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Escola Secundária José Gomes Ferreira

Departamento de Línguas
Disciplina: Português Ano: 11.º

SEA 4 – Romance: Os Maias, de Eça de Queirós

LER
Com a leitura do romance Os Maias (1888), poderá atentar em alguns pormenores ilustrativos do
percurso de desilusão que, por diversos factores, pauta a actuação da maioria das personagens.

A. Avalie a atenção prestada a alguns dos pormenores numa primeira leitura.

1. Os Maias possuíam, em 1875, 2. O Ramalhete foi remodelado para


a) uma quinta no Alentejo. a) acolher Afonso da Maia, que se cansara da monotonia
b) um casarão em Lisboa e uma quinta em Santa Olávia. do Douro.
c) uma casa em Benfica. b) habitação de Carlos no período dos seus estudos.
c) receber Carlos após a sua formatura em Medicina.
3. Vilaça discorda da ideia de Afonso querer habitar o 4. O jardim do ramalhete
Ramalhete, porque a) possuía uma estátua, uma cascata e alguma
a) considera os ares de Santa Olávia mais saudáveis. vegetação.
b) teme uma lenda que aponta para a fatalidade das b) era tão vasto quanto o da quinta de Santa Olávia.
paredes do casarão. c) sofreu transformações radicais.
c) as obras implicam muitas preocupações.
5. Caetano da Maia, pai de Afonso, é o protótipo do 6. As divergências entre Caetano da Maia e Afonso da
a) absolutista despótico. Maia afirmam-se pelo âmbito
b) jacobino. a) essencialmente político.
c) liberal devoto. b) estritamente pessoal.
c) marcadamente religioso.
7. Por razões políticas, Afonso e M.ª Eduarda Runa 8. O padre Vasques deslocou-se ao país de exílio de
exilaram-se em Afonso para
a) Espanha. a) educar Pedro da Maia.
b) França. b) confessar Maria Eduarda Runa.
c) Inglaterra. c) educar Carlos da Maia.
9. A educação de Pedro da Maia foi assumida 10. Os traços hereditários de Pedro da Maia ligam-no,
a) pelo pai. sobretudo,
b) pela mãe. a) ao pai.
c) tanto pelo pai como pela mãe. b) à mãe.
c) ao avô paterno.
11. Após a morte de M.ª Eduarda Runa, Pedro 12. Pedro casou com M.ª Monforte
a) entra num estado de melancolia para o qual não a) contra a vontade de Afonso da Maia.
encontra solução. b) para contrariar o pai.
b) sente uma agonia terrível, atenuada, contudo, por uma c) para sair de casa.
vida de estroinice.

Docente: Margarida Espiguinha -1- Ano Lectivo: 2010/2011


c) aproxima-se mais do pai.
13. Em Itália e em França, M.ª Monforte revela-se 14. regressados a Portugal, Pedro e M.ª Monforte
a) voluntariosa. habitaram
b) fútil e interesseira. a) o Ramalhete.
c) fiel e dedicada. b) a casa de Benfica.
c) a casa de Arroios.
15. Da relação de Pedro da Maia com M.ª Monforte 16. O ambiente doméstico vivido por Pedro e M.ª
nascem dois filhos Monforte era
a) M.ª Eduarda Runa e Carlos da Maia. a) pacato, revestido de uma cultura própria da época.
b) Carlos da Maia e Ega. b) festivo e luxuoso.
c) Carlos e M.ª Eduarda. c) soturno marcado pelas longas declarações de Alencar
17. O nome de Carlos Eduardo da Maia foi escolhido 18. M.ª Monforte trai Pedro da Maia com Tancredo,
a) pelo avô paterno, em homenagem a um antepassado. a) um amigo de infância do marido.
b) pelo pai, em memória de um tio. b) um hóspede que havia sido ferido involuntariamente
c) pela mãe, influenciada pela leitura de novelas com por Pedro
heróis românticos. c) um sobrinho dos príncipes de Sória, familiares dos
Maias.
19. A solução assumida por Pedro da Maia para pôr fim 20. A casa de Benfica foi encerrada
ao seu desgosto foi a) porque era onde viviam Pedro e M.ª Monforte.
a) o suicídio. b) por ter sido o local onde Pedro se suicidou.
b) a realização de uma longa viagem pela Europa. c) porque Afonso sentia saudades do ar puro de Santa
c) a negação da tutela dos filhos a M.ª Monforte. Olávia.
21. M.ª Monforte foge com o amante, levando consigo 22. A educação de Carlos fez-se sob a orientação de
a) os dois filhos. a) Mr. Brown.
b) somente a filha. b) Vilaça.
c) somente o filho. c) Afonso e as criadas da Quinta de Santa Olávia.
23. O capítulo III põe em destaque dois modelos de 24. Em Coimbra, Carlos revela-se
educacionais distintos, tipificados nas personagens: a) diletante e dandi, manifestando interesse por diversas
a) Carlos e Pedrinho. áreas.
b) Carlos e Eusebiozinho. b) um aluno exímio, dedicando-se exclusivmente ao
c) Carlos e Ega. estudo.
c) saudoso pela vida pacata de Santa Olávia.
25. Ega, o grande amigo de Carlos, andava-se formando 26. O Outono de 1875 marca
em a) a formatura de Carlos.
a) Medicina. b) o momento em que os Maias foram habitar o
b) Literatura. Ramalhete, um ano após a formatura de Carlos.
c) Direito. c) o momento da partida de Carlos para a viagem final de
curso.
27. O consultório de Carlos situa-se 28. A decoração do gabinete de Carlos reflecte o seu
a) no Rossio. gosto
b) no Ramalhete. a) pelo luxo e pela sumptuosidade, conforme o seu
c) ao lado da Vila Balzac. estatuto social.
b) pela simplicidade e actividade laboral.
c) pelo conforto dos doentes.
29. A prática do adultério na alta sociedade lisboeta é 30. A vila Balzac, no capítulo VI, reflectia o carácter

Docente: Margarida Espiguinha -2- Ano Lectivo: 2010/2011


uma das temáticas abordadas na obra, exemplicada nos idealista e também mundano de Ega,
casos a) devido à exagerada decoração típica do século XVI.
a) de Ega com a condessa de Gouvarinho, e de Carlos b) pela simplicidade e pelo valor modesto dos adornos.
com Hemengarda. c) dada a grande quantidade de livros que forravam as
b) de Carlos com a Gouvarinho, e de Ega com Raquel paredes.
Cohen.
c) de Carlos com Encarnacion, e de Ega com Raquel
Cohen.
31. No capítulo VI, surge o episódio do jantar no Hotel 32. Nas conversas deste evento social, afloram-se vários
Central, temas, destancando-se
a) organizado por Carlos, para confraternizar com os a) o desporto e a política.
amigos. b) a educação e a cultura.
b) organizado por Ega, em homenagem ao banqueiro c) a literatura, as finanças e a política.
Cohen.
c) organizado por Ega para retratar as suas relações com
Raquel Cohen.
33. Os participantes no jantar do Hotel Central 34. Neste episódio, salientam-se duas personagens que
a) revelam-se temperamentais, desajustados entre os se distanciam das cenas caricaturais. São elas
objectivos desejados e os fins alcançados. a) Ega e Carlos.
b) mostram-se com atitudes e ideias fortes, convincentes b) Carlos e Craft.
e coerentes. c) Alencar e Cohen.
c) revelam-se educados, preocupando-se mais com o
comportamento do que com a aparência.
35. Já nos seus primeiros contactos, Dâmaso Salcede via 36. O aparecimento de M.ª Eduarda assemelha-se ao de
Carlos como M.ª Monforte, visto ambas se apresentarem como
a) um modelo a seguir, pelo seu aspecto chic. a) estátuas, de olhar penetrante capaz de repelir os
b) um inimigo. observadores.
c) um amigo a respeitar pelo que tinha de difrente. b) mulheres voluntariosas e sociáveis no trato.
c) deusas detentoras de uma pele ebúrnia e de cabelos
loiros.
37. Eusebiozinho, depois de enviuvar, 38. M.ª Eduarda tem uma filha com
a) recusa-se a sair de casa. a) Castro Gomes.
b) não larga mais o luto. b) Macgreen.
c) leva uma vida dissoluta, entregue ao prazer com c) Carlos da Maia.
espanholas.
39. O episódio do Hipódromo, no capítulo, indicia o futuro 40. O episódio da corrida de cavalos terminou
de Carlos: a) com o sucesso habitual do evento.
a) ganha ao jogo e perde o dinheiro. b) em pancadaria, denunciando a linha postiça de
b) perde ao jogo e ganha no amor. civilização.
c) ganha ao jogo e a ministra da Baviera lembra-lhe o c) com a entrega dos prémios.
provérbio (Sorte no jogo...).
41. A casa onde Carlos e M.ª Eduarda se encontravam 42. O artigo de Dâmaso, denunciando a relação entre
denominava-se Carlos e M:ª Eduarda,
a) o canto do amor. a) surge no jornal “Corneta do Diabo”.
b) o ninho dos deuses. b) é publicado em “O Sorvete”

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c) a Toca. c) aparece no jornal “A Tarde”.
43. Com o episódio do Sarau no Teatro da Trindade, Eça 44. Na sequência deste episódio e da revelação do
de Queirós pretendeu Senhor Guimarães, a descoberta da prática do incesto é
a) elogiar a contribuição monetária de uma princesa para comunicada
as vítimas de uma cheia. a) por Ega e por Carlos a Afonso.
b) retratar o comportamento ridículo dos participantes e b) por Vilaça e Ega a Carlos, bem como por Carlos a
dos assistentes. Afonso.
c) evidenciar o seu gosto cultural. c) por Vilaça a Carlos e por Ega a Afonso.
45. Apesar de saber da sua relação familiar com 46. Afonso morre, em consequência
Eduarda, Carlos a) de uma queda no jardim do Ramalhete.
a) repudia a irmã, afastando-se dela. b) do natural avançar da idade.
b) tenta o suicídio. c) dos vários desgostos a que assistiu durante a sua
c) pratica o incesto conscientemente. longa vida.
47. O último capítulo de Os Maias retrata Lisboa dez anos 48. Segundo Ega e Carlos, ambos falharam na vida
após a morte de Afonso, apresentando a cidade a) por motivos económicos.
a) como qualquer capital europeia desenvolvida. b) por serem invariavelmente românticos.
b) estagnada a vários níveis, a julgar pelas figuras c) porque não permitiram que os seus projectos se
humanas que a povoam. concretizassem.
c) como uma capital europeia, a ver pela indumentária de
alguns transeuntes.
49. No final da obra, Carlos constata que 50. Um sinal de progresso pode ser vislumbrado quando
a) passou a vida no Ramalhete, onde viveu as suas a) Carlos e Ega assistem ao aparecimento da primeira
maiores tristezas. claridade do luar.
b) viveu dois rápidos anos no Ramalhete. b) Carlos e Ega correm desesperadamente para apanhar
c) viveu dois anos no Ramalhete, os quais lhe pareceram o americano.
uma vida inteira. c) Carlos e Ega vão de tipóia até ao Hotel Bragança ao
encontro de Vilaça.

Bibliografia: CARDOSO, Ana M.ª et alii. (2011). Com textos 11. Porto: Edições Asa.

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