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Exercı́cios Objetivos

1. (2009) Analise as seguintes avaliações de


possı́veis resultados de um teste na Internet.

Depreende-se, a partir desse conjunto de in-


formações, que o teste que deu origem a esses O texto tem o objetivo de solucionar um pro-
resultados, além de estabelecer um perfil para blema social,
o usuário de sites de relacionamento, apresenta (a) descrevendo a situação do paı́s em relação
preocupação com hábitos e propõe mudanças de à gripe suı́na.
comportamento direcionadas
(b) alertando a população para o risco de
morte pela Influenza A.
(c) informando a população sobre a iminência
de uma pandemia de Influenza A.
(a) ao adolescente que acessa sites de entrete-
nimento. (d) orientando a população sobre os sintomas
da gripe suı́na e procedimentos para evitar
a contaminação.
(b) ao profissional interessado em aper- (e) convocando toda a população para se sub-
feiçoamento tecnológico. meter a exames de detecção da gripe suı́na.
3. (2009)
(c) à pessoa que usa os sites de relacionamento
para complementar seu cı́rculo de amiza-
des.

(d) ao usuário que reserva mais tempo aos si-


tes de relacionamento do que ao convı́vio
pessoal com os amigos.

(e) ao leitor que se interessa em aprender sobre


o funcionamento de diversos tipos de sites
de relacionamento.

2. (2009)

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Tendo em vista a segunda fala do personagem Por estabelecerem novas formas de pensamento
entrevistado, constata-se que e mesmo de lógica, a informática e a Inter-
net vêm gerando impactos sociais e culturais
(a) o entrevistado deseja convencer o jornalista importantes. A disseminação do microcom-
a não publicar um livro. putador e a expansão da Internet vêm acele-
(b) o principal objetivo do entrevistado é ex- rando o processo de globalização tanto no sen-
plicar o significado da palavra motivação. tido do mercado quanto no sentido das trocas
(c) são utilizados diversos recursos da lingua- simbólicas possı́veis entre sociedades e culturas
gem literária, tais como a metáfora e a me- diferentes, o que tem provocado e acelerado o
tonı́mia. fenômeno de hibridização amplamente caracte-
rizado como próprio da pósmodernidade.
(d) o entrevistado deseja informar de modo
objetivo o jornalista sobre as etapas de FERNANDES, M. F.; PARÁ, T. A
produção de um livro. contribuição das novas tecnologias da
(e) o principal objetivo do entrevistado é evi- informação na geração de conhecimento.
denciar seu sentimento com relação ao pro- Disponı́vel em: http://www.coep.ufrj.br.
cesso de produção de um livro. Acesso em: 11 ago. 2009 (adaptado).

4. (2009) Saúde, no modelo atual de qualidade Considerando-se o novo contexto social e


de vida, é o resultado das condições de ali- econômico aludido no texto apresentado, as no-
mentação, habitação, educação, renda, traba- vas tecnologias de informação e comunicação
lho, transporte, lazer, serviços médicos e acesso
à atividade fı́sica regular. Quanto ao acesso à (a) desempenham importante papel, porque
atividade fı́sica, um dos elementos essenciais é a sem elas não seria possı́vel registrar os
aptidão fı́sica, entendida como a capacidade de acontecimentos históricos.
a pessoa utilizar seu corpo - incluindo músculos, (b) facilitam os processos educacionais para
esqueleto, coração, enfim, todas as partes -, de ensino de tecnologia, mas não exercem in-
forma eficiente em suas atividades cotidianas; fluência nas ciências humanas.
logo, quando se avalia a saúde de uma pessoa, a
aptidão fı́sica deve ser levada em conta. A par- (c) limitam-se a dar suporte aos meios de co-
tir desse contexto, considera-se que uma pessoa municação, facilitando sobretudo os traba-
tem boa aptidão fı́sica quando lhos jornalı́sticos.
(d) contribuem para o desenvolvimento so-
(a) apresenta uma postura regular. cial, pois permitem o registro e a disse-
(b) pode se exercitar por perı́odos curtos de minação do conhecimento de forma mais
tempo. democrática e interativa.
(c) pode desenvolver as atividades fı́sicas (e) estão em estágio experimental, particular-
do dia-a-dia, independentemente de sua mente na educação, área em que ainda não
idade. demonstraram potencial produtivo.
(d) pode executar suas atividades do dia a dia
com vigor, atenção e uma fadiga de mode- Textos para as questões 6 e 7
rada a intensa.
Texto I
(e) pode exercer atividades fı́sicas no final do
dia, mas suas reservas de energia são insu-
ficientes para atividades intelectuais. É praticamente impossı́vel imaginarmos nossas
vidas sem o plástico. Ele está presente em em-
5. (2009) A partir da metade do século XX, ocor- balagens de alimentos, bebidas e remédios, além
reu um conjunto de transformações econômicas de eletrodomésticos, automóveis etc. Esse uso
e sociais cuja dimensão é difı́cil de ser mensu- ocorre devido à sua atoxicidade e à inércia, isto
rada: a chamada explosão da informação. Em- é: quando em contato com outras substâncias, o
bora essa expressão tenha surgido no contexto plástico não as contamina; ao contrário, protege
da informação cientı́fica e tecnológica, seu signi- o produto embalado. Outras duas grandes van-
ficado, hoje, em um contexto mais geral, atinge tagens garantem o uso dos plásticos em larga
proporções gigantescas. escala: são leves, quase não alteram o peso do

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material embalado, e são 100% recicláveis, fato (c) o texto I expõe vantagens, sem qualquer
que, infelizmente, não é aproveitado, visto que, ressalva, do uso do plástico; o texto II
em todo o mundo, a percentagem de plástico re- busca convencer o leitor a evitar o uso de
ciclado, quando comparado ao total produzido, embalagens plásticas.
ainda é irrelevante.
(d) o texto I ilustra o posicionamento de fabri-
cantes de embalagens plásticas, mostrando
Revista Mãe Terra. Minuano, ano I, n. 6
por que elas devem ser usadas; o texto
(adaptado).
II ilustra o posicionamento de consumi-
dores comuns, que buscam praticidade e
Texto II
conforto.
Sacolas plásticas são leves e voam ao vento. Por (e) o texto I apresenta um alerta a respeito da
isso, elas entopem esgotos e bueiros, causando possibilidade de contaminação de produ-
enchentes. São encontradas até no estômago de tos orgânicos e industrializados decorrente
tartarugas marinhas, baleias, focas e golfinhos, do uso de plástico em suas embalagens; o
mortos por sufocamento. texto II apresenta vantagens do consumo
Sacolas plásticas descartáveis são gratuitas de sacolas plásticas: leves, descartáveis e
para os consumidores, mas têm um custo in- gratuitas.
calculável para o meio ambiente.
8. (2009) O “Portal Domı́nio Público”, lançado
Veja, 8 jul. 2009. Fragmentos de texto em novembro de 2004, propõe o compartilha-
publicitário do Instituto Akatu pelo Consumo mento de conhecimentos de forma equânime e
Consciente. gratuita, colocando à disposição de todos os
usuários da Internet, uma biblioteca virtual que
6. (2009) Em contraste com o texto I, no texto deverá constituir referência para professores,
II são empregadas, predominantemente, es- alunos, pesquisadores e para a população em
tratégias argumentativas que geral.
Esse portal constitui um ambiente virtual que
(a) atraem o leitor por meio de previsões para permite a coleta, a integração, a preservação
o futuro. e o compartilhamento de conhecimentos, sendo
(b) apelam à emoção do leitor, mencionando a seu principal objetivo o de promover o amplo
morte de animais. acesso às obras literárias, artı́sticas e cientı́ficas
(c) orientam o leitor a respeito dos modos de (na forma de textos, sons, imagens e vı́deos),
usar conscientemente as sacolas plásticas. já em domı́nio público ou que tenham a sua di-
vulgação devidamente autorizada.
(d) intimidam o leitor com as nocivas con-
sequências do uso indiscriminado de saco-
las plásticas. BRASIL. Ministério da Educação. Disponı́vel
em: http://www.dominiopublico.gov.br.
(e) recorrem à informação, por meio de cons- Acesso em: 29 jul. 2009 (adaptado).
tatações, para convencer o leitor a evitar
o uso de sacolas plásticas.
Considerando a função social das informações
7. (2009) Na comparação dos textos, observa-se geradas nos sistemas de comunicação e in-
que formação, o ambiente virtual descrito no texto
exemplifica
(a) o texto I apresenta um alerta a respeito do
efeito da reciclagem de materiais plásticos; (a) a dependência das escolas públicas quanto
o texto II justifica o uso desse material re- ao uso de sistemas de informação.
ciclado.
(b) a ampliação do grau de interação entre as
(b) o texto I tem como objetivo precı́puo apre-
pessoas, a partir de tecnologia convencio-
sentar a versatilidade e as vantagens do
nal.
uso do plástico na contemporaneidade; o
texto II objetiva alertar os consumidores (c) a democratização da informação, por meio
sobre os problemas ambientais decorrentes da disponibilização de conteúdo cultural e
de embalagens plásticas não recicladas. cientı́fico à sociedade.

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(d) a comercialização do acesso a diversas


produções culturais nacionais e estrangei-
ras via tecnologia da informação e da co-
municação.
(e) a produção de repertório cultural direcio-
nado a acadêmicos e educadores.

9. (2009) As tecnologias de informação e comu-


nicação (TIC) vieram aprimorar ou substituir
meios tradicionais de comunicação e armazena-
mento de informações, tais como o rádio e a TV
analógicos, os livros, os telégrafos, o fax etc. As
novas bases tecnológicas são mais poderosas e
versáteis, introduziram fortemente a possibili-
dade de comunicação interativa e estão presen-
tes em todos os meios produtivos da atualidade.
As novas TIC vieram acompanhadas da cha-
mada Digital Divide, Digital Gap ou Digital Você sabia que as metrópoles são as grandes
Exclusion, traduzidas para o português como consumidoras dos produtos feitos com recur-
Divisão Digital ou Exclusão Digital, sendo, às sos naturais da Amazônia? Você pode dimi-
vezes, também usados os termos Brecha Digital nuir os impactos à floresta adquirindo produtos
ou Abismo Digital. Nesse contexto, a expressão com selos de certificação. Eles são encontra-
Divisão Digital refere-se a dos em itens que vão desde lápis e embalagens
de papelão até móveis, cosméticos e materiais
(a) uma classificação que caracteriza cada uma de construção. Para receber os selos esses pro-
das áreas nas quais as novas TIC podem dutos devem ser fabricados sob 10 princı́pios
ser aplicadas, relacionando os padrões de éticos, entre eles o respeito à legislação ambi-
utilização e exemplificando o uso dessas ental e aos direitos de povos indı́genas e po-
TIC no mundo moderno. pulações que vivem em nossas matas nativas.

(b) uma relação das áreas ou subáreas de co- Vida simples. Ed. 74, dez. 2008.
nhecimento que ainda não foram contem-
pladas com o uso das novas tecnologias di- O texto e a imagem têm por finalidade induzir
gitais, o que caracteriza uma brecha tec- o leitor a uma mudança de comportamento a
nológica que precisa ser minimizada. partir do(a)
(c) uma enorme diferença de desempenho en- (a) consumo de produtos naturais provindos
tre os empreendimentos que utilizam as da Amazônia.
tecnologias digitais e aqueles que per-
(b) cuidado na hora de comprar produtos ali-
maneceram usando métodos e técnicas
mentı́cios.
analógicas.
(c) verificação da existência do selo de padro-
(d) um aprofundamento das diferenças sociais nização de produtos industriais.
já existentes, uma vez que se torna difı́cil
a aquisição de conhecimentos e habilida- (d) certificação de que o produto foi fabricado
des fundamentais pelas populações menos de acordo com os princı́pios éticos.
favorecidas nos novos meios produtivos. (e) verificação da garantia de tratamento dos
recursos naturais utilizados em cada pro-
(e) uma proposta de educação para o uso
duto.
de novas pedagogias com a finalidade
de acompanhar a evolução das mı́dias 11. (2009)
e orientar a produção de material pe-
dagógico com apoio de computadores e ou- Texto I
tras técnicas digitais.
O professor deve ser um guia seguro, muito se-
10. (2009) nhor de sua lı́ngua; se outra for a orientação,

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vamos cair na “lı́ngua brasileira”, refúgio ne-


fasto e confissão nojenta de ignorância do idi-
oma pátrio, recurso vergonhoso de homens de
cultura falsa e de falso patriotismo. Como have-
mos de querer que respeitem a nossa nacionali-
dade se somos os primeiros a descuidar daquilo
que exprime e representa o idioma pátrio?

ALMEIDA, N. M. Gramática metódica da


lı́ngua portuguesa. Prefácio. São Paulo:
Saraiva, 1999 (adaptado).

Texto II

Alguns leitores poderão achar que a linguagem


desta Gramática se afasta do padrão estrito
usual neste tipo de livro. Assim, o autor es-
creve tenho que reformular, e não tenho de re-
formular; pode-se colocar dois constituintes, e
não podem-se colocar dois constituintes; e as-
sim por diante. Isso foi feito de caso pensado, Diante dos recursos argumentativos utilizados,
com a preocupação de aproximar a linguagem depreende-se que o texto apresentado
da gramática do padrão atual brasileiro pre- (a) se dirige aos lı́deres comunitários para to-
sente nos textos técnicos e jornalı́sticos de nossa marem a iniciativa de combater a dengue.
época.
(b) conclama toda a população a participar
das estratégias de combate ao mosquito da
REIS, N. Nota do editor. PERINI, M. A.
dengue.
Gramática descritiva do português. São Paulo:
Ática, 1996. (c) se dirige aos prefeitos, conclamando-os a
organizarem iniciativas de combate à den-
Confrontando-se as opiniões defendidas nos dois gue.
textos, conclui-se que (d) tem como objetivo ensinar os procedimen-
tos técnicos necessários para o combate ao
(a) ambos os textos tratam da questão do uso mosquito da dengue.
da lı́ngua com o objetivo de criticar a lin- (e) apela ao governo federal, para que dê apoio
guagem do brasileiro. aos governos estaduais e municipais no
(b) os dois textos defendem a ideia de que o es- combate ao mosquito da dengue.
tudo da gramática deve ter o objetivo de
13. (2010)
ensinar as regras prescritivas da lı́ngua.
(c) a questão do português falado no Brasil é
abordada nos dois textos, que procuram
justificar como é correto e aceitável o uso
coloquial do idioma.
(d) o primeiro texto enaltece o padrão estrito
da lı́ngua, ao passo que o segundo de-
Ao circularem socialmente, os textos realizam-
fende que a linguagem jornalı́stica deve
se como práticas de linguagem, assumindo con-
criar suas próprias regras gramaticais.
figurações especı́ficas, formais e de conteúdo.
(e) o primeiro texto prega a rigidez gramatical Considerando o contexto em que circula o texto
no uso da lı́ngua, enquanto o segundo de- publicitário, seu objetivo básico é
fende uma adequação da lı́ngua escrita ao
padrão atual brasileiro. (a) influenciar o comportamento do leitor, por
meio de apelos que visam à adesão ao con-
12. (2009) sumo.

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(b) definir regras de comportamento social (e) “Fiquei radiante: eu havia realizado uma
pautadas no combate ao consumismo exa- consulta paranormal com o pai da psi-
gerado. canálise”.
(c) defender a importância do conhecimento de 15. (2010)
informática pela população de baixo poder
aquisitivo. Transtorno do comer compulsivo
(d) facilitar o uso de equipamentos de in- O transtorno do comer compulsivo vem sendo
formática pelas classes sociais economica- reconhecido, nos últimos anos, como uma
mente desfavorecidas. sı́ndrome caracterizada por episódios de in-
(e) questionar o fato de o homem ser mais in- gestão exagerada e compulsiva de alimentos,
teligente que a máquina, mesmo a mais porém, diferentemente da bulimia nervosa, es-
moderna. sas pessoas não tentam evitar ganho de peso
com os métodos compensatórios. Os episódios
14. (2010)
vêm acompanhados de uma sensação de falta
Testes de controle sobre o ato de comer, sentimentos
de culpa e de vergonha.
Dia desses resolvi fazer um teste proposto por Muitas pessoas com essa sı́ndrome são obesas,
um site da internet. O nome do teste era ten- apresentando uma história de variação de peso,
tador: “O que Freud diria de você”. Uau. Res- pois a comida é usada para lidar com problemas
pondi a todas as perguntas e o resultado foi o psicológicos. O transtorno do comer compul-
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância a sivo é encontrado em cerca de 2% da população
marcaram até os doze anos, depois disso você em geral, mais frequentemente acometendo mu-
buscou conhecimento intelectual para seu ama- lheres entre 20 e 30 anos de idade. Pesquisas
durecimento”. Perfeito! Foi exatamente o que demonstram que 30% das pessoas que procu-
aconteceu comigo. Fiquei radiante: eu havia ram tratamento para obesidade ou para perda
realizado uma consulta paranormal com o pai de peso são portadoras de transtorno do comer
da psicanálise, e ele acertou na mosca. Estava compulsivo.
com tempo sobrando, e curiosidade é algo que
Disponı́vel em:
não me falta, então resolvi voltar ao teste e res-
http://www.abcdasaude.com.br. Acesso em: 1
ponder tudo diferente do que havia respondido
maio 2009 (adaptado).
antes. Marquei umas alternativas esdrúxulas,
que nada tinham a ver com minha personali- Considerando as ideias desenvolvidas pelo au-
dade. E fui conferir o resultado, que dizia o tor, conclui-se que o texto tem a finalidade de
seguinte: “Os acontecimentos da sua infância
a marcaram até os 12 anos, depois disso você (a) descrever e fornecer orientações sobre a
buscou conhecimento intelectual para seu ama- sı́ndrome da compulsão alimentı́cia.
durecimento”. (b) narrar a vida das pessoas que têm o trans-
torno do comer compulsivo.
MEDEIROS, M. Doidas e santas. Porto (c) aconselhar as pessoas obesas a perder peso
Alegre, 2008 (adaptado). com métodos simples.
Quanto às influências que a internet pode exer- (d) expor de forma geral o transtorno compul-
cer sobre os usuários, a autora expressa uma sivo por alimentação.
reação irônica no trecho: (e) encaminhar as pessoas para a mudança de
hábitos alimentı́cios.
(a) “Marquei umas alternativas esdrúxulas,
que nada tinham a ver”. 16. (2010) A gentileza é algo difı́cil de ser ensinado
e vai muito além da palavra educação. Ela é
(b) “Os acontecimentos da sua infância a mar-
difı́cil de ser encontrada, mas fácil de ser iden-
caram até os doze anos”.
tificada, e acompanha pessoas generosas e des-
(c) “Dia desses resolvi fazer um teste proposto prendidas, que se interessam em contribuir para
por um site da internet”. o bem do outro e da sociedade. É uma atitude
(d) “Respondi a todas as perguntas e o resul- desobrigada, que se manifesta nas situações co-
tado foi o seguinte”. tidianas e das maneiras mais prosaicas.

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SIMURRO, S. A. B. Ser gentil é ser saudável. (a) possibilitará o acesso das diferentes regiões
Disponı́vel em: http://www.abqv.org.br. do paı́s às informações antes restritas, uma
Acesso em: 22 jun. 2006 (adaptado). vez que eliminará as distâncias, por meio
da distribuição virtual.
No texto, menciona-se que a gentileza extrapola
(b) criará a expectativa de viabilizar a demo-
as regras de boa educação. A argumentação
cratização da leitura, porém, esbarra na
construı́da
insuficiência do acesso à internet por meio
(a) apresenta fatos que estabelecem entre si da telefonia celular, ainda deficiente no
relações de causa e de consequência. paı́s.
(b) descreve condições para a ocorrência de (c) fará com que os livros impressos tornem-
atitudes educadas. se obsoletos, em razão da diminuição dos
gastos com os produtos digitais gratuita-
(c) indica a finalidade pela qual a gentileza
mente distribuı́dos pela internet.
pode ser praticada.
(d) enumera fatos sucessivos em uma relação (d) garantirá a democratização dos usos da
temporal. tecnologia no paı́s, levando em consi-
deração as caracterı́sticas de cada região
(e) mostra oposição e acrescenta ideias. no que se refere aos hábitos de leitura e
17. (2010) acesso à informação.
(e) impulsionará o crescimento da qualidade
da leitura dos brasileiros, uma vez que as
caracterı́sticas do produto permitem que a
leitura aconteça a despeito das adversida-
des geopolı́ticas.

18. (2010)

O Chat e sua linguagem virtual

O significado da palavra chat vem do inglês e


quer dizer “conversa”. Essa conversa acontece
em tempo real, e, para isso, é necessário que
duas ou mais pessoas estejam conectadas ao
mesmo tempo, o que chamamos de comunicação
sı́ncrona. São muitos os sites que oferecem a
opção de bate-papo na internet, basta escolher
a sala que deseja “entrar”, identificar-se e ini-
ciar a conversa. Geralmente, as salas são divi-
didas por assuntos, como educação, cinema, es-
porte, música, sexo, entre outros. Para entrar,
é necessário escolher um nick, uma espécie de
apelido que identificará o participante durante
a conversa. Algumas salas restringem a idade,
mas não existe nenhum controle para verificar
se a idade informada é realmente a idade de
A capa da revista Época de 12 de outubro de quem está acessando, facilitando que crianças e
2009 traz um anúncio sobre o lançamento do adolescentes acessem salas com conteúdos ina-
livro digital no Brasil. Já o texto II traz in- dequados para sua faixa etária.
formações referentes à abrangência de acessi-
bilidade das tecnologias de comunicação e in- AMARAL, S. F. Internet: novos valores e
formação nas diferentes regiões do paı́s. A par- novos comportamentos. In: SILVA, E. T.
tir da leitura dos dois textos, infere-se que o (Coord.). A leitura nos oceanos da internet.
advento do livro digital no Brasil São Paulo: Cortez, 2003. (adaptado).

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Segundo o texto, o chat proporciona a


ocorrência de diálogos instantâneos com lingua-
gem especı́fica, uma vez que nesses ambientes
interativos faz-se uso de protocolos diferencia-
dos de interação. O chat, nessa perspectiva,
cria uma nova forma de comunicação porque

(a) possibilita que ocorra diálogo sem a ex-


posição da identidade real dos indivı́duos,
que podem recorrer a apelidos fictı́cios sem
comprometer o fluxo da comunicação em
tempo real.

(b) disponibiliza salas de bate-papo sobre


diferentes assuntos com pessoas pré-
selecionadas por meio de um sistema de
busca monitorado e atualizado por autori-
dades no assunto.
O desenvolvimento das capacidades fı́sicas
(qualidades motoras passı́veis de treinamento)
ajuda na tomada de decisões em relação à me-
(c) seleciona previamente conteúdos adequa- lhor execução do movimento. A capacidade
dos à faixa etária dos usuários que serão fı́sica predominante no movimento representado
distribuı́dos nas faixas de idade organi- na imagem é
zadas pelo site que disponibiliza a ferra-
(a) a velocidade, que permite ao músculo exe-
menta.
cutar uma sucessão rápida de gestos em
movimentação de intensidade máxima.
(b) a resistência, que admite a realização de
(d) garante a gravação das conversas, o que movimentos durante considerável perı́odo
possibilita que um diálogo permaneça de tempo, sem perda da qualidade da
aberto, independente da disposição de execução.
cada participante. (c) a flexibilidade, que permite a amplitude
máxima de um movimento, em uma ou
mais articulações, sem causar lesões.
(d) a agilidade, que possibilita a execução de
(e) limita a quantidade de participantes conec- movimentos rápidos e ligeiros com mu-
tados nas salas de bate-papo, a fim de ga- danças de direção.
rantir a qualidade e eficiência dos diálogos,
(e) o equilı́brio, que permite a realização dos
evitando mal-entendidos.
mais variados movimentos, com o objetivo
de sustentar o corpo sobre uma base.
20. (2010)

Texto I

19. (2010) Sob o olhar do Twitter

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Vivemos a era da exposição e do comparti-


lhamento. Público e privado começam a se
confundir. A ideia de privacidade vai mudar ou
desaparecer.
O trecho acima tem 140 caracteres exatos. É
uma mensagem curta que tenta encapsular uma
ideia complexa. Não é fácil esse tipo de sı́ntese,
mas dezenas de milhões de pessoas o praticam
diariamente. No mundo todo, são disparados
2,4 trilhões de SMS por mês, e neles cabem 140
toques, ou pouco mais. Também é comum en-
viar e-mails, deixar recados no Orkut, falar com
as pessoas pelo MSN, tagarelar no celular, re-
ceber chamados em qualquer parte, a qualquer
hora. Estamos conectados. Superconectados,
na verdade, de várias formas.

... Da comparação entre os textos, depreende-se


que o texto II constitui um passo a passo
para interferir no comportamento dos usuários,
dirigindo-se diretamente aos leitores, e o texto
I

(a) adverte os leitores de que a internet pode


transformar-se em um problema porque
O mais recente exemplo de demanda por total expõe a vida dos usuários e, por isso, pre-
conexão e de uma nova sintaxe social é o Twit- cisa ser investigada.
ter, o novo serviço de troca de mensagens pela
internet. O Twitter pode ser entendido como (b) ensina aos leitores os procedimentos ne-
uma mistura de blog e celular. As mensagens cessários para que as pessoas conheçam,
são de 140 toques, como os torpedos dos ce- em profundidade, os principais meios de
lulares, mais circulam pela internet, como os comunicação da atualidade.
textos de blogs. Em vez de seguir para ape- (c) exemplifica e explica o novo serviço glo-
nas uma pessoa, como no celular ou no MSN, a bal de mensagens rápidas que desafia os
mensagem do Twitter vai para todos os “segui- hábitos de comunicação e reinventa o con-
dores- gente que acompanha o emissor. Podem ceito de privacidade.
ser 30, 300 ou 409 mil seguidores. (d) procura esclarecer os leitores a respeito dos
perigos que o uso do Twitter pode repre-
sentar nas relações de trabalho e também
no plano pessoal.
(e) apresenta uma enquete sobre as redes so-
ciais mais usadas na atualidade e mostra
que o Twitter é preferido entre a maioria
dos internautas.

21. (2010)
MARTINS, I.; LEAL, R. Época. 16 mar.2009
(fragmento adaptado). O dia em que o peixe saiu de graça

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Uma operação do Ibama para combater a pesca KANITZ, S. A Herança Cultural da


ilegal na divisa entre os Estados do Pará, Ma- Inquisição. In: Revista Veja. Ano 38, nÂo 5, 2
ranhão e Tocantins incinerou 110 quilômetros fev. 2005 (fragmento).
de redes usadas por pescadores durante o
perı́odo em que os peixes se reproduzem. Em- Considerando-se o posicionamento do autor do
bora tenha um impacto temporário na ativi- fragmento a respeito de comportamentos huma-
dade econômica da região, a medida visa pre- nos, o texto
servá-la ao longo prazo, evitando o risco de ex-
tinção dos animais. Cerca de 15 toneladas de (a) enfatiza a herança da Inquisição em com-
peixes foram apreendidas e doadas para insti- portamentos culturais observados em Por-
tuições de caridade. tugal e na Espanha.
(b) contesta sociólogos, psicólogos e historia-
Época. 23 mar. 2009 (adaptado). dores sobre a manutenção de comporta-
mentos gerados pela Inquisição.
A notı́cia, do ponto de vista de seus elementos
constitutivos, (c) contrapõe argumentos de historiadores e
sociólogos a respeito de comportamentos
(a) apresenta argumentos contrários à pesca culturais inquisidores.
ilegal.
(d) relativiza comportamentos originados na
(b) tem um tı́tulo que resume o conteúdo do Inquisição e observados na sociedade bra-
texto. sileira.
(c) informa sobre uma ação, a finalidade que a
(e) questiona a existência de comportamen-
motivou e o resultado dessa ação.
tos culturais brasileiros marcados pela he-
(d) dirige-se aos órgãos governamentais dos es- rança da Inquisição.
tados envolvidos na referida operação do
Ibama. 23. (2010) Resta saber o que ficou das lı́nguas
(e) introduz um fato com a finalidade de in- indı́genas no português do Brasil. Serafim da
centivar movimentos sociais em defesa do Silva Neto afirma: “No português brasileiro não
meio ambiente. há, positivamente, influência das lı́nguas africa-
nas ou amerı́ndias”. Todavia, é difı́cil de aceitar
22. (2010) que um longo perı́odo de bilinguismo de dois
séculos não deixasse marcas no português do
A Herança Cultural da Inquisição Brasil.
A Inquisição gerou uma série de comportamen-
tos humanos defensivos na população da época, ELIA, S. Fundamentos Histórico-Linguı́sticos
especialmente por ter perdurado na Espanha do Português do Brasil. Rio de Janeiro:
e em Portugal durante quase 300 anos, ou no Lucerna, 2003 (adaptado).
mı́nimo quinze gerações.
No final do século XVIII, no norte do Egito,
Embora a Inquisição tenha terminado há mais
foi descoberta a Pedra de Roseta, que continha
de um século, a pergunta que fiz a vários
um texto escrito em egı́pcio antigo, uma versão
sociólogos, historiadores e psicólogos era se al-
desse texto chamada “demótico”, e o mesmo
guns desses comportamentos culturais não po-
texto escrito em grego. Até então, a antiga
deriam ter-se perpetuado entre nós.
escrita egı́pcia não estava decifrada. O inglês
Na maioria, as respostas foram negativas, ou
Thomas Young estudou o objeto e fez algu-
seja, embora alterasse sem dúvida o comporta-
mas descobertas como, por exemplo, a direção
mento da época, nenhum comportamento per-
em que a leitura deveria ser feita. Mais tarde,
manece tanto tempo depois, sem reforço ou
o francês JeanFrançois Champollion voltou a
estı́mulo continuado.
estudá-la e conseguiu decifrar a antiga escrita
Não sou psicólogo nem sociólogo para discordar,
egı́pcia a partir do grego, provando que, na ver-
mas tenho a impressão de que existem alguns
dade, o grego era a lı́ngua original do texto e
comportamentos estranhos na sociedade brasi-
que o egı́pcio era uma tradução.
leira, e que fazem sentido se você os considerar
Com base na leitura dos textos conclui-se, so-
resquı́cios da era da Inquisição.
bre as lı́nguas, que
...

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(a) cada lı́ngua é única e intraduzı́vel. inovações que impactaram significativamente a


(b) elementos de uma lı́ngua são preservados, sociedade. A respeito desse assunto, o texto
ainda que não haja mais falantes dessa apresentado mostra que a falta de confiança
lı́ngua. na veracidade dos conteúdos registrados na Wi-
kipédia
(c) a lı́ngua escrita de determinado grupo desa-
parece quando a sociedade que a produzia (a) acontece pelo fato de sua construção cole-
é extinta. tiva possibilitar a edição e reedição das in-
(d) o egı́pcio antigo e o grego apresentam a formações por qualquer pessoa no mundo
mesma estrutura gramatical, assim como inteiro.
as lı́nguas indı́genas brasileiras e o por- (b) limita a disseminação do saber, apesar do
tuguês do Brasil. crescente número de acessos ao site que a
abriga, por falta de legitimidade.
(e) o egı́pcio e o grego apresentavam letras
e palavras similares, o que possibilitou (c) ocorre pela facilidade de acesso à página,
a comparação linguı́stica, o mesmo que o que torna a informação vulnerável, ou
aconteceu com as lı́nguas indı́genas bra- seja, pela dinâmica da mı́dia.
sileiras e o português do Brasil. (d) ressalta a crescente busca das enciclopédias
impressas para as pesquisas escolares.
24. (2010)
(e) revela o desconhecimento do usuário,
A Internet que você faz impedindo-o de formar um juı́zo de valor
sobre as informações.
Uma pequena invenção, a Wikipédia, mudou 25. (2010)
o jeito de lidarmos com informações na rede.
Trata-se de uma enciclopédia virtual colabora-
tiva, que é feita e atualizada por qualquer inter-
nauta que tenha algo a contribuir. Em resumo:
é como se você imprimisse uma nova página
para a publicação desatualizada que encontrou
na biblioteca.
Antigamente, quando precisávamos de alguma
informação confiável, tı́nhamos a enciclopédia
O voleibol é um dos esportes mais praticados
como fonte segura de pesquisa para trabalhos,
na atualidade. Está presente nas competições
estudos e pesquisa em geral. Contudo, a novi-
esportivas, nos jogos escolares e na recreação.
dade trazida pela Wikipédia nos coloca em uma
Nesse esporte, os praticantes utilizam alguns
nova circunstância, em que não podemos con-
movimentos especı́ficos como: saque, manchete,
fiar integralmente no que lemos.
bloqueio, levantamento, toque, entre outros.
Por ter como lema principal a escritura cole-
Na sequencia de imagens, identificam-se os mo-
tiva, seus textos trazem informações que podem
vimentos de
ser editadas e reeditadas por pessoas do mundo
inteiro. Ou seja, a relevância da informação (a) sacar e colocar a bola em jogo, defender a
não é determinada pela tradição cultural, como bola e realizar a cortada como forma de
nas antigas enciclopédias, mas pela dinâmica da ataque.
mı́dia. (b) arremessar a bola, tocar para passar a bola
Assim, questiona-se a possibilidade de serem ao levantador e bloquear como forma de
encontradas informações corretas entre sabota- ataque.
gens deliberadas e contribuições erradas. (c) tocar e colocar a bola em jogo, cortar para
defender e levantar a bola para atacar.
NÉO, A. et al. A Internet que você faz. In:
Revista PENSE! Secretaria de Educação do (d) passar a bola e iniciar a partida, lançar a
Estado do Ceará. Ano 2, nÂ◦ . 3, mar.-abr. bola ao levantador e realizar a manchete
2010 (adaptado). para defender.
(e) cortar como forma de ataque, passar a bola
As novas Tecnologias de Informação e Co- para defender e bloquear como forma de
municação, como a Wikipédia, têm trazido ataque.

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26. (2010) O presidente lula assinou, em 29 de se- (d) “É um acto cı́vico batermo-nos contra o
tembro de 2008, decreto sobre o Novo Acordo Acordo Ortográfico.”“O acordo não leva
Ortográfico da Lı́ngua Portuguesa. As novas a unidade nenhuma.”“Não se pode apli-
regras afetam principalmente o uso dos acentos car na ordem interna um instrumento que
agudo e circunflexo, do trema e do hı́fen. Longe não está aceito internacionalmente”e nem
de um consenso, muita polêmica tem-se levan- assegura “a defesa da lı́ngua como pa-
tado em Macau e nos oito paı́ses de lingua por- trimónio, como prevê a Constituição nos
tuguesa: Brasil, Angola, Cabo Verde, Guinê- artigos 9o e 68o .”
Bissau, Moçambique, Portugal, sao Tomé e
Prı́ncipe e Timor leste. MOURA, V. G. Escritor e eurodeputado.
Comparando as diferentes opiniões sobre a va- Disponı́vel em:
lidade de se estabelecer o acordo para fins de www.mundoportugues.org. Acesso em:
unificação, o argumento que, em grande parte, 10 nov. 2008.
foge a essa discussão é
(e) “Se é para ter uma lusofonia, o conceito
(a) “A Academia (Brasileira de Letras) encara
[unificação da lı́ngua] deve ser mais abran-
essa aprovação como um marco histórico.
gente e temos de estar em paridade. Uni-
Inscreve-se, finalmente, a Lı́ngua Portu-
dade não significa que temos que andar
guesa no rol daquelas que conseguiram
todos ao mesmo passo. Não é necessário
beneficiar-se há mais tempo da unificação
que nos tornemos homogéneos. Até por-
de seu sistema de grafar, numa demons-
que o que enriquece a lı́ngua portuguesa
tração de consciência da polı́tica do idi-
são as diversas literaturas e formas de uti-
oma e de maturidade na defesa, difusão e
lização.”
ilustração da lingua da Lusofonia.”
SANDRONI, C. Presidente da ABL. RODRIGUES, M. H. Presidente do
Disponı́vel em: http://academia.org.br. Instituto Português do Oriente, sediado
Acesso em: 10 nov. 2008. em Macau. Disponı́vel em:
(b) “Acordo ortográfico? Não, obrigado. Sou http://taichungpou.blogspot.com. Acesso
contra. Visceralmente contra. Filosofi- em: 10. nov. 2008 (adaptado).
camente contra. Linguisticamente contra.
Eu gosto do “c”do “actor”e o “p”de “cep- 27. (2010)
ticismo”. Representam um patrimônio,
uma pegada etimológica que faz parte de
uma identidade cultural. A pluralidade Texto I
é um valor que deve ser estudado e res-
peitado. Aceitar essa aberração significa O chamado “fumante passivo”é aquele in-
apenas que a irmandade entre Portugal e divı́duo que não fuma, mas acaba respirando
o Brasil continua a ser a irmandade do a fumaça dos cigarros fumados ao seu redor.
atraso.” Até hoje, discutem-se muito os efeitos do fumo
COUTINHO, J. P. Folha de São Paulo, passivo, mas uma coisa é certa: quem não fuma
Ilustrada. 28 set. 2008, E1 (adaptado). não é obrigado a respirar a fumaça dos outros.
O fumo passivo é um problema de saúde pública
(c) “Há um conjunto de necessidades polı́ticas
em todos os paı́ses do mundo. Na Europa,
e econômicas com vista à internaciona-
estima-se que 79% das pessoas estão expostas
lização do portu guês como identidade
à fumaça “de segunda mão”, enquanto, nos Es-
e marca econômica. E possı́vel que o
tados Unidos, 88% dos não fumantes acabam
(Femando) Pessoa, como produto de ex-
fumando passivamente. A Sociedade do Câncer
portação, valha mais do que a PT (Por-
da Nova Zelândia informa que o fumo passivo
tugal Telecom). Tem um valor econômico
é a terceira entre as principais causas de morte
único.”
no paı́s, depois do fumo ativo e do uso de álcool.
RIBEIRO, J. A. P. Ministro da Cultura
de Portugal. Disponı́vel em:
http://ultimahora.publico.clix.pt. Acesso Disponı́vel em: www.terra.com.br. Acesso em:
em: 10 nov. 2008. 27 abr. 2010 (fragmento).

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segundo dados do IBGE de 2001, 59% da po-


pulação brasileira com mais de dez anos que de-
clara ter uma atividade remunerada ganha no
máximo o ‘piso salarial’ oferecido peto crime.
Dos traficantes ouvidos pela pesquisa, 25% re-
cebiam mais de R$ 2.000 mensais; já na po-
pulação brasileira essa taxa nao ultrapassa 6%.
Tais rendimentos mostram que as polı́ticas so-
ciais compensatórias, como o Bolsa-Escola (que
paga R$ 15 mensais por aluno matriculado),
são por si só incapazes de impedir que o nar-
cotráfico continue aliciando crianças provenien-
tes de estratos de baixa renda: tais polı́ticas
aliviam um pouco o orçamento familiar e incen-
tivam os pais a manterem os filhos estudando, o
Ao abordar a questão do tabagismo, os textos que de modo algum impossibilita a opção pela
I e II procuram demonstrar que deliquência. No mesmo sentido, os programas
voltados aos jovens vulneráveis ao crime orga-
(a) a quantidade de cigarros consumidos por nizado (circo-escolas, oficinas de cultura, esco-
pessoa, diariamente, excede o máximo de linhas de futebol) são importantes, mas não re-
nicotina recomendado para os indivı́duos, solvem o problema.
inclusive para os não fumantes. A única maneira de reduzir a atração exercida
(b) para garantir o prazer que o indivı́duo tem pelo tráfico é a repressão, que aumenta os riscos
ao fumar, será necessário aumentar as es- para os que escolhem esse caminho. Os ren-
tatı́sticas de fumo passivo. dimentos pagos aos adolescentes provam isso:
eles são elevados precisamente porque a possi-
(c) a conscientização dos fumantes passivos é
bilidade de ser preso não é desprezivel. É pre-
uma maneira de manter a privacidade de
ciso que o Executivo federal e os estaduais des-
cada indivı́duo e garantir a saúde de todos.
montem as organizações paralelas erguidas pe-
(d) os não fumantes precisam ser respeitados e las quadrilhas, para que a certeza de punição
poupados, pois estes também estão sujei- elimine o fascı́nio dos salários do crime.
tos às doenças causadas pelo tabagismo.
(e) o fumante passivo não é obrigado a ina- Editorial. Folha de São Paulo. 15 jan, 2003.
lar as mesmas toxinas que um fumante,
portanto depende dele evitar ou não a 28. (2010) Com base nos argumentos do autor, o
contaminação proveniente da exposição ao texto aponta para
fumo. (a) uma denúncia de quadrilhas que se organi-
zam em torno do narcotráfico.
Texto para as questões 28 e 29.
(b) a constatação de que o narcotráfico
restringe-se aos centros urbanos.
A carreira do crime
(c) a informação de que as polı́ticas sociais
Estudo feito por pesquisadores da Fundação compensatórias eliminarão a atividade cri-
Oswaldo Cruz sobre adolescentes recrutados minosa a longo prazo.
pelo tráfico de drogas nas favelas cariocas expõe (d) o convencimento do leitor de que para
as bases sociais dessas quadrilhas, contribuindo haver a superação do problema do nar-
para explicar as dificuldades que o Estado en- cotráfico é preciso aumentar a ação poli-
frenta no combate ao crime organizado. cial.
O tráfico oferece aos jovens de escolaridade (e) uma exposição numérica realizada com o
precária (nenhum dos entrevistados havia com- fim de mostrar que o negócio do nar-
pletado o ensino fundamental) um plano de cotráfico é vantajoso e sem riscos.
carreira bem estruturado, com salários que va-
riam de R$ 400,00 a R$ 12.000 mensais. Para 29. (2010) No Editorial, o autor defende a tese de
uma base de comparação, convém notar que, que “as polı́ticas sociais que procuram evitar a

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entrada dos jovens no tráfico não terão chance (d) os homens e as mulheres estão matricula-
de sucesso enquanto a remuneração oferecida dos na mesma proporção em cursos que
pelos traficantes for tão mais compensatória exigem habilidades semelhantes na mesma
que aquela oferecida pelos programas do go- área.
verno”. Para comprovar sua tese, o autor apre- (e) as mulheres estão matriculadas em menor
senta) número em Psicologia por sua habilidade
de lidarem melhor com coisas que com su-
(a) instituições que divulgam o crescimento de
jeitos.
jovens no crime organizado.
(b) sugestões que ajudam a reduzir a atração 31. (2011) Na modernidade, o corpo foi descoberto,
exercida pelo crime organizado. despido e modelado pelos exercı́cios fı́sicos da
moda. Novos espaços e práticas esportivas e de
(c) polı́ticas sociais que impedem o aliciamento ginástica passaram a convocar as pessoas a mo-
de crianças no crime organizado. delarem seus corpos. Multiplicaram-se as aca-
(d) pesquisadores que se preocupam com os jo- demias de ginástica, as salas de musculação e o
vens envolvidos no crime organizado. número de pessoas correndo pelas ruas.
(e) números que comparam os valores pagos Secretaria da Educação, Caderno do professor:
entre os programas de governo e o crime educação fı́sica. São Paulo, 2008.
organizado.
Diante do exposto, é possı́vel perceber que
30. (2010)
houve um aumento da procura por
(a) exercı́cios fı́sicos aquáticos (natação / hi-
droginástica), que são exercı́cios de baixo
impacto, evitando o atrito (não prejudi-
cando as articulações), e que previnem o
envelhecimento precoce e melhoram a qua-
lidade de vida.
(b) mecanismos que permitem combinar ali-
mentação e exercı́cio fı́sico, que permitem
a aquisição e manutenção de nı́veis ade-
quados de saúde, sem a preocupação com
padrões de beleza instituı́dos socialmente.
(c) programas saudáveis de emagrecimento,
que evitam os prejuı́zos causados na re-
Segundo pesquisas recentes, é irrelevante a dife-
gulação metabólica, função imunológica,
rença entre sexos para se avaliar a inteligência.
integridade óssea e manutenção da capa-
Com relação às tendências para áreas do co-
cidade funcional ao longo do envelheci-
nhecimento, por sexo, levando em conta a
mento.
matrı́cula em cursos universitários brasileiros,
as informações do gráfico asseguram que (d) exercı́cios de relaxamento, reeducação pos-
tural e alongamentos, que permitem um
(a) os homens estão matriculados em menor melhor funcionamento do organismo como
proporção em cursos de Matemática que um todo, bem como uma dieta alimentar
em Medicina por lidarem melhor com pes- e hábitos saudáveis com base em produtos
soas. naturais.
(b) as mulheres estão matriculadas em maior (e) dietas que preconizam a ingestão excessiva
percentual em cursos que exigem capaci- ou restrita de um ou mais macronutrien-
dade de compreensão dos seres humanos. tes (carboidratos, gorduras ou proteı́nas),
bem como exercı́cios que permitem um au-
(c) as mulheres estão matriculadas em percen- mento de massa muscular e/ou modelar o
tual maior em Fı́sica que em Mineração corpo.
por tenderem a trabalhar melhor com abs-
trações. 32. (2011)

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(b) a avaliação da imagem como uma sátira às


atrações de terror.
(c) a atenção para a imagem da parte do corpo
humano selecionada aleatoriamente.
(d) o reconhecimento do intertexto entre a pu-
blicidade e um dito popular.
(e) a percepção do sentido literal da expressão
“noites do terror”, equivalente à expressão
“noites de terror”.
34. (2011) Quem é pobre, pouco se apega, é um
giro-o-giro no vago dos gerais, que nem os
Os amigos são um dos principais indicadores pássaros de rios e lagoas. O senhor vê: o Zé-
de bem-estar na vida social das pessoas. Da Zim, o melhor meeiro meu aqui, risonho e habi-
mesma forma que em outras áreas, a internet lidoso. Pergunto: - Zé-Zim, por que é que você
também inovou as maneiras de vivenciar a ami- não cria galinhas-d’angola, como todo o mundo
zade. Da leitura do infográfico, depreendem- faz? - Quero criar nada não... - me deu res-
se dois tipos de amizade virtual, a simétrica e posta: -Eu gosto muito de mudar. (...) Belo
a assimétrica, ambas com seus prós e contras. um dia, ele tora. Ninguém discrepa. Eu, tan-
Enquanto a primeira se baseia na relação de re- tas, mesmo digo. Eu dou proteção. (...) Essa
ciprocidade, a segunda não faltou também à minha mãe, quando eu
era menino, no sertãozinho de minha terra. (...)
(a) reduz o número de amigos virtuais, ao li- Gente melhor do lugar eram todos dessa famı́lia
mitar o acesso à rede. Guedes, Jidião Guedes; quando saı́ram de lá,
(b) parte do anonimato obrigatório para se di- nos trouxeram junto, minha mãe e eu. Fica-
fundir. mos existindo em território baixio da Sirga, da
outra banda, ali onde o de-Janeiro vai no São
(c) reforça a configuração de laços mais pro- Francisco, o senhor sabe.
fundos de amizade.
ROSA, J. G. Grande Sertão: Veredas. Rio de
(d) facilita a interação entre pessoas em vir-
Janeiro: José Olympio (fragmento).
tude de interesses comuns.
(e) tem a responsabilidade de promover a pro- Na passagem citada, Riobaldo expõe uma si-
ximidade fı́sica. tuação decorrente de uma desigualdade so-
cial tı́pica das áreas rurais brasileiras marca-
33. (2011) das pela concentração de terras e pela relação
de dependência entre agregados e fazendeiros.
No texto, destaca-se essa relação porque o
personagem-narrador
(a) relata a seu interlocutor a história de Zé-
Zim, demonstrando sua pouca disposição
em ajudar seus agregados, uma vez que su-
perou essa condição graças à sua força de
trabalho.
(b) descreve o processo de transformação de
O anúncio publicitário está internamente li- um meeiro - espécie de agregado - em pro-
gado ao ideário de consumo quando sua função prietário de terra.
é vender um produto. No texto apresen-
(c) denuncia a falta de compromisso e a deso-
tado, utilizam-se elementos linguı́sticos e extra-
cupação dos moradores, que pouco se en-
linguı́sticos para divulgar a atração “Noites do
volvem no trabalho da terra.
Terror”, de um parque de diversões. O enten-
dimento da propaganda requer do leitor (d) mostra como a condição material da vida
do sertanejo é dificultada pela sua du-
(a) a identificação com o público-alvo a que se pla condição de homem livre e, ao mesmo
destina o anúncio. tempo, dependente.

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(e) mantém o distanciamento narrativo con- ou tinham um apelo filosófico como concepção
dizente com sua posição social, de pro- de vida bastante significativo.
prietário de terras. Atualmente, nos deparamos com a grande ex-
pansão das artes marciais em nı́vel mundial. As
35. (2011) A discussão sobre “o fim do livro de pa- raı́zes orientais foram se disseminando, ora pela
pel”com a chegada da mı́dia eletrônica me lem- necessidade de luta pela sobrevivência ou para
bra a discussão idêntica sobre a obsolescência a “defesa pessoal”, ora pela possibilidade de ter
do folheto de cordel. Os folhetos talvez não as artes marciais como própria filosofia de vida.
existam mais daqui a 100 ou 200 anos, mas
mesmo que isso aconteça, os poemas de Lean- CARREIRO, E. A. Educação Fı́sica na escola:
dro Gomes de Barros ou Manuel Camilo dos Implicações para a prática pedagógica. Rio de
Santos continuarão sendo publicados e lidos - Janeiro: Guanabara Koogan, 2008
em CD-ROM, em livro eletrônico, em “chips (fragmento).
quânticos”, sei lá o quê. O texto é uma espécie
de alma imortal, capaz de reencarnar em cor- Um dos problemas da violência que está pre-
pos variados: página impressa, livro em Braille, sente principalmente nos grandes centros urba-
folheto, “coffee-table book ”, cópia manuscrita, nos são as brigas e os enfrentamentos de torci-
arquivo PDF... Qualquer texto pode se reen- das organizadas, além da formação de gangues,
carnar nesses (e em outros) formatos, não im- que se apropriam de gestos das lutas, resul-
porta se é Moby Dick ou Viagem a São Saruê, tando, muitas vezes, em fatalidades. Portanto,
se é Macbeth ou O Livro de Piadas de Casseta o verdadeiro objetivo da aprendizagem desses
& Planeta. movimentos foi mal compreendido, afinal as lu-
tas
TAVARES, B. Disponı́vel em:
http://jornaldaparaiba.globo.com. (a) se tornaram um esporte, mas eram prati-
cadas com o objetivo guerreiro a fim de
Ao refletir sobre a possı́vel extinção do livro im- garantir a sobrevivência.
presso e o surgimento de outros suportes em (b) apresentam a possibilidade de desenvolver
via eletrônica, o cronista manifesta seu ponto o autocontrole, o respeito ao outro e a
de vista, defendendo que formação do caráter.
(a) o cordel é um dos gêneros textuais, por (c) possuem como objetivo principal a “defesa
exemplo, que será extinto com o avanço pessoal”por meio de golpes agressivos so-
da tecnologia. bre o adversário.
(b) o livro impresso permanecerá como objeto (d) sofreram transformações em seus
cultural veiculador de impressões e de va- princı́pios filosóficos em razão de sua dis-
lores culturais. seminação pelo mundo.
(c) o surgimento da mı́dia eletrônica decretou (e) se disseminaram pela necessidade de luta
o fim do prazer de se ler textos em livros pela sobrevivência ou como filosofia pes-
e suportes impressos. soal de vida.
(d) os textos continuarão vivos e passı́veis de 37. (2011) O tema da velhice foi objeto de estudo
reprodução em novas tecnologias, mesmo de brilhantes filósofos ao longo dos tempos.
que os livros desapareçam. Um dos melhores livros sobre o assunto foi es-
(e) os livros impressos desaparecerão e, com crito pelo pensador e orador romano Cı́cero: A
eles, a possibilidade de se ler obras li- Arte do Envelhecimento. Cı́cero nota, primeira
terárias dos mais diversos gêneros. mente, que todas as idades têm seus encantos
e suas dificuldades. E depois aponta para um
36. (2011) paradoxo da humanidade. Todos sonhamos ter
uma vida longa, o que significa viver muitos
Conceitos e importância das lutas anos. Quando realizamos a meta, em vez de ce-
lebrar o feito, nos atiramos a um estado de me-
Antes de se tornarem esporte, as lutas ou as lancolia e amargura. Ler as palavras de Cı́cero
artes marciais tiveram duas conotações princi- sobre envelhecimento pode ajudar a aceitar me-
pais: eram praticadas com o objetivo guerreiro lhor a passagem do tempo.

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NOGUEIRA, P. Saúde & Bem-Estar os surtos de ave estranha,


Antienvelhecimento. Época 25 abr. 2009. em linhas longas de invisı́veis teias,
de que és, há tanto, habilidosa aranha...
O autor discute problemas relacionados ao en- (...)
velhecimento, apresentando argumentos que le- Amo-te as sugestões gloriosas e funestas,
vam a inferir que seu objetivo é amo-te como todas as mulheres
te amam, ó lı́ngua-lama, ó lı́ngua-resplendor,
(a) esclarecer que a velhice é inevitável. pela carne de som que à ideia emprestas
(b) contar fatos sobre a arte de envelhecer. e pelas frases mudas que proferes
(c) defender a ideia de que a velhice é desa- nos silêncios de Amor!...
gradável. MACHADO, G. in: MORICONI, I. (org.). Os
(d) influenciar o leitor para que lute contra o cem melhores poemas brasileiros do século.
envelhecimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001 (fragmento).
(e) mostrar às pessoas que é possı́vel aceitar, A poesia de Gilka Machado identifica-se com
sem angústia, o envelhecimento. as concepções artı́sticas simbolistas. Entre-
38. (2011) No Brasil, a condição cidadã, embora de- tanto, o texto selecionado incorpora referências
penda da leitura e da escrita, não se basta pela temáticas e formais modernistas, já que, nele, a
enunciação do direito, nem pelo domı́nio des- poeta
ses instrumentos, o que, sem dúvida, viabiliza (a) procura desconstruir a visão metafórica do
melhor participação social. A condição cidadã amor e abandona o cuidado formal.
depende, seguramente, da ruptura com o ciclo
(b) concebe a mulher como um ser sem lingua-
da pobreza, que penaliza um largo contingente
gem e questiona o poder da palavra.
populacional.
(c) questiona o trabalho intelectual da mulher
Formação de leitores e construção da e antecipa a construção do verso livre.
cidadania, memória e presença do PROLER. (d) propõe um modelo novo de erotização na
Rio de Janeiro: FBN, 2008. lı́rica amorosa e propõe a simplificação ver-
bal.
Ao argumentar que a aquisição das habilidades (e) explora a construção da essência feminina,
de leitura e escrita não são suficientes para ga- a partir da polissemia de “lı́ngua”, e inova
rantir o exercı́cio da cidadania, o autor o léxico.
(a) critica os processos de aquisição da leitura Texto para as questões 40 e 41.
e da escrita.
(b) fala sobre o domı́nio da leitura e da escrita
no Brasil.
(c) incentiva a participação efetiva na vida da
comunidade.
(d) faz uma avaliação crı́tica a respeito da Nós adorarı́amos dizer que somos perfeitos.
condição cidadã do brasileiro. Que somos infalı́veis. Que não cometemos nem
(e) define instrumentos eficazes para elevar a mesmo o menor deslize. E só não falamos isso
condição social da população do Brasil. por um pequeno detalhe: seria uma mentira.
Aliás, em vez de usar a palavra “mentira”, como
39. (2011) acabamos de fazer, poderı́amos optar por um
eufemismo. “Meia-verdade”, por exemplo, seria
Lépida e leve um termo muito menos agressivo. Mas nós não
usamos esta palavra simplesmente porque não
Lı́ngua do meu Amor velosa e doce, acreditamos que exista uma “Meia-verdade”.
que me convences de que sou frase, Para o Conar, Conselho Nacional de Autorre-
que me contornas, que me vestes quase, gulamentação Publicitária, existem a verdade
como se o corpo meu de ti vindo me fosse. e a mentira. Existem a honestidade e a deso-
Lı́ngua que me cativas, que me enleias nestidade. Absolutamente nada no meio. O

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Conar nasceu há 29 anos (viu só? não arredon-


damos para 30) com a missão de zelar pela ética
na publicidade. Não fazemos isso porque somos
bonzinhos (gostarı́amos de dizer isso, mas, mais
uma vez, seria mentira). Fazemos isso porque é
a única forma da propaganda ter o máximo de
credibilidade. E, cá entre nós, para que serviria
a propaganda se o consumidor não acreditasse
nela?
Qualquer pessoa que se sinta enganada por uma O produtor de anúncios publicitários utiliza-
peça publicitária pode fazer uma reclamação ao se de estratégias persuasivas para influenciar o
Conar. Ele analisa cuidadosamente todas as comportamento de seu leitor. Entre os recursos
denúncias e, quando é o caso, aplica a punição. argumentativos mobilizados pelo autor para ob-
Anúncio veiculado na Revista Veja. São Paulo: ter a adesão do público à campanha, destaca-se
Abril. Ed. 2120, ano 42, n.o 27, 8 jul. 2009. nesse texto

40. (2011) O recurso gráfico utilizado no anúncio (a) a oposição entre individual e coletivo,
publitário - de destacar a potencial supressão trazendo um ideário populista para o
de trecho do texto - reforça a eficácia preten- anúncio.
dida, revelada na estratégia de (b) a utilização de tratamento informal com o
leitor, o que suaviza a seriedade do pro-
(a) ressaltar a informação no tı́tulo, em detri- blema.
mento do restante do conteúdo associado.
(c) o emprego de linguagem figurada, o que
(b) incluir o leitor por meio do uso da 1.a pes- desvia a atenção da população do apelo
soa do plural no discurso. financeiro.
(c) contar a história da criação do órgão como (d) o uso dos numerais “milhares”e
argumento de autoridade. “milhões”responsável pela supervalo-
(d) subverter o fazer publicitário pelo uso de rização das condições dos necessitados.
sua metalinguagem. (e) o jogo de palavras entre “acordar”e “dor-
(e) impressionar o leitor pelo jogo de palavras mir”, o que relativiza o problema do leitor
no texto. em relação ao dos necessitados.

41. (2011) Considerando autoria e a seleção lexical 43. (2011)


desse texto, bem como os argumentos nele mo-
Entre ideia e tecnologia
bilizados, constata-se que o objetivo do autor
do texto é O grande conceito por trás do Museu da Lı́ngua
(a) informar os consumidores em geral sobre a é apresentar o idioma como algo vivo e funda-
atuação do Conar. mental para o entendimento do que é ser brasi-
leiro. Se nada nos define com clareza, a forma
(b) conscientizar publicitários do compromisso como falamos o português nas mais diversas si-
ético ao elaborar suas peças publicitárias. tuações cotidianas é talvez a melhor expressão
(c) alertar chefes de famı́lia, para que eles fis- da brasilidade.
calizem o conteúdo das propagandas vei-
culadas pela mı́dia. SCARDOVELI, E. Revista Lı́ngua
Portuguesa. São Paulo: Segmento. Ano II, n.o
(d) chamar a atenção de empresários e anunci- 6, 2006.
antes em geral para suas responsabilidades
ao contratarem publicitários sem ética. O texto propõe uma reflexão acerca da lı́ngua
(e) chamar a atenção de empresas para os efei- portuguesa, ressaltando para o leitor a
tos nocivos que elas podem causar à socie-
(a) inauguração do museu e o grande investi-
dade, se compactuarem com propagandas
mento em cultura no paı́s.
enganosas.
(b) importância da lı́ngua para a construção
42. (2011) da identidade nacional.

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(c) afetividade tão comum ao brasileiro, retra- (c) incapacidade polı́tica para agir de forma di-
tada através da lı́ngua. ligente na resolução das mazelas sociais.
(d) relação entre o idioma e as polı́ticas (d) urgência de se criarem novos órgãos
públicas na área de cultura. públicos com as mesmas caracterı́sticas do
(e) diversidade étnica e linguı́stica existente no SUS.
território nacional. (e) impossibilidade de o homem agir de forma
44. (2011) eficaz ou preventiva diante das ações da
natureza.
TEXTO I
45. (2011)
O Brasil sempre deu respostas rápidas através
da solidariedade do seu povo. Mas a mesma
força que nos motiva a ajudar o próximo deve-
ria também nos motivar a ter atitudes cidadãs.
Não podemos mais transferir a culpa para quem
é vı́tima ou até mesmo para a própria natureza,
como se essa seguisse a lógica humana. Sobram
desculpas esfarrapadas e falta competência da
classe polı́tica.

Cartas. Isto é. 28 abr. 2010.

TEXTO II

Não podemos negar ao povo sofrido todas as


hipóteses de previsão dos desatres. Demago-
gos culpam os moradores; o governo e a prefei-
tura apelam para as pessoas saı́rem das áreas
de risco e agora dizem que será compulsória a O texto é uma propaganda de um adoçante que
realocação. Então temos a realocar o Brasil in- tem o seguinte mote: “Mude sua embalagem”.
teiro! Criemos um serviço, similiar ao SUS, com A estratégia que o autor utiliza para o conven-
alocação obrigatória de recursos orçamentários cimento do leitor baseia-se no emprego de re-
com rede de atendimento preventivo, onde par- cursos expressivos, verbais e não verbais, com
ticipariam arquitetos, engenheiros, geólogos. vistas a
Bem ou mal, esse “SUS”organizaria brigadas
nos locais. Nos casos da dengue, por exemplo, (a) ridicularizar a forma fı́sica do possı́vel cli-
poderia verificar as condições de acontecer epi- ente do produto anunciado, aconselhando-
demias. Seriam boas ações preventivas. o a uma busca de mudanças estéticas.
(b) enfatizar a tendência da sociedade con-
Carta do Leitor. Carta Capital. 28 abr. 2010 temporânea de buscar hábitos alimentares
(adaptado). saudáveis, reforçando tal postura.

Os textos apresentados expressam opiniões de (c) criticar o consumo excessivo de produtos


leitores acerca de relevante assunto para a so- industrializados por parte da população,
ciedade brasileira. Os autores dos dois textos propondo a redução desse consumo.
apontam para a (d) associar o vocábulo “açúcar”à imagem do
(a) necessidade de trabalho voluntário corpo fora de forma, sugerindo a substi-
contı́nuo para a resolução das mazelas tuição desse produto pelo adoçante.
sociais. (e) relacionar a imagem do saco de açúcar a
(b) importância de ações preventivas para evi- um corpo humano que não desenvolve ati-
tar catástrofes, indevidamente atribuı́das vidades fı́sicas, incentivando a prática es-
aos polı́ticos. portiva.

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46. (2011) Há certos usos consagrados na fala, e até 47. (2011)
mesmo na escrita, que, a depender do estrato
social e do nı́vel de escolaridade do falante, são, Palavra indı́gena
sem dúvida, previsı́veis. Ocorrem até mesmo
em falantes que dominam a variedade padrão, A história da tribo Sapucaı́, que traduziu para
pois, na verdade, revelam tendências existentes o idioma guarani os artefatos da era da com-
na lı́ngua em seu processo de mudança que não putação que ganharam importância em sua
podem ser bloqueadas em nome de um “ideal vida, como mouse (que eles chamam de an-
linguı́stico”que estaria representado pelas re- gojhá) e windows (oventã)
gras da gramática normativa. Usos como ter Quando a Internet chegou àquela comunidade,
por haver em construções existenciais (tem mui- que abriga em torno de 400 guaranis, há qua-
tos livros na estante), o do pronome objeto na tro anos, por meio de um projeto do Comitê
posição de sujeito (para mim fazer o trabalho), para Democratização da Informática (CDI), em
a não concordância das passivas com se (aluga- parceria com a ONG Rede Povos da Floresta e
se casas) são indı́cios da existência, não de uma com antena cedida pela Star One (da Embra-
norma única, mas de uma pluralidade de nor- tel), Potty e sua aldeia logo vislumbraram as
mas, entendida, mais uma vez, norma como possibilidades de comunicação que a web traz.
conjunto de hábitos linguı́sticos, sem implicar Ele conta que usam a rede, por enquanto, so-
juı́zo de valor. mente para preparação e envio de documentos,
mas perceberam que ela pode ajudar na pre-
CALLOU, D.Gramática, variação e normas. servação da cultura indı́gena.
In: VIEIRA, S. R.; BRANDÃO, S. (orgs). A apropriação da rede se deu de forma gradual,
Ensino de gramática: descrição e uso. São mas os guaranis já incorporaram a novidade
Paulo: Contexto, 2007 (fragmento). tecnológica ao seu estilo de vida. A importância
da internet e da computação para eles está ex-
Considerando a reflexão trazida no texto a res- pressa num caso de rara incorporação: a do vo-
peito da multiplicidade do discurso, verifica-se cabulário.
que - Um dia, o cacique da aldeia Sapucaı́ me ligou.
A gente não está querendo chamar computador
(a) estudantes que não conhecem as diferenças
de “computador”. Sugeri a eles que criassem
entre lı́ngua escrita e lı́ngua falada empre-
uma palavra em guarani. E criaram aiú irú rive,
gam, indistintamente, usos aceitos na con-
“caixa pra acumular a lı́ngua”. Nós, brancos,
versa com amigos quando vão elaborar um
usamos mouse, windows e outros termos, que
texto escrito.
eles começaram a adaptar para o idioma deles,
(b) falantes que dominam a variedade padrão como angojhá (rato) é oventã (janela) - conta
do português do Brasil demonstram usos Rodrigo Baggio, diretor do CDI.
que confirmam a diferença entre a norma
idealizada e a efetivamente praticada, Disponı́vel em:
mesmo por falantes mais escolarizados. http://www.revistalingua.uol.com.br Acesso
(c) moradores de diversas regiões do paı́s que em: 22 jul. 2010.
enfrentam dificuldades ao se expressarem
na escrita revelam a constante modificação O uso das novas tecnologias de informação e
das regras de emprego de pronomes e os comunicação fez surgir uma série de novos ter-
casos especiais de concordância. mos que foram acolhidos na sociedade brasi-
leira em sua forma original, como: mouse, win-
(d) pessoas que se julgam no direito de contra-
dows, download, site, homepage, entre outros.
riar a gramática ensinada na escola gostam
O texto trata da adaptação de termos da in-
de apresentar usos não aceitos socialmente
formática à lı́ngua indı́gena como uma reação
para esconderem seu desconhecimento da
da tribo Sapucaı́, o que revela
norma padrão.
(e) usuários que desvendam os mistérios e suti- (a) a possibilidade que o ı́ndio Potty vislum-
lezas da lı́ngua portuguesa empregam for- brou em relação à comunicação que a web
mas do verbo ter quando, na verdade, de- pode trazer a seu povo e à facilidade no
veriam usar formas do verbo haver, con- envio de documentos e na conversação em
trariando as regras gramaticais. tempo real.

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(b) o uso da internet para preparação e envio (e) o uso contı́nuo do computador de forma
de documentos, bem como a contribuição inadequada tem ocasionado má postura
para as atividades relacionadas aos traba- corporal.
lhos da cultura indı́gena.
49. (2011) O argumento presente na charge consiste
(c) a preservação da identidade, demonstrada em uma metáfora relativa à teoria evolucionista
pela conservação do idioma, mesmo com e ao desenvol vimento tecnológico. Conside-
a utilização de novas teonologias carac- rando o contexto apresentado, verifica-se que
terı́sticas da cultura de outros grupos so- o impacto tecnológico pode ocasionar
ciais.
(a) o surgimento de um homem dependente de
(d) adesão ao projeto do Comitê para Demo- um novo modelo tecnológico.
cratização da Informática (CDI), que, em
(b) a mudança do homem em razão dos novos
parceria com a ONG Rede Povos da Flo-
inventos que destroem sua realidade.
resta, possibilitou o acesso à web, mesmo
em ambiente inóspito. (c) a problemática social de grande ex-
clusão digital a partir da interferência da
(e) a apropriação da nova tecnologia de forma máquina.
gradual, evidente quando os guaranis in-
(d) a invenção de equipamentos que dificultam
corporaram a novidade tecnológica ao seu
o trabalho do homem, em sua esfera social.
estilo de vida com a possibilidade de acesso
à internet. (e) o retrocesso do desenvolvimento do homem
em face da criação de ferramentas como
lança, máquina e computador.
Imagem para as questões 48 e 49
50. (2011)

O que é possı́vel dizer em 140


caracteres?

Sucesso do Twitter no Brasil é oportunidade


única de compreender a importância da con-
cisão nos gêneros de de escrita
A máxima “menos é mais”nunca fez tanto sen-
48. (2011) O homem evoluiu. Independentemente tido como no caso do microblog Twitter, cuja
de teoria, essa evolução ocorreu de várias for- premissa é dizer algo - não importa o quê -
mas. No que concerne à evolução digital, o ho- em 140 caracteres. Desde que o serviço foi cri-
mem percorreu longo trajeto da pedra lascada ado, em 2006, o número de usuários da ferra-
ao mundo virtual. Tal fato culminou em um menta é cada vez maior, assim como a diversi-
problema fı́sico habitual, ilustrado na imagem, dade de usos que se faz dela. Do estilo “que-
que propicia uma piora na qualidade de vida do rido diário”à literatura concisa, passando por
usuário, uma vez que aforismos, citações, jornalismo, fofoca, humor
etc., tudo ganha o espaço de um tweet [“pio”em
(a) a evolução ocorreu e com ela evoluı́ram as inglês] e entender seu sucesso pode indicar um
dores de cabeça, o estresse e a falta de caminho para o aprimoramento de um recurso
atenção à famı́lia. vital à escrita: a concisão.
(b) a vida sem o computador tornou-se quase Disponı́vel em:http://revistalingua.uol.com.br.
inviável, mas se tem diminuı́do problemas Acesso em: 28 abr. 2010 (adaptado).
de visão cansada.
(c) a utilização demasiada do computador tem O Twitter se presta a diversas finalidades, entre
proporcionado o surgimento de cientistas elas, à comunicação concisa, por isso essa rede
que apresentam lesão por esforço repeti- social
tivo. (a) é um recurso elitizado, cujo público precisa
(d) o homem criou o computador, que evoluiu, dominar a lı́ngua padrão.
e hoje opera várias ações antes feitas pelas (b) constitui recurso próprio para a aquisição
pessoas, tornandoas sedentárias ou obesas. da modalidade escrita da lı́ngua.

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(c) é restrita à divulgação de textos curtos e (a) proporcionou mudanças no paradigma de


pouco significativos e, portanto, é pouco consumo e oferta de revistas e livros.
útil. (b) incentivou a desvalorização das revistas e
(d) interfere negativamente no processo de es- livros impressos.
crita e acaba por revelar uma cultura (c) viabilizou a aquisição de novos equipamen-
pouco reflexiva. tos digitais.
(e) estimula a produção de frases com clareza (d) aqueceu o mercado de venda de computa-
e objetividade, fatores que potencializam dores.
a comunicação interativa.
(e) diminuiu os incentivos à compra de
51. (2012) eletrônicos.
53. (2012) E como manejava bem os cordéis de seus
tı́teres, ou ele mesmo, tı́tere voluntário e cons-
ciente, como entregava o braço, as pernas, a
cabeça, o tronco, como se desfazia de suas arti-
culações e de seus reflexos quando achava nisso
conveniência. Também ele soubera apoderar-se
dessa arte, mais artifı́cio, toda feita de sutile-
zas e grosserias, de expectativa e oportunidade,
de insolência e submissão, de silêncios e rom-
pantes, de anulação e prepotência. Conhecia a
palavra exata para o momento preciso, a frase
picante ou obscena no ambiente adequado, o
tom humilde diante do superior útil, o grosseiro
diante do inferior, o arrogante quando o pode-
A partir dos efeitos fisiológicos do exercı́cio roso em nada o podia prejudicar. Sabia desfazer
fı́sico no organismo, apresentados na figura, são situações equı́vocas, e armar intrigas das quais
adaptações benéficas à saúde de um indivı́duo: se saı́a sempre bem, e sabia, por experiência
(a) Diminuição da frequência cardı́aca em re- própria, que a fortuna se ganha com uma frase,
pouso e aumento da oxigenação do sangue. num dado momento, que este momento único,
irrecuperável, irreversı́vel, exige um estado de
(b) Diminuição da oxigenação do sangue e au-
alerta para a sua apropriação.
mento da frequência cardı́aca em repouso.
(c) Diminuição da frequência cardı́aca em re- RAWET, S. O aprendizado. In: Diálogo. Rio
pouso e aumento da gordura corporal. de Janeiro: GRD, 1963 (fragmento).
(d) Diminuição do tônus muscular e aumento
No conto, o autor retrata criticamente a habi-
do percentual de gordura corporal.
lidade do personagem no manejo de discursos
(e) Diminuição da gordura corporal e aumento diferentes segundo a posição do interlocutor na
da frequência cardı́aca em repouso. sociedade. A crı́tica à conduta do personagem
52. (2012) está centrada
(a) na imagem do tı́tere ou fantoche em que
o personagem acaba por se transformar,
acreditando dominar os jogos de poder na
linguagem.
(b) na alusão à falta de articulações e reflexos
do personagem, dando a entender que ele
não possui o manejo dos jogos discursivos
Com o advento da internet, as versões de revis- em todas as situações.
tas e livros também se adaptaram às novas tec- (c) no comentário, feito em tom de censura
nologias. A análise do texto publicitário apre- pelo autor, sobre as frases obscenas que
sentado revela que o surgimento das novas tec- o personagem emite em determinados am-
nologias bientes sociais.

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(d) nas expressões que mostram tons opostos (e) expandir os canais de publicidade e o
nos discursos empregados aleatoriamente espaço mercadológico.
pelo personagem em conversas com inter-
locutores variados. 55. (2012)
(e) no falso elogio à originalidade atribuı́da a
esse personagem, responsável por seu su-
cesso no aprendizado das regras de lingua-
gem da sociedade.

54. (2012) Com o texto eletrônico, enfim, parece es-


tar ao alcance de nossos olhos e de nossas mãos
um sonho muito antigo da humanidade, que se
poderia resumir em duas palavras, universali-
Que estratégia argumentativa leva o persona-
dade e interatividade.
gem do terceiro quadrinho a persuadir sua in-
As luzes, que pensavam que Gutenberg tinha
terlocutora?
propiciado aos homens uma promessa universal,
cultivavam um modo de utopia. Elas imagina- (a) Prova concreta, ao expor o produto ao con-
vam poder, a partir das práticas privadas de sumidor.
cada um, construir um espaço de intercâmbio
crı́tico das ideias e opiniões. O sonho de Kant (b) Consenso, ao sugerir que todo vendedor
era que cada um fosse ao mesmo tempo leitor e tem técnica.
autor, que emitisse juı́zos sobre as instituições (c) Raciocı́nio lógico, ao relacionar uma fruta
de seu tempo, quaisquer que elas fossem e que, com um produto eletrônico.
ao mesmo tempo, pudesse refletir sobre o juı́zo
emitido pelos outros. Aquilo que outrora só era (d) Comparação, ao enfatizar que os produtos
permitido pela comunicação manuscrita ou a apresentados anteriormente são inferiores.
circulação dos impressos encontra hoje um su- (e) Indução, ao elaborar o discurso de acordo
porte poderoso com o texto eletrônico. com os anseios do consumidor.

CHARTIER, R. A aventura do livro: do leitor 56. (2012)


ao navegador. São Paulo: Imprensa Oficial do
Estado de São Paulo; Unesp, 1998.

No trecho apresentado, o sociólogo Roger Char-


tier caracteriza o texto eletrônico como um po-
deroso suporte que coloca ao alcance da huma-
nidade o antigo sonho de universalidade e inte-
ratividade, uma vez que cada um passa a ser,
nesse espaço de interação social, leitor e autor
ao mesmo tempo. A universalidade e a intera-
tividade que o texto eletrônico possibilita estão
diretamente relacionadas à função social da in-
ternet de

(a) propiciar o livre e imediato acesso às in-


formações e ao intercâmbio de julgamen-
tos.
(b) globalizar a rede de informações e demo-
cratizar o acesso aos saberes.
(c) expandir as relações interpessoais e dar vi-
sibilidade aos interesses pessoais.
(d) propiciar entretenimento e acesso a produ-
tos e serviços. Não somos tão especiais

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Todas as caracterı́sticas tidas como exclusivas Nada de bater na cacunda do padrinho, nem
dos humanos são compartilhadas por outros de debicar os mais velhos, pois levava tunda.
animais, ainda que em menor grau. Ainda cedinho, aguava as plantas, ia ao corte
INTELIGÊNCIA e logo voltava aos penates. Não ficava man-
A ideia de que somos os únicos animais raci- gando na rua, nem escapulia do mestre, mesmo
onais tem sido destruı́da desde os anos 40. A que não entendesse patavina da instrução mo-
maioria das aves e mamı́feros tem algum tipo ral e cı́vica. O verdadeiro smart calçava botina
de raciocı́nio. de botões para comparecer todo liró ao copo
AMOR d’água, se bem que no convescote apenas lam-
O amor, tido como o mais elevado dos senti- biscasse, para evitar flatos. Os bilontras é que
mentos, é parecido em várias espécies, como os eram um precipı́cio, jogando com pau de dois
corvos, que também criam laços duradouros, se bicos, pelo que carecia muita cautela e caldo de
preocupam com o ente querido e ficam de luto galinha. O melhor era pôr as barbas de molho
depois de sua morte. diante de um treteiro de topete, depois de fin-
CONSCIÊNCIA tar e engambelar os coiós, e antes que se pusesse
Chimpanzés se reconhecem no espelho. Oran- tudo em pratos limpos, ele abria o arco.
gotangos observam e enganam humanos dis-
traı́dos. Sinais de que sabem quem são e se ANDRADE, C. D. Poesia e prosa. Rio de
distinguem dos outros. Ou seja, são conscien- Janeiro: Nova Aguilar, 1983 (fragmento).
tes.
TEXTO II
CULTURA
O primatologista Frans de Waal juntou vários Palavras do arco da velha
exemplos de cetáceos e primatas que são capa-
zes de aprender novos hábitos e de transmiti-los Expressão Significado
Cair nos braços de Morfeu Dormir
para as gerações seguintes. O que é cultura se Debicar Zombar, ridicularizar
não isso? Tunda Surra
Mangar Escarnecer, caçoar
Tugir Murmurar
BURGIERMAN, D. Superinteressante, n. 190, Liró Bem-vestido
jul. 2003. Copo d’água Lanche oferecido pelos amigos
Convescote Piquenique
Bilontra Velhaco
O tı́tulo do texto traz o ponto de vista do au- Treteiro de topete Tratante atrevido
tor sobre a suposta supremacia dos humanos em Abrir o arco Fugir

relação aos outros animais. As estratégias argu- FIORIN, J. L. As lı́nguas mudam. In: Revista
mentativas utilizadas para sustentar esse ponto Lı́ngua Portuguesa, n. 24, out. 2007
de vista são (adaptado).
(a) definição e hierarquia. Na leitura do fragmento do texto Antigamente
(b) exemplificação e comparação. constata-se, pelo emprego de palavras obsole-
(c) causa e consequência. tas, que itens lexicais outrora produtivos não
mais o são no português brasileiro atual. Esse
(d) finalidade e meios. fenômeno revela que
(e) autoridade e modelo.
(a) a lı́ngua portuguesa de antigamente carecia
57. (2012) de termos para se referir a fatos e coisas do
cotidiano.
TEXTO I (b) o português brasileiro se constitui evitando
a ampliação do léxico proveniente do por-
Antigamente tuguês europeu.
(c) a heterogeneidade do português leva a uma
Antigamente, os pirralhos dobravam a lı́ngua estabilidade do seu léxico no eixo tempo-
diante dos pais e se um se esquecia de arear os ral.
dentes antes de cair nos braços de Morfeu, era (d) o português brasileiro apoia-se no léxico
capaz de entrar no couro. Não devia também se inglês para ser reconhecido como lı́ngua in-
esquecer de lavar os pés, sem tugir nem mugir. dependente.

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(e) o léxico do português representa uma rea- novo trouxe um perfume de poesia à nossa qua-
lidade linguı́stica variável e diversificada. dra. Aprendi nessas férias a brincar de pala-
vras mais do que trabalhar com elas. Comecei
58. (2012) a não gostar de palavra engavetada. Aquela
que não pode mudar de lugar. Aprendi a gos-
tar mais das palavras pelo que elas entoam do
que pelo que elas informam. Por depois ouvi
um vaqueiro a cantar com saudade: Ai morena,
não me escreve / que eu não sei a ler. Aquele a
preposto ao verbo ler, ao meu ouvir, ampliava
a solidão do vaqueiro.

BARROS, M. Memórias inventadas: a


As palavras e as expressões são mediadoras dos infância. São Paulo: Planeta, 2003.
sentidos produzidos nos textos. Na fala de Ha-
gar, a expressão “é como se”ajuda a conduzir o No texto, o autor desenvolve uma reflexão so-
conteúdo enunciado para o campo da bre diferentes possibilidades de uso da lı́ngua e
sobre os sentidos que esses usos podem produ-
(a) conformidade, pois as condições meteo- zir, a exemplo das expressões “voltou de ateu”,
rológicas evidenciam um acontecimento “disilimina esse”e “eu não sei a ler”. Com essa
ruim. reflexão, o autor destaca
(b) reflexibilidade, pois o personagem se re- (a) os desvios linguı́sticos cometidos pelos per-
fere aos tubarões usando um pronome re- sonagens do texto.
flexivo.
(b) a importância de certos fenômenos grama-
(c) condicionalidade, pois a atenção dos perso- ticais para o conhecimento da lı́ngua por-
nagens é a condição necessária para a sua tuguesa.
sobrevivência. (c) a distinção clara entre a norma culta e as
(d) possibilidade, pois a proximidade dos tu- outras variedades linguı́sticas.
barões leva à suposição do perigo iminente (d) o relato fiel de episódios vividos por Cabe-
para os homens. ludinho durante as suas férias.
(e) impessoalidade, pois o personagem usa a (e) a valorização da dimensão lúdica e poética
terceira pessoa para expressar o distancia- presente nos usos coloquiais da linguagem.
mento dos fatos.
60. (2012)
59. (2012)
Aqui é o paı́s do futebol
Cabeludinho
Brasil está vazio na tarde de domingo, né?
Quando a Vó me recebeu nas férias, ela me Olha o sambão, aqui é o paı́s do futebol
apresentou aos amigos: Este é meu neto. Ele foi (...)
estudar no Rio e voltou de ateu. Ela disse que No fundo desse paı́s
eu voltei de ateu. Aquela preposição deslocada Ao longo das avenidas
me fantasiava de ateu. Como quem dissesse no Nos campos de terra e grama
Carnaval: aquele menino está fantasiado de pa- Brasil só é futebol
lhaço. Minha avó entendia de regências verbais. Nesses noventa minutos
Ela falava de sério. Mas todo-mundo riu. Por- De emoção e alegria
que aquela preposição deslocada podia fazer de Esqueço a casa e o trabalho
uma informação um chiste. E fez. E mais: eu A vida fica lá fora
acho que buscar a beleza nas palavras é uma Dinheiro fica lá fora
solenidade de amor. E pode ser instrumento A cama fica lá fora
de rir. De outra feita, no meio da pelada um A mesa fica lá fora
menino gritou: Disilimina esse, Cabeludinho. Salário fica lá fora
Eu não disiliminei ninguém. Mas aquele verbo A fome fica lá fora

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A comida fica lá fora (a) a mulher deve conservar uma assepsia que
A vida fica lá fora a distingue de homens, que podem se jogar
E tudo fica lá fora na lama.
(b) a palavra “fogo”é uma metáfora que re-
SIMONAL, W. Aqui é o paı́s do futebol. mete ao ato de cozinhar, tarefa destinada
Disponı́vel em: www.vagalume.com.br. às mulheres.
(c) a luta pela igualdade entre os gêneros de-
Acesso em: 27 out. 2011 (fragmento). Na letra pende da ascensão financeira e social das
da canção Aqui é o paı́s do futebol, de Wilson mulheres.
Simonal, o futebol, como elemento da cultura
corporal de movimento e expressão da tradição (d) a cama, como sua “alvura e enxovais”,
nacional, é apresentado de forma crı́tica e eman- é um sı́mbolo da fragilidade feminina no
cipada devido ao fato de espaço doméstico.
(e) os papéis sociais destinados aos gêneros
(a) reforçar a relação entre o esporte futebol e produzem efeitos e graus de autorrea-
o samba. lização desiguais.
(b) ser apresentado como uma atividade de la-
zer. 62. (2012)

(c) ser identificado com a alegria da população O sedutor médio


brasileira.
(d) promover a reflexão sobre a alienação pro- Vamos juntar
vocada pelo futebol. Nossas rendas e
expectativas de vida
(e) ser associado ao desenvolvimento do paı́s.
querida,
61. (2012) o que me dizes?
Ter 2, 3 filhos
e ser meio felizes?
Das irmãs

os meus irmãos sujando-se VERISSIMO, L. F. Poesia numa hora dessas?!


na lama Rio de Janeiro: Objetiva, 2002.
e eis-me aqui cercada
de alvura e enxovais
No poema O sedutor médio, é possı́vel reconhe-
eles se provocando e provando
cer a presença de posições crı́ticas
do fogo
e eu aqui fechada (a) nos três primeiros versos, em que “juntar
provendo a comida expectativas de vida”significa que, juntos,
eles se lambuzando e arrotando os cônjuges poderiam viver mais, o que faz
na mesa do casamento uma convenção benéfica.
e eu a temperada
servindo, contida (b) na mensagem veiculada pelo poema, em
os meus irmãos jogando-se que os valores da sociedade são ironiza-
na cama dos, o que é acentuado pelo uso do adjetivo
e eis-me afiançada “médio”no tı́tulo e do advérbio “meio”no
por dote e marido verso final.
(c) no verso “e ser meio felizes?”, em que
QUEIROZ, S. O sacro ofı́cio. Belo Horizonte: “meio”é sinônimo de metade, ou seja, no
Comunicação, 1980. casamento, apenas um dos cônjuges se sen-
tiria realizado.
O poema de Sonia Queiroz apresenta uma voz (d) nos dois primeiros versos, em que “juntar
lı́rica feminina que contrapõe o estilo de vida do rendas”indica que o sujeito poético passa
homem ao modelo reservado à mulher. Nessa por dificuldades financeiras e almeja os
contraposição, ela conclui que rendimentos da mulher.

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(e) no tı́tulo, em que o adjetivo na hora. Há situações em que agendar o en-
“médio”qualifica o sujeito poético como vio de uma mensagem é útil, como em datas
desinteressante ao sexo oposto e inábil em comemorativas ou quando o e-mail serve para
termos de conquistas amorosas. lembrar o destinatário de algum evento futuro.
O Thunderbird, o ótimo cliente de e-mail do
63. (2012) Nós, brasileiros, estamos acostumados a grupo Mozilla, conta com uma extensão para
ver juras de amor, feitas diante de Deus, se- esse fim. Trata-se do SendLater. Depois de ins-
rem quebradas por traição, interesses financei- talado, ele cria um item no menu de criação de
ros e sexuais. Casais se separam como inimigos, mensagens que permite marcar o dia e a hora
quando poderiam ser bons amigos, sem trau- exatos para o envio do e-mail. Só há um ponto
mas. Bastante interessante a reportagem sobre negativo: para garantir que a mensagem seja
separação. Mas acho que os advogados consul- enviada na hora, o Thunderbird deverá estar
tados, por sua competência, estão acostumados em execução. Senão, ele mandará o e-mail so-
a tratar de grandes separações. Será que a mai- mente na próxima vez que for rodado.
oria dos leitores da revista tem obras de arte que
precisam ser fotografadas antes da separação? Disponı́vel em: http://info.abril.com.br.
Não seria mais útil dar conselhos mais básicos? Acesso em: 18 fev. 2012 (adaptado).
Não seria interessante mostrar que a separação
amigável não interfere no modo de partilha dos Considerando-se a função do SendLater, o ob-
bens? Que, seja qual for o tipo de separação, jetivo do autor do texto E-mail com hora pro-
ela não vai prejudicar o direito à pensão dos fi- gramada é
lhos? Que acordo amigável deve ser assinado
com atenção, pois é bastante complicado mu- (a) eliminar os entraves no envio de mensagens
dar suas cláusulas? Acho que essas são dicas via e-mail.
que podem interessar ao leitor médio. (b) viabilizar a aquisição de conhecimento es-
pecializado pelo usuário.
Disponı́vel em: http://revistaepoca.globo.com.
(c) permitir a seleção dos destinatários dos
Acesso em: 26 fev. 2012 (adaptado).
textos enviados.
O texto foi publicado em uma revista de grande (d) controlar a quantidade de informações
circulação na seção de carta do leitor. Nele, um constantes do corpo do texto.
dos leitores manifesta-se acerca de uma repor- (e) divulgar um produto ampliador da funcio-
tagem publicada na edição anterior. Ao fazer nalidade de um recurso comunicativo.
sua argumentação, o autor do texto
65. (2012) Sou feliz pelos amigos que tenho. Um
(a) faz uma sı́ntese do que foi abordado na re- deles muito sofre pelo meu descuido com o
portagem. vernáculo. Por alguns anos ele sistematica-
(b) discute problemas conjugais que conduzem mente me enviava missivas eruditas com pre-
à separação. cisas informações sobre as regras da gramática,
que eu não respeitava, e sobre a grafia correta
(c) aborda a importância dos advogados em dos vocábulos, que eu ignorava. Fi-lo sofrer
processos de separação. pelo uso errado que fiz de uma palavra num
(d) oferece dicas para orientar as pessoas em desses meus badulaques. Acontece que eu, acos-
processos de separação. tumado a conversar com a gente das Minas Ge-
(e) rebate o enfoque dado ao tema pela repor- rais, falei em “varreção- do verbo “varrer”. De
tagem, lançando novas ideias. fato, trata-se de um equı́voco que, num vesti-
bular, poderia me valer uma reprovação. Pois
64. (2012) o meu amigo, paladino da lı́ngua portuguesa,
se deu ao trabalho de fazer um xerox da página
E-mail com hora programada 827 do dicionário, aquela que tem, no topo, a fo-
tografia de uma “varroa”(sic!) (você não sabe
Redação INFO, 28 de agosto de 2007. o que é uma “varroa”?) para corrigir-me do
Agende o envio de e-mails no Thunderbird com meu erro. E confesso: ele está certo. O certo
a extensão SendLater é “varrição”e não “varreção”. Mas estou com
Nem sempre é interessante mandar um e-mail medo de que os mineiros da roça façam troça

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de mim porque nunca os vi falar de “varrição”. informação.


E se eles rirem de mim não vai me adiantar O verdadeiro problema das sociedades
mostrar-lhes o xerox da página do dicionário pósindustriais não é a penúria**, mas a
com a “varroa”no topo. Porque para eles não abundância. As sociedades modernas têm a
é o dicionário que faz a lı́ngua. É o povo. E o sua disposição muito mais do que necessitam
povo, lá nas montanhas de Minas Gerais, fala em objetos, informações e contatos. Ou, mais
“varreção”quando não “barreção”. O que me exatamente, disso resulta uma desarmonia en-
deixa triste sobre esse amigo oculto é que nunca tre uma oferta, não excessiva, mas incoerente,
tenha dito nada sobre o que eu escrevo, se é bo- e uma demanda que, confusamente, exige uma
nito ou se é feio. Toma a minha sopa, não diz escolha muito mais rápida a absorver. Por isso
nada sobre ela, mas reclama sempre que o prato os órgãos de informação devem escolher, uma
está rachado. vez que o homem contemporâneo apressado, es-
tressado, desorientado busca uma linha diretriz,
ALVES, R. Mais badulaques. São Paulo: uma classificação mais clara, um condensado do
Parábola, 2004 (fragmento). que é realmente importante.
(*) fome excessiva, desejo descontrolado.
De acordo com o texto, após receber a carta de (**) miséria, pobreza.
um amigo “que se deu ao trabalho de fazer um
xerox da página 827 do dicionário”sinalizando VOYENNE, B. Informação hoje. Lisboa:
um erro de grafia, o autor reconhece Armand Colin, 1975 (adaptado).

(a) a supremacia das formas da lı́ngua em Com o uso das novas tecnologias, os domı́nios
relação ao seu conteúdo. midiáticos obtiveram um avanço maior e uma
(b) a necessidade da norma padrão em si- presença mais atuante junto ao público, mar-
tuações formais de comunicação escrita. cada ora pela quase simultaneidade das in-
formações, ora pelo uso abundante de imagens.
(c) a obrigatoriedade da norma culta da
A relação entre as necessidades da sociedade
lı́ngua, para a garantia de uma comu-
moderna e a oferta de informação, segundo o
nicação efetiva.
texto, é desarmônica, porque
(d) a importância da variedade culta da lı́ngua,
para a preservação da identidade cultural (a) o jornalista seleciona as informações mais
de um povo. importantes antes de publicá-las.
(e) a necessidade do dicionário como guia de (b) o ser humano precisa de muito mais conhe-
adequação linguı́stica em contextos infor- cimento do que a tecnologia pode dar.
mais privados. (c) o problema da sociedade moderna é a
abundância de informações e de liberdade
66. (2012) A marcha galopante das tecnologias teve de escolha.
por primeiro resultado multiplicar em enormes
(d) a oferta é incoerente com o tempo que as
proporções tanto a massa das notı́cias que cir-
pessoas têm para digerir a quantidade de
culam quanto as ocasiões de sermos solicitados
informação disponı́vel.
por elas. Os profissionais têm tendência a con-
siderar esta inflação como automaticamente (e) a utilização dos meios de informação acon-
favorável ao público, pois dela tiram proveito tece de maneira desorganizada e sem con-
e tornam-se obcecados pela imagem liberal do trole efetivo.
grande mercado em que cada um, dotado de 67. (2012)
luzes por definição iguais, pode fazer sua es-
colha em toda liberdade. Isso jamais foi re- O léxico e a cultura
alizado e tende a nunca ser. Na verdade, os
leitores, ouvintes, telespectadores, mesmo se se Potencialmente, todas as lı́nguas de todos os
abandonam a sua bulimia*, não são realmente tempos podem candidatar-se a expressar qual-
nutridos por esta indigesta sopa de informações quer conteúdo. A pesquisa linguı́stica do século
e sua busca finaliza em frustração. Cada vez XX demonstrou que não há diferença qualita-
mais frequentemente, até, eles ressentem esse tiva entre os idiomas do mundo - ou seja, não
bombardeio de riquezas falsas como agressivo e há idiomas gramaticalmente mais primitivos ou
se refugiam na resistência a toda ou qualquer mais desenvolvidos. Entretanto, para que possa

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ser efetivamente utilizada, essa igualdade po- motiva fornecidos pela Prefeitura, a presença fe-
tencial precisa realizar-se na prática histórica minina tem aumentado ano a ano. De cinco mu-
do idioma, o que nem sempre acontece. Teo- lheres matriculadas em 2005, a quantidade sal-
ricamente, uma lı́ngua com pouca tradição es- tou para 79 alunas inscritas neste ano nos cur-
crita (como as lı́nguas indı́genas brasileiras) ou sos de mecânica automotiva, eletricidade vei-
uma lı́ngua já extinta (como o latim ou o grego cular, injeção eletrônica, repintura e funilaria.
clássicos) podem ser empregadas para falar so- A presença feminina nos cursos automotivos da
bre qualquer assunto, como, digamos, fı́sica Prefeitura - que são gratuitos - cresceu 1 480%
quântica ou biologia molecular. Na prática, nos últimos sete anos e tem aumentado ano a
contudo, não é possı́vel, de uma hora para ou- ano.
tra, expressar tais conteúdos em camaiurá ou
latim, simplesmente porque não haveria voca- Disponı́vel em:
bulário próprio para esses conteúdos. É perfei- www.correiodeuberlandia.com.br. Acesso em:
tamente possı́vel desenvolver esse vocabulário 27 fev. 2012 (adaptado).
especı́fico, seja por meio de empréstimos de ou-
tras lı́nguas, seja por meio da criação de novos Na produção de um texto, são feitas escolhas
termos na lı́ngua em questão, mas tal tarefa não referentes a sua estrutura, que possibilitam in-
se realizaria em pouco tempo nem com pouco ferir o objetivo do autor. Nesse sentido, no tre-
esforço. cho apresentado, o enunciado “Lugar de mulher
também é na oficina”corrobora o objetivo tex-
BEARZOTI FILHO, P. Miniaurélio: o tual de
dicionário da lı́ngua portuguesa. Manual do
professor. Curitiba: Positivo, 2004 (a) demonstrar que a situação das mulheres
(fragmento). mudou na sociedade contemporânea.
(b) defender a participação da mulher na soci-
Estudos contemporâneos mostram que cada
edade atual.
lı́ngua possui sua própria complexidade e
dinâmica de funcionamento. O texto ressalta (c) comparar esse enunciado com outro: “lugar
essa dinâmica, na medida em que enfatiza de mulher é na cozinha”.
(d) criticar a presença de mulheres nas oficinas
(a) a inexistência de conteúdo comum a todas
dos cursos da área automotiva.
as lı́nguas, pois o léxico contempla visão
de mundo particular especı́fica de uma cul- (e) distorcer o sentido da frase “lugar de mu-
tura. lher é na cozinha”.
(b) a existência de lı́nguas limitadas por não
69. (2012)
permitirem ao falante nativo se comuni-
car perfeitamente a respeito de qualquer
conteúdo.
(c) a tendência a serem mais restritos o voca-
bulário e a gramática de lı́nguas indı́genas,
se comparados com outras lı́nguas de ori-
gem europeia.
(d) a existência de diferenças vocabulares en-
tre os idiomas, especificidades relaciona-
das à própria cultura dos falantes de uma
comunidade.
(e) a atribuição de maior importância socio-
cultural às lı́nguas contemporâneas, pois
permitem que sejam abordadas quaisquer
temáticas, sem dificuldades.

68. (2012) Lugar de mulher também é na oficina.


Pelo menos nas oficinas dos cursos da área auto-

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A publicidade, de uma forma geral, alia elemen- 71. (2013) O jogo é uma atividade ou ocupação vo-
tos verbais e imagéticos na constituição de seus luntária, exercida dentro de certos e determi-
textos. Nessa peça publicitária, cujo tema é a nados limites de tempo e de espaço, segundo
sustentabilidade, o autor procura convencer o regras livremente consentidas, mas absoluta-
leitor a mente obrigatórias, dotado de um fim em si
mesmo, acompanhado de um sentimento de
(a) assumir uma atitude reflexiva diante dos tensão e de alegria e de uma consciência de ser
fenômenos naturais. diferente da “vida quotidiana”.
(b) evitar o consumo excessivo de produtos
reutilizáveis. HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como
elemento da cultura. São Paulo: Perspectiva,
(c) aderir à onda sustentável, evitando o con- 2004.
sumo excessivo.
(d) abraçar a campanha, desenvolvendo proje- Segundo o texto, o jogo comporta a possibili-
tos sustentáveis. dade de fruição. Do ponto de vista das práticas
corporais, essa fruição se estabelece por meio
(e) consumir produtos de modo responsável e
do(a)
ecológico.
(a) fixação de táticas, que define a padro-
70. (2013) nização para maior alcance popular.
(b) competitividade, que impulsiona o inte-
resse pelo sucesso.
(c) refinamento técnico, que gera resultados
satisfatórios.
(d) caráter lúdico, que permite experiências
inusitadas.
(e) uso tecnológico, que amplia as opções de
lazer.
72. (2013)

Novas tecnologias

Atualmente, prevalece na mı́dia um discurso de


exaltação das novas tecnologias, principalmente
O documento foi retirado de uma exposição on- aquelas ligadas às atividades de telecomu-
line de manuscritos do estado de São Paulo do nicações. Expressões frequentes como “o futuro
inı́cio do século XX. Quanto à relevância social já chegou”, “maravilhas tecnológicas”e “co-
para o leitor da atualidade, o texto nexão total com o mundo”“fetichizam”novos
produtos, transformando-os em objetos do de-
(a) funciona como veı́culo de transmissão de sejo, de consumo obrigatório. Por esse motivo
valores patrióticos próprios do perı́odo em carregamos hoje nos bolsos, bolsas e mochilas
que foi escrito. o “futuro”tão festejado.
Todavia, não podemos reduzir-nos a meras
(b) cumpre uma função instrucional de ensi- vı́timas de um aparelho midiático perverso, ou
nar regras de comportamento em eventos de um aparelho capitalista controlador. Há
cı́vicos. perversão, certamente, e controle, sem som-
(c) deixa subentendida a ideia de que o brasi- bra de dúvida. Entretanto, desenvolvemos uma
leiro preserva as riquezas naturais do paı́s. relação simbiótica de dependência mútua com
os veı́culos de comunicação, que se estreita a
(d) argumenta em favor da construção de uma
cada imagem compartilhada e a cada dossiê
nação com igualdade de direitos.
pessoal transformado em objeto público de en-
(e) apresenta uma metodologia de ensino res- tretenimento.
trita a uma determinada época. Não mais como aqueles acorrentados na caverna

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de Platão, somos livres para nos aprisionar, por mais de um mês... Muitas histórias formavam
espontânea vontade, a esta relação sadomaso- aquela manta. Os protagonistas eram pessoas
quista com as estruturas midiáticas, na qual da famı́lia, um tio, uma tia, o avô, a bisavó,
tanto controlamos quanto somos controlados. ela mesma, os antigos donos das roupas. Um
dia, a avó morreu, e as tias passaram a dispu-
SAMPAIO, A. S. A microfı́sica do espetáculo. tar a manta, todas a queriam, mais do que aos
Disponı́vel em: quadros, joias e palácios deixados por ela. Feliz-
http://observatoriodaimprensa.com.br. Acesso mente, as tias conseguiram chegar a um acordo,
em: 1 mar. 2013 (adaptado). e a manta passou a ficar cada mês na casa de
uma delas. E os retalhos, à medida que iam
Ao escrever um artigo de opinião, o produtor se acabando, eram substituı́dos por outros re-
precisa criar uma base de orientação linguı́stica talhos, e novas e antigas histórias foram sendo
que permita alcançar os leitores e convencê-los incorporadas à manta mais valiosa do mundo.
com relação ao ponto de vista defendido. Di-
ante disso, nesse texto, a escolha das formas LASEVICIUS, A. Lı́ngua Portuguesa, São
verbais em destaque objetiva Paulo, n. 76, 2012 (adaptado).

(a) criar relação de subordinação entre leitor e A autora descreve a importância da manta
autor, já que ambos usam as novas tecno- para aquela famı́lia, ao verbalizar que “novas
logias. e antigas histórias foram sendo incorporadas
à manta mais valiosa do mundo”. Essa valo-
(b) enfatizar a probabilidade de que toda po-
rização evidencia-se pela
pulação brasileira esteja aprisionada às no-
vas tecnologias. (a) oposição entre os objetos de valor, como
(c) indicar, de forma clara, o ponto de vista de joias, palácios e quadros, e a velha manta.
que hoje as pessoas são controladas pelas (b) descrição detalhada dos aspectos fı́sicos da
novas tecnologias. manta, como cor e tamanho dos retalhos.
(d) tornar o leitor copartı́cipe do ponto de (c) valorização da manta como objeto de he-
vista de que ele manipula as novas tecno- rança familiar disputado por todos.
logias e por elas é manipulado. (d) comparação entre a manta que protege do
(e) demonstrar ao leitor sua parcela de respon- frio e a manta que aquecia os pés das
sabilidade por deixar que as novas tecno- crianças.
logias controlem as pessoas. (e) correlação entre os retalhos da manta e as
muitas histórias de tradição oral que os
73. (2013) formavam.

Manta que costura causos e histórias no 74. (2013)


seio de uma famı́lia serve de metáfora da
memória em obra escrita por autora
portuguesa

O que poderia valer mais do que a manta para


aquela famı́lia? Quadros de pintores famosos?
Joias de rainha? Palácios? Uma manta feita de
centenas de retalhos de roupas velhas aquecia
os pés das crianças e a memória da avó, que a
cada quadrado apontado por seus netos resga-
tava de suas lembranças uma história. Histórias
fantasiosas como a do vestido com um bolso
que abrigava um gnomo comedor de biscoi-
tos; histórias de traquinagem como a do calção
transformado em farrapos no dia em que o me-
nino, que gostava de andar de bicicleta de olhos
fechados, quebrou o braço; histórias de sauda-
des, como o avental que carregou uma carta por

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O cartaz aborda a questão do aquecimento glo- (c) expressões informais para apresentar os di-
bal. A relação entre os recursos verbais e não reitos.
verbais nessa propaganda revela que (d) frases na ordem direta para apresentar as
(a) o discurso ambientalista propõe formas ra- informações mais relevantes.
dicais de resolver os problemas climáticos. (e) exemplificações que auxiliem a compre-
ensão dos conceitos formulados.
(b) a preservação da vida na Terra depende de
ações de dessalinização da água marinha. 76. (2013) O sociólogo espanhol Manuel Castells
(c) a acomodação da topografia terrestre de- sustenta que “a comunicação de valores e a
sencadeia o natural degelo das calotas po- mobilização em torno do sentido são funda-
lares. mentais. Os movimentos culturais (entendidos
como movimentos que têm como objetivo defen-
(d) o descongelamento das calotas polares di-
der ou propor modos próprios de vida e sentido)
minui a quantidade de água doce potável
constroem-se em torno de sistemas de comu-
do mundo.
nicação - essencialmente a internet e os meios
(e) a agressão ao planeta é dependente da de comunicação - porque esta é a principal via
posição assumida pelo homem frente aos que esses movimentos encontram para chegar
problemas ambientais. àquelas pessoas que podem eventualmente par-
tilhar os seus valores, e a partir daqui atuar na
75. (2013) Art. 2o Considera-se criança, para os
consciência da sociedade no seu conjunto”.
efeitos desta Lei, a pessoa até doze anos de
idade incompletos, e adolescente aquela entre Disponı́vel em: www.compolitica.org. Acesso
doze e dezoito anos de idade. (...) em: 2 mar. 2012 (adaptado).
Art. 3o A criança e o adolescente gozam de to-
dos os direitos fundamentais inerentes à pessoa Em 2011, após uma forte mobilização popular
humana, sem prejuı́zo da proteção integral de via redes sociais, houve a queda do governo de
que trata esta Lei, assegurando-se-lhes, por lei Hosni Mubarak, no Egito. Esse evento ratifica
ou por outros meios, todas as oportunidades e o argumento de que
facilidades, a fim de lhes facultar o desenvolvi-
mento fı́sico, mental, moral, espiritual e social, (a) a internet atribui verdadeiros valores cul-
em condições de liberdade e de dignidade. turais aos seus usuários.
Art. 4o É dever da famı́lia, da comunidade, (b) a consciência das sociedades foi estabele-
da sociedade em geral e do poder público as- cida com o advento da internet.
segurar, com absoluta prioridade, a efetivação (c) a revolução tecnológica tem como principal
dos direitos referentes à vida, à saúde, à ali- objetivo a deposição de governantes anti-
mentação, à educação, ao esporte, ao lazer, à democráticos.
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao
(d) os recursos tecnológicos estão a serviço
respeito, à liberdade e à convivência familiar
dos opressores e do fortalecimento de suas
e comunitária. (...)
práticas polı́ticas.
BRASIL. Lei n. 8 069, de 13 de julho de 1990. (e) os sistemas de comunicação são mecanis-
Estatuto da criança e do adolescente. mos importantes de adesão e compartilha-
Disponı́vel em: www.planalto.gov.br mento de valores sociais.
(fragmento). 77. (2013)
Para cumprir sua função social, o Estatuto Adolescentes: mais altos, gordos e
da criança e do adolescente apresenta carac- preguiçosos
terı́sticas próprias desse gênero quanto ao uso
da lı́ngua e quanto à composição textual. Entre A oferta de produtos industrializados e a falta
essas caracterı́sticas, destaca-se o emprego de de tempo têm sua parcela de responsabilidade
no aumento da silhueta dos jovens. “Os nossos
(a) repetição vocabular para facilitar o enten- hábitos alimentares, de modo geral, mudaram
dimento. muito”, observa Vivian Ellinger, presidente da
(b) palavras e construções que evitem ambi- Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Meta-
guidade. bologia (SBEM), no Rio de Janeiro. Pesquisas

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mostram que, aqui no Brasil, estamos exage- entre a população adolescente, por provo-
rando no sal e no açúcar, além de tomar pouco car um constante aumento da pressão ar-
leite e comer menos frutas e feijão. terial sistólica.
Outro pecado, velho conhecido de quem exibe
excesso de gordura por causa da gula, surge 78. (2013)
como marca da nova geração: a preguiça. “Cem
por cento das meninas que participam do Pro-
grama não praticavam nenhum esporte”, revela
a psicóloga Cristina Freire, que monitora o de-
senvolvimento emocional das voluntárias.
Você provavelmente já sabe quais são as con-
sequências de uma rotina sedentária e cheia de
gordura. “E não é novidade que os obesos têm
uma sobrevida menor”, acredita Claudia Co-
zer, endocrinologista da Associação Brasileira
para o Estudo da Obesidade e da Sı́ndrome Me-
tabólica. Mas, se há cinco anos os estudos pro- O cartum faz uma crı́tica social. A figura des-
jetavam um futuro sombrio para os jovens, no tacada está em oposição às outras e representa
cenário atual as doenças que viriam na velhice a
já são parte da rotina deles. “Os adolescentes
já estão sofrendo com hipertensão e diabete”, (a) opressão das minorias sociais.
exemplifica Claudia. (b) carência de recursos tecnológicos.
(c) falta de liberdade de expressão.
DESGUALDO, P. Revista Saúde. Disponı́vel (d) defesa da qualificação profissional.
em: http://saude.abril.com.br. Acesso em: 28
(e) reação ao controle do pensamento coletivo.
jul. 2012 (adaptado).
79. (2013)
Sobre a relação entre os hábitos da população
adolescente e as suas condições de saúde, as in- Querô
formações apresentadas no texto indicam que
DELEGADO - Então desce ele. Vê o que ar-
(a) a falta de atividade fı́sica somada a uma rancam desse sacana.
alimentação nutricionalmente desequili- SARARÁ - Só que tem um porém. Ele é me-
brada constituem fatores relacionados ao nor.
aparecimento de doenças crônicas entre os DELEGADO - Então vai com jeito. Depois a
adolescentes. gente entrega pro juiz.
(Luz apaga no delegado e acende no repórter,
(b) a diminuição do consumo de alimentos fon-
que se dirige ao público.)
tes de carboidratos combinada com um
REPÓRTER - E o Querô foi espremido, empi-
maior consumo de alimentos ricos em
lhado, esmagado de corpo e alma num cubı́culo
proteı́nas contribuı́ram para o aumento da
imundo, com outros meninos. Meninos todos
obesidade entre os adolescentes.
espremidos, empilhados, esmagados de corpo e
(c) a maior participação dos alimentos indus- alma, alucinados pelos seus desesperos, cega-
trializados e gordurosos na dieta da po- dos por muitas aflições. Muitos meninos, com
pulação adolescente tem tornado escasso o seus desesperos e seus ódios, empilhados, espre-
consumo de sais e açúcares, o que preju- midos, esmagados de corpo e alma no imundo
dica o equilı́brio metabólico. cubı́culo do reformatório. E foi lá que o Querô
(d) a ocorrência de casos de hipertensão e di- cresceu.
abetes entre os adolescentes advém das
MARCOS, P. Melhor teatro. São Paulo:
condições de alimentação, enquanto que
Global, 2003 (fragmento).
na população adulta os fatores here-
ditários são preponderantes. No discurso do repórter, a repetição causa um
(e) a prática regular de atividade fı́sica é um efeito de sentido de intensificação, construindo
importante fator de controle da diabetes a ideia de

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(a) opressão fı́sica e moral, que gera rancor nos Autor de “A Geração Superficial”analisa a in-
meninos. fluência da tecnologia na mente
O jornalista americano Nicholas Carr acre-
(b) repressão policial e social, que gera apatia
dita que a internet não estimula a inteligência
nos meninos.
de ninguém. O autor explica descobertas ci-
(c) polêmica judicial e midiática, que gera con- entı́ficas sobre o funcionamento do cérebro hu-
fusão entre os meninos. mano e teoriza sobre a influência da internet em
(d) concepção educacional e carcerária, que nossa forma de pensar.
gera comoção nos meninos. Para ele, a rede torna o raciocı́nio de quem na-
vega mais raso, além de fragmentar a atenção
(e) informação crı́tica e jornalı́stica, que gera de seus usuários.
indignação entre os meninos. Mais: Carr afirma que há empresas obtendo lu-
cro com a recente fragilidade de nossa atenção.
80. (2013) “Quanto mais tempo passamos on-line e quanto
mais rápido passamos de uma informação para
a outra, mais dinheiro as empresas de internet
fazem”, avalia.
“Essas empresas estão no comércio da distração
e são experts em nos manter cada vez mais fa-
mintos por informação fragmentada em partes
pequenas. É claro que elas têm interesse em nos
estimular e tirar vantagem da nossa compulsão
por tecnologia.”

ROXO, E. Folha de S. Paulo, 18 fev. 2012


(adaptado).

Pelas caracterı́sticas da linguagem visual e pe- A crı́tica do jornalista norte-americano que jus-
las escolhas vocabulares, pode-se entender que tifica o tı́tulo do texto é a de que a internet
o texto possibilita a reflexão sobre uma pro- (a) mantém os usuários cada vez menos preo-
blemática contemporânea ao cupados com a qualidade da informação.
(a) criticar o transporte rodoviário brasileiro, (b) torna o raciocı́nio de quem navega mais
em razão da grande quantidade de ca- raso, além de fragmentar a atenção de seus
minhões nas estradas. usuários.
(b) ironizar a dificuldade de locomoção no (c) desestimula a inteligência, de acordo com
trânsito urbano, devida ao grande fluxo de descobertas cientı́ficas sobre o cérebro.
veı́culos. (d) influencia nossa forma de pensar com a su-
(c) expor a questão do movimento como um perficialidade dos meios eletrônicos.
problema existente desde tempos antigos, (e) garante a empresas a obtenção de mais
conforme frase citada. lucro com a recente fragilidade de nossa
(d) restringir os problemas de tráfego a atenção.
veı́culos particulares, defendendo, como 82. (2013)
solução, o transporte público.
(e) propor a ampliação de vias nas estradas, O bit na galáxia de Gutenberg
detalhando o espaço exı́guo ocupado pelos
veı́culos nas ruas. Neste século, a escrita divide terreno com diver-
sos meios de comunicação. Essa questão nos faz
81. (2013) pensar na necessidade da “imbricação, na coe-
xistência e interpretação recı́proca dos diversos
Para Carr, internet atua no comércio da circuitos de produção e difusão do saber...”.
distração É necessário relativizar nossa postura frente

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às modernas tecnologias, principalmente à in- A contemporaneidade identificada na perfor-


formática. Ela é um campo novidativo, sem mance / instalação do artista mineiro Paulo Na-
dúvida, mas suas bases estão nos modelos infor- zareth reside principalmente na forma como ele
mativos anteriores, inclusive, na tradição oral e
na capacidade natural de simular mentalmente (a) resgata conhecidas referências do moder-
os acontecimentos do mundo e antecipar as con- nismo mineiro.
sequências de nossos atos. A impressão é a ma- (b) utiliza técnicas e suportes tradicionais na
triz que deflagrou todo esse processo comunica- construção das formas.
cional eletrônico. Enfatizo, assim, o parentesco (c) articula questões de identidade, território e
que há entre o computador e os outros meios códigos de linguagens.
de comunicação, principalmente a escrita, uma
(d) imita o papel das celebridades no mundo
visão da informática como um “desdobramento
contemporâneo.
daquilo que a produção literária impressa e, an-
teriormente, a tradição oral já traziam consigo”. (e) camufla o aspecto plástico e a composição
visual de sua montagem.
NEITZEL, L. C. Disponı́vel em: 84. (2013) Na verdade, o que se chama generica-
www.geocities.com. Acesso em: 1 ago. 2012 mente de ı́ndios é um grupo de mais de tre-
(adaptado). zentos povos que, juntos, falam mais de 180
lı́nguas diferentes. Cada um desses povos pos-
Ao tecer considerações sobre as tecnologias da sui diferentes histórias, lendas, tradições, con-
contemporaneidade e os meios de comunicação ceitos e olhares sobre a vida, sobre a liber-
do passado, esse texto concebe que a escrita dade, sobre o tempo e sobre a natureza. Em
contribui para uma evolução das novas tecnolo- comum, tais comunidades apresentam a pro-
gias por funda comunhão com o ambiente em que vi-
vem, o respeito em relação aos indivı́duos mais
(a) se desenvolver paralelamente nos meios tra- velhos, a preocupação com as futuras gerações,
dicionais de comunicação e informação. e o senso de que a felicidade individual depende
(b) cumprir função essencial na contempora- do êxito do grupo. Para eles, o sucesso é resul-
neidade por meio das impressões em pa- tado de uma construção coletiva. Estas ideias,
pel. partilhadas pelos povos indı́genas, são indis-
(c) realizar transição relevante da tradição oral pensáveis para construir qualquer noção mo-
para o progresso das sociedades humanas. derna de civilização. Os verdadeiros represen-
tantes do atraso no nosso paı́s não são os ı́ndios,
(d) oferecer melhoria sistemática do padrão de mas aqueles que se pautam por visões precon-
vida e do desenvolvimento social humano. ceituosas e ultrapassadas de “progresso”.
(e) fornecer base essencial para o progresso das
tecnologias de comunicação e informação. AZZI, R. As razões de ser guarani-kaiowá.
Disponı́vel em: www.outraspalavras.net.
83. (2013) Acesso em: 7 dez. 2012.

Considerando-se as informações abordadas no


texto, ao iniciá-lo com a expressão “Na ver-
dade”, o autor tem como objetivo principal
(a) expor as caracterı́sticas comuns entre os
povos indı́genas no Brasil e suas ideias mo-
dernas e civilizadas.
(b) trazer uma abordagem inédita sobre os po-
vos indı́genas no Brasil e, assim, ser reco-
nhecido como especialista no assunto.
(c) mostrar os povos indı́genas vivendo em co-
munhão com a natureza, e, por isso, suge-
rir que se deve respeitar o meio ambiente
e esses povos.

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(d) usar a conhecida oposição entre moderno e (a) reconhece a espécie do animal avistado.
antigo como uma forma de respeitar a ma- (b) tem dúvida sobre a pronúncia do nome do
neira ultrapassada como vivem os povos réptil.
indı́genas em diferentes regiões do Brasil.
(c) desconsidera o conteúdo linguı́stico da per-
(e) apresentar informações pouco divulgadas a gunta.
respeito dos indı́genas no Brasil, para de-
fender o caráter desses povos como civi- (d) constata o fato de um bicho cruzar a frente
lizações, em contraposição a visões precon- do carro.
cebidas. (e) apresenta duas possibilidades de sentido
para a mesma palavra.
85. (2013)
87. (2013)

O que a internet esconde de você

Sites de busca manipulam resultados. Redes so-


ciais decidem quem vai ser seu amigo - e des-
cartam as pessoas sem avisar. E, para cada site
que você pode acessar, há 400 outros invisı́veis.
Prepare-se para conhecer o lado oculto da inter-
A tirinha denota a postura assumida por seu net.
produtor frente ao uso social da tecnologia para
fins de interação e de informação. Tal posicio-
namento é expresso, de forma argumentativa,
por meio de uma atitude
(a) crı́tica, expressa pelas ironias.
(b) resignada, expressa pelas enumerações.
(c) indignada, expressa pelos discursos diretos.
(d) agressiva, expressa pela contra-
argumentação.
(e) alienada, expressa pela negação da reali-
dade.
86. (2013)

Dúvida

Dois compadres viajavam de carro por uma es-


trada de fazenda quando um bicho cruzou a
frente do carro.
Analisando-se as informações verbais e a
Um dos compadres falou:
imagem associada a uma cabeça humana,
- Passou um largato ali!
compreende-se que a venda
O outro perguntou:
- Lagarto ou largato? (a) representa a amplitude de informações que
O primeiro respondeu: compõem a internet, às quais temos acesso
- Num sei não, o bicho passou muito rápido. em redes sociais e sites de busca.

Piadas coloridas. Rio de Janeiro: Gênero, (b) faz uma denúncia quanto às informações
2006. que são omitidas dos usuários da rede,
sendo empregada no sentido conotativo.
Na piada, a quebra de expectativa contribui (c) diz respeito a um buraco negro digital,
para produzir o efeito de humor. Esse efeito onde estão escondidas as informações bus-
ocorre porque um dos personagens cadas pelo usuário nos sites que acessa.

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(d) está associada a um conjunto de restrições Um novo levantamento do IBGE mostra que
sociais presentes na vida daqueles que o número de casamentos entre pessoas na faixa
estão sempre conectados à internet. dos 60 anos cresce, desde 2003, a um ritmo 60%
maior que o observado na população brasileira
(e) remete às bases de dados da web, protegi-
como um todo...
das por senhas ou assinaturas e às quais o
navegador não tem acesso.

88. (2013)

O que é bullying virtual ou


cyberbullying ?

É o bullying que ocorre em meios eletrônicos,


com mensagens difamatórias ou ameaçadoras
circulando por e-mails, sites, blogs (os diários
virtuais), redes sociais e celulares. É quase uma
extensão do que dizem e fazem na escola, mas
com o agravante de que as pessoas envolvidas
não estão cara a cara.
Dessa forma, o anonimato pode aumentar a cru- Os gráficos expõem dados estatı́sticos por meio
eldade dos comentários e das ameaças e os efei- de linguagem verbal e não verbal. No texto, o
tos podem ser tão graves ou piores. “O autor, uso desse recurso
assim como o alvo, tem dificuldade de sair de
seu papel e retomar valores esquecidos ou for- (a) exemplifica o aumento da expectativa de
mar novos”, explica Luciene Tognetta, doutora vida da população.
em Psicologia Escolar e pesquisadora da Facul- (b) explica o crescimento da confiança na ins-
dade de Educação da Universidade Estadual de tituição do casamento.
Campinas (Unicamp). (c) mostra que a população brasileira aumen-
tou nos últimos cinco anos.
Disponı́vel em: (d) indica que as taxas de casamento e em-
http://revistaescola.abril.com.br. Acesso em: prego cresceram na mesma proporção.
3 ago. 2012 (adaptado). (e) sintetiza o crescente número de casamentos
e de ocupação no mercado de trabalho.
Segundo o texto, com as tecnologias de in-
formação e comunicação, a prática do bullying 90. (2014)
ganha novas nuances de perversidade e é poten- TEXTO I
cializada pelo fato de
Seis estados zeram fila de espera para
(a) atingir um grupo maior de espectadores. transplante da córnea
(b) dificultar a identificação do agressor
Seis estados brasileiros aproveitaram o aumento
incógnito.
no número de doadores e de transplantes feitos
(c) impedir a retomada de valores consolidados no primeiro semestre de 2012 no paı́s e entra-
pela vı́tima. ram para uma lista privilegiada: a de não ter
(d) possibilitar a participação de um número mais pacientes esperando por uma córnea.
maior de autores. Até julho desse ano, Acre, Distrito Federal,
Espı́rito Santo, Paraná, Rio Grande do Norte e
(e) proporcionar o uso de uma variedade de São Paulo eliminaram a lista de espera no trans-
ferramentas da internet. plante de córneas, de acordo com balanço divul-
gado pelo Ministério da Saúde, no Dia Nacional
89. (2013) de Doação de Órgãos e Tecidos. Em 2011, só
São Paulo e Rio Grande do Norte conseguiram
Casados e independentes zerar essa fila.

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TEXTO II CORREIA. D. UFC: saiba como o MMA


nocauteou o boxe em oito golpes. Veja. 10
jun. 2011 (fragmento).

O processo de modificação das regras do MMA


retrata a tendência de redimensionamento de
algumas práticas corporais, visando enquadrá-
las em um determinado formato. Qual o sentido
atribuı́do a essas transformações incorporadas
historicamente ao MMA?
(a) A modificação das regras busca associar
valores lúdicos ao MMA, possibilitando
a participação de diferentes populações
como atividade de lazer.
(b) As transformações do MMA aumentam o
grau de violência das lutas, favorecendo
a busca de emoções mais fortes tanto aos
competidores como ao público.
(c) As mudanças de regras do MMA atendem à
A notı́cia e o cartaz abordam a questão da necessidade de tornar a modalidade menos
doação de órgãos. Ao relacionar os dois textos, violenta, vi sando sua introdução nas aca-
observa-se que o cartaz é demias de ginástica na dimensão da saúde.

(a) contraditório, pois a notı́cia informa que o (d) As modificações incorporadas ao MMA
paı́s superou a necessidade de doação de têm por finalidade aprimorar as técnicas
órgãos. das diferentes artes marciais, favorecendo
o desenvolvimento da modalidade en-
(b) complementar, pois a notı́cia diz que a quanto defesa pessoal.
doação de órgãos cresceu e o cartaz soli-
(e) As transformações do MMA visam delimi-
cita doações.
tar a violência das lutas, preservando a
(c) redundante, pois a notı́cia e o cartaz têm integridade dos atletas e enquadrando a
a intenção de influenciar as pessoas a do- modalidade no formato do esporte de es-
arem seus órgãos. petáculo.
(d) indispensável, pois a notı́cia fica incom- 92. (2014)
pleta sem o cartaz, que apela para a sen-
sibilidade das pessoas. Uso de suplementos alimentares por
(e) discordante, pois ambos os textos apresen- adolescentes
tam posições distintas sobre a necessidade
de doação de órgãos. Evidências médicas sugerem que a suple-
mentação alimentar pode ser benéfica para um
91. (2014) O boxe está perdendo cada vez mais pequeno grupo de pessoas, aı́ incluı́dos atletas
espaço para um fenômeno relativamente recente competitivos, cuja dieta não seja balanceada.
do esporte, o MMA. E o maior evento de Artes Tem-se observado que adolescentes envolvidos
Marciais Mistas do planeta é o Ultimate Figh- em atividade fı́sica ou atlética estão usando
ting Championship, ou simplesmente UFC. O cada vez mais tais suplementos. A prevalência
ringue, com oito cantos, foi desenhado para dei- desse uso varia entre os tipos de esportes, as-
xar os lutadores com mais espaço para as lutas. pectos culturais, faixas etárias (mais comum em
Os atletas podem usar as mãos e aplicar gol- adolescentes) e sexo (maior prevalência em ho-
pes de jiu-jitsu. Muitos podem falar que a mo- mens). Poucos estudos se referem a frequência,
dalidade é uma espécie de valetudo, mas isso tipo e quantidade de suplementos usados, mas
já ficou no passado: agora, a modalidade tem parece ser comum que as doses recomendadas
regras e acompanhamento médico obrigatório sejam excedidas.
para que o esporte apague o estigma negativo. A mı́dia é um dos importantes estı́mulos ao

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uso de suplementos alimentares ao veicular, por Comecei a procurar emprego, já topando o que
exemplo, o mito do corpo ideal. Em 2001, a desse e viesse, menos complicação com os ho-
indústria de suplementos alimentares investiu mens, mas não tava fácil. Fui na feira, fui
globalmente US$ 46 bilhões em propaganda, nos bancos de sangue, fui nesses lugares que
como meio de persuadir potenciais consumido- sempre dão para descolar algum, fui de porta
res a adquirir seus produtos. Na adolescência, em porta me oferecendo de faxineiro, mas tava
perı́odo de autoafirmação, muitos deles não me- todo mundo escabreado pedindo referências, e
dem esforços para atingir tal objetivo. referências eu só tinha do diretor do presı́dio.

ALVES. C.; LIMA. R. J. Pediatr. v.85. n.o 4. FONSECA. R. Feliz Ano Novo. São Paulo:
2009 (fragmento). Cia. das Letras. 1989 (fragmento).

Sobre a associação entre a prática de ativida- A oposição entre campo e cidade esteve entre
des fı́sicas e o uso de suplementos alimentares, as temáticas tradicionais da literatura brasi-
o texto informa que a ingestão desses suplemen- leira. Nos fragmentos dos dois autores contem-
tos porâneos, esse embate incorpora um elemento
novo: a questão da violência e do desemprego.
(a) é indispensável para as pessoas que fazem As narrativas apresentam confluência, pois ne-
atividades fı́sicas regularmente. las o(a)
(b) é estimulada pela indústria voltada para (a) criminalidade é algo inerente ao ser hu-
adolescentes que buscam um corpo ideal. mano, que sucumbe a suas manifestações.
(c) é indicada para atividades fı́sicas como (b) meio urbano, especialmente o das grandes
a musculação com fins de promoção da cidades, estimula uma vida mais violenta.
saúde. (c) falta de oportunidades na cidade dialoga
(d) direciona-se para adolescentes com com a pobreza do campo rumo à crimina-
distúrbios metabólicos e que praticam ati- lidade.
vidades fı́sicas. (d) êxodo rural e a falta de escolaridade são
(e) melhora a saúde do indivı́duo que não tem causas da violência nas grandes cidades.
uma dieta balanceada e nem pratica ativi- (e) complacência das leis e a inércia das perso-
dades fı́sicas. nagens são estı́mulos à prática criminosa.

93. (2014) 94. (2014)

TEXTO I Censura moralista

Há tempos que a leitura está em pauta. E, diz-


João Guedes, um dos assı́duos frequentadores
se, em crise. Comenta-se esta crise, por exem-
do boliche do capitão, mudara-se da campanha
plo, apontando a precariedade das práticas de
havia três anos. Três anos de pobreza na cidade
leitura, lamentando a falta de familiaridade dos
bastaram para o degradar. Ao morrer, não ti-
jovens com livros, reclamando da falta de bi-
nha um vintém nos bolsos e fazia dois meses que
bliotecas em tantos municı́pios, do preço dos
saı́ra da cadeia, onde estivera preso por roubo
livros em livrarias, num nunca acabar de pro-
de ovelha.
blemas e de carências. Mas, de um tempo para
A história de sua desgraça se confunde com a
cá, pesquisas acadêmicas vêm dizendo que tal-
da maioria dos que povoam a aldeia de Boa
vez não seja exatamente assim, que brasileiros
Ventura, uma cidadezinha distante, triste e pre-
leem, sim, só que leem livros que as pesquisas
cocemente envelhecida, situada nos confins da
tradicionais não levam em conta. E, também de
fronteira do Brasil com o Uruguai.
um tempo para cá, polı́ticas educacionais têm
tomado a peito investir em livros e em leitura.
MARTINS. C. Porteira fechada. Porto Alegre:
Movimento. 2001 (fragmento). LAJOLO, M. Disponı́vel em:
www.estadao.com.br. Acesso em: 2 dez. 2013
TEXTO II (fragmento).

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Os falantes, nos textos que produzem, sejam (e) desprezar as formas da lı́ngua previstas pe-
orais ou escritos, posicionam-se frente a assun- las gramáticas e manuais divulgados pela
tos que geram consenso ou despertam polêmica. escola.
No texto, a autora
96. (2014)
(a) ressalta a importância de os professores in-
centivarem os jovens às práticas de leitura.
(b) critica pesquisas tradicionais que atribuem
a falta de leitura à precariedade de biblio-
tecas.
(c) rebate a ideia de que as polı́ticas educaci-
onais são eficazes no combate à crise de
leitura.
(d) questiona a existência de uma crise de
leitura com base nos dados de pesquisas
acadêmicas.
(e) atribui a crise da leitura à falta de incenti-
vos e ao desinteresse dos jovens por livros
de qualidade.

95. (2014) Só há uma saı́da para a escola se ela qui-
ser ser mais bem-sucedida: aceitar a mudança
da lı́ngua como um fato. Isso deve significar que
a escola deve aceitar qualquer forma da lı́ngua
em suas atividades escritas? Não deve mais cor- Os meios de comunicação podem contribuir
rigir? Não! para a resolução de problemas sociais, entre os
Há outra dimensão a ser considerada: de fato, quais o da violência sexual infantil. Nesse sen-
no mundo real da escrita, não existe apenas tido, a propaganda usa a metáfora do pesadelo
um português correto, que valeria para todas as para
ocasiões: o estilo dos contratos não é o mesmo
(a) informar crianças vı́timas de abuso se-
do dos manuais de instrução; o dos juı́zes do
xual sobre os perigos dessa prática, con-
Supremo não é o mesmo do dos cordelistas; o
tribuindo para erradicá-la.
dos editoriais dos jornais não é o mesmo do dos
cadernos de cultura dos mesmos jornais. Ou do (b) denunciar ocorrências de abuso sexual con-
de seus colunistas. tra meninas, com o objetivo de colocar cri-
minosos na cadeia.
POSSENTl, S. Gramática na cabeça. Lı́ngua (c) dar a devida dimensão do que é o abuso se-
Portuguesa, ano 5.o , n.o 67, maio 2011 xual para uma criança, enfatizando a im-
(adaptado). portância da denúncia.

Sı́rio Possenti defende a tese de que não existe (d) destacar que a violência sexual infantil
um único “português correto”. Assim sendo, predomina durante a noite, o que re-
o domı́nio da lı́ngua portuguesa implica, entre quer maior cuidado dos responsáveis nesse
outras coisas, saber perı́odo.
(e) chamar a atenção para o fato de o abuso
(a) descartar as marcas de informalidade do infantil ocorrer durante o sono, sendo con-
texto. fundido por algumas crianças com um pe-
(b) reservar o emprego da norma padrão aos sadelo.
textos de circulação ampla.
97. (2014) Blog é concebido como um espaço onde
(c) moldar a norma padrão do português pela o blogueiro é livre para expressar e discutir o
linguagem do discurso jornalı́stico. que quiser na atividade da sua escrita, com
(d) adequar as formas da lı́ngua a diferentes a escolha de imagens e sons que compõem o
tipos de texto e contexto. todo do texto veiculado pela internet, por meio

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dos posts. Assim, essa ferramenta deixa de ter (a) estimular a substituição dos antigos apare-
como única função a exposição de vida e/ou ro- lhos de TV.
tina de alguém - como em um diário pessoal (b) contemplar os desejos individuais com re-
-, função para qual serviu inicialmente e que o cursos de ponta.
popularizou, permitindo também que seja um
(c) transformar a televisão no principal meio
espaço para a discussão de ideias, trocas e di-
de acesso às redes sociais.
vulgação de informações.
A produção dos blogs requer uma relação de (d) renovar técnicas de apresentação de pro-
troca, que acaba unindo pessoas em torno de gramas e de captação de imagens.
um ponto de interesse comum. A força dos blogs (e) minimizar a importância dessa ferramenta
está em possibilitar que qualquer pessoa, sem como meio de comunicação de massa.
nenhum conhecimento técnico, publique suas
99. (2014)
ideias e opiniões na web e que milhões de ou-
tras pessoas publiquem comentários sobre o que
foi escrito, criando um grande debate aberto a
todos.

LOPES, B. O. A linguagem dos blogs e as


redes sociais. Disponı́vel em:
www.fateczl.edu.br. Acesso em: 29 abro 2013
(adaptado).

De acordo com o texto, o blog ultrapassou sua


função inicial e vem se destacando como
(a) estratégia para estimular relações de ami-
zade.
(b) espaço para exposição de opiniões e cir-
culação de ideias.
(c) gênero discursivo substituto dos tradicio-
nais diários pessoais.
(d) ferramenta para aperfeiçoamento da comu-
nicação virtual escrita.
(e) recurso para incentivar a ajuda mútua e a Para atingir o objetivo de recrutar talentos, esse
divulgação da rotina diária. texto publicitário
98. (2014) (a) afirma, com a frase “Queremos seu talento
exata mente como ele é”, que qualquer
pessoa com talento pode fazer parte da
equipe.
(b) apresenta como estratégia a formação de
um perfil por meio de perguntas direcio-
nadas, o que dinamiza a interação texto-
leitor.
(c) utiliza a descrição da empresa como argu-
mento principal, pois atinge diretamente
os interessados em informática.
(d) usa estereótipo negativo de uma figura co-
nhecida, o nerd, pessoa introspectiva e que
gosta de informática.
O texto introduz uma reportagem a respeito do (e) recorre a imagens tecnológicas ligadas em
futuro da televisão, destacando que as tecnolo- rede, para simbolizar como a tecnologia é
gias a ela incorporadas serão responsáveis por interligada.

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100. (2014) plural: tudo é “a gente”). A própria lingua-


gem corrente vai-se renovando e a cada dia uma
Linotipos parte do léxico cai em desuso.
Minha amiga Lila, que vive descobrindo essas
O Museu da Imprensa exibe duas linotipos. coisas, chamou minha atenção para os que fa-
Trata-se de um tipo de máquina de composição lam assim:
de tipos de chumbo, inventada em 1884 em Bal- - Assisti a uma fita de cinema com um artista
timore, nos Estados Unidos, pelo alemão Ott- que representa muito bem.
mar Mergenthaler. O invento foi de grande im- Os que acharam natural essa frase, cuidado!
portância por ter significado um novo e funda- Não saberão dizer que viram um filme com um
mental avanço na história das artes gráficas. A ator que trabalha bem. E irão ao banho de
linotipia provocou, na verdade, uma revolução mar em vez de ir à praia, vestido de roupa de
porque venceu a lentidão da composição dos banho em vez de biquı́ni, carregando guarda-sol
textos executada na tipografia tradicional, em em vez de barraca. Comprarão um automóvel
que o texto era composto à mão, juntando ti- em vez de comprar um carro, pegarão um de-
pos móveis um por um. Constituı́a-se, assim, fluxo em vez de um resfriado, vão andar no pas-
no principal meio de composição tipográfica até seio em vez de passear na calçada. Viajarão de
1950. A linotipo, a partir do final do século trem de ferro e apresentarão sua esposa ou sua
XIX, passou a produzir impressos a baixo custo, senhora em vez de apresentar sua mulher.
o que levou informação às massas, democrati-
zou a informação. Promoveu uma revolução na SABINO. F. Folha de S.Paulo, 13 abr. 1984
educação. Antes da linotipo, os jornais e revis- (adaptado).
tas eram escassos, com poucas páginas e caros.
Os livros didáticos eram também caros, pouco A lı́ngua varia no tempo, no espaço e em dife-
acessı́veis. rentes classes socioculturais. O texto exempli-
fica essa caracterı́s tica da lı́ngua, evidenciando
Disponı́vel em: http://portal.in.gov.br. Acesso que
em: 23 fev. 2013 (adaptado). (a) o uso de palavras novas deve ser incenti-
vado em detrimento das antigas.
O texto apresenta um histórico da linotipo, uma
(b) a utilização de inovações no léxico é perce-
máquina tipográfica inventada no século XIX e
bida na comparação de gerações.
responsável pela dinamização da imprensa. Em
termos sociais, a contribuição da linotipo teve (c) o emprego de palavras com sentidos dife-
impacto direto na rentes caracteriza diversidade geográfica.
(d) a pronúncia e o vocabulário são aspectos
(a) produção vagarosa de materiais didáticos. identificadores da classe social a que per-
(b) composição aprimorada de tipos de tence o falante.
chumbo. (e) o modo de falar especı́fico de pessoas de di-
(c) montagem acelerada de textos para im- ferentes faixas etárias é frequente em todas
pressão. as regiões.
(d) produção acessı́vel de materiais informaci- 102. (2014) Em uma escala de 0 a 10, o Brasil
onais. está entre 3 e 4 no quesito segurança da in-
(e) impressão dinamizada de imagens em re- formação. “Estamos começando a acordar para
vistas. o problema. Nessa história de espionagem cor-
porativa, temos muita lição a fazer. Falta
101. (2014) consciência institucional e um longo aprendi-
zado. A sociedade caiu em si e viu que é
Em bom português uma coisa que nos afeta”, diz S.P., pós-doutor
em segurança da informação. Para ele, devem
No Brasil, as palavras envelhecem e caem como ser estabelecidos canais de denúncia para esse
folhas secas. Não é somente pela gı́ria que a tipo de situação. De acordo com o conselheiro
gente é apanhada (aliás, já não se usa mais do Comitê Gestor da Internet (CGI), o Brasil
a primeira pessoa, tanto do singular como do tem condições de desenvolver tecnologia própria

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para garantir a segurança dos dados do paı́s, (b) exploração indiscriminada de outros plane-
tanto do governo quanto da população. “Há tas.
uma massa de conhecimento dentro das univer- (c) circulação digital excessiva de autorretra-
sidades e em empresas inovadoras que podem tos.
contribuir propondo medidas para que possa-
mos mudar isso (falta de segurança) no longo (d) vulgarização das descobertas espaciais.
prazo”. Ele acredita que o governo tem de usar (e) mecanização das atividades humanas.
o seu poder de compra de softwares e hardwares
para a área da segurança cibernética, de forma a 104. (2014)
fomentar essas empresas, a produção de conhe-
cimento na área e a construção de uma cadeia TEXTO I
de produção nacional.
Ditado popular é uma frase sentenciosa, con-
SARRES, C. Disponı́vel em: www.ebc.com.br cisa, de verdade comprovada, baseada na se-
Acesso em: 22 nov. 2013 (adaptado). cular experiência do povo, exposta de forma
poética, contendo uma norma de conduta ou
Considerando-se o surgimento da espionagem qualquer outro ensinamento.
corporativa em decorrência do amplo uso da in-
ternet, o texto aponta uma necessidade advinda WEITZEL, A. H. Folclore literário e
desse impacto, que se resume em linguı́stico. Juiz de Fora: Esdeva, 1984
(a) alertar a sociedade sobre os riscos de ser (fragmento).
espionada.
(b) promover a indústria de segurança da in- TEXTO II
formação.
(c) discutir a espionagem em fóruns internaci- Rindo brincalhona, dando-lhe tapinhas nas cos-
onais. tas, prima Constança disse isto, dorme no as-
sunto, ouça o travesseiro, não tem melhor con-
(d) incentivar o aparecimento de delatores.
selheiro.
(e) treinar o paı́s em segurança digital. Enquanto prima Biela dormia no assunto, toda
103. (2014) a casa se alvoroçava.
(Prima Constança) ia rezar, pedir a Deus para
iluminar prima Biela. Mas ia também tomar
suas providências. Casamento e mortalha, no
céu se talha. Deus escreve direito por linhas
tortas. O que for soará. Dizia os ditados todos,
procurando interpretar os desı́gnios de Deus,
transformar os seus desejos nos desı́gnios de
Deus. Se achava um instrumento de Deus.

DOURADO, A. Uma vida em segredo. Rio de


Janeiro: FranciscoAlves, 1990 (fragmento).

O uso que prima Constança faz dos ditados po-


pulares, no Texto II, constitui uma maneira de
utilizar o tipo de saber definido no Texto I, por-
que

Opportunity é o nome de um veı́culo explora- (a) cita-os pela força do hábito.


dor que aterrissou em Marte com a missão de (b) aceita-os como verdade absoluta.
enviar informações à Terra. A charge apresenta
uma crı́tica ao(à) (c) aciona-os para justificar suas ações.
(d) toma-os para solucionar um problema.
(a) gasto exagerado com o envio de robôs a ou-
tros planetas. (e) considera-os como uma orientação divina.

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105. (2014) A forte presença de palavras indı́genas (e) tornaram a lı́ngua do Brasil mais complexa
e africanas e de termos trazidos pelos imigran- do que as lı́nguas de outros paı́ses que
tes a partir do século XIX é um dos traços que também tiveram colonização portuguesa.
distinguem o português do Brasil e o português
de Portugal. Mas, olhando para a história dos 106. (2014)
empréstimos que o português brasileiro recebeu
de lı́nguas europeias a partir do século XX, ou-
tra diferença também aparece: com a vinda ao
Brasil da famı́lia real portuguesa (1808) e, par-
ticularmente, com a Independência, Portugal
deixou de ser o intermediário obrigatório da as-
similação desses empréstimos e, assim, Brasil e
Portugal começaram a divergir, não só por te-
rem sofrido influências diferentes, mas também
pela maneira como reagiram a elas.
ILARI, R.; BASSO, R. O português da gente:
a lı́ngua que estudamos, a lingua que falamos.
São Paulo: Contexto, 2006. Essa propaganda defende a transformação so-
Os empréstimos linguı́sticos, recebidos de diver- cial e a diminuição da violência por meio da
sas lı́nguas, são importantes na constituição do palavra. Isso se evidencia pela
português do Brasil porque
(a) predominância de tons claros na com-
(a) deixaram marcas da história vivida pela posição da peça publicitária.
nação, como a colonização e a imigração.
(b) transformaram em um só idioma lı́nguas (b) associação entre uma arma de fogo e um
diferentes, como as africanas, as indı́genas megafone.
e as europeias. (c) grafia com inicial maiúscula da palavra
(c) promoveram uma lı́ngua acessı́vel a falan- “voz”no slogan.
tes de origens distintas, como o africano,
o indı́gena e o europeu. (d) imagem de uma mão segurando um mega-
fone.
(d) guardaram uma relação de identidade en-
tre os falantes do português do Brasil e os (e) representação gráfica da propagação do
do português de Portugal. som.

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Gabarito

1. D 19. C 37. E 55. E 73. E 91. E


2. D 20. C 38. D 56. B 74. E 92. B
3. E 21. C 39. E 57. E 75. B
93. C
4. C 22. B 40. D 58. D 76. E
94. D
5. D 23. B 41. A 59. E 77. A
95. D
6. E 24. A 42. E 60. D 78. E
96. C
7. B 25. A 43. B 61. E 79. A
8. C 26. C 44. C 62. B 80. B 97. B

9. D 27. D 45. D 63. E 81. E 98. B

10. D 28. D 46. B 64. E 82. E 99. B


11. E 29. E 47. C 65. B 83. C 100. D
12. C 30. B 48. E 66. D 84. E
101. B
13. A 31. E 49. A 67. D 85. A
102. B
14. E 32. D 50. E 68. A 86. C
103. C
15. D 33. D 51. A 69. E 87. B
104. C
16. E 34. D 52. A 70. A 88. B
17. B 35. D 53. A 71. D 89. E 105. A

18. A 36. B 54. A 72. D 90. B 106. B

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