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RESUMO
ETIOLOGIA
Em 95% dos casos é causada pelo vírus Epstein - Barr. Há 2 tipos de VEB: 1 e 2 (ou A
e B) que, embora apresentem diferenças genéticas na infecção latente, não mostram
diferenças na infecção aguda. Outros agentes implicados são: Citomegalovírus,
Herpesvirus hominis tipo 6 e 7, Toxoplasma gondii e HIV.
FISIOPATOLOGIA
Como o vírus Epstein-Barr (VEB) é o agente etiológico mais comum, o seu mecanismo
de ação é o mais conhecido.
O único reservatório do vírus conhecido é o ser humano, onde está presente na secreção
orofaríngea, sendo transmitido pela saliva.
Após a inoculação inicial, o vírus se replica no epitélio das células nasofaríngeas; a lise
dessas células produz a disseminação viral para as estruturas adjacentes, glândulas
salivares, tecido linfóide da orofaringe e, por viremia, o comprometimento do sistema
linforeticular, incluindo o fígado, baço e linfócitos B no sangue periférico.
EPIDEMIOLOGIA
MOBIDADE/MORTALIDADE
- Carcinoma nasofaríngeo;
- Linfoma Hodgkin;
- Mialgias;
- Náuseas.
EXAME FÍSICO
Faringite – o edema de amígdalas pode ser maciço, podendo causar obstrução de vias
aéreas superiores e dificuldade de deglutição resultando em desidratação.O aspecto
pode variar desde o eritema até o exsudato branco acinzentado. Petéquias estão
presentes na junção de palato mole e duro.
LABORATÓRIO
1)Hemograma
2)Testes sorológicos
Os anticorpos contra VEB aglutinam hemácias de carneiro após adsorção por rim de
cobaia e não aglutinam após adsorção por hemácias bovinas.
- após a adsorção por rim de cobaia caem menos de 50% do valor anterior (são
adsorvidos parcialmente por estas células);
- após adsorção por hemácia bovina o título cai a zero (já que são adsorvidos
inteiramente por estas hemácias).
Estes anticorpos estão presentes na primeira semana de doença, em 50% dos pacientes e
em 90% a partir da segunda semana. Há declínio dos níveis a partir da quarta semana,
podendo, em 20% dos casos, persistir por 1 a 2 anos. Em crianças <4 anos é baixa a
positividade deste exame.
3)Sorologia específica
Interpretação da sorologia
IMAGEM
TRATAMENTO
MEDICAÇÕES
- Antivirais – inibem a replicação viral, mas não alteram o curso clínico, não sendo,
portanto indicados. São usados em quadros linfoproliferativos e pneumonite intersticial;
PREVENÇÃO
Algumas medidas podem ser tomadas em relação a crianças, como não beijá-las na boca
e, em creches, manter os brinquedos limpos.
O VEB pode ser transmitido por transfusão de sangue e transplante de medula, mas
como é um vírus amplamente difundido, não há medidas especiais de prevenção.
COMPLICAÇÕES
PROGNÓSTICO
Quadro clínico
Laboratório
IgM contra citomegalovírus – através de imunofluorescência ou ELISA; persistem,
habitualmente, por 6 semanas, mas podem ser detectados até 3 meses. Na reativação da
infecção latente, em pacientes imunodeprimidos, a IgM pode se tornar positiva.
O isolamento do vírus, em faringe ou urina, não tem muito valor, pois pode persistir
meses ou anos após a infecção aguda.
Complicações
Hepáticas – hepatite;
Embora possa acometer crianças é mais freqüente em adultos. O quadro clínico é mais
brando que o do VEB.
O diagnóstico é feito pela detecção de IgM específica e pelo aumento dos níveis de IgG.
Tratamento é sintomático.
Laboratório
Tratamento é sintomático.
AIDS
O quadro inicial pode ser semelhante à mononucleose com faringite, exantema,
hepatoesplenomegalia e linfocitose com linfócitos atípicos. Pode também ocorrer
quadro de meningite com cefaléia, rigidez de nuca e pleocitose linfocitária. Geralmente
ocorre em adultos.
IMPORTANTE
Pacientes com mononucleose podem apresentar teste falso-positivo para HIV (ELISA).
Lembrar que o quadro clínico da mononucleose é semelhante ao da soroconversão da
AIDS e que ambas as doenças podem decorrer de contato íntimo, portanto deve-se
tomar cuidado ao diagnosticar AIDS, principalmente não havendo fatores de risco, sem
testes confirmatórios.
REFERÊNCIAS
2) Ben Z. Katz, George Miller. Epstein - Barr virus Infections. In: Anne A. Garson,
Peter J. Hotez, Samuel L. Katz, editores. Krugman, s infectious diseases of
children, 11th edition. Philadelphia: Mosby; 2004. p.143 – 155.