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SÃO PAULO
2019
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Projeto disciplinar
desenvolvido para o
cumprimento parcial do
componente curricular:
Engenharia de Tráfego, de
Engenharia Civil Noturno,
Faculdades Metropolitanas
Unidas, ano letivo 2019.
Turma: 099208B16
Professor: Kleber Aristides
Ribeiro
SÃO PAULO
2019
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Sumário
RESUMO ............................................................................................................................. 5
ABSTRACT .......................................................................................................................... 6
INTRODUÇÃO ..................................................................................................................... 7
Cenário............................................................................................................................. 7
Problema .......................................................................................................................... 7
Objetivo Geral .................................................................................................................. 8
Objetivos Específicos ....................................................................................................... 8
METÓDO DE PESQUISA .................................................................................................... 9
REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................................ 10
PNMU............................................................................................................................. 10
Capítulo V - Diretrizes para o Planejamento e Gestão dos Sistemas de Mobilidade
Urbana ........................................................................................................................ 10
Mobilidade Urbana – Plano Diretor ................................................................................ 11
Densidade, Volume, Velocidade, GAP, Headway e FHP ............................................... 12
RESULTADOS, ANÁLISES E DISCUSSÃO...................................................................... 14
Tempos das Sinalizações Semafóricas.......................................................................... 17
Headway/Gap/Densidade .............................................................................................. 18
Horário de Pico e Frações de 15min (1 Hora) ................................................................ 19
CONCLUSÃO .................................................................................................................... 20
REFERÊNCIAS ................................................................................................................. 22
ANEXO 1 – PNMU - CAPÍTULO V - DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO
DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA - ARTIGO 21 ............................................. 26
ANEXO 2 – PNMU - CAPÍTULO V - DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO
DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA - ARTIGO 22 ............................................. 26
ANEXO 3 – PNMU - CAPÍTULO V - DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO
DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA - ARTIGO 23 ............................................. 27
ANEXO 4 – PNMU - CAPÍTULO V - DIRETRIZES PARA O PLANEJAMENTO E GESTÃO
DOS SISTEMAS DE MOBILIDADE URBANA - ARTIGO 24 ............................................. 28
ANEXO 5 – MOBILIDADE URBANA – PLANO DIRETOR - TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO
TERRITORIAL / CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL /
SUBSEÇÃO III - DA MACROÁREA DE QUALIFICAÇÃO DA URBANIZAÇÃO ................ 28
ANEXO 6 – MOBILIDADE URBANA – PLANO DIRETOR - TÍTULO II - DA ORDENAÇÃO
TERRITORIAL / CAPÍTULO I - DA ESTRUTURAÇÃO E ORDENAÇÃO TERRITORIAL /
SUBSEÇÃO IV - DA MACROÁREA DE REDUÇÃO DA VULNERABILIDADE URBANA . 29
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RESUMO
A infraestrutura inadequada, a baixa oferta de transporte público e seu alto custo gera maior
tempo de deslocamento nos centros urbanos e, consequentemente, congestionamento. A
questão é, será que o congestionamento é contínuo durante todo o período do dia? Uma
via coletora pode ser uma alternativa para os veículos que se movimentam dentro do centro
metropolitano da capital paulista? O que gera impacto e o que não gera impacto no fluxo
de veículos? É possível evitar o congestionamento em uma via? Esse trabalho acadêmico
irá responder a estas perguntas, através de análises que consideram condições e
características da via, presença de sinalizações, tempo da sinalização semafórica,
volume/densidade/velocidade dos veículos e o fator horário de pico que foram todos
levantados in loco pelos analistas, mediante uma pesquisa experimental. A via estudada
tem características que tornaram a análise interessante e provou que pequenas atitudes
por parte dos usuários e do município possibilitarão um congestionamento mínimo ou até
mesmo zerado dentro da região central da cidade de São Paulo.
Palavras-chave: Mobilidade Urbana; Congestionamento; São Paulo; Engenharia de
Tráfego; Fluxo de veículos.
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ABSTRACT
Inadequate infrastructure, low availability of public transport and its high cost leads to longer
commuting times and congestion. The question is, is congestion continuous throughout the
day? Can a collecting road be an alternative for vehicles that move within the metropolitan
center of São Paulo? What impacts and what does not impact vehicle flow? Is it possible to
avoid congestion on a highway? This academic paper will answer these questions through
analyzes that consider road conditions and characteristics, presence of signaling, signaling
time, volume/density/velocity the vehicles and peak hour factor that were all raised in loco
by analysts through an experimental research. The studied road has characteristics that
made the analysis interesting and proved that small attitudes on the part of users and the
municipality will allow a minimal or even zero congestion within the central region of the city
of São Paulo.
Keywords: Urban Mobility; Congestion; Sao Paulo; Traffic engineering; Vehicle flow.
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INTRODUÇÃO
Cenário
Segundo o Tribunal de Contas da União (entre 2010 e 2019), a mobilidade urbana
atualmente tem outra definição, enquanto antes era considerada apenas circulação de
veículos, atualmente está focado também nas pessoas, ligando assim diretamente a uma
cidade sustentável e territorialmente organizada. Sendo assim, a mobilidade urbana é
considerada a movimentação tanto de pessoas, quando de bens, dentro de um determinado
espaço na cidade, através de vias públicas, veículos e, principalmente, da disponibilidade
de infraestrutura do local. Além disso, de acordo com o quinto volume da série Estudos
Estratégicos publicado pelo Centro de Estudos e Debates Estratégicos da Câmara dos
Deputados (2015), “A mobilidade é suscetível ao modo como as cidades crescem e se
desenvolvem, ou seja, onde e como se instalam as moradias, os locais de trabalho, os
serviços, o comércio, a indústria e o lazer.”
Problema
Devido o rápido e forte crescimento indisciplinado das cidades e a violenta utilização
do transporte individual motorizado, a mobilidade brasileira começou a ter intensas
mudanças desde meados do século XX, segundo Ipea (2010).
Será que o congestionamento é contínuo durante todo o período do dia? Uma via
coletora no centro urbano pode auxiliar em uma melhora no fluxo de veículos, possibilitando
que estes se movimentem na região central de uma capital metropolitana, sem pegar
congestionamento? E os comércios? Será que contribuem para o aumento do tráfego e,
consequentemente, congestionamento em uma via que necessita de reparos? Oferecer
locais para estacionar pode impactar positivamente o tráfego em uma via? Uma via com
sinalização adequada e com semáforos funcionando, tem um impacto positivo em seu fluxo
de veículos ou mesmo assim o congestionamento acontece? Este trabalho acadêmico irá
levantar essas respostas.
Objetivo Geral
Tem-se como objetivo geral estruturar e levantar as informações que impactam ou
não no tráfego da via, como por exemplo as condições de infraestrutura da via, as
interferências (comércios, edifícios etc.), os quais comprometem ou não a mobilidade
urbana.
Objetivos Específicos
A partir do apresentado, tem-se como finalidade específica identificar as
características da via; avaliar as condições da via, do transporte individual e da deficiência
ou não na estrutura da pavimentação, sinalização e semáforos; consolidar o volume de
tráfego, densidade, velocidade, GAP, Headway e Fator Horário de Pico da via estudada;
verificar se o limite máximo de velocidade está de acordo com a norma regulamentadora.
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METÓDO DE PESQUISA
O método de pesquisa foi experimental, que segundo o Rodrigues (entre 2010 e
2019), é um método de pesquisa que objetiva pegar uma ideia, criar uma relação entre
causa e o efeito dessa ideia, fazer algumas hipóteses para serem testadas, executar esses
testes e observar os resultados.
Com relação a coleta de dados, foi realizada uma coleta em campo com dados
primários, que segundo Mattar (2005), “são aqueles que ainda não foram antes coletados.
Eles são pesquisados com o objetivo de atender às necessidades especificas da pesquisa
em andamento", e dados secundários, que de acordo com Mattar (2005), “são aqueles que
já foram coletados, tabulados, ordenados e, às vezes, até analisados e que estão
catalogados à disposição dos interessados”.
REFERENCIAL TEÓRICO
PNMU
Conforme apresentado no Plano Nacional de Mobilidade Urbana (PNMU), a lei nº
12.587, de 3 de janeiro de 2012 lança as diretrizes da PNMU, cancela alguns dispositivos
dos decretos-leis de nº 3.326 (3 de junho de 1941) e nº 5.405 (13 de abril de 1943) da
Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), aprovada pelo decreto-lei nº 5.452 (1 de maio
de 1943) e das leis nº 5.917 (10 de setembro de 1973) e nº 6.261 (14 de novembro de
1975), propondo outras providências.
Já no artigo 22, é apresentado quais são as atribuições mínimas dos órgãos gestores
federais responsáveis pelo planejamento e gestão do sistema de mobilidade urbana (vide
anexo 2), como observar as diretrizes e princípios do PNMU, afim de coordenar e planejar
os serviços.
O parágrafo 1 diz que os Municípios com mais de 20.000 (vinte mil) habitantes e nos
demais munícipios obrigados, para a construção do plano diretor, deverão elaborar um
Plano de Mobilidade Urbana (PMU), que seja integrado e compatível com os respectivos
planos diretores.
O PDE foi preparado com a participação da sociedade e tem como objetivo guiar as
atitudes dos produtores do espaço urbano (públicos ou privados), para que assim possa ter
um desenvolvimento na cidade executado de maneira planejada, de forma que garanta uma
cidade mais produtiva, inclusiva, ambientalmente responsável, equilibrada, moderna e com
qualidade de vida, atendendo às necessidades coletivas da população.
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nessa via, o que indica que não há um órgão cuidando para manter a via em boas
condições.
Figura 1 - Imagens 2019 Google, Imagens 2019 CNES / Airbus, Maxar Technologies, Dados do mapa 2019
Sinalização Quant.
Placa: "Só atravesse no verde" 1
Placa: Velocidade máxima permitida de "40km/h" 2
Placa: Proibido estacionar 3
Placa: Nome da rua "Rua Condessa São Joaquim" 7
Pintura no chão: Faixa de pedestre 4
Placa: Informando para onde fica "Centro", "Consolação" e "Lapa" 1
Pintura no chão: "Taxi" 1
Placa: Permitido estacionar taxi comum "ponto nº 240" e "08 vagas" 1
Placa: "Ponto de taxi nº 240" 1
Placa: Permitido estacionar taxi comum "ponto nº 240" e "08 vagas" 1
Placa: Proibido parar e estacionar devido área de segurança 1
Placa: "Alternativa" e indicando lado esquerdo para "Jardins" e "Av. Paulista" 1
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Interferência Quant.
MC Donalds 1
Estacionamento 2
Posto Móvel Policial 1
Ponto de Ônibus 1
Banca de Jornal 1
Padaria 2
Edifício 3
Comércio de itens variados 1
Restaurante Tradição Mineira 1
Clínica Odontológica 1
Casa de Carnes 1
Hortifrúti 1
Supermercado 1
Sorveteria 1
Bar 3
Pizzaria 1
Galeria 1
Lanchonete 1
Tabela 2 - Levantamento Quantitativo de Interferências
Para que possa realizar uma validação do tempo das sinalizações semafóricas para
os pedestres, adota-se uma velocidade por pedestre de 1,2m/s, conforme recomendado
pela CET (fls. 24).
largura da travessia
Segundo o CONTRAN (2014), o tempo mínimo de travessia = velocidade dos pedestres =
13m
= 11 segundos, o tempo mínimo de vermelho piscando = 0,5 x tempo de travessia =
1,2m/s
Headway/Gap/Densidade
As definições a seguir estão apresentadas no Manual de Estudos de Tráfego (2006):
Frações de 15 min
Horário Volume (hora)
15 min 15 min 15 min 15 min
11h ás 12h 57 60 55 50 222
Tabela 3 - Volume de veículos na via sentido Av. Liberdade
Frações de 15 min
Horário Volume (hora)
15 min 15 min 15 min 15 min
11h ás 12h 180 175 168 194 717
Tabela 4 - Volume de veículos na via sentido Av. Brigadeiro Luís Antônio
2Considerado 20% a mais do volume total obtido no levantamento, dentro do período de 1h, conforme
orientação do professor orientador Kleber Aristides Ribeiro.
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CONCLUSÃO
Conclui-se que a via estudada mesmo estando bem próxima de uma distribuição de
tráfego bem uniforme, a pequena diferença de 0,1 no FHP indica ter um volume um pouco
maior de tráfego e, possivelmente, algumas vezes com restrições de capacidade durante a
hora de pico.
Esta via possui muito movimento pois possibilita a ligação entre duas avenidas,
sendo elas: a Avenida Brigadeiro Luís Antônio - que segundo reportagem do G1 em 2016,
para transporte coletivo, é considerada muito importante, pois consente a união entre o
corredor de ônibus da região central e da Avenida Santo Amaro, realizando assim uma
conexão em toda a Zona Sul da capital paulista, permitindo também acesso à Avenida
Paulista, ao Parque Ibirapuera, Praça da Sé e outros polos de atração - e a Avenida
Liberdade que possui comércios e que, ocasionalmente, há feiras, eventos e shows em sua
Praça, também conhecida como Praça da Liberdade.
Os comércios localizados nesta via não interferem no tráfego local (exceto nos
horários de pico), pois além de ser uma rua consideravelmente larga, possui semáforos
funcionando adequadamente, duas faixas para cada sentido facilitando o embarque e
desembarque dos passageiros no ponto de ônibus, além de dois grandes estacionamentos
e bastante vagas fazendo com que seja mais confortável para o motorista que ali circula.
Por outro lado, devido a Rua Condessa de São Joaquim ser uma via de ligação entre
duas avenidas movimentadas e por ter em sua redondeza algumas universidades,
supermercados, farmácias entre outros comércios (além dos que tem em si própria) acaba
recebendo muitos veículos nos horários de pico, resultantes de usuários que estão entrando
ou saindo de suas aulas ou trabalho, o que causa um pequeno aumento no fluxo de
veículos, que com a necessidade de desviar de poucos e pequenos buracos, podem causar
um possível congestionamento nos semáforos ali existentes.
para que os usuários deem preferência em utilizar o transporte público, terá uma redução
no fluxo e, consequentemente, o FHP estará cada vez mais próximo de 1,0 e possibilitando
assim um tráfego uniforme.
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REFERÊNCIAS
CARVALHO, C. H. R.; PEREIRA, R. H. M. Efeitos da variação da tarifa e da renda
da população sobre a demanda de transporte público coletivo urbano no Brasil. Brasília:
Ipea, 2011. (Texto para Discussão, n. 1595). Disponível em http://goo.gl/OcE5Fi. Acessado
em 16 novembro 2019 ás 15:01.
LEGISWEB (São Paulo). Lei nº 16050 de 31/07/2014. LEGISWEB (São Paulo). Lei
nº 16050 de 31/07/2014. Publicado em 1 de agosto 2014. Disponível em
https://www.legisweb.com.br/legislacao/?id=273198. Acessado em 17 de novembro de
2019.
SÃO PAULO, G1. CET INICIA OBRA PARA ABRIR MÃO DUPLA EM TRECHO DA
BRIGADEIRO LUÍS ANTÔNIO. Publicado em 21 de fevereiro de 2016. Disponível em
http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2016/02/cet-inicia-obra-para-abrir-mao-dupla-em-
trecho-da-brigadeiro-luis-antonio.html. Acessado em 17 de novembro de 2019 ás 17:38.
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