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Universidade Lúrio

Faculdade de Engenharia

Departamento De Engenharia Civil

Trabalho de Investigação Científica

Estratégias aplicáveis pela engenharia para o desenvolvimento dos sectores da


saúde e educação

Autor:
Valdemar Nobre Caramanja Cebola

Supervisor(a):
dra. Jánia Pacheco

PEMBA, 2023
Universidade Lúrio

Faculdade De Engenharia

Departamento De Engenharia Civil

Trabalho de Investigação Científica

Estratégias aplicáveis pela engenharia para o desenvolvimento dos sectores da


saúde e educação

Trabalho apresentada ao Curso de


Licenciatura em Engenharia Civil da
Universidade, de caracter avaliativo a ser
desenvolvido no âmbito da cadeira de
Métodos de Investigação Científica,
lecionada pela dra. Jánia Pacheco

PEMBA, 2023
PENSAMENTO

“Cuide de teus pensamentos,


Palavras e acções, para que despertem
o melhor nas pessoas a sua volta”
(Epíteto)

3
AGRADECIMENTOS

Agradecimentos vão a prior ao senhor que tem mi dado saúde dia pós dia, aos meus
pais pelos cuidados, e suporte incondicional, os meus irmãos que estão sempre pra
mim, para ajudar sempre que é necessário.

Meu muito obrigado.

4
LISTA DE ABREVIATURAS

PQG Programa Quinquenal do Governo

OMS Organização Mundial da Saúde

FASE Fundo de Apoio ao Sector da Educação

ECG eletrocardiograma (exame medico)

GPS sistema de posicionamento global

AVA Ambiente Virtual de Aprendizagem

XML Extensible Markup Language (linguagem de marcação)

MARC Machine Readable Cataloging (catalogação legível por computador)

ISIS institute for science and international security

IOF Inquérito aos Orçamentos Familiares

PEE Plano Estratégico da Educação

MINEDH Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano

OAI-PMH Open archives ititiative protocol for metadata harvesting

5
RESUMO

O presente trabalho de investigação tem como objetivo debater a inter conceção


entre os sectores da educação e saúde e as novas tecnologias da engenharia. Esta
pesquisa traz uma concepção conceitual e de balizas entre as tecnológicas e o
desenvolvimento humano, de tal forma a situar o engenheiro no contexto social, com
foco e interferência da evolução e desenvolvimento social, no sector da educação e
saúde, pois estes sectores em particular vem enfrentando dificuldades para
assistência comunitária. A partir disso, buscou-se incorporar diálogos voltados para
a ação do educador e dos gestores educacionais visando encontrar caminhos para a
aplicabilidade das diversas Mídias dentro do sector da educação, assim como
também avaliar os desafios necessários de implementação dessas tecnologias no
processo de crescimento do sector da saúde. Neste trabalho de pesquisa foi proposto
a análise benéfica assim como maléfica dessas estratégias tecnológicas, apontando
caminhos para uma prática pedagógica e humanitária para aquilo que é o
desenvolvimento humano.

Palavras chave: Engenharias, Criação, Desenvolvimento Social, Estratégias

6
ABSTRACT

This research work aims to discuss the interconnection between the education and
health sectors and new engineering technologies. This research brings a conceptual
conception and of marks between the technological and the human development, in
such a way to place the engineer in the social context, with focus and interference of
the evolution and social development, in the sector of the education and health,
because these sectors in particular has been facing difficulties for community
assistance. From that, we sought to incorporate dialogues focused on the action of
educators and managers educational programs in order to find ways for the
applicability of the different Media within the education sector, as well as assessing
the necessary challenges of implementing these technologies in the growth process
of the health sector. In this research work, a beneficial as well as harmful analysis
of these technological strategies was proposed, pointing out ways for a pedagogical
and humanitarian practice for what human development is.

Keywords: Engineering, Creation, Social Development, Strategies

7
INDICE
PENSAMENTO…………………………………………………………………. 3

AGRADECIMENTOS……………………………………………………………4

LISTA DE ABREVIATURA ………………………...………………………….. 5

RESUMO…………………………………………………………………………. 6

ABSTRACT……………………………………………………………………..…7

1 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO ................................................................... 11

1.1. Contextualização .................................................................................. 12

1.2. Problematização.................................................................................... 12

1.3. Justificativa ........................................................................................... 13

1.4. Delimitação da Pesquisa ....................................................................... 13

1.5. OBJECTIVOS ...................................................................................... 14

1.5.1. Geral ..................................................................................................... 14

1.5.2. Específicos ............................................................................................ 14

1.6. Estrutura do trabalho Esta pesquisa contem 6 capítulos, abaixo


descritos de forma sequencial: ................................................................................ 14

2 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ..................................... 15

2.1. Educação ............................................................................................... 15

2.1.1 Aprendizagem ............................................................... 15_Toc124946550

2.1.2 O problema da dificuldade de aprendizagem ....................................... 15

2.1.3 Situação do sector da educação em Moçambique ................................ 16

2.2. Saúde .................................................................................................... 16

2.2.2 Organização Do Setor Saúde Para A Resposta ........................................ 17

2.2.3 Situação da saúde em Moçambique...................................................... 18

2.2.4 De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa do Ministério


da Saúde: ............................................................................................................. 18

8
2.2.5 Setor de saúde enfrenta dificuldade em converter dados em soluções . 19

2.3 Engenharia ............................................................................................ 19

2.3.3 Introdução da TIC’s nos sectores publicos ........................................... 21

3 CAPITULO III Metodologia ....................................................................... 22

4 CAPITULO IV Estratégia da Engenharia no Sector da Educação e Saúde 23

4.1. Implementação de Estratégias da Engenharia Para Desenvolvimento No


Sector Da Saúde ...................................................................................................... 23

4.1.1. Estratégia 1: Auto Atendimento para Hospitais ................................... 23

4.1.1.1. Benefícios de instalar essa ferramenta na gestão de hospitais.............. 24

4.1.1.2. Aumento da produtividade ................................................................... 24

4.1.1.3. Redução de custos ................................................................................ 24

4.1.1.4. Melhoria da experiência do paciente .................................................... 25

4.1.1.5. Redução de erros .................................................................................. 25

4.1.2. Estratégia 2 Implementação de Smartwatches ..................................... 25

Para que servem os wearables e como funcionam? ................................................ 25

4.2. CAPITULO III IMPLEMENTACAO DE ESTRATÉGIAS DA


ENGENHARIA PARA DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA EDUCAÇÃO
27

4.2.1. Estratégia I AVA Auxilia o acompanhamento individual ................... 27

4.2.2. Estratégia II Criação de uma base de dados para gestão de uma


biblioteca 27_Toc124946574

5 CAPÍTULO V Análise e discussão dos resultados ...................................... 29

5.1. Sector de Saúde .................................................................................... 29

5.1.1. Variáveis ............................................................................................... 29

5.1.2. Análise estatística ................................................................................. 29

5.1.3. Resultados ............................................................................................. 29

5.2. Sector de educação ............................................................................... 29

9
5.2.1. Variáveis ............................................................................................... 29

5.2.2. Análise estatística ................................................................................. 30

5.2.3. Resultados ............................................................................................. 30

6 CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES ................................................................ 31

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................... 32

10
1 CAPÍTULO I: INTRODUÇÃO

A importância da engenharia para o crescimento de um país é fundamental, e as


abordagens em relação a educação e a saúde na engenharia estão cada vez mais
importantes, sendo a Engenharia a aplicação do conhecimento cientifico,
econômico, social e pratico, com o objetivo de inventar, desenhar, construir, manter
e melhorar estruturas, máquinas, aparelhos, sistemas e processos é uma área
indispensável para desenvolvimento nos vários sectores que possam beneficiar a
comunidade, garantindo o seu bem estar. Para o presente trabalho de Investigação,
pretende-se descrever algumas estratégias que a engenharia dispõe para impulsionar
o desenvolvimento na comunidade nos sectores sector da saúde e educação.

O acesso aos serviços de saúde de qualidade é crucial para uma saúde boa e
equitativa, e aos serviços de educação de qualidade consente a quebra de ciclo de
pobreza e redução de desigualdade.

A assistência médica universal é um dos principais contribuintes para o bem-estar


de um país, pois melhora a equidade em saúde, cobrindo as necessidades de saúde
de toda a população (Organização Mundial de Saúde, 2013).

Segundo Álvaro Vieira Pinto (1989, p.29), “a educação é o processo pelo qual a
sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses”.

Na sociedade actual a implementação das TICs é uma condição inevitável. As TIC´s


tem um impacto significativo em todos os processos da sociedade, aonde a escola
não é uma exceção. O perfil das novas gerações se modificou e exige mudanças; as
estratégias de acesso ao conhecimento mudaram, pois por força das TICs vivemos
numa nova fase da sociedade rica em informação e de complexidade crescente,
acessível e disponível a qualquer hora e em qualquer lugar (Salimo & Gouveia,
2017). Logo a necessidade de implementação dessas novas tecnologias nestes
sectores para o seu desenvolvimento.

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1.1. Contextualização

Diante das transformações econômicas, políticas, sociais e culturais do mundo


contemporâneo, a escola vem sendo questionada acerca do seu papel nesta
sociedade, a qual exige um novo tipo de trabalhador, mais flexível e polivalente,
capaz de pensar e aprender constantemente, que atenda as demandas dinâmicas que
se diversificam em quantidade e qualidade. Demandas estas que muita das vezes não
são atendidas em vários sectores de interesse social, nesta pesquisa inclinou se em
dois dos sectores mais abrangentes na sociedade pela sua importância económica.
Fala se concretamente dos sectores da educação e da saúde.

Segundo Mészáros (1981). No âmbito mais amplo, natureza pública da educação são
questões que buscam apreender a função social dos diversos processos educativos
na produção e reprodução das relações sociais. No plano mais específico, tratam das
relações entre a estrutura económico-social, o processo de produção, as mudanças
tecnológicas, o processo e a divisão do trabalho, a produção e a reprodução da força
de trabalho e os processos educativos ou de formação humana.

Nesta Pesquisa tem como relevância a inclusão do papel da engenharia e do


engenheiro, no seio dos sectores da educação e saúde, com o intuito de
elaboração de métodos ou estratégias para o desenvolvimento dos mesmos.

1.2.Problematização

A dificuldade de aprendizagem vem sendo um problema bastante debatido e


preocupante, suas causas podem estar relacionadas a fatores exteriores ao indivíduo
ou inerentes a ele, decorrendo de situações adversas à aprendizagem como o déficit
sensorial, abandono escolar, baixa condição socioeconómica, problemas cognitivos
e neurológicos.

A realidade mundial dos dias de hoje mostra que saúde e desenvolvimento são
intrinsecamente ligados. Basta recordar a Declaração da OMS de 1946, que define a
saúde como "um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
simplesmente a ausência da doença ou enfermidade". Sendo assim, fica claro que o
alcance e a manutenção do bem-estar social requerem que as pessoas tenham as
condições mínimas para a sua sobrevivência: alimentação, habitação e educação,

12
condições que, se ausentes, podem produzir conflitos internos e intrapsíquicos que
favorecem o mal-estar. Para isso, é preciso que as pessoas tenham de algum modo
desenvolvimento, sobretudo, socioeconômico.

Estes dois sectores vem apresentando défices no seu atendimento a sociedade, como
citados acima, afectando o desenvolvimento por isso surge a necessidade de criar se
estratégias necessárias, que ajudem no desenvolvimento dos sectores da saúde e
educação.

1.3. Justificativa

A escolha desse tema partiu pela necessidade de implementação de estratégias para


a melhoria dos sectores da educação e saúde. Importância da Educação vai além
daquilo que é aprendido na escola, em que o indivíduo adquire conhecimentos sobre
diversas áreas do conhecimento. A Educação é o exercício do conhecimento
estabelecida por meio das interações sociais, fundamentais para a vida em sociedade,
Ela é uma prática existente em qualquer sociedade ou cultura, desde os primórdios
da humanidade, uma vez que é responsável pela manutenção, organização,
perpetuação, transformação e evolução da sociedade. Assim como ao sector de saúde
que é um conjunto de valores, normas, instituições e atores, que desenvolvem
atividades de produção, distribuição e consumo de bens e serviços, cujos objetivos
principais ou exclusivos são promover a saúde de indivíduos ou grupos de
população. Logo Justifica-se a necessidade de realização dessa pesquisa centrada no
desenvolvimento destes sectores, com a intervenção do engenheiro para a melhoria
dos mesmos.

1.4. Delimitação da Pesquisa

Este trabalho limitou se apenas na revisão bibliográfica, sensos de 2014 a 2021, o


caso de estudo inclinou se a Moçambique. E centralizou se nos sectores da saúde e
educação.

13
1.5. OBJECTIVOS

1.5.1. Geral

Propor estratégias de desenvolvimento, pera os sectores de saúde e educação

Aplicáveis pela Engenharia.

1.5.2. Específicos

 Descrever o estado atual e Identificar os problemas que afectam os sectores da


saúde e da educação e saúde
 Mostrar a importância da engenharia no desenvolvimento dos sectores da saúde
e da educação
 Propor quatro estratégias para o desenvolvimento dos sectores de educação e
saúde , duas para ambos.

1.6. Estrutura do trabalho


Esta pesquisa contem 6 capítulos, abaixo descritos de forma sequencial:

 No capítulo 1, Introdução: contextualização do trabalho, problematização,


justificativa , os objetivos gerais e específicos;
 No capítulo 2, Está presenta o desenvolvimento do trabalho a partir da revisão
bibliográfica;
 No capítulo 3, Consta a metodologia usada para o trabalho;
 No capítulo 4, Está presenta as duas estratégias para o desenvolvimento do
sector da educação e do sector da saúde;;
 No capítulo 5, Análise e discussão dos resultados
 No capítulo 6, Consta a conclusão, a recomendação final;
 Na última página encontra-se as referências bibliográficas.

14
2 CAPITULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1. Educação

Segundo Álvaro Vieira Pinto (1989, p.29), “a educação é o processo pelo qual a
sociedade forma seus membros à sua imagem e em função de seus interesses”. É
dentro do contexto educacional, que se encontram diferentes sujeitos, que pertencem
a diferentes contextos sociais, que trazem sua historicidade construída a partir de
diferentes vivências, assim é possível e faz-se necessário buscar saídas para uma
democratização do ensino.

Historicamente, educação nunca foi de privilégio para todas as classes sociológicas,


haja vista para atitudes e comportamentos como, a exclusão; discriminação e
abandono; infanticídio; exorcismo; assistência religiosa e psicossocial; educação
especial; normalização da acção pedagógica e integração educacional (educação
para todos).

2.1.1 Aprendizagem

Para Piaget (1998) a aprendizagem provém de “equilibração progressiva, uma


passagem contínua de um estado de menos equilíbrio para um estado de equilíbrio
superior”. Diante dessa afirmação nota-se que a aprendizagem parte do equilíbrio e
a sequência da evolução da mente, sendo assim um processo que não acontece
isoladamente, tanto pode partir das experiências que o indivíduo acumula no
decorrer da sua vida, como também por meio da interação social.

2.1.2 O problema da dificuldade de aprendizagem

Segundo (GARCÍA, 1998) Dificuldade de Aprendizagem é um problema que está


relacionado a uma série de fatores e podem se manifestar de diversas formas como:
transtornos, dificuldades significativas na compreensão e uso da escuta, na forma de
falar, ler, escrever, raciocinar e desenvolver habilidades matemáticas. Esses
transtornos são inerentes ao indivíduo, podendo ser resultantes da disfunção do
sistema nervoso central, e podem acontecer ao longo do período vital. Podem estar
também associados a essas dificuldades de aprendizagem, problemas relacionados

15
as condutas do indivíduo, percepção social e interação social, mas não estabelecem,
por si próprias, um problema de aprendizagem.

2.1.3 Situação do sector da educação em Moçambique

Para o Governo Moçambicano a educação básica e profissional são os sectores-


chave para o desenvolvimento sócio-económico do país, como definido numa das 5
prioridades do Programa Quinquenal do Governo (PQG), nomeadamente, o
desenvolvimento do capital humano. Apesar das grandes conquistas neste sector,
especialmente nos índices de matrícula escolar e na paridade de género, ainda há
muito a ser feito para enfrentar os desafios de melhorar a qualidade de educação: no
ensino primário o rácio aluno-professor ultrapassa os 60/1, as aulas são realizadas
por apenas três horas diárias na base de um sistema de turnos, 10% dos professores
não possui qualquer formação específica. O elevado índice de absentismo de
professores e directores de escola constitui um problema estrutural e também se
reflecte no fato de que apenas 6% dos alunos da terceira classe tenha adquirido os
conhecimentos exigidos à sua faixa etária, que somente 44% dos alunos completa o
ensino primário, e que uma percentagem muito menor tem acesso ao ensino
secundário. Além disso, há falta de salas de aula e equipamentos escolares, mas
sobretudo, há ainda falta de professores e pessoal administrativo qualificado, bem
como materiais de ensino e aprendizagem. Com vista a superar estes problemas,
Moçambique desenhou um Plano Estratégico da Educação (2012-2016), que foi
estendido para 2019, e que também fornece o quadro de apoio externo.

A educação é a chave para o desenvolvimento e erradicação da pobreza em


Moçambique e, portanto, tem sido o foco da ajuda da Alemanha desde o início da
Cooperação. Desde 2013 Alemanha tem sido o maior doador bilateral neste sector
dando contribuições ao FASE (Fundo de Apoio ao Sector da Educação).

2.2. Saúde

Em 1946 a Organização Mundial de Saúde (OMS) na sua Carta Magna, definiu a


saúde como “Um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas
a ausência de doença ou enfermidade” (OMS, citada por González, 1998: 6)

16
Mais tarde, Terris (1980 citado por Sanmartí 1985: 15), um dos autores que
contestou a definição da OMS, definiu saúde como “Um estado de bem-estar físico,
mental e social, com capacidade de funcionamento e não apenas a ausência de
doenças ou enfermidade”. É uma definição operativa, já que para a maioria das
pessoas, estar de boa saúde é ter capacidade de desenvolver as suas actividades de
vida diárias. O seu inconveniente é que é possível a presença simultânea de saúde e
de certas doenças, numa fase precoce, ainda, sem sintomatologia, nem limitação
funcional.

2.2.1 Determinantes da saúde

De acordo com a Organização Mundial da Saúde, os principais determinantes da


saúde incluem o ambiente social e econômico, o ambiente físico e as características
e comportamentos individuais da pessoa. Em geral, o contexto em que um indivíduo
vive é de grande importância na sua qualidade de vida e em seu estado de saúde. O
ambiente social e econômico são fatores essenciais na determinação do estado de
saúde dos indivíduos dado o fato de que altos níveis educacionais estão relacionados
com um alto padrão de vida, bem como uma maior renda. Geralmente, as pessoas
que terminam o ensino superior têm maior probabilidade de conseguir um emprego
melhor e, portanto, são menos propensas ao estresse em comparação com indivíduos
com baixa escolaridade.

2.2.2 Organização Do Setor Saúde Para A Resposta

As responsabilidades e ações do setor saúde para a resposta são as seguintes:

 Coordenação e tomada de decisão em relação a tudo relacionado com a


saúde.
 Avaliação do impacto na saúde e a vigilância e o controle dos fatores de risco
de saúde pública associados.
 Recuperação rápida e manutenção da rede dos serviços de saúde que
permitam fornecer assistência urgente à população afetada.
 Organização e apoio das operações de resposta intersetorial. Comunicações
e fluxo de informações que permitam manter o monitoramento da situação e
facilitar as tomadas de decisão.

17
 Organização e a educação sanitária da população para apoiar os esforços de
contenção dos riscos para a saúde.
 Logística que permita o funcionamento dos equipamentos e serviços de
ações de resposta.

2.2.3 Situação da saúde em Moçambique

O panorama geral do sector de saúde em Moçambique demonstra que por um lado,


a pobreza está por detrás dos maiores problemas de saúde no país, por outro, indica
que este sector muito influi no desenvolvimento sócio-económico de Moçambique
devido aos elevados custos implicados no combate e prevenção de doenças como
Malária, considerada a primeira causa de morte no país, Cólera, Tuberculose e
HIV/SIDA que se estima esteja infectando cerca de 500 pessoas por dia, com uma
taxa de ser oprevalência a rondar os 16.2%, segundo dados do Instituto Nacional de
Estatística de 2005.

Este cenário, chama a atenção para a observância imperiosa das estratégias e


políticas de saúde cujo principal objectivo é dinamizar a resolução dos principais
problemas de saúde no país, concebendo e desenvolvendo programas de prevenção
e combate às doenças, para além de assegurar progressivamente com meios
humanos, técnicos e financeiros reforçados, para a informação, aconselhamento, a
formação profissional e acesso aos meios complementares de diagnóstico e
terapêuticos.

2.2.4 De acordo com o Decreto Presidencial nr.11/95, é tarefa do Ministério


da Saúde:

 Prestar cuidados de saúde à população através do sector público;

 Promover e apoiar o sector privado com fins não lucrativos;

 Supervisar o sistema comunitário de prestação de cuidados de saúde:

 Formular política farmacêutica e dirigir a sua execução de acordo com as


orientações gerais traçadas pelo Governo;

18
 Promover e orientar a formação técnico profissional do pessoal de saúde; e
Desenvolver e promover investigações de tecnologias apropriadas para o
sistema de saúde a diferentes níveis de atenção para garantir uma melhor
definição da política de saúde e gestão de programas;

2.2.5 Setor de saúde enfrenta dificuldade em converter dados em soluções

Segundo Kapur, há desafios para coletar, compartilhar e traduzir dados, como a


relutância das empresas em dividir informações, a falta de confiança em dados
externos, o alto custo para prestadores reunirem informações internamente e as leis
de proteção de dados. Para Rocha, somado a isso, “existe um gargalo de recursos
humanos muito sério no Brasil. Uma coisa é gerar, armazenar e integrar base de
dados, outra coisa é converter em conhecimento, em ação e solução. Não vejo o País
formando profissionais suficientes para o mercado”, alerta.

Ainda que haja incerteza sobre a capacitação de profissionais, Rocha acredita que as
inovações que surgem baseadas em dados e algoritmos podem gerar ganhos de
eficiência para quem estiver bem-posicionado. “Nós temos muita capacidade
instalada, sistemas de informação impressionantes em perspectivas internacionais,
como DATASUS, mas ainda muito fragmentados entre os setores público e privado
e muito deficientes de integração”, analisa.

Falta de integração entre os sistemas públicos e privado, experiência da paciente


fragmentada e escassez de profissionais capacitados são os principais motivos,
segundo especialistas que participaram do Conahp2021

2.3 Engenharia

De acordo com Bazzo; Pereira (2013), a engenharia é uma construção coletiva, isto
é, uma resposta de anseios individuais catapultados para um coletivo sócio-cultural.
O engenheiro, por essa visão, expressa um papel não só reflexivo
mas, também, de um sujeito que interage continuamente com seu trabalho e entorno
social / histório (MILITITSKY,1998). Possui atuação de agente interativo nas
construções, de modo que vislumbra como aceitáveis o pensamento difundido.
Portanto, a engenharia não se restringe apenas em estudos de matérias exatas e
naturais mas, também, a uma cooperação direta e indireta com a melhora do

19
convívio social (DAGNINO et al., 2013). A engenharia é aplicada em diversos
campos, destinando-se a resolver problemas (HOLTZAPPLE; REECE, 2014).
Segundo Dagnino et al. (2013), os engenheiros tem papel essencial para o
desenvolvimento tecnológico. São profissionais que estão associados há processos,
Melhoria dos produtos, produção, gestão de métodos produtivos e atividades de
inovação, pesquisa e desenvolvimento. Sua profissão se ramifica em diversos
setores, dentre os quais a área acadêmica, governamental e empresarial
(MAZA,2002).

2.3.1 A Engenharia e o desenvolvimento para a sociedade

Nos últimos anos, o avanço da tecnologia tem impactado relevantemente na


construção civil. As novidades tecnológicas tem estimulando o desenvolvimento e
facilitado a modernização do setor (RAE, 2001), de modo que os produtos criados
destacam-se de forma positiva no processo de produção.

As técnicas modernas da engenharia vão substituindo as tradicionais, a fim de maior


produtividade, numa necessidade prevalente de inovar. Observa-se a impressão 3D,
construção a seco (wood frame, steel frame, casa container) e entre outras técnicas
(BUSWELL et al., 2007).

2.3.2 A Engenharia em Moçambique

Moçambique tem atraído grandes investimentos, em especial a nível das indústrias


de alumínio, extração de recursos minerais (gás, carvão, areias pesadas e ouro) e
energia. O sector financeiro e o de telecomunicações têm também merecido interesse
dos investidores externos. Na agricultura, os investimentos estrangeiros dirigem-se
principalmente para o açúcar, algodão, caju, madeiras e tabaco, todos eles para
exportação.

Portanto, a interação de diferentes saber dos diversos ramos da engenharia, por


exemplo, engenharia civil, mecânica, química, alimentar, agrária, eletrotécnica
contribui para amaterialização de projectos de desenvolvimentos. (Cunha, Ribeiro,
de Morais, & Franco, 2021). Assim, se temos que produzir alimentos para a
alimentação da população e como matéria-prima para as indústrias precisa-se de
infraestrutura básica como a represa de água de irrigação, estradas, campo de cultivo,

20
armazéns e outros que podem ser garantidos pelos engenheiro civil, o material de
construção e fornecido e analisado pelo engenheiro químico, a energia e a sua
manutenção e assistido pelo engenheiro eletrotécnico, os insumos agrícolas são
aplicados com o engenheiro agrónomo, o seu processamento para obter um produto
de qualidade e feito pelo engenheiro alimentar e a maquinaria de toda cadeia de valor
e assegurado pelo engenheiro
mecânico.

2.3.3 Introdução da TIC’s nos sectores publicos

É sabido que a base de qualquer aspecto da vida deve ser a mais trabalhada. Para
que a estratégia acima tenha eficácia é necessário peneirar o trigo do joio na primeira
instância. A introdução das tic’s na acessibilidade a assistência da saúde e no ensino
gratuito é uma ótima forma de estimular interesse na comunidade, descobrir
inclinações e fornecer o básico do básico para um país que se encontra em
desenvolvimento com ambições muito grandes como Moçambique.

Com o crescimento exponencial e uma procura forte por profissionais capacitados é


necessário que se comece a trabalhar a base para que se tenham resultados aceitáveis
e duradouros.

21
3 CAPITULO III METODOLOGIA

Para a obtenção dos resultados utilizou-se a apresentação e análise preliminares que


desenvolveu-se neste trabalho, seguiram-se essencialmente três fases principais. Na
primeira fase a busca por conteúdos, em revisões bibliográficas, livros, artigos, e
dissertações. Na segunda fase reuniu-se todos os conteúdos relevantes, que teve
relação com o tema em acção, fez-se a observação dos conteúdos e o esclarecimento
no desenvolver da pesquisa. Na terceira fase foi elaborado as estratégias necessárias
para o desenvolvimento dos sectores de educação e saúde

22
4 CAPITULO IV ESTRATÉGIA DA ENGENHARIA NO SECTOR DA
EDUCAÇÃO E SAÚDE
4.1.Implementação de Estratégias da Engenharia Para Desenvolvimento No
Sector Da Saúde
4.1.1. Estratégia 1: Auto Atendimento para Hospitais
Um sistema de auto atendimento é aquele que, através de forte automação, permite
que um processo complexo seja integralmente realizado pelo próprio solicitante do
serviço, sem envolvimento de funcionários do prestador. Nos hospitais, o objetivo é
que o próprio paciente seja responsável por agendar sua consulta ou exame,
confirmar sua presença e realizar o seu check-in sem depender de nenhum contato
com o staff da instituição, facilitando e agilizando o serviço para si próprio (e para
o hospital).
Entre os principais processos do hospital que podem ser automatizados pelo sistema
de auto atendimento temos:
1. Agendamento
2. Confirmação de presença
3. Check-in
4. Faturamento
5. Controle de acesso
6. O primeiro processo para uma solução de auto atendimento hospitalar diz
respeito ao auto agendamento online. Através dele, o paciente tem acesso
seguro e controlado à agenda dos médicos da instituição, podendo escolher
horários e marcar pela internet, sem a necessidade de ligar para o
estabelecimento.
7. O segundo processo é o de confirmação da presença do paciente. O sistema envia
lembretes poucos dias antes da data da consulta ou exame, solicita a confirmação
e processa a resposta, gravando-a no sistema de agendamento do hospital.
8. O terceiro processo é o check-in. Por meio dele, o paciente pode preencher seu
cadastro online — utilizando computadores, tablets ou smartphones — ou ainda
presencialmente no hospital, em terminais semelhantes àqueles existentes em
aeroportos e cinemas. O uso de QRCodes agiliza ainda mais a admissão do
paciente.

23
9. O quarto processo é o de facturamento, mediante autorização de atendimento
(operadoras de saúde) ou pagamento (atendimentos particulares). Guias de
atendimento são automaticamente geradas e preenchidas pelo sistema.
10. O quinto processo é o de liberação de acesso físico às dependências do hospital,
através da integração com sistemas de controle de acesso.

4.1.1.1.Benefícios de instalar essa ferramenta na gestão de hospitais


A primeira vantagem é a mais fácil de ser percebida e diz respeito ao aumento da
agilidade de atendimento. Assim que chega ao hospital, o próprio paciente dá início
aos procedimentos de entrada, sem a necessidade de passar por um funcionário para
que isso aconteça.
Dessa maneira, a burocracia diminui significativamente, reduzindo o tempo de
espera para que a pessoa seja consultada ou realize algum exame. Agilizar essa fase
é uma das principais estratégias para aumentar a satisfação dos pacientes, pois o
longo tempo de espera costuma ser uma das principais queixas no setor de saúde.

4.1.1.2.Aumento da produtividade
Muitas das tarefas que antes eram realizadas pelos funcionários da recepção do
hospital passam a ser realizadas pelo software de auto atendimento. Dessa forma,
esses funcionários têm mais tempo para empregar em outras atividades, resultando
em um aumento da produtividade em geral.
Há também uma maior produtividade dos profissionais de saúde, pois as
informações relativas aos pacientes chegam mais rapidamente a eles, permitindo que
realizem as consultas e exames de maneira mais assertiva e ágil.

4.1.1.3. Redução de custos


A solução de auto atendimento hospitalar, integrada ao sistema de gestão do
estabelecimento, permite ajudar na redução de custos de diversas formas, como:
 redução da necessidade de telefonistas para realizar agendamentos, ao mesmo
tempo que eleva a disponibilidade do serviço, que passa a funcionar online 24
horas por dia, 7 dias por semana;
 redução de custos com pessoas e telefonia envolvidas com ligações para
confirmação de consultas e exames, que passa a ser automática;

24
 Diminuição da necessidade do uso de papel e impressoras, pois todos os processos
são transferidos digitalmente;
 Diminuição do número de funcionários necessários na recepção, bem como a
contratação de pessoas para estes postos de trabalho.

4.1.1.4. Melhoria da experiência do paciente


O auto atendimento já é uma realidade para a maioria das pessoas. Ele está
amplamente presente em diversos segmentos e aplicações, como bancos, comércio
eletrônico, companhias aéreas, restaurantes, entre outros. Incluir essa tecnologia nos
hospitais é uma excelente oportunidade para tornar o atendimento médico mais
moderno e alinhado com as expectativas atuais da população.

4.1.1.5. Redução de erros


A prevenção e redução de erros relacionados ao cuidado de saúde é um dos grandes
desafios dos hospitais. Esses equívocos estão presentes em todo tipo de assistência
e podem trazer consequências muito negativas para pacientes e para o próprio
estabelecimento.

4.1.2. Estratégia 2 Implementação de Smartwatches

Para que servem os wearables e como funcionam?


Não só de saúde se tratam os wearables. Ainda que muitos dos novos smartwatches
tenham foco no tema, bem como o smartwatch Galaxy Active 2 com o
eletrocardiograma (ECG), existem outras funcionalidades para esses dispositivos.

Além disso, os wearables podem ser aliados na hora de acompanhar as notificações,


ligações dos celulares, gasto de calorias, nível de oxigênio no sangue, previsão do
tempo, GPS, lembretes, nível de oxigênio no sangue, e outros. Isto é, os wearables
são multitarefas e disruptivos, pois estão mudando as formas pelas quais praticamos
esportes, realizamos pagamentos, interagimos com os espaços digitais e até mesmo
em como dormimos.
Graças aos seus eixos de sensores é possível medir uma série de atividades dos
usuários: monitoramento de sono e frequência cardíaca, contador de passos, alerta
de sedentarismo e outras infinidades. Para isso, o acelerômetro é um sensor

25
imprescindível que contribui bastante com essas análises, pois eles medem o nível
de oscilação. Isto é, são configurados para perceber movimentos e inclinações. Logo,
percebem quando damos um passo ou quando estamos muito parados.

26
4.2. CAPITULO III IMPLEMENTACAO DE ESTRATÉGIAS DA
ENGENHARIA PARA DESENVOLVIMENTO NO SECTOR DA
EDUCAÇÃO

4.2.1. Estratégia I AVA Auxilia o acompanhamento individual

Por conta da individualidade e da independência do aluno serem valorizadas, é mais


fácil fazer um acompanhamento de cada aluno. Assim como acompanhar o
desenvolvimento da turma como um todo.
Os relatórios de desempenho, tão importantes para os professores e para a gestão da
escola, também ficam no sistema.
Assim, ao monitorar o progresso e desempenho do aluno, é possível ter um
diagnóstico preciso do nível estudantil, e entrar com estratégias de intervenção
pedagógica assim que possível, evitando a evasão escolar.

Atua em colaboração ao ensino presencial


Por fim, a papel do AVA é complementar o processo de ensino e a interação da
escola, sem que haja necessariamente substituição.
Essa ferramenta pode ser utilizada em modelos híbridos de ensino, por exemplo O
conteúdo ministrado pode ser disponibilizado para complementar o que já foi
ensinado em sala de aula presencialmente, por exemplo. Tudo isso vai depender e
variar de acordo com cada instituição de ensino.

4.2.2. Estratégia II Criação de uma base de dados para gestão de uma


biblioteca

Criação De Uma Base De Dados Para Gestão De Uma Biblioteca Gerir tabelas do
sistema (XML) Existem inúmeros ficheiros e de vários tipos associados à estrutura
corrente. Estes, apesar de já estarem preenchidos com dados standard podem
necessitar de correções ou atualizações. Os ficheiros XML estão normalmente
associados ao preenchimento de tabelas de dados predefinidos (utilizadas na recolha
de dados (por exemplo, códigos de língua, país, etc) A edição das tabelas é feita
através de um editor criado para o efeito.
Algumas Das Iniciativas De Software Livre Para Bibliotecas Apresentamos a seguir
algumas das iniciavas de desenvolvimento de software livre para bibliotecas que já

27
estão em uso no mercado. Sem querer esgotar a lista, os sistemas abaixo são
relacionados como exemplos, além do ABCD. Existem outros vários, mas escolhido
foi o ABCD.
O ABCD é um Software Livre e de Código Aberto projetado para apoiar as
comunidades de conhecimento. O software tem como alvo bibliotecas de
universidades e institutos de pesquisa, bem como bibliotecas públicas menores,
centros de documentação, museus e arquivos.

As principais características do ABCD são:


 Catálogo completo de biblioteca com controlo de autoridade e validações,
catalogação compartilhada baseada em Z39.50;

 Qualquer estrutura de banco de dados pode ser criada/modificada/gerenciada;

 Bancos de dados pré-definidos nos formatos MARC, CEPAL e Dublin Core;

 Módulo de empréstimo para registro de usuários e gerenciamento de


empréstimos em qualquer catálogo;

 OPAC (Online Public Accessible Catalogue – Catálogo Online Acessível ao


Público) um catálogo qualquer com formulários de busca básicos e avançados;

 Apoio à biblioteca em rede através de meta busca em outros bancos de dados


ABCD e catálogos externos baseados em ISIS;

 Módulo estatístico para estatísticas de gestão em qualquer das bases de dados;

 Suporte de links eletrônicos e documentos de texto completo;

 Portal web básico e personalizável com sistema de gerenciamento de conteúdo


incorporado;

 Catálogos disponíveis para a OAI, utilizando o protocolo OAI-PMH;

28
5 CAPÍTULO V ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1.Sector de Saúde

Esta pesquisa é transversal observacional. As populações em estudo são cidadãos


moçambicanos de qualquer sexo e idade. Os dados foram extraídos dos Inquérito
aos Orçamentos Familiares (IOF) de Moçambique 2014/15, um IOF realizado pelo
Instituto Nacional de Estatística de Moçambique.

5.1.1. Variáveis
As variáveis do resultado utilizadas no estudo se referem às necessidades de saúde,
uso de serviços de saúde e motivo da não utilização de serviços de saúde,
expectativas não satisfeitas no uso de serviços de saúde e montante de pagamentos
directos no uso de serviços de saúde

5.1.2. Análise estatística


Os descritivos uni variados foram calculados para todas as variáveis do estudo para
caracterizar a sua distribuição e verificar possíveis erros e inconsistências. As
proporções e médias dos resultados de acesso à saúde foram calculadas com base
nos factores e resultados das desigualdades sociais plotados ou tabulados

5.1.3. Resultados
Os resultados de acesso ao serviço de saúde têm um caráter aninhado e,
Consequentemente, os resultados da análise estão organizados dos resultados mais
gerais aos mais concretos. Com implementação destas nossas estratégias mudaram
a realidade da saúde no pais.
5.2.Sector de educação

Plano Estratégico da Educação (PEE) 2020-2029 é um instrumento que


orienta as intervenções do Governo de Moçambique, no sector da Educação, e dá
continuidade aos esforços desenvolvidos pelos vários intervenientes para o
crescimento do Sistema Nacional de Educação (SNE), alargando a oferta de serviços
de qualidade e assegurando uma gestão transparente, participativa e eficaz.

5.2.1. Variáveis
Durante o processo de elaboração, foram realizados seminários de consulta, sendo
um nacional, dois regionais e onze provinciais, com a participação de técnicos dos

29
níveis central, provincial e distrital, em que foram discutidos os desafios, prioridades
e áreas de intervenção. Foram igualmente realizadas reuniões técnicas entre o
Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano (MINEDH), outros
ministérios-chave e parceiros de cooperação para a definição da visão, missão,
objectivos estratégicos e acções prioritárias de cada programa do PEE

5.2.2. Análise estatística

Nos últimos anos registaram-se avanços importantes com destaque para: o


estabelecimento da Educação Pré-Escolar como um subsistema de Educação, com
base na Lei N.º 18/2018, de 28 de Dezembro, Lei do Sistema Nacional de Educação;
a melhoria da equidade no acesso e participação na educação, com enfoque para a
rapariga. Como exemplo, em 2018, no EP1, 48% dos estudantes eram raparigas,
sendo a proporção ligeiramente mais baixa (46,8%) no EP2. A nível da docência,
registou-se uma taxa de 51% de professoras no EP1, em 2018; o aumento do número
de escolas em 89%, entre 2008 e 2017,para o ES1 (de 285 para 539) e ultrapassou o
triplo para o ES2 (de 76 para 262). O número de professores no Ensino Secundário,
nos últimos sete anos, também registou um aumento; registou-se, igualmente, uma
melhoria na aprendizagem de jovens e adultos com um aproveitamento de cerca de
67%, na disciplina de literacia e 70% na de numeracia.

5.2.3. Resultados
Com a implementação das estratégias beneficiara todos os níveis escolares.

 Descrever o estado atual e Identificar os problemas que afectam os sectores da


saúde e da educação e saúde
 Mostrar a importância da engenharia no desenvolvimento dos sectores da saúde
e da educação
 Propor quatro estratégias para o desenvolvimento dos sectores de educação e
saúde, duas para ambos.

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6 CAPÍTULO VI: CONCLUSÕES

Com as várias dificuldades descritas nos sectores de saúde e educação como As de


aprendizagem no sector de saúde e de atendimentos no sector da saúde. Foi notada
a importância da implementação de estratégias que possam mitigar essas
debilidades, sendo a intervenção da engenharia em particular as tics necessária para
o seu melhoramento. Pelo exposto, e dentro do objetivo da pesquisa, fez-se o
reconhecimento do que é a engenharia se relaciona no desenvolvimento social e,
ainda, como a tecnologia e a inovação entra dentro deste contexto da evolução da
sociedade e do homem. Reconheceu-se que a engenharia é uma profissão que, sob o
intuito do engendrar, busca resolver problemas e criar soluções, no coletivo, para o
bem-estar e a qualidade de vida da sociedade. Que dentro de suas especificações
abrange finalidades diferentes, cada qual com suas atribuições, ela trouxe estratégias
que tem em vista mitigar a situação atual, pouco favorável para a comunidade.
Estratégias estas que tem como finalidade desenvolvimento para os sectores de
saúde e educação.

As estratégias propostas foram pensadas atendendo as condições atuais destes


sectores para criar melhor intercomunicação entre os responsáveis nas áreas e a
comunidade. Portanto para o sector da educação foi proposto o Auxilio e
acompanhamento individual e Criação de uma base de dados para gestão de uma
biblioteca, para sector da saúde, o Auto atendimento para hospitais e Implementação
de Smartwatches. Implementadas estas estratégias a partir da engenharia,
assegurando assim o desenvolvimento e na melhoria de prestação de serviços de
qualidade dos sectores de saúde e educação em Moçambique.

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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Luca, M. A., Martins, G. H., Romanel, F. B., Gonçalves, H. S., Pereira, V. G.,
Moisés , I. C., & Sanches, H. M. (2018). A Engenharia no contexto Social: Evolução
e Desenvolvimento. Gestão, Tecnologia e Inovação.
Secca, M. F. (2017). A ENGENHARIA CLÍNICA EM MOÇAMBIQUE. 8º
Congresso LusoMoçambicano de Engenharia / V Congresso de Engenharia de
Moçambique.
BASTOS, L.E.G (1993) “Simulação Da Iluminação Natural Para Economia De
Energia
E Conforto Lumínico Em Edificações.” In Anais Do 20 Encontro De Conforto No
Ambiente Construído, Março 1993, Florianópolis – Santa Catarina.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. (2013). Plano Estratégico do Sector da Saúde.
Direcção de Planificação e Cooperação. Maputo: n.d. Obtido em 25 de Agosto de
2022, de //www.misau. gov. mz/index. php/planos-estrategicos% 3Fdownload%
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Moro, A. R. (2005). Ergonomia da sala de aula: constrangimentos posturais


impostos pelo mobiliário escolar. Obtido em 01 de Setembro de 2022, de
http://www.efdeportes.com/efd85/ergon.htm
(DAGNINO et al., 2013). HOLTZAPPLE; REECE, 2014).

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