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Planejamento: a engrenagem da boa educação

Realizado em três esferas - rede, escola e professor -, o planejamento é o mecanismo


ideal para garantir a aprendizagem.

A REDE

No planejamento realizado na rede, cabe à secretaria checar as avaliações sobre suas


escolas, analisar problemas como repetência e deficiência em Matemática, por exemplo,
e unir esses dados a documentos para definir metas e prioridades. Com base nisso, a
equipe pensa em como montar uma estrutura que permita às escolas desenvolver seus
projetos. Não adianta planejar uma série de novas atividades se a secretaria não comprar
os materiais necessários, prever programas de capacitação docente e horário para o
planejamento coletivo.

Nessa esfera, durante a jornada pedagógica, a equipe da secretaria chama coordenadores


pedagógicos e diretores para encontros com o objetivo de planejar a formação dos
professores dos diferentes níveis e disciplinas. Em redes pequenas, todos se encontram
na sede da secretaria. Nas grandes cidades, esse trabalho é feito em diretorias de ensino.
Nos encontros, é definida a forma como as orientações pedagógicas chegarão até as
escolas. É necessário considerar a realidade das comunidades atendidas para que se
garantam o sucesso da implantação das ideias e, em última instância, a aprendizagem de
crianças e jovens.

ESCOLA

Quando a equipe de uma escola se reúne para planejar, cabe a ela decidir os horários das
aulas, os períodos de avaliação, a organização das turmas - que não deve seguir o
critério de segregação de "fortes" e "fracos" - e em que sala cada uma vai ficar. É tempo
também de receber os professores novatos, integrá-los à equipe e convidá-los para
sugerir mudanças. Cabe ainda conhecer os novos espaços da escola - como uma quadra
ou um laboratório de Ciências, que podem ser usados por todos e precisam ter uma
agenda de funcionamento.

Durante o planejamento na escola, cabe ao diretor definir com a equipe os projetos


institucionais a serem realizados durante o ano, bem como as formas de fomentar a
participação da comunidade na escola. Já o coordenador deve montar um cronograma
para que seja possível os professores se organizarem por série e disciplina, levando em
consideração as avaliações do ano anterior. A integração é a palavra-chave. Se a rede
determinou que o ensino de Ciências deve ser melhorado, é hora de a equipe escolar
pensar em como fará isso.

PROFESSOR
Finalmente, o foco do planejamento se fecha sobre o trabalho didático. A tarefa dos
professores começa com o estudo dos resultados da avaliação realizada no fim do ano
anterior, feito pelos professores e pelo coordenador pedagógico. A equipe dá atenção
aos pontos que concentraram dificuldades de aprendizagem e a estratégias que
funcionaram ou não. É hora, então, de escolher os objetivos gerais e os conteúdos
correspondentes para pensar os projetos e as sequências didáticas.

Outra tarefa é distribuir os conteúdos de ensino e aprendizagem a ser trabalhados no


período. Ao colocá-los lado a lado, por série, fica fácil ver se estão coerentes com os
critérios de diversidade e continuidade. Isso é feito coletivamente para que o currículo
tenha uma organização coerente. Sabendo-se o que já foi visto e o que ainda precisa ser
tratado, evitam-se repetições e omissões. Sem a troca, um estudante corre o risco de
participar por anos de projetos distintos com conteúdos parecidos.

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