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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Civil

Trabalho de Investigação Científica

Estratégias aplicáveis pela engenharia para o desenvolvimento dos sectores:


saúde e educação

Discente: Edson Liomba Docente: dra. Jania Pacheco

PEMBA, 2022
Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Licenciatura em Engenharia Civil

Trabalho de Investigação Cientifica

Estratégias aplicáveis pela engenharia para o desenvolvimento dos sectores:


saúde e educação

Trabalho de caracter avaliativo a ser


desenvolvido no âmbito da cadeira de Métodos
de Investigação Cientifica, do quarto nível do
curso de Licenciatura em Engenharia Civil
lecionada pela dra. Jania Pacheco

PEMBA, 2022
PENSAMENTO

ʻʻO tamanho do seu sucesso é proporcional ao esforço do seu trabalhoʼʼ.

(Lourivane Amado)

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DEDICATÓRIA

Dedico esse trabalho a Deus, sem ele eu não teria capacidade para desenvolver este
trabalho.

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RESUMO

Este trabalho de investigação objetiva discutir a relação entre os sectores


educação/saúde e as novas tecnologias da engenharia, no processo evolutivo do ensino e
da aprendizagem na sociedade contemporânea e no crescimento da área de saúde,
abordando algumas questões desafiadoras apresentadas para uma busca de reflexões em
torno das constantes evoluções dessa sociedade, especialmente no que diz respeito à
agregação das ferramentas tecnológicas em escolas e centros de saúde. A partir disso,
buscou-se incorporar diálogos voltados para a ação do educador e dos gestores
educacionais visando encontrar caminhos para a aplicabilidade das diversas Mídias
dentro do sector da educação, assim como também avaliar os desafios necessários de
implementação dessas tecnologias no processo de crescimento do sector da saúde.
Propõe-se nessa pesquisa analisar os benefícios e malefícios da modernidade
tecnológica apontando caminhos para uma prática pedagógica e humanitária,
pretendendo-se construir novas perspectivas avançadas.

Palavras-chaves: Criação, Tecnologias, Evolução, Ensino, Conforto, Parâmetros.

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ABSTRACT
This research work aims to discuss the relationship between the education/heath sectors
and the new engineering technologies, in the evolutionary process of teaching and
learning in the growth of the health area, addressing some challenging questions
presented for search reflections. Around the constant evolutions of this society,
especially with regard to aggregation of technological tools in schools and health
centers. From this, we sought to incorporate dialogues aimed at the action of the
educator and educational managers in order to find ways for the applicability of the
various media within the education sector, as well as to evaluate the necessary
challenges of implementing these technologies in the process of growth of the health
sector. It is proposed in this research to analyses the technological pointing paths for
benefits and harms of modernity a pedagogical practice intending to build new
advanced perspectives.

Key-words: Creation, Technologies, Evolution, Teaching, Comfort, Parameters.

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Indice

PENSAMENTO ............................................................................................................... 3
DEDICATÓRIA ............................................................................................................... 4
RESUMO ......................................................................................................................... 5
ABSTRACT ..................................................................................................................... 6
CAPITULO 1: INTRODUÇÃO ....................................................................................... 9
1.1. Contextualização ....................................................................................................... 9
1.2. Problematização......................................................................................................... 9
1.3. Justificativa ................................................................................................................ 9
1.4. Objectivos ................................................................................................................ 10
1.4.1. Objectivo Geral..................................................................................................... 10
1.4.2. Objectivos específicos .......................................................................................... 10
1.5. Estrutura do trabalho ............................................................................................... 11
CAPITULO 2: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA .............................................................. 12
2.1. Globalização ............................................................................................................ 12
2.2. Dimensão econômica da Globalização .................................................................... 12
2.3. A engenharia sua importância na evolução do Homem e desenvolvimento social . 13
2.4. Desenvolvimento e Educação .................................................................................. 14
2.5. Desenvolvimento e Saúde ....................................................................................... 14
CAPITULO 3: APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DA ENGENHARIA PARA O
DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO ........................................... 16
3.1. Estratégia I: Construção ecológica de escolas ......................................................... 16
3.1.1. Delimitação da estratégia I ................................................................................... 16
3.2. Estratégia II: Aplicação de tecnologias modernas no sistema de educação ............ 18
3.2.1. Delimitação da estratégia II .................................................................................. 18
CAPITULO 4: APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DA ENGENHARIA PARA O
DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA SAÚDE .................................................... 19
4.1. Estratégia III: Racionalização de água em centro de saúde, localizados em zonas
com escassez de água ..................................................................................................... 19
4.1.1. Delimitação da estratégia III: ............................................................................... 19
4.2. Estratégia IV: Aplicação da engenharia biomédica como forma de evolução no
sector da saúde…. ........................................................................................................... 20

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4.2.1. Delimitação da estratégia IV ................................................................................ 20
CAPITULO 5: MATERIAIS E MÉTODOS .................................................................. 22
5.1. Metodologia ............................................................................................................. 22
CAPITULO 6: CONCLUSÕES ..................................................................................... 23
6.1. Consideração final ................................................................................................... 23
6.2. Recomendações ....................................................................................................... 24
7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ..................................................................... 25

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CAPITULO 1: INTRODUÇÃO

1.1. Contextualização

A sociedade atual enfrenta desafios e obstáculos circunstanciais, decorrentes do mau


funcionamento da economia do país e da organização social, que têm sido acentuados
pelo fenômeno de crescimento populacional, notadamente a partir dos tempos
modernos. Pode-se olhar nesses problemas a inclusão de pouco desenvolvimento
económico, assim como social, por parte de vários sectores. No presente trabalho, a
pesquisa se delimitou em dois dos sectores mais importantes da economia,
concretamente os sectores da educação e da saúde.

Conforme Santos (2001), o processo de globalização está constituído de dimensões


econômicas, políticas e culturais, dentre as quais se destacam os fatores econômicos.
Tal cenário vem propiciando o crescimento acentuado de problemas de
desenvolvimento económico, por falta da ma organização e um planeamento ruim, por
parte das entidades responsáveis.

O presente trabalho tem como relevância a inclusão do papel da engenharia e do


engenheiro, no seio dos sectores nomeadamente saúde e educação, com o intuito de
elaboração de métodos ou estratégias para o crescimento dessas áreas.

1.2. Problematização

A necessidade de planear, organizar, gerir e construir, formas que possam ajudar no


desenvolvimento social e económico de regiões com altíssima pobreza, vem criando
muitas questões para as entidades que se impõem na resolução desses problemas. Duas
das áreas muitíssimas afectadas com esses problemas são: a área educação e a área de
saúde. Partindo desse pressuposto, surge a seguinte pergunta: Quais são as estratégias
necessárias, que ajudem no desenvolvimento dos sectores da saúde e educação?

1.3. Justificativa
Torna-se evidente que o conhecimento, a capacidade de processar e selecionar
informações, a criatividade e a iniciativa são essenciais para o desenvolvimento e para a
modernidade. Justifica-se dizer que as habilidades encontradas em um engenheiro e
competências sociais, tais como flexibilidade, autonomia, capacidade de adaptação a

9
novas situações, são prioridades para que a engenharia contribua no desenvolvimento de
países que apresentam deficiências no que concerne a esses avanços. Em termos
educacionais e da área de saúde, o engenheiro tem a competência de pensar em varias
estratégias a fim de, consequentemente, alcançar o desenvolvimento desejado nesses
ramos. Justifica-se para realização dessa pesquisa centrado na importância que a
engenharia e o engenheiro têm, na enfatização do desenvolvimento socioeconómico, de
vários sectores, assim como a necessidade que esses apresentam no que concerne o
pouco crescimento económico.

1.4. Objectivos

1.4.1. Objectivo Geral


O objectivo geral dessa pesquisa é implementar as estratégias da engenharia na
contribuição para o desenvolvimento dos sectores da educação e saúde.

1.4.2. Objectivos específicos


 Estudar os impactos da globalização;
 Identificar os principais problemas que impedem o desenvolvimento nos sectores da
educação e saúde;
 Analisar os benefícios que a engenharia pode trazer nesses sectores.

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1.5. Estrutura do trabalho
O presente trabalho é constituído por 6 capítulos cuja sua descrição encontra-se da
seguinte forma:

 No capítulo 1, consta a introdução, contextualização do trabalho, problematização,


justificativa e os objetivos gerais e específicos;
 No capítulo 2, apresenta-se o desenvolvimento do trabalho a partir da revisão
bibliográfica;
 No capítulo 3, apresenta-se as duas estratégias para o desenvolvimento do sector da
educação;
 No capítulo 4, apresenta-se as duas estratégias para o desenvolvimento do sector da
saúde;
 No capítulo 5, consta a metodologia usada para o trabalho;
 No capítulo 6, consta a conclusão, a recomendação final;
 Na última página encontra-se as referências bibliográficas.

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CAPITULO 2: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Globalização
Segundo Murteira (2003), a globalização econômica é o processo econômico e social
que estabelece a integração entre países e pessoas do mundo todo. Dessa forma,
empresas, países e instituições realizam trocas financeiras, culturais e comerciais sem
restrições ideológicas. Associando-se em blocos econômicos, os países acumulam
forças nas relações comerciais. As empresas de engenharia consultivas e as
transacionais, que comercializam no mundo todo, são agentes da globalização
econômica. Em geral, as empresas americanas, europeias e grandes conglomerados
asiáticos dominam este processo.

Segundo Adda (1997a), a Globalização é caracterizada pela desterritorialização, pois as


relações econômicas, políticas e culturais entre homens e instituições assumem um
processo contínuo de desvinculação das contingências do espaço. O desenvolvimento
tecnológico facilita a comunicação entre pessoas e entre instituições e, também,
viabiliza uma maior circulação de pessoas, bens e serviços.

A prática do pensamento sustentável: “pense globalmente, aja localmente” explicita o


desafiador modelo atual para construção do crescimento sustentável. Segundo Kotler
(1995), não basta ter uma excelente estratégia a nível global, se não for possível
implementá-la localmente. Sassen (1998) afirma que alguns geógrafos, que estudam a
interação existente entre a economia global e o espaço local, tendem a admitir que o
espaço local praticamente não consegue exercer qualquer controle político sobre as
atividades dos fluxos criados pela economia global, nem sobre os setores-chave da
economia.

2.2. Dimensão econômica da Globalização


Segundo Silva (2000), muitas das teorias sobre a globalização inspiram-se (em certo
grau variável) no legado de Karl Marx (1818-1883), o primeiro a conceitualizar o
sistema capitalista de produção e a caracterizar a sociedade daí decorrente. Entendido
como modelo civilizacional, o capitalismo é claramente um veículo da globalização
econômica, porque suas instituições específicas (mercados financeiros, os bens
materiais e simbólicos enquanto mercadorias, o trabalho assalariado e a propriedade
alienável) facilitam as trocas econômicas mesmo a grandes distâncias. Para melhor

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compreender a importância e os contornos da dimensão económica da globalização, é
útil dividir esta dimensão econômica em duas subdimensiones:

 Comércio mundial de bens e serviços


 Mercado de trabalho e emprego globalizado.

Não é nosso objetivo aprofundar este assunto, mas apenas fornecer informações para
melhor definir este tema, no que se refere ao crescimento e ao desenvolvimento das
grandes empresas de engenharia em diferentes sectores.

2.3. A engenharia e sua importância na evolução do Homem e desenvolvimento


social
A engenharia, dentro de um contexto de criação e resolução de problemas, tem como
foco basicamente o atendimento a demandas para o bem-estar social. Trabalha
multidisciplinarmente com as ciências tecnológicas, exatas, e humanas, de tal sorte que
busca entender, na sua essência o ser humano pelo seu comportamento. É carregada de
estratégias e técnicas para modelagens e materialização de ideias, de modo que, desde o
início de um projeto, o homem e a sociedade podem, na realidade abstrair-se sentindo os
efeitos da engenharia para a sua qualidade de vida. De modo geral, tem-se que a
engenharia, só tem sentido em suas obras e soluções, se for trabalhada e encaminhada a
favor do benefício coletivo social.

Neste contexto, e ainda levando em consideração as várias vertentes e especialidades da


engenharia, assim como suas aplicações (civil, mecânica, produção, alimentos, elétrica e
outras) encontram-se resultados totais e parciais que vão a favor do desenvolvimento e,
por que não dizer, do bem-estar social. Os drones, por exemplo, entram como um
exemplo de aplicação que, conquistando o espaço aéreo próximo a terra,
aproximadamente até duzentos metros de altura, são úteis a sociedade para efeitos de
registros fotográficos, filmagens e transporte de informações em situações de risco.
Contribuem com a coleta de dados para pesquisas, unindo assim atributos de velocidade
e segurança em trabalhos e operações especiais. Substituem muitas vezes o ser humano
em atividades perigosas, como por exemplo, levantamento de fissuras em fachadas de
edifícios, de tal sorte a melhorar a relação, qualidade e produtividade.

Por tudo, observa-se a influência e os impactos da engenharia e do engenheiro na


evolução do homem e desenvolvimento social. Está relacionada a criação e a solução de
problemas coletivos para a sociedade, tendo viés a favor do bem-estar e da qualidade de

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vida das pessoas. Em aspecto amplo preocupa-se com a infraestrutura de base, levando-
se em conta a viabilização de projetos nas balizas da sociedade, trabalho, meio ambiente
e recursos (materiais, físicos, humanos, econômicos). Um entremeado de técnicas,
ferramentas, recursos e capitais intelectuais canalizados, pela engenharia, para a
evolução do homem e desenvolvimento social.

2.4. Desenvolvimento e Educação


A ciência apresenta-se como uma justa explicação racional do mundo, mas, em se
tratando de desenvolvimento, esta também institui uma expressão política e tende a se
pautar numa compreensão de que o caminho para o desenvolvimento seria a
compreensão de que somente pelo esclarecimento do sujeito, perante as necessidades
objetivas, é possível uma condição de melhoria social. Nesses termos, a política, quanto
à gestão e planeamento dos recursos públicos, trata apenas de aplicar o conhecimento
científico em procedimentos de racionalidade.

Nas relações entre desenvolvimento e educação prevalece a compreensão de que a


maior amplitude de educação permite habilitar para o exercício de atividades mais
complexas e, portanto, amplia-se a capacidade de desenvolvimento. Nessa concepção de
desenvolvimento, pautada na racionalidade científica, o social pode avançar ou estagnar
em decorrência da gestão científica dos recursos, e, no caso da educação, seria a
compreensão de que uma política de “boa aplicação”, na melhoria do sistema
educacional, estaria diretamente relacionada à ampliação do desenvolvimento
econômico e social (PASTORE, 2014).

Neste contexto, falar em desenvolvimento significa compreender as contradições que se


apresentam no social como lugar de classes sociais antagônicas. Nesse sentido, a relação
entre desenvolvimento e educação é a materialização no modo como classes sociais em
oposição permitem fazer valer seu projeto de sociedade.

2.5. Desenvolvimento e Saúde


É necessário pensar a relação entre saúde e desenvolvimento, recuperando e atualizando
uma abordagem estruturalista e de economia política que dialogue com o campo da
saúde coletiva para a construção de uma nova agenda sanitária que se insira no contexto
de uma estratégia nacional de desenvolvimento. Em síntese, essa abordagem remete
para a interdependência entre a política e a economia, destacando que as estratégias de

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desenvolvimento produtivo, de inovação e de proteção social são partes integradas e
indissociáveis de uma nova agenda de desenvolvimento.

O progresso técnico, reconhecido como base do desenvolvimento desde Adam Smith,


Marx e Schumpeter e todos os pensadores estruturalistas e desenvolvimentistas, como
Celso Furtado, cria, no campo da saúde, oportunidades de construção de uma base
tecnológica capaz de gerar uma estrutura produtiva de suporte ao acesso universal. Ao
mesmo tempo, traz os riscos de ressurgimento de sistemas nacionais que contribuam
para cindir a sociedade e acirrar a desigualdade nesses “tempos difíceis”, mesmo nas
experiências europeias bem-sucedidas que estruturaram Estados de Bem-Estar no pós-
guerra.

Essa perspectiva, teórica e política, parte (e procura avançar) na concepção de que a


saúde constitui uma condição de cidadania, sendo parte inerente do próprio conceito do
desenvolvimento. Não há país que possa ser considerado como desenvolvido com a
saúde precária. Nessa direção, não se torna necessário nenhum vínculo entre saúde e
crescimento econômico para justificar as ações universalizantes e o gasto em saúde. Isso
permite superar falsos e perniciosos dilemas entre uma dimensão econômica restrita e
uma visão ampla da saúde como um direito, que constitui uma premissa, inclusive ética,
para pensar o desenvolvimento.

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CAPITULO 3: APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DA ENGENHARIA PARA O
DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO

3.1. Estratégia I: Construção ecológica de escolas

3.1.1. Delimitação da estratégia I


Os fatores psicológicos e fisiológicos são também determinantes da saúde do ambiente
interno de um edifício. O conforto depende da geometria das salas, acústica, umidade e
iluminação. A melhoria da qualidade do ar interior ainda não é atributo comum no
projeto de edifícios, apesar existência de normas e padrões que propiciam o
desenvolvimento de ambientes que privilegiam o conforto e saúde no ambiente
construído.

Hoje a tecnologia de construção muitas vezes leva à problemas com a qualidade do ar


interior, especialmente aos indivíduos que sofrem de alergias. Ao longo dos anos o foco
sobre a eficiência energética tem levado a adoção de espaços com volumes menores
para a construção. Este fato é especialmente verdade em muito edifícios onde as perdas
de energia ocorrem mais por entradas de ar e trocas de calor indesejadas. Atingir a
efetiva troca de ar através da simples entrada de ar nos ambientes, por exemplo, por
abrir as janelas nem sempre é possível em edifícios atuais. Isto tem especial
consequência em projetos de renovação. Redução da taxa de renovação do ar aumenta o
risco de acúmulo nos níveis de umidade e as chances de problemas relacionados, tais
como crescimento de fungos e corrosão. Doenças relacionadas com a alergia estão
aumentando em toda a população. Mais e mais pessoas estão tendo reações alérgicas,
reações à poluentes, aos micróbios, mofo e radiação electromagnética em pequenas
doses.

 Salas confortáveis

As qualidades de funcionalidade e habitabilidade de um espaço são importantes pré-


requisitos para o conforto do usuário. Dentre elas as mais importantes são o tamanho do
espaço e forma, tamanho da abertura que permite o acesso da luz natural, e sua inter-
relação espacial e funcional com áreas e ambientes adjacentes. Textura da superfície,
materiais e apoio a cor também promovem sentimentos de conforto. Espaços que
contribuem para a sensação psicológica e fisiológica de bem-estar para ocupantes,
conferem adicionalmente a confiança e a segurança no convívio do usuário.

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Reformas, pinturas e esforços de remodelação pode ser um processo oneroso após a
construção inicial. O desenho da sala confortável tem os seguintes atributos:

 Penetração da Luz Natural

A luz natural, com boa penetração e alcance interno do espaço construído, aumenta a
percepção de qualidade e de conforto, permitindo a melhoria da qualidade dos
ambientes de ocupacionais e comprovadamente a melhoraria dos resultados de
aprendizagem, promoção da saúde e prevenção da depressão.

 O conforto térmico

Edificações com um bom projeto de isolamento e insolação pelas paredes e janelas


podem retardar a condução de calor ou frio e, como resultado, permitir um ambiente
confortável. Isto é especialmente verdadeiro para edificações e espaços com vários
níveis ou andares. A aplicação de revestimentos com propriedades isolantes e/ou
refractárias em pisos, paredes e tetos elimina drasticamente mudanças bruscas de
temperatura e correntes de ar.

 Níveis de umidade

Os materiais de construção naturais, madeira não tratada ou mineral pode através de sua
capacidade de armazenamento de umidade regularmos níveis. A utilização desses
materiais deve ser avaliada pela sua capacidade natural de amortecer as oscilações de
umidade.

 Acústica / controle de som

Os níveis de audibilidade e de recepção eficaz da voz humana, e um melhor conforto


acústico são conseguidos através da adequada geometria do espaço, da adequada
seleção e uso de controlo de som e isolamento espaços adjacentes e do exterior.

 Ventilação Suficiente

A troca passiva de ar ocorre conforme o ar penetra em um edifício através das janelas e


portas, mesmo quando essas estejam fechadas. Em um edifício de construção recente,
mesmo com janelas com bom grau de vedação, o nível de entrada de ar muita das vezes
é inferior a 10%. Isto significa que, em um espaço de 150 m3 menos de 0,5 m3 de ar
fresco poderá vir a ser adicionado. Taxas de renovação muito baixa não é suficientes

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para um ambiente saudável no interior dos ambientes. Para atividades normais é preciso
calcular 0,15-0,25 m3 de ar fresco por pessoa e por hora, podendo esse requerimento ser
maior, dependendo do uso exclusivo do espaço como banheiros ou laboratórios. Uns
números de diferentes estratégias podem ser utilizados para alcançar uma troca de ar
suficiente.

Figura 1. Construção ecológica de escola; Fonte: CICERO.

3.2. Estratégia II: Aplicação de tecnologias modernas no sistema de educação

3.2.1. Delimitação da estratégia II


As escolas têm percebido a importância das tecnologias para a aprendizagem na
atualidade. Pensar no processo de ensino e aprendizagem em pleno século XXI sem o
uso constante dos diversos instrumentos tecnológicos é deixar de acompanhar a
evolução que está na essência da humanidade.

Se a educação, antes do surgimento tecnológico, já visava a agregação de valores aos


conhecimentos produzidos e divulgados em sala de aula, com as tecnologias ela teria
uma contribuição qualitativa que levaria a um crescimento não apenas econômico, no
que cerne ao desenvolvimento de um país, mas também ao crescimento participativo e
crítico das capacidades humanas

A evolução tecnológica tende a alterar comportamentos, estabelecer processos


comunicativos diversificados provocando uma interação que vai desde o contato entre
pessoas diferentes como à relação entre conhecimentos e aprendizagens distintas. A
escola precisa acompanhar essa nova realidade de sociedade repleta de informação e
conhecimento.

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CAPITULO 4: APLICAÇÃO DE ESTRATÉGIAS DA ENGENHARIA PARA O
DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA SAÚDE

4.1. Estratégia III: Racionalização de água em centro de saúde, localizados em


zonas com escassez de água

4.1.1. Delimitação da estratégia III:


 Baixo consumo de água potável

Quantidades significativas de água potável podem ser salvas através de uso da água
conservando acessórios e controles de fluxo. Tal acessórios e controles incluem o
controlo da água banheiros, mictórios sem água, areadores para torneiras de água e
controles de máquinas de lavar.

 Água de chuva

Existem inúmeras estratégias de projeto e locais que podem ser para a retenção de águas
pluviais no local e coleta e reutilização. Sistemas de telhados ecológicos com
capacidade de absorver a água da chuva permitem simultaneamente a utilização de
camada de plantas tolerantes à seca e retentoras de água. O planeamento eficaz de áreas
construídas e jardins permite à infiltração de águas pluviais no solo ou a possibilidade
de reutilizar a água da chuva para regar os gramados, banheiros ou para limpeza em
geral. Essas estratégias resultam em menores custos de água e esgoto.

 Reutilização de Água Bruta

Os sistemas podem estar disponíveis para a coleta no local e tratamento de água


reutilizada.

Figura 2. Telhado ecológico; Fonte: DFES, 2006.

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 Baixo Consumo Elétrico
Existem atualmente muitas tecnologias comprovadas, disponíveis para reduzir o
consumo de eletricidade em edificações. Tais investimentos em tecnologia poupanças
no consumo de energia elétrica sem comprometer o conforto. Um requisito fundamental
para seguro resultados é para verificar a instalação e operação e calibração periódica dos
equipamentos. Tecnologias de poupança de energia sistemas de gerenciamento de
energia devem ser integradas em sistemas mecânicos e elétricos para controlar,
controlar e aperfeiçoar o uso de energia. Tais sistemas exigir do pessoal a ser treinado
para usar e aplicar as informações obtidas a partir desses sistemas.

 Gestão Elétrica / Sensoriamento


Hoje o movimento de comutação de luz de detecção pode ser integrado com luz e
sensores de ocupação sistemas que fazem uso eficiente de energia.

4.2. Estratégia IV: Aplicação da engenharia biomédica como forma de evolução no


sector da saúde

4.2.1. Delimitação da estratégia IV


Engenharia biomédica: campo multidisciplinar que abrange abordagens teóricas e
experimentais a favor do aprimoramento tecnológico do ser humano e dos sistemas de
saúde Campo multidisciplinar que abrange abordagens teóricas e experimentais a favor
do aprimoramento tecnológico do ser humano e dos sistemas de saúde. Envolve
pesquisa, desenvolvimento, implementação e operação.

Aplica princípios elétricos, mecânicos, químicos, ópticos e outros princípios de


engenharia para:

 Entender, modificar ou controlar sistemas biológicos;


 Projetar e fabricar produtos que possam monitorar funções fisiológicas e auxiliar
no diagnóstico e tratamento de pacientes

Existe uma necessidade crescente de um profissional que conheça e desenvolva


tecnologia em saúde e suas aplicações (hospitais, industrias, universidades, centros de
pesquisas, entre outras áreas), principalmente em regiões com baixo desenvolvimento
do sector da saúde.

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Área da engenharia biomédica estuda os princípios, formas e mecanismos para
formação de imagens do corpo humano:

 Raios-X
 Tomografia
 Ressonância Magnética
 Fibra Óptica
 Ultrassom
 PETScan
 Medicina Nuclear
 Imagens Moleculares

Figura 3. Exemplos de aparelhos da engenharia biomédica; Fonte: Uni Católica de SP.

A Engenharia biomédica estuda a aplicação da eletricidade na medicina e saúde:

 Projeto e desenvolvimento de aparelhos de diagnóstico, terapia, sistemas de


controlo, sistemas de coleta de dados;
 Análise de sinais biomédicos e sensores;
 Tipos de equipamentos: Oxímetro, ECG, EMG, Desfibrilador cardíaco, Marca-
passo, glicosímetro, laser, ventilador pulmonar, bisturi eletrônico.

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CAPITULO 5: MATERIAIS E MÉTODOS

5.1. Metodologia
Para se chegar aos resultados que utilizou-se para a apresentação e análise preliminares
que desenvolveu-se neste trabalho, seguiram-se essencialmente três fases principais. Na
primeira fase a busca por conteúdos, em revisões bibliográficas, livros, artigos, e
dissertações. Na segunda fase reuniu-se todos os conteúdos relevantes, que teve relação
com o tema em acção, fez-se a observação dos conteúdos e o esclarecimento no
desenvolver do trabalho. Na terceira fase foi elaborado as estratégias necessárias para o
desenvolvimento dos sectores de saúde e educação.

.A pesquisa é desenvolvida sobre procedimentos que seguem o caráter básico e o


objetivo – explicativo-analítico. A análise das informações é feita de modo qualitativo,
tendo-se inspiração no método dedutivo. Não se busca esgotar o assunto. Como
resultado principal da pesquisa, tem se uma enumeração de fatores que ressaltam a
importância da engenharia e engenheiro, perante a evolução do Homem e o
desenvolvimento social, mas concretamente no seio dos sectores: educação e saúde.

22
CAPITULO 6: CONCLUSÕES

6.1. Consideração final


A constante busca de caminhos para a melhoria do trabalho pedagógico escolar que vise
à aceitação de todos e a inclusão destes tem sido uma constante entre educadores,
gestores. Colocar as novas tecnologias a favor da aprendizagem veio para quebrar
barreiras e ajudar os sujeitos na construção de novos saberes, o que implica agregar as
mudanças sociais ao ambiente escolar. Nesse processo, percebe-se que o currículo atual
precisa mudar e que aqueles responsáveis por mediar essas tecnologias precisam ser
capacitados para tal ofício.

A saúde e as doenças podem e, provavelmente, devem ser conceptualizadas numa


perspectiva de desenvolvimento, mesmo que se admita que esse desenvolvimento possa
ter padrões diferentes consoante o sistema ou constructos em jogo.

O desenvolvimento humano é um processo multifacetado, cujo elemento dominante é o


aumento da complexidade do organismo ao invés da velha concepção de
desenvolvimento como um processo meramente quantitativo.

Por outro lado, a saúde é um domínio da vida das pessoas com interacções fortes no dia-
a-dia do indivíduo: não só os acontecimentos de vida (Zfe events) afectam a saúde como
o demonstraram os trabalhos pioneiros de Holmes e Rahe (1967) como, inversamente, a
saúde aumenta a capacidade para enfrentar os acontecimentos de vida, tanto os
normativos como os não normativos.

O foco do estudo apresentado foi compreender a relação entre a educação/saúde e as


novas tecnologias no processo evolutivo do ensino e da aprendizagem na sociedade
contemporânea e no processo de crescimento do sector da saúde. Ao apresentar os
desafios impostos pela sociedade contemporânea diante da diversidade de
conhecimentos no mundo globalizado, percebeu-se que ao estabelecer relação entre a
educação e as novas tecnologias, as escolas ainda precisam objetivar o uso das
tecnologias e facilitar o acesso aos educandos e educadores. Analisando a importância
das novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem, diagnosticou-se que ao usar
as tecnologias como recurso de aprendizagem o professor permite ao aluno dialogar nas
mais diversas linguagens além possibilitar a aproximação entre grupos, conhecimentos
diferenciados e efervescer o processo crítico e criativo através da comunicação.

23
Comparando o papel exercido pelo professor antes e após o desenvolvimento
tecnológico, percebeu-se que, como mediador de aprendizagem por meio de
tecnologias, o educador deve agregar a sua experiência de vida profissional às
proposições do mundo moderno. Há uma necessidade de focar na formação dos
educadores para que eles compreendam como podem agregar tais ferramentas ao seu
processo de ensino e aprendizagem. Assim, ele poderá perder o medo de ousar, de rever
suas práticas, de se perceber como sujeito inacabado e processar sobre si mesmo uma
atividade criativa de construção e reconstrução dessas práticas perante os alunos.

6.2. Recomendações
Recomenda-se aos gestores de escolas, educadores e aos pesquisadores aprofundar as
discussões aqui apresentadas para novos estudos e para valer sua aplicabilidade. Desse
modo, o educador e a escola, entendendo melhor a sociedade atual com sua
contemporaneidade poderão facilitar conhecimentos aos alunos objetivando uma
educação desse tempo, apropriando-se das tecnologias para refazer os ambientes
educacionais como espaço de busca de conhecimentos troca de informações,
entretenimento, diálogo de diversidades e aceitação permanente de forma colaborativa e
significativa.

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7.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGUIAR, A.R.D; ROJAS, C.C.C; FRANCO, E. M. (1995) “Evaluation Of


Environmental In A Study Room” In IEA World Conference 1995, Outubro 1995, Rio
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ATTAIANESE, E. (1995) “ Evaluation Methodology To Control Vitality Conditions In
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De Janeiro – RJ.
BASTOS, L.E.G (1993) “Simulação Da Iluminação Natural Para Economia De Energia
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