ação rescisória se extingue
em 2 (dois) anos, contados do trânsito em julgado da decisão.”

Assim, o prazo para a propositura da ação rescisória é de dois anos, a contar do


trânsito em julgado da decisão. Essa contagem, por sua vez, deve ser feita observando-se
o disposto na Súmula 100 do TST.

Ainda, tem-se que referido prazo é decadencial. Vale dizer, não está sujeito a
suspensão ou interrupção.

Peça processual
Como acima referido, a peça processual de ingresso da ação rescisória deve obe-
decer aos mesmos requisitos essenciais da petição inicial, constantes do artigo 282 do
CPC.

Endereçamento
O endereçamento da ação rescisória será feito para os tribunais. Se a decisão res-
cindenda tiver origem nas Varas do Trabalho ou nos tribunais regionais, a competência
para apreciar a demanda será dos tribunais regionais. Contudo, se a decisão rescindenda
foi proferida pelo TST, o endereçamento é feito para esse órgão judicial.

Assim, consoante o acima exposto, podemos endereçar conforme abaixo:


185

■■ Quando a competência é dos tribunais regionais:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal Regional do Tra-


balho da _____ Região

■■ Quando a competência é do TST:

Excelentíssimo Senhor Doutor Juiz Presidente do Tribunal Superior do Tra-


balho

Qualificação das partes


Embora as partes já tenham sido individualizadas e qualificadas quando do ajui-
zamento da ação trabalhista que deu origem à decisão rescindenda, tem-se que a ação
rescisória é uma nova ação.

Portanto, todas as considerações para a completa e perfeita qualificação da parte


constante do artigo 282, II, do CPC, devem ser preenchidas, consignando o nome, pre-
nome, estado civil, profissão e domicílio do requerente e do requerido.

Procurador
Considerando-se que na questão objeto do exame da Ordem dos Advogados do
Brasil (OAB) a peça processual é confeccionada por advogado devidamente constituído,
faz-se necessário consignar a existência do procurador legal da parte. Essa informação
poderá ser aduzida da seguinte forma:

[...] vem à presença do Juízo, por seu advogado infra-assinado e devidamente


constituído (procuração em anexo), inscrito na OAB-(estado), sob o n.º _____ , com
escritório profissional na Rua _____ , n.º _____ , CEP _____ , Cidade, Estado _____

Indicação da medida processual


Necessário também indicar no cabeçalho da peça processual qual a medida pro-
cessual intentada, bem como qual o dispositivo legal que autoriza a utilização da medida
eleita.

Sugere-se, assim, a seguinte redação:


PRÁTICA EM DIREITO DO TRABALHO

Com fundamento no artigo 485, inciso (apontar qual inciso), do Código de Pro-
cesso Civil, propor AÇÃO RESCISÓRIA em face da (nome e qualificação da requerida),
pelas razões de fato e de direito que a seguir expõe: [...]

Fatos e fundamentos jurídicos


Para a confecção da peça inicial, além da breve exposição dos fatos, deverão
também ser aduzidos os fundamentos jurídicos, como determina a lei processual civil.
Assim, podemos dividi-la em quatro partes.

A primeira, noticiando que a medida judicial foi interposta dentro do prazo deca-
dencial fixado em lei, isto é, no prazo de dois anos.

A segunda, noticiando qual das hipóteses legais foi escolhida para o cabimento
da ação rescisória.

A terceira, fazendo um breve histórico do processo original, buscando demons-


trar que a hipótese eleita para ajuizamento da rescisória restou evidenciada na decisão
rescindenda. Desse modo, passa-se a abordar o conjunto fático e jurídico da situação
objeto de rescisão.

Importante chamar a atenção para o fato de que, não obstante o TST ter se posi-
cionado no sentido de que omissão quanto a subsunção do fundamento de rescindi-
bilidade do artigo 485 do CPC ou a capitulação errônea não tornam inepta a peça de
ingresso (TST, Súmula 408), para fins de Exame de Ordem essa falha seria imperdoável.

Assim, deve-se identificar claramente qual das hipóteses do artigo 485 do CPC
foi utilizada como fundamento da ação rescisória, não esquecendo das peculiaridades
de cada situação.

A quarta parte da peça inicial, indicando quais elementos probatórios são instru-
ídos com a ação rescisória para ratificar a pretensão do requerente.2

Pedido
Após a exposição dos fatos e fundamentos jurídicos vem o pedido, ou os pedidos,
porque o artigo 488, I, do CPC permite cumular o pedido de rescisão da decisão e o
pedido de novo julgamento da causa.

2 A título de exemplo, sugere-se consultar Marco Antonio Mazzuca (2004, p. 77-78) e Christóvão Piragibe Tostes Malta (2004,
p. 710-712).
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Requerimentos
Após terem sido deduzidas as pretensões, deve a petição inicial apontar alguns
requerimentos de ordem processual.

Desse modo, deve-se requerer:


■■ a citação do requerido para, querendo, responder à ação rescisória;
■■ a produção de todas as provas em direito admitidas e em especial alguma
prova necessária a demonstrar o preenchimento das hipóteses do artigo 485
do CPC;
■■ que o julgamento seja procedente, rescindindo a decisão e, por conseguinte,
proferindo novo julgamento, bem como condenando o requerido ao paga-
mento das despesas processuais e honorários advocatícios.3

Valor da causa
O valor da causa, regra geral, deve corresponder ao valor da ação que o reque-
rente pretende rescindir. Observa-se, portanto, os artigos 258 e seguintes do CPC e a
Instrução Normativa 31 do TST.

Pedido de deferimento, local, data e assinatura


Finaliza-se:

Nestes termos, pede deferimento.

(Cidade), (dia) de (mês) de (ano).

Assinatura do advogado

Nome do advogado

OAB - (subseção) (número)

3 Em relação aos honorários advocatícios, deverá ser observado o item II, da Súmula 219 do TST.

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