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ESQUIZOFRENIA

Considerada como uma das doenças mais antigas da Psiquiatria, a principal


característica dela é uma desestruturação psíquica, ou seja, é a perca com a realidade,
através de delírios e alucinações, pois ela não consegue diferenciar do que é real e do
que é imaginário. Segundo Kraepelin (1856-1926) ele considerou como uma demência
precoce, pois se dava início no começo da vida e quase invariavelmente levava a
problemas psíquicos. A demência precoce foi separada do transtorno maníaco-
depressivo e da paranóia com base em critérios relacionados aos seus sintomas e curso.
Kraepelin distinguiu três formas do transtorno: a *hebefrênica*, onde o a pessoal pessoa
tem uma predominante pensamento e discurso desconexo, a *catatônica*, em que a
pessoa apresenta diversas alterações na postura, com posições considerados bizarros
mantidas por longos períodos e certa resistência passiva e ativa a tentativas de mudar a
posição do indivíduo e a *paranóide*, com predomínio de alucinações e delírios.
Bleuler (1857-1939) criou o termo "esquizofrenia" (esquizo = divisão, phrenia = mente)
que substituiu o termo demência precoce na literatura. Bleuler criou este termo para
indicar a presença de uma cisma entre pensamento, emoção e comportamento nos
pacientes afetados.

É necessário compreender também sobre a diferença entre a alucinação e o delírio, pois


os mesmos são os sintomas mais comuns encontrados nos pacientes que tem
esquizofrenia. A alucinação é comporta de experiências sensoriais reais baseadas em
coisas irreais, pois como a origem da alucinação é interna, a mente pode fazer com o
que o objeto/fenômeno alucinado seja ainda mais nítido do que os próprios
objetos/fenômenos reais, existem alguns tipos de alucinações:

 Alucinação visual: Ver algo que não está lá


 Alucinação auditiva: Ouvir algo irreal
 Alucinação Tátil: Sentir algo o tocando quando não há nada
 Alucinação gustativa: Sentir gosto de algo sem que tenha entrado em contato
pela boca

Obs: Vale ressaltar que são mais comuns as alucinações visuais e auditivas para
as pessoas esquizofrênicas.

O delírio depende de algum estímulo externo real, pois se trata de uma interpretação
errada da realidade. A pessoa delirante distorce os estímulos a sua volta e os vivencia de
uma maneira diferente, existem alguns tipos de delírios:

 Persecutório ou de perseguição: A pessoa acredita que é vítima de uma


conspiração.
 Somático ou Hipocondríaco: A pessoa se queixa de sintomas, deformações e
defeitos físicos que não existem.
 Influencia: A pessoa crê que seus pensamentos estão sendo controlados por
outras pessoas.

Por fim, segundo o Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas, a Esquizofrenia


constitui um grupo de distúrbios mentais graves, caracterizados por distorções
do pensamento e da percepção. Os transtornos esquizofrênicos afetam
aproximadamente 0,6% da população, não havendo evidência de diferença entre
os sexos.
No Brasil, foram encontradas prevalências de 0,3%-2,4% da população para
psicose em geral em um estudo de
1992 realizado em três capitais brasileiras. A identificação da doença em seu
estágio inicial e o encaminhamento ágil e adequado para o atendimento
especializado dá à atenção básica um caráter essencial para um melhor resultado
terapêutico e prognóstico
dos casos.

Referência bibliográfica

Brown, G. W., Birley, J., & Wing, J. (1972). Influence of family life on the
course of schizophrenia: A replication. British Journal of Psychiatry, 21, 241-
258.

Brandão, M. L., Troncoso, A. C., Melo, L. L., & Sandner, G. (1997). Active
avoidance learning using brain stimulation applied to the inferior colliculus as
negative reinforcementinrats: Evidence for latent inhibition.
Neuropsychobiology, 35(1), 30-35.

https://www.bonde.com.br/saude/corpo-e-mente/alucinacoes-e-delirios-sao-
sintomas-de-esquizofrenia-224727.html

The International Psychopharmacology Algorithm Project. Disponível em:


www.ipap.org. Acesso
em: 15 Maio 2010

Organização Mundial de Saúde. Classificação de transtornos mentais e de


comportamento da CID-10:
Descrições clínicas e diretrizes diagnósticas. Porto Alegre: Artes Médicas; 1993.

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