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Organizacional
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Comportamento
Organizacional
Diretor Geral
Nildo Ferreira
Diretora Acadêmica
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Núcleo de Educação a Distância
Beatriz Christo Gobbi
Coordenadora do Curso de Administração EAD
Rosemary Riguetti
Coordenador do Curso de Pedagogia EAD
Claudio David Cari
Coordenador do Curso de Sistemas de Informação EAD
David Gomes Barboza
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Av. Santa Leopoldina, nº 840
Coqueiral de Itaparica - Vila Velha, ES
CEP 29102-040
Apresentação
Caro estudante,
Por esse motivo, a análise e a compreensão dos fatores que envolvem a relação das
pessoas e dos grupos com as organizações auxiliam os gestores a prever, explicar e
acompanhar o comportamento de sua equipe frente à tomada de decisões, levando
em consideração tanto os aspectos próprios de cada um como também aqueles
relacionados à estrutura da empresa.
Além disso, irá conferir a dinâmica dos grupos no âmbito institucional e verá que as
pessoas, quando reunidas, agem de forma diferente de quando estão sozinhas.
Habilidades e competências
• Apresentar a influência das ações das pessoas e dos grupos dentro das
organizações visando prover o aluno de conhecimento necessário para a melhoria
de suas práticas no trabalho.
• Desenvolver no aluno a capacidade de trabalhar com outras pessoas,
compreendendo-as e incentivando-as.
• Instigar o aluno a analisar e a diagnosticar situações relacionadas ao
comportamento no âmbito organizacional.
• Estudar o comportamento das pessoas e dos grupos no ambiente de trabalho.
• Identificar os fundamentos do comportamento individual e grupal, bem como a
dinâmica organizacional.
• Compreender como a percepção, a diversidade humana (diferenças individuais),
a personalidade, a motivação, a emoção, a liderança, a comunicação, o conflito,
a cultura e a mudança organizacional afetam o comportamento das equipes nas
empresas.
Ementa
As pessoas, os grupos e as organizações. Fundamentos do comportamento
individual e grupal: percepção, diversidade, personalidade, motivação, emoção,
liderança e comunicação. Grupos/equipes e administração de conflitos. Cultura e
mudança organizacional.
Sumário
1. Introdução ao comportamento organizacional................................................................6
2. Percepção.......................................................................................................................11
3. Personalidade................................................................................................................16
4. Diversidade humana......................................................................................................23
5. Motivação – parte 1.......................................................................................................28
6. Motivação – parte 2.......................................................................................................32
7. Motivação – parte 3.......................................................................................................38
8. Motivação – parte 4.......................................................................................................45
9. Emoção..........................................................................................................................51
10. Liderança – parte 1........................................................................................................58
11. Liderança – parte 2........................................................................................................65
12. Liderança – parte 3........................................................................................................72
13. Comunicação.................................................................................................................80
14. Grupos e empowerment.................................................................................................86
15. Conflito – parte 1...........................................................................................................93
16. Conflito – parte 2...........................................................................................................97
17. Negociação – parte 1...................................................................................................102
18. Negociação – Parte 2...................................................................................................107
19. Elementos básicos que definem a estrutura organizacional.........................................114
20. Cultura organizacional – parte 1..................................................................................120
21. Cultura organizacional – parte 2..................................................................................125
22. Mudança organizacional – parte 1..............................................................................129
23. Mudança organizacional – parte 2..............................................................................134
24. Mudança organizacional – parte 3..............................................................................139
Glossário.............................................................................................................................146
Referências.........................................................................................................................151
Introdução ao comportamento
1 organizacional
Objetivo
Apresentar a importância das ações e das atitudes das pessoas e
dos grupos dentro das organizações e conceituar comportamento
organizacional, destacando seus objetivos e níveis.
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aos seus participantes em troca de esforço, dedicação e vantagem
competitiva, ao passo que os funcionários, por meio da organização,
buscam a realização pessoal, o crescimento profissional e a qualidade de
vida dentro e fora do trabalho.
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• testar, empiricamente, hipóteses sobre a dinâmica organizacional;
• apoiar o relacionamento interpessoal.
Assim, percebemos que aprender sobre o comportamento organizacional
nos propicia maior compreensão do trabalho, de si mesmo e dos colegas,
ajudando no equilíbrio entre a vida particular e a profissional.
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1.4 Níveis do comportamento organizacional
Para analisar a realidade de modo mais simples e inteligível, geralmente
os teóricos usam uma estruturação que facilita a assimilação das ideias.
No comportamento organizacional, conforme Chiavenato (2010), o
modelo convencional mais abordado envolve três níveis: o sistema da
empresa como um todo (macro-organizacional), os grupos de pessoas
(meso-organizacional) e os indivíduos (micro-organizacional).
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para melhor compreender o comportamento organizacional, eles são
divididos em três níveis: micro-organizacinal (foco no indivíduo), meso-
organizacional (foco no grupo) e macro-organizacional (foco no sistema).
Na próxima unidade, veremos os fatores que influenciam na percepção
dos funcionários no contexto corporativo.
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2 Percepção
Objetivo
Identificar os fatores que influenciam na percepção no ambiente
organizacional.
Sabe por que isso ocorre? Porque os seres humanos expressam o que
sentem por meio do tato, olfato, paladar, audição e visão, e cada sujeito
atribui significado aos objetos e aos estímulos de acordo com a sua
interpretação.
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Robbins (2009, p. 28) enfatiza que “[...] nenhum de nós enxerga
a realidade. O que fazemos é chamar de realidade o que vemos e
deciframos”.
Com isso, podemos dizer que a percepção vai além do que os olhos
alcançam e que as reações perceptivas variam entre as pessoas, por exemplo,
entre gerentes e subordinados, intervindo nos comportamentos no
ambiente organizacional. No próximo tópico, vamos discorrer sobre isso.
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possibilitem o aperfeiçoamento e a ascensão profissional. O mesmo
acontece, por exemplo, quando você passa todos os dias em uma rua
onde tem um restaurante e só repara nele quando está com fome.
• Situação: o cenário geral onde se passam os eventos é o que define
a maneira com que o empregado vê o ambiente físico, social e
empresarial. Por exemplo, uma pessoa vestida de paletó e gravata é
julgada como esquisita em uma praia, mas é notada como normal
em um escritório de advocacia. Similarmente, soa completamente
diferente quando você ouve o seu colega chamar o seu chefe de
brother em uma reunião formal e quando escuta isso na festa de
confraternização de final de ano.
• Alvo: é quem está sendo observado, sendo seus atributos
importantes, pois quanto maior, mais forte, mais mutável,
mais contrastante e mais repetitivo for o estímulo, maior é a
probabilidade de ser visto. Por exemplo, um homem barulhento
chama mais atenção do que um quieto. Uma mulher muito alta
costuma ser percebida com mais rapidez do que uma com estatura
média. Na publicidade, esperamos que a frequência da propaganda
fixe o produto na cabeça do consumidor de modo positivo.
Robbins (2009) enfatiza que no âmbito da percepção, um dos tópicos
mais amplamente estudados é a Teoria da Atribuição utilizada para
explicar as causas do comportamento de outras pessoas. Assim, quando
um funcionário chega atrasado ao trabalho, podemos sugerir que ele
perdeu a hora de acordar porque ficou na farra até tarde ou devido ao
engarrafamento no trânsito. Esses motivos estão ligados a fatos internos,
que estão sob o controle do indivíduo (acordar tarde), ou externos, que
fogem do domínio do colaborador (trânsito).
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Entre as principais distorções da percepção apontadas por Chiavenato
(2010, p. 225), estão:
• Percepção seletiva: eleger o que ver, ouvir e falar, a partir dos antecedentes, das
experiências e das atitudes ou, simplesmente, excluir aquilo que não interessa.
Por exemplo, um gerente de marketing reconhecer a importância do setor de
contabilidade e de finanças para a execução de seus projetos.
• Efeito halo: visualizar uma pessoa com base em um só atributo dela. Por exemplo,
um trabalhador sorridente dá a impressão positiva de caloroso e prestativo.
• Projeção: conferir características próprias para outros indivíduos. Por exemplo,
quando os gestores presumem que as necessidades dos seus empregados são iguais
às suas.
• Estereótipo: julgar alguém de acordo com a percepção do grupo o qual faz parte. Por
exemplo, as mulheres solteiras são mais carentes afetivamente do que as casadas.
• Efeito de contraste: avaliar um funcionário por meio da comparação com outro. Por
exemplo, o fulano é melhor ou pior que o beltrano ou mais ou menos capacitado que
o sicrano.
Wagner III e Hollenbeck (2012) dizem que há muitas medidas bem
conhecidas que podem ser tomadas para evitar esses problemas,
como aumentar a frequência de observações, tomar cuidado a
respeito de quando e como as observações são feitas para garantir a
representatividade das informações e obter observações de diferentes
pessoas e perspectivas.
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Para sua reflexão
O administrador deve prestar atenção em como
os colaboradores percebem o seu trabalho e
as práticas de gestão, pois um empregado que
vai embora da organização por um motivo
indeterminado está tão “distante” quanto aquele
que sai por uma razão justificada.
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
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3 Personalidade
Objetivo
Investigar a relação da personalidade com o comportamento na
organização.
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Na linguagem cotidiana, os traços de personalidade são representados,
geralmente, como agressividade, sociabilidade e impulsividade
(CHIAVENATO, 2010). Assim, quando afirmamos que uma pessoa
tem muita personalidade, estamos dizendo que ela possui um jeito de
ser marcante, um estilo próprio. Se falamos que tem personalidade forte,
referimo-nos a alguém persistente, seguro de si ou mesmo um pouco
agressivo.
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3.2 Variáveis de personalidade e sua relação com o
comportamento individual nas organizações
Há uma vasta literatura que aborda essa temática. A que se aplica ao
comportamento organizacional está focada em cinco grandes dimensões
da personalidade. Conforme afirma Chiavenato (2010, p. 200), são elas:
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Contudo, apesar da enorme aceitação, Chiavenato (2010) aponta que o
uso do Big Five tem sofrido críticas, pois, apesar de no mercado serem
encontradas mensurações confiáveis de cada uma das dimensões de
personalidade, o nível de evidência de sua validade e suas possibilidades
de generalização são baixos, principalmente, quando comparados aos
testes de aptidão.
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• Automonitoramento: trata-se dos empregados com alta
sensibilidade para entender os sinais do ambiente e ajustar-se de
maneira diferente, dependendo da situação. Algumas pessoas têm
mais facilidade de moldar-se às mudanças do que outras e são
consideradas verdadeiros camaleões: flexíveis e adaptáveis. Por
exemplo, na atuação política dentro da empresa são capazes de
mostrar diferentes “faces” para diferentes públicos.
• Propensão para assumir riscos: são empregados com disposição
para agarrar desafios e correr riscos. Aqueles com forte propensão a
assumir riscos tomam decisões mais rápidas e dependem de menos
informações para isso. Por exemplo, um corretor de valores tem alta
inclinação para o risco, enquanto para um contador, esse atributo é
um obstáculo na sua carreira.
• Personalidade tipo A: é um requisito inerente às pessoas que buscam,
incessantemente, fazer mais em menos tempo. São colaboradores
impacientes, que não sabem lidar com a ociosidade e impõem a
si mesmos metas inflexíveis. No trabalho, o tipo A é mais ágil,
porém, preza pela quantidade e não pela qualidade. Os indivíduos
com personalidade tipo A mostram melhor desempenho na área de
vendas do que em cargos de chefia.
Para Robbins (2009), a cultura pode influenciar os profissionais com
personalidade tipo A, mas constata que há um maior número deles
em países capitalistas, onde as conquistas e o sucesso material são mais
valorizados.
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• Realista: tem como características de personalidade a timidez, a
persistência, a estabilidade, a afabilidade. Tem preferência por
atividades físicas que exijam habilidade, força e coordenação. Por
exemplo: operador de máquinas.
• Investigativo: tem como características de personalidade a
originalidade, a curiosidade, a minuciosidade. Tem preferência por
atividades que envolvam raciocínio, organização e discernimento.
Por exemplo: matemático.
• Social: tem como características de personalidade ser amigável,
sociável, cooperativo. Tem preferência por atividades que ajudem
outras pessoas. Por exemplo: psicólogo.
• Convencional: tem como características de personalidade a
eficiência, a praticidade, a inflexibilidade. Tem preferência
por atividades devidamente regulamentadas, ordenadas e sem
ambiguidade. Por exemplo: caixa de banco.
• Empreendedor: tem como características de personalidade a
autoconfiança, a ambição, a energia e a dominação. Tem preferência
por atividades verbais que possibilitem influenciar outros indivíduos
e conquistar poder. Por exemplo: administrador.
• Artístico: tem como características de personalidade ser imaginativo,
desordenado, emocional e pouco prático. Tem preferência por
atividades não sistemáticas que permitam a expressão criativa. Por
exemplo: design de interiores.
Esse modelo assegura que quando a personalidade e o trabalho estão
em sintonia, o contentamento do profissional é maior e a rotatividade é
menor. Em outras palavras, é preciso adequar os traços de personalidade
do indivíduo com as suas funções na empresa para que a satisfação seja
recíproca e ambos atinjam os seus objetivos.
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Para sua reflexão
Releia o modelo de seis tipos de personalidade e
analise em qual deles você mais se encaixa.
Por quê?
A resposta a essa reflexão forma parte de sua
aprendizagem e é individual, não precisando ser
comunicada ou enviada aos tutores.
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4 Diversidade humana
Objetivo
Verificar as diferenças individuais entre as pessoas que conduzem à
diversidade humana nas organizações.
Vamos ao estudo!
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Podemos ilustrar essa afirmação citando a rede varejista Walmart, que
foi condenada por ter marginalizado as mulheres e teve que pagar mais
de um bilhão de dólares em salários atrasados e indenizações punitivas.
Outro exemplo, que aconteceu na indústria de transportes aéreos,
provocou grande sofrimento e muitos processos de discriminação,
ocorreu quando um gestor assumiu, de modo errôneo, que todos os
muçulmanos eram fanáticos e violentos e demitiu todos da organização
para preservar a segurança dos demais colaboradores (WAGNER III;
HOLLENBECK, 2012).
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• Treinamento: as capacitações ou programas de treinamento
possibilitam compensar quaisquer deficiências do profissional
relativas ao cargo atual.
• Seleção: os processos seletivos permitem que os gestores avaliem
as pessoas e os cargos, tentando adequar as vocações inatas e as
características do indivíduo com as requeridas pelo cargo, de modo a
maximizar esse ajustamento.
• Reengenharia: o descompasso verificado entre o colaborador e o
cargo contribui para mudá-lo de posição na hierarquia, por meio da
reengenharia do sistema de trabalho.
Em relação à reengenharia, Wagner III e Hollenbeck (2012, p. 61)
enfocam que, com a instituição da Lei dos Deficientes Americanos
(Americans with Disabilities Act – ADA), exigiu-se das organizações
“acomodações razoáveis” aos deficientes. Ou seja, foi imposta aos donos
de empresa a eliminação ou a alteração de requisitos de cargo para
evitar que uma determinada habilidade não desqualifique o trabalhador
deficiente que concorre àquele cargo.
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Os idosos também são outra valiosa fonte de produção que às vezes
requer a reengenharia dos cargos. Para reter os membros mais antigos,
cujo conhecimento é difícil de substituir, muitas corporações estão
fazendo alterações no cargo para deixá-lo menos árduo.
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Saiba mais
No início da unidade, relatamos que o Walmart
foi condenado por ter marginalizado as mulheres,
mas hoje o grupo desenvolve ações para ampliar a
diversidade e o respeito a elas. Clique aqui e
saiba mais.
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5 Motivação – parte 1
Objetivo
Mostrar o conceito e a importância da motivação no comportamento
organizacional e a classificação das teorias motivacionais.
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Para Chiavenato (2010), a motivação é o tema mais associado ao
comportamento individual, pois abrange metas e desempenho e está
conectado à intensidade, direção e ao empenho dos esforços das pessoas
para o alcance de determinado objetivo.
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Robbins (2009) relata que nem todos os funcionários são motivados
por dinheiro e apenas alguns desejam um cargo desafiador. Assim, há
empregados que se sentem instigados por horários flexíveis, outros, pelos
planos de compensação. Há ainda quem se atraia pelo ambiente físico
que lhe é disponibilizado e também existem aqueles que preferem as
corporações que dão incentivo às viagens de aperfeiçoamento.
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• Teorias de processo: que descrevem e analisam o processo pelo qual o
comportamento é ativado, dirigido, mantido e paralisado. São elas: Teoria da
Equidade, de J. Stacey Adams; Teoria da Definição de objetivos, de Edwin Locke; Teoria
da Expectância, de Victor Vroom, e Teoria Desempenho-satisfação, de Porter e Lawler.
• Teorias de reforço: que se baseiam nas consequências do comportamento bem ou
mal sucedido.
Nesta unidade vimos o conceito de motivação, sua importância no
comportamento organizacional e como as teorias motivacionais são
classificadas: em conteúdo, processo e reforço. Veremos, na próxima
unidade, as teorias motivacionais de conteúdo, as quais estão relacionadas
às necessidades específicas que movem as pessoas. Na unidade 7 teremos
como foco as teorias de processo. Na unidade 8 vamos estudar as teorias
de reforço e constituir uma visão integrada das teorias motivacionais.
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6 Motivação – parte 2
Objetivo
Discorrer sobre as teorias de conteúdo.
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A Teoria ERC reconhece apenas três tipos de necessidades que, segundo
Chiavenato (2010), são: necessidades de existência, de relacionamento e
de crescimento.
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Portanto, o efeito frustação-regressão pode ajudar a explicar porque em
alguns ambientes os funcionários estão sempre em busca de aumentos
salariais, mais benefícios e melhores condições de trabalho, mesmo que já
estejam de acordo com o padrão de mercado.
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Robbins (2009) ressalta que McClelland estabeleceu programas de
treinamento para ajudar gerentes a desenvolverem uma combinação
especial de necessidades. Dessa forma, evidenciou que o sucesso dos
executivos advém da união da alta necessidade de poder com uma baixa
necessidade de associação, o que gera um desejo de ter impacto sobre
o outro (alta necessidade de poder), além de permitir uma tomada de
decisão difícil sem ter o receio de que não gostem dele (baixa necessidade
de associação).
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inferior para subir para um nível superior, na de Alderfer não é necessário
seguir uma sequência, pois todas as necessidades podem estar atuando
simultaneamente. Vimos ainda que há três motivos ou necessidades
no trabalho que são aprendidas e adquiridas ao longo da vida como
resultado das experiências de cada pessoa, as quais são divididas em:
necessidades de realização, de poder e de afiliação/associação – elas
são chamadas de Teoria das Necessidades Adquiridas ou Teorias das
Necessidades de McClelland.
Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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Resumo
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7 Motivação – parte 3
Objetivo
Conhecer as teorias de processo.
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A Teoria da Equidade, segundo Chiavenato (2010), tem como
fundamento a equiparação que os colaboradores fazem entre suas
contribuições e recompensas e as de outras pessoas. Nesse sentido,
Robbins (2009, p. 58) destaca que “[...] os funcionários não só
comparam o que recebem do trabalho (resultados) com o que dedicam
a ele (entradas), mas também a sua relação resultados-entradas com a
relação resultados-entradas de outros colegas relevantes”. Assim, dizemos
que há um equilíbrio (equidade) quando eles percebem que a justiça
prevalece e que há desigualdade (iniquidade) ou injustiça quando eles se
sentem pouco remunerados.
Por exemplo, o fato de uma pessoa ser melhor remunerada do que outra
para fazer o mesmo trabalho dá a sensação de super-remuneração; o
mesmo raciocínio aplica-se a alguém que desempenha esforço igual ou
superior e recebe uma remuneração inferior à de outro que trabalhou
menos. Essa circunstância gera uma tensão que sustenta a motivação,
visto que os colaboradores lutam por aquilo que consideram justo.
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7.2 Teoria da Definição de Objetivos
A Teoria da Definição de Objetivos enfatiza que a vontade de lutar para
atingir uma meta é a maior fonte de motivação da pessoa.
Chiavenato (2010) informa que essa meta sinaliza o que precisa ser feito e
quanto de esforço o colaborador irá destinar para alcançá-la. Foi partindo
dessa concepção que Edwin Locke desenvolveu essa teoria, cujo principal
apelo é traduzir os objetivos gerais da organização em objetivos específicos
para cada divisão, departamento e indivíduo. O resultado dessa conversão,
segundo Robbins (2009, p. 64), é “[...] uma hierarquia de objetivos, que
vincula os objetivos de um nível àqueles do nível seguinte”.
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A Teoria da Definição de Objetivos é muito aplicada na prática e é
encontrada em diversos setores, tais como educação, saúde, política,
organizações sem fins lucrativos, pois pressupõe que o empregado
trabalha melhor quando recebe uma recompensa por sua evolução em
relação ao objetivo traçado.
Robbins (2009, p. 60) ratifica essa afirmação quando afirma que a Teoria
da Expectativa “[...] sustenta, essencialmente, que a intensidade da
tendência para agir de uma determinada maneira depende da intensidade
da expectativa de que essa ação trará um dado resultado e da atração que
esse resultado exerce sobre o indivíduo”.
Por exemplo, se você deseja ser promovido de cargo e acredita que pode
alcançar alto desempenho por trabalhar duro, então você estará motivado
a buscar a sua promoção.
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Nesse contexto, Chiavenato (2010) menciona que Victor Vroom, criador
da Teoria da Expectância, identificou três constructos básicos:
Para Robbins (2009), essa teoria não é difícil de ser entendida porque
sustenta-se no interesse pessoal com o qual cada ser humano busca
maximizar a satisfação esperada. No entanto, Wagner III e Hollenbeck
(2012) assinalam que o desejo só acontece quando a valência e a
instrumentalidade são grandes e o esforço somente é feito quando todos
os três são elevados.
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7.4 Teoria Desempenho-satisfação
A Teoria Desempenho-satisfação, de Lyman Porter e Edward E. Lawler,
teve como ponto de partida a Teoria da Expectância, de Victor Vroom, e
apresenta o esforço, o desempenho, as recompensas e a satisfação como
elementos condicionantes da motivação.
Com isso, podemos dizer que cabe aos gerentes transmitir à sua equipe
que o esforço resultará em reconhecimentos e, com isso, criar um sistema
salarial em que o reconhecimento esteja conectado ao desempenho.
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Nesta unidade vimos as principais características da Teoria da Equidade,
Teoria da Definição de Objetivos, Teoria da Expectância e Teoria
Desempenho-satisfação. Vimos também como elas sugerem maneiras de
aumentar a motivação dos empregados. Daremos continuação aos nossos
estudos sobre motivação na unidade 8, com a Teoria do Reforço e, em
seguida, finalizaremos esse assunto com uma visão integrada das teorias
da motivação.
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8 Motivação – parte 4
Objetivo
Estudar a Teoria do Reforço e visualizar as teorias da motivação de
forma integrada.
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Wagner III e Hollenbeck (2012) apresentam outra situação que ilustra
a Teoria de Reforço, relatando o caso da empresa MBNA, que é
responsável pela produção dos cartões de crédito Visa e Mastercard. A
estratégia da MBNA é comercializar cartões de crédito personalizados
com imagens dos consumidores ou dos seus animais de estimação,
com o intuito de criar afinidade com o grupo, que é formado por
clientes lucrativos, isto é, “[...] com rendimentos 20% acima da média
nacional e saldos de cerca de 2 mil dólares acima da média da indústria”
(WAGNER III; HOLLENBECK, 2012, p. 135).
Claro que para manter esse serviço de alto padrão, a MBNA institui
como meta aos funcionários que 98,5% das chamadas telefônicas sejam
atendidas antes de dois toques. A medição dessas chamadas é feita
eletronicamente e o resultado é atrelado a incentivos. Assim, sempre que
o objetivo for alcançado, algum dinheiro é colocado na caixinha dos
empregados e distribuído, posteriormente, a todos. Os autores apontam
que dessa circunstância resulta uma aprendizagem operante na qual o
indivíduo executa uma operação para receber o resultado reforçador.
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• punição: diminuir ou eliminar a intensidade ou frequência
do comportamento indesejável aplicando as consequências
desagradáveis à sua ocorrência. Por exemplo: descontar, do salário do
empregado, atrasos no trabalho;
• extinção: diminuir ou eliminar a intensidade ou frequência
do comportamento indesejável, removendo as consequências
desagradáveis à sua ocorrência. Por exemplo: um gerente que ao
verificar que um trabalhador que falta muito ao emprego está
recebendo aprovação social dos colegas, aconselha-os a não dar mais
tal louvor.
Diante disso, podemos dizer que o reforço exerce uma influência
relevante no comportamento, tanto promovendo como inibindo as
atitudes das pessoas, além de antecipar os efeitos das recompensas
positivas e negativas.
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Autoridade Federal de Aviação Americana – que, ao tentar proteger o
sistema aéreo e garantir que nenhum piloto cometesse os mesmos erros,
assegurou a liberação de processo àqueles que relatassem seus equívocos
nas primeiras 24 horas após o incidente. Entretanto, as companhias
passaram a usar os relatórios como pretexto para despedir os pilotos, o
que tornou necessária a reavaliação da prática.
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Nessa circunstância, falamos na Teoria Desempenho-satisfação, que se
fortalece na proporção em que o ser humano observa sua produtividade
recompensada.
Seguindo essa linha, entra a Teoria ERC, a qual assinala que a motivação
é alta até o grau em que as retribuições recebidas por um profissional,
devido ao seu rendimento, satisfazem às suas necessidades dominantes e
aos seus objetivos individuais.
Dica
Para gerenciar a equidade nas organizações,
reconheça que as comparações são inevitáveis e
podem criar ressentimentos. Portanto, comunique
com clareza as razões para as recompensas e
antecipe as iniquidades relacionadas a essas
recompensas.
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Nesta unidade, vimos a Teoria do Reforço, que estimula o
comportamento desejável e desestimula o comportamento indesejável
no trabalho. Também visualizamos a interação das teorias motivacionais
de forma integrada. Na unidade 9, veremos como a emoção das pessoas
influencia no contexto organizacional.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 1 a 8. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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9 Emoção
Objetivo
Destacar como as emoções afetam o comportamento no local de
trabalho.
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Frente a essa situação, podemos afirmar que as emoções são inerentes ao
ser humano e que jamais um indivíduo atuará no seu local de trabalho
destituído delas. Portanto, é crucial levá-las em conta no estudo do
comportamento organizacional.
Quando você está feliz, você expressa a sua emoção, e quando sente
uma animosidade no seu emprego, você expõe o seu humor. Imagine
que o seu colega faça uma crítica a sua forma de atender um cliente.
Automaticamente, você pode se mostrar irritado (emoção) em relação
ao seu amigo (objetivo específico). Passado um tempo, há uma mudança
nesse sentimento e você se apercebe sem ânimo. Esse estado, para
Robbins (2009), representa o humor.
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bordo eram alegres. Atualmente, os líderes usam esse termo para obter o
comprometimento de sua equipe despertando sentimentos nos ouvintes
com apelos emocionais (ROBBINS, 2009).
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existissem ao longo de um continuum [...]”, sendo que “[...] quanto mais
próximas duas emoções tiverem uma da outra nesse continuum, mais
provável que sejam confundidas pelas pessoas”. Por exemplo, felicidade e
surpresa podem causar embaraço em certa ocasião e o ser humano pode
não conseguir separar o que sente. Já felicidade e desagrado, não.
Quando você é escolhido como o colaborador destaque do mês, você fica feliz? E
quando o seu colega é demitido da empresa, você fica triste? Se o seu chefe chamar
sua atenção porque você chegou um dia atrasado em decorrência do trânsito, você
fica com raiva? E quando você repara que as mulheres têm mais merecimento que
os homens na corporação, você se sente desagradado? E se a organização decidir
conceder aumento salarial espontaneamente, você fica surpreso? E se a meta
institucional for a redução no quadro de pessoal, você fica com medo?
Então, todas essas situações são respostas emocionais aos fatos que
ocorrem no seu local de trabalho.
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Da mesma forma com que há distinções entre os sexos, há também
diferenças na explicitação das emoções entre as culturas. Por exemplo, na
Disney, se os membros do elenco (como são chamados os colaboradores)
não forem capazes de sorrir o tempo todo e mostrarem-se felizes, certamente
não terão uma carreira duradoura. No McDonald’s há um manual de
procedimentos que aponta que o pessoal de atendimento de balcão deve
transmitir sinceridade, entusiasmo, confiança e senso de humor.
[...] algumas culturas não possuem palavras para descrever certas emoções, como
ansiedade, depressão ou culpa. Os taitianos, por exemplo, não têm uma palavra
diretamente equivalente à tristeza. Quando eles estão tristes, seus conterrâneos
atribuem esse estado a alguma doença física.
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• Tomada de decisão: as pessoas tomam decisões influenciadas tanto
por aspectos emocionais como racionais.
• Motivação: os empregados são invadidos por emoções que
impactam de modo significativo na quantidade de esforço que estes
vão despender.
• Liderança: os líderes proferem os seus discursos com base na
mobilização das emoções de seus liderados para conseguirem a
aceitação e, com isso, implementarem as mudanças na organização.
• Conflitos interpessoais: a força de trabalho, em situações de caos,
expõe as suas emoções, e cabe aos executivos intercederem, ajudando
os indivíduos a trabalharem as suas emoções.
• Desvios de conduta: os funcionários quando estão envolvidos com
emoções negativas podem cometer atos voluntários que infringem
as regras institucionais e ameaçam a empresa, seus componentes
internos e/ou ambos.
É comum desvios de conduta no ambiente de trabalho, tais como: sair
mais cedo, produzir com lentidão proposital, fazer fofoca, incriminar
colegas, ter inveja e até mesmo realizar ações mais graves, como roubo,
assédio sexual e violência verbal.
Nesta unidade, vimos como as emoções das pessoas afetam as suas ações
no local de trabalho, conduzindo-as tanto a práticas positivas como
a atitudes negativas reveladas por meio dos desvios de conduta. Na
próxima unidade, iremos expor os conceitos de liderança e apontaremos
características nos indivíduos que nos levam a identificar líderes de
imediato no âmbito organizacional.
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Saiba mais
“Se alguém faz uma coisa bem feita, você tem que
elogiar na hora!”
Simon Dolan, professor de Gerenciamento
de Recursos Humanos e Comportamento
Organizacional Internacional na Esade Business
School e diretor de pesquisa do Instituto de
Estudos Laborais (IEL) da Universidade Ramon
Llul, em Barcelona, na Espanha, explica como as
emoções podem tornar o ambiente de trabalho
um lugar muito melhor e porque os brasileiros
jamais devem deixar de celebrar a vida.
Acesse clicando aqui e saiba mais.
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10 Liderança – parte 1
Objetivo
Explanar os conceitos de liderança.
A maioria das pessoas tem dificuldade para falar o que significa a palavra
liderança, mas quando solicitadas a citar os grandes líderes, respondem
com notável coerência, destacando nomes como Adolf Hitler, Mahatma
Gandhi, Napoleão Bonaparte, Nelson Mandela, entre outros. Essas
figuras ilustres carregam uma característica comum, que é a capacidade
de inspirar seres humanos.
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Nesse sentido, Vizioli e Calegari (2010, p. 4) afirmam que, “[...]
classicamente, líder é uma pessoa que chefia, comanda ou orienta em
qualquer tipo de ação, empreendimento ou linha de ideias”. Em outros
termos, é alguém energético, sempre em movimento, ligado no mundo
externo, que vive buscando formas de interagir e agir.
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Vizioli e Calegari (2010) respondem que é devido às pessoas terem
temperamentos diferentes, que é a essência da nossa personalidade e,
por conseguinte, do nosso jeito de induzir os companheiros. A seguir,
discorreremos sobre esse assunto.
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• detestam excesso de procedimentos e normas e não costumam dar
satisfações (feedback);
• muitas vezes, tomam iniciativas pelos outros, sem consultá-los, e sua
audácia poderá causar insegurança entre seus chefes e subordinados;
• são práticos e, sob suas ordens, as tarefas são realizadas rapidamente
e com economia de movimentos;
• sua produtividade tende a ser alta, mas podem cometer erros por
ignorar a necessidade de planejamento prévio e, ainda, por pegar
atalhos;
• são pouco encontrados nas empresas estruturadas, burocratizadas,
com muitos regulamentos;
• adaptam-se facilmente a novas posições e preferem enfrentar riscos,
jogar e interferir em momentos de crise.
Normalmente, os líderes artesãos são muito apreciados pelos seguidores
por causa de sua informalidade, pela facilidade com que se comunicam
e pelo otimismo. São exemplos: papa João Paulo II (Karol Wojtyła) e
Garrincha (futebol).
O líder guardião, segundo Vizioli e Calegari (2010, p. 24), “[...] faz com
facilidade e naturalidade aquelas coisas que conduzem uma organização
aos resultados esperados”.
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• o fato de estabelecerem normas, regulamentos e procedimentos;
• o fato de manterem a ordem e a disciplina, apreciarem a rotina, os
estatutos, os protocolos e as cerimônias;
• o fato de projetarem uma imagem séria e sólida;
• o fato de serem sensíveis à apreciação de chefes e subordinados
e gostarem de manifestar seu apreço pelas contribuições de seus
liderados.
Os líderes guardiães são reconhecidos nas corporações pela sua
pontualidade e organização e também pela sua impaciência e falta de
receio de chamar a atenção de seus funcionários diante de outros ou até
mesmo de mostrarem que estão zangados. São exemplos: Robert Johnson
(Johnson & Johnson) e Will K. Kellog (cereais).
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• indicados para conduzir mudanças dentro de empresas, favorecendo
um clima apropriado para que o pessoal possa trabalhar com
autonomia.
Os funcionários geridos por líderes idealistas sentem-se valorizados, o
que os estimula a dar o melhor de si. E esse é o prêmio mais importante
que um idealista pode receber, até mais relevante que a recompensa
financeira. São exemplos: Gandhi e Orlando Villas-Boas.
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Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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11 Liderança – parte 2
Objetivo
Analisar as teorias iniciais sobre liderança.
Chiavenato (2010) cita que o impulso para correr atrás dos objetivos,
o uso da influência para convencer as pessoas, a autoconfiança, a
inteligência emocional e o conhecimento do negócio são requisitos
detectados pelas pesquisas atuais que estão ligados à eficácia da liderança.
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Robbins (2009) afirma que ocorreu certo avanço nos estudos dessa teoria
quando se começou a organizar os traços com base no modelo Big Five
de personalidade – o qual estudamos na unidade 3 –, identificando-se
que a extroversão é o traço mais importante do líder eficaz.
E você sabe por que a Teoria dos Traços de Personalidade não teve
tanto êxito?
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11.2 Teorias comportamentais
Assim como a Teoria dos Traços, a abordagem comportamental assume
que a liderança é imprescindível no desempenho e na manutenção dos
recursos humanos nas empresas.
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• orientação para a produção: os líderes tem a propensão de
acentuar os fatores técnicos e práticos do trabalho e importavam-se,
principalmente, com a execução das tarefas da equipe, concebendo
os empregados como os meios para chegar-se a um fim.
Além dessas vertentes, Chiavenato (2010, p. 363) refere-se a outro
modelo, chamado “grade de liderança”, desenvolvido por Robert
Blake e Jane Mouton, como uma abordagem comportamental apoiada
“[...] em cinco estilos de liderança colocados em uma grade com eixos
vertical (preocupação com as pessoas) e horizontal (preocupação com a
produção)[...]”, em que cada eixo tem uma escala de nove pontos, sendo
1 estimado como baixa preocupação e 9, como elevada preocupação.
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Robbins (2009) apresenta as quatro teorias da contingência que, segundo
ele, receberam a maior parte da atenção.
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de tomada de decisão); e orientador para a conquista (institui
metas desafiadoras aos liderados e espera o melhor rendimento).
Além disso, a Teoria da Meta e do Caminho sugere duas classes de
fatores contingenciais e situacionais que amenizam a relação entre
o comportamento do líder e os resultados alcançados; são elas:
ambientais (fora do controle do líder) e as que fazem parte das
particularidades dos funcionários (dentro do controle do líder).
• Modelo de Participação e Liderança: surgiu dos estudos de Victor
Vroom e Philip Yetton e visa a relacionar o comportamento dos
líderes com a participação no processo de tomada de decisão. É
denominado também de árvore de decisão porque disponibiliza uma
série de regras que precisam ser seguidas com vistas a determinar a
forma e o grau de participação no processo de tomada de decisão,
em conformidade com o tipo de situação. Ou seja, esse modelo
propõe que o estilo de liderança mais eficaz depende da característica
da situação e dos seguidores.
Wagner III e Hollenbeck (2012) citam que o modelo de Victor e Yetton
detecta quatro estilos gerais de decisão da liderança que podem ser
usados para resolver diferentes tipos de problemas, são eles: autoritário,
consultivo, delegador e fundamentado no grupo. Esses estilos de decisão
são divididos em formas específicas de gestão, em que o autoritário e o
consultivo são adequados para todos os tipos de problemas, ou seja, tanto
para decisões individuais como para decisões em grupo; o delegador e
o fundamentado no grupo são apropriados somente para decisões que
envolvam seguidores individuais, em que o líder compartilha o problema
com um de seus seguidores e, juntos, tomam um decisão satisfatória
para ambos; e o consultivo e o fundamentado no grupo são ajustados às
decisões que abarcam um grupo inteiro de seguidores, em que os líderes
obtêm ideias e sugestões do grupo e, em seguida, tomam uma decisão
fundamentada ou não na influência de seus seguidores.
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Estudo complementar
O Modelo de Fiedler afirma que o estilo de
liderança do indivíduo é fator preponderante para
o sucesso e, por isso, deve ser avaliado por meio
de um questionário que contemple a relação entre
líder e liderados, a estrutura da tarefa e o poder
da posição. Para saber como essa teoria é aplicada
na prática, acesse e leia “Teoria Contingencial de
Fiedler: aplicação prática da escala Least Prefered
Co-Worker (LPC)”, disponível aqui.
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12 Liderança – parte 3
Objetivo
Contemplar as novas abordagens sobre liderança.
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Em outros termos, os líderes carismáticos são aqueles que conseguem
motivar as pessoas que desejam ser iguais a eles.
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As lideranças transformacionais são evidenciadas pelos seus traços,
comportamentos e estilos decisórios. Para Wagner III e Hollenbeck
(2012), em termos de traços, são chamados de carismáticos devido à
centralidade do carisma para obter eficácia, para desenvolver apelos
emocionais em detrimento de aspectos financeiros, instrumentais e
calculistas que tendem a ser empregados pelos líderes transacionais.
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autoeficazes, uma vez que são acionados para que, juntamente com os
seus líderes, foquem em seus próprios comportamentos, contingências
ambientais e suas cognições.
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Por exemplo, a atenção pode resultar em satisfação para o seguidor
quando é preciso executar tarefas chatas. Porém, quando as atribuições
são internamente gratificantes, então esse caráter enfadonho substitui o
comportamento do líder e a atenção dele não realiza nenhum efeito, pois
a satisfação já é alta.
Alta
Satisfação do seguidor Tarefa intrinsecamente gratificante
Tarefa enfadonha
Baixa
Baixa Consideração do líder Alta
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antecipatório, atitudes e consequências, ditados na Teoria Social
Cognitiva. Por fim, percorremos a Teoria dos Substitutos de Liderança
detectando aspectos relacionados ao comportamento do líder e à
situação. Na próxima unidade, discorreremos sobre a comunicação, as
suas funções, processos e barreiras mais comuns à sua efetivação.
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Resumo
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Na unidade 11, discorremos sobre a Teoria dos Traços de Personalidade,
que procura investigar as particularidades da personalidade que
diferenciam uma pessoa de grande destaque das demais; em seguida,
falamos das teorias comportamentais que foram desenvolvidas na
Universidade Estadual de Ohio e de Michigan, cujos estudos deixaram
expressivas contribuições, assumindo que a liderança é imprescindível
no desempenho e na manutenção dos recursos humanos nas empresas.
Por último, discutimos sobre as teorias contingenciais e situacionais, que
representam aspectos da situação em que ocorre a liderança, levando em
conta o líder, os liderados, a tarefa, a situação, os objetivos.
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13 Comunicação
Objetivo
Descrever as funções da comunicação, seu processo e as barreiras
comuns à comunicação eficaz.
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Nesse sentido, Chiavenato (2010, p. 316) afirma que comunicação
“[...] é o ponto que liga as pessoas para que compartilhem sentimentos,
ideias, práticas e conhecimentos [...]” e envolve símbolos comuns –
verbais (palavras) e não verbais (gestos e toques) – que permitem o
entendimento universal.
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• motivação: a comunicação estimula os trabalhadores, esclarecendo
quais as suas tarefas, como está o seu desempenho e o que pode ser
melhorado para atingir as suas metas. Nesse contexto, o feedback
motiva o funcionário ao comportamento desejável e este busca
retorno através da comunicação;
• expressão emocional: os funcionários interagem diariamente com
os seus parceiros de trabalho, emitindo as suas frustações, desejos,
sentimentos e/ou satisfações e, por isso, a comunicação é tratada
como uma forma de expressão emocional;
• informação: a comunicação é usada para transmitir dados que levam
a avaliação de fatos e situações favorecendo a tomada de decisão.
Diante do exposto, podemos inquirir que as quatro funções da
comunicação possuem igual importância dentro da organização e afirmar
que o convívio de seus membros realiza-se por intermédio de uma ou
mais delas.
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Emissor Receptor
Mensagem a Canal Mensagem
Codificação Decodificação
ser enviada recebida
Ruído
Feedback
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13.4 Barreiras comuns à comunicação eficaz
Nem sempre a mensagem que o emissor transmite é entendida pelo
receptor da forma pretendida e isso afeta negativamente o processo de
comunicação.
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Estudo complementar
“Os sete sentidos da comunicação para o líder do
futuro” enfoca a sinestesia, o sétimo sentido, a
qual transformará e fará diferença nas pessoas,
nos ambientes e no mundo corporativo. Clique
aqui e fique por dentro!
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14 Grupos e empowerment
Objetivo
Conferir a dinâmica do comportamento organizacional sob a
perspectiva do grupo e compreender o empowerment.
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Wagner III e Hollenbeck (2012) destacam que, geralmente, os grupos
são compostos de acordo com afinidades naquilo que as pessoas fazem
ou produzem e, vinculado a isso, Robbins (2009) divide os grupos de
trabalho em:
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• grupos de amizade: gerados por laços pessoais que ultrapassam o
ambiente da empresa e estendem-se a relacionamentos fora dela. Por
exemplo: os empregados que torcem pelo mesmo time de futebol.
Diante do exposto, podemos assinalar que, ao contrário dos formais, os
grupos informais propiciam satisfação social e sentimento de pertencer,
devido à troca de favores que ocorrem entre os sujeitos que os compõem.
Para Robbins (2009, p. 103), “[...] não há uma única razão para as
pessoas se agruparem [...]”, podendo ocorrer a união entre as pessoas para
não se sentirem sozinhas, pelo reconhecimento (status), pela autoestima
(valor próprio), pela associação, pelo poder e pelo alcance de metas.
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Como pontos fortes, Chiavenato (2010) elenca a diversidade de
conhecimento, de informações e de pontos de vistas. Como pontos
fracos, o dispêndio de tempo até encontrar alternativas consensuais, as
pressões para obter conformidade, as discussões e as responsabilidades
compartilhadas.
14.2 Empowerment
As organizações atuais que prezam pelo aprendizado de sua força de
trabalho caminham em direção à delegação de autoridades, criando
equipes autodirigidas e incorporando uma cultura participativa e aberta,
com a finalidade de propagar e compartilhar o poder com todos os seus
funcionários.
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O empowerment tem quatro pilares, de acordo com Chiavenato (2010):
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Alto grau
São responsáveis
Círculos de qualidade pelo processo decisório.
Grupos de participação Tomam decisões.
Programas de sugestões Participam das decisões.
Dão contribuições às decisões.
Enriquecimento de cargos
Não possuem arbítrio para dec.isões.
Baixo grau
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Fórum
Caro estudante, dirija-se ao Ambiente Virtual de
Aprendizagem da instituição e participe do nosso
Fórum de discussão. Lá você poderá interagir com
seus colegas e com seu tutor de forma a ampliar,
por meio da interação, a construção do seu
conhecimento. Vamos lá?
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15 Conflito – parte 1
Objetivo
Denominar conflito, evidenciando os níveis de gravidade na
organização.
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desavença: constitui uma interferência ativa ou passiva, mas deliberada
para impor um bloqueio sobre a tentativa da outra parte de alcançar seus
objetivos”.
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que o que determina um conflito como bom ou ruim é a sua natureza,
devendo-se separar os distúrbios funcionais dos distúrbios disfuncionais.
Na sequência, veremos os níveis de gravidade do conflito na organização.
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• conflito percebido: ocorre quando os trabalhadores sentem que
existe antagonismo em potencial. É chamado também conflito
latente.
• conflito experienciado: ocorre quando os funcionários sentem
medo, raiva, descrédito em relação aos seus colegas. É chamado
também velado (oculto, dissimulado).
• conflito manifestado: ocorre quando é expresso sem fingimento, de
maneira escancarada por, pelo menos, uma das partes. É chamado
também conflito aberto.
Consoante Wagner III e Hollenbeck (2012, p. 357), independentemente
do nível de gravidade do conflito é crucial vê-lo como “[...] a bandeira
vermelha que sinaliza a necessidade de mudança [...]”, pois pode produzir
tanto uma reação normal e sadia como condições insalubres de trabalho.
Saiba mais
Clique aqui e veja “5 maneiras de lidar com
conflitos em sua empresa”.
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16 Conflito – parte 2
Objetivo
Explicar os estágios do conflito.
www.esab.edu.br 97
comportamento das pessoas, a tendência é o conflito aumentar,
embora as evidências não sejam fortes. Já em relação às formas de
remuneração, geram confrontos intensos quando o ganho de um
colaborador implica em perda para outro funcionário. Outro aspecto
a ser considerado é a diversidade de metas entre os colaboradores,
pois se tiverem em desacordo, as chances de haver dissonância na
empresa é enorme;
• variáveis pessoais: retratam os sistemas de valores, ou seja, a
importância que os seres humanos atribuem a fatores como
liberdade, prazer, respeito, honestidade, obediência e justiça.
Nesse caso, as diferenças individuais e a personalidade são fonte
determinante de conflitos potenciais. Um empregado que chega
na organização irritado em decorrência do trânsito frenético pode
transmitir isso aos colegas e causar tumultos.
Perante ao que foi dito, é imprescindível que os executivos fiquem em
alerta com relação à influência dos resultados do conflito nos futuros
episódios.
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16.3 Comportamento
O terceiro estágio do processo de conflito acontece quando há uma
ação intencional por parte de um sujeito que atrapalha a consecução do
objetivo de outra pessoa e, com isso, prejudica seus interesses.
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a pessoa terá uma conduta voltada para o não enfrentamento ou para
a acomodação, ou seja, optam por não encarar o conflito, embora
reconheçam ou prezem pelo relacionamento com o colega.
16.4 Consequências
A interação entre um comportamento de conflito aberto e as condutas
para gestão de conflitos, em conformidade com Robbins (2009), infligem
consequências funcionais (construtivas) e disfuncionais (destrutivas).
www.esab.edu.br 100
Um dos escritórios de advocacia mais conhecidos de Nova Iorque fechou
as suas portas porque os sócios não conseguiram conviver. Robbins
(2009) afirma que essa empresa foi arruinada em decorrência do excesso
de conflitos provenientes de problemas de personalidade entre os donos.
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 9 a 16. Para isso, dirija-se
ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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17 Negociação – parte 1
Objetivo
Expor o significado de negociação e suas abordagens na organização.
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Wagner III e Hollenbeck (2012) apontam que a barganha e a negociação
estão diretamente coligadas e são aplicadas para tratar de acontecimentos
que causam conflitos.
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17.2 Abordagens de negociação
Existem várias ocasiões em que os gerentes ficam envolvidos em
negociações e devem estar preparados para lidar com elas.
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A abordagem integrativa ressalta a visão conjunta das partes porque
procura atender às necessidades e aos interesses de todos os envolvidos.
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No Quadro 1, Chiavenato (2010, p. 416) faz um comparativo entre a
negociação distributiva e a integradora:
Saiba mais
Roger Fisher, negociador que já trabalhou para
a Organização das Nações Unidas (ONU) e é
fundador e diretor do Harvard Negotiation Project
– organização dedicada ao estudo e ao ensino
da resolução de conflitos – afirma que existe
uma receita universal de negociação com sete
ingredientes, os quais podem servir tanto à fusão
de duas empresas no Brasil como a um tratado de
paz entre países do Oriente Médio. Para saber mais
sobre esse assunto, acesse este endereço e leia!
www.esab.edu.br 106
18 Negociação – Parte 2
Objetivo
Apontar as estratégias de negociação e o seu processo.
• fazer acordo;
• promover a confiança nos outros;
• mudar a posição facilmente;
• proporcionar ofertas;
• evitar discórdia;
• apaziguar as ideias opostas;
• reduzir a pressão.
Já na ação dura, o negociador procura ter domínio e autoridade e a parte
que ganha deve abocanhar algo da parte que perde. Com essa atitude,
Chiavenato (2010) frisa que os propósitos são:
www.esab.edu.br 107
• vencer;
• desconfiar dos outros;
• manter a posição firme;
• fazer ameaças;
• pressionar.
Vinculado a esse contexto, o problema é definido como uma situação
ganha-perde que, em conformidade com Chiavenato (2010), visa a forçar
uma das pessoas à submissão, usar a comunicação dissimulada, vaga e
enganosa das necessidades, fazer ameaças e mostrar rigidez em relação à
posição que ocupa.
www.esab.edu.br 108
• ancoragem e ajustes: as pessoas apresentam a tendência de fixar seus
julgamentos em informações irrelevantes, como uma oferta inicial.
O negociador eficaz não permite que uma âncora inicial minimize
a quantidade de informações e a profundidade da análise que ele
utilizará para avaliar a situação, nem dá muita importância às ofertas
iniciais do oponente;
• quadro de referência: em geral, a maneira como as informações são
apresentadas exerce demasiada influência;
• disponibilidade das informações: os negociadores se apoiam em
informações disponíveis de imediato e acabam ignorando dados
mais relevantes. As informações que são facilmente rememoradas,
por serem familiares ou por terem deixado forte impressão, podem
ser interpretadas como fidedignas quando não são. Os negociadores
eficazes aprendem a distinguir o que é emocionalmente familiar
daquilo que é relevante e digno de crédito.
• a maldição do vencedor: sensação de arrependimento que surge
após a conclusão da negociação.
• superconfiança: quando adotam certas expectativas e convicções
que tendem a ignorar qualquer informação que possa contradizer os
negociadores, causando redução na motivação para a concessão.
Robbins (2009) destaca outras questões sobre negociação, que são
relativas ao papel dos traços de personalidade, às diferenças de estilo de
negociação entre homens e mulheres e às diversidades culturais.
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18.2 Processos de negociação
Para que haja integração de interesses comuns em disputa, Chiavenato
(2010) proclama cincos passos: (1) a preparação e planejamento; (2)
definição de regras básicas; (3) esclarecimentos e justificativas; (4)
barganha e solução de problemas; e (5) fechamento e implementação.
O quarto passo está ligado às permissões que as partes devem oferecer até
chegar a uma aceitação recíproca (CHIAVENATO, 2010).
www.esab.edu.br 110
O processo de negociação é aplicado tanto na vida pessoal como
organizacional, pois, cotidianamente, estamos resolvendo assuntos
de interesse mútuo e importantes, tanto para nós como para o nosso
semelhante.
Dica
Para conseguir a eficácia na negociação, focalize
os problemas, e não as pessoas. Concentre-se nas
questões da negociação, e não nas características
pessoais do seu oponente, evite a tendência de
atacar, pois você discorda das ideias ou da posição
do seu adversário, e não dele próprio.
www.esab.edu.br 111
Resumo
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Nessa oportunidade, descrevemos as suas abordagens, são elas: barganha
distributiva, barganha posicional e barganha integrativa.
www.esab.edu.br 113
Elementos básicos que definem a
19 estrutura organizacional
Objetivo
Abordar os componentes essenciais de uma estrutura organizacional.
www.esab.edu.br 114
Nesse sentido, a especialização ou divisão do trabalho serve para traçar
o serviço a ser feito, a maneira como deve ser realizado e a posição das
pessoas responsáveis pela sua execução.
19.2 Departamentalização
O agrupamento de tarefas em uma empresa denomina-se
departamentalização.
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Para ilustrar essa afirmativa, indicamos o caso de uma universidade na
qual, para cada área, há um departamento que reflete os objetivos e
as atividades características do negócio, mas diferem em suas funções.
Por exemplo, no Centro Socioeconômico existem os departamentos de
Administração, de Ciências Contábeis, de Economia e de Serviço Social.
www.esab.edu.br 116
19.3 Cadeia de comando
A cadeia de comando, de acordo com Robbins (2009, p. 211), “[...] é
uma linha de autoridade que vai do topo da organização até o escalão
mais baixo, determinando quem se reporta a quem na empresa”.
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Robbins (2009) declara que quando a amplitude é grande demais, o
desempenho do grupo é prejudicado porque o gerente não consegue
oferecer o apoio necessário a todos. Em contrapartida, quando é
pequena, o administrador pode manter um monitoramento mais
próximo. No entanto, Robbins (2009, p. 212), apresenta desvantagens
da amplitude de controle pequena:
www.esab.edu.br 118
Robbins (2009) realça que a tendência é que as corporações
descentralizem o seu processo de tomada de decisão, visando maior
capacidade de reação à competição global.
19.6 Formalização
A formalização refere-se às políticas e normas que orientam o
comportamento das pessoas na empresa.
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20 Cultura organizacional – parte 1
Objetivo
Discutir os diversos conceitos de cultura organizacional e suas
características.
Chiavenato (2010) fala que da mesma forma que cada país tem a sua
cultura, as empresas também têm uma cultura, ou seja, são detentoras de
personalidade própria que governa o comportamento de seus integrantes.
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Chiavenato (2010, p. 126) apresenta a cultura organizacional como
“[...] a maneira costumeira ou tradicional de pensar e fazer as coisas,
que são compartilhadas em grande extensão por todos os membros da
organização e que os novos membros devem aprender e aceitar para
serem aceitos no serviço da organização”.
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20.2 Funções da cultura organizacional
A cultura possui algumas funções em uma empresa e, conforme Robbins
(2009, p. 228), a primeira é desempenhar “[...] o papel de definidora de
fronteiras [...]”, ou seja, criar diferenciação entre uma corporação e outra.
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Com base nisso, podemos dizer que a cultura organizacional serve como
uma argamassa social que favorece o melhor desempenho da empresa,
fortalecendo e coordenando comportamentos no trabalho e, por
conseguinte, gerando vantagem competitiva no mercado.
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• Orientação para as pessoas. O grau em que as decisões dos dirigentes levam em
consideração o efeito dos resultados sobre as pessoas na organização.
• Orientação para a equipe. O grau em que as atividades de trabalho são organizadas
mais em função das equipes do que dos indivíduos.
• Agressividade. O grau em que as pessoas, em vez de afáveis e acomodadas, são
competitivas e agressivas.
• Estabilidade. O grau em que as atividades organizacionais enfatizam a manutenção
do status quo em contraste com o crescimento.
Tarefa dissertativa
Caro estudante, convidamos você a acessar o
Ambiente Virtual de Aprendizagem e realizar a
tarefa dissertativa.
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21 Cultura organizacional – parte 2
Objetivo
Examinar os tipos de cultura e os perfis organizacionais.
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Podemos citar a organização militar como um exemplo de sistema
autoritário coercitivo.
21.3 Consultivo
O terceiro perfil organizacional é denominado consultivo e, do ponto de
vista de Chiavenato (2010), é um sistema administrativo que tende a ser
mais participativo que impositivo.
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• Comunicação: provê comunicações verticais descendentes e ascendentes, bem como
comunicações laterais entre os pares. Sistemas internos de comunicação servem para
facilitar o seu fluxo.
• Relacionamento interpessoal: a confiança depositada nas pessoas é relativamente
elevada, embora não completa e definitiva. Cria-se condições relativamente
favoráveis a uma organização informal sadia e positiva.
• Recompensas e punições: ênfase nas recompensas materiais e simbólicas, embora
eventualmente ocorram punições e castigos.
21.4 Participativo
O quarto perfil organizacional é democrático e aberto, e Chiavenato
(2010) indica como características:
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Com base nisso, podemos dizer que uma corporação com pouca solidez e
altamente mutável pode “desaparecer do mapa”, assim como aquela com
adaptabilidade limitada e engessada, pois “[...] mudança após mudança
sem estabilidade alguma resulta quase sempre em caos e tensão entre os
membros da organização” (CHIAVENATO, 2010, p. 132).
Estudo complementar
Acesse, clicando aqui, e assista ao filme “Fábrica
de Loucuras”, de 1986, dirigido por Ron Howard,
e observe as diferenças culturais e o impacto da
cultura na organização.
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22 Mudança organizacional – parte 1
Objetivo
Delinear as forças que estimulem a mudança.
22.1 Tecnologia
As mudanças na empresa são feitas para obter mais lucros ou atrair mais
talentos e só acontecem se conseguirmos modificar a cabeça das pessoas,
alterando sua forma de pensar e preparando-as para as transformações.
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Com isso, os cargos estão sendo revistos, e reorganizados e os indivíduos que
antes exerciam tarefas especializadas estão sendo substituídos por equipes
ativamente participativas e multifuncionais (CHIAVENATO, 2010).
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• possuir uma orientação temporal de longo alcance, ou seja, pode
durar meses ou anos para produzir resultados desejados;
• ser guiado por um agente de mudança, ou seja, uma pessoa que age
como catalisadora e também como fonte de informações sobre o
processo.
22.3 Competição
O novo ambiente de negócios força as organizações a reexaminarem
e reinventarem as suas práticas, pois a competição que se tem hoje é
diferente daquela que existia no passado, antes do advento da internet,
nos anos de 1990.
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• Flexibilidade: pela capacidade de aprender e mudar tanto da organização como dos
seus participantes.
• Integração: para permitir mobilização integrada com iniciativa e participação das
pessoas.
• Inovação: pela criatividade para mudar rapidamente.
• Fronteiras verticais: são os andares e tetos que separam as pessoas por meio de
níveis hierárquicos, títulos, status e classificação.
• Fronteiras horizontais: são as paredes internas que separam as pessoas em
organização por funções, unidades de negócios, grupos de produtos ou divisões/
departamentos.
• Fronteiras externas: são as paredes externas que separam as empresas de seus
fornecedores, clientes, comunidades e outros grupos externos.
• Fronteiras geográficas: são as paredes culturais decorrentes de diferentes países e
regiões e que também funcionam no tempo e no espaço.
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Estudo complementar
Francisco Valim, um dos nomes mais bem
cotados entre headhunters brasileiros, tem em
seu histórico recente a mudança radical de uma
empresa em grandes dificuldades, a operadora
de TV paga NET – que, em cinco anos, saiu de um
prejuízo de R$ 958 milhões para um lucro líquido
de R$ 208 milhões, no ano de 2007. Em 2008,
Valim foi convocado para uma transformação
ainda mais desafiadora: mudar o que vai bem, a
Serasa Experian, a maior empresa de análise de
crédito do planeta fora dos Estados Unidos.
Acesse, clicando aqui, e leia como a tecnologia,
a força de trabalho e a competição estimulam a
mudança.
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23 Mudança organizacional – parte 2
Objetivo
Constatar as fontes de resistência das pessoas à mudança.
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estacionamento, acostumar-se com o novo espaço físico, arrumar
outro local para almoçar e assim por diante.
• “Segurança: as pessoas com elevada necessidade de segurança
costumam resistir à mudança por se sentirem ameaçadas”
(ROBBINS, 2009, p. 264). Por exemplo: quando a empresa anuncia
que vai demitir 10 mil funcionários ou quando introduz um novo
equipamento de produção, muitos trabalhadores ficam temerosos,
pois acham que seus empregos estão sob risco.
• Fatores econômicos: é a preocupação de a mudança impactar em
uma redução dos rendimentos. Por exemplo: quando a mudança é
vinculada à remuneração, à produtividade, às tarefas ou às rotinas
estabelecidas pela organização, os empregados ficam com medo
porque acham que não serão capazes de continuar apresentando o
mesmo desempenho de antes.
• Medo do desconhecido: a mudança faz o que é familiar ser trocado
pelo pânico. Por exemplo: se a introdução de um programa de
gestão da qualidade requer dos operários o aprendizado de técnicas
estatísticas de controle de processos, muitos poderão ficar com
receio de não conseguir assimilá-las. Com isso, podem desenvolver
uma atitude negativa em relação ao programa ou apresentar
comportamento disfuncional se tiverem que usar tais técnicas
estatísticas.
• Processamento seletivo de informações: as pessoas captam as
informações de modo seletivo para manter as suas percepções,
ou seja, ouvem só o que querem ouvir. Por exemplo: quando há
a implementação de melhorias na empresa, os indivíduos podem
ignorar os argumentos que os chefes usam ou serem receptivos aos
benefícios que as mudanças trarão.
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Nessa ocasião, Wagner III e Hollenbeck (2012) destacam que as
forças que causavam objeções à mudança eram percepções diferentes
entre os executivos sobre a necessidade de novos produtos, e o pavor
dos colaboradores em relação a não serem capazes de administrar as
demandas advindas das tecnologias.
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• Inércia de grupo: mesmo que os indivíduos queiram mudar seu comportamento,
as normas de grupo agem como limitadoras. Por exemplo: um funcionário
sindicalizado pode individualmente aceitar certas modificações propostas para suas
atividades, mas se a norma de seu sindicato recomendar resistência a qualquer
proposta unilateral da empresa, ele provavelmente resistirá à mudança.
• Ameaça à especialização: as mudanças nos padrões organizacionais podem
ameaçar a exclusividade de alguns grupos especializados. Por exemplo: a tendência
recente de terceirizar muitas das atividades da empresa, como o Treinamento e
Desenvolvimento (T&D) tem gerado forte resistência na área de Recursos Humanos,
pois essa terceirização representa uma ameaça para os especialistas que trabalham
neste departamento.
• Ameaça às relações de poder estabelecidas: qualquer redistribuição
de autoridade para tomada de decisão pode ameaçar as relações de poder já
estabelecidas dentro da organização. Por exemplo: a introdução de um processo
de tomada de decisão participativo ou de equipes de trabalho autogerenciadas é o
tipo de mudança que costuma ser considerada como ameaça pelos supervisores e
gerentes de nível médio.
• Ameaça às alocações de recursos estabelecidos: nas organizações é comum
os grupos que controlam algum tipo de recurso que possa ser cortado encararem a
mudança como uma ameaça, já que estão satisfeitos com as coisas do jeito que são.
Por exemplo: aqueles que se sentem mais beneficiados pela alocação de recursos
vigentes geralmente se veem ameaçados por mudanças que possam afetar as futuras
alocações.
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Entretanto, essas alternativas podem levar os indivíduos a se sentirem
subornados e, a fim de evitar que aconteça esse mal-estar, é crucial que o
administrador aplique-as de maneira inteligente, articulada e com bom
senso.
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24 Mudança organizacional – parte 3
Objetivo
Enfocar o processo de mudança.
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24.2 Identificação do problema
Quando um problema é localizado e reconhecido, o passo seguinte é
descobrir as suas causas.
O estágio em que cada cargo inclui esses fatores pode ajudar a detectar os
problemas.
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• variedade de atividades desempenhadas e habilidades necessárias;
• identidade com a tarefa;
• significância ou importância da tarefa;
• autonomia e liberdade para tomar decisões;
• retroação em relação ao desempenho.
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24.3 Implementação da mudança
Depois da identificação do problema, a etapa posterior é definir os
recursos necessários para sua solução.
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Nesta unidade, percorremos as etapas do processo de mudança,
verificando que o primeiro passo é o reconhecimento do problema; o
segundo é descobrir as suas causas (identificação do problema); o terceiro
é definir os recursos necessários para a sua solução (implementação da
mudança); e o quarto e último é examinar se o processo de mudança foi
eficaz (avaliação da mudança). Para tanto, é preciso planejar o programa
de mudança organizacional para que haja uma transformação expressiva
na organização.
Sucesso!
Atividade
Chegou a hora de você testar seus conhecimentos
em relação às unidades 17 a 24. Para isso, dirija-
se ao Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) e
responda às questões. Além de revisar o conteúdo,
você estará se preparando para a prova. Bom
trabalho!
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Resumo
Na unidade 19, vimos que os seis elementos básicos que devem ser
considerados ao planejar-se a estrutura de uma organização são:
especialização do trabalho, departamentalização, cadeia de comando,
amplitude de controle, centralização e descentralização e formalização.
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vimos que podemos superá-las ou reduzi-las por meio da comunicação
antecipada aos funcionários sobre aquilo que se deseja mudar na
organização.
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Glossário
Absenteísmo
Ausência ao trabalho por qualquer motivo. R
Âncora inicial
Corresponde à ajuda inicial recebida pelo negociador. R
Animosidade
Ressentimento, inimizade. R
Assertivo
Diz respeito a uma pessoa justa, equilibrada, que mantém uma certa
ordem, que sabe dizer “sim”, mas também “não” quando for preciso. R
Brainstorming
É uma técnica usada para testar e explorar a capacidade criativa das
pessoas e ocorre quando um grupo de pessoas se reúne e elas utilizam
seus pensamentos e ideias para chegarem a um ponto comum. R
Coach
Treinador, assessor, que fornece suporte a alguém. R
Coercitiva
Que exerce repressão, coação. R
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Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA)
É um grupo composto por representantes do empregador e dos
empregados e que tem como objetivo a prevenção de acidentes
decorrentes do trabalho, de modo a tornar compatível o trabalho com a
preservação da vida e a promoção da saúde do trabalhador. R
Compenetrados
Concentrado, obediente. R
Complacente
Corresponde ao colaborador compreensivo, benevolente, que aceita os
fatos com facilidade. R
Comunicação vertical
É a comunicação de cima para baixo, ou seja, dos níveis hierárquicos
mais altos para os mais baixos e ocorre da cúpula da organização para os
subordinados. R
Concomitantemente
As necessidades de existência, relacionamento e crescimento podem atuar
no indivíduo todas ao mesmo tempo, simultaneamente. R
Constructo
Quer dizer que foram criadas definições para exemplificar a teoria. R
Continuum
Significa que as emoções passam de um estágio para outro de modo
contínuo. R
Defasagem cultural
Ocorre quando há falta de compasso entre a organização e os seus
funcionários e é feito um alinhamento para a implementação da
mudança. R
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Deferência
As pessoas apresentam respeito e atenção em relação às outras. R
Delegação
É a concessão de autoridade, de responsabilidade e confiança a alguém,
dando autonomia e liberdade para que tome decisões. R
Deliberada
Trata-se de uma interferência planejada para impedir um bloqueio, a
qual foi decidida após discussão ou reflexão. R
Distúrbios disfuncionais
Conflitos que impactam em prejuízo no resultado do grupo. R
Distúrbios funcionais
Conflitos que resultam em melhoria no desempenho do grupo. R
Eficácia organizacional
Está vinculada tanto ao desempenho da organização quanto ao alcance
de seus objetivos e resultados. R
Enfadonho
Aquilo que causa cansaço, desânimo, que é entediante e chato. R
Etnia
É um característica individual de cada pessoa que indica a sua
descendência (deriva do mesmo aspecto familiar). R
Fecundidade
Equivale a uma empresa produtiva, geradora de produtos e serviços. R
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Hardware
É o mesmo que sistema físico ou concreto composto de máquinas e
equipamentos. R
Iniquidade
Agir com injustiça e desigualdade. R
Memorando
É uma comunicação escrita e interna da empresa, estabelecida entre as
unidades administrativas de um mesmo órgão, de níveis hierárquicos
iguais ou distintos. R
Ociosidade
Quer dizer, um empregado com sem disposição, desocupado. R
Placebo
Um programa de treinamento pode não ter efeito prático, ou seja, pode
não exercer ação real sobre o funcionário e, com isso, não proporcionar a
elevação de seu desempenho. R
Prognosticar
Prever uma abordagem que cause menos resistência nos empregados,
presumir as reações dos funcionários. R
Retidão
Qualificação do profissional de bom caráter que tem um comportamento
íntegro, sério. R
Software
É o mesmo que sistema abstrato e conceitual composto de filosofias,
políticas e diretrizes da organização ou, ainda, programas e aplicativos
destinados ao computador. R
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Status quo
Está relacionado ao estado atual das pessoas na organização. R
Subalterno
É o funcionário que é subordinado a alguém, que obedece as ordens de
um superior. R
Surrupiou
Roubou, tomou posse de algo que não lhe pertencia. R
Teoria da Atribuição
Explica que, ao observarmos o comportamento de alguém, tentamos
determinar se o que motiva é interno ou externo. R
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Referências
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