Você está na página 1de 11

ECONOMIA BRASILEIRA E INTERNACIONAL

MATÉRIA PARA P1

Aula 1 - O Brasil econômico até 1930

Economia primário – exportadora (café 75% do mundo) café, borracha,


cacau, açúcar, tabaco, algodão e mate.
Os produtos industrializados eram na maioria importados.

A quebra da Bolsa de New York 1929

 O período 1929/1933 chamado de "a grande depressão" reduziu o nível


de atividade em quase todos os países do mundo, menos na União
Soviética; 
 Formação de uma bolha especulativa no mercado de ações do USA
quebra (crash) da bolsa de NY em 10/1929, onde altos lucros faziam
grandes compras de ações e com preços bons, todos renderam e os
preços das acordei caíram muito;
 Nos USA 85000 falências e 15 milhões de desempregados, afetando em
praticamente 60% o comércio internacional (inclusive o café)
 O Brasil sentiu, pois começou a sobrar café, o preço caiu muito e
precisou até destruir plantações;
 O Brasil diminuiu as importações e passa a produzir os próprios bens
(inicio da substituição das importações), começando por bens de
consumo não duráveis (têxtil, chapéus, cigarros e cervejas) e
posteriormente até bens de capital (máquinas e equipamentos) com
preços baixos de materia prima gerou as falências mundiais;
 Entre 1929 e 1937 o Brasil expandiu a sua produção industrial em 50% e
não sentiu muito a crise; 
 Somente na esfera política que o Brasil passou por grandes mudanças.
Sai a política do café com leite e começa o 1º período do governo
Getúlio Vargas.
Aula 2 - A era Getúlio Vargas e a economia período de 1930 a 1945

Antes: o imposto sobre importações era a principal receita tributária.


Após: com a diminuição das importações, principalmente com o
chamado PSI (plano de substituição de importações) e consequente
aquecimento da indústria local, o imposto sobre o consumo acabou superando.
Entre 1939 (inicio da 2ª guerra) e 1942 houve uma forte recessão.
A partir de agosto de 1942 quando o Brasil se uniu aos aliados, devido
ao trafego comercial prejudicado e principalmente devido a guerra, seus
principais parceiros comerciais (USA e Alemanha) tinham pouca tecnologia a
oferecer. A partir daí o Brasil começa a produzir grande parte do que importava
(PSI).
Com a queda do café, o algodão cresce e a indústria têxtil também,
fabricando ate os uniformes para a guerra.
Uma missão econômica dos USA vem ao Brasil para ajudar e detecta a
industrialização como o melhor meio de serem aproveitados os recursos
naturais do pais, mas ressaltou a insuficiência de combustíveis para atender as
necessidades da indústria e do transporte.
Apesar do Brasil atrair muito capital estrangeiro, foram criados com
capital 100% nacional a CSN (companhia siderúrgica nacional) em 1941 e a
vale (vale do rio doce) em 1942.
No final do período da 2ª guerra, devido a falta de equipamentos novos
pois os parceiros mundiais só produziram para a guerra, Rio de Janeiro e São
Paulo estavam com suas máquinas à exaustão, começando uma queda na
produção industrial de 10,7% em 1944 para 5,5% em 1945.
Na questão balança comercial, o superávit (exportação > importação) foi
de US$ 667 milhões.
Alguns órgãos públicos também foram criados, entre eles a CPE
(comissão do planejamento econômico) e a CNP (conselho nacional do
petróleo)

Outros:
 Em 1939 primeira descoberta de petróleo em Lobato (BA) 
 Em 1º de maio de 1940 primeiro salario mínimo de 220 mil reis (leis
trabalhistas CLT)
 Em 1942 primeira mudança na moeda onde 1000 reis passa a ser 1
cruzeiro
 Criação do conselho federal de comercio exterior é o plano especial de
obras publicas, além do reaparelhamento da defesa nacional
 Criação da superintendência da moeda e do crédito (SUMOC) decreto
7293/45 que viraria o Banco Central do Brasilem 1962.
 O DNER (Departamento Nacional Estradas de Rodagem) lei 8463/45.

Conclusão
A redução de importações (principalmente de bens de consumo e
combustíveis) e o simultâneo aumento- da receita de exportação geraram
saldos comerciais que provocaram uma expansão maior da moeda que, por
sua vez pressionou os preços para cima, Os índices de preços elevaram-se 75
% entre 1943 e 1945 e 110% entre 1940 e 1945 (inflação alta).
O governo no sentido de conter os preços e o consumo de produtos
essenciais, notadamente os importados, passou a administrar o preço de vários
produtos de consumo e estabeleceu um sistema de racionamento para a
gasolina, farinha de trigo e açúcar. Mesmo assim houve uma maior expansão
do mercado interno.

Aula 3 – A Economia brasileira e o pós 2ª guerra

O período de 1946 à 1955 marcaram o fim da 2ª guerra (1945), o fim do


primeiro governo Vargas, o governo Dutra, o novo governo Vargas e o inicio de
um novo crescimento industrial.
Para o Brasil, a principal consequência da 2ª guerra foi o acumulo de
grandes saldos de moeda estrangeira. Este saldo resultou da queda do volume
de importações, tanto pela guerra, como pela substituição de importações.
A parte negativa foi que o Brasil começou a desperdiçar com
importações supérfluas, o consumo reviveu e as taxas de inflação subiram.
O governo provisório do general Dutra que sucedeu o 1º governo
Vargas, e depois o passou de novo para o 2º governo Vargas, aproveitou boa
parte das dividas em moedas acumuladas e iniciou a reestruturação da
indústria nacional, dando impulso para uma nova etapa.
Verificou-se que a taxa media anual do PIB na 2ª guerra foi de 4,7% e
nos 5 anos seguintes subiu para 7,3%.
O crescimento médio anual da produção industrial, que na 2ª guerra era
de 6,2%, nos 10 anos seguintes aumentou para 8,5%.
Este período de prosperidade foi determinado, basicamente, pela já
citada economia de divisas, que foi responsável por permitir as importações
dos equipamentos industriais, e pela melhora do preço do café no mercado
internacional.
Também nesse período, a carteira de importação e exportação do Banco
do Brasil, começa a priorizar as importações também de matéria-prima para a
indústria.
Negativamente, temos a ascensão do processo inflacionário, crises
políticas para tirar Getúlio Vargas do poder, o próprio suicídio de Vargas, a
dificuldade de importar bens de capital com a Europa e os USA se reerguendo,
e por fim um quadro de desequilíbrio econômico em 1956.

A economia brasileira e o período de 1956/1961


A era Juscelino Kubistchek (JK)

Elaborou e executou o chamado “Plano de Metas”, que dizia “crescer 50


anos em 5”.
Depois do desequilíbrio econômico e alta inflação no governo passado, o
FMI (Fundo Monetário Internacional), de quem o Brasil era credor, queria que o
país adotasse uma política de estabilidade econômica (controle inflacionário e
amortização da divida externa), mas JK queria a expansão industrial a todo
custo, construir Brasília (DF) e executou o plano de metas que compreendeu
basicamente:
 O CND (Conselho Nacional de Desenvolvimento)
 Os grupos de trabalho como o CEPAL (Conselho Econômico America
Latina) e a FGV
 Os grupos instituídos por decreto como o SUMOC, a CACEX e BNDE do
Banco do Brasil e o CPA (Conselho de Política Aduaneira) e alguns
profissionais liberais.
A execução do plano foi apoiada com recursos procedentes basicamente:
 Da nova legislação fiscal
 Na captação de investimentos diretos para atrair poupança externa e
tecnologia avançada
 Nos financiamentos e empréstimos concedidos por agencias
internacionais (FMI, BID (Banco Internacional Desenvolvimento) e Banco
Mundial).

O plano compreendia 30 metas em 5 setores:


1) Energia (projeto Itaipu)
2) Transporte (RFFSA e Rodovias)
3) Alimentação (mecanização lavoura)
4) Industrias de base (siderúrgica automobilística e naval)
5) Educação (técnico)

Traz para o Brasil em 1957 a Volkswagen da Alemanha.


A substituição das importações é muito usada e nossa produção
industrial cresce 8,3% ao ano, mas o FMI começa a pressionar pois a inflação
está alta 24,3% (1958), 39,5% (1959) e o balanço de pagamentos está em
defict 1957 (U$286 milhões), 1958 (U$262 milhões) 1959 (U$ 301 milhões),
1960 (U$ 494 milhões).
O saldo final do plano de metas representa a finalização do longo
processo da substituição de importações, passando o país a ser conhecido
como um país industrial.
Sai JK, entra Jânio Quadros, que renuncia pressionado por milhares.
Assume João Goulart (Jango) que é deposto pelo golpe militar de 1964 e os
militares assumem.

Aula 4 – A economia brasileira e o período 1961/64


Após o fim do período referente ao plano de metas, com o Brasil já
contando com uma estrutura industrial organizada verticalmente, o país
enfrenta a primeira crise de baixo crescimento econômico oriunda do modelo
baseado na indústria por substituição de importações.
Na política, assume o presidente Jânio Quadros, que dos militares, foi
devido a falta de investimentos, chegando somente a 11% do período JK.
Três fatores básicos podem ser considerados como responsáveis por este
período de crise.
1) A saturação dos volumosos investimentos realizados nos anos do plano
de metas.
2) As políticas econômicas de caráter recessivo que foram implementadas
por Jango.
3) A crise política que assolou o Brasil após a renúncia de Janio Quadros
(1961) até o golpe militar da revolução de 31/03/1964.

Assim, o que se viu nesses anos foi a redução generalizada da taxa de


crescimento da formação bruta de capital fixo na economia, sendo intensa
também a redução no nível de investimentos das empresas privadas e, de
forma ainda mais expressiva, a redução no nível de investimento das empresas
estatais.
Jânio e Jango, ainda tentaram com os planos trienal e quinquenal, mas a
busca pela estabilidade econômica desses planos somente reduziu um pouco a
divida publica e não conseguiu muito sucesso com a inflação.
Concluindo, este período teve como efeito reduzir a confiança dos
capitalistas em relação à execução de novos investimentos produtivos, e como
ponto positivo a criação do Banco Central do Brasil, do PIS/PASEP e do FGTS.

Aula 5 – A economia brasileira e o 1º governo militar: General Castelo


Branco (1964/1967)
Período muito mais político do que econômico, pois foi preciso se
adequar as novas normas da política e da economia, com a criação dos
famosos atos institucionais (AI) e do SNI (Serviço Nacional de Informações).
Em 1966, o governo homologou o FGTS e criou o INPS (hoje INSS).
O Plano Econômico PAEG (Plano de Ação Econômico do Governo) foi
instituído e tinha por objetivo refrear a inflação, recuperar o crescimento
econômico e melhorar a imagem do Brasil no exterior.
O PAEG não teve resultados esperados, com uma onda de desemprego,
queda nos salários e falência de empresas de pequeno porte.
Como consequência houve um plano econômico em 1967 que
transformou 1.000,00 (mil cruzeiros) em 1,00 (um cruzeiro novo).

O período expansivo da economia 1968/1973 “O milagre brasileiro”

Os generais Costa e Silva (1967/1969) e Emilio Médici (1969/1974)


presidentes neste período detectaram os seguintes problemas econômicos:
 A poupança interna não ser suficiente para atender o ritmo acelerado do
crescimento desejado
 O comercio mundial em Franca expansão a taxa de 8% ao ano.
 A liquidez do mercado financeiro internacional com baixos jutos
 A carência interna de novos bens de capital e tecnologia avançada

No período do milagre o governo deu maior ênfase à política comercial,


ampliando os incentivos fiscais e criando outros como:
 Isentar do IPI o exportador, e dar linhas de credito taxas baixas
 Isenção de tributos fiscais à matéria-prima
 Criação do BENFIEX (Benefícios Fiscais à Exportação) e a CIEX
(Comissão de Incentivos à Exportação)

As exportações cresceram 13,7% em 1968, 22,8% em 1969 e 18,5% em


1970, ocorrendo uma elevada taxa de crescimento do produto real (78,5%
entre 1968 e 1973) e queda na inflação 25,4% em 1968 para 15,1% em 1973.
O governo Médici executou o 1º PND (Plano Nacional de Desenvolvimento)
com o PIB de 11,1% em 1972 e 13,6% em 1973 e as exportações elevaram-se
174% entre 1971 e 1974 apesar da crie do petróleo (países Árabes) de 1973.
O milagre brasileiro vinha acontecendo, pois o Brasil conseguiu crescer
muito com inflação controlada (média 15% a.a.).
Como pontos negativos, vemos que o país ficou mais dependente do
exterior e de empréstimos do FMI, e ao incentivar muito a exportação, deixou
menor oferta de produtos no mercado interno, e a 1ª crise do petróleo, que com
o aumento brutal do preço do petróleo no mercado internacional, agravou muito
o balanço de pagamentos, pois em 1973, o Brasil produzia apenas 23,5% do
petróleo necessário para a energia nos setores consumidas no país que era de
42,9%.

Aula 6 – A economia e o governo Ernesto Geisel 1974/1979

Elaborou o II PND para rebater a crise do petróleo e continuar a crescer


com inflação baixa. O plano previu a volta da substituição das importações nos
setores de bens de capital, eletrônica pesada e insumos básicos, investindo
muito nos setores siderúrgico e energético, aumentando em 115% os aportes
financeiros, principalmente em petróleo (Petrobras) e na Usina de Itaipu.
Aprovou ainda o programa nuclear brasileiro (Usina de Angra I) e o inicio
do PROALCOOL de cana-de-açúcar.
O II PND alcançou a maior parte dos seus objetivos, com o PIB
crescendo a taxa média de 6,9% a.a., e a renda per capita passou de
US$1.308 para US$1.580.
Nesse período, mais precisamente em 1979, acontece a 2ª crise do
petróleo (Guerra do Irã x Iraque).
O II PND foi o ultimo projeto de desenvolvimento industrial orientado
pelo estado e pode ser considerado realmente como o marco para o fim do
modelo por substituição de importações, pois impulsionou muito a industria
interna, mas endividou muito o país (aumento de 248 % entre 73 e 78).
A Economia e o Governo João Figueiredo 1979/1985

Elaborou o III PND, bem mais flexível, pois deu ênfase a 3 grandes
setores: energético, agrícola e exportador.
No setor energético deu maior atenção à produção interna de petróleo,
onde a Petrobras passou a destinar mais recursos na pesquisa marítima
atingindo 55% do consumo interno. Ainda, outra ênfase foi no Proálcool que
além do álcool combustível para veículos, também era viável na industria
química.
Quando as exportações, que estava em queda detectados fatores que
impediam um aumento na receita que eram:
 O protecionismo generalizado, restringindo o comercio internacional
 A queda acentuada dos produtos primários, devido a oferta nacional.
 A política cambial que nem sempre compensou a perda do valor do
cruzeiro em relação ao dólar

Não consegue segurar a inflação 76% em 1985 e 289% em 1986, com o


PIB -3,4% em 1981 e -2,5% em 1983, e os preços altos (combustíveis e juros
da divida FMI).

Aula 7 – A Economia Brasileira e a Nova Republica


Governo José Sarney 1986/1989 Collor e Itamar Franco-1990/1994
Fernando Henrique Cardoso (FHC) 1994/2001 e o Plano Real

 Muda-se o diagnóstico sobre a inflação brasileira com novas políticas de


combate.
 A economia estava indexada, ou seja, todos os negócios, contratos, etc,
eram firmados com base num índice que procurava garantir a correção
monetária dos valores envolvidos.
 Dessa forma, todos os aumentos de preços eram captados pelo índice
e, automaticamente repassados para todos os demais preços da
economia, gerando um processo automático de realimentação de
inflação.
 Plano cruzado CR$1.000,00 (mil cruzeiros) virou CZ$1,00 (um cruzado)
e congelamento de preços, salários e cambio.
 1987 Plano Cruzeiro II
 Nenhum deu certo, a inflação acelerou
 Outros planos (plano Bresser do ministro Bresser Pereira e o plano
Verão do ministro Mailson da Nóbrega) que não deram certo.
 Governo Collor 1990
 Plano Collor plano Cruzado Novo, onde CZ$1.000,00 (mil cruzados)
virou CNZ$ 1,00 (um cruzado novo)
 O Plano Collor também utilizou o congelamento de preços e salários
bloqueou as contas bancárias com a ministra Zélia e atacou a questão
do déficit público com aumento de impostos e corte nos gastos públicos.
Presidente Collor sofre cassação.
 Assume o vice Itamar Franco 1992/1994
 A tentativa de desindexação não dá certo, pois o superávit da balança
comercial, o crescimento do PIB, os problemas com o cambio (dólar
alto) e principalmente do crescimento da inflação, impediram o plano
Collor II de Itamar dar certo.
 O governo Fernando Henrique Cardoso 1994/2001
 O então ministro de Itamar Franco, Fernando Henrique Cardoso (FHC)

em 01/07/1994 implantou o plano real, com um avanço em relação


aos outros.
 REFLEXOS DO PLANO REAL ATÉ HOJE
 2002/2010 LULA
 2010/2015 DILMA
 2016/2018 TEMER
 2019 BOLSONARO ministro da economia PAULO GUEDES e o
LIBERALISMO ECONÔMICO

Você também pode gostar