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PARTE 3

HIERARQUIA DE DRENAGEM ( até meados de setembro)

Em sala, a(o) professora (or) explicará as formas mais usuais de se estabelecer a


hierarquia da rede de drenagem e porque devemos realiza´-la logo de início. A hieraquia irá
compor outros dados morfométricos, tanto na análise linear como em área ou hipsométrica.
Ajudará a identificar, por exemplo, a hierarquia das próprias sub-bacias hidrográficas, entre
outras discriminações.
Nós utilizaremos o método de STRAHLER (1952). Para a identificação do rio principal,
utilizaremos o método de HORTON (1945). Ambos são amplamente utilizados até hoje.
No método de STRAHLER (1952), a identificação se inicia com os rios de 1ª ordem, que são
aqueles que não recebem nenhum afluente. Dois rios de primeira ordem já bastam para que a
partir de sua confluência, seja formado um rio de segunda ordem. A confluência de dois rios de
segunda ordem define um de terceira e assim por diante. Quando dois rios de ordens
hierárquicas diferentes juntam-se, prevalece a maior ordem. Esse procedimento pode ser
realizado na base impressa , colocando-se os números em cada segmento fluvial. No over-lay
definitivo você poderá utilizar uma das legendas sugeridas na figura abaixo, dando preferência
à legenda gráfica e utilizando seus conhecimentos de cartografia temática.

PARTE 4
DEFININDO-SE O RIO PRINCIPAL( até meados de setembro)

Para a identificação do rio principal, devemos “subir o rio” e, a partir das confluências, seguir o
caminho da maior ordem. Onde houver confluências de mesma ordem hierárquica, os
seguintes critérios deverão ser observados:

a) a bacia hidrográfica escolhida apresenta forte controle estrutural


b) a bacia hidrográfica não apresenta forte controle estrutural

Para a situação descrita em a) os critérios de desempate são , em primeiro lugar, a área


das sub-bacias até o ponto da confluência em questão. A maior área é a que deverá ser a
escolhida para se “subir o rio”. Se os dados de área se apresentarem parecidos, o segundo
critério de desempate será o de extensão das sub- bacias. A maior extensão é a que
deverá ser escolhida. Se ainda assim, os números forem próximos, o critério da maior
altitude será escolhido.

Para a situação descrita em b) os critérios de desempate serão o de menor ângulo ,


seguidos dos critérios de maior área drenada , maior extensão e maior altitude. Por
último, será considerado o critério da toponímia, que poderá trazer o nome do rio principal.
PARTE 5
CONSTRUINDO E INTERPRETANDO O PERFIL LONGITUDINAL( até o final de
setembro)

a)Construindo.Você deverá utilizar papel milimetrado com tamanho suficiente para


incorporar toda a extensão do rio principal .
Em primeiro lugar, é preciso utilizar um curvímetro ou até mesmo um barbante ou tira de
papel para se obter o dado extensão em km.
O procedimento da tira de papel é o seguinte: passe para uma tira do papel vegetal a
extensão total do rio principal e, a seguir, passe todos os cruzamentos de rios e curvas de
nível anotando na própria tira, os valores das mesmas. A partir desse procedimento, ficará
bem mais fácil ir anotando os dados de extensão e altitude numa tabela. Comece a medir
a extensão do rio a partir de sua nascente para jusante. O curvímetro (digital ou mecânico)
poderá ser utilizado observando cada cruzamento de rio com curva de nível e os valores
de extensão e de altitude anotados, na própria tira ou na própria carta.Trechos retos e
curtos poderão ser medidos com a própria régua.
Após essas anotações, o perfil poderá ser construído, com a seguinte escala : nos dados
de extensão, no eixo das abscissas, cada cm valerá 1Km. No eixo das ordenadas os
dados de altitude plotados cumulativamente, deverão iniciar com o zero e cada cm valerá
100m. A plotagem dos dados deverá ter o acabamento em azul, anotando-se a hierarquia
no próprio perfil.Também será possível realizar este procedimento por meio de programas
de cartografia digital ou planilha do Excel.Neste caso, ainda solicita-se a confecção na
mesma escala acima manotada.

b) Interpretando. Com esse perfil, você estará apto a entender os conceitos de n’ivel de
base , perfil de equilíbrio, “ Knick point” e entalhamento fluvial. A partir disso, você deverá
fazer a interpretação do perfil, procurando descrever e explicar as mudanças e rupturas de
declividade , consultando, por exemplo, cartas geológicas e geomorfológicas.

PARTE 6
DELIMITANDO-SE AS SUB-BACIAS( até início de outubro)

O mesmo procedimento realizado na delimitação da bacia hidrográfica principal deverá ser


observado na delimitação das sub-bacias, iniciando-se a partir da ordem inferior e das
confluências de jusante para montante. Por exemplo, se sua bacia tiver ordem 5, a primeira
subdivisão a ser feita é a de ordem 4. Você deverá realizar a delimitação de todas as sub-
bacias de ordem 4. A partir daí, fazer apenas as sub-bacias de ordem 3 que contenham o rio
principal.Isso feito, você deverá delimitar apenas as sub-bacias de ordem 2 onde se encontra
o rio principal. Isso feito, deverá delimitar todas as sub-bacias de ordem 1 situadas nas sub-
bacias de ordem 2 que contenham o rio principal.
Você deverá utilizar-se da seguinte legenda gráfica: preto ou grafite para a maior ordem,
marrom para a ordem imediatamente inferior, vermelho para a ordem inferior à marrom, laranja
para a ordem inferior à vermelha, amarela para a ordem inferior à laranja e, por último, a verde.
Não se esqueça que irão existir coincidências de limites, onde deverá prevalecer o limite da
maior ordem. Também existirão áreas de drenagem direta.

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