Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Sem dúvida, para qualquer pai cristão, a salvação dos seus filhos e filhas é
de suma importância. Tal é a importância espiritual para nós, que nossas
fracas orações são acompanhadas por muitas lágrimas ao Senhor, para que
Ele lhes conceda a salvação e os torne parte de Sua família celestial e eterna.
Fazemos isso porque entendemos que a salvação é do Senhor (Jonas 2:9).
Primeiro, precisamos estabelecer quais são esses dois grupos. Para esse fim,
gostaria que fôssemos às Escrituras:
Agora devemos nos perguntar: Desde quando nos unimos a Adão? Aqui só
há duas respostas possíveis: 1) desde o nosso nascimento; ou 2) desde que
cometemos nosso primeiro pecado.
Agora, com essa introdução breve e bem concisa sobre a teologia pactual
Batista Reformada, podemos fazer a pergunta novamente: os filhos dos
crentes nascem unidos a Adão ou nascem unidos a Cristo?
Cremos que a Bíblia nos ensina que os filhos de toda a humanidade — sejam
filhos de crentes ou de incrédulos, não importa de que raça, nacionalidade
ou cor — nascem em união com Adão e separados de Cristo, ou seja,
nascemos sob a ira de Deus.
No entanto, sabemos que falsas esperanças podem surgir nos corações dos
homens no que diz respeito à salvação; por isso, explicamos aos nossos
filhos — com muito amor e ternura — o verdadeiro estado de sua situação
espiritual e, ao mesmo tempo, a necessidade que eles têm de Cristo.
Uma falsa esperança que pode surgir nos corações de nossos filhos é que
eles pensem que “como filhos de cristãos, têm uma entrada segura ao céu”.
Vamos explicar em palavras simples que, na Queda de Adão, eles também
caíram.
Nós dizemos aos nossos filhos — sem deixar de mostrar-lhes amor — que a
causa da condenação deles não é que tenham quebrado a lei moral de Deus
(os Dez Mandamentos); mas o problema é a natureza pecaminosa com que
eles nasceram. Nossos filhos precisam nascer de novo, precisam de um novo
coração, necessitam de algo que nenhum homem e nenhuma cerimônia
pode lhes suprir; somente a graça de Deus:
Nós ensinamos aos nossos filhos que, enquanto estiverem unidos a Adão,
não podem estar unidos a Cristo; e enquanto eles não estiverem unidos a
Cristo, as suas almas permanecem em morte.
Nós não batizamos os nossos filhos, porque eles nascem em Adão e não em
Cristo; porque são por nascimento filhos de ira, como os demais; porque eles
nascem sob o Pacto de Obras, não sob o Pacto da Graça; nós não os
batizamos porque os seus pecados não foram perdoados, já que não há
arrependimento da parte deles; não os batizamos porque, não tendo o
Espírito de Cristo, eles não são de Cristo.
Nós cremos que dentro do povo de Israel havia uma Igreja de Cristo, que se
arrependeu de seus pecados e creu na promessa do Salvador; os quais
entraram no Pacto da Graça pela graça de Cristo e por meio da fé. Eles,
sendo escolhidos antes da fundação do mundo, como nós, entraram no
Pacto da Graça do qual não podem apostatar, porque a obra do Espírito
Santo nos preserva nas mãos do Senhor.
Cremos que os filhos de Abraão são aqueles que são crentes, não os
incrédulos:
Uma das expressões que ficaram gravadas em minha mente foi a forma
como foi chamada uma pessoa que cria no batismo por imersão: “ESCÓRIA
ANABATISTA”. Certamente essa pessoa (incrédula, em minha opinião) segue
os passos dos seus antepassados que levavam para os rios todos aqueles
que criam no batismo por imersão, a fim de afogá-los, mas não antes de
dizer de modo sarcástico: “VOCÊ GOSTA DE IMERSÃO?, IMERSÃO LHE
DAREMOS”. Sempre me questionei se esses homens, por suas ações, eram
verdadeiros seguidores do Príncipe da Paz. Minha resposta é que eles não
eram, nem o são.
Todos eles estão em minhas orações para que Deus os remova do ministério,
porque eles ensinam ódio àqueles que os seguem; mas também oro para
que eles sejam salvos.
O ministro de Deus não deve ser contencioso, diz a Palavra de Deus; e minha
intenção não é sê-lo nesse artigo; mas eu pensei ser necessário responder
com mansidão, amor e com a Bíblia a nossa perspectiva sobre “a
responsabilidade dos Batistas Reformados para com os seus filhos”.
Que o Senhor use esse artigo, como eu disse a princípio, para não nos ajudar
a não negligenciarmos o dever de evangelizar os nossos filhos e filhas:
SOBRE O AUTOR
Guillermo de Lama
Pastor Batista Reformado e pregador itinerante.
See author's posts