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Conceitos

 Um projeto é um esforço temporário empreendido para criar um produto, serviço ou


resultado exclusivo. A natureza temporária indica um início e um término difinidos
 A equipe do projeto, como uma unidade de trabalho, raramente sobrevive ao projeto.

Ciclo de vida

O ciclo de vida de um projeto consiste nas fases do mesmo que geralmente são
sequenciais e que às vezes se sobrepõem, cujo nome e número são determinados pelas
necessidades de gerenciamento e controle da(s) organização(ões) envolvidas , a natureza do
projeto em si e sua área de aplicação. Um ciclo de vida pode ser documentado com uma
metodologia. O ciclo de vida pode ser definido ou moldado de acordo com aspectos exclusivos
da organização, indústria ou tecnologia empregada. Ao passo em que todos os projetos têm
um início e um fim definidos, as entregas e atividades específicas conduzidas neste ínterim
poderão variar muito e acordo com o projeto. O ciclo devida oferece uma estrutura básica
para o gerenciamento do projeto, independentemente do trabalho específico envolvido.

Grupos de processos são diferentes das fases de ciclo de vida!

Fases do ciclo de vida:

 Início do projeto;
 Organização e preparação;
 Execução do trabalho do projeto; e
 Encerramento do projeto

Escritório de projetos (pag. 16 PMBoK)

É uma entidade ou corpo organizacional à qual são atribuídas várias responsabilidades


relacionadas ao gerenciamento centralizado e coordenado dos projetos sob seu domínio.
Possui responsabilidades que podem variar desde o fornecimento de funções de apoio ao
gerenciamento de projetos até a responsabilidade real pelo gerenciamento direto de um
projeto.

Se tiver responsabilidade direta ou indireta pelo resultado do projeto, pode ser


considerada uma parte interessada. Pode oferecer serviços de suporte administrativo, como
políticas, metodologias e modelos; treinamento, aconselhamento e orientação de gerentes de
projetos; suporte, orientação e treinamento em relação a como gerenciar projetos e usar as
ferramentas etc. 
Análise Qualitativa x Análise Quantitativa

 Análise qualitativa: Priorização de riscos com base na Probabilidade de Ocorrência x


Impacto;
 Análise quantitativa: Analisar numericamente os riscos priorizados na análise
qualitativa. Mais eficiente na tomada de decisões.

Relações entre fases

Há três tipos básicos de relações entre fases:

 Uma relação sequencial, em que uma fase só poderá iniciar depois que a anterior
terminar.
 Uma relação sobreposta, em que a fase tem início antes do término da anterior; e
 Uma relação iterativa, em que apenas uma fase está planejada a qualquer momento e
o planejamento da próxima é feito à medida que o trabalho avança na fase atual e nas
entregas.

Descrição das nove áreas de gerenciamento

1. Gerenciamento de integração do projeto: O Gerenciamento da integração do projeto


inclui os processos e as atividades necessárias para identificar, definir, combinar,
unificar e coordenar os vários processos e atividades dos grupos de processos de
gerenciamento;

2. Gerenciamento do escopo do projeto: O gerenciamento do escopo do projeto inclui


os processos necessários para assegurar que o projeto inclui todo o trabalho
necessário, e apenas o necessário, para terminar o projeto com sucesso. Esse
gerenciamento está relacionado principalmente com a definição e controle do que
está e do que não está incluso no projeto;

3. Gerenciamento de tempo do projeto: O Gerenciamento do tempo do projeto inclui os


processos necessários para gerenciar o término pontual do projeto;

4. Gerenciamento de custos do projeto: O gerenciamento dos custos do projeto inclui os


processos envolvidos em estimativas, orçamentos e controle dos custos, de modo que
o projeto possa ser terminado dentro do orçamento aprovado;

5. Gerenciamento da qualidade do projeto: O gerenciamento da qualidade do projeto


inclui os processos e as atividades da organização executora que determinam as
políticas de qualidade, os objetivos e as responsabilidades, de modo que o projeto
satisfaça às necessidades para as quais foi empreendido;

6. Gerenciamento de recursos humanos do projeto: O gerenciamento dos recursos


humanos do projeto inclui os processos que organizam e gerenciam a equipe do
projeto. Descreve os processos requeridos para fazer o uso mais efetivo das pessoas
envolvidas no projeto;

7. Gerenciamento das comunicações do projeto: O gerenciamento das comunicações do


projeto inclui os processos necessários para assegurar que as informações do projeto
sejam geradas, coletadas, distribuídas, armazenadas, recuperadas e organizadas de
maneira oportuna e apropriada;

8. Gerenciamento de riscos do projeto: O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os


processos de planejamento, identificação, análise, planejamento de respostas,
monitoramento e controle de riscos de um projeto;

9. Gerenciamento de aquisições do projeto: O gerenciamento das aquisições do projeto


inclui os processos necessários para comprar ou adquirir produtos, serviços ou
resultados externosà equipe do projeto.

Gerenciamento do escopo do projeto

Planejamento

 Coletar os requisito:
o O processo de definição e documentação das necessidades das partes
interessadas para alcançar os objetivos do projeto.
o Processo de definir e documentar as funções e funcionalidades do projeto e
do produto necessárias para atender às necessidades e expectativas das partes
interessadas.
 Definir o escopo:
o O processo de desenvolvimento de uma descrição detalhada do projeto e do
produto.
 Criar a EAP:
o O processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em
componentes menores e mais facilmente gerenciáveis.

Monitoramento e controle

 Verificar o escopo:
o O processo de formalização da aceitação das entregas terminadas do projeto;
 Controlar o escopo:
o O processo de monitoramento do progresso do escopo do projeto e escopo
do produto e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo.

Criar a EAP

Criar a EAP é o processo de subdivisão das entregas e do trabalho do projeto em


componentes menores e de gerenciamento mais fácil.

A estrutura analítica do projeto (EAP) é uma decomposição hierárquica orientada às


entregas do trabalho a ser executado pela equipe para atingir os objetivos do projeto e criar
as entregas requisitadas, sendo que cada nível descendente da EAP representa uma definição
gradualmente mais detalhada da definição do trabalho do projeto.

A EAP organiza e define o escopo total e representa o trabalho especificado na atual


declaração do escopo do projeto aprovada.

Uma EAP subdivide-se em:

 Tarefas resumo;
 Níveis intermediários;
 Pacotes de trabalho:
o São as reais entregas do projeto, justamente aquilo que ocupa o último nível
de decomposição da EAP. Aqui estão os produtos e serviços a serem
entregues no projeto.

Entradas
 Declaração do escopo do projeto
 Documentação dos requisitos
 Ativos de processos organizacionai

Ferramentas e técnicas
 Decomposição: Decomposição é a subdivisão das entregas do projeto em
componentes menores e mais gerenciáveis, até que as entregas do trabalho estejam
definidas no nível de pacotes de trabalho.

Saídas
 EAP;
 Dicionário da EAP;
 Linha de base do escopo
o Composta por:
 Declaração do escopo do projeto
 EAP
 Dicionário da EAP
 Atualizações dos documentos do projeto;
Verificar o escopo

Verificar o escopo é o processo de formalização da aceitação das entregas concluídas


do projeto. Inclui a revisão das entregas com o cliente ou patrocinador para assegurar que
foram concluídas satisfatoriamente e obter deles a aceitação formaldas mesmas. A verificação
do escopo difere do controle de qualidade, pois está interessada principalmente na aceitação
das entregas, enquanto que o segundo se interessa com a precisão das mesmas e o alcance
dos requisitos de qualidade especificados para elas.

Controlar o escopo

É o processo de monitoramento do andamento do escopo do projeto e do produto e


gerenciamento das mudanças feitas na linha de base do escopo. O controle do escopo do
projeto assegura que todas as mudanças solicitadas e ações corretivas ou preventivas são
processadas através do processo Realizar o controle integrado de mudanças

Gerenciamento de tempo do projeto

O Gerenciamento do tempo do projeto inclui os processos necessários para gerenciar


o término pontual do projeto.

Em alguns projetos, especialmente aqueles de escopo menor, a definição, o


sequenciamento, a estimativa de recursos, a estimativa das durações das atividades e o
desenvolvimento do cronograma estão tão estreitamente conectados que são vistos como
um único processo que pode ser realizado por uma pessoa em um período de tempo
relativamente curto.

Planejamento

 6.1 Definir as atividades: O processo de identificação das ações específicas a serem


realizadas para produzir as entregas do projeto.
 6.2 Sequenciar as atividades: O processo de identificação e documentação dos
relacionamentos entre as atividades do projeto.
 6.3 Estimar os recursos da atividade: O processo de estimativa dos tipos e
quantidades de material, pessoas, equipamentos ou suprimentos que serão
necessários para realizar cada atividade.
 6.4 Estimar as durações da atividade: O processo de estimativa do número de
períodos de trabalho que serão necessários para terminar atividades específicas com
os recursos estimados.
 6.5 Desenvolver o cronograma: O processo de análise das sequências das atividades,
suas durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o
cronograma do projeto.

Monitoramento e controle

 6.6 Controlar o cronograma: O processo de monitoramento do andamento do projeto


para atualização do seu progresso e gerenciamento das mudanças feitas na linha de
base do cronograma.

Sequenciar as atividades

Sequenciar as atividades é processo de identificação e documentação dos


relacionamentos entre as atividades do projeto. Essas são sequenciadas usando relações
lógicas. Cada atividade e marco, com exceção do primeiro e do último, são conectados a pelo
menos um predecessor e um sucessor. O uso de tempo de antecipação ou de espera pode ser
necessário entre as atividades para dar suporte a um cronograma de projeto realista e
executável. O sequenciamento pode ser executado através do uso de softwarede
gerenciamento de projetos ou do uso de técnicas manuais ou automatizadas.

Sequenciar as atividades: ferramentas e técnicas

Método do diagrama de precedência (MDP)

O MDP é um método usado no Método do Caminho Crítico (CPM) para a construção


de um diagrama de rede do cronograma do projeto e que utiliza quadrados ou retângulos,
chamados de nós, para representar as atividades e conectá-las com flechas que indicam as
relações lógicas que existem entre elas. Esta técnica é chamada também de Atividade no Nó
(ANN), sendo o método usado pela maior parte dos pacotes de software de gerenciamento de
projetos.

O MDP inclui quatro tipos de dependências ou relações lógicas:

 Término para início (TI).O início da atividade sucessora depende do término da


atividade predecessora.
 Término para término (TT). O término da atividade sucessora depende do término da
atividade predecessora.
 Início para início (II).O início da atividade sucessora depende do início da atividade
predecessora.
 Início para término (IT). O término da atividade sucessora depende do início da
atividade predecessora.

No MDP, término para início é o tipo mais comumente usado de relação de


precedência. A relação início para término é raramente usada mas foi incluída aqui para se ter
uma lista completa dos tipos de relação MDP.

Desenvolver o cronograma

Desenvolver o cronograma é o processo de análise de sequências das atividades, suas


durações, recursos necessários e restrições do cronograma visando criar o cronograma do
projeto. A entrada das atividades, durações e recursos na ferramenta de elaboração de
cronograma gera um cronograma com datas planejadas para completar as atividades do
projeto. O desenvolvimento de um cronograma de projeto aceitável é frequentemente um
processo iterativo.

Ferramentas e técnicas

1. Análise da rede do cronograma 


2. Método do caminho crítico
3. Método da corrente crítica
4. Nivelamento de recursos 
5. Análise do cenário “E- se” 
6. Compressão do Cronograma 
7. Ferramenta para desenvolvimento do cronograma 

1. Análise da rede do cronograma 

A análise de rede do cronograma é uma técnica que gera o cronograma do projeto.


Usa várias técnicas analíticas, tais como o método do caminho crítico, o método da corrente
crítica, análise e-se e o nivelamento de recursos para calcular as datas de início e término mais
cedo e mais tarde para as partes incompletas das atividades do projeto. Alguns caminhos da
rede podem ter pontos de convergência ou divergência que podem ser identificados e usados
na análise de compressão do cronograma ou outras análises. 

2. Método do caminho crítico 

O método do caminho crítico calcula as datas teóricas de início e término mais cedo e
início e término mais tarde, para todas as atividades, sem se considerar quaisquer limitações
de recursos, executando uma análise dos caminhos de ida e de volta através da rede do
cronograma. As datas resultantes de início e término mais cedo e início e término mais tarde
não são necessariamente o cronograma do projeto, mas sim uma indicação dos períodos
de tempo dentro dos quais a atividade poderia ser agendada, dadas as durações do projeto,
relações lógicas, antecipações, esperas e outras restrições conhecidas. 

3. Análise do cenário “E- se”

Esta é uma análise da pergunta “E se a situação representada pelo cenário ‘X’


acontecer?”. Uma análise de rede do cronograma é feita usandoo cronograma para computar
os diferentes cenários, tal como atrasar a entrega de um componente principal, prolongar as
durações específicas de engenharia ou introduzir fatores externos, tal como uma greve ou uma
mudança no processo de licenciamento. O resultado da análise do cenário “E se”pode ser
usado para avaliar se o cronograma do projeto é praticável sob condições adversas e para
preparar planos de contingência e de resposta para superar ou mitigar o impacto de situações
inesperadas. A simulação envolve o cálculo de múltiplas durações de projeto com diferentes
conjuntos de hipóteses das atividades. A técnica mais comum é a Análise de Monte Carlo
(Seção 11.4.2.2), na qual uma distribuição das possíveis durações de atividades é definida para
cada atividade e usada para calcular uma distribuição de possíveis resultados para o projeto
como um todo.

Gerenciamento de custo do projeto

O gerenciamento dos custos do projeto inclui os processos envolvidos em estimativas,


orçamentos e controle dos custos, de modo que o projeto possa ser terminado dentro do
orçamento aprovado.

Em alguns projetos, especialmente aqueles com menor escopo, a estimativa e


orçamento de custos são interligados tão firmemente quesão vistos como um processo único
que pode ser realizado por uma pessoa num período de tempo relativamente curto.

Planejamento

 Estimar os custos: O processo de desenvolvimento de uma estimativa de custos dos


recursos monetários necessários para terminar as atividades do projeto.
 Determinar o orçamento: O processo de agregação dos custos estimados de
atividades individuais ou pacotes de trabalho para estabelecer uma linha de base
autorizada dos custos.

Monitoramento e Controle
 Controlar os custos: O processo de monitoramento do andamento do projeto para
atualização do seu orçamento e gerenciamento das mudanças feitas na linha de base
dos custos.

Estimar os custos

Gerenciamento de riscos do projeto

O gerenciamento dos riscos do projeto inclui os processos de planejamento,


identificação, análise, planejamento de respostas, monitoramento e controle de riscos de um
projeto. Os objetivos do gerenciamento dos riscos são aumentara probabilidade e o impacto
dos eventos positivos e reduzir a probabilidade e o impacto dos eventos negativos no projeto.

Técnica Monte Carlo

Em gerenciamento de projetos, é uma ferramenta utilizada para análise quantitativa


de riscos, pelo processo de Gerenciamento de Riscos

 É elaborado o cronograma do projeto, de forma determinística (usando o método do


caminho crítico, nivelamento de recursos, etc)
 São identificados e priorizados os riscos do projeto
 São estimados os impactos dos riscos priorizados sobre os prazos e custos das
atividades
 É feita análise quantitativa dos riscos priorizados, usando a técnica de Monte Carlo
para calcular as probabilidades cumulativas dos efeitos desses riscos
 A partir dos resultados, e considerando o nível de tolerância a risco considerado
aceitável, são definidas as reservas necessárias em termos de prazos e custos do
projeto

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