Assunto: Requerimento de licença para tratar de Assuntos Particulares
Eu, Bruna Rios Muniz, Agente Federal de Execução Penal, matrícula
1546031, lotada na penitenciária federal de Campo Grande – MS, venho requerer licença para assuntos particulares, conforme previsto no artigo 91 da Lei 8.112/90, pelo prazo de 3 (três) anos, a partir de 18 de março de 2018, estando ciente que devo aguardar em exercício a autorização e publicação do ato de concessão da licença. Declaro que, durante o período de licença, não desempenharei atividades conflitantes com os interesses do órgão.
Razões apresentadas pela servidora para justificar o afastamento
Sou Agente Federal de Execução Penal desde 08 de agosto de 2006.
Desempenho minhas atividades durante quase 12 anos com muito empenho e comprometimento. Durante esse período, contribuí de forma significativa no desempenho de minhas funções. Atualmente estou sentindo necessidade em me qualificar na área de liderança. Essa licença proporcionará tempo hábil para me capacitar como Coaching pelo IBC – Instituto Brasileiro de Coaching e me manter em treinamento e aprendizado por todo o período. O objetivo que busco com esse estudo é o desenvolvimento de Liderança em qualquer Organização, buscando o desenvolvimento estratégico de pessoas com efetividade. Competências como gestão de pessoas, feedback, comunicação, visão sistêmica e coordenação serão estudadas e colocadas em prática. O desenvolvimento de tais habilidades requer comprometimento e um período de treinamento para aplicabilidade dos conceitos e metodologias. Tal aprendizado contribuirá de forma efetiva no âmbito do meu cargo, já que estarei me capacitando para liderança organizacional, fornecendo soluções dentro das diretrizes de eficiência de processos na Administração Pública. Vale lembrar que o Governo no ano passado elaborou a Medida Provisória 792 de 26 de julho de 2017, incentivando exonerações, licenças sem remuneração e diminuição de carga horária. A norma previa a redução da máquina pública, visando cortes público, tendo em vista o cenário de crise do país. Entretanto, não houve adesão suficiente. Dessa forma, minha licença, por ser sem remuneração, está em conformidade com as expectativas de economicidade e eficiência do governo atual. É importante ressaltar que faço meu pedido tendo em vista que recentemente 386 novos agentes foram nomeados, dos quais 44 foram lotados em Campo Grande/Ms; que a licença por ser sem remuneração não causa prejuízo ao erário e, principalmente, acreditando que seja de interesse da administração pública a permanência em seus quadros de um servidor com mais de 10 anos de experiência, que contribuiu e ainda pode contribuir para a construção de um sistema penitenciário federal de referência.
Tenho ciência de que, durante o período de licença, devo observar as regras
relativas aos deveres, impedimentos e vedações previstos no art. 91 da lei 8.112/90, a legislação aplicável ao conflito de interesses (Lei n° 12.813 de 16 de maio de 2013), a portaria Interministerial n°333, de 19 de setembro de 2013 e a portaria normativa n°35 de 1° de março de 2016 do Ministério do Planejamento.
Por conseguinte, solicito a manifestação do Diretor da Penitenciaria Federal em
Campo Grande MS, e a quem mais tenha por direito se manifestar, e posterior encaminhamento à Secretaria Executiva do Ministério da Justiça, para autorização.