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CADERNO DE ATIVIDADES DE LABORATÓRIO

FÍSICA GERAL 2

FLUIDOS, TERMODINÂMICA, OSCILAÇÕES, ONDAS


Índice
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA DISCIPLINA

Os critérios de avaliação das atividades realizadas nas disciplinas Laboratório de Física


Geral I, Laboratório de Física Geral II, Laboratório de Física Geral III e Laboratório de Física,
ofertadas pelo Departamento de Física e Química nos diversos campi e unidades, são:

1. DISTRIBUIÇÃO DE PONTOS: as disciplinas supracitadas deverão ter a pontuação


distribuída em duas provas no valor de 30 (trinta) pontos e 40 (quarenta) pontos em
atividades práticas.

2. PROVAS: todas as provas devem ser individuais e com consulta apenas aos
relatórios e cadernos de anotações.
a. As provas devem conter questões relacionadas às atividades práticas
realizadas em laboratório: metodologia, análise de dados, e interpretações
teóricas.

3. ATIVIDADES PRÁTICAS: os 40 (quarenta) pontos de atividades práticas devem ser


distribuídos conforme a seguir:
a. No mínimo 20 (vinte) pontos devem ser distribuídos em relatórios técnicos:
i. Devem ser avaliados no mínimo 5 (cinco) relatórios técnicos
(individuais);
ii. Todos os relatórios técnicos devem seguir o padrão indicado nas
“Orientações Gerais” anexadas nos cadernos de roteiros;
iii. Cada professor (a) deve expor claramente aos seus alunos, nos
primeiros dias de aula, os critérios adotados nas correções de tais
relatórios técnicos;
iv. Os relatórios devem ser devidamente corrigidos e devolvidos aos alunos
na aula seguinte à data da entrega.
b. O restante dos pontos pode ser distribuído à critério do(a) professor(a);
i. Exemplos: caderno de anotações, vídeos, testes, apresentações e etc.

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Densidade e pressão

1 - Introdução

Ao se estudar a disciplina de Fluidos dois conceitos aparecem como muito


importantes, densidade e pressão. O conceito mais conhecido de densidade é o de
densidade volumétrica, definida para um corpo como a razão entre sua massa e o volume

𝜌 = 𝑚⁄𝑉.
Sua unidade no Sistema Internacional é kg/m3. No entanto, o conceito de densidade é mais
amplo. Podemos também considerar a densidade linear e superficial ao invés da densidade
volumétrica de massa. No Eletromagnetismo existe as definições de densidade linear,
superficial e volumétrica de carga elétrica. Nesse caso, no lugar da massa temos a carga
elétrica. Por exemplo, quando uma quantidade 𝑄 de cargas elétricas ocupa um volume 𝑉 do
espaço, podemos calcular a densidade volumétrica de carga elétrica por

𝜌 = 𝑄 ⁄𝑉 .
Ainda no eletromagnetismo podemos pensar na densidade de linhas de campos
elétricos ou magnéticos que atravessam uma determinada área ou volume no espaço. Já
para um fio enrolado em volta de um cilindro de comprimento L podemos pensar na
densidade do enrolamento como a razão entre o número N de voltas do fio e o comprimento
L do cilindro. Em Geografia existe o conceito de densidade populacional, definido pelo
número de habitantes por unidade de área.

Ao se estudar os fluidos precisamos considerar a pressão em seu interior. A pressão


P é definida como a razão entre uma força 𝐹 aplicada perpendicular sobre uma área 𝑆 e o
valor dessa área,

𝑃 = 𝐹 ⁄𝑆.
A unidade de pressão no Sistema Internacional é o pascal, representado por Pa. De acordo
com a definição de pressão temos 1Pa = 1 N/m2. Existem outras unidades para se medir a
pressão. Essas unidades estão relacionadas como mostradas abaixo

1 atm = 1,01325 x 105 Pa = 760,13 torr = 14.7 psi = 1,01325 bar = 1.033 kgf/cm2

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2 – Parte experimental

Material: Fio de cobre, bloco de alumínio, folha de papel, régua, caixa, balança e
micrômetro.

Procedimentos:

1. Meça e anote as massas 𝑚 do fio de cobre, do bloco de alumínio, da folha e da caixa


de papelão.
2. Considerando o fio de cobre como tendo a forma de um cilindro meça o diâmetro da
base e a altura 𝐿 dos cilindros.
3. Meça a largura e o comprimento da folha.
4. Meça as três dimensões da caixa.
5. Calcule a densidade volumétrica de massa 𝜌 do fio de cobre em kg/m3 e em g/cm3.
6. Calcule a densidade superficial da folha nas unidades kg/m2 e g/cm2.
7. Amasse a folha até ela obter um formato esférico. Meça o diâmetro e calcule sua
densidade. Ela é igual ao caso anterior?
8. Considerando que o ar tem uma densidade aproximada de 1,21 kg/m 3, calcule
aproximadamente quantos quilos de ar existe na caixa?
9. Calcule a pressão que cada uma das três faces da caixa quando apoiada sobre a
mesa pode exercer. Utilize a unidade Pa.
10. Converta os valores de pressão calculados acima para as unidades atm, torr, psi e
bar.

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Pesando um carro (sem usar uma balança)

Nesta prática pesaremos um carro sem utilizar uma balança.

Os pneus de um carro devem ser “calibrados” periodicamente, de forma a garantir que a


pressão do ar no interior deles mantenha o formato do pneu e forneça sustentação e
estabilidade para o carro.

O peso do carro é dividido sobre quatro pneus, cada um sustentando cerca de ¼ do peso
total. Este peso é sustentado pelo ar pressurizado dentro de cada pneu. Lembremos que
pressão e força se relacionam como: 𝑝 = 𝐹/𝐴. No caso do carro, esta relação representa a
força, 𝐹 , de cerca de ¼ do peso do carro sustentada por um pneu, a pressão interna
manométrica do pneu, 𝑝, e a área de contato do pneu com o chão, 𝐴 (área sobre a qual o
peso do carro está apoiado). Mediremos a pressão e a área para descobrirmos a força.

Nesta prática queremos saber quanto vale o peso de um carro. Vamos descobrir quanto
peso é sustentado por cada um dos pneus e somar esses resultados para descobrirmos o
peso total do carro. Podemos determinar o peso sustentado por cada pneu se soubermos o
valor da pressão do ar dentro de cada um e sua área de contato com o chão. Para tanto:

1. Vá até o estacionamento e escolha um carro, uma moto ou uma bicicleta para fazer
suas medidas. Os pneus devem estar bem apoiados sobre a superfície, então se o
chão for muito rugoso, como brita, não teremos um bom resultado.
2. Meça a área de cada pneu com o chão. Uma forma de fazer isso é levar consigo tiras
de papel, coloque uma tira na frente e outra atrás do pneu, a distância entre as tiras
fornecerá uma medida de quanto o pneu está encostado no chão nessa dimensão.
Coloque uma tira em uma lateral do pneu e outra tira na outra lateral, a distância entre
as tiras fornecerá uma medida de quanto o pneu está encostado no chão nessa outra
dimensão. Essas duas medidas são a base e a altura de um retângulo que é o contato
do pneu com o chão. Calcule a área de contato.
3. Use um manômetro para medir a pressão de cada pneu.
4. Com os valores de área e pressão conhecidos, calcule o peso do carro.

Confira na internet se o peso calculado está de acordo com o peso fornecido pelo fabricante.

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Princípio de Arquimedes

1 – Introdução

Um objeto, ao ser mergulhado em um fluido qualquer, fica sujeito a uma força de baixo
para cima devida à diferença entre as pressões nas partes superior e inferior desse objeto.
O módulo 𝐸 dessa força, chamada de empuxo, é igual ao peso do fluido contido em um
volume idêntico ao volume submerso do corpo no fluido, ou seja,
𝐸 = 𝜌𝑔𝑉,
em que 𝜌 é a densidade do fluido, 𝑔 é a aceleração da gravidade e 𝑉 é o volume submerso
do corpo no fluido. Esse resultado é conhecido como Princípio de Arquimedes. Considere o
objeto pendurado em um dinamômetro, como mostrado na parte a da Figura 1. Nessa
situação, a leitura no dinamômetro é 𝑃. Em seguida, esse objeto é imerso em um líquido e,
ao atingir o equilíbrio, a leitura no dinamômetro passa a ser 𝑃’, como mostrado na parte b da
mesma figura. Note-se que, nessa situação,
𝑃´ = 𝑃 − 𝜌𝑔𝑉.
Então, medindo-se o peso aparente 𝑃’ e o volume 𝑉 submerso do objeto, pode-se
determinar a densidade do líquido.

Figura 1: Representação das forças que agem sobre um objeto. Em (a), o dinamômetro indica o peso
P; em (b), o dinamômetro indica o peso aparente P’. Figura adaptada da Ref. [1].

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2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar a densidade de um líquido.

Material Utilizado: cilindro de alumínio graduado, paquímetro, béquer de 250 ml,


dinamômetro, líquido de densidade desconhecida, haste com suporte.

Procedimentos:
• Utilize o dinamômetro para determinar o peso do cilindro de alumínio, com sua
respectiva incerteza avaliada (incerteza ou desvio avaliado é a metade da menor
divisão do aparelho).

𝑃 = _________________________

• Meça com o paquímetro o diâmetro d e a altura h do cilindro de alumínio. Anote os


resultados com as respectivas incertezas avaliadas.

𝑑 = _____________ ℎ = _____________

• O volume do cilindro de alumínio é


𝜋𝑑2
𝑉= ℎ.
4
O desvio absoluto ∆𝑉 do volume pode ser obtido pela relação
∆𝑉 ∆𝑑 ∆ℎ
=2 +
𝑉 𝑑 ℎ
em que ∆𝑑 e ∆ℎ são os desvios avaliados de 𝑑 e ℎ , respectivamente. Então,
especifique o volume do cilindro com sua respectiva incerteza.

𝑉 = _______________

• Mergulhe o cilindro, ainda pendurado no dinamômetro, gradualmente no líquido. Para


cada graduação do cilindro, registre o valor do peso aparente 𝑃´ e o volume
mergulhado 𝑉. Anote os resultados em uma tabela.

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• Construa o gráfico de 𝑃´em função de 𝑉, com auxílio do programa Scidavis. Faça uma
regressão linear para obter uma equação empírica do tipo 𝑃´ = 𝑎𝑉 + 𝑏, na qual 𝑎 e 𝑏
são os coeficientes angular e linear da reta, respectivamente.
• Qual é o significado físico do parâmetro 𝑏? Compare-o com o resultado esperado.
• Qual é o significado físico do parâmetro 𝑎? Determine a densidade do líquido.
• Compare o resultado encontrado com os valores mostrados na Tabela 1 e veja se é
possível identificar o líquido utilizado.

Líquido 𝝆 (g/cm3)
Água 1,00 ± 0,01
Benzeno 0,90 ± 0,01
Etanol 0,80 ± 0,02
Éter 0,72 ± 0,01
Glicerina 1,26 ± 0,01
Mercúrio 13,6 ± 0,1
Tabela 1: Densidades de alguns líquidos à temperatura ambiente (20ºC).

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Coeficiente de Viscosidade

1 – Introdução
Quando uma esfera metálica cai através de um tubo contendo líquido, de densidade
𝜌𝐿 , acelera até que a força de atrito de viscosidade 𝐹 do líquido, juntamente com seu
empuxo, 𝐸 = 𝜌𝐿 𝑉𝑔, iguale ao peso 𝑃 = 𝑚𝑔 da esfera, isto é, a esfera acelera até que
𝑚𝑔 = 𝜌𝐿 𝑉𝑔 + 𝐹 (1)
Quando a condição representada na equação (1) é satisfeita, a esfera cai com
velocidade constante. A esta velocidade dá-se o nome de velocidade limite ou terminal.
Segundo Stokes, a força de atrito de viscosidade 𝐹 , sobre uma esfera de raio 𝑟
movendo-se com velocidade 𝑣 através de um líquido de coeficiente de viscosidade 𝜇, é dada
por:
𝐹 = 6𝜋𝜇𝑟𝑣 (2)
4
Sabendo-se que 𝑉 = 3 𝜋𝑟 3 e 𝑚 = 𝜌𝑒 𝑉, em que 𝜌𝑒 é a densidade da esfera, podemos

escrever a equação (1) como segue:


4 4
𝜌𝑒 ( 𝜋𝑟 3 ) 𝑔 = 𝜌𝐿 ( 𝜋𝑟 3 ) 𝑔 + 6𝜋𝜇𝑟𝑣.
3 3
,
Isolando 𝜇 podemos obter a expressão para o cálculo do coeficiente de viscosidade do
líquido
2𝑟 2 𝑔 (𝜌𝑒 − 𝜌𝐿 )
𝜇= (3)
9𝑣

2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar o coeficiente de viscosidade de um líquido.

Material Utilizado: tripé, barra em alumínio com régua milimetrada, cinco sensores
fotoelétricos, cronômetro multifunções, tubo de vidro, duas esferas de diâmetros diferentes,
acessórios para fixação do tubo de vidro e um imã.

Procedimentos:

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• Monte o equipamento conforme Figura 1.
• Meça os diâmetros das esferas:
𝐸𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 1: ________________________ 𝐸𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎 2: ________________________

Figura 1: Montagem do experimento.

• Determine a massa específica das esferas.


𝜌𝑒 = __________________
• Procure saber qual líquido será colocado no tubo e consulte a Tabela 1 da atividade
“Densidade de um líquido” para especificar o valor de 𝜌𝐿 .
𝜌𝐿 = __________________

• Coloque o tubo, com o líquido cuja viscosidade se deseja medir, no suporte.


• Coloque o primeiro sensor a 0,150 m da extremidade livre do líquido, e posicione os
demais sensores a 0,100 m entre eles.
• Conecte os sensores ao cronômetro. Se necessário, consulte o manual ou peça ajuda
ao professor para usar o cronômetro corretamente.
• Abandone a esfera 1 dentro do tubo e meça o tempo decorrido no deslocamento entre
os pares de sensores. Anote os resultados na Tabela 1.

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Observação: O tempo dever ser medido após a esfera percorrer a distância de 15 cm.
Por quê?
• Preencha o restante da Tabela 1.
• Repita os procedimentos para a esfera 2 e anote os resultados na Tabela 2.

Diâmetro Deslocamento Tempo (s) Velocidade Valor médio Viscosidade


(m) (m) (m/s) da do líquido
velocidade (Pa.s)
(m/s)
0,100
0,200
0,300
0,400
Tabela 1: Dados do movimento da esfera 1.

Diâmetro Deslocamento Tempo (s) Velocidade Valor médio Viscosidade


(m) (m) (m/s) da do líquido
velocidade (Pa.s)
(m/s)
0,100
0,200
0,300
0,400
Tabela 2: Dados do movimento da esfera 2.

• Pesquise sobre as condições de validade da fórmula de Stokes.


• Comente os resultados encontrados.

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Princípio de Bernoulli

1 – Introdução
Nesta prática teremos a oportunidade de utilizar as equações de continuidade e de
Bernoulli para prever qual seria a velocidade de escoamento de água por um furo em uma
garrafa PET. Faremos medidas que nos permitirão medir essa velocidade e assim verificar
a validade dos cálculos feitos.

2 – PARTE EXPERIMENTAL
1. Coloque um par de gominhas como na foto. Nosso objetivo é calcular de três formas
diferentes qual será a vazão de saída da água pelo furo quando o nível da água da
garrafa estiver entre as gominhas. Estas gominhas devem ter uma distância de cerca
de 2 cm entre si e devem ficar no ponto mais alto possível, antes da garrafa afunilar.

2. Encha a garrafa PET de água. Deixe que a água escorra pelo furo e observe.

3. Primeiro vamos obter uma previsão da velocidade de escoamento da água sem


observar o vazamento em si, vamos medir apenas as condições do vazamento,
observando apenas a garrafa vazia.

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Cálculo da velocidade: a equação de Bernoulli nos permite estimar a velocidade de
escoamento da água pelo furo em função da altura do nível da água. Meça essa altura
e calcule a velocidade. (Dica: você pode aplicar a equação de Bernoulli utilizando o
furo e o nível da água. Como a velocidade de escoamento pelo furo é muito maior
que a velocidade de descida do nível da água, você pode considerar que esta
velocidade de descida do nível da água é praticamente zero. As pressões nesses dois
pontos são iguais à pressão atmosférica.)

4. Agora vamos fazer medidas dessa velocidade observando o vazamento em si. Vamos
medi-la por dois métodos diferentes:

a. Movimento de projétil.
i. Após sair do furo, a água faz uma trajetória de movimento de projétil,
sua velocidade de saída do furo é horizontal.
ii. Medindo a altura que a água cai, ∆𝑦, a partir do furo até chegar ao
“chão”, podemos calcular seu tempo de queda. Este movimento vertical
da água é um movimento uniformemente acelerado com aceleração
𝑔=9,81m/s2. Sendo assim, vale ∆𝑦 = 𝑣0𝑦 𝑡 + (1⁄2)𝑔𝑡 2 , sendo 𝑣0𝑦 = 0.
iii. Como o movimento horizontal de um projétil tem velocidade constante,
temos que a velocidade com a qual a água sai do furo é igual ao alcance
horizontal da água percorrido durante a queda, 𝑥, dividido pelo tempo
de queda: 𝑣 = 𝑥/𝑡. (O tempo de queda foi calculado no item anterior.)
iv. Faça as medidas de 𝑥 e ∆𝑦 e utilize-as para calcular a velocidade da
água ao sair da garrafa.

b. Equação de continuidade.
i. Podemos medir a velocidade de descida do nível da água dividindo a
distância entre as gominhas pelo tempo que o nível gasta para descer
de uma até outra. Faça as medidas e calcule essa velocidade.
ii. Faça medidas que te permitam calcular a área da seção reta da garrada.
iii. Faça medidas que te permitam calcular a área da seção reta do furo.

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iv. Utilize a equação de continuidade de escoamento dos fluidos, as áreas
da seção reta da garrafa e do furo e a velocidade medida da descida no
nível da água na garrafa para calcular a velocidade da água ao sair pelo
furo.

5. Compare o resultado encontrado no item 3 com os resultados encontrados no item 4.

6.
a. Encontre um valor médio para a velocidade utilizando os três resultados
obtidos.
b. Calcule a vazão de água pelo furo através do valor de velocidade encontrado.
c. Calcule em quanto tempo a garrafa, com 2 litros de água, esvaziaria
mantivesse essa vazão continuamente.

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Oscilador Harmônico Simples - Sistema Massa-Mola

1 – Introdução

Na Figura 1, um objeto de massa 𝑚 pendurado, em equilíbrio, na extremidade de


uma mola de constante elástica 𝑘 e de massa desprezível produz, nela, um alongamento 𝑥0 .
A mola faz uma força 𝐹 contrária, tendendo a voltar ao seu comprimento original,
proporcional à sua elongação. Matematicamente escrevemos:
𝐹 = −𝑘𝑥0 (1)
Na situação de equilíbrio (repouso), o módulo do peso do objeto é igual ao módulo
da força que a mola exerce nele, ou seja,

𝑘𝑥0 = 𝑚𝑔 (2)

Figura 1: Uma mola sofre uma deformação x0, quando um objeto de peso P é colocado em sua
extremidade. Na situação de equilíbrio a mola exerce sobre o objeto uma força de módulo 𝑭 = 𝑷.

Fazendo-se um pequeno deslocamento 𝑥𝑚 , a partir da posição de equilíbrio, e


soltando-se o objeto, o sistema passa a oscilar, executando um movimento periódico
(Movimento Harmônico simples). Sabe-se, pela 2ª lei de Newton, que
𝑑2𝑥
𝐹 = 𝑚𝑎 = 𝑚 .
𝑑𝑡 2
No caso da mola, escreve-se

𝑑2𝑥
−𝑘𝑥 = 𝑚 2 . (3)
𝑑𝑡

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Na equação (3) 𝑥 é a posição do objeto, em relação à posição de equilíbrio 𝑥0 . Como a
posição do objeto varia com o tempo, deve-se encontrar uma função x(t) que seja solução
da equação diferencial (3). Uma das soluções possíveis desta equação, e que se ajusta à
nossa situação física é:

𝑥 = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡), (4)

com

𝑘
𝜔=√ . (5)
𝑚

Para interpretar a constante 𝜔, denominada frequência angular do movimento periódico,


notamos primeiramente que o deslocamento 𝑥(𝑡) deve ser igual a 𝑥(𝑡 + 𝑇), onde T é o
período do movimento. Nesse caso podemos escrever:

𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡) = 𝑥𝑚 cos(𝜔𝑡 + 𝜔𝑇)

Como a função cosseno se repete pela primeira vez quando o argumento aumenta 2𝜋 rad,
conclui-se que:

𝜔𝑇 = 2𝜋,

ou seja,

2𝜋
𝜔= . (6)
𝑇

2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar a constante elástica de uma mola.

Material Utilizado: régua, cronômetro, suporte e objetos de massas conhecidas.

Procedimento 1:

• Monte o experimento, conforme figura 1, colocando apenas um objeto na extremidade


da mola.
• Meça o comprimento 𝑥0 .

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• Acrescente os demais objetos, um por vez, e meça o comprimento 𝑥0 . Anote os
resultados na Tabela 1.

𝑚 (kg) 0
𝐹 (N) 0
𝑥0 (m) 0
Tabela 1: Valores da massa colocada na extremidade da mola e os correspondentes valores da
força elástica F e deformação 𝒙𝟎 .

• Construa o gráfico 𝐹 versus 𝑥0 , com auxílio do programa Scidavis. Faça uma


regressão linear e compare a equação empírica obtida com a equação (1) para
determinar a constante elástica da mola.

Procedimento 2:

• Monte o experimento, conforme figura 1, colocando apenas um objeto na extremidade


da mola. Dê um pequeno deslocamento vertical e meça o período de oscilação.
Sugestão: Meça o tempo de cinco oscilações ou mais e divida o resultado pelo
número de oscilações para obter o valor mais provável do período.
• Acrescente os demais objetos, um por vez, e meça o período de oscilação. Anote os
resultados na Tabela 2.
• Use a equação (6) para calcular a frequência angular 𝜔. Complete a tabela.
• Observe a equação (5) e pense qual gráfico linear deve ser construído para que a
inclinação nos forneça k. Construa o gráfico com auxílio do programa Scidavis. Faça
uma regressão linear e determine a constante elástica k através da equação empírica
obtida.
• Verifique se o valor encontrado é próximo do obtido no procedimento 1.

𝑚 (kg)
𝑇 (s)
𝜔 (rad/s)
Tabela 2: Período de oscilação T e frequência angular 𝝎 em função da massa m.

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Pêndulo Simples

1 – Introdução

O pêndulo simples é um exemplo de oscilador harmônico simples no qual a força de


retorno está associada à gravitação e não às propriedades elásticas de um fio ou de uma
mola. O pêndulo simples é composto por uma partícula de massa 𝑚 suspensa por uma das
extremidades de um fio inextensível, de massa desprezível e comprimento 𝐿, cuja outra
extremidade está fixa, como na Figura 1.
⃗ exercida pelo fio e
As forças que agem sobre a partícula de massa 𝑚 são a tração 𝑇
a força gravitacional 𝑃⃗, como mostra a Figura 1, onde o fio faz um ângulo 𝜃 com a vertical.
Decompomos P em uma componente radial 𝑃𝑐𝑜𝑠 𝜃 e uma componente 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃 que é
tangente à trajetória da partícula. A componente tangencial produz um torque restaurador
em relação ao ponto fixo do pêndulo porque sempre age no sentido oposto ao do
deslocamento do peso, tendendo a levá-lo de volta ao ponto central. O ponto central (𝜃 = 0)
é chamado de posição de equilíbrio porque o pêndulo ficaria em repouso neste ponto se
parasse de oscilar.

⃗ exercida pelo fio e a força


Figura 1: As forças que agem sobre a partícula de massa 𝒎 são a tração 𝑻
gravitacional ⃗𝑷
⃗ . Figura adaptada da referência [1].

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O torque restaurador pode ser escrito na forma
𝜏 = −𝐿(𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃), (1)
em que o sinal negativo indica que o torque age no sentido de reduzir 𝜃 e 𝐿 é o braço de
alavanca da componente 𝑃𝑠𝑒𝑛 𝜃 da força gravitacional em relação ao ponto fixo do pêndulo.
De acordo com a segunda lei de Newton, o módulo do torque resultante 𝜏 é
𝜏 = 𝐼𝛼, (2)
𝑑2 𝜃
na qual 𝐼 é o momento de inércia do corpo em relação ao eixo de rotação 𝛼 = é a
𝑑𝑡 2

aceleração angular. Combinando as equações (1) e (2), e substituindo 𝑃 por 𝑚𝑔, obtemos
𝑑2𝜃 𝑚𝑔𝐿
2
= − 𝑠𝑒𝑛 𝜃. (3)
𝑑𝑡 𝐼
Podemos simplificar a equação (3) supondo que o ângulo 𝜃 é pequeno, pois nesse caso
podemos substituir 𝑠𝑒𝑛 𝜃 por 𝜃 (expresso em radianos). Usando essa aproximação, ficamos
com
𝑑2𝜃 𝑚𝑔𝐿
2
= − 𝜃. (4)
𝑑𝑡 𝐼

Uma das soluções possíveis desta equação diferencial, e que se ajusta à nossa situação
física é:

𝜃 = 𝜃𝑀 cos(𝜔𝑡 + 𝜑) (4)
com

𝑚𝑔𝐿
𝜔=√ . (5)
𝐼

A constante 𝜔 é a frequência angular do movimento periódico. Como o período T de


oscilação é 2𝜋/𝜔, chegamos na seguinte equação para o período de um pêndulo de simples
𝐼
𝑇 = 2𝜋√𝑚𝑔𝐿. (6)

Lembrando que o momento de inércia de uma partícula que está a uma distância L do eixo
de rotação é 𝐼 = 𝑚𝐿2 , podemos escrever o período como

𝐿
𝑇 = 2𝜋√𝑔 . (7)

A equação (7) é válida apenas para pequenas oscilações (𝜃 < 10°).

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2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar a aceleração da gravidade.

Material Utilizado: Barbante fino, objeto de massa 𝑚, cronômetro e régua.

Procedimentos

O experimento consiste em se medir o período do pêndulo em função de seu comprimento.


Para isso você deve usar uma montagem como a representada na Figura 1.

• Varie o comprimento do pêndulo de 10 em 10 cm e meça o período de oscilação para


cada comprimento (é aconselhável que a amplitude de oscilação seja pequena, e que
você meça o tempo de 5 oscilações e divida por 5 para obter o período médio. Anote
os resultados na Tabela 1.
• Faça uma linearização da equação (7), isto é, pense qual gráfico linear deve ser
construído para que a inclinação nos forneça uma informação para determinarmos o
valor de 𝑔. Construa o gráfico com auxílio do programa Scidavis. Faça uma regressão
linear e determine a aceleração da gravidade local através da equação empírica
obtida.

(𝐿 ± 0,001) m
𝑇 (s) ± 5%
Tabela 1: Período T de oscilação de um pêndulo simples em função de seu comprimento L.

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Ondas Estacionárias Unidimensionais

1 – Introdução

Considere uma corda esticada, na horizontal, entre duas presilhas. Suponha que
produzimos uma onda senoidal contínua de uma certa frequência que se propaga para a
esquerda. Quando a onda chega à extremidade esquerda, é refletida e começa a se
propagar de volta para a direita. Para certas frequências, a interferência entre a onda que
se propaga para a esquerda e a onda que se propaga para a direita produz uma onda
estacionária, Figura 1, com nós (pontos com deslocamento nulo) e antinós (pontos em que
a amplitude da onda resultante é máxima). Dizemos que uma onda estacionária desse tipo
é gerada quando existe ressonância, isto é, quando a frequência da fonte que produz a onda
senoidal é igual à frequência natural de oscilação da corda. Se a corda é excitada em uma
frequência que não é uma das frequências de ressonância, não se forma uma onda
estacionária.

Figura 1: Uma corda presa a dois suportes oscila com ondas estacionárias. (a) O padrão mais simples
possível é o de meio comprimento de onda. (b) O segundo padrão mais simples é o de um comprimento
de onda. (c) O terceiro padrão mais simples é o de um e meio comprimento de onda. Figura adaptada
da referência [1].

Uma onda estacionária pode ser excitada em uma corda de comprimento 𝐿 por
qualquer onda cujo comprimento de onda  satisfaz a condição
2𝐿
= , para 𝑛 = 1,2,3, … (1)
𝑛

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As frequências de ressonância 𝑓 que correspondem a esses comprimentos de onda podem
ser calculadas usando a equação
𝑣 =𝑓 (2)
onde 𝑣 é a velocidade da onda na corda. Combinando as equações (1) e (2), encontramos
que
𝑣
𝑓=𝑛 , para n = 1, 2, 3, … (3)
2𝐿

A equação (3) nos diz que as frequências de ressonância são múltiplos inteiros da menor
frequência de ressonância, 𝑓 = 𝑣⁄2𝐿 que corresponde a 𝑛 = 1. O modo de oscilação com
menor frequência é chamada de modo fundamental ou primeiro harmônico. O segundo
harmônico é o modo de oscilação com 𝑛 = 2, o terceiro harmônico é o modo com 𝑛 = 3 e
assim por diante.
A velocidade de uma onda está relacionada ao comprimento de onda e à frequência
através da equação (2), mas é determinada pelas propriedades do meio. É possível
demonstrar que, em uma corda esticada, a velocidade depende apenas da força 𝑇 que deixa
a corda tensionada e da massa específica linear da corda (µ), conforme equação (4).

𝑇
𝑣=√ (4)
µ

Portanto, substituindo 𝑣 na equação (2) pela equação (4), temos

𝑇
√ =𝑓
µ

ou
√𝑇 = 𝜆√µ𝑓
Elevando ao quadrado e reorganizando o lado direito, temos

𝑇 = 𝑓 2 µ 2 (5)

2 – Parte Experimental

Objetivo: Analisar experimentalmente a relação entre a força de tração na corda e o


comprimento de onda da onda estacionária.

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Material Utilizado: dinamômetro, corda, haste regulável com suporte para dinamômetro e
gerador elétrico de ondas estacionárias.

Procedimentos:
1. Monte o experimento conforme Figura 2.

Figura 2: Dispositivo usado no experimento.

2. Aplique no dinamômetro uma força de tração igual a 0,30 N, movimentando a haste


que fixa o dinamômetro.
3. Ligue o equipamento deixando-o vibrar em uma frequência média. Mantenha a
frequência constante durante o experimento.
4. Ajuste cuidadosamente o dinamômetro movimentando-o para cima ou para baixo até
encontrar o primeiro modo de vibração (primeiro harmônico). Se a força de tração
exceder 1,10 N, diminuir um pouco a frequência para não danificar o dinamômetro.
5. Anote, na Tabela 1, o valor da força de tração 𝑇 indicada no dinamômetro, o número
de nós e de antinós.
6. Com uma trena meça o comprimento de onda . Anote o resultado na Tabela 1.
7. Movimente o dinamômetro para baixo diminuindo a intensidade da tensão aplicada e
encontre o próximo modo de vibração.
8. Repita os procedimentos anteriores para o 2º, 3º e 4º harmônicos. Complete a Tabela
1.
9. Construa o gráfico 𝑇 versus , com auxílio do programa Scidavis. Este gráfico está de
acordo com o esperado?
Harmônico Nós Antinós 𝑇 (N)  (m) 2 (m2)

24




Tabela 1: Número de nós e antinós da onda estacionária, de comprimento de onda , produzida
em uma corda tensionada por uma força T, quando os modos de vibração correspondem ao 1º,
2º, 3º e 4º harmônicos.

10. Utilize uma mudança de variável adequada para linearizar o gráfico. Para isso,
observe a equação (5). Após linearização, faça uma regressão linear para obter uma
equação do tipo 𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵.
11. Qual é o significado físico do parâmetro 𝑎?

25
Fenômenos Ondulatórios

OBJETIVOS

Usando ondas produzidas mecanicamente sobre a superfície da água, verificar propriedades


gerais de ondas, como a relação entre os parâmetros velocidade de propagação,
comprimento de onda e frequência, e observar qualitativamente situações análogas às da
óptica geométrica e da óptica física.

INTRODUÇÃO

Quando um meio é perturbado e esta perturbação propaga-se sem a necessidade de


translação do mesmo, temos a formação de uma onda. Uma única perturbação gera um
pulso ou onda única, enquanto perturbações periódicas levam à formação de ondas
periódicas. O intervalo de tempo necessário para o padrão de perturbação se repetir é
chamado período, 𝑇, e relaciona-se à frequência da onda por
𝑓 = 1 / 𝑇 . (1)
A distância que deve ser transladada na direção de propagação da onda para que o seu
padrão se repita é chamada de comprimento de onda, 𝜆. Por exemplo, para uma onda
propagando-se na superfície da água, 𝜆 é a distância entre duas cristas ou dois vales
consecutivos. Os parâmetros frequência e comprimento de onda são relacionados através
de
𝑣 = 𝜆 𝑓 , (2)
onde 𝑣 é a velocidade de propagação da onda. Esta velocidade depende do meio em que a
onda se propaga.
Os pontos da onda que estão na mesma fase definem uma superfície (para a propagação
num espaço de 3 dimensões) ou uma curva (quando a propagação ocorre numa superfície
bidimensional) chamada de frente de onda. No caso de uma onda propagando-se sobre a
superfície da água, todos os pontos ao longo de uma mesma crista constituem uma frente
de onda. As linhas perpendiculares às frentes de onda são chamadas raios. É com o conceito

26
de raio que trabalha a óptica geométrica, descrevendo os fenômenos de reflexão e refração
dos raios luminosos. A reflexão é descrita por
𝜃1 = 𝜃2 , (3)
onde 𝜃1 e 𝜃2 são, respectivamente, os ângulos dos raios incidente e refletido em relação à
normal à superfície refletora, estando esses dois raios e a normal no mesmo plano. A
refração ocorre quando a velocidade da onda muda ao passar de um meio para outro
fisicamente distinto, alterando, inclusive, a direção de propagação da onda no caso de
incidência oblíqua à superfície que separa os meios.
Todavia, a explicação dos fenômenos de interferência e difração da luz exige se levar em
conta a sua natureza ondulatória, constituindo, portanto, objeto de estudo da óptica física,
da qual a óptica geométrica é um caso particular.
Nesta prática, serão produzidas ondas sobre a superfície da água e verificadas suas
propriedades gerais, como a relação entre os parâmetros 𝑣, 𝜆 e 𝑓 da equação (2). Embora
se trabalhe com ondas mecânicas, serão observadas qualitativamente situações similares
às habitualmente abordadas na óptica geométrica, tratando-se dos fenômenos de reflexão
e refração, assim como casos análogos aos da óptica física, travando-se um primeiro contato
experimental com os fenômenos da difração e interferência. Para a visualização dos
fenômenos será usada uma cuba de ondas. Ela contém uma camada de água na qual ondas
são produzidas mecanicamente e, fazendo-se uso de uma lâmpada colocada acima da
mesma, tais ondas são projetadas sobre um anteparo abaixo da cuba. Nesta projeção as
cristas das ondas funcionam como lentes convergentes e os vales como lentes divergentes.

PROCEDIMENTOS

A cuba de ondas é um equipamento utilizado para observar os fenômenos de reflexão,


refração, difração, interferência e efeito Doppler na superfície da água.

Relação entre Frequência e Comprimento de Onda

1. Colocar o vibrador no lado maior da cuba. Colocar a fonte de luz no lado menor da
cuba. Fixar o excitador simples (fonte pontual) no vibrador e ajustar para ficar com a

27
ponta na superfície da água (3mm de profundidade). Para fazer esse ajuste devemos
movimentar as sapatas niveladoras na base do tripé.
2. Com a fonte de alimentação desligada, gire o potenciômetro para esquerda (tensão
zero).
3. Ligar a fonte, observar a projeção e fazer algum ajuste se necessário. Um
estroboscópio também pode auxiliar na observação.
4. Ligar o vibrador girando o potenciômetro vagarosamente até que se tenha uma
frequência média de vibração.
5. Por que a crista é a região mais clara e o vale a região mais escura?
6. A distância entre duas regiões claras consecutivas representa que grandeza da onda?
7. Aumentar gradativamente a frequência de vibração. O comprimento de onda
aumentou ou diminuiu?
8. De acordo com suas observações, as grandezas frequência e comprimento de onda
são diretamente ou inversamente proporcionais? Isso está de acordo com o
esperado?
9. A velocidade de propagação é a mesma em todas as direções?
10. A velocidade de propagação depende das grandezas frequência e comprimento de
onda?

Reflexão de uma Onda em Obstáculo Reto

1. Colocar o anteparo reto na cuba conforme o desenho abaixo.

2. Com a ponta de uma caneta toque na superfície do líquido. O toque da ponta da


caneta na superfície do líquido vai gerar uma onda transversal com frente de onda
circunferência que se propaga ao longo da superfície da água. Quando atingir o
anteparo, a onda vai refletir.
3. Observar o comportamento da onda incidente e da onda refletida.
4. Repetir o experimento algumas vezes para entender bem o fenômeno de reflexão.
28
5. Mudar o ângulo de incidência da onda em relação ao anteparo e repetir os
procedimentos 2, 3 e 4.
6. Fixar o excitador plano (fonte reta) no vibrador e ajustar para ficar na superfície da
água (3mm de profundidade).
7. Ligar o vibrador girando o potenciômetro no sentido horário e em seguida no sentido
contrário até que se tenham, no máximo, duas vibrações e observar o comportamento
da onda refletida.
8. Repetir o procedimento algumas vezes para entender bem o fenômeno de reflexão.

9. Na reflexão, a velocidade das ondas incidente e refletida é igual?


10. Comparar o ângulo de incidência com o ângulo de reflexão.

Reflexão em Obstáculo Côncavo

1. Colocar o anteparo côncavo/convexo na cuba conforme o desenho abaixo.

2. Ligar o vibrador girando o potenciômetro no sentido horário e em seguida no sentido


contrario até que se tenham, no máximo, duas vibrações.
3. Observar o comportamento das ondas incidente e refletida no obstáculo côncavo. O
que se observa?

Reflexão em Obstáculo Convexo

1. Mudar a posição do anteparo côncavo/convexo.

29
2. Ligar o vibrador girando o potenciômetro no sentido horário e em seguida no sentido
contrário até que se tenham, no máximo, duas vibrações.
3. Observar o comportamento das ondas incidente e refletida no obstáculo convexo. O
que se observa?

Refração de Onda Bidimensional

1. Fixar o excitador plano (fonte reta) no vibrador e ajustar para ficar na superfície da
água 3mm de profundidade.
2. Ajustar o nível da água na cuba movimentando as sapatas niveladoras na base do
quadro de sustentação da cuba. No experimento de refração o nível da cuba de água
é muito importante.
3. Ligar o vibrador girando o potenciômetro vagarosamente até que se tenha uma
frequência média e uma frente de onda bem definida e reta, chegando ao outro lado
da cuba bem paralela. Se a frente de onda reta chegar ao outro lado da cuba
inclinada, devemos fazer um ajuste fino no nível da água na cuba movimentando as
sapatas niveladoras do quadro de sustentação da cuba.
4. Ajustar a amplitude da onda para que a imagem projetada fique bem nítida.

5. Colocar a placa de acrílico no interior cuba. A quantidade de água na cuba deve ter
uma profundidade tal que, sobre o acrílico, tenha uma profundidade máxima de 2mm.
A placa de acrílico 4mm no interior da cuba vai gerar dois meios para a propagação
da onda, uma região com maior profundidade (6mm) e outra com menor profundidade
(2mm).

30
6. Comparar os comprimentos de onda nas duas regiões, a de maior profundidade e a de
menor profundidade.
7. A frequência se modifica com a mudança do meio de propagação?
8. O comprimento de onda se modifica com a mudança do meio de propagação?
9. Em qual profundidade o comprimento de onda é maior?
10. A velocidade de propagação é maior em qual profundidade?
11. Observar o comportamento das ondas incidente e refratada e fazer um comentário sobre
o fenômeno de refração.

Difração de Onda Bidimensional

1. Com a mesma montagem da experiência anterior, retirar a placa de acrílico e colocar o


anteparo esquerdo no lado direito da cuba (com a ponta curvada do anteparo sobre a
espuma).

2. Ligar o vibrador, girando o potenciômetro vagarosamente até que se tenha uma frequência
média e uma frente de onda bem definida e reta. Para melhorar a observação do fenômeno
de difração devemos trabalhar com uma amplitude maior e uma frequência menor.
3. Ajustar a amplitude da onda para que a imagem da onda projetada fique bem nítida.
4. Por que, atrás do obstáculo, a frente de onda é circular?
5. Aumentar a frequência do vibrador e observar o fenômeno de difração. Por que quando

31
aumentamos a frequência devemos diminuir a amplitude da onda?
6. O fenômeno de difração depende do comprimento de onda?
7. Explicar o comportamento do fenômeno de difração de acordo com a variação do
comprimento de onda.
8. Colocar dois anteparos (um esquerdo e um direito) na cuba, deixando uma fenda entre
eles conforme a ilustração abaixo.

9. Ligar o vibrador em baixa frequência e observar o fenômeno de difração.


10. Aumentar vagarosamente a frequência da onda e observar o comportamento do
fenômeno de difração.
11. Com uma frequência média, diminuir de 5 em 5mm a abertura da fenda.
12. O fenômeno de difração depende da abertura da fenda?
13. Explicar o comportamento do fenômeno de difração de acordo com a diminuição da
abertura da fenda.
14. Repetir os experimentos acima e observar o comportamento do fenômeno de difração
em relação ao comprimento de onda e a abertura da fenda. O que se conclui?

Interferência de Ondas Bidimensionais com Duas Fontes Pontuais

1. Com a mesma montagem da experiência anterior substituir o excitador plano pelo


excitador duplo.
2. Ligar o vibrador girando o potenciômetro vagarosamente até que se tenha uma frequência
média.
3. Observar o fenômeno de interferência.
4. Ajustar a frequência de vibração para que se tenham, na projeção da imagem de
interferência, apenas duas linhas de interferência destrutiva.

32
5. Observar a linha ventral central (interferência construtiva).
6. Observar a linha nodal de primeira ordem (interferência destrutiva).
7. Aumentar a frequência para que se tenham mais linhas nodais e ventrais
8. Observar a linha ventral de primeira ordem (interferência construtiva).
9. Variar o comprimento de onda e observar o que ocorre com o número de linhas nodais.
10. Repetir os experimentos acima e observar o comportamento do fenômeno de
interferência. O que se conclui?

Efeito Doppler

1. Com a mesma montagem da experiência anterior substituir o excitador duplo pelo


excitador simples (fonte pontual).
2. Ligar o vibrador girando o potenciômetro vagarosamente até que se tenha uma frequência
média e uma frente de onda projetada bem nítida.
3. Deixar o excitador simples vibrando na superfície da água gerando frentes de ondas
circulares. Definir duas posições na cuba como sendo P1 e P2, de tal modo que os pontos
fiquem simétricos em relação à fonte pontual.

33
Fonte pontual e ponto P2 ambos em repouso.
A frequência de vibração da fonte é igual à frequência da onda chegando ao ponto P2.

4. A fixação do cabo do vibrador permite um aperto bem leve dando condições de rotação.
Permitindo um movimento de translação da fonte pontual.

5. Girar lentamente o cabo do vibrador provocando deslocamento da fonte pontual, como


mostra a foto acima.
Fonte pontual que se aproxima do ponto P2 que está em repouso.
6. Quando a fonte pontual se aproximar do ponto P2 em repouso o comprimento de onda
aumenta ou diminui?
7. A frequência da onda no ponto P2 é maior ou menor que a frequência emitida pela fonte
pontual?
Fonte pontual que se afasta do ponto P1 que está em repouso.
8. Quando a fonte pontual se afasta do ponto P1 em repouso o comprimento de onda
aumenta ou diminui?
9. A frequência da onda no ponto P1 é maior ou menor que a frequência da fonte pontual?
10. Repetir os experimentos acima e fazer um comentário sobre o efeito Doppler.

34
Módulo de Elasticidade

1 – Introdução

O módulo de elasticidade ou módulo de Young de um material é uma medida da rigidez do


material quando o mesmo é submetido à deformações elásticas. Esta grandeza é um
parâmetro de importância destacada em diversas áreas das ciências e sua determinação é
tradicionalmente feita através do ensaio de tração.

O ensaio de tração consiste em retirar uma amostra do material e submetê-la a esforços


uniaxiais anotando-se os valores das forças aplicadas 𝐹 e das deformações elásticas 𝑋
sofridas pelo corpo de prova. A figura abaixo mostra um corpo de prova usado para se
determinar o módulo de elasticidade do material e outras propriedades

Figura 1 – Corpo de prova usado para o Ensaio de tração

Neste ensaio uma força 𝐹 é aplicada a um corpo de prova que sofre um alongamento 𝑋. A
tensão aplicada 𝜎 (em N/𝑚2 ) é

𝐹
𝜎= (1)
𝐴0
35
E a deformação (grandeza adimensional) 𝜀 é

𝑋
𝜀= (2)
𝐿0

A relação entre a tensão aplicada 𝜎 e a deformação correspondente 𝜀 é dada pela Lei de


Hooke

𝜎 = 𝐸𝜀 (3)

Onde 𝐸 é o Módulo de Young ou módulo de elasticidade do material (N/m 2). Na


determinação experimental do módulo de elasticidade por meio do ensaio de tração,
constrói-se a curva tensão versus deformação (𝜎 × 𝜀) e a incinação da curva, em sua parte
linear, representa o valor do módulo de Young do material.

Figura 2. Curva típica do ensaio de tração construída a partir da tensão aplicada (𝝈) e da
deformação (𝜺) experimentada pelo objeto

A partir desta curva, determina-se o Módulo de elasticidade do material como a inclinação


de sua parte linear. Interprete a parte linear desta curva com base na lei de Hooke, dada

36
pela equação 3. São mostrados a seguir valores do módulo de Young 𝐸 para alguns
materiais.

Material 𝑬 (× 𝟏𝟎𝟔 𝑵⁄𝒎𝟐 )


Alumínio 70.000
Ligas de Ti 110.000-124000
Aço Carbono 190.000 - 205.000
Latão 90.000-101000
Tabela 1. Módulo de Elasticidade de alguns materiais

Ondas Mecânicas nos sólidos

A propagação de ondas mecânicas através de um meio material se dá pela


transmissão das vibrações das partículas (átomos ou moléculas) que constituem o meio. As
propriedades do meio determinam a velocidade com que um pulso mecânico se propaga
através do material. No caso de um material sólido a velocidade de propagação de uma onda
mecânica é determinada pelas propriedades de elasticidade e inércia do meio conforme a
relação

𝐸
𝑣 = √𝜌 (4).

Onde 𝑣 representa a velocidade de propagação da onda, E é o módulo de Young do


material e 𝜌 é densidade do material. Neste experimento vai se determinar a velocidade de
propagação do som (deformações elásticas) em barras metálicas das quais se conhece a
densidade ρ. A partir dai determina-se o módulo de elasticidade 𝐸 do material usando a
equação a seguir.

𝐸 = 𝑣 2𝜌 (5)

2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar o módulo de elasticidade de um material metálico.

37
Material Utilizado: Fonte de tensão contínua, capacitor, resistor, multímetro digital, barra
metálica/base e trena.

Procedimentos:

-Determinação da velocidade de propagação de ondas mecânicas em uma barra


metálica
Quando a barra metálica da figura 3 é abandonada na vertical e colide com a base metálica,
um pulso de onda sonora é produzido. Aqui o som é representado pela propagação da
deformação elástica que a barra sofre quando ela colide com a base. Este pulso se propaga
ao longo da barra e, ao atingir sua extremidade superior ele se reflete, retornando à
extremidade inferior. Neste momento o pulso restaura a forma original da barra, exercendo
sobre a base uma força orientada para baixo. A base por sua vez exerce uma força para
cima, sobre a barra, fazendo-a “rebater”. Observe que a barra ficou em contato com a base
desde o instante que ela a toca, até o instante que é “rebatida”.

Figura 3 – Diagrama esquemático

Determinamos então a velocidade de propagação do som na barra utilizando a equação


2𝐿
𝑣= (6)
𝑡𝑐
Nesta equação 𝐿 é o comprimento da barra, medido em metros e 𝑡𝑐 é o tempo de contato
entre a barra metálica e a base, medido em segundos.

38
Montagem experimental
• Monte o circuito elétrico, conforme Figura 4.
• Ajuste na fonte uma tensão V0 = 3,0 V
• Quando a chave S é ligada, o capacitor C é carregado até atingir a mesma tensão V0
da fonte.
• Ao se soltar a barra, o capacitor descarrega através do resistor R, durante o tempo
em que a barra permanece em contato com a base metálica. A tensão nos terminais
do capacitor diminui de acordo com a equação:
𝑉 = 𝑉0 𝑒 −𝑡𝑐⁄𝑅𝐶 (7)
em que RC é chamado de constante de tempo do circuito e 𝑡𝑐 é tempo de contato
entre a barra e a base.

Figura 4: Circuito utilizado para medir o tempo de contato entre a barra e a base metálica.

Se a barra for solta sucessivas vezes, o valor de tensão 𝑉𝑓 , depois de cada colisão,
estará relacionado com o valor 𝑉𝑖 , antes da colisão, por:
𝑉𝑓 = 𝑉𝑖 𝑒 −𝑡𝑐⁄𝑅𝐶 (8)
Ao soltar a barra, posicione-a, no máximo 15 cm acima da base metálica, para evitar que a
ponta dela se amasse. Cuide para que a barra caia perpendicularmente sobre a base, sem
girar. Repita este procedimento 10 vezes, anote os valores na tabela 2 e a partir daí
determine o tempo de contato 𝑡𝑐 . Neste experimento você pode anotar os valores de 𝑉𝑖 e de
𝑉𝑓 em volt (V) ou em milivolt (mV).

39
𝑁 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10
𝑉𝑖 (V)
𝑉𝑓 (V)
Tabela 2: Valores da tensão no capacitor, antes e após cada colisão com a base metálica.

Determinando o tempo de contato 𝑡𝑐


• Faça o gráfico 𝑉𝑓 versus 𝑉𝑖 , utilizando o programa Scidavis. Este gráfico é linear?
• Faça uma regressão linear para obter uma equação empírica do tipo 𝑦 = 𝐴𝑥 + 𝐵
• Qual é o significado físico do parâmetro 𝐴? Procure saber o valor da capacitância C
e da resistência R e determine o tempo de contato 𝑡𝑐 da barra com a base.
• Com o valor do tempo de contato 𝑡𝑐 determinamos a velocidade de propagação do
som na barra utilizando a equação 6.
• Utilizando a equação 5, determine o módulo de elasticidade do material. Compare o
resultado encontrado com os valores da Tabela 1.

Material ρ (g/cm3) ρ (kg/m3) 𝒗𝒔𝒐𝒎


Alumínio 2,70
Aço carbono 7,86
Latão 8,50 – 8,83
Ligas de Ti 4,43

Tabela 3. Densidade de alguns materiais

40
Calibração de um Termômetro

1 – Introdução
Através dos sentidos o homem percebe o mundo físico que o cerca. A sensação
térmica estabelece a primeira noção da temperatura de um corpo, traduzida pelos termos
frio, quente, gelado, etc. Para fins científicos, o critério do sentido para avaliação da
temperatura é vago e impreciso, pois depende da pessoa e das condições nas quais a
mesma se encontrava antes da medição. Além disto, desta forma o resultado da medida da
temperatura é relativo uma vez que só pode distinguir entre “mais frio” e “mais quente” em
relação à própria temperatura do corpo humano. Tal medida é sensível também a outras
grandezas como, por exemplo, a condutividade térmica. Daí a necessidade de estabelecer
um instrumento padronizado de medida da temperatura que independa dos sentidos
humanos.

Chama-se termômetro o aparelho para medir a temperatura dos corpos. O


termômetro faz uso de comparações entre a variação de propriedades das substâncias como
o volume, a pressão, a resistência elétrica, a cor, etc. com a variação da temperatura do
corpo.

Uma termorresistência (RTD do inglês Resistance Temperature Detector) é um


dispositivo que permite determinar a temperatura de um sistema, recorrendo à relação entre
a resistência elétrica de um material e a sua temperatura. Por norma, quando se fala de uma
termorresistência ela é identificada pelo material que a constitui e pela resistência que
apresenta a 0 °C. Por exemplo, o termoresistor comercial mais utilizado é o Pt-100, de platina
que a 0 °C apresenta uma resistência de 100 Ω.

O Termoresistor é um dispositivo com boa precisão (na faixa de temperatura ambiente


o Pt-100, tem precisão de aproximadamente 0,5 ℃ ), longa vida útil, boa sensibilidade e
ampla aplicação em uma grande faixa de temperatura (Pt-100 de -200ºC a 850ºC) .

Os metais apresentam um aumento da resistência elétrica com o aumento da


temperatura, como mostra o gráfico da Figura 1, da resistência relativa a 0ºC em função da
temperatura. Para uma ampla faixa de valores de temperatura o comportamento é linear e
obedece a relação

41
𝑅𝑇 = 𝑅0 (1+∝ (𝑇 − 𝑇0 ))

Onde 𝑅𝑇 é o valor da resistência elétrica à temperatura 𝑇, 𝑅0 é o valor da resistência elétrica


à temperatura 𝑇0 e ∝ é coeficiente de temperatura da resistividade do metal. Esta equação
é do tipo

𝑅𝑇 = 𝑎 𝑇 + 𝑏

Sendo 𝑎 = 𝑅0 𝛼 e 𝑏 = 𝑅0 – 𝑅0 𝛼 𝑇0.

Figura 1- Variação da resistência elétrica com a temperatura para alguns metais.

2 – Parte Experimental

Objetivos: Calibrar um enrolamento de fio de cobre como um termômetro, baseado na


resistência elétrica (Termoresistor), por meio da comparação com outro sensor de
temperatura.

42
Material Utilizado: Enrolamento de fio de cobre, termômetro, béquer, aquecedor elétrico,
multímetro e cabos de ligação.

Procedimentos:
1. Selecione a escala de medição de resistência no multímetro.
2. Conecte o multímetro aos terminais do enrolamento de fio de cobre.
3. Anote o valor da resistência do enrolamento à temperatura ambiente.
𝑅𝑎 =_____________
4. Determine a temperatura ambiente.
𝑇𝑎 = _________________
5. Insira o enrolamento de fio de cobre e o termômetro na água.
6. Ligue o aquecedor e aqueça a água até o ponto de ebulição.
7. Desligue o aquecedor e anote os valores da temperatura e da resistência elétrica à
medida que a temperatura cai.

(T±0,5) ºC
R(Ω)± 3%
Tabela 1: Resistência do enrolamento de cobre em função da temperatura.

8. Construa o gráfico de resistência elétrica 𝑅 versus a temperatura 𝑇 , usando o


programa Scidavis.
9. Ajuste uma reta aos pontos experimentais e escreva a equação de calibração do
termômetro, tendo como base os valores dos coeficientes angular (A) e linear (B),
determinados pelo programa Scidavis através de uma regressão linear.
10. De acordo com a equação de calibração, qual o valor da temperatura ambiente em
relação ao Ra determinado anteriormente?
11. Obtenha água gelada (bebedouro) e determine a temperatura da água usando o
termoresistor calibrado. Compare com o valor obtido com o termômetro.
12. Estime, usando a equação de calibração, o valor da resistência equivalente ao zero
absoluto.

43
Coeficiente de Dilatação Linear

1 – Introdução

Quando a temperatura de um corpo se eleva, sabemos que há um aumento na


agitação de seus átomos ou suas moléculas. Em virtude da maior agitação térmica, a
distância média entre essas partículas torna-se maior e, assim, o corpo, como um todo, terá
suas dimensões aumentadas, ou seja, o corpo se dilata. No entanto, se a temperatura do
corpo é reduzida, a distância média entre as partículas diminui e o corpo, como um todo,
terá suas dimensões reduzidas. Uma maior ou menor dilatação (ou contração) dependerá
de fatores como dimensão inicial do corpo, material e variação de temperatura.
O conhecimento destes fatores é de importância em estruturas ou mesmo em projetos
de máquinas. Senão vejamos: no caso de uma barra ser aquecida, com as extremidades
fixas, surgirá tensões de origem térmica que, caso muito grandes, poderão ultrapassar o
limite de elasticidade ou mesmo a tensão de ruptura do material. Nas pontes uma
extremidade pode ser rigidamente fixa em uma das extremidades, enquanto a outra
descansa sobre roletes para se dilatar ou contrair livremente.
Considere uma barra qualquer de comprimento 𝐿0 à temperatura 𝑇0 . Após ser
aquecida até uma temperatura 𝑇, seu comprimento passa a ser 𝐿. Então, o comprimento da
barra sofre uma dilatação ∆𝐿 = (𝐿 − 𝐿0 ) em virtude de sua temperatura ter sofrido uma
elevação ∆𝑇 = (𝑇 − 𝑇0 ). É possível verificar, experimentalmente, que existe uma relação
linear entre ∆𝐿 e ∆𝑇, dada por:
∆𝐿 = 𝐿0 𝛼 ∆𝑇 (1)
na qual α é o coeficiente de dilatação linear, uma grandeza que depende do material da
barra.
A equação (1) também pode ser usada quando um corpo sofre uma redução de
temperatura e, consequentemente, uma contração. Neste caso, ∆𝑇 e ∆𝐿 são negativos.

2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar o coeficiente de dilatação linear de uma barra metálica.

44
Material Utilizado: Aquecedor elétrico, recipiente com água, termômetro, micrômetro de
leitura direta – precisão 0,01mm, tubo metálico, mangueira de latex e base para fixação do
tubo e do micrômetro.

Procedimentos:
• Monte o equipamento conforme Figura 1.
• Coloque o recipiente com água na fonte térmica.
• Posicione o termômetro para medir a temperatura do tubo.

Figura 1: Ilustração do esquema utilizado.

• Ligue a fonte térmica e espere a água entrar em ebulição. O vapor de água passará
pelo tubo metálico, elevando-se sua temperatura até entrar em equilíbrio térmico com
o vapor. Anote o valor dessa temperatura, que será o valor de T 0, pois, mediremos a
variação de temperatura e a variação do comprimento do tubo durante o resfriamento.
Meça, também, o comprimento do tubo.
𝑇0 = _________________ e 𝐿0 = ________________
• Gire o micrômetro até o ponteiro ficar no zero e desligue a fonte térmica.
• Anote, na Tabela 1, a temperatura do tubo em função da variação do comprimento,
durante o resfriamento.
• Complete a Tabela 1, com os valores de ∆𝑇.

𝑇 (ºC)
∆𝑇 (ºC) 0
∆𝐿 (mm) 0
Tabela 1: Temperatura T e dilatação ∆L do tubo metálico. ∆T é a variação de temperatura.

45
• Construa o gráfico ∆𝐿 versus ∆𝑇 , com auxílio do programa Scidavis. Faça uma
regressão linear para obter uma equação empírica do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏.
• Determine o coeficiente de dilatação linear do tubo, a partir do coeficiente angular da
equação empírica obtida.
• Compare o valor encontrado com os valores da Tabela 2.

Material 𝜶 (10-5 ºC-1)


Ferro 1,2
Latão 2,0
Alumínio 2,2
Tabela 2: Coeficiente de dilatação linear para alguns materiais.

46
Calor Específico da Água

1 – Introdução

Calor é a energia térmica trocada entre dois corpos, ou entre um sistema e um


ambiente, em virtude de existir entre eles uma diferença de temperatura. A capacidade
térmica 𝐶 de um corpo é a razão entre o calor Q recebido ou perdido e a consequente
variação de temperatura ∆𝑇, ou seja,
Q
C= (1)
∆T

Dois objetos de mesmo material, alumínio, por exemplo, possuem uma capacidade térmica
proporcional à sua massa. Isso porque quanto maior a massa do objeto, maior é a
quantidade de calor necessária para provocar a mesma variação de temperatura. Assim, é
conveniente definir a grandeza calor específico 𝑐, que é a capacidade térmica por unidade
de massa,
𝐶 𝑄
𝑐= = . (2)
𝑚 𝑚∆𝑇

O calor específico refere-se a uma substância, enquanto, que a capacidade térmica refere-
se a um corpo. O calor específico de uma substância varia um pouco com a temperatura. A
Tabela 1 mostra os calores específicos de algumas substâncias à temperatura ambiente.

Substância Calor específico


(cal/g.ºC) (J/kg.K)
Cobre 0,0923 386
Vidro 0,20 840
Gelo (-10 ºC) 0,530 2220
Água 1,00 4187

Tabela1: Calores Específicos à Temperatura Ambiente.

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2 – Parte Experimental

Objetivo: Determinar o calor específico da água.

Material Utilizado: fonte de tensão contínua, calorímetro (recipiente termicamente isolado),


termômetro, becker, resistência elétrica, amperímetro, voltímetro e cabos de ligação.

Procedimentos:
• Monte um circuito elétrico, conforme Figura 1, com a fonte de tensão em série com o
amperímetro e a resistência. A resistência não aparece na Figura 1, porque ela está
dentro do calorímetro. Posicione o voltímetro em paralelo para medir a tensão na
resistência.

Figura 1: Montagem do experimento

• Coloque 100 ml de água no calorímetro. Considere que a massa específica da água


é 1,0 g/cm3 ou 1,0 g/ml. Observe se a resistência elétrica está em contato com a
água.
• Meça a temperatura inicial do sistema (água + calorímetro). 𝑇0 = __________________
• Ajuste a tensão na fonte em 12 𝑉, ligue o circuito e acione o cronômetro. Anote, na
Tabela 2, o tempo decorrido para variações de temperatura de 2 em 2 0C.
• Meça a corrente i que está circulando no circuito e a tensão V na resistência.
𝑖 = ________________ 𝑉 = ________________

48
∆𝑻 (ºC) 0
𝒕(s) 0
Tabela 2: Variação da temperatura ∆T do sistema em função do tempo t.

A potência elétrica de uma resistência é P=IV e representa a energia elétrica


transformada em calor, por unidade de tempo, ou seja,
𝑄
𝑖𝑉 =
𝑡
ou
𝑄 = 𝑖𝑉𝑡 (3)
Das equações (1) e (2), podemos escrever o calor que o sistema (calorímetro + água)
recebe, como
𝑄 = 𝑚𝑐∆𝑇 + 𝐶∆𝑇 , (4)
em que 𝑚 é a massa da água, 𝑐 é o calor específico da água e 𝐶 é a capacidade térmica
do calorímetro. Considerando que o calor fornecido pela resistência é igual ao calor
recebido pelo sistema e que a água e o calorímetro estão sempre em equilíbrio térmico,
podemos escrever, igualando as equações (3) e (4),
𝑖𝑉
∆𝑇 = 𝑡. (5)
(𝑚𝑐 + 𝐶)
• Então, construa o gráfico ∆𝑇 versus 𝑡, com auxílio do programa Scidavis. Faça uma
regressão linear para obter uma equação empírica do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏.
• Qual é o significado físico do parâmetro 𝑎? Determine o calor específico da água.
Segundo o fabricante do calorímetro usado neste experimento, a capacidade térmica
do calorímetro é 𝐶=20 cal/ºC.
• O resultado está de acordo com o esperado?

49
Lei de Resfriamento de Newton

1 – Introdução

Quando dois objetos, com temperaturas diferentes, são colocados em contato


térmico, há transferência de calor do objeto mais quente para o mais frio, até ambos
atingirem a mesma temperatura.
Para um sólido em contato térmico com um fluido, a taxa de resfriamento é dada por

𝑑∆𝑇
= −𝑘∆𝑇 (1),
𝑑𝑡

em que 𝑇 é a diferença entre a temperatura da superfície do sólido e do fluido. A


constante 𝑘 depende de vários fatores – de a superfície ser plana ou curva, ou ainda, de ser
vertical ou horizontal; de o fluido ser um gás ou um líquido; da densidade, da viscosidade,
do calor específico e da condutividade térmica do fluido, entre outros [1]. Essa relação é
conhecida como Equação de Newton para o resfriamento.
Sendo 𝑇0 a diferença de temperatura entre o objeto e a vizinhança no instante inicial
𝑡 = 0, mostre que, após um tempo 𝑡, a diferença de temperatura 𝑇 entre eles é

∆𝑇 = ∆𝑇0 𝑒 −𝑘𝑡 (2).

2 – Parte Experimental

Objetivo: Verificar o decaimento exponencial da temperatura em função do tempo e


determinar o valor de 𝑘.

Material Utilizado: recipiente de alumínio, água, aquecedor elétrico, termômetro e


cronômetro.

Procedimentos:
• Meça e anote a temperatura ambiente. 𝑇𝑎 = ___________________.
• Coloque água no recipiente e aqueça até, aproximadamente, 94°C. Desligue o
aquecedor, retire o recipiente do mesmo e coloque-o sobre uma base isolante. Espere
a temperatura alcançar 90 ºC e meça o tempo decorrido para variações de

50
temperatura de 2 em 2 graus até 60 ºC. Anote os resultados na Tabela 1 e, depois,
complete-a com os valores de (𝑇 − 𝑇𝑎 ) e 𝑙𝑛(𝑇 − 𝑇𝑎 ).

𝑡(s) 𝑇(0C) 𝑇 − 𝑇𝑎 (0C) 𝑙𝑛(𝑇– 𝑇𝑎)


0

Tabela 1: Temperatura do sistema (água + recipiente de alumínio) em função do tempo.

• Faça o gráfico ∆𝑇 versus 𝑡, com auxílio do programa Scidavis. Observe se a curva


obtida pode ser uma exponencial.
• Construa o gráfico 𝑙𝑛(∆𝑇) versus 𝑡 . Faça uma regressão linear para obter uma
equação empírica do tipo 𝑦 = 𝑎𝑥 + 𝑏.
• Qual é o significado físico do parâmetro 𝑏?
• E do parâmetro 𝑎? Determine o valor da constante 𝑘.

51
Radiação Térmica

1 – Introdução

Um sistema pode trocar calor com um ambiente através de ondas eletromagnéticas.


Geralmente, as ondas eletromagnéticas que transferem calor são chamadas de radiação
térmica. Uma pessoa, por exemplo, ao se aproximar de uma fogueira é aquecida pela
radiação térmica proveniente do fogo. O calor do Sol chega até nós por radiação térmica, o
que quer dizer que uma onda eletromagnética não depende de um meio material para se
propagar, já que entre o Sol e a Terra existe uma grande região de vácuo.
Todo objeto cuja temperatura está acima de 0 K emite radiação térmica. De acordo
com a lei de Stefan-Boltzmann, a taxa 𝑃 com a qual um objeto emite energia através de
radiação eletromagnética é dada por
𝑃 = 𝐶𝑇 4 (1),
em que 𝐶 = 𝜎𝜀𝐴 depende da emissividade 𝜀 e da área A da superfície do objeto e 𝜎 =
5,6704 𝑥 10−8 𝑊/𝑚2 . 𝐾 4 é uma constante física conhecida como constante de Stefan-
Boltzmann. A emissividade tem um valor entre 0 e 1, dependendo da composição da
superfície. Uma superfície com a emissão máxima de 1 é chamada de radiador de corpo
negro, mas uma superfície como essa é um limite ideal e não existe na natureza.

2 – Parte Experimental

Objetivo: Medir a potência irradiada pelo filamento de uma lâmpada em função de sua
temperatura e verificar se os dados experimentais são compatíveis com a lei de Stefan-
Boltzmann.

Material Utilizado: dois multímetros digitais, lâmpada de filamento de tungstênio de 130 V


e 15W, termômetro, fonte de tensão alternada (varivolt) e cinco cabos.

Procedimentos:
• Monte o circuito mostrado na Figura 1.

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Figura 1: Circuito com uma lâmpada ligada a uma fonte de tensão alternada.

• Certifique-se que a lâmpada não se encontra aquecida e use o multímetro digital para
medir a resistência de seu filamento, R0, e o termômetro para medir a temperatura
ambiente, T0, que deverá ser expressa em kelvin.

𝑅0 = _________________ 𝑇0 = ___________________

• Alimente a lâmpada com a fonte varivolt e meça a tensão 𝑉 e a corrente 𝑖 na lâmpada.


Anote os resultados na Tabela 1.
Observação: são sugeridos valores altos para a tensão da lâmpada de forma que a
temperatura do filamento seja relativamente alta e a relação dada pela equação (1)
possa ser satisfatoriamente empregada, pois, para 𝑇 > 3000 K a emissividade do
tungstênio varia pouco.

• Para cada par de medidas (𝑉, 𝑖) calcule a resistência do filamento. Lembre-se que
(𝑅 = 𝑉/𝑖).

• A resistência do filamento varia com a sua temperatura de acordo com a relação

𝑅 = 𝑅0 [1 + 𝛼(𝑇 − 𝑇0 )], (2)

em que 𝛼 = 4,5 𝑥 10−3 𝐾 −1 é o coeficiente de temperatura para a resistividade do tungstênio.


Isolando 𝑇 na equação (2), temos que:
(𝑅 − 𝑅0 )
𝑇 = 𝑇0 + (3).
𝑅0 . 𝛼

53
Use esta expressão para calcular a temperatura (em Kelvin) do filamento da lâmpada para
cada valor de R. Anote os resultados na Tabela 1.

• Calcule a potência irradiada pela lâmpada e complete a Tabela 1. Lembre-se que


P=IV.

• Construa o gráfico P versus T4, com auxílio do programa Scidavis, e verifique se,
nesse caso a dependência entre P e T corresponde ao previsto na equação (1). Faça
uma regressão linear para obter o valor da constante C.

𝑉 (V) 𝑖 (A) 𝑅(Ω) 𝑇 (K) 𝑃 (W)


114
118
122
126
130
134
Tabela 1: Uma lâmpada, de resistência R à temperatura T, emite radiação a uma taxa P, quando
submetida a uma tensão V em um circuito com corrente I.

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ANEXO I: ORIENTAÇÕES GERAIS PARA REDAÇÃO DOS
RELATÓRIOS TÉCNICOS
a) São individuais;
b) Podem ser entregues no início da aula de laboratório seguinte ao experimento
realizado;
c) Somente alunos que participaram da aula é que podem entregar o relatório;
d) A nota final de cada relatório será baseada em dois fatores: (1) participação do aluno
nas atividades e (2) avaliação do relatório em si.

RELATÓRIO:

O relatório de uma atividade experimental consiste basicamente de três partes, as


quais são descritas a seguir:

Parte 1: Título, objetivos e introdução

Deve conter uma capa (impressa) contendo:


• Nome da instituição, departamento/instituto e curso;
• Título do experimento;
• Nome do autor(es);
• Nome do professor;
• Data e local da realização do experimento;

Em outra folha:

• Objetivos: descreva o que se pretende verificar, medir e aprender com o experimento.


• Introdução: explique claramente os conceitos teóricos e hipóteses que servirão de
base ao experimento, reforçando no final os objetivos. Apresente de forma
simplificada, no último parágrafo, o que será feito na prática.

Parte 2: Desenvolvimento:

• Materiais: Liste todos os equipamentos e materiais de consumo utilizados.


• Método: Faça uma breve introdução ao tema do experimento e relate
detalhadamente todos os procedimentos realizados durante o experimento, os
métodos de medidas e os cálculos envolvidos.
• Resultados e análises: Apresente de forma clara os resultados obtidos, os quais
devem ser destacados no texto com suas respectivas incertezas e unidades.
Possíveis limitações da prática e/ou métodos devem ser discutidas.

Caso alguma interpolação de dados tenha sido realizada na construção de gráficos, os


dados da interpolação devem ser descritos no texto (com o correto número de algarismos

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significativos e incertezas); tais dados devem ser relacionados às quantidades físicas e
equações pertinentes.

Discuta os resultados obtidos e responda as questões propostas no texto da atividade.

➢ Dados:

✓ Tabelas: dados numéricos obtidos durante o procedimento devem ser


organizados em tabelas, as quais devem conter:
• Legenda: Inicia com a palavra “Tabela”, seguida pelo seu número. Deve
contar uma curta frase que descreve seu conteúdo.
• Cabeçalho: Primeira linha da tabela, que deve conter nomes e/ou
símbolos das grandezas listadas em cada coluna, com suas respectivas
unidades e, quando for o caso, suas incertezas.
• Conteúdo: Resultados a serem apresentados em cada linha e coluna.
Medidas devem conter o número correto de algarismos significativos.

❖ Exemplo de tabela:

✓ Gráficos: Recurso fundamental na análise dos resultados, pois permite uma


visualização mais clara da relação entre as quantidades medidas. Deve conter:

• Legenda: Inicia com a palavra “Gráfico” ou “Figura”, seguida pelo número


que o identifica no texto. Deve conter uma curta frase, que descreve o
que está sendo apresentado.
• Eixos: Cada eixo horizontal e vertical deve conter nome e/ou símbolo da
grandeza em questão, com a respectiva unidade.
• Ajustes de curvas: caso tenha sido realizado qualquer ajuste de curva
(regressão linear, por exemplo), os dados da interpolação devem ser
incluídos na descrição do gráfico.

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❖ Exemplo de gráfico:

Gráfico 1: Tensão em função da corrente elétrica em um resistor. Os parâmetros “A” e “B”


são os coeficientes angular e linear, respectivamente, de uma regressão linear do tipo
Y=AX+B.

Parte 3: Conclusão

Tenha como referência os objetivos iniciais e faça um resumo do que foi feito na
prática. Discuta se os resultados estão de acordo com o esperado, tendo em vista os
objetivos; também é válido discutir as qualidades dos resultados no que diz respeito a erros
e incertezas, e os possíveis motivos de tais erros e discrepâncias.

Referências bibliográficas: Registre todas as referências utilizadas, seguindo alguma


norma de citação bibliográfica formal. Por exemplo, as normas vigentes da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 6023:2002.

57
Referências Bibliográficas:
SPEZIALI, Nivaldo Lúcio; VEAS LETELIER, Fernando; Ondas Longitudinais: Determinação
da Velocidade do Som em Metais. Revista de Ensino de Física. Vol. 8/1, 3-9 (1986).

LIMA, Evandro Condé, et al. Atividades de Laboratório: Física I (mecânica). Belo


Horizonte, MG: FUMARC, 2012.

DICKMAN, Adriana Gomes et al . Atividades de Laboratório: Física II (oscilações e


ondas, fluidos e termodinâmica). Belo Horizonte, MG: FUMARC, 2012.

CAMPOS, Agostinho Aurélio Garcia; ALVES, Elmo Salomão; SPEZIALI, Nivaldo Lúcio.
Física Experimental Básica na Universidade. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 2007.

CHAVES, Alaor. Física Básica: gravitação, fluidos, ondas, termodinâmica. Rio de Janeiro:
LTC - Livros Técnicos e Científicos, c2007.

CUTNELL, John D.; JOHNSON, Kenneth W. Física: volume 1. 6. Ed. Rio de Janeiro: LTC -
Livros Técnicos e Científicos, 2006.

HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de Física: volume 2:


gravitação, ondas e termodinâmica. 9. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos e
Científicos, 2012.

NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física Básica: volume 2 : fluidos, oscilações e ondas,


calor. 4. ed. rev. São Paulo: E. Blücher, 2002.

PIACENTINI, João J.; GRANDI, Bartira C. S.; HOFMAN, Márcia P.; LIMA, Flávio;
ZIMERMAN, Erika. Introdução ao Laboratório de Física. 2 ed. Florianópolis: Ed. UFSC,
2001.

SEARS, Francis Weston; YOUNG, Hugh D.; ZEMANSKY, Mark Waldo; FREEDMAN, Roger
A. Física 2: termodinâmica e ondas. São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2008.

58
SERWAY, Raymond A.; JEWETT, John W. Princípios de Física: volume 2: movimento
ondulatório e termodinâmica. São Paulo: Pioneira Thomson Learning, 2004.

TIPLER, Paul Allen; MOSCA, Gene. Física para centistas e engenheiros: volume 1:
mecânica, oscilações e ondas, termodinâmica. 6. ed. Rio de Janeiro: LTC - Livros Técnicos
e Científicos, c2009.*

TREFIL, James S.; HAZEN, Robert M. Física viva: uma introdução à física conceitual.
Volume 1. São Paulo: LTC - Livros Técnicos e Científicos, c2006.

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