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XANGÔ
RELIGIÃO
Xangô é um orixá que tem o controle sobre os raios e trovões e que também expele fogo
pela boca. Ele aparece com um machado de duas faces em virtude de sua inclinação
guerreira.

   

Conhecido como o rei de Oyó, Xangô é um poderoso orixá que tem o controle
sobre os raios e trovões, e que também expele fogo pela boca. Quando fora rei,
segundo a lenda, Xangô não poupava esforço para conquistar outros territórios
para o seu poderoso reino. Apesar de ser guerreiro e muito violento, fazia questão
de tratar com justiça todas as questões que apareciam entre os seus súditos.

Certa vez, interessado em buscar novas armas de conquista, o rei Xangô pediu
para que sua esposa, Iansã, trouxesse uma poção mágica do reino dos baribas. No
caminho de volta para casa, ela não resistiu à própria curiosidade e experimentou
o líquido poderoso que carregava na cabaça. Sentido um gosto terrível na boca,
cuspiu a poção. Entretanto, ao invés de expelir o líquido, ela soltou uma grande
labareda.

Ao saber da novidade, Xangô ficou empolgado e vaidoso com a nova arma. Em


pouco tempo, decidiu exercitar os poderes daquele fantástico encantamento.
Enquanto Xangô utilizava a poção, o povo morria de medo dos enormes
estrondos e do brilho causado pelas chamas. O barulho produzido pela incrível
arma ficou conhecido como trovão. Em contrapartida, o brilho das chamas
ganhou o nome de raio.
Em mais um dia que testava o poder do fogo, Xangô acabou provocando um
enorme incêndio que destruiu toda a cidade de Oyó. Mesmo não tendo a
intenção, os sacerdotes resolveram retirá-lo do governo e obrigá-lo a se suicidar
na floresta. Após cumprir a pena, ninguém encontrou os restos mortais do antigo
rei. Naquele instante, vários boatos sugeriram que os deuses teriam transformado
Xangô em orixá.

Com o passar do tempo, toda vez que os trovões e relâmpagos tomavam os céus,
o povo de Oyó lembrava que seu rei continuava vivo. Nos vários rituais afro-
brasileiros, Xangô aparece com um machado de duas faces por causa de sua
inclinação guerreira. Paralelamente, o domínio dos raios e trovões também se
associou a essa prestigiada divindade africana.

No Brasil, observamos que vários santos católicos estão diretamente associados


ao culto a Xangô. São Jerônimo, usualmente se aproxima de Xangô por estar
próximo ao leão, um animal que reafirma a condição de realeza para os africanos.
Também podemos assinalar a celebração a Xangô no dia de São Pedro,
considerado um guardião dos céus, equivalente ao orixá.

Por Rainer Sousa


Graduado em História

Xangô é o poderoso orixá


guerreiro que domina os raios e os trovões.
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