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ORIGEM DA PALAVRA TOMOGRAFIA

Do Grego TOMUS = corte ou fatia

Do Português, GRAFIA = escrita, estudo

HISTÓRIA DA TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA

No ano de 1967, iniciaram-se as 11pesquisas sobre reconhecimento de imagens


etécnicas de armazenamento de dados em um computador. Em 1971 foi realizado o
primeiro teste de um “Scanner” do crânio, num Hospital em Londres. A partir destes
dados os progressos foram rápidos.O Scanner foi oficialmente apresentado em 1972 e
a coleta de dados foi evoluindo por várias gerações. Os inventores do Scanner-
Tomógrafo foram A.M.Comark( um físico norte americano) e Geoffrey Hounsfield( um
engenheiro inglês).Em 1973, a EMI (primeira empresa a fabricar o scanner), instalou os
primeiros “scanners”de crânio nos EUA, que mais tarde passariam a se chamar
TOMÓGRAFOS COMPUTADORIZADOS. Em 1974, os primeiros TCs para exame de
corpo já estavam em funcionamento, e em 1979, estes dois cientistas receberam o
prêmio Nobel, pois este invento tem importância comparada á descoberta dos Raios
xORIGEM DA PALAVRA TOMOGRAFIADo Grego TOMUS = corte ou fatia Do
Português, GRAFIA = escrita, estudo

PRINCIPIOS BÁSICOS
Uma imagem de tomografia computadorizada (TC) é uma apresentação da anatomia
de uma fatia fina do corpo desenvolvida por múltiplas medidas de absorção de raios X,
feita ao redor da periferia do corpo. Ao contrário da tomografia linear, onde a imagem
de corte fino é criada mediante borramento da informação de regiões indesejadas, a
imagem da TC é construída matematicamente. São necessárias no mínimo 180
projeções diferentes para obter uma imagem diagnosticamente útil.

EVOLUÇÃO DA TC
1º. Geração: Exigiam cerca de 7 minutos para reunir informações suficientes de cada
corte.Consistam de uma ampola de RX, que emitia feixes lineares de RX que eram
captados porum único detector.

2º. Geração: É utilizado o mesmo tipo de ampola de RX, com a diferença de emitir não
um único feixe, mais vários, e aumenta o número de detectores.

3º. Geração: Aumentaram os números de detectores e o tamanho de feixe, fa- zendo


reduzir ainda mais o tempo de exploração.

4º. Geração: Necessitam somente de 2 a 10 segundos por varredura. Os TC desta


geração possuem um anel de 600 ou mais detectores, que circundam completamente o
paciente em um circulo dentro do pórtico (GANTRY). O tubo de raios-X faz um arco de
360 graus durante a coleta de dados. Durante movimento contínuo, rápidas cargas são
emitidas pelo tubo com ânodo rotatório.

Meios de Contraste
Contraste é um termo fotográfico ou, mais precisamente, no contexto atual, o
termoradiológico que denota a diferença de aspecto em qualquer imagem entre uma
região anatômica e outra, ou entre uma região de anormalidade e o tecido normal
circundante. Este último ás vezes é denominado “conspicuidade da lesão”. Na
radiografia simples, a resolução de contraste natural dos tecidos moles é ruim, sendo
esse o motivo pelo qual começaram a ser desenvolvidos inicialmente meios de
contraste para uso oral e intravascular.

A introdução da TC trouxe uma enorme vantagem em relação ás radiografias simples,


no que se refere á resolução do contraste de tecidos moles. Não obstante, mesmo a
TC beneficia-se no uso de contraste farmacológico artificiais pelas vias oral, retal e
intravascular. Contraste intravascular são soluções injetáveis de materiais que
absorvem raios-X. O fator de absorção de raios X poderia, em princípio, corresponder a
uma variedade de elementos, mas o iodo é usado universalmente em todas as
fórmulas comerciais. Sucintamente, os meios de contraste têm como base um anel
triiodado. Os produtos comerciais apresentam diversas fórmulas e concentrações.
Farmacocinética, pois é ela que dita a distribuição e a concentração corporal em
qualquer momento após a injeção e que, portanto, regula a contrastação.

Farmacocinética
Todos os meios de contraste são moléculas pequenas que, conseqüentemente, cruzam
com bastante liberdade as membranas endoteliais, exceto as do cérebro, no qual a
barreira hematoencefálica impede essa ação. Os meios de contraste não penetram
células em grau significativo e, assim, distribuem – se no líquido extracelular, tanto no
espaço intravascular quanto no extravascular. As vezes são descritos como
marcadores do espaço líquido extracelular. São excretados exclusivamente pelos rins,
por filtração glomerular passiva, sem reabsorção ou secreção tubular ativa.

Fase arterial
Após uma injeção venosa periférica, o meio de contraste chega em cerca de 10 seg.
dependendo do débito cardíaco, á aorta e, daí, á artéria hepática. Uma vez que o
fígado normal só recebe cerca de 15% de sua irrigação sanguínea da artéria hepática,
apresenta uma contrastação sanguínea da artéria hepática, apresenta uma
constratação modesta durante esta fase. Por outro lado, tumores hepáticos derivam
85% de sua irrigação sanguinea da artéria hepática e podem apresentar uma
contrastação significativa, já nessa fase inicial. Na verdade, alguns tumores
especialmente vascularizados podem aparecer realçados de forma mais brilhante do
que o fígado normal nesse estagio.

Fase venosa
Quando o contraste atinge a artéria hepática, chegam também às artérias esplênica,
mesentérica superior e mesentérica inferior. Cerca de 10 seg. depois retorna via veias
esplênicas, mesentérica superior e inferior, para preencher a veia porta. Uma vez que o
fígado normal deriva cerca de 85% de sua irrigação sanguínea dessa veia, uma
acentuada contrastação hepática normal é observada nessa fase. Incremento da mesa
(intervalo de corte ou feed) – Consiste no espaço, em milímetros, estabelecido
mediante o deslocamento da mesa em relação a uma determinada região anatômica. O
deslocamento pode ser positivo ou negativo, para dentro ou para fora do gantry. Tilt
(angulação do gantry) – Consiste na movimentação do gantry até a angulação
necessária para melhor obtenção da imagem, dependendo da área estudada e dos
reparos anatômicos dessa região.

Fov (Field of view – campo de visão) – O Fov é responsável pela determinação do


tamanho da área do objeto que será visualizado para estudo, é o diâmetro de visão
mínimo de uma imagem (cm ou mm), ou seja é a parte da matriz que será
representada na tonalidade da tela do monitor de vídeo. A alteração do diâmetro do Fov
irá alterar a área do pixel, pois seu valor é obtido pela razão entre o FOV e a matriz.

EX: Crânio – Fov: 25cm

Corpo – Fov 35 a 42cm

Fator de zoom – MAG – fator de ampliação – Consiste no fator de ampliação que pode
ser aplicado a uma imagem. O fator normal de aquisição é de 1.0, podendo – se
modificar a imagem em até + ou – 10 vezes.

Coordenadas X e Y (reconstrução da imagem) – Os sistemas de TC usam como centro


de reconstrução original X = 0 e Y = 0, descrevendo a sua posição em centímetros com
relação à escala de tamanho do objeto que está sendo cortado.

Extensão do estudo – Caracteriza – se pelo volume de interesse, que varia com


relação à extensão da área de estudo, modificando – se diretamente de acordo com o
número de Exames.

Depois de ter sido feito o registro do paciente e o posicionamento do mesmo, se


começa o exame pelo topograma, que é uma radiografia digitalizada da parte a ser
estudada, para em seguida passarmos para o tomograma, que é a parte que vamos
definir nosso estudo, para começarmos os cortes.

Topograma ou Escanograma
O Topograma é uma imagem seqüencial digital obtida por meio do movimento
longitudinal da mesa com o tubo fixo em determinada posição. A imagem adquirida e
semelhante a radiografia convencional porem e um programa de localização de cortes,
em que se marcam os limites superior e inferior das aquisições axiais. Por meio dele
determinamos, também, a que altura encontra-se o corte axial avaliado.

Tube position = Posição do tubo de raios-X

A.P. = Antero Posterior

Lateral = Perfil
P.A. = Póstero Anterior

KV

mAs

Lengt (mm) = Tamanho longitudinal do topograma:

128 mm // 256 mm // 512 mm // 1024 mm

Filtro
Recurso algoritmo usado nos processos de reconstrução das imagens, adequado para
cada tipo de estrutura anatômica em estudo (filtros moles e filtros duros).

Filtros moles - tem sua utilização para estudar partes anatômicas (tecido
parenquimatoso,ou parênquima) e recebe denominação de filtros para partes moles,
poderá variar conforme o fabricante do aparelho

Exemplos de filtros utilizados:

Algorithm ou filtro = Nos dá a definição da imagem

Smooth = algaritmo homogenizador, não dá muitos detalhes

Standard = algaritmo normal, lhe dá uma imagem real

Sharp = algaritmo ressaltador, aumenta o detalhe da imagem,

principalmente estruturas ósseas.

Posicionamento na tomografia do Crânio


Patologias

Traumas (edema cerebral, hemorragia, hematoma extra ou subdural,


hemorragiasubaracnóidea)

AVC (isquêmico ou hemorrágico).

Tumor cerebral.

TC de Crânio - Exame que permite uma avaliação rápida na distinção das lesões.
Planejamento do exame
Entrevista.

Preparo do paciente.

Exame propriamente dito.

Processamento e documentação da imagem.

Análise do exame.

Posicionamento do paciente
Mesa com suporte axial para crânio.

Paciente em decúbito dorsal, o mais confortável possível.

Imobilizar a cabeça.

Colocar as mãos do paciente sobre o abdome ou ao lado do corpo.

Observar: simetria, altura e angulação da cabeça.

Tompograma: perfil View angle: 90

Length: 130

KV: 120

mA: 30

Inicio dos cortes: abaixo do forame magno

Final dos cortes: acima da convexidade cerebral.

Protocolo

Helical

Thickness (slice): 1mm

Increment: 0.5mm

KV: 120
mAs: 200

Resolução: Standard

Colimação: 64x0.625

Pitch: 0.923

Rotação: 0.75

Filtro: Brain standard

Window: C: 40 / W: 80

Matrix: 512

Feed Direction: A direção em que a mesa avança.

IN: Entrando no Gantry (Cranio-caudal)

OUT: Saindo do Gantry (Caudo-cranial)

OBS: No caso de TCs Helicoidais: Não fazer Spiral nos exames de crânio ou exames
que tenham que angular o Gantry, pois o padrão da imagem cai de qualidade.

Nos exames que não haja angulação, fazer Spiral sempre, pois economiza o tubo.

HEAD TC ( TC DE CRÂNIO)
Na TC de Crânio fazemos duas programações. A primeira é na base do crânio(região
infratentorial) e a segunda é no parênquima cerebral (região supra-tentorial), e a
angulação ideal é a supra-órbito-meatal (para fugir do cristalino).

Indicação: Qualquer processo patológico suspeito envolvendo o encéfalo, é indicado


uma tomografia computadoriza do crânio. A TCC praticamente eliminou a necessidade
de pneumografia cerebral. Houve ainda uma diminuição no número de angiografia
cerebral e cintilografia encefálicas.

Algumas indicações comuns: Suspeita de massas encefálicas; metástases encefálicas;


hemorragia intracraniana; aneurisma; abscesso; atrofia cerebral e anormalidades pós
traumáticas como: hematomas epidurais e subdurais, além de anormalidades
adquiridas ou congênitas.

Contra Indicação: Paciente que não pode ser transportado até o aparelho, devido a seu
quadro de saúde e gestantes com período inferior a 6 meses de gravidez. Tirando isto
não há contra indicação real à tomografia computadorizada.

Preparo do Paciente: Solicitar um jejum de no mínimo 04 horas para evitar


complicações associadas ao esvaziamento gástrico prematuro, durante a
administração do contraste venoso.

Posicionamento tomografico no pulmão, baço, pancreas,


fígado
PARÂMETROS TÉCNICOS PARA CONFECCIONAR UM PROTOCOLO

Existe informação que devem ser inseridas no sistema que garante a qualidade e
integridade da informação. Para a manutenção dessa integridade de informações um
dado muito relevante é com relação à posição1 que o paciente se encontra na mesa de
exame: Decúbito Dorsal (Supino – SU) Decúbito Ventral (Prone – PR) Lateral Direita
(LD), Lateral Esquerda (LE). Existe outra informação de tamanha relevância como a
posiçao1 e a posição2 que norteia a postura do usuário, onde o somatório da posição1
e 2 identifica o lado correto do usuário, a posição 2 está ligado ao modo como o
usuário esta sendo introduzido no interior do gantry no inicio do exame. Se o mesmo se
encontra com a Cabeça entrando primeiro (Heard First - HF) ou Pés entrando primeiro
(Feet First - FF). A somatória das duas posições mais a perspectiva de visão vai
informar o lado que usuário está sendo visualizado.

divisão do estudo.

TÓRAX
• Indicações do exame
O exame de TC do tórax é indicado nos casos de: Trauma, hemorragia, infecção,
doenças vasculares, rastreamento, estadiamento de tumores e abscessos quando
executado dentro dos parâmetros corretos proporciona excelente informação
diagnóstica.
• Posição do usuário
Para TC Convencional, o paciente e instruído a respirar antes de cada nova aquisição
de imagem, então suspender a respiração por alguns segundos.Caso o paciente não
consiga cooperar, o movimento diafragmático causará imagens borradas com uma
marcante perda de qualidade.
• Posicionamento do paciente
• Paciente em decúbito dorsal com os braços para cima
• Feixe sagital alinhado a chanfradura esternal.
• Feixe transversal acima dos ápices pulmonares.
• Feixe coronal na altura da linha hemiaxilar.

ABDOMEM/ PELVE
.
• Indicações do exame
Indicado nos casos de: Trauma, hemorragia, infecção, doenças vasculares,
rastreamento, estadiamento de tumores, abscessos, abdome agudo (apendicite/
colecistite/ abscesso/ perfuração de vísceras ocas, entre outros), rins e vias urinárias
(litíase, malformações e variações anatômicas),
pâncreas (pancreatite/ lesões focais – pseudocistos e neoplasias/ coledocolitíase) e
fígado (lesões focais/ hemangioma/ cirrose) quando executado dentro dos parâmetros
corretos proporciona excelente informação diagnóstica.
• Posição do usuário
O usuário se encontra em decúbito dorsal, com o corpo apoiado e alinhado com a
mesa de exames no interior do gantry que deverá estar sem inclinação. Os braços
deverão estar estendidos para o alto ao lado da cabeça para não sobrepor a região 20
de interesse evitando artefatos. Suporte para as pernas para promover alinhamento
das curvaturas de coluna, se necessário.
É fundamental identificar a extensão superior e inferior da estrutura anatômica a ser
visibilizada para a aquisição das imagens. Neste momento que mais efetivamente
serão aplicados os conhecimentos de anatomia e fisiologia da região. Havendo a
necessidade de utilizar meios de contraste, estes deverão ser injetados de acordo com
a fisiologia da patologia a ser estudada, obedecendo as seguintes fases: arterial, portal
e tardia.

posicionamento tomografico do Abdômen


O Abdômen contém a maioria dos órgãos em forma de tubo do trato digestivo, assim
como outros órgãos sólidos. Os órgãos abdominais ocos incluem o estômago, o
intestino delgado e o cólon com seu apêndice vermiforme. Órgão como o fígado, a
vesícula biliar, e o pâncreas funcionam em associação próxima ao trato digestivo e se
comunicam via dutos. O baço, os rins e as glândula supra-renal também estão no
abdômen, junto com muitos outros vasos sanguíneos como a aorta e a veia cava
inferior. Os anatomistas podem considerar a bexiga urinária, útero, tuba uterina e
óvarios tanto como órgãos abdominais ou pélvicos

Indicações

Trauma,
hemorragia infecção,
doenças vasculares,
rastreamento,
estadiamento de tumores,
abscessos,
abdome agudo (apendicite/ colecistite/ abscesso/ perfuração de vísceras ocas, entre
outros),
rins e vias urinárias (litíase, malformações e variações anatômicas),
pâncreas (pancreatite/ lesões focais – pseudocistos e neoplasias/ coledocolitíase)
fígado (lesões focais/ hemangioma/ cirrose).

Posição do usuario
O usuário se encontra em decúbito dorsal, com o corpo apoiado e alinhado com a
mesa de exames no interior do gantry que deverá estar sem inclinação. Os braços
deverão estar estendidos para o alto ao lado da cabeça para não sobrepor a região 20
de interesse evitando artefatos. Suporte para as pernas para promover alinhamento
das curvaturas de coluna, se necessário.
REFERÊNCIAS
1. HAAGA, J.R; LANZIERI, C, F.; SARTORIS, D. J.; ZERHOUNI, E.A.; Tomografia computadorizada e
ressonância magnética do corpo humano. 3 edição – Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 1996.

2. Henwood, S. Técnicas e Práticas na Tomográfica Computadorizada Clínica – Editora Guanabara


Koogan – Rio de Janeiro – RJ - 2003

3. NOBREGA, A.I Técnicas em Tomografia Computadorizada. São Paulo: Atheneu, 2006.

4. ROCHA, M.S. Tomografia Computadorizada, Ressonância Magnética: gastroenterologia. São


Paulo – Sarvier, 1997.

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