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Mantida pela: Associação Educacional Americanense

CNPJ: 96.509.583/0001-50 |Credenciamento: Portaria MEC nº. 766/99 | DOU


18/05/99

FACULDADE DE AMERICANA

Bianca de Oliveira e Silva – R.A 20190801

DETERMINAÇÃO DE FATOR DE ATRITO EM TUBULAÇÕES E


ACESSÓRIOS

Americana -SP
2019
RESUMO

A perda de carga é uma questões constantemente estudada para que possa ser
diminuída. Geralmente esse ponto leva à maior gasto com fornecimento de insumos à planta
já que é necessário maior fornecimento de energia para planta.
A prática tem como objetivo determinar experimentalmente o coeficiente de atrito em
dutos circulares, em várias vazões, e comparar os resultados obtidos com correlações
disponíveis na literatura.
SUMÁRIO

1 Introdução.................................................................................................................4

2 Revisão bibliográfica................................................................................................4

3 Resultados e Discussão.............................................................................................6

4 Conclusão.................................................................................................................7

5 Referências bibliográficas........................................................................................8
4

1 INTRODUÇÃO

Com frequência o engenheiro está interessando na queda de pressão necessária para


manter um escoamento interno, pois esse parâmetro determina a exigência de potência na
bomba ou no soprador. De uma maneira geral, os escoamentos reais apresentam dissipação de
energia mecânica devido ao atrito viscoso, ocorrendo variação da energia interna do fluido ao
longo do escoamento entre as seções de entrada e de saída do volume de controle e fluxo de
calor do fluido para a vizinhança através da superfície de controle.
O cálculo de perdas de carga em situações que envolvam fluxo de água em tubulações
é fonte constante de estudos, uma vez que esse fator refere-se à perda de energia provocada
por atritos que ocorrem entre a água e as paredes das tubulações, como consequência da
interação entre viscosidade e rugosidade, sendo refletida nos custos variáveis da instalação
(Kamand, 1988).
A perda de carga, hp, corresponde à parcela de energia mecânica do escoamento que é
irreversivelmente convertida em energia térmica por causa do atrito viscoso entre as duas
seções consideradas. A perda de carga é a energia mecânica por unidade de peso do fluido que
é dissipada devido ao atrito viscoso. Considera-se a perda de carga total como a soma de dois
tipos diferentes de perda de carga, que são:
a) perda de carga distribuída, hpd, devido ao atrito viscoso ao longo da tubulação entre
as duas seções consideradas: e
b) perda de carga localizada ou acidental, hpl, devido aos acessórios ou acidentes
localizados em determinadas posições nas tubulações, tais como válvulas, variações na seção
transversal, curvas, etc.
Assim, tem-se que a perda de carga total, hp, é a soma de todas as perdas de cargas
distribuídas e localizadas entre as seções consideradas
O objetivo da prática é fazer a determinação da perda de carga associado a um tubo de
seção reta circular, que tenha em seu percurso alguns obstáculos, como válvulas, registros, Ts,
diferenciação de diâmetro e etc, que causam perturbações no escoamento do fluido.
Determinar experimentalmente o fator de atrito, os coeficientes de perda de carga distribuída
e localizada.
5

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

A perda de carga total dentro de uma tubulação é determinada por duas fontes
diferentes: a perda de carga distribuída e a perda de carga localizada.
h p =∑ h p , d + ∑ h p ,l (1)

Habitualmente a perda de carga geral é calculada através da equação (2)

∆P v2
=K (2)
ρ 2
Onde K é o coeficiente de perda de carga.

A perda de carga distribuída pode ser calculada por meio da equação de Darcy-
Weisbach, que pode ser escrita como:

L V´ 2
h p , d =f (3)
D 2g
Onde:
h = Perda de carga por fricção
ε: rugosidade relativa do duto.
f: coeficiente de proporcionalidade conhecido como fator de atrito;
L: comprimento considerado do duto;
D: diâmetro interno da tubulação;
V: velocidade média do escoamento;
g: aceleração gravitacional.

Alguns autores citam a equação de Darcy Weisbach como a mais precisa para este
cálculo, pois envolve todas as variáveis responsáveis pelo fenômeno. O fator de atrito
representa a principal dificuldade ao cálculo da perda de carga, pois as formulações propostas
são do tipo implícitas, com f em ambos os membros da equação, sendo de difícil resolução,
mesmo com o uso de calculadoras programáveis e programas de informática específicos de
matemática.
Tratando – se do comportamento do escoamento de um fluido, existem duas formas do
mesmo se comportar: de forma laminar ou turbulenta. No escoamento laminar, o movimento
6

do fluido se passa como se o fluido fosse constituído de lâminas paralelas que deslizam umas
em relação às outras, sem ocorrer mistura macroscópica. No escoamento turbulento, as
partículas fluidas se movem em trajetórias irregulares e ocorre mistura macroscópica,
geralmente, através de turbilhões. Reynolds observou que o escoamento no interior de um
duto de seção circular de diâmetro constante é laminar ou turbulento em função de uma
relação entre a velocidade de escoamento, o diâmetro interno do duto, a massa especifica e a
viscosidade dinâmica do fluido. Essa relação, que é adimensional, é chamada de número de
Reynolds e representada por Re é dada pela equação:

Dvρ
Re = (4)
μ

Se o número de Re for:

Re <2100−Escoamento laminar

4000< R e < 2100−Região de transição de regimente de escoamento

Re >4000−Escoamento turbulento

O número de Reynolds pode ser interpretado como uma relação entre as forças de
inércia e as forças viscosas existentes no escoamento. Sendo assim, para determinar-se
experimentalmente o fator de atrito em tubos de seção circular para, então, compará-lo com os
valores estimados através de correlações da literatura, observando a influência da variação de
comprimento e diâmetro da tubulação, é necessário antes saber o tipo de escoamento que está
sendo desenvolvido na tubulação (laminar ou turbulento), que deve ser classificado de acordo
com o número de Reynolds.

Para a medição da pressão do manômetro diferencial:

P A −PB =( ρm −ρf ) gH (5)


7

3 RESULTADOS E DISCUSSÃO

O procedimento experimental foi iniciado com a calibração dos instrumentos. Todas


as mangueiras precisavam estar com altura de líquido no mesmo nível, para isso manobras de
retirada de pressão das tubulações foram realizadas até que todos os fluidos estivessem na
mesma altura.
Em seguida foram quantificadas as quantidades de válvulas, identificados os acidentes
de tubulação e os diferentes tipos de materiais que constituíam os equipamentos do
procedimento. Os dados obtidos foram organizados em uma tabela para facilitar a
visualização.
Tabela 1: Dados básicos das linhas
Linha 1 Linha 2 Linha 3 Linha 4
Diâmetro interno (m) 0,025 Diâmetro interno (m) 0,025 Diâmetro interno (m) 0,025 Diâmetro interno (m) 0,019
Diâmetro externo (m) 0,032 Diâmetro externo (m) 0,032 Diâmetro externo (m) 0,032 Diâmetro externo (m) 0,025
Comprimento (m) 1,5 Comprimento (m) 1,5 + 5,856 Comprimento (m) 1,5 + 2,92 Comprimento (m) 1,19
Área (m^2) 0,000491 Área (m^2) 0,000491 Área (m^2) 0,000491 Área (m^2) 0,0002833
Acessório Nenhum Acessório Cotovelo 90 ° Acessório Cotovelo 45 ° Acessório Sem acessório
Material PVC Material PVC Material PVC Material Acrílico

Para a realização dos cálculos alguns dados de propriedade do fluido utilizado, água, são
necessários. Para temperatura de 25°C:
Tabela 2: Propriedade da água à 25 °C
Propriedades dos fluidos
ߩ௠ (Kg.݉ ିଷሻ 1,1839
ିଷ
ߩ௙ ;<Ő ݉͘ ሻ 997
g (݉Ǥ‫ିݏ‬ଶሻ 9,8
ିଵ
ߤ ሺ‫ ݃ܭ‬Ǥ݉ ‫ ݏ‬ሻିଵ 0,0008904

O experimento foi realizado para 5 vazões diferentes possuindo intervalos previamente


estabelecidos. O resultado para cada linha foi o seguinte:
Tabela 3: Linha 1
Medida Q Vazão H (cmH 2O) 1º H (cmH2O) 2º ∆P (mH2O) Pa-Pb v (m/s) Re ∆P/ρ f k
1 0,001111 18,0 5,0 0,18 0,000711245 2,26387757 80790,55 0,795576 0,000559 0,310460
2 0,000972 16,5 13,0 0,165 0,000651974 1,980892873 70691,73 0,729278 0,000670 0,371707
3 0,000833 12,5 18,5 0,125 0,00049392 1,697908177 60592,91 0,552483 0,000691 0,383284
4 0,000694 8,7 27,0 0,087 0,000343768 1,414923481 50494,09 0,384528 0,000692 0,384143
5 0,000556 6,0 32,5 0,06 0,000237082 1,131938785 40395,27 0,265192 0,000746 0,413947
Média 0,000833 12,340000 19,200000 0,123400 0,000488 1,697908 60592,91 0,545411 0,000672 0,372708
8

Tabela 4: Linha 2
Medida Q Vazão H (cmH2O) 1º ∆P (mH2O) Pa-Pb v (m/s) Re ∆P/ρ f k
1 0,000417 30,0 0,3 0,001185408 0,848954089 30296,46 1,325960 0,006630 3,679526
2 0,000361 24,5 0,245 0,000968083 0,73576021 26256,93 1,082867 0,007208 4,000668
3 0,000306 18,5 0,185 0,000731002 0,622566332 22217,40 0,817675 0,007602 4,219292
4 0,000250 13,5 0,135 0,000533434 0,509372453 18177,87 0,596682 0,008287 4,599408
5 0,000194 9,5 0,095 0,000375379 0,396178575 14138,35 0,419887 0,009640 5,350332
Média 0,000306 19,200000 0,192000 0,000759 0,622566 22217,40 0,848614 0,007874 4,369845

Tabela 5: Linha 3
Medida Q Vazão H (cmH2O) 1º ∆P (mH2O) Pa-Pb v (m/s) Re ∆P/ρ f k
1 0,000556 25,5 0,255 0,001007597 1,131938785 40395,27 1,127066 0,003170 1,759274
2 0,000500 22,0 0,22 0,000869299 1,018744906 36355,75 0,972370 0,003376 1,873833
3 0,000444 17,5 0,175 0,000691488 0,905551028 32316,22 0,773477 0,003399 1,886476
4 0,000389 13,5 0,135 0,000533434 0,792357149 28276,69 0,596682 0,003425 1,900776
5 0,000333 10,0 0,1 0,000395136 0,679163271 24237,16 0,441987 0,003453 1,916420
Média 0,000444 17,700000 0,177000 0,000699 0,905551 32316,22 0,782316 0,003365 1,867356

Tabela 6: Linha 4
Medida Q Vazão H (cmH2O) 1º ∆P (mH2O) Pa-Pb v (m/s) Re ∆P/ρ f k
1 0,000278 13,0 0,13 0,000513677 0,565969392 20197,64 0,574583 0,006464 3,587538
2 0,000250 10,5 0,105 0,000414893 0,509372453 18177,87 0,464086 0,006446 3,577317
3 0,000222 8,5 0,085 0,000335866 0,452775514 16158,11 0,375689 0,006604 3,665153
4 0,000194 7,0 0,07 0,000276595 0,396178575 14138,35 0,309391 0,007103 3,942350
5 0,000167 5,7 0,057 0,000225228 0,339581635 12118,58 0,251932 0,007873 4,369438
Média 0,000222 8,940000 0,089400 0,000353 0,452776 16158,11 0,395136 0,006898 3,828359

Gráfico 1: Fator de atrito x Reynolds – Linha 1


0

0
35000 40000 45000 50000 55000 60000 65000 70000 75000 80000 85000
9

Gráfico 2: Fator de atrito x Reynolds – Linha 2


0.01

0.01

0.01

0.01

0
12000 14000 16000 18000 20000 22000 24000 26000 28000 30000 32000

Gráfico 3: Fator de atrito x Reynolds – Linha 3


0.014000
0.013800
0.013600
0.013400
0.013200
0.013000
0.012800
0.012600
0.012400
0.012200
0.012000
10000.00 12000.00 14000.00 16000.00 18000.00 20000.00 22000.00
10

Gráfico 4: Fator de atrito x Reynolds – Linha 4


0.009000

0.008000

0.007000

0.006000

0.005000

0.004000

0.003000

0.002000

0.001000

0.000000
10000.00 12000.00 14000.00 16000.00 18000.00 20000.00 22000.00

Gráfico 5: K x Vazão – Linha 2


7.800000

7.600000

7.400000

7.200000

7.000000

6.800000

6.600000
0.000160 0.000180 0.000200 0.000220 0.000240 0.000260 0.000280 0.000300

Gráfico 6: K x Vazão – Linha 3


11

0
0 0 0 0 0 0 0

Gráfico 7: K x Vazão – Linha 4


5.000000
4.500000
4.000000
3.500000
3.000000
2.500000
2.000000
1.500000
1.000000
0.500000
0.000000
0.000160 0.000180 0.000200 0.000220 0.000240 0.000260 0.000280 0.000300
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4 CONCLUSÃO

A prática realizada teve como objetivo estudar as perdas de carga relacionadas à


diversos tipos de tubulações e acidentes. Os resultados obtidos podem ter sido influenciado
por falhas humanas de diversas natureza como, por exemplo, falha na leitura da altura.
A linha que apresentou menor fator de atrito foi a 3, característica essa pode ser
associado ao fato de nesta linha o matéria que constituía ter sido o acrílico.
Como esperado a tubulação que mais apresentou perda de carga foram as tubulações
que continham joelho, que causa maior desnível na linha.
13

5 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

1. TABELA DE DENSIDADE DA ÁGUA COM A TEMPERATURA. In: edisiplicas


USP. Disponível em <\
https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/1658345/mod_resource/content/1/TABELA
%20DE%20DENSIDADE%20DA%20ÁGUA%20COM%20A
%20TEMPERATURA.pdf/>. Acesso em 28 mai. 2019.
2. DENSIDADE DO AR. Disponível em Wikipédia – Enciclopédia livre. Disponível em
<\https://pt.wikipedia.org/wiki/Densidade_do_ar/>. Acesso em 28 mai. 2019.
3.
14

APÊNDICE A. APÊNDICES

Se necessário, criar apêndices com os dados experimentais (reduzindo o volume de


informações dos resultados e discursão). Se for usado esse recurso, no texto deve trazer
referência ao apêndice indicando que os dados estão no final do documento.
Se for necessário mais de um apêndice, ele deve ser identificado por letras (‘A, B,
C...’). E devem ter um título. Figuras e tabelas no apêndice devem seguir a mesma formatação
do corpo do texto e devem ser numerados

APÊNDICE B. NORMAS DE APRESENTAÇÃO GRÁFICA

Todo o trabalho é apresentado com cor de fonte preta, utilizando-se outras cores
apenas em ilustrações ou gráficos. O formato da página é o A4 (21 X 29,7cm) com margem
superior e esquerda de 3 cm e inferior e direita de 2 cm.
O tipo de fonte utilizada é a Times New Roman e o tamanho é 12 para todo o texto
com espaçamento entre linhas de 1,5. Excepcionalmente as referências bibliográficas são
dispostas em espaços simples, são separadas entre si por um espaço e alinhadas à esquerda. O
alinhamento de todo o texto é justificado e o início dos parágrafos é marcado pelo espaço de
1,25 cm.

Indicativos de Seção, Paginação e Abreviações

Os títulos e subtítulos dos capítulos são alinhados à esquerda e numerados em


numeração arábica e progressiva. Os títulos de 1ª ordem são separados do texto por um
espaço entre linhas de 1,5. Os de ordem seguintes não possuem espaçamento.
Os títulos dos elementos pré textuais não recebem indicativos numéricos e são
apresentados no início da folha centralizados. A paginação é inserida no canto superior direito
a 2 cm do início da folha, a partir dos elementos textuais (Introdução) até os elementos pós-
textuais. Os elementos pré-textuais são contados, mas não são numerados.
As siglas são apresentadas por extenso seguidas da sua representação abreviada entre
parênteses quando mencionadas pela primeira vez.
Exemplo:
15

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) são elaboradas por Comissões


de Estudo. A ABNT tem caráter normativo.
As tabelas e figuras são apresentadas com sua identificação na parte superior e fonte
na parte inferior conforme exemplo abaixo. O objeto (gráfico, tabela, figura, etc) aparece
centralizado e o título e legenda alinhados a esquerda do início do objeto em fonte tamanho
10 e espaçamento simples. Tabelas, figuras devem ser chamadas no texto antes de sua
apresentação. Ex: “... como apresentado na Figura 1...”; “... de acordo com a Tabela 1...”

Figura 1 - Inscrições no vestibular.

Fonte: Faculdade de Americana

Tabela 1 - Inscrições no vestibular


Inscritos Leads Mensal
Agosto 99 131
Setembro 550 573
Outubro 146 185
Fonte: Faculdade de Americana

As equações devem ser numeradas e quando explicadas devem ser chamadas pelo
número. Ex: “...a Segunda Lei de Newton dada pela Equação ...”.
F=m .a 1
As equações não devem ser separadas por espaços do texto.

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