Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
vistas irisiaruaneas,
instantâneas, desenhos
aesennos eè caricatura
caricaturas.
REVISTA DA SEMANA
•?¦"__-- _-—-__-__ '•"¦«y'«//í«u»)
'«farí
#
í. fl BÈ—¦¦—s^kil—i>-^ ' i M •: i ; ,>9v ¦ M
;«^^www88Wa»i^Bf^gPSW
|jrfl|llfljlji BB fl8__
-_M i l. >
^«Wl!^ flflfl
flflfl-_-SiG ESXkSI
fl-___flfla9flflfl<P^flflr /flhB flflflfl B_fl-fl_fllflH-HflrflUB_V»H-_^
ffflVt^flliL -flfl flflfll flW-B -Br^fl-B-Zl
¦VTbI^M»mlfc^?^_Bflt_pfWÍ!K
Bfl _i«3 R
fl^flli''iMi?jHjH|
¦ fllJfli] BüFl ptWCjuJljDIKj
¦flflflH ¦¦-_¦¦¦¦[!_»« ¦fliTflw^^flflRiB' ;í^fl_t
JflH*flrfl_Hffflt __—flfl fla^Ifli*fla^^-Jí^flL-jí
fl ¦. fl _H_^flBafl Be
fl K^ -fl Mtr.ym. —ti
^flflfll
BÉÉ——_—, -^-r-> d' ^T __a—-Jflflfl—W/'- _w«.{
*
flB^r**ALÀ^' TS*^~" *' ¦'•^(a.í"Ç^k• F**>1~ •*. ** iTlI'* M*«I 'V t i i"'J
'^ *» ^flPTwtcfaGrHl "***-i***m>-
.WT*&QEE^^*m * -
_bftí»"a|L,,ws3b,«^í.\í<C ar — -- --.-»-_'**"*
a *~' — »—- Z ^^^f^^fll ——¦>_**¦—n^X.** _.¦»» »»".' "T__i'*Ss?r____**_ *,-^_'™*^,i
fl^fBiBiiiiPiWt--—ffa^rtffiíiTiW
__^r^^% JHjF- -' '"AJÀm^sm^^^^ML '-"***•¦ -- "^^SralSiÜS-aS^f^a^aSl
'--• ¦ :-'"'-v-.-!,~»*'»-*'*M',''*V :"t' ;';; "" %'.fJÊj' .flfl
ti"' Sfc-K-w--..«.^)«^;f.«j--w.....^,,....
> ...... .>.. .-.¦'.;.::¦;:'.;:¦•.;.',:..; -A.
'*_r _rPfl flfl\
——f-^-**¦**"' *^ ^ fclF^flflflfl
!É_H_a__E%^f- "'•^r
"
r-flfci-r. . ^->^P*Mw*T--->*^g*-!_ - np a^i"
flflflflflflflflflflflflflflflflflflflflflJMjfll^ : 5Í__a_yS__
***^ '• y-.^-*__>.**_flti__ • «.
'¦*• ..'•^.C - •^^^«aTk»»f _HHb1____P*___f» ¦ -~ii | _,_ __7**_**^jC /!*__!-'**•»*_,
_B_J-Í-fl-3Íryflfll IW^ .'^ '' *': ¦ *^_í&i_^' flfl—SbH PB ^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^flflflflflfljfllfla^'*-- rt-*'*. __•__-^MÉt j-flflflj?^1? ?S_S-W-jgCbim
terem concorrido Mas, é um homem tão serio... que até parece A noite estende
para cuja perfeição suprema parece Seu negro manto...
todas as perfeiçôes contingentes. Conheces outra egual? um dó sustenido. Ah !... Se, em vez de dar-me li-
Pois fica sabendo, meu impagável cenobita de manga ções de solfejo, me desse lições de amor, apren- 0 galã enamorado entrega-se ao repouso...
de alpaco, que o Rio de Janeiro é, de todos os jardins deria com maior aproveitamento... Mais uma vez a fuga... E1 o que acontece com ella,
do globo, o mais fértil nestas plantas. Essa llòr nasceu Dez e meia !... Ah ! Deus de minha alma !... com. seu amor que não se afasta de sua recorda-
nesta podridão e como ella innumeras medram na vasa A hora da lição... Onde está o methodo? Aqui ção... E' que... —
que tu, honesi yaqo, abominai. está elle; Comecemos: Do... do, mi, do, mi, sol.. .do. Basta; basta, maestro. Agora o compre-
Mãs porque não foges, quanto antes deste conta- hendi perfeitamente. E quem é o amante apai-
estorva ? Al-
gio perigoso ? Quem te nega ? Quem nãote levas *
E comtigo » » xonado?
guem te chamou para cá? porque nesta cidade Ninguém,senhorita—balbuciou o sr. Bustillo»
as onze mil virgens da política que do Este monólogo, tinha-o sempre de cór a alegre
vicio se estão perdendo c depravando? Nós somos e garrida Maruja, encantadora menina de 16 pri-
maveras, com a cabecita loura e ondulada como as
ivàikirias de Wagner; os olhos negros como o
canto-chdo, e as laces encantadoras como as figu-
rinhas de bisciiil. Feiticeira e graciosa, se nào era y.7y $:'¦' "7 .,¦.'¦//' 7. ////..: :•¦¦•'".'• :/':/ //: :/::/
' ".//^
'
" ¦'
a 'idvii L_iH
(WM* Vbb 'K
um fmç y • £^afliHalki Kff^'4lC7 *¦.
BTfc^^l* '¦ ***.y: indifferente á musica, linha um verdadeiro horror
H'7"B" &Á :BiSti-' íl Bt^íi^*'»'' '•¦¦'•
**Vjí
ás lições de solfejo.
Mas... afinal, abandonar estas lições, equiva-
lia a fechar a porta ao sr. Bustillo e esta clave
dava o verdadeiro valor ás notas de afíecto que se
tinham gravado no pentagramma cio coração.
ms^BmwmmwmE^; &»& • »'¦- .ja» wosêk^:' Don BarMiolomeu de Bustillo era, apezar de
WmmmAWmAm £rt .-1»,
"w':' - ¦ ^ : vflãM€s
^^*»J*ííf? seu nome tão respeitável, um professor joven e
Br HR ¦
distineto, com requintes de elegância, adquiridos
no Conservatório de Paris.
O maestro nào era mal parecido... o nariz um
HUawc-^-^v. -5™wsÈÊmmir _*-»£ * ^^tBé tanto pronunciado, como a curva de uma ocarina,
e flexível e esguiu de corpo, como o arco de um
violino, mas, o conjuneto era agradável.
Aquella manhã apresentou-se o sr. Bustillo
mais agradável quy de costume.
E-áawJ BV.yV Trago unia sorpresa para minha discipula
Fj£ — disse, ao mesmo tempo que desenrolava um
maço de.papel que trazia na mão.
Qual é ella? perguntou-lhe a discipula cheia
de curiosidade e viveza.
WM ¦ Pouca cousa! Uma valsa que compuz e que
ai BH^flV afl tenho o prazer de dedicar-lhe...
Vamos vel-a?... Ah! Como é bonito o ti-
Bb\ 'A^Bt
'' ^^^¦^fc^fc^fc^fc^J^fc^flfeflfl^BlaS^^^^iSBaf^ tulo : Sempre pensando em ti!
As faces do maestro enrubeceram ligeiramente.
aYÉWÉ"¦"''¦'''-£-¦¦¦
'¦ ''¦¦!
a»B 8&MW IMivffSl am
B Pode-se expressar tudo isso por meio da •¦ ,'.' 7'y.7'
:"'77;
''"/.:
77, 7' í-¦¦•¦...¦¦ y
'X$l
¦-¦ y.yy yy
SPHSBaSI
B Br ^^"'HS BI musica?—perguntou a discipula.
y
7 y 7y;:.ís
: y-,; ¦¦:¦.. y
v,;^ 7" - ¦¦X::y
¦
,.y/7y7; .7.. 77'.'¦ ¦;•:; .¦ Jj
.31
'-¦.7.7iy'7
Sim é uma valsa descriptiva... 77yy7': , / . yyy7.77yy'yy . ; ;~a\
Bfl^^^B^Bw^^ *£WM\ BWaBi^ãB^BWaki
**" ' ^^f^^^^^^ÊSBM Deveras? Ah! Toque-a agora o senhor que
eu quero conhecer a linguagem cio teclado. Cav.
'de CAMILO ViDAL
^^Éatlikb.' *' ",^BW^|'^R|li,1'*|j*te- 7^311 Bustillo sentou-se ao piano; arrancou de suas Ex-director La Espana e emprezario da companhia
¦M mT^-rx **"»
'jfowi^jLL*'' ' '""ySTr», - »# de zarzuelas.
fl!*^^Hí'" yf'
EBBãMBBBa^. Á*MM^da£ .^^•"MfiBBÍ'^- w
^^^nff^VBBMflaa^^aE!^^^ *\.jàJ1^ •^BBBBB?BKj *-j*&mmW-
a1 ti" a"¦^'JjtmÊmmmttm ¦ ^ ™
cordas as mais sentidas notas, porém Maruja nào
soube comprehendel-o.
E1 muito bonito, disse-lhe o maestro. E ella quem é ?
MANUEL METO (El Gordito) Mas... .não disse nada do que escreveu o se- Ella? Poderia ser a senhora!
Espada da cuadrilla que trabalha na praça das nhor no titulo. Poderia ser!... porém não sou eu, por
Laranjeiras E'
possível?!... Vou tocal-a novamente, ex- acaso?
Eu... não tiVe intenção...
plicando-lne as situações....
amorosos e amoraveis mas não somos perversos. A Começo: Este prelúdio é o despertar da au- —i Muito bem, sr. Bustillo ; muito bem... Agora
perdição da tua alma e da dos teus co-religionarios rora ; os pássaros cantam no bosque... vi que comprehendo a linguagem da musica.
havia de perseguir-nos como um remorso. Apesar do Ouve a senhora esta fuga? E' como que a linguagem da alma — repli-
inferno estar cheio de senadores não vemos necessi- E' a expressão da alma enamorada que va eve- cou o maestro.
dade de o nacionalisar brasileiro. Tu e os teus não po- loz em procura do objeclo idolatrado... Agora E abrindo o methodo com a glnciaí indiffe-
dem viver aqui, mas como a política também te não vem o tempo de valsa; cadencioso e languido nas rença do professor, mandou a discípula cantar a
dispensa, transfira-se, e sem demora, a Capital Fe-
deral. E terão então os políticos a grande Cidade da horas que reclama o descanso; vertiginoso e agi- lição que tanto aborrecimento lhe causava.
Virtude, a Mecca da religião da Virtude onde, todos os tador nas horas de aclividade da vida —Ouve a se- A ultima nota foi um si e a lição foi a sym-
annos, em piedosa romaria, iremos nós, os peccado- nhora?... phonia de uma obra que terminou perante o altar
res, fazer um largo e macerado retiro espiritual e Novamente a fuga; sempre a recordaç-Vo per- c que teve o bello titulo:
aprender a amar a Justiça, respeitar a Lei, zelar a petua do ser adorado. Agora vem o final: « O hymeneú ». Camilo \ idnl.
Honra e moralisar o Lar.
Jacques Boaahoaaaiaie. '*,-¦¦¦ ¦'.' ¦¦'¦¦• ¦ - ¦ .^,.,;i-,.v..^._...,..;...;..,.rvT_.:.1.,. .-,...,..., ,.....,„.._.,. vy,,- ¦, ,.^.v ... . ...!_.r~..~, ,..-.; ,.. ,.,... ,.. ,. '•y+y ¦..;h':" ' j '•"¦"¦¦ .. «*V/!* ' '7.'Ki(¦'¦" >' 'Í ''':'.&SMBlSrAX
y'y •- :¦/¦ ¦¦ ... "¦ . ", .>'<tv. V tt.'!^*
^vwwwwwwww^v^ ' ' *"-¦"¦ ">*,'»•¦! „.'!;¦, y-;/-: ¦,>!.. ¦ ¦ ¦<id v -Í4*,. i^ijfcL ^ *, i i ^Ú:^vÍJM:f*.;<\AÍFM
,s *- Í..-.-..1- . .*¦¦<.. .,._. ¦• -\ .:¦¦• _,},.' . ¦ ^f --.v .""C ,'V»v* •*¦' A ¦ ¦ áA*\ é. 'Sm mt^^^nS^MxJ Jm
A LIÇÃO DE MUSIGA
rVVWW\
Dó... do, mi. do, mi... do. Re... re, do, si, do 7" >*ykc, • ~1». i y" > U. xyflB EauLxEMÍiârJlil Be-! *
' ^ r&-v>* *tjrm\ mm ¦¦¦ B^Rfl LBBt
/•(' ..si...
Isto é insupportavel e aborrecido ...! ^^BSaaSBwlfttl» H P^^0al n
E no emtanto, tenho que estudar a lição, para ''' ^^¦B^if^aSB ÜSaMl lfl u\nEa^a9 Irl
que mais tarde não ralhe commigo o sr. Bustillo... vv^^fiuRsâaM ¦àjvituH tf»'*,^âi*5í^fil ày*Bk^v3lnS Bflfl iT^Tüfll
Ah, meu Deus! Como sou infeliz! k T'19 IrrH Hituu RvKfl av"*™!!^
'àilís!
Maldita seja a musica e o pentagramma... < 7'^f;í^i^B^B\aa¥:' '• f^m^àiÀ*'-' ' ^''¦¦ki^' ¦'*•¦"¦ ''<^aw9nlfl naF^vCvÉvl Hl5 BM^^BW^B ^Br^^ ¦ > tfW^I'££%£$;
mais do que tudo, o pentagramma.
0 que é pentagramma ? Foi a "^^A ML*:\i^*^ú:-'^¦w'': i-'~:^: ' *.fm&Ami*1mmm^/itf4mF'Ê.'
primeira cousa ' iíiM ^m^mtmmt ~M^i±i»-%rmm^fS^*
que me perguntou o sr. Bustillo, ao começar mi- M Kl aa BI lá^iáim ^^Bt^JBBt-**>^IBP> * . Wtí * ¦ m^^* ^raíS m^mTiS^x ±~~i,
•¦^BJ Bt^Bj VBB^« 4 Pa L''w V Maw. flM^^2kJÍBK' -'^ ^ dM\ mmjMw mLmfu
filias lições. \^*^^ .* ^MMMj^MMM J ^flflflfjaf WmAA^Sm^^^Al ^W^^fl )Ml\^ ^Afl U^
Sei lá, que quer isto dizer! Respondi-lhe eu. . ij^x.
W£/s^M^~' '^^^ BliBlVfl bT'"' * bk.^b1
mP^^Jb^lTi P^^àJ^B w^r vV4«-
Ws*x-x vbbmbV^^^^b flr ~ mrmMMM bVm^S** ^ééBtjB ^K^v\! :k-^< ^xx»>>
M v ;-^Bf W^v> "---*.v¦•¦<-J^A^mW ^mWL ^T-t^B BW*i^^^flL^BWBBi^aaB~ ¦\,^mU9^mmAmÀmm^W, Jmm^^mmwKVmm^m»,^m^Jm^Am^^Amu WÉr •
Pentagramma —me disse com voz
pausada
meu sábio professor—é o conjuneto de cinco linhas
o quatro espaços em que se escrevem as notas. a ¦x-M$&3AmmmwflÊi!-~--- -:*~-' ~" W I IB Bllaa liai B *M X ¦
As notas!... Que me importa conhecer essas í¦ - ^^g>Bl BStív*11^'-'-Bw9 Baflal I LaVdHaKKnalEfl nV^BI K.JBB ¦
BBVBBB Br ¦¦ ¦
- ^:iaJa»3x--ii^BBBBl wA^Jmmms!Ú-">. kBBKBBl BBa BBàSaBBK^BBBWBBBr'' "B™
Bh1^: :
BB1 BBftT BBBBBH
senhoras tezas como cabos de vassoura ; brancas e W -^m^^wX^M BI B^^aa BVV >^fl Bf^^^^Bh ihBBI
"' '
pretas, fuzás e semifüzàs, colchèas e semicol- ^A IB Ék ~^^^^^^^^^^*-^^L^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^mmmA^BA^Am^^^£^^^^^^^^^A^^^^B^^Ê. mmS^W ^Bu9ÍH
clicas 1.. E em seguida vem logo os bemóes, re-
torcidos como os bigodes do sr. Bustillo, e logo <M T^'Bb r^rd '
após as chaves... Kl llu Bl-w A\~ ¦'
e^l'I Ira bSv -Mt? BBBBBjrftsjiy.>»,;jy^^BBB^^WIPW^^ w^^BJ BJ^J^j-J^BB § 75Í^HB-'"'"*7'B™^fe2
E tenha agora eu de andar ás voltas com as k-jB ¦7iyB'l«V''9 II aTil Hl ''cJBBBr-.w.s y-*Bl 7 sSt B»íà '¦¦ ¦ •BBW*s
BlBÇ-ili
chaves!... BftSBI m*.m££mwxm*tÊ:x-jm
m\jssk^mm..¦#»"•'BB»'* 'rB\Baf¦
Não; eu nào estudo mais; fecho o methodo e "^^2*
fMB h4í W**AA^km*m^^^^m.^^^^^^àmmmWmm B»I^ ^B^ WJjg^Êf
quando vier o sr. Bustillo, que ralhe quanto quizer
commigo... Mas, nào;.'. nào quero incommodal-o,
porque, afinal de contas, o sr. Bustillo c muito I iIb^mk^^" >'.¦'''SEfiSsS H'v
sympatliico. E além disso é tão caladinho, tào
dente, tão bom!... De vez em quando o pru- sor- BBaãaBfl
B^* -'Sm. -:J í-svitíEí-'.
BbF fc^.waMSa£«
^mww'
.- •*- "* ¦ .-\i jSmn^t^SAmWfíM.Jt V^^fiMiát»--.-.
*' 3SiHJ-:^•mmw1,.- ¦ -•£^i^TT^F-**?
* L^^aHia^a^&U^ca^hM^^faWfl.*%* r^TT\MrTCKr^tow^ **
i*^è5i^S»fBBfí,íf£i.^'»*T - ¦ ¦*.~ ¦ »¦ ¦>¦'
'*•-*" •* 1-1 ->»
Vv.tl:^".i-«
**
-•¦*
"¦;
vv*1^^^*!
.
¦ *Lt 9 ~'s-
' '**.*.' V1*-"1. '*'*^*. í : ,._
"v-—t- '-•.¦.-'•;-'.-
.*. ** r*- n
'*.!':.
s^-.*' -
'-*fc *
*j • 3* ^ "**"•
-L" ^ ¦"V-J^C.••* 1*^
V ' .. ' --t^^
-.¦'.*'¦¦ ^f^nÁ-t-
¦ ^- %¦i'I*
\
*¦¦
\\*^i?
18 de Agosto de 1901
REVISTA DA SEMANA
547 - N 66
¦m
MwL
^fla—<Épflp
¦^fl
¦'''-¦ fl
__È_í-i*'^r•-• HHHHHHHHHHH
flflflflflflflflflflflj
WÊE:Wã^%;' ,S .'¦ ¦•>? ¦'.:•' :"-;:^ ¦¦&'--ê. m
_fl[ '. ||
ÉI .—fl B" ' ¦ -.-ifl
W . >M
u : _-__flfl K
"' vJ
i
^flflflflfll' flfflfflHflfl |^f* _fl
4
"... . ••
.' .".-',¦'.:.:
'•'" ,-yyy->?¦•.¦: v '¦¦'. ¦ .;;
¦' ¦ -..-.';'.-.. ...¦':.¦...-..-i
.-•-:.v-\.'... .¦•',;¦:
'¦;¦':• ' i ." ,.-*f?ÉÉ
':::• .-'¦„'* .•¦'' y y. ¦ ¦,¦' .''
¦'_•''.'" .....¦ ;'.'-''r'",.,r.: y yy y. ¦'¦¦'y:.,.. ¦('-.¦¦-¦ -..'•.,.•.•¦.¦v. . v-'.' ¦'¦<¦¦ ¦ .y .'.í-:::• ¦ ¦¦¦'. '
. ,: .-. :¦¦,-¦,
•.'.¦'.'
*
'.*.,'*.' . .-\-, ••*
,
*
^fl_L-.^_^Bfl™'^ fl I %
' *:;:,y?'-c-- '-;'?'.;._";¦.".fll^,:-.;:|' '-•^;V''.v'-.'.-^iei%^/_í":rf^-^-^^'^^ iflBB^BH—P—_fla_flpBfl—_11^Ii^a——IHa—__B™flT ^flflfl,
¦:rv- .-:•"-•.''.¦'¦ • ~» "'"¦ ^ "^B*^^^^^^^^^^^^^BHHfl__^*^B_flV»-B|flBaa^S^^i_y^__|^—g|^ *'^aa
Sport-CIub Internacional no training de fool-ball. i si Abo di: s. pai lo Sport-Glub Internacional, grupo de sócios (Fool-ball).
(Antônio de Campos, amador do Pholp-Club.)
i
o48 — N. OG REVISTA DA SEMANA 18 de Agosto de 1901
¦¦¦¦¦•'•¦
í§$J3&yy':- ¦.//"'¦..•y ¦
| ! ¦"•'"'' »'íí'l3',í",,V,f
'^$Mm^$sMaa
7'''.Ty.-7;77y "; ¦•'¦ ' 'x*™&&iJ8£mvÜÈ9A.
¦y i'/.!1"'"' £/%'*y'".:*¦¦$£¦ '-•
.' , - ;j- <-> y
piji'.'jB^'\.* * ^"*;".' .'•'*¦ 2i^laV "i ¦'"<' i*Z * /' ""* Jt'ítÇ Vi ^IJaa aYflfiflB
IliaiByWw^1^. * V '•^l^^aÉíttGaBflí PBL^BniaBH
O NIAGARA
TRADIÇÃO
1
,jis selvas do Novo Mundo não tinham sido ainda pi-
sadas pelo pé europeu.
O alvião do mineiro não resoava ainda no coração •' . m . •¦'•'...'" ¦ .';.;.' :''77> ;.: :,-"¦:,;, •' ¦ /./--: tmm'-- • ¦;
':'..yxX,'rXXy X '¦¦:' ¦ ;•' •¦¦77 -X-- ¦'¦¦ -'.:¦¦:.,. ¦ 7 ii|- ///à ,
dos montes, nem a picareta e a machada abriam ca- ', ¦¦':,¦¦ ' ¦•- -.¦-.. . '.' .y :; ,yy y .•.¦,'.7''"'
mirihos e carreiros, destruindo a exuberante vegetação í: .• y 7- \ 7\y y .7, ly ry X-'y,y y.y .-y
e as galas virgens dos seus bosques.
•A vista recreava-se nas altas rochas seculares, nas ¦"¦''-.' ¦¦¦¦:'/.¦ ':¦$;%¦. :/¦¦': ' "<>r '.T-¦},';-"x '/ • ¦¦>,<:.-¦ '.Vf.; .¦ "
. .¦•'¦-..:¦ ¦¦¦¦'.¦
;'iV'..> ¦
' ••. '.''7 .,: ¦ ¦¦ '•'/
í" **& ¦..,¦"'¦'*'¦
arvores centenárias, nas abobadas de folhagens; as :
¦¦•¦ .. 7
• ¦'.::•
. :•
•
; ,. ¦.••f.s%7., ¦:.-.¦.
¦¦'¦'.¦: . . . .•¦¦;;.;¦:
' -\
flores mais estranhas e a abundância de fruclos sabo- • -;.;.:: :-yX/M
.: 7 :' ¦ A- ¦ Xy-'% ¦ 7.- '¦ ¦ . • >•': 1
rosos formavam um conjunto caprichoso e encantador:
um paraíso que nenhum pincel poderia reproduzir.
:
'¦.¦....¦¦;yy'i"-'.y
> ¦¦.¦ y-X:'.X . 77'-'. ¦ 77 -: ¦ 7
¦'.¦':..¦. ¦ ¦'".¦..r-i.;-77..; - .7'. .' ¦ -• ¦
¦ :¦ À "• .. ¦ • ....;.
¦< .
• :y /" X X. -
¦ ' ' .-. •¦;,:¦.x¦¦¦:¦¦¦
..•¦¦¦¦¦• :.¦.;¦¦'¦¦ r.r
' -h:xxxx.¦ . .'. . .• •' ¦
¦ ¦¦...'- / ,..••,¦¦••¦ ; ¦ *!¦• "l;-^
¦-
:.-.•¦•., .. r \
. ' ' "¦¦:¦.; "¦'. ¦¦•.;¦;
y . .-
...• •• /..-.•.-,.-•• . -y^
O sol espargia os últimos raios e banhava com . . ...y • ¦..'¦",
7y '/X . ..;.:. .., ....: ¦.:"..'}./¦.
:.v.7', ¦•y-.-.. .-"'...• :• ¦• ;'- : ,. í.» '/./;.X'": A - >J- ..:'¦•" •••-¦¦'• '¦'. •' -:.¦ /'7 •¦•¦::
'..] ''. ^íf'?^
palhda luz um wígwham situado nas margens do laeo :/// ' '.'¦' ' ¦¦//¦'././/
!.yy':7 7.;:' , /., /..: -\ /.'/'/ y /:¦ .. 7 y y ^;./y ./(///¦¦] </0. y'/ 7 y 7,:. 7 \ X; / ]y-0:.
Ontario. &
Quatro pés direitos sustinham o tecto da cabana
formada com ramos de castanheiro cobertos com ca«ca
'¦;' ¦
de alamcf, unidos uns aos outros com muito cuidado c
resistentes á chuva e ao sol
V>,'^7y'7 \- ¦x,yxxr^...y:/--y-x;y.-.¦¦¦¦ ;./ ,;'v,:, . \<\-;;,<:,;:-- > x :x//-///:/ .•::•¦ • ,
meio de uma espécie
4e-betoffie— otr-pez resintreo; por
sr porbt-erg-tto—mesmo-
modo e em ambos os lados da entrada davam sombra
duas arvores corpulentas.
No centro do wigwham ardia o lume e despedia o
fumo por uma abertura feita no tecto.
O siüo era agreste e pintoresco, fertilizado por aJ/^ISSkmWSmMAAAW '**"* ***!"*!*** •¦>> .^><BiXMai»^a>-» • •* —*',***» ^ -1
mansas correntes e pródigo em amoreiras c nogueira* í^vwWBi^âKSSBÍafll àw '-' KH B
em balsamo branco e em algodão, os pacíficos in- ^^^S^Ss EI9 ¦?¦ ¦ ¦.'¦"^fj Wzã WM MÊ^LltfM B
cigenas exploravam para oceorreremqueás' necessidades "vL^^yl
da vida. aofl nt Bi. -• iH E
A comarca era povoada pelos iroqas ou iroqúezés
Hoje a humanidade agita-se nesses mesmos loèarcs ¦ A»Ty B^^Btt^^^E Bv
l^H(^l«^l«|H||»^HW|||yHij|ia^{|« h» í^ítf^^rlflB ^Bj
^PwáSRIH^íBMalíía^WEBKla»
no tprvehnho da civilisação, e a Jocomoliva e o lele- *âí JaBB^^Pli^^B^B^Kflí BwaTB^avHBB BflH •í"Kfz ^MBBWJnr^aa^B ifl^BHKlÊáBpMTT^J
grapho, ao darem-lhes vida e movimento, tiraram-lhes -•?/ **^^yTB PrM K^ffBfll flafll Bf vgjH Bj
todo o seu mysterio e poesia.
¦• n
i-rJèt SjtJf^aBBaflBÉS ^Ê M
:':i« L**lM ^mmJmtm^A WM WM "'-'7 v ^B B-
No wigwham que se via na margem do lago habitava Skw£ liMiliíi I -• ' ^ -.¦¦¦"'••¦¦.nfl ¦
Moyamea, a índia mais formosa do valle, a arròeante wl avBuii àwl BatUiBUallH . v,.7 ^BBa>-.7'' ,; ^BBBBBBBBBBBa
mKIUP^W RI l?49 ¦aF.:i,".7 ., ^H H
promettida do grande chefe. -¦ :- "' *^W . •¦ ¦
A mãe delia chamava-se Raio de Sol e o pae Astro ^?! BIBÉaRÍà^na« ÉaH ¦ Bf' -
BasSBrafl Bral SiBBv$iB :m\ m\. ¦¦¦ a
da Noite. K
Os seus olhos eram negros e brilhantes, a tez es- ' ¦"• •¦'¦ í;'-' "¦ M là ^^B^ 'BBBBF - ¦ '^^^aBBBBBBBBI I
¦¦¦'
cura e suave como o setim e os lábios vermelhos como
a flor da romanzeira. f'¦¦
' * Bfl
BB1 BflPBfll BBt-jHBpBBbVB1
II BBJ>
Bflm- aflfll Bflar
I i ;v--ív";;'-" ; "BI
'BflBBBBBBBBBBm
IIBr Bfla
^
^^kail i^^f^**^* ¦ '^^mm^AM
' .¦v^L<^T'';.'^BB
. ^^AmW II
A madeixa dos largos cabellos cobria-a BBb ' '.flj a"—-1• 7' ,-atSL-^'':i^ÍÍafl
fora espesso véo, e as suas fôrmas correctas, como se '¦
>' flj ¦k;'" Fyy? íP' I' 7' .'
delgado e llex.vel como o junco, realçavam as o bu«lo ^ ¦ : Bfll BT^
"•'
flBraÉi I
graças f;fll BpbM^7.1 ¦'-'¦
da lormosa joven indiana. ofeiuvas ¦liai
<tV alssã» i^flfcBf^
-y .:---' ¦ ¦ ¦'^^B
-
'flflflfl*'
¦a1.-'tf'*i^íaa
JM amwB
.v ¦¦•!.•''¦ aWal
m^^m
1
ã»1-
m.
>,<,¦ BwBBv'-v-'7<;Bl
ai^^^iifcjH Br
h ¦ °fl a*. .. '¦
y.a asas Ba ¦¦ aa -.
¦'
III ral aawaKâMBvik-V aKv'.'%iJB] BW-:
No décimo quarto sol da lua dos esquilos n havia flfBfc. fl|
lil
Iflfl
RI
BaaLfll
I
flf
-j^B IH B
ella de ser esposa de um Sachem. V) ^^BlB*lS*ÍÍllas^
B^^rflfl'
Bu -^ifl] flT^al L^^BB
Debalde um jóven Índio tinha apresentado a Mova- HLaV:'^fl fl^B ** ÁVB Baw^^Á 1
%
mea o ramo de pinheiro acceso, solicitando da formosa
indiana um sopro do seu habito em signal de compro- ¦^^^^BBBBflBflB^B^B^BW^afflTflTflfa^aflBfli^^^^^^^^^^^^
^""^^^^^^^^^^^^^^^ i.-i.-^^:^Oigüj||jjMj^|aBaiãWaWã^aBaBBBBBBBBBBBBBBBBBBBBB^
B^^^^^^^BSaBaaiaa—^^ '
BBk BWf"l*"B
„ A lei Espirito,
obrigava-a a unir-se com o velho Snrhnm BI^^^S ¦BBaãM^k^-M. ^.^Maa^h^^^BBBãB Bflflf"^^
18 de Agosto, de 1901
REVISTA DA SEMANA 549 - N. 66
** * '
^Hsí* fü__fll_B fl j íiit&r^' * I **_? .*¦ í« t. t -_> +w^'*^i^y1»^* 'íüLtà
.BKq&Í'^* . -\cÉ*A?fl-L. -*' flfl Seb_i B^iftKJWr-A'#^ ^'"^'i
'i'^.. - '•'£ ¦ 'L ^f -í"' '
K^«^mwÊ8$?ffi*®*#* -i*"~
V Aí S ^'^XJvS.^í^í:5' ^: .'ií^*-^- * í»^!- , *í, ^.ví ^JíJl, ^*. '¦¦-¦¦- ¦¦¦ ———ttlkad_l_^_^_L_;
\^A\I —I
' '~^_^ '''.**fflp^'.''• ¦ i'.i1j.__,¦
^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^^BvTt^^ J3____i ^_]
'
^KÜr *flfl _R- ifl
flfl flfl
¦t-yy-ie-i::'^'t'¦'.*'¦ ¦'¦ ¦' 'yy \:y['y :? :¦ >¦:•.-¦¦¦--- ¦¦..¦-..-*'¦¦¦:¦. • \ ¦-¦:.*...^, ¦¦;- ...-¦; ¦; ¦". ¦ .: ¦ -
, : yy/, - ¦ . , . - -. , ¦* "¦ ;:;¦¦:: ¦¦'v!.*^.-»:^:¦.¦¦¦^¦.T;li.:,¦•: ¦¦-.¦:•.. :\
' Heno, o gênio tprotector dos campos, estimava a
. ,:¦;.¦¦::¦> » •¦,£ •
< ¦< o , ;•.
v t» /> V. f.-ÍCW
ífe----^-
.'•".-.'•'•.
.-•.-,: •--¦¦" '..
. ir......
• ' . : ;
- ' .-v-,.;•.':,;¦• -'•'¦ - :-v~-!«
'rál joven indiana e protegia a sua tribu; sensível aos ro-
K '• •' '
" *• •'" ' •/' ' gos delia, pediu a Ockimaw que enviasse o raio para
. • ^ ¦ • "- ¦¦' •.•¦
' -' í'"- ¦"1\--'J'-
a • .' . - ; ¦ " • _•. . .* m aniquillar a serpente; e a tormenta rugiu sobre os
MS^m$m.
-•';.;.: ¦"' m
¦¦.v-;':v::V.'¦•'.-',; ilill ;' i;ftl . "1^
.11 montes e o raio aniquillou o réptil.
flu.."; .v• ^.-''v^^fe^^ Pií^l'^-'¦'v''*J^_^^_^^_p\K"-,''-'?í!^."'''-v-.' Nas convulsões da agonia arrastou-se até o Nia-
gara, cahiu nellc e as suas ondas levaram-no como
sangrento tropheo até o extremo da cataracta, batendo
violentamente em uma dessas moles de granito que
'y.-y^.'':y^^^y--- :;':V^$íSÍ assombram o viajante.
B_LÍktfll fl_Í***%' A água saltou a uma altura colossal, e o recife fpr-
mado pela serpente cedeu, estendendo-se o seu corpo
fl Bfl BmIE - C«^fliíii«i*_ise ¦'§ e formando a imponente cataracta da Ferradura.
. flk
¦¦¦—flWB---\ * WmmMÊmfl'^ '..-- ¦ -. ¦ ¦ ^Bgt/ ^ z^^' "• A virgem indiana, considerada pelos seus como um
Hfe •¦ ' -• ._i_(_t KL'
'- ** '^St
;H-'--C-^:üi
*4r gênio superior, pôde corresponder a Keysinoeta e três
Bk.' ¦ HWtíwil flL^ • ¦ '~-^^^:-_Jfl»__"
'-"''InL^^^' vezes soprou com o seu hálito o ramo de pinheiro ac-
fl bV ''^\ « iL';- ' # ceso, como signal de tomar por esposo o moço irogua.
:'y ¦-; ^^SkAWEfytà-égB* ' - .-'.'
'¦ :' "'• HM-fla**- '*mkmw\.i
^| Bk ' '"_PISfl fl-PP"^-'¦¦'_/*';
Bk. -^1 lÉ_k'
fl Ba«.•„>.... "M BBu—_-' fl ^5^S'~íP* '.:'« Naquelle cahos, naquella extensão vertiginosa,
¦Bi. ^:;5:'®Ç'^1 Pflt «vv'3*'' ' ' naquelles bancos de areia e de granito submergidos
BB
Hl^l
fl_Íf':
Bw^B—ki.•*
''^S*%i
^«1 wfl
\vl
flflfl-B _fl_B^_flr
Ka B—íflBt.- nas águas, onde brame, luta, salta, subleva-se contra
'
ifl flfl Bi_i __o_%'. ' T^H
^*m msy^^m B_-_^__*v ' -¦ __—t a sua impotência, forma correntes de nivea espuma,
ill Ib_v fcy~ m^WS^àmimh-' .'^*^? converte-se em pérolas e em iris de mágica luz, o Nia-
flfl Ba3r9_i BB-i^b» ^flJ 9f^m M%&^t/^mA**t** ¦ •*$*,
¦J fl_"."',;''r-tá l^ífflKílfflflr gara oceulta debaixo das suas cataraclas, sem rivaes
:; ^é- ;1
mW& ¦: - -'««ÉHt.^án no universo, o deqs das águas.
Tem elle visto suecederem se as gerações, desap-
Ba" L_t; _«d5w ^NflflflL^
1—S^^flfll flflflBBflPV_u ^.fl-h1—iJI—flfll9¦Bvflflfll parecerem os bosques e os valles, converterem-se em
ruinas os wigwhams dos iroquezes e transformar-se em
pó o corpo da virgem indiana.
üe vez em quando soã~no seu niv&terioso ahVergtte-
um grito de desespero, o choque de um barquinho con-
tra as rochas; vozes de angustia e de agonia; a queda
de um corpo que é arrastado pelas catáractas ou pelo
impulso furioso das Rápidas; aquelle deus, porém, im-
passível como os séculos, não tornou a estender as azas
para arrancar a presa á deslumbrante immensidade, ao
túmulo maravilhoso coroado de riquíssima pedraria e
nevado aljofar.
VI
Hoje o Niagara é uma maravilha universal.
Os seus tapetes são de mármore e alabastro ; o seu
manto é de gazes tênues e reflexos dourados; a sua
falda é de rendas subtis, como pérolas e topazios.
A mão do homem quiz aformoseal-o, mas tirou-lhe
fi_9fl BkflJ HflB H alguma cousa da sua grandeza agreste e selvagem; a
9flH_fll flflafll civilisação despojou-o da sua rústica superfície.
E' uma mulher da índia com os atavios do século
XIX; um gigante preso com cadeias de ouro.
E' a personificação do mundo primitivo avassallado
pelo mundo moderno.
fl flfl flfl II.
(*.) O mez de junho.
**f>*^>****r>*s**r*f**\**f**s**r*f^*****r*
. .
DOCUMENTOS li INFORMAÇÕES
*************
!!^_ffiBHBSMfliflMfl|3|^M '¦
gjáfàRa Bfl B flifcfli
^™B_fl_A^"fl I Aço e nickel—A casa Holtzer, especialista na ia-
I9B
ai
_fl_fl_B
-BMfl
fl-Oijfll
BBBI
flB^r-;:4k*'-'
B—.<—I BF._\ . -^KV vifll fl\fl
bricaçâo de projectis de ruptura em aço, expôz no pa-
fl—flHR—lflflfl—_fl_fl_HCiflfl|l_ ^aíi^fl flifl lacio de Minas e Metallurgia um interessante specimen
SE-Kfll Kh»1 ifl -•
w fl da sua industria.
¦nflu
fll__JESflflflCfl-l--a^_L' Ba»; Hk- HHVvflBtfrfflfll -fla'flfl
aKflHB—BB—K^•'¦a ¦ Hl! Bl_B UBflWV BI E' um cylindro de aço que, sob a enorme pressão
fl SflT-^Lv.^flC-_rl*v'v \tlm^flB'_:.HaflC : fl de 900 toneladas exercida a frio, transformou-se em
_HflDHKOTk^ak-i _^_JB* \\ * * vfla—HHM—flpflBHa—_¦¦___HEflHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHÍ
^_flj fljflP^S H
nrflrlla—Ti'1 Y^^ttwF TüT ^ i uma espécie de solido tendo a forma de uma esphera
^r>2fi_flRii^\^£<fly f^ seccionada em dous planos parallelos a egual distancia
do centro.
A primitiva altura do cylindro era de 200 millime-
'CT--' '^''^W\Sj:""i: ."^P^J^'-"''."•'--_£_ tros, e a prensa hydraulica reduziu-a a 12. A espessura de
ij3flM>'"!V-x I 19 millimetros nâo variou; mas alongou, com a diffe-
'W:ifcfltpí£^v^^*'_i-Jfl rença de 42°/0 para as fibras interiores e de 46%. para
w^á'i^í^^^^^^j^_ãi I' as exteriores, tendo havido esta differença, sem se
¦•'.:l&<fl___S^
produzir fenda alguma.
Este aço continha 22°/0 de nickel.
.i_j-í5-^?_ài-^^^^-*Sí^ *************
RIO DE JANEIRO — Caminho de Ferro do Corcovado. Um veneno. — Mr. Guignard apresentou á Aeade-
mia de Scienciasde Paris uma nota de mrs. >chlagèn-
hauffen e Reeb acerca de uma nova glucose que certos
tinha pedido um sopro do seu hálito sobre o pinheiro arroyos e que só matando esse animal se podiam grãos de cruciferos Erysinum contém.
acceso. salvar. pabe se que estes grãos contém uma substancia pi-
Além disso, uma doença estranha dizimava a tribu. — Conduze-me aos campos onde nasci cante e sulfurosa do gênero da mostarda. Os autores
Ella queria salval-a, porque o seu gênio protector para salvar
os meus! exclamou ella em tom supplicante. nelles descobriram uma glucose que è um veneno vio-
lhe dissera que uma serpente envenenava a água dos O deus das águas transportou-a nas suas azas. lento para o coração e que é acompanhada de um ai-
caloide que determina a paralysia.
I-
r~r- .• »**>* «o í.jiwçism* w*r? :f":*;
Ç
m
18 de Agosto de 1901
550 - N. 66 REVISTA DA SEMANA
;•/¦..'.'>.!
' '*''...
¦ - v>,;; . ... Y .<
> >
V> fl KmPK'
¦;'- fll
I RR flRÜÜ«
^É@Rfl hRRIP**
Íl ^s
GUSTAVO DE CAMPOS
Maestro concerlador da companhia de zarzuelas.
'B R '¦'¦'.'
*': *
Wm Mil ¦'¦'•"¥''¦'
''&.:¦¦ ''f1 +À*À
1
SOLUÇÃO DO PROBLK.MA N. 51 tf DE VIDA
O incêndio. Funccionando no Brasil
PROBLEMA N. 52 X
O que é que com O queima com A canta. Possue fundos de garantia
Arcliiiuedes Júnior. PROJECTOS DESMANCHADOS Dinheiro realisado 6.700:( "Rs.
lá emittiu seguros no valor de 85.000:000$0O0
XADREZ — Devolve-mo a minha Pagou por sinistros Rs. 2.000:000$000
palavra!
PROBLEMA N. 66 —a. souza campos júnior (rio) exclamou Benedicto com ardor. Em ^S^MM^WVMVM *¦»
Pretas (4) que mereci eu que a senhora cesse Única Companhia Brasileira que funcclona
de me julgar digno de sua confiança, nas Republicas Argentina. Uruguay. Chile, Peru.
de sua amisade? Comprehendo. Tem medo que a Bolívia. Equadot* e Paraguay
sua infelicidade me assombre, treme com a idéa
de associar-me a um infortúnio immerecido ; mas, SEDE SOCIAL
quanto maior for a sua provação, tanto maior é o
meu direito de-exigir a partilha. Acceitou-me para
companheiro, quando cabiam-lhe em partilha todas
56, Rua do Ouvidor
as prosperidades, não me repellirá na hora em que, RIO DE JANEIRO
orphã, precisa do apoio de um homem honrado.
Ficou-me um irmão, disse Sabina. •
O sacerdócio e seus contínuos deveresquasi
que separam de si o padre Sulpicio. Além disso, a
COMPANHIA
amisade de um irmão, por poderosa e aíiectuosa DE
que seja, não subtitue a do esposo Ah ! conheee-me LOTERIAS NACI0NAES DO BRASIL
mal, Sabina, se acredita que os seus pezarcs não
me prendem a si mil vezes mais. E1 escusado dizer- SEDE: CAPITAL FEDERAL
lhe que desde a edade em que sonhei com um l'u-
turo, nào o comprenendi senão comsigo e para si.
Eu o sei, disse Sabina, e entretanto, devol-
RUA NOVA DO OUVIDOR 29 e 29 A
Brancas (8) — Mate em 2 lances vo-lhe a sua palavra. Caixa do Correio n. 41
Acredita então que eu a torne responsável Endereço telegraphico — LOTERIAS
PHOBLEMA N. 67 — j. dobmsky (praga) *•-*•*•»—. ,#«•*.•«./*. r*
0001000
waamí '9^ÉA ifiESt v^Êy/ qiie o lcre a attingisse também, então unidosafron-
ÜH fPi ÜÉ Wm, tariamos. Apoiada em mim, sustentaria o embate
desta tempestade. Minha ajíeição tornar-se-ia tão
previdente e suave, que a deixaria passar sem quasi
sentil-a. Sabina, não quer dar-me essa grande prova
de confiança, de acceitar-me por marido, quando
corro a supplicar-lhe que ratifique com sua pro-
messa a palavra de seu pae ? Inteiros 6$000 — Oitavos 750 réis
Sabina deixou de responder durante um mo- Os bilhetes acham-se á venda nas agencias geraes
mento. de Camões & C, becco das Cancellas n. 2 A. endereço
Ah! o seu silencio me gela! exclamou Be- telegraphico PEKIN, caixa do Correio 946 e Luiz Vel-
Brancas (7) — Mate em 3 lances nedicto. loso & C, rua Nova do Ouvidor n. 10, endereço tele-
E' que, disse Sabina, parecendo procurai graphico LUZVEL, caixa do Correio 817, as quaes só
Solução do problema n. 63 (Cheney) as palavras com que devia extinguir de um jacto recebem em pagamento e pagam bilhetes premiados
1 T 8 T x, DXT.2.C7 T, D X C, 3. P X D mate. as esperanças de Benedicto, parece-me diflicil ex- das loterias tia Capital Federal e encarregam-se de
Solvçio do problema ri. 64 (Hintzpcler) pressar-lhe nesfe momento o que se passa em mim quaesquer pedidos, rogando-se a maior clareza nas V
agora que a vontade de meu pae não pesa mais direcções.
B 2 B, P 8 T. f. D. 2. D 5 B D. x. etc. Acceitam-se agentes no interior e nos Estados, daa-
P X T. 2. D X P etc. sobre a minha. do-se vantajosa commisBio.
P 6 D. 2. T 6 R etc. A vontade de seu pae ! impoz-lhe elle jamais ATTENÇÃO — A venda cessa uma hora antes da
G 4 B. 2. D 2 C. x etc. o seu jugo ? marcada para a extracçâo.
9
m
OS NOVOS DE PORTUGAL E BRASIL
v;. CELSO HERMINIO
II-¦. .AI BfI
II ^bmbbB VI I
^1 Bm Ar-^PMs 1 II'
¦¦¦¦¦¦¦¦¦¦BB
¦B
II
'
bS :^^olÉ' '^^ 't àüa^ ' v
I II /J
.
I;
bh , -^flrcvi I Mw
^B bm ^^Kí^v 1 mwm
'É ^.1
II V1I»H! ¦ -fm\
IVW i£X yi^^
II ^ B\ ' /1
i' 'II
I
W> m\\m\ \ : il l
'. :•...¦¦;-,..-.•.-•¦ ¦.¦.-¦ ¦• ¦ ,'¦ • ' - - ¦¦..'._ • ¦¦¦.,- iHi^if^:i '". :.:¦ i '• ¦ .' ¦ . •••- -* ">¦¦!¦¦. J"J: ¦;:;•>•' ¦ :¦ ¦ ,.
:V:.5.:.v i. .
?\\ Jl»M^B^^B^BK«
Ilwimiirtlf' *J3taM^BaBeB»lB^B^BBBBMBlBMBBBBB^gÍQ^K^w»^^^g^^
thWMMWI i B Hü ^
Gitit^ii}
/
; y Hi^W|^^BSaBB^M^HK^g^ay^^^^w^^BwGEMBffiÍB
ADELINO RAPOSO
:- XTnnW|iawT^
Emprezario e cavalleiro da cuadrilla que actualmente trabalha na praça th\s' Laranjeiras.
NO LYRICO
NA BOGGA DA «GARANTONHA»
Portrait-charge de Jorge Cid.
ali âH^
'*mÊM
.... ,:.,'...r. ;.;;;¦
mm mmÈÈÊÈÊ
'í;:^-"*;'-.^.?;;'-'".?^'^-; ¦¦ ';•-¦.
¦; Tftíi-íi-*^'^. ^
:V<.,.,
/«'i-S-ií^-V^.-s,:;,.
1^
^^¦¦¦¦f^ .^fl I 5^."^^*•*•* -^-^^l^^L.
* ^^^^Sk.
I ^mm m^^M ^|^^.
J- ^
j^^^bh ' ^tf jS- 3L ii ^v5mkÍS1G^B^BhBb^£~^Bh B^B^^^sfiBaBK^^^Brií^BH B^H
OS THE ATROS nhecidas, mas ouvidas com bastante agrado, porque são
das mais bonitas peças do gênero e não são nem mal
representadas nem mal cantadas e se acham rasoavel-
A Cavalleria está excellentcmente ensaiada pelo
maestro Campos, que recebeu fartos applausos, bem
aa/v^^v^ como a orchestra, sobretudo no intermezzo, executado
mente postas em scena. com brio e gosto.
Todos os Ihcalros oslão actualmente funccionando A companhia hespanhola dirigida pelo maestro
no Rio de Janeiro e Iodos estão auferindo rasoaveis Campos, tem levado regular concurrencia ao theatro A Revista da Semana publica hoje os retratos dos
resultados, concorrendo muito para isso o facto de Recreio Dramático, exhibindo com bastantes applausos principaes artistas dessa companhia.'
variarem os seus espcctaculos. A marcha de Cadiz, 0 certamen nacional, Tenlacionea de No theatro Apollo os artistas porluguezes vão sa-
San Antônio, Duo de Ia Africana, Gran-Via e Cavalleria lisfazendo o publico, pela sua correcção e galhardia.
No Lyrico foram cantadas as operas Cavalleria fíus- fíuslicana, excedendo esta opera, de gênero absoluta-
Ucana, Par/liacci, Hüguènòlés,e Cormen,com certo asrado* Esta semana foi alh representado O Solar dos Dar-
no S. Pedro de Alcântara, a companhia fràricéza repre- mente diverso daquelle a que os artistas do Recreio rigas, engraçada opereta de Gervasio Lobato, D. João
sentou La filie de mme. Arigot, Lc coeur ei Ia main La estão habituados, a expectativa do publico, que applau- da Câmara e Cyriaco de Cardoso.
diu bastante os principaes trechos da bcllissima parti- Agradou, como de costume.
poupée, Le pelil Duc e líoceace, todas muito nossa«'co- tura de Mascagni.
- !JSf