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EXERCÍCIOS HISTÓ RIA GERAL – ROMA

Os combates de gladiadores surgiram no sul da Itá lia, chegaram a Roma no meio século III a.C. e foram oficializados pelo
Senado, em 105 a.C. Inicialmente realizados durante as cerimô nias fú nebres, pouco a pouco eles foram perdendo seu
cará ter sagrado e se transformaram em manifestaçõ es laicas, no início da era cristã . Apesar de escravos, os gladiadores
eram esportistas de alto nível, pois cabia aos promotores das lutas oferecerem um espetá culo de qualidade. Esses
combates representavam, para os gladiadores, cair nas graças da multidã o, fato que os levava à fama.

Para conquistar o reconhecimento do povo, cidadã os importantes, desde líderes locais até o pró prio imperador, ofereciam
esses espetá culos ao pú blico.

O governo de Otá vio Augusto (30 a.C.- 14 d.C.), visando aumentar a popularidade e diminuir as revoltas dos pobres da
cidade de Roma, ampliou a “política do pã o e circo”.
(Revista Histó ria Viva, ano V, nº 56. Adaptado)

1) Sobre esse momento da histó ria romana, é vá lido afirmar que


a) esses espetá culos pú blicos tinham um cará ter puramente religioso e evitavam as revoltas sociais, pois os romanos
temiam a ira de seus deuses.
b) a “política do pã o e circo”, no fim da era cristã , manteve o cará ter sagrado dos combates de gladiadores, pois muitos
desses participantes ofereciam sua vida ao deus cristã o.
c) a política do “pã o e circo”, ampliada por Otá vio Augusto, pô s fim à s desigualdades sociais entre patrícios e plebeus.
d) os combates entre gladiadores, promovidos nos está dios, serviam para diminuir a insatisfaçã o popular contra os
governantes.
e) as lutas de gladiadores surgiram no sul da Itá lia para pô r fim a revoltas sociais ocorridas no governo de Otá vio Augusto,
no século III a.C.

2) (PUC-PR) As lutas por riquezas e territó rios sempre estiveram presentes na Histó ria. Na Antiguidade, o Mediterrâ neo
foi disputado nas Guerras Pú nicas por:
A - gregos e persas
B - romanos e cartagineses..
C - macedô nicos e romanos.
D - romanos e germâ nicos.
E - gregos e romanos.

3) O cristianismo cató lico tornou-se religiã o oficial do Império Romano no ano de 380 d.C., data da ediçã o do famoso édito
de Tessalô nica, outorgado pelo Imperador Teodó sio. Desde a sua criaçã o até este momento, a caminhada foi dura e difícil
para os seguidores de Cristo. Exemplo disso foram as perseguiçõ es movidas por alguns imperadores romanos, eternizadas
pelos relatos fantá sticos e emotivos de vá rios escritores e historiadores cristã os.
Podemos apontar como principais causas dessas perseguiçõ es:
a) O ó dio e a intolerâ ncia tanto das autoridades como da populaçã o pagã do mundo romano, que viam na figura de Cristo e
na comunidade cristã uma ameaça ao poder do Imperador.
b) A constante penetraçã o de elementos cristã os tanto nas filas do exército imperial romano como em cargos
administrativos de elevada importâ ncia, que poderiam servir de “mau exemplo” tanto em termos políticos como
ideoló gicos.
c) Aspectos de índole moral, na medida em que os cristã os eram acusados pelos pagã os de realizarem orgias e assassinatos
de crianças em seus rituais.
d) A convicçã o que os cristã os punha em risco a estabilidade política e religiosa interna do mundo imperial romano.
e) A necessidade de oferecer à populaçã o de Roma “pã o e circo”, com os cristã os sendo sacrificados na arena do Coliseu
para minimizar a ameaça de revoltas populares contra as autoridades imperiais.

4) Na Roma Antiga, a expressã o "até tu Brutus?" foi atribuída a Jú lio César que, de acordo com fontes histó ricas, a teria
proferido no momento de seu assassinato, em 44 a.C. Nesse contexto da histó ria de Roma, Jú lio César tornou-se conhecido
porque
a) iniciou o processo de expansã o romana, desencadeando as chamadas guerras pú nicas, por meio das quais Roma se
converteu em potência marítima.
b) criou o primeiro có digo escrito, denominado "Leis das Doze Tá buas", que tratava de assuntos referentes ao Direito Civil
e ao Direito Penal.
c) adquiriu grandes poderes e privilégios especiais, como os títulos de ditador perpétuo e de censor vitalício entre outros,
suscitando lutas políticas pelo poder, sobretudo no Senado Romano.
d) contribuiu, com as suas leis abolicionistas, para crise geral do escravismo romano, que abalou as atividades agrícolas de
todo o Império Romano.
e) propô s à Assembleia Romana o seu projeto de reforma agrá ria, limitando a ocupaçã o de terras pú blicas aos cidadã os
romanos.

5) A expansã o romana pelo Mar Mediterrâ neo gerou importantes transformaçõ es políticas, econô micas e sociais.
Dentre elas temos:
a) fortalecimento da família; desenvolvimento das atividades agropastoris; grande afluxo de riquezas, provenientes das
conquistas.
b) aumento do trabalho livre; maior concentraçã o populacional nos campos e enriquecimento da elite patrícia.
c) influência bastante grande da cultura grega; domínio político dos plebeus; grande moralizaçã o dos costumes.
d) fim do trabalho escravo; concentraçã o da plebe no campo; domínio político dos militares.
e) grande nú mero de escravos; predomínio do comércio; êxodo rural, gerando o empobrecimento da plebe.

6) O Edito de Milã o (313), no processo de desenvolvimento histó rico de Roma, reveste-se de grande significado, tendo em
vista que
a) combateu a heresia ariana, acabando com a força política dos bispados de Alexandria e Antioquia.
b) tornou o cristianismo a religiã o oficial de todo Império Romano, terminando com a concepçã o de rei-deus.
c) acabou inteiramente com os cultos pagã os que entã o dominavam a vida religiosa.
d) deu prosseguimento à política de Deocleciano de intenso combate à expansã o do cristianismo.
e) proclamou a liberdade do culto cristã o passando Constantino a ser o protetor da Igreja.

7) Com a expansã o do poder romano [sob a Repú blica], tornou-se enorme a diferença entre a pequena cidade nascida à s
margens do Tibre e a Roma todo-poderosa, agora senhora do Mediterrâ neo. A economia, a política, a vida social e religiosa
dos romanos passaram por profundas modificaçõ es.
(José Jobson de A. Arruda e Nelson Piletti, "Toda a Histó ria")

Entre as modificaçõ es que se pode identificar está


a) a prosperidade do conjunto da plebe, maior beneficiá ria da ampliaçã o do mercado consumidor em funçã o das
províncias conquistadas.
b) a disseminaçã o da pequena propriedade, com a distribuiçã o da terra conquistada aos legioná rios, maiores responsá veis
pela expansã o.
c) a crescente influência cultural dos povos conquistados, em especial os gregos, alterando as práticas religiosas romanas.
d) o enrijecimento moral de toda a sociedade, que passou a nã o mais tolerar as bacanais - festas em honra ao deus Baco.
e) a criaçã o e consolidaçã o do colonato como base da economia romana e sua disseminaçã o pelas margens do mar
Mediterrâ neo.

8) A expansã o de Roma durante a Repú blica, com o consequente domínio da bacia do Mediterrâ neo, provocou sensíveis
transformaçõ es sociais e econô micas, dentre as quais:
a) marcado processo de industrializaçã o, êxodo urbano, endividamento do Estado.
b) fortalecimento da classe plebeia, expansã o da pequena propriedade, propagaçã o do cristianismo.
c) crescimento da economia agropastoril, intensificaçã o das exportaçõ es, aumento do trabalho livre.
d) enriquecimento do Estado romano, aparecimento de uma poderosa classe de comerciantes, aumento do nú mero de
escravos.
e) diminuiçã o da produçã o nos latifú ndios, acentuado processo inflacioná rio, escassez de mã o-de-obra escrava.

9) Leia o texto:
"Os homens que combatem e morrem pela Itá lia têm o ar, a luz e mais nada (...). Lutam e perecem para sustentar a riqueza
e o luxo de outro, mas embora sejam chamados senhores do mundo, nã o têm um ú nico torrã o de terra que seja seu."

(Tibério Graco - Perry Anderson, Passagem da Antiguidade ao Feudalismo, pá g. 60)


Os irmã os Tibério e Caio Graco, Tribunos da Plebe romana, pretendiam:
a) limitar a á rea de terras pú blicas (Ager Publicus) ocupadas por particulares e distribuir as mesmas aos cidadã os pobres.
b) limitar a á rea de latifú ndios e distribuir as terras pú blicas aos Patrícios.
c) limitar o direito de cidadania romana aos habitantes do Lá cio, Etrú ria e Sabínia.
d) limitar a excessiva expansã o territorial derivada de uma prolongada política de conquista e anexaçã o de terras.
e) limitar a expropriaçã o dos latifú ndios e estabelecer propriedades coletivas.

10) As Guerras Pú nicas, conflitos entre Roma e Cartago, no século II a.C., foram motivadas:
a) pela disputa pelo controle do comércio no Mar Negro e posse das colô nias gregas.
b) pelo controle das regiõ es da Trá cia e Macedô nia e o monopó lio do comércio no Mediterrâ neo.
c) pelo domínio da Sicília e disputa pelo controle do comércio no Mar Mediterrâ neo.
d) pela divisã o do Império Romano entre os generais romanos e a submissã o de Siracusa a Cartago.
e) pelo conflito entre o mundo romano em expansã o e o mundo bá rbaro persa.

13) O governo da Repú blica romana estava dividido em três corpos tã o bem equilibrados em termos de direitos que
ninguém, mesmo sendo romano, poderia dizer, com certeza, se o governo era aristocrá tico, democrá tico ou moná rquico.
Com efeito, a quem fixar a atençã o no poder dos cô nsules a constituiçã o romana parecerá moná rquica; a quem fixá -la no
Senado ela mais parecerá aristocrá tica e a quem fixar no poder do povo ela parecerá claramente democrá tica.
(POLÍBIOS. "Historia". Brasília: Ed. da UnB, 1985. Livro VI, 11. p. 333.)

Políbios descreve a estrutura política da Repú blica romana (509-27 a. C.), idealizando o equilíbrio entre os poderes. Nã o
obstante, a prá tica política republicana caracterizou- se pela
a) organizaçã o de uma burocracia nomeada a partir de critérios censitá rios, isto é, de acordo com os rendimentos.
b) manutençã o do cará ter oligá rquico com a ordem equestre dos "homens novos" assumindo cargos na administraçã o e no
exército.
c) adoçã o da medida democrá tica de concessã o da cidadania romana a todos os homens livres das províncias
conquistadas.
d) administraçã o de cará ter moná rquico com o poder das assembleias baseado no controle do exército e da plebe.
e) preservaçã o do cará ter aristocrá tico dos patrícios que controlaram o Senado, a Assembleia centuriata e as
magistraturas.

14 Sidô nio Apoliná rio, aristocrata da Gá lia romana, escrevendo a um amigo, num período de grandes transformaçõ es
culturais, assim se expressou:
O vosso amigo Eminêncio, honrado senhor, entregou uma carta por vó s ditada, admirá vel no estilo [...]. A língua romana foi
há muito tempo banida da Bélgica e do Reno; mas se o seu esplendor sobreviveu de qualquer maneira, foi certamente
convosco; a nossa jurisdiçã o entrou em decadência ao longo da fronteira, mas enquanto viverdes e preservardes a vossa
eloquência, a língua latina permanecerá inabalá vel. Ao retribuir as vossas saudaçõ es o meu coraçã o alegra-se dentro de
mim por a nossa cultura em desapariçã o ter deixado tais traços em vó s [...].

Apud PEDRERO-SÁ NCHEZ, Maria Guadalupe. "Histó ria da Idade Média: textos e testemunhas". Sã o Paulo: Editora UNESP,
2000. p. 42-43.

A opiniã o contida no fragmento da carta está diretamente relacionada à s


a) invasõ es dos territó rios do Império Romano pelos povos germâ nicos, provocando mudanças nas instituiçõ es imperiais.
b) influências da cultura grega sobre a latina apó s a conquista da Grécia pelos romanos e sua anexaçã o ao Império.
c) vitó rias dos romanos sobre Cartago nas chamadas Guerras Pú nicas (264-146 a. C.), impondo a cultura do Império a todo
o norte da Á frica.
d) crises que se abateram sobre o Império Romano depois do governo de Marco Aurélio (161-180 d. C.), quando o exército
passou a controlar o poder.

15) A respeito das classes que compunham a sociedade romana na Antiguidade, é CORRETO afirmar que:
a) os "plebeus" podiam casar-se com membros das famílias patrícias, forma pela qual conseguiam quitar suas pendências
de terra e dinheiro, conseguindo assim certa ascensã o social.
b) os "plebeus" compunham a classe formada pelos camponeses, artesã os e alguns que conseguiam enriquecer-se por
meio do comércio, atividade que lhes era permitida.
c) os "clientes" eram estrangeiros acolhidos pelos patrícios e transformados em escravos, quando sua conduta moral nã o
condizia com a de seus protetores.
d) os "patrícios" foram igualados aos plebeus, durante a democracia romana, quando da revolta dos clientes, que lutaram
contra a exclusã o social da qual eram vítimas.
e) os "escravos" por dívida eram o resultado da transformaçã o de qualquer romano em propriedade de outrem, o que
ocorria para todos que violassem a obrigaçã o de pagar os impostos que sustentavam o Estado expansionista.

16) Na histó ria de Roma, o século III da era cristã é considerado o século das crises. Foi nesse período que:
a) As tensõ es geradas pelas conquistas se refletiram nas contendas políticas, criaram um clima de constantes agitaçõ es,
promovendo desordens nas cidades.
b) O exército entrou em crise e deixou de ser o exército de cidadã os proprietá rios de terras.
c) O império romano começou a sofrer a terrível crise do trabalho escravo, base principal de sua riqueza.
d) Os soldados perderam a confiança no Estado e tornaram-se fiéis a seus generais partilhando com eles os espó lios de
guerra.
e) Os conflitos pela posse da terra geraram a Guerra Civil.

17) Vá rias razõ es explicam as perseguiçõ es sofridas pelos cristã os no Império Romano, entre elas:
a) a oposiçã o à religiã o do Estado Romano e a negaçã o da origem divina do Imperador, pelos cristã os.
b) a publicaçã o do Edito de Milã o que impediu a legalizaçã o do Cristianismo e alimentou a repressã o.
c) a formaçã o de heresias como a do Arianismo, de autoria do bispo Á rio, que negava a natureza divina de Cristo.
d) a organizaçã o dos Concílios Ecumênicos, que visavam promover a definiçã o da doutrina cristã .
e) o fortalecimento do Paganismo sob o Imperador Teodó sio, que mandou martirizar milhares de cristã os.

18) A ruralizaçã o econô mica do Império Romano do Ocidente (do século III ao V d.C.) NÃ O teve como consequência:
a) o rebaixamento de muitos homens livres à condiçã o de colonos que se tornaram presos à terra.
b) o surgimento do colonato, que se constituiu no arrendamento de terras aos camponeses.
c) o latifú ndio, principal unidade de produçã o, tornou-se quase autossuficiente.
d) o aumento do afluxo de escravos para Roma, que dinamizou a expansã o da economia agrícola.
e) o campo tornou-se mais seguro que as cidades, em decorrência das desordens político-sociais e da crise econô mica.

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